julgamentos 7ª e 8ª turmas em regime de economia familiar, pelo período exigido em lei, mediante...

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DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano X – nº 238 – Porto Alegre, quinta-feira, 5 de novembro de 2015 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES Boletim Secretaria dos Órgãos Julgadores Boletim Nro 1416/2015 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Secretaria dos Órgãos Julgadores JULGAMENTOS 7ª E 8ª TURMAS 00001 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0011602- 10.2008.4.04.7000/PR RELATORA : Des. Federal CLÁUDIA CRISTINA CRISTOFANI EMBARGANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHAS INTERESSADO : CRISTOVAM DIONISIO DE BARROS CAVALCANTI JUNIOR ADVOGADO : Jose Carlos Cal Garcia Filho e outro DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 731

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  • DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃOAno X – nº 238 – Porto Alegre, quinta-feira, 5 de novembro de 2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    PUBLICAÇÕES JUDICIAIS

    SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕESBoletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1416/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    7ª E 8ª TURMAS

    00001 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0011602-10.2008.4.04.7000/PRRELATORA : Des. Federal CLÁUDIA CRISTINA CRISTOFANIEMBARGANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALEMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHASINTERESSADO : CRISTOVAM DIONISIO DE BARROS CAVALCANTI

    JUNIORADVOGADO : Jose Carlos Cal Garcia Filho e outro

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 731

  • : Eduardo Ferreira da Silva e outro: Daniel Muller Martins

    INTERESSADO : SORAYA DOS SANTOS PEREIRAADVOGADO : Joao dos Santos Gomes Filho

    : Soraya dos Santos PereiraINTERESSADO : FERNANDO YUJA TAGUCHIADVOGADO : Roberto Brzezinski Neto e outroAPENSO(S) : 2001.04.01.057915-5

    EMENTA

    PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL DOMINISTÉRIO PÚBLICO. LC Nº 75/93. AUSÊNCIA. ANULAÇÃO DO JULGADO.

    Não tendo sido intimado o Ministério Público Federal, resta configurada aomissão do julgado, impondo-se reconhecer a nulidade do julgamento proferido por estaCorte.

    ACÓRDÃO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima indicadas,decide a Sétima Turma do Tribunal Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar provimentoaos embargos de declaração, nos termos do relatório, voto e notas taquigráficas que integramo presente julgado.

    Porto Alegre, 27 de outubro de 2015.00002 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0012021-80.2006.4.04.7200/SCRELATOR : Des. Federal SEBASTIÃO OGÊ MUNIZEMBARGANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALEMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHASINTERESSADO : DAVI PRIMADVOGADO : Aluisio Coutinho Guedes Pinto

    : Rodrigo de Abreu

    EMENTA

    PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ART. 619 DOCÓCIGO DE PROCESSO PENAL. OMISSÃO E/OU ERRO MATERIALNÃO CONFIGURADOS.

    1. Os embargos de declaração têm lugar exclusivamente nas hipóteses deambiguidade, omissão, contradição ou obscuridade da decisão recorrida.

    2. Hipótese em que não ocorreu o alegado erro material ou a omissão nojulgamento do feito, no que diz respeito à incidência do perdão judicial do débitoconsolidado na NFLD nº 37.000.817.0, objeto da ação penal.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 2 / 731

  • ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento aos embargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 27 de outubro de 2015.00003 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0000547-47.2008.4.04.7102/RSRELATOR : Des. Federal SEBASTIÃO OGÊ MUNIZAPELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALAPELADO : ZEFERINO ARAUJO NETOADVOGADO : Getulio Jose Moreira da Costa e outro

    : Luís Eduardo Machado Silva da SilvaINTERESSADO : CARLOS ALBERTO BOLZANADVOGADO : Getulio Jose Moreira da Costa e outro

    : Luís Eduardo Machado Silva da Silva

    EMENTA

    PENAL. LEI 8.137/90, ART. 1º, II. CONTADOR. AUTORIA NÃOCOMPROVADA. ABSOLVIÇÃO MANTIDA.

    Até prova em contrário, o contador, como empregado ou prestador de serviços,elabora as declarações de acordo com as orientações e com base na documentação fornecidapelo administrador da pessoa jurídica, competindo a este o poder de decidir se haverá ou nãosupressão de tributo, ou seja, a decisão quanto à prática ou não do crime. Incumbe à acusaçãoproduzir prova robusta e apta a demonstrar, com certeza, a materialidade e a autoria delitiva.

    Não demonstrada, de forma cabal, a participação do contador nas fraudesperpetradas, é de rigor a manutenção da absolvição no tocante ao delito do art. 1º, II, da Leinº 8.137/90, com fulcro no art. 386, V, do CPP.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento à apelação do Ministério Público Federal, nos termos do relatório, votos e notastaquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 27 de outubro de 2015.00004 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0003722-

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 3 / 731

  • 95.2007.4.04.7001/PRRELATORA : Des. Federal CLÁUDIA CRISTINA CRISTOFANIINTERESSADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALEMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHASEMBARGANTE : FRANCISCO ASSIS DE LIMAADVOGADO : Adolfo Luis de Souza GoisEMBARGANTE : TANIA CRISTINA MARTINS PIROLOADVOGADO : Alexandre da Silva Magalhaes

    : Marcus Leandro Alcantara GenoveziINTERESSADO : LACIR MASCARI FILHOADVOGADO : Lourenco Pereira BorgesEMBARGANTE : ROGERIO TADEU PELACHINIADVOGADO : David Rodrigues Alfredo JúniorEMBARGANTE : WILLIAN RICARDO DE LIMA

    : LUCAS HENRIQUE DE LIMAADVOGADO : Adolfo Luis de Souza GoisINTERESSADO : ERASMO APARECIDO ROCHAADVOGADO : Defensoria Pública da UniãoINTERESSADO : RENATO AMERICO REINALDIADVOGADO : Angelo Paulo FadoniINTERESSADO : ADEMIR FERREIRAADVOGADO : João Luís da Silveira ReisINTERESSADO : JAIR VIEIRAADVOGADO : Defensoria Pública da União

    EMENTA

    PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO EOBSCURIDADE. ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO. QUADRILHA. TIPICIDADE.DETRAÇÃO. JUNTADA DE DOCUMENTOS. FRAUDE NA OBTENÇÃO DE BENEFÍCIOSPREVIDENCIÁRIOS. DOSIMETRIA. CONTINUIDADE DELITIVA. PREFERÊNCIA NOJULGAMENTO. ALEGAÇÕES FINAIS. INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS. MULTA PORLITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. TENTATIVA DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.

    1. A fundamentação das decisões judiciais ocorre com a explicitação de motivossérios a justificar a admisão do pedido, defesa ou exceção.

    2. Constados suficientes fundamentos dos votos que apreciaram a ApelaçãoCriminal e o Mandado de Segurança, pretendem os embargantes rediscussão da matéria,sendo os declaratórios incabíveis para provocar novo julgamento da lide.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento aos embargos de declaração, nos termos do relatório, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 27 de outubro de 2015.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 4 / 731

  • 00005 "HABEAS CORPUS" Nº 0004948-11.2015.4.04.0000/PRRELATOR : Des. Federal MÁRCIO ANTONIO ROCHAIMPETRANTE : PEDRO DA LUZPACIENTE : ELI GALEGO ARCA reu presoIMPETRADO : JUÍZO FEDERAL DA 1A VF DE UMUARAMA

    EMENTA

    HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO INTERNACIONALDE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. PRISÃOPREVENTIVA DECRETADA NA SENTENÇA CONDENATÓRIA.POSSIBILIDADE. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E DA APLICAÇÃODA LEI PENAL.

    1. O fato do réu ter respondido ao processo em liberdade não obsta a decretaçãoda prisão preventiva no momento da sentença condenatória, desde que fundamentada emmotivos concretos e vinculada a elementos colhidos ao longo da instrução processual.Precedentes do Superior Tribunal de Justiça.

    2. Caso em que o paciente, no curso da ação penal, foi condenado em outra açãopenal, também pela prática de crime de tráfico de drogas, pelo qual foi preso em flagrante.Tal circunstância evidencia a existência de elementos concretos a indicar o risco dereiteração delitiva. Além disso, a significativa quantidade de drogas corrobora a assertiva deque o paciente faz do crime seu meio de vida.

    3. O fato de não ter sido localizado pessoalmente no curso da ação penalevidencia que a prisão cautelar é necessária para assegurar a aplicação da lei penal.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, denegar aordem, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 27 de outubro de 2015.Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1427/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

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  • Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    5ª E 6ª TURMAS

    00001 APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0012057-52.2015.4.04.9999/RSRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : GECI ALBANI ZANANDREAADVOGADO : Diogenes Conte e outroREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE

    SANANDUVA/RS

    EMENTA

    DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE.REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. IDADE MÍNIMA ATINGIDA PARA CONCESSÃO DOBENEFÍCIO. TRABALHO RURAL COMPROVADO.

    1. Atingida a idade mínima exigida e comprovado o exercício da atividade ruralem regime de economia familiar, pelo período exigido em lei, mediante a produção de iníciode prova material, corroborada por prova testemunhal consistente, a segurada faz jus àaposentadoria rural por idade.

    2. A relação de documentos referida no art. 106 da Lei n.º 8.213/1991 éexemplificativa. Admitidos, como início de prova material, quaisquer documentos queindiquem, direta ou indiretamente, o exercício da atividade rural no período controvertido,inclusive em nome de outros membros do grupo familiar.

    3. Em decisão proferida no Recurso Especial 1.348.633/SP, o qual seguiu o ritodos recursos repetitivos, firmou-se entendimento de que as provas testemunhais, tanto doperíodo anterior ao mais antigo documento quanto do posterior ao mais recente, são válidaspara complementar o início de prova material do tempo de serviço rural. A provatestemunhal, desde que robusta, é apta a comprovar os claros não cobertos pela provadocumental.

    4. Os documentos em nome de cônjuge ou outro familiar que passouposteriormente à atividade urbana e não retornou às lides campesinas, não podem serutilizados para a prova material de atividade rural pelo pretendente ao benefício. Estacircunstância, porém, não afasta a possibilidade da apresentação de outras provas materiais, aserem complementadas por robusta prova oral.

    5. O Supremo Tribunal Federal reconheceu repercussão geral à questão daconstitucionalidade do uso da TR e dos juros da caderneta de poupança para o cálculo dacorreção monetária e dos ônus de mora nas dívidas da Fazenda Pública, e vem determinando,por meio de sucessivas reclamações, e até que sobrevenha decisão específica, a manutenção

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  • da aplicação da Lei 11.960/2009 para este fim, ressalvando apenas os débitos já inscritos emprecatório, cuja atualização deverá observar o decidido nas ADIs 4.357 e 4.425 e respectivamodulação de efeitos.

    6 A fim de guardar coerência com as recentes decisões, deverão ser adotados,por ora, os critérios de atualização e de juros estabelecidos no 1º-F da Lei 9.494/97, naredação da Lei 11.960/2009, sem prejuízo de que se observe, quando da liquidação, o quevier a ser decidido pelo STF com efeitos expansivos.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento à apelação do INSS e à remessa oficial, e determinar a implantação do benefício,nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.00002 APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0004943-62.2015.4.04.9999/RSRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : DELSIO RAHMEIERADVOGADO : Arthur William Von Sulzbach de AguiarAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : (Os mesmos)REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE NAO ME

    TOQUE/RS

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. REGIME DEECONOMIA FAMILIAR. RECONHECIMENTO. ATIVIDADE ESPECIAL.AGENTES NOCIVOS RUÍDO E AGENTES QUÍMICOS.RECONHECIMENTO. CONVERSÃO EM TEMPO COMUM.APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO.HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MAJORAÇÃO.

    1. Admissível o cômputo de labor rural a partir dos 12 anos de idade, até oadvento da Lei n.º 8.213/91. Precedentes do STJ.

    2. Comprovado o labor rural em regime de economia familiar, mediante aprodução de início de prova material, corroborada por prova testemunhal idônea, o seguradofaz jus ao respectivo tempo de serviço.

    3. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercidasob condições nocivas são disciplinados pela lei em vigor à época em que efetivamenteexercidos, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador.

    4. Até 28/04/1995 é admissível o reconhecimento da especialidade por

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  • categoria profissional ou por sujeição a agentes nocivos, aceitando-se qualquer meio deprova (exceto para ruído e calor); a partir de 29/04/1995 não mais é possível oenquadramento por categoria profissional, devendo existir comprovação da sujeição aagentes nocivos por qualquer meio de prova até 05/03/1997 e, a partir de então, por meio deformulário embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia técnica.

    5. Tendo havido oscilação dos níveis de tolerância da exposição a ruídoocupacional, previstos nos normativos que se sucederam, devem ser considerados osparâmetros previstos pela norma vigente ao tempo da prestação do serviço, ainda que maisrecentemente tenha havido redução do nível máximo de exposição segura. Precedentes doSTJ (Ag.Rg. no REsp 1381224/PR)

    6. A exposição a radiações não ionizantes e agentes químicos (Cádmio,Chumbo, Cromo, tolueno, xileno e acetato de etila) enseja o reconhecimento do tempo deserviço como especial.

    7. Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado direito à obtenção deaposentadoria por tempo de serviço proporcional/ contribuição integral, na data dorequerimento, devendo ser implantada aquela que resultar mais vantajosa ao segurado.

    9. Majoração dos honorários advocatícios para 10% sobre o valor das parcelasvencidas até a data da sentença.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento ao apelo do autor, à apelação do INSS e à remessa oficial e determinar aimplantação do benefício, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.00003 APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0011633-10.2015.4.04.9999/RSRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : CARLOS BRAGA DOS REISADVOGADO : Alda Cristina de Souza Freitas e outroREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE TAQUARI/RS

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL/POR TEMPO DECONTRIBUIÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. CATEGORIAPROFISSIONAL. MOTORISTAS DE CAMINHÃO. AGENTE NOCIVO.RUÍDO. COMPROVAÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO INSUFICIENTE.AVERBAÇÃO.

    1. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercidasob condições nocivas são disciplinados pela lei em vigor à época em que efetivamenteexercidos, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador.

    2. Até 28-04-1995 é admissível o reconhecimento da especialidade por

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  • categoria profissional ou por sujeição a agentes nocivos, admitindo-se qualquer meio deprova (exceto para ruído e calor); a partir de 29-04-1995 não mais é possível oenquadramento por categoria profissional, sendo necessária a comprovação da exposição dosegurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova até 05-03-1997 e, a partir de então,através de formulário embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia técnica.

    3. As atividades de motorista e ajudante de caminhão exercidas até 28-04-1995devem ser reconhecidas como especiais em decorrência do enquadramento por categoriaprofissional previsto à época da realização do labor.

    4. Tendo havido oscilação dos níveis de tolerância da exposição a ruídoocupacional, previstos nos normativos que se sucederam, devem ser considerados osparâmetros previstos pela norma vigente ao tempo da prestação do serviço, ainda que maisrecentemente tenha havido redução do nível máximo de exposição segura. Precedentes doSTJ (Ag.Rg. no REsp 1381224/PR)

    5. Comprovada a exposição do segurado ao agente nocivo ruído, na formaexigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie, possível reconhecer-se aespecialidade do tempo de labor correspondente.

    6. Não preenchidos os requisitos cumulativos para a concessão daaposentadoria especial e para a aposentadoria por tempo de contribuição, não tem o seguradodireito ao benefício, devendo o INSS averbar os períodos reconhecidos como labor especial,para fins de futura obtenção de benefício previdenciário.

    7. Reconhecida a ocorrência de sucumbência recíproca.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento ao apelo do INSS e à remessa oficial, nos termos do relatório, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.00004 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0004661-24.2015.4.04.9999/PRRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : VERIDIANA FERREIRA DE LIMAADVOGADO : Dario Sergio Rodrigues da Silva e outro

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIO-MATERNIDADE. SEGURADA ESPECIAL.REQUISITOS LEGAIS. COMPROVAÇÃO DA MATERNIDADE E DOLABOR RURAL.

    1. Para a segurada especial é garantida a concessão do salário - maternidade novalor de um salário mínimo, desde que comprove, além da maternidade, o exercício deatividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 meses imediatamente anteriores aodo início do benefício.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 9 / 731

  • 2. Existindo nos autos documentos que caracterizam razoável início de provamaterial, corroborados pelos depoimentos das testemunhas ouvidas em juízo, de que a autoraexercia atividade agrícola, estão presentes os requisitos legais para a concessão do benefíciode salário-maternidade.

    3. O trabalhador rural boia-fria deve ser equiparado ao segurado especial de quetrata o art. 11, VII, da Lei de Benefícios, sendo-lhe dispensado, portanto, o recolhimento dascontribuições para fins de obtenção de benefício previdenciário.

    4 . As certidões da vida civil são hábeis a constituir início probatório daatividade rural, nos termos na jurisprudência pacífica do Egrégio STJ.

    5. Podem ser utilizados como início de prova material documentos em nome demembros do grupo familiar.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao apelo do INSS, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.00005 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0009485-26.2015.4.04.9999/SCRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : JAINE APARECIDA DE OLIVEIRAADVOGADO : Valcir Flávio de Freitas e outro

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIO-MATERNIDADE. SEGURADA ESPECIAL.REQUISITOS LEGAIS. COMPROVAÇÃO DA MATERNIDADE E DO LABOR RURAL.

    1. Para a segurada especial é garantida a concessão do salário - maternidade novalor de um salário mínimo, desde que comprove, além da maternidade, o exercício deatividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 meses imediatamente anteriores aodo início do benefício.

    2. Existindo nos autos documentos que caracterizam razoável início de provamaterial, corroborados pelos depoimentos das testemunhas ouvidas em juízo, de que a autoraexercia atividade agrícola, estão presentes os requisitos legais para a concessão do benefíciode salário-maternidade.

    3. O fato de um dos cônjuges apresentar vínculos de emprego não afasta acondição de segurado especial do outro. Comprovado o desempenho de atividade rural, ofato de eventualmente um dos membros do núcleo familiar possuir renda própria não afeta asituação dos demais, mormente se não ficar demonstrado ser esta a principal fonte de rendada família.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 10 / 731

  • ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao apelo do INSS e adequar os critérios de aplicação da correção monetária e dosjuros de mora, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.00006 APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0012590-11.2015.4.04.9999/PRRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : LEONILDA MARIANO DE LIMAADVOGADO : Cristalino Esteves FilhoREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE ALTO

    PARANA/PR

    EMENTA

    EXISTÊNCIA DE INÍCIO DE PROVA MATERIAL. TRABALHADOR RURAL.BOIA-FRIA. IDADE MÍNIMA ATINGIDA PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.TRABALHO RURAL COMPROVADO.

    1. Atingida a idade mínima exigida e comprovado o exercício da atividade ruralcomo boia-fria, pelo período exigido em lei, mediante a produção de início de prova material,corroborada por prova testemunhal consistente, o segurado faz jus à aposentadoria rural poridade.

    2. Nos casos dos trabalhadores rurais conhecidos como boias-frias, diaristas ouvolantes especificamente, considerando a informalidade com que é exercida a profissão nomeio rural, o entendimento pacífico desta Corte é no sentido de que a exigência de início deprova material, embora subsistente, deve ser abrandada.

    3. Podem ser utilizados como início de prova material documentos em nome demembros do grupo familiar.

    4. Em decisão proferida no Recurso Especial 1.348.633/SP, o qual seguiu o ritodos recursos repetitivos, firmou-se entendimento de que as provas testemunhais, tanto doperíodo anterior ao mais antigo documento quanto do posterior ao mais recente, são válidaspara complementar o início de prova material do tempo de serviço rural. A provatestemunhal, desde que robusta, é apta a comprovar os claros não cobertos pela provadocumental.

    5. O trabalho urbano, intercalado ou concomitante ao labor rural, por si só nãodescaracteriza a condição de segurado especial.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 11 / 731

  • Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao apelo do INSS e à remessa oficial, e determinar a implantação do benefício,nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.00007 APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0018578-47.2014.4.04.9999/RSRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : ILDO SPAGNOLLOADVOGADO : Heitor Vicente Oro e outroREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA COMARCA DE CASCA/RS

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.INCAPACIDADE PERMANENTE. CONDIÇÕES PESSOAIS DOSEGURADO. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.

    1. O arrendamento de parte da propriedade rural não descaracteriza, por si só, acondição de segurado especial, nos termos do §18º do art. 9º do Dec. n. 3.048/99, mormentequando constam dos autos provas documentais que comprovam, o exercício de atividadesrurais pelo autor na parcela de terras não arrendada.

    2. A circunstância de ter o laudo pericial registrado a possibilidade, em tese, deserem desempenhadas pelo segurado funções laborativas que não exijam esforço físicointenso não constitui óbice ao reconhecimento do direito ao benefício de aposentadoria porinvalidez quando, por suas condições pessoais, aferidas no caso concreto, em especial aidade e a formação acadêmico-profissional, restar evidente a impossibilidade de reabilitaçãopara atividades que dispensem o uso de força física, como as de natureza burocrática.

    3. Cabível a implantação do auxílio-doença desde a data do requerimentoadministrativo, frente à constatação de que nesta ocasião o segurado já se encontravaimpossibilitado de trabalhar, e a respectiva conversão em aposentadoria por invalidez na datado laudo pericial, quando constatada, no confronto com os demais elementos de prova, acondição definitiva da incapacidade.

    4. O Supremo Tribunal Federal reconheceu repercussãogeral à questão daconstitucionalidade do uso da TR e dos juros da caderneta depoupança para o cálculo dacorreção monetária e dos ônus de mora nas dívidas da Fazenda Pública, e vem determinando,por meio de sucessivas reclamações, e até que sobrevenha decisão específica, a manutençãoda aplicação da Lei 11.960/2009 para este fim, ressalvando apenas os débitos já inscritos emprecatório, cujaatualização deverá observar o decidido nas ADIs 4.357 e 4.425 e respectivamodulação de efeitos.

    5. Afim de guardar coerência com as recentes decisões, deverão ser adotados,por ora, os critérios de atualização e de juros estabelecidos no 1º-F da Lei 9.494/97, naredação da Lei 11.960/2009, sem prejuízo de que se observe, quando da liquidação, o quevier a ser decidido pelo STF com efeitos expansivos.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 12 / 731

  • ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, corrigir, deofício, erro material da sentença, dar parcial provimento ao apelo do INSS e à remessa oficial,e determinar a implantação do benefício, nos termos do relatório, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.00008 APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0016118-87.2014.4.04.9999/PRRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : ADELIR CONRADOADVOGADO : Carla Alexandra Gonsiorkiewicz e outroREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE LARANJEIRAS DO SUL/PR

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. REGIME DEECONOMIA FAMILIAR. RECONHECIMENTO. CARÊNCIA. NÃOIMPLEMENTAÇÃO. AVERBAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇORECONHECIDO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA E PROPORCIONAL.

    1. Admissível o cômputo de labor rural a partir dos 12 anos de idade, até oadvento da Lei n.º 8.213/91. Precedentes do STJ.

    2. Comprovado o labor rural em regime de economia familiar, mediante aprodução de início de prova material, a partir dos 12 anos de idade, corroborada por provatestemunhal idônea, o segurado faz jus ao cômputo do respectivo tempo de serviço.

    3. A averbação do tempo de atividade rural até 31/10/1991 independe dorecolhimento das contribuições previdenciárias, e sua utilização poderá ocorrer para a provado tempo de serviço, mas não para efeito de carência e contagem recíproca perante o serviçopúblico.

    4. A utilização do período posterior a 31/10/1991 fica condicionada à préviaindenização, para fins de obtenção de futuro benefício previdenciário.

    5. Não cumprida a carência necessária na data do requerimento administrativo(art. 142 da Lei n.º 8.213/91), não tem direito o segurado ao benefício de aposentadoria portempo de contribuição, integral ou proporcional, em que pese o tempo deserviço/contribuição suficiente.

    6. Sucumbência recíproca e proporcional, com compensação dos honoráriosadvocatícios, independentemente da assistência judiciária gratuita concedida à parte autora.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento à apelação do INSS e à remessa oficial, nos termos do relatório, votos e notas de

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 13 / 731

  • julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.00009 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0015538-57.2014.4.04.9999/PRRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : MARIA APARECIDA DE SOUZAADVOGADO : Elaine Monica MolinAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : (Os mesmos)

    EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. REGIME DEECONOMIA FAMILIAR. RECONHECIMENTO. TEMPO DE SERVIÇOURBANO. CTPS. AVERBAÇÃO DEVIDA. APOSENTADORIA PORTEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. CORREÇÃO MONETÁRIAE JUROS DE MORA. LEI 11.960/2009.

    1. Admissível o cômputo de labor rural a partir dos 12 anos de idade, até oadvento da Lei n.º 8.213/91. Precedentes do STJ.

    2. Comprovado o labor rural em regime de economia familiar, mediante aprodução de início de prova material, corroborada por prova testemunhal idônea, o seguradofaz jus ao cômputo do respectivo tempo de serviço.

    3. As anotações da CTPS fazem presumir (Súmula 12 do TST) a existência derelação jurídica válida e perfeita entre trabalhador e empresa, para fins previdenciários.Ausente qualquer indicativo de fraude e estando os registros em ordem cronológica, semsinais de rasuras ou emendas, teve o tempo de serviço correspondente ser averbado.

    4. O recolhimento de contribuições previdenciárias sobre os períodos anotadosem carteira de trabalho incumbe ao empregador, nos termos do art. 30, inc. I, alíneas "a" e"b", da Lei n.º 8.212/91, não podendo ser exigida do empregado para efeito de obtenção debenefícios previdenciários.

    5. Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado direito à obtenção deaposentadoria por tempo de contribuição integral, desde a DER.

    6. O Supremo Tribunal Federal reconheceu repercussão geral à questão daconstitucionalidade do uso da TR e dos juros da caderneta de poupança para o cálculo dacorreção monetária e dos ônus de mora nas dívidas da Fazenda Pública, e vem determinando,por meio de sucessivas reclamações, e até que sobrevenha decisão específica, a manutençãoda aplicação da Lei 11.960/2009 para este fim, ressalvando apenas os débitos já inscritos emprecatório, cuja atualização deverá observar o decidido nas ADIs 4.357 e 4.425 e respectivamodulação de efeitos.

    7. A fim de guardar coerência com as recentes decisões, deverão ser adotados,por ora, os critérios de atualização e de juros estabelecidos no 1º-F da Lei 9.494/97, naredação da Lei 11.960/2009, sem prejuízo de que se observe, quando da liquidação, o quevier a ser decidido pelo STF com efeitos expansivos.

    ACÓRDÃO

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 14 / 731

  • Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, darprovimento ao apelo da parte autora, dar parcial provimento à apelação do INSS e à remessaoficial, tida por interposta, e determinar a implantação do benefício, nos termos do relatório,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.00010 APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0018120-30.2014.4.04.9999/PRRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : MARIA LURDES MUSSELINEADVOGADO : Diego Balem e outrosREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE

    CLEVELANDIA/PR

    EMENTA

    AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADECOMPROVADA. TERMO INICIAL.

    1. Nas ações em que se objetiva a concessão de auxílio-doença ouaposentadoria por invalidez o julgador firma seu convencimento, de regra, através da provapericial.

    2. Em que pese a possibilidade, em tese, de serem desempenhadas pelasegurada, trabalhadora rural, funções laborativas que não exijam esforço físico, não há óbiceao reconhecimento do direito ao benefício de aposentadoria por invalidez quando, por suascondições pessoais, restar evidente a impossibilidade de retorno às atividades laborativas,pois são mínimas as chances de recolocação no mercado de trabalho, especialmente emfunções burocráticas.

    3. O benefício de auxílio-doença deverá ser restabelecido em favor da parteautora, desde a data em que indevidamente cessado, e será convertido em aposentadoria porinvalidez a partir da data da perícia do juízo, ocasião em que formalizada a conclusão pelaincapacidade definitiva para as atividades laborais.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao apelo do INSS, dar parcial provimento à remessa oficial e determinar aimplantação do benefício. Adequados os critérios de correção monetária e juros de mora, nostermos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 15 / 731

  • 00011 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0020536-68.2014.4.04.9999/RSRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : JOAO CARLOS DA SILVA SILVEIRAADVOGADO : Douglas Dall Cortivo dos Santos

    EMENTA

    APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PERMANENTE.TERMO INICIAL. CONSECTÁRIOS LEGAIS.

    1. Tratando-se de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, o Julgadorfirma sua convicção, via de regra, por meio da prova pericial.

    2. As condições pessoais do segurado, associadas às conclusões do laudopericial quanto à atual limitação para qualquer atividade, em face da doença reconhecida nolaudo da própria autarquia, indicam a necessidade de concessão de aposentadoria porinvalidez.

    3. Termo inicial corretamente fixado na data do requerimento administrativo,porque constatada, na via administrativa, a invalidez precedente a esta data.

    4. O Supremo Tribunal Federal reconheceu repercussão geral à questão daconstitucionalidade do uso da TR e dos juros da caderneta de poupança para o cálculo dacorreção monetária e dos ônus de mora nas dívidas da Fazenda Pública, e vem determinando,por meio de sucessivas reclamações, e até que sobrevenha decisão específica, a manutençãoda aplicação da Lei 11.960/2009 para este fim, ressalvando apenas os débitos já inscritos emprecatório, cuja atualização deverá observar o decidido nas ADIs 4.357 e 4.425 e respectivamodulação de efeitos.

    5. A fim de guardar coerência com as recentes decisões, deverão ser adotados,por ora, os critérios de atualização e de juros estabelecidos no 1º-F da Lei 9.494/97, naredação da Lei 11.960/2009, sem prejuízo de que se observe, quando da liquidação, o quevier a ser decidido pelo STF com efeitos expansivos.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento ao apelo do INSS e à remessa oficial, nos termos do relatório, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.00012 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0018782-91.2014.4.04.9999/RSRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : IRACI DOS SANTOS PORTELAADVOGADO : Lindomar OrioAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 16 / 731

  • EMENTA

    PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA PORINVALIDEZ. NÃO COMPROVADA A INCAPACIDADE.

    1. Tratando-se de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, o Julgadorfirma sua convicção, via de regra, por meio da prova pericial.

    2. Tendo o laudo médico oficial concluído pela inexistência de incapacidadepara o exercício de atividades laborais, a parte autora não faz jus aos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, vencido oDesembargador Federal Paulo Afonso, negar provimento ao apelo da parte autora, nos termosdo relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

    Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1429/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    3ª SEÇÃO

    00001 AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM APELRE Nº0011654-88.2012.4.04.9999/SCRELATOR : Desembargador Federal Carlos Eduardo Thompson Flores LenzREL. ACÓRDÃO : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 17 / 731

  • LENZAGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : MANOEL ADILIO DA SILVAADVOGADO : Ricardo Augusto Silveira

    EMENTA

    DECISÃO DA VICE-PRESIDÊNCIA APOIADA NO ART. 543-B, §2º, DO CPC.LEGALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL. COMPETÊNCIA DA SEÇÃO ESPECIALIZADADO TRIBUNAL DE ORIGEM. TEMA Nº 405. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

    1. O agravo interposto contra a decisão denegatória de recurso especial ouextraordinário deverá ser submetido ao colegiado, nos termos dos precedentes do SupremoTribunal Federal (AI-QO 760.358) e do art. 309 do Regimento Interno desta Corte.

    2. O Tribunal de Origem, por meio de decisão da Vice-Presidência, emcumprimento ao disposto no art. 543-B, § 2º, do CPC, deve negar seguimento ao recursoextraordinário, ou ao agravo pertinente a sua tramitação, por manifestamente incabível,quando o Pretório Excelso entender que a matéria não possui repercussão geral.

    3. Mantida a decisão agravada.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aTerceira Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao agravo regimental, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre/RS, 29 de outubro de 2015.00002 AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM APELRE Nº0023044-21.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Desembargador Federal Carlos Eduardo Thompson Flores LenzREL. ACÓRDÃO : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES

    LENZAGRAVANTE : MARCELO FARIAS DA SILVAADVOGADO : Vilmar LourencoAGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    EMENTA

    AGRAVO REGIMENTAL. ART. 543-B, §2º, DO CPC. COMPETÊNCIA DASEÇÃO ESPECIALIZADA DO TRIBUNAL DE ORIGEM. TEMA Nº 405. INEXISTÊNCIA DE

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 18 / 731

  • REPERCUSSÃO GERAL.1. O agravo interposto contra a decisão denegatória de recurso especial ou

    extraordinário deverá ser submetido ao colegiado, nos termos dos precedentes do SupremoTribunal Federal (AI-QO 760.358) e do art. 309 do Regimento Interno desta Corte.

    2. O Tribunal de Origem, por meio de decisão da Vice-Presidência, emcumprimento ao disposto no art. 543-B, § 2º, do CPC, deve negar seguimento ao recursoextraordinário, ou ao agravo pertinente a sua tramitação, por manifestamente incabível,quando o Pretório Excelso entender que a matéria não possui repercussão geral.

    3. Mantida a decisão agravada.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aTerceira Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao agravo regimental, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre/RS, 29 de outubro de 2015.00003 AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM APELRE Nº0005517-22.2014.4.04.9999/SCRELATOR : Desembargador Federal Carlos Eduardo Thompson Flores LenzREL. ACÓRDÃO : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES

    LENZAGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : VALENTIN CARDOSOADVOGADO : Ivan Alves Dias

    EMENTA

    DECISÃO DA VICE-PRESIDÊNCIA APOIADA NO ART. 543-B, §2º, DO CPC.LEGALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL. COMPETÊNCIA DA SEÇÃO ESPECIALIZADADO TRIBUNAL DE ORIGEM. TEMA Nº 405. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

    1. O agravo interposto contra a decisão denegatória de recurso especial ouextraordinário deverá ser submetido ao colegiado, nos termos dos precedentes do SupremoTribunal Federal (AI-QO 760.358) e do art. 309 do Regimento Interno desta Corte.

    2. O Tribunal de Origem, por meio de decisão da Vice-Presidência, emcumprimento ao disposto no art. 543-B, § 2º, do CPC, deve negar seguimento ao recursoextraordinário, ou ao agravo pertinente a sua tramitação, por manifestamente incabível,quando o Pretório Excelso entender que a matéria não possui repercussão geral.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 19 / 731

  • Terceira Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao agravo regimental, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre/RS, 29 de outubro de 2015.00004 AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM APELRE Nº0000351-09.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Desembargador Federal Carlos Eduardo Thompson Flores LenzREL. ACÓRDÃO : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES

    LENZAGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : IRENE BEBERADVOGADO : Imilia de Souza

    EMENTA

    DECISÃO DA VICE-PRESIDÊNCIA APOIADA NO ART. 543-B, §2º, DO CPC.LEGALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL. COMPETÊNCIA DA SEÇÃO ESPECIALIZADADO TRIBUNAL DE ORIGEM. TEMA Nº 405. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

    1. O agravo interposto contra a decisão denegatória de recurso especial ouextraordinário deverá ser submetido ao colegiado, nos termos dos precedentes do SupremoTribunal Federal (AI-QO 760.358) e do art. 309 do Regimento Interno desta Corte.

    2. O Tribunal de Origem, por meio de decisão da Vice-Presidência, emcumprimento ao disposto no art. 543-B, § 2º, do CPC, deve negar seguimento ao recursoextraordinário, ou ao agravo pertinente a sua tramitação, por manifestamente incabível,quando o Pretório Excelso entender que a matéria não possui repercussão geral.

    3. Mantida a decisão agravada.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 3ª Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao agravo regimental, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre/RS, 29 de outubro de 2015.00005 AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM AC Nº0003957-79.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Desembargador Federal Carlos Eduardo Thompson Flores LenzREL. ACÓRDÃO : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES

    LENZAGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 20 / 731

  • ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : MELCHIOR HOFFMANNADVOGADO : Vilmar Lourenco

    : Imilia de Souza e outro

    EMENTA

    DECISÃO DA VICE-PRESIDÊNCIA APOIADA NO ART. 543-B, §2º, DO CPC.LEGALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL. COMPETÊNCIA DA SEÇÃO ESPECIALIZADADO TRIBUNAL DE ORIGEM. TEMA Nº 405. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

    1. O agravo interposto contra a decisão denegatória de recurso especial ouextraordinário deverá ser submetido ao colegiado, nos termos dos precedentes do SupremoTribunal Federal (AI-QO 760.358) e do art. 309 do Regimento Interno desta Corte.

    2. O Tribunal de Origem, por meio de decisão da Vice-Presidência, emcumprimento ao disposto no art. 543-B, § 2º, do CPC, deve negar seguimento ao recursoextraordinário, ou ao agravo pertinente a sua tramitação, por manifestamente incabível,quando o Pretório Excelso entender que a matéria não possui repercussão geral.

    3. Mantida a decisão agravada.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aTerceira Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao agravo regimental, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre/RS, 29 de outubro de 2015.00006 AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM REOAC Nº0012194-68.2014.4.04.9999/SCRELATOR : Desembargador Federal Carlos Eduardo Thompson Flores LenzREL. ACÓRDÃO : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES

    LENZAGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : LUIZ FRANCELINO GEREMIAADVOGADO : Silvio Luiz de Costa

    EMENTA

    DECISÃO DA VICE-PRESIDÊNCIA APOIADA NO ART. 543-B, §2º, DO CPC.LEGALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL. COMPETÊNCIA DA SEÇÃO ESPECIALIZADADO TRIBUNAL DE ORIGEM. TEMA Nº 405. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 21 / 731

  • 1. O agravo interposto contra a decisão denegatória de recurso especial ouextraordinário deverá ser submetido ao colegiado, nos termos dos precedentes do SupremoTribunal Federal (AI-QO 760.358) e do art. 309 do Regimento Interno desta Corte.

    2. O Tribunal de Origem, por meio de decisão da Vice-Presidência, emcumprimento ao disposto no art. 543-B, § 2º, do CPC, deve negar seguimento ao recursoextraordinário, ou ao agravo pertinente a sua tramitação, por manifestamente incabível,quando o Pretório Excelso entender que a matéria não possui repercussão geral.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aTerceira Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao agravo regimental, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre/RS, 29 de outubro de 2015.00007 AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM APELRE Nº0004757-44.2012.4.04.9999/RSRELATOR : Desembargador Federal Carlos Eduardo Thompson Flores LenzREL. ACÓRDÃO : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES

    LENZAGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : PAULO DA ROSAADVOGADO : Vitor Ugo Oltramari e outros

    EMENTA

    DECISÃO DA VICE-PRESIDÊNCIA APOIADA NO ART. 543-B, §2º, DO CPC.LEGALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL. COMPETÊNCIA DA SEÇÃO ESPECIALIZADADO TRIBUNAL DE ORIGEM. TEMA Nº 405. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

    1. O agravo interposto contra a decisão denegatória de recurso especial ouextraordinário deverá ser submetido ao colegiado, nos termos dos precedentes do SupremoTribunal Federal (AI-QO 760.358) e do art. 309 do Regimento Interno desta Corte.

    2. O Tribunal de Origem, por meio de decisão da Vice-Presidência, emcumprimento ao disposto no art. 543-B, § 2º, do CPC, deve negar seguimento ao recursoextraordinário, ou ao agravo pertinente a sua tramitação, por manifestamente incabível,quando o Pretório Excelso entender que a matéria não possui repercussão geral.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aTerceira Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao agravo regimental, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 22 / 731

  • ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre/RS, 29 de outubro de 2015.00008 AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM AC Nº0003062-21.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Desembargador Federal Carlos Eduardo Thompson Flores LenzREL. ACÓRDÃO : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES

    LENZAGRAVANTE : WILSON BAPTISTA TAVARESADVOGADO : Vilmar Lourenco

    : Imilia de Souza e outro: Cristiane Quintana Huf e outro

    AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    EMENTA

    DECISÃO DA VICE-PRESIDÊNCIA APOIADA NO ART. 543-B, §2º, DO CPC.LEGALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL. COMPETÊNCIA DA SEÇÃO ESPECIALIZADADO TRIBUNAL DE ORIGEM. TEMA Nº 405. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

    1. O agravo interposto contra a decisão denegatória de recurso especial ouextraordinário deverá ser submetido ao colegiado, nos termos dos precedentes do SupremoTribunal Federal (AI-QO 760.358) e do art. 309 do Regimento Interno desta Corte.

    2. O Tribunal de Origem, por meio de decisão da Vice-Presidência, emcumprimento ao disposto no art. 543-B, § 2º, do CPC, deve negar seguimento ao recursoextraordinário, ou ao agravo pertinente a sua tramitação, por manifestamente incabível,quando o Pretório Excelso entender que a matéria não possui repercussão geral.

    3. Mantida a decisão agravada.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aTerceira Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negarprovimento ao agravo regimental, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre/RS, 29 de outubro de 2015.Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 23 / 731

  • Boletim Nro 1431/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    1ª SEÇÃO / 2ª SEÇÃO / CORTE ESPECIAL JUDICIAL

    00001 AÇÃO RESCISÓRIA Nº 0004493-17.2013.4.04.0000/PRRELATOR : Des. Federal LUÍS ALBERTO D AZEVEDO AURVALLEAUTOR : SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUICOES DE ENSINO

    SUPERIORADVOGADO : Marcelo Trindade de Almeida e outros

    : Joao Luiz Arzeno da SilvaREU : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPRADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4ª Região

    EMENTA

    AÇÃO RESCISÓRIA. REDISCUSSÃO. AUSÊNCIA DE INOVAÇÃOFÁTICA OU JURÍDICA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SENTENÇA.EFICÁCIA. LIMITES DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL. AÇÃOIMPROCEDENTE.

    1. Não se admite ação rescisória com o intuito de reexaminar a matéria;rediscutir questões de direito sem qualquer inovação fática ou jurídica que vulnere a posiçãoadotada pelo juízo a quo.

    2. A rediscussão do feito, trazendo fatos já devidamente apreciados, como senovo recurso fora, por si só, tende a violar as restritas possibilidades da ação rescisória.

    3. A sentença civil prolatada em ação de caráter coletivo proposta por entidadeassociativa abrangerá apenas os substituídos que tenham, na data da propositura da ação,domicílio no âmbito da competência territorial do órgão prolator. Assim, a eficácia dadecisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº 2006.70.00.020219-1 deve ser mantidanos limites da competência territorial da Vara Federal de Curitiba.

    ACÓRDÃO

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 24 / 731

  • Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 2ª Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, julgarimprocedente a ação rescisória, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 15 de outubro de 2015.Boletim

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    Boletim Nro 1432/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    7ª E 8ª TURMAS

    00001 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0003960-55.2005.4.04.7108/RSRELATOR : Des. Federal MÁRCIO ANTONIO ROCHAAPELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALAPELANTE : GUILHERME VAZ ROEHEADVOGADO : Jose Domingues Guimaraes Ribeiro Filho

    : Jose Domingues Guimaraes RibeiroAPELADO : (Os mesmos)

    EMENTA

    PENAL. DESCAMINHO. ART. 334, "CAPUT", DO CÓDIGO PENAL.SUBFATURAMENTO DE MERCADORIAS EM IMPORTAÇÕES.AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. CONTINUIDADEDELITIVA. DOSIMETRIA DAS PENAS. CONSEQUÊNCIAS DO CRIME.VALOR DOS TRIBUTOS ILUDIDOS. PRESCRIÇÃO PELA PENACONCRETAMENTE APLICADA.

    1. Havendo prova quanto ao subfaturamento de mercadorias importadas, nointuito de iludir o pagamento de tributos - II e IPI -, mediante uso de pessoas jurídicas

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 25 / 731

  • interpostas e declarações falsas dos valores dos produtos quando do preenchimento dosdocumentos submetidos à fiscalização, é de ser mantida a condenação do réu pela condutaprevista no artigo 334, caput, na forma do artigo 71, ambos do Código Penal.

    2. O entendimento recente da Quarta Seção deste Tribunal firmou-se no sentidode que não é obrigatória a utilização de critérios matemáticos para calcular a quantidade deaumento de cada vetorial na primeira fase da dosimetria, bastando que a medida eleita sejarazoável e proporcional à reprovabilidade da conduta. Precedentes.

    3. O transcurso do lapso prescricional pela pena concretamente aplicada dáensejo à extinção da punibilidade, condicionada ao trânsito em julgado da decisão para aacusação, ou ao desprovimento do seu recurso.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcialprovimento à apelação ministerial, negar provimento à apelação defensiva e, de ofício,declarar extinta a punibilidade do réu em face da prescrição da pretensão punitiva,condicionado tal provimento ao trânsito em julgado para a acusação, nos termos do relatório,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 27 de outubro de 2015.00002 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0000956-47.2009.4.04.7212/SCRELATOR : Des. Federal MÁRCIO ANTONIO ROCHAAPELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALAPELADO : JULIANE DEICKEADV. (DT) : Mauro Alencar ChavesAPENSO(S) : 0000590-76.2007.404.7212

    EMENTA

    PENAL. DESCAMINHO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. VALORTRIBUTÁRIO ILUDIDO. RETROATIVIDADE DO PARÂMETRO CONSTANTE NAPORTARIA Nº 75, DE 2012, DO MINISTÉRIO DA FAZENDA.

    1. O Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que o parâmetro de R$20.000,00, previsto na portaria nº 75/12, do Ministério da Fazenda, deve ser aplicado deforma imediata e retroativa, para fins de aferição da insignificância penal dos fatostipificados como descaminho.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide aEgrégia 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negar

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 26 / 731

  • provimento à apelação, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 27 de outubro de 2015.Boletim

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    Boletim Nro 1433/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    JULGAMENTOS

    1ª, 2ª, 3ª E 4ª TURMAS

    00001 APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004.04.01.026764-0/PRRELATORA : Juíza Federal CARLA EVELISE JUSTINO

    HENDGESAPELANTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda NacionalAPELADO : IND/ E COM/ ASSAIMENKA S/A e outrosADVOGADO : Mario Junqueira Franco Junior e outros

    : Wagner Serpa Junior

    EMENTA

    PROCESSUAL. NULIDADE DA SEGUNDA SENTENÇA PROFERIDA,APRECIANDO MATÉRIA JÁ EXAMINADA ANTERIORMENTE PELO JUIZ.

    Já tendo havido julgamento da demanda, não é dado ao juiz reexaminar amatéria, sendo nula a segunda sentença proferida.

    ACÓRDÃO

    Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 27 / 731

  • Egrégia 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, darprovimento à apelação, para anular a sentença, nos termos do relatório, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 27 de outubro de 2015.Expediente

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    Expediente SPLE Nro 438/2015

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

    Secretaria dos Órgãos Julgadores

    AUTOS COM DESPACHOAPELAÇÃO CÍVEL Nº 0001268-62.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal LUIZ ANTONIO BONATAPELANTE : MARILZA DE LARAADVOGADO : Iracildo Binicheski e outroAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    DESPACHO

    Trata-se de apelação contra sentença que julgou improcedente o pedido deconcessão de aposentadoria por invalidez ou de auxílio-doença, sob o fundamento depreexistência da incapacidade em relação à nova filiação da autora ao RGPS.

    A parte autora, em suas razões de apelação, requer a reforma da sentença,argumentando que a filiação como contribuinte individual é sua segunda filiação ao RGPS.Assevera que ter conseguido trabalhar após a segunda cirurgia, mas que a situação agravou-se em 2007 com o surgimento de complicações como problema renal e hipertensão arterialsistêmica. Aduz estarem presentes os requisitos da qualidade de segurada e da carência.Requer a concessão, ao menos, do benefício assistencial.

    Vieram os autos conclusos para julgamento do recurso. Penso, entretanto, que ofeito deve ser baixado em diligência.

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 28 / 731

  • Tendo em vista a fungibilidade dos benefícios previdenciários de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez e do benefício assistencial, cabe ao Magistradoconceder à parte requerente o benefício adequado a sua condição fática, em consonância comos princípios da economia e celeridade processual, ainda que tenha sido formulado nos autospedido diverso, sem que isso caracterize julgamento extra petita.

    Nesse sentido, a jurisprudência desta Corte:

    PREVIDENCIÁRIO. FUNGIBILIDADE. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL.INCAPACIDADE. CRITÉRIO ECONÔMICO. SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE. 1.A jurisprudência vem reconhecendo a fungibilidade entre os benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e benefício assistencial, cabendo ao magistradoconceder à parte o benefício legalmente adequado às condições que tenham sidodemonstradas. 2. O benefício assistencial é devido à pessoa portadora de deficiência eao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. 3. Demonstrada a incapacidade do demandante paraatividades laborativas, bem como a condição socio-econômica de vulnerabilidade,deve ser concedido o benefício assistencial. (TRF4, REOAC 0001968-04.2014.404.9999, Quinta Turma, Relatora Taís Schilling Ferraz, D.E. 19/08/2014)

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUXÍLIO-DOENÇA, APOSENTADORIA PORINVALIDEZ E BENEFÍCIO ASSISTENCIAL A PESSOA PORTADORA DEDEFICIÊNCIA. FUNGIBILIDADE. ESTUDO SÓCIOECONÔMICO. DEFERIMENTO.A jurisprudência tem consagrado a fungibilidade entre os benefícios previdenciários deauxílio-doença, aposentadoria por invalidez e, mesmo, benefício assistencial deprestação continuada ao deficiente, haja vista todos possuírem, como requisitocomum, a redução ou supressão da capacidade laboral. Precedentes desta Corte.Assegurada a realização do estudo socioeconômico, por se tratar de provaimprescindível ao reconhecimento do direito ao benefício assistencial. (TRF4, AG5006797-64.2014.404.0000, Quinta Turma, Relator p/ Acórdão Rogerio Favreto, juntadoaos autos em 13/06/2014)

    PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE E BENEFÍCIOASSISTENCIAL. FUNGIBILIDADE. 1. Quanto à exigência de prévio requerimentoadministrativo, é de se reconhecer a fungibilidade entre as prestações previdenciária eassistencial, porque tanto o amparo assistencial de prestação continuada (artigo 20 daLei nº 8.742) como os benefícios previdenciários auxílio-doença, aposentadoria porinvalidez e auxílio-acidente possuem um elemento comum entre seus requisitos, qualseja, a redução ou inexistência de capacidade para a prática laborativa. Ademais, cabeao INSS, nos termos do art. 88 da Lei nº 8.213/91, esclarecer e orientar o seguradosobre os seus direitos, indicando os elementos necessários à concessão do amparomais indicado. 2. Não é extra petita a decisão judicial que concede benefícioassistencial ante pedido de auxilio-doença, especialmente porque, em causasprevidenciárias, o requerimento é o de obtenção do benefício a que tem direito opostulante. 3. O benefício é devido desde o primeiro requerimento administrativo,porque nessa data já reconhecida a miserabilidade e a incapacidade do autor. (TRF4,APELREEX 5000313-72.2011.404.7005, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Paulo Paimda Silva, juntado aos autos em 25/10/2013)

    Ademais, o art. 130 do CPC explicita que cabe ao Juiz, de ofício ou arequerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, com o que

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 29 / 731

  • se viabilizará a solução da lide.

    E, na hipótese, verifica-se que a parte inclusive postulou, ainda que em sede dememoriais, a concessão do benefício assistencial caso não fosse possível conceder-lhe osbenefícios por incapacidade pleiteados, diante do que, imperativa, para a boa resolução dacontrovérsia, a realização da prova necessária acerca da condição socioeconômica.

    Assim, considerando a hipótese da eventual possibilidade de concessão dobenefício assistencial previsto no art. 203, V, da Constituição, determino a baixa dos autosem diligência, a fim de que se realize o estudo socioeconômico.

    Com o retorno da diligência, intime-se o Ministério Público Federal paraapresentação de parecer.

    Após, retornem os autos conclusos para julgamento.Intime-se. Cumpra-se.Porto Alegre, 26 de outubro de 2015.

    EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº0023105-42.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal PAULO AFONSO BRUM VAZEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHASINTERESSADO : (Os mesmos)INTERESSADO : EDISON DA LUZ BANDEIRAADVOGADO : Vilmar LourencoREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE ESTEIO/RS

    DECISÃO

    Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte autora (fls. 269-305)contra acórdão da Quinta Turma desta Corte que, por unanimidade, deu parcial provimento àsapelações e à remessa oficial (fls. 269-290).

    Porém, compulsando os autos, observo que o recurso foi interposto fora doprazo legal inserto no art. 536 do CPC, razão pela qual não deve ser conhecido por esteTribunal, porquanto manifestamente intempestivo.

    O acórdão impugnado foi disponibilizado nos autos eletrônicos no dia 02 dejunho de 2015, conforme a certidão da fl. 290v, iniciando-se o prazo para recurso noprimeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação, a teor do art. 4º, § 3º, daLei nº 11.419/06. A petição recursal foi juntada ao processo somente na data de 10 de junhodo corrente ano (fl. 291), ou seja, após o decurso do lapso temporal previsto em lei.

    Ante o exposto, não conheço dos embargos de declaração.

    Porto Alegre, 29 de outubro de 2015.APELAÇÃO CÍVEL Nº 0003861-64.2013.4.04.9999/PRRELATOR : Juiz Federal LUIZ ANTONIO BONATAPELANTE : MARIA BORGES DA SILVA

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 30 / 731

  • ADVOGADO : Anderson Manique Barreto e outroAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    DECISÃO

    Trata-se de recurso de apelação interposto em face de sentença que julgouimprocedente o pedido de auxílio-doença, bem como sua conversão em aposentadoria porinvalidez.

    Compulsando os autos, vislumbra-se a insuficiência da instrução quanto àverificação da incapacidade laboral da parte autora. Com efeito, a efetividade do processonão é princípio disponível pelas partes. Com a angularização da relação processual, ainstrução probatória, questão de ordem pública, deve ser observada. Diante do direitoconstitucional à prova, é evidente que o juiz não tem a prerrogativa de, uma vez requeridanessas condições, optar ou não por produzi-la, ciente de que o seu resultado pode - ainda queem tese - ser importante para a resolução do mérito.

    A perícia médica realizada em 04/05/2012 (laudo às fls. 108/109), em verdade,não conclui pela aptidão da autora para suas atividades laborais, porém, assentou que nãohavia como comprovar a incapacidade ante a ausência de exames e laudos de assistentesortopedistas.

    Considerando a premissa de que nenhum juiz há de ficar privado dos meios demelhor esclarecer-se, para melhor julgar, entendo necessário oportunizar a maior instruçãoprobatória a fim de se comprovar a incapacidade laboral, seja com a juntada dosexames/relatórios solicitados pelo expert nomeado ou com a designação de perícia commédico diverso, especialista na área da patologia telada.

    Tal medida, inclusive, é permitida pelo §4º do art. 515 do CPC, que assimdispõe:

    Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

    ...

    § 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar arealização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência,sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação.

    Determino, destarte, a baixa dos autos em diligência, a fim de que sejaoportunizada a complementação da perícia médica (fls. 108/109) com a juntada dos examessolicitados pelo expert ou que seja designada nova perícia com médico especialista napatologia alegada pela demandante.

    Após, retornem dos autos a esta Corte para julgamento do recurso.

    Intimem-se.

    Porto Alegre, 26 de outubro de 2015.APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0020281-13.2014.4.04.9999/RSRELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 31 / 731

  • ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : ELMAR CASSABONEADVOGADO : Giselaine Jacqueline Pereira Rezes e outroREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE ENCRUZILHADA DO

    SUL/RS

    DECISÃO

    Trata-se de recurso de apelação interposto pelo Instituto Nacional do SeguroSocial - INSS contra sentença de procedência (fls. 126/128, verso) proferida nos autos deação ordinária ajuizada por Elmar Cassabone, objetivando a majoração de 25% no seubenefício de aposentadoria por invalidez.

    Observa-se que o benefício objeto da presente ação (NB 522.340.321-1), comDIB em 27/09/2007, teve como motivação acidente do trabalho ocorrido em 27/03/2004,conforme se verifica do Relatório do Exame Médico Pericial (fls. 86/89), sendo da Espécie 92- Aposentadoria por Invalidez Por Acidente do Trabalho, de acordo com o INFBEN juntado àfl. 61.

    As ações acidentárias relativas à concessão, restabelecimento e/ou revisão dosrespectivos benefícios são da competência da Justiça Estadual, conforme dispõe o inciso I doart. 109 da Constituição Federal de 1988:

    "Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

    I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal foreminteressadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as defalência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça doTrabalho;"

    Portanto, declaro a incompetência absoluta desse Juízo para julgar a ação, tendoem vista tratar-se de enfermidade decorrente de acidente de trabalho, e declino dacompetência para a Justiça Comum deste Estado, determinando a remessa do feito ao e.Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, competente para o processo ejulgamento da demanda.

    Intimem-se.

    Porto Alegre, 22 de outubro de 2015.APELAÇÃO CÍVEL Nº 0005220-49.2013.4.04.9999/PRRELATOR : Juiz Federal LUIZ ANTONIO BONATAPELANTE : JOÃO MARIA DA SILVAADVOGADO : Alcirley Canedo da Silva e outroAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 32 / 731

  • DESPACHO

    Trata-se de recurso de apelação interposto em face de sentença que julgouimprocedente o pedido de restabelecimento do auxílio-doença e sua posterior conversão emaposentadoria por invalidez, condenando a parte autora ao pagamento das custas processuaise dos honorários advocatícios fixados em R$ 600,00, suspensa a exigibilidade, na forma doart. 12, da Lei nº 1.060/50, em razão da concessão da gratuidade de justiça.

    Compulsando os autos, vislumbra-se a insuficiência da instrução no que tange àprova pericial. Isso porque a perícia médica, realizada por profissional especializado emmedicina do trabalho e cardiologia (Dr. Mansur Miguel Mitne - CRM 6.346), analisa aquestão de forma muito superficial.

    Muito embora o entendimento predominante nesta E. Corte seja no sentido dadesnecessidade de que o perito seja especializado na área específica de diagnóstico etratamento da doença em discussão, exige-se que a questão acerca da incapacidadelaborativa seja exaustivamente analisada, em laudo completo e bem fundamentado.

    E , in casu, observa-se que foi apresentado laudo lacônico, que se limita aresponder os questionamentos formulados pelas partes sem, contudo, justificar as respostasapresentadas.

    Com efeito, o autor alega, em sua petição inicial, estar incapacitado para oexercício das atividades habituais de agricultor por ser portador de epilepsia, espondilose eproblemas do coração, apresentando, inclusive, diversas fraturas em razão dos desmaios eproblemas de coluna. Por sua vez, os documentos juntados aos autos indicam que a autarquiaconcedeu-lhe, no período de 2003 a 2008, quatro benefícios de auxílio-doença, três deles(totalizando o período de 4 anos e 4 meses) em razão de epilepsia (CID10 G40 e 40.1),conforme se observa em rápida consulta ao Sistema PLENUS da Previdência Social.

    A simples afirmativa de que o autor não está incapacitado para o trabalhoembora ainda portador da doença que determinou o afastamento por mais de quatro anos nãoé suficiente para que se firme um juízo de certeza acerca da existência ou não daincapacidade laborativa de que a parte autora alega estar acometida.

    Com efeito, a efetividade do processo não é princípio disponível pelas partes.Com a angularização da relação processual, a instrução probatória, questão de ordempública, deve ser observada. Diante do direito constitucional à prova, é evidente que o juiznão tem a prerrogativa de, uma vez requerida nessas condições, optar ou não por produzi-la -ou produzi-la apenas parcialmente -, ciente de que o seu resultado pode - ainda que em tese -ser importante para a resolução do mérito.

    Ademais, em princípio, nenhum juiz há de ficar privado dos meios de melhoresclarecer-se, para melhor julgar (MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Códigode Processo Civil. 7ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1998, vol. V, p. 502, nº 278).

    Dessa forma, mostra-se imprescindível, para bem resolver o mérito da demanda,a ampliação da instrução probatória, com a complementação da prova pericial, com arealização de exame por médico especialista em neurologia, de forma que a incapacidadealegada seja exaustivamente analisada e sejam respondidos, de modo fundamentado, osquesitos formulados pelas partes. Tal medida é permitida pelo §4º do art. 515 do CPC, que

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 33 / 731

  • assim dispõe:

    Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

    ...

    § 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar arealização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência,sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação.

    Determino, destarte, a baixa dos autos em diligência, a fim de que sejacomplementada a prova pericial por profissional especialista em neurologia e propiciadaposterior manifestação das partes.

    Após, retornem dos autos a esta Corte para julgamento do recurso.

    Intimem-se.

    Porto Alegre, 26 de outubro de 2015.APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0003348-28.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal LUIZ ANTONIO BONATAPELANTE : LÚCIA DE PELLEGRINADVOGADO : Vilmar Lourenco e outroAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : (Os mesmos)REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE

    SAPIRANGA/RS

    DECISÃO

    A parte autora pleiteia a antecipação dos efeitos da tutela recursal, com vistas àimediata implantação do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, nos moldesem que deferido na sentença.

    É o breve relatório. Decido.Infere-se da análise dos autos a coexistência dos requisitos legais para a

    antecipação da tutela recursal (art. 273 do CPC).A verossimilhança da alegação da parte autora está demonstrada pelo

    reconhecimento da procedência da ação na sentença (fls. 457/462).O receio de dano irreparável ou de difícil reparação resta evidenciado pelo

    caráter alimentar do benefício previdenciário, o que implica necessidade da outorga imediatapara sua própria subsistência.

    Sobre o tema, já se pronunciou esta Corte:

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO.RESTABELECIMENTO/IMPLANTAÇÃO DE BENEFÍCIO. ANTECIPAÇÃO DETUTELA. POSSIBILIDADE. IRREVERSIBILIDADE DO PROVIMENTO. 1. Ante apresença de prova inequívoca, hábil a produzir um juízo de verossimilhança dasalegações, e fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, é de seconceder medida antecipatória. 2. O beneficio alimentar, na proteção da subsistência eda vida, deve prevalecer sobre a genérica alegação de dano ao erário público mesmoante eventual risco de irreversibilidade - ainda maior ao particular, que precisa de verbapara a sua sobrevivência. (TRF4, AG 0005412-06.2013.404.0000, Quinta Turma,

    DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 34 / 731

  • para a sua sobrevivência. (TRF4, AG 0005412-06.2013.404.0000, Quinta Turma,Relator Rogerio Favreto, D.E. 25/10/2013)

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOSDA TUTELA. REQUISITOS. FAZENDA PÚBLICA. RESTABELECIMENTO DEBENEFÍCIO ASSISTENCIAL. 1. Apesar da possibilidade de irreversibilidade dosefeitos no provimento antecipatório, tem-se que, à luz do princípio da proporcionalidade,podem ser antecipados os efeitos da tutela, mesmo contra a Fazenda Pública, sedentre os valores jurídicos colidentes no caso concreto avultar que mal maior produziráseu indeferimento. 2. A imposição referente ao duplo grau de jurisdição, constante noart. 475, I, do CPC, respeita às decisões definitivas, não consubstanciando óbice àantecipação da tutela, que, ao contrário de esgotar o objeto do processo, existejustamente para adiantar os efeitos do provimento definitivo. 3. Preenchidos osrequisitos do art. 273 do CPC, antecipam-se os efeitos da tutela, notadamente pordecorrer o periculum in mora, no caso, da invalidez que acomete o agravado e danatureza alimentar dos proventos pagos pela Previdência. 4. Agravo de instrumentoimprovido. (TRF4, AG 2004.04.01.045722-1, Sexta Turma, Relator Luís AlbertoD'azevedo Aurvalle, DJ 13/07/2005)

    Tenho, portanto, que se encontram presentes os requisitos autorizadores damedida antecipatória, quais sejam a verossimilhança do direito alegado e o fundado receio dedano, traduzido pelo caráter alimentar do benefício previdenciário.

    Ante o exposto, defiro o pedido de antecipação da tutela, para determinar aoINSS a implantação de aposentadoria por tempo de contribuição, nos termos em queconcedida na sentença, no prazo máximo de 15 dias.

    Intimem-se. Publique-se.

    Porto Alegre, 26 de outubro de 2015.APELAÇÃO CÍVEL Nº 0005734-02.2013.4.04.9999/SCRELATOR : Juiz Federal LUIZ ANTONIO BONATAPELANTE : PEDRO RODRIGUES DE SOUZAADVOGADO : Anderson ScottiAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    DECISÃO

    Trata-se de apelação contra sentença que julgou improcedente o pedido deconcessão de auxílio-doença bem como aposentadoria por invalidez, condenando a parteautora ao pagamento de honorários advocatícios fixados em R$ 500,00 (quinhentos reais),suspensos em razão da concessão de AJG.

    Compulsando os autos, vislumbra-se a insuficiência da instrução com relação àprova técnica, levando em conta que a maioria dos quesitos foram considerados"prejudicados". Ao demais, não restou esclarecida qual é a patologia do requerente. Apenasapontou o experto que o segurado (63 anos de idade, cuja atividade habitual foi a de pedreiroe que atualmente trabalha como caseiro) "é portador de deformidades (no ombro) e dealterações degenerativas diversas que tendem a piorar com o passar dos anos" (fls. 41), masque não o incapacitam para o exercício da função de caseiro (fls. 43). Na hipótese, a períciarestou realizada por médico especialista em medicina do trabalho.

    Com efeito, a efetividade do processo não é princípio disponível pelas partes.Com a angularização da relação processual, a instrução probatória, questão de ordempública, deve ser observada. Diante do direito constitucional à prova, é evidente que o juiz

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  • não tem a prerrogativa de, uma vez requerida nessas condições, optar ou não por produzi-la,ciente de que o seu resultado pode - ainda que em tese - ser importante para a resolução domérito.

    No caso dos autos, o autor alega incapacidade para o exercício da atividadehabitual (pedreiro) por ser portador de patologias de ordem ortopédica.

    A perícia médica analisou a capacidade laboral somente considerando aatividade de caseiro. Assim, necessários esclarecimentos sobre a patologia que acomete orequerente e quanto a sua eventual incapacidade em relação à atividade habitual, uma vezque por vinte e três anos exerceu o ofício de pedreiro.

    Desta forma, para bem resolver o mérito da demanda, julgo necessáriooportunizar a ampliação da instrução probatória, com produção da referida períciacomplementar, pois não há elementos nos autos que conduzam a um veredicto justo. Comefeito, em princípio, nenhum juiz há de ficar privado dos meios de melhor esclarecer-se,para melhor julgar (MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de ProcessoCivil. 7ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1998, vol. V, p. 502, nº 278).

    Tal medida é permitida pelo §4º do art. 515 do CPC, que assim dispõe:

    Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

    ...

    § 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar arealização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência,sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação.

    Determino, destarte, a baixa dos autos em diligência, a fim de que sejaoportunizada a realização da prova pericial complementar e propiciada posteriormanifestação das partes.

    Após, retornem dos autos a esta Corte para julgamento do recurso.Intimem-se.

    Porto Alegre, 26 de outubro de 2015.APELAÇÃO CÍVEL Nº 0011211-06.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal LUIZ ANTONIO BONATAPELANTE : ELIR DE FATIMA BARBOSA DA SILVEIRAADVOGADO : Josiane Mallet BalbeAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    DESPACHO

    Trata-se de recurso de apelação interposto em face de sentença que julgouimprocedente o pedido de auxílio-doença/aposentadoria por invalidez, condenando a parteautora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, fixados em R$1.000,00 (mil reais), suspensa a exigibilidade em razão da concessão da gratuidade dejustiça.

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  • Compulsando os autos, vislumbra-se a insuficiência da instrução por não tersido realizada prova técnica.

    Com efeito, o pedido administrativo formulado pela autora junto ao INSS foiindeferido porque, embora incapacitada, a autora não teria preenchido o requisito da carênciana data em que fixado o início da incapacidade (fl. 60).

    Entendendo incontroversa a questão da incapacidade, o MM. Juízo a quodispensou a realização da perícia médica (fl. 82). Entretanto, a realização da perícia mostra-se de suma importância para o deslinde da controvérsia, pois necessário que se perquira se adoença que acomete a autora pode ser enquadrada no conceito de "cardiopatia grave",situação que lhe dispensaria do cumprimento do requisito da carência, conforme art. 151, daLei 8.213/91.

    Vê-se, portanto, que embora não haja controvérsia acerca do fato de que aautora está impossibilitada de exercer suas atividades laborativas, a perícia médica se faznecessária para se definirem questões acessórias, como, inclusive, a data de início daincapacidade e a gravidade da doença que acomete a segurada.

    A efetividade do processo não é princípio disponível pelas partes. Com aangularização da relação processual, a instrução probatória, questão de ordem pública, deveser observada. Diante do direito constitucional à prova, é evidente que o juiz não tem aprerrogativa de, uma vez requerida nessas condições, optar ou não por produzi-la, ciente deque o seu resultado pode - ainda que em tese - ser importante para a resolução do mérito.

    Ademais, em princípio, nenhum juiz há de ficar privado dos meios de melhoresclarecer-se, para melhor julgar (MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Códigode Processo Civil. 7ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1998, vol. V, p. 502, nº 278).

    Dessa forma, mostra-se imprescindível, para bem resolver o mérito da demanda,a produção da prova pericial, por especialista em cardiologia, a fim de que se esclareçaacerca da incapacidade que acomete a parte autora, bem como para que informe se a doençade que é portadora por ser classificada como "cardiopatia grave".

    Tal medida é permitida pelo §4º do art. 515 do CPC, que assim dispõe:

    Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

    ...

    § 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar arealização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência,sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação.

    Determino, destarte, a baixa dos autos em diligência, a fim de que sejaoportunizada a realização da prova pericial por especialista em cardiologia e propiciadaposterior manifestação das partes.

    Após, retornem dos autos a esta Corte para julgamento do recurso.

    Intimem-se.

    Porto Alegre, 26 de outubro de 2015.APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0017457-81.2014.4.04.9999/PR

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  • RELATOR : Juiz Federal LUIZ ANTONIO BONATAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : GERALDA MARIA RIBEIROADVOGADO : Otavio Cadenassi NettoREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE

    CARLOPOLIS/PR

    DECISÃO

    Trata-se de recurso de apelação interposto em face de sentença que julgouprocedente o pedido de aposentadoria por invalidez.

    Compulsando os autos, vislumbra-se a insuficiência da instrução quanto àverificação da incapacidade laboral da parte autora. Com efeito, a efetividade do processonão é princípio disponível pelas partes. Com a angularização da relação processual, ainstrução probatória, questão de ordem pública, deve ser observada. Diante do direitoconstitucional à prova, é evidente que o juiz não tem a prerrogativa de, uma vez requeridanessas condições, optar ou não por produzi-la, ciente de que o seu resultado pode - ainda queem tese - ser importante para a resolução do mérito.

    A perícia médica realizada em 04/12/2012 redundou em um laudo lacônico,juntado na fl. 82, que responde de modo incompleto e não fundamentado os quesitos apenasdo INSS (não foram juntados quesitos pela autora). Embora o parecer conclua pela inaptidãoda autora, não há qualquer referência da implicância das limitações clínicas diagnosticadasno seu trabalho.

    Ademais, não consta dos autos a especificação de quais são as atividadeshabituais da autora, omissão absolutamente relevante para o correto deslinde do feito, àmedida em que capacidade laboral tem estrita relação com o tipo de trabalho desempenhado.

    Quanto à insurgência do INSS acerca da preexistência da incapacidade emrelação à filiação da autora ao RGPS, mostra-se também insuficiente a perícia médicarealizada na instrução. Muito embora o expert referira o ano 2007 c