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Livro Testemunhal feito em comemoração aos 20 anos de Ministério Universidades Renovadas no Brasil

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Livro Testemunhal Universidades Renovadas

Santa Catarina

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Ficha Técnica

Responsável - Lydiana Rossetti

Revisão- Tarissa Stern

Diagramação e arte fi nal - Giovanna Dutra

Colaboração - Patrícia Roldão, Roán do Amaral, Leila Cristina, Natiely Conradi, Milene Cardoso, Adjar Batista, Cíntia Alexandre, Caroline Cristine, Suellen Perico, Júlia Gatti.

O livro testemunhal dos 20 anos do MUR em Santa Catarina foi produ-

zido em julho/agosto de 2014 na coordenação de

Camila Paulo de Souza

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Índice4Introdução

Estado de Santa Catarina 6Diocese de Criciúma 27Diocese de Chapecó 45Diocese de Tubarão 61Diocese de Lages 71Diocese de Rio do Sul 89Diocese de Caçador 100Diocese de Blumenau 105Diocese de Joaçaba 117Diocese de Joinville 128Arquidiocese de Florianópolis 145

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Universidades Renovadas

Das defi nições que o Dicionário Aurélio traz para a pala-vra “sonhar”, a que mais se encaixa para as histórias que estão narradas neste livro é “desejar ardentemente; ter como ideal, idealizar, ansiar, aspirar, almejar: sonhar com um futuro me-lhor para a humanidade”. São 20 anos que um mesmo sonho, um mesmo ideal, vem unindo e transformando vidas de uni-versitários em todo o país e também em terras estrangeiras. Duas décadas das quais comprovam que o maior sonhador é Deus! Ele que nos move, que nos impulsiona a ir além, a ver além das difi culdades. Este livro testemunhal buscou resgatar um pouco da história do Ministério Universidades Renovadas (MUR) em Santa Catarina, em alusão aos 20 anos de MUR no Brasil no ano de 2014, e 17 anos de MUR no Estado. Não foi uma tarefa fácil. Infelizmente, muitas histórias se perderam e outras (felizmente) estão iniciando agora nas dioceses catarinenses. Cada história que este livro traz é sagra-da, pois possui o delicado toque de Deus. É incrível perceber o caminho que Deus fez para alcançar cada vida, transfor-mar cada realidade. Sempre mostrando que Ele conta conosco para chegar àqueles que estão distantes dEle, ao mesmo tem-po que Ele possui um interesse enorme em nossa santidade.

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O Ministério Universidades Renovadas, o MUR, o PUR, a Secretária Lucas, foi, é, e continuará sendo um ca-minho de santidade para muitos. É o Sonho de Deus plan-tado em nosso coração por Ele próprio. Ao olhar cada his-tória, é fácil constatar que além de sonhador, cada luquinha possui um ardente espírito missionário, que coloca a gradu-ação/mestrado/doutorado como pretexto para evangelizar. Nesses 20 anos, o MUR Santa Catarina se une com os sonhadores de todo o Brasil e oferta sua história aos pés dA-quele que tudo Sonhou. Somos gratos por ter nos escolhi-do, ter sonhado conosco. Somos gratos por cada vida oferta-da nesse Ministério e que, talvez, nem esteja retratada aqui, mas sabemos que está gravada no coração e no livro de Deus.

“Por tudo que vivemos, obrigada. Por tudo que viveremos, SIM!”

Vida longa aos sonhadores!

Lydiana RossettiComissão de Comunicação

MUR SC 2013-2014

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Livro Testemunhal

Universidades Renovadas

Estado de Santa Catarina

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O sonho no estado de Santa Catarinacapítulo um

Depois das primeiras experiências dos Grupos de oração Universitário nas Universidades de Minas Ge-rais e outros estados do sudeste, o sonho começa a se es-palhar pelo país. Em Santa Catarina, ele chegou no ano de 1996, por meio de uma universitária da Universida-de da Região de Joinville (Univille), na cidade de Joinville. Rosecler Cauduro foi a primeira catarinense a par-ticipar do segundo encontro nacional de universitá-rios carismáticos, em Belo Horizonte. Trouxe o sonho para o Estado que logo atingiu outros corações, e, hoje, por graça de Deus, há um representante do Ministé-rio Universidades Renovadas em cada Diocese do Estado.

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Quem faz parte desse Sonho Testumunho

Rosecler CauduroCoordenadora do MUR SC entre 1996 - 1999

Há 20 anos Jesus colocou no meu coração para fazer vestibu-lar, fiz, passei e entrei na faculdade Univille de Joinville. Estando lá, percebi que não era simplesmente para eu fazer uma faculdade, mas levar o nome de Jesus, dentro da universidade, pois já tinha uma caminhada na RCC e não poderia deixar de evangelizar. Então, fique sabendo que teria o segundo encon-tro nacional de universitários em Belo Horizonte, sen-do que o primeiro foi em Viçosa, Minas Gerais. Fui sozi-nha do Estado de Santa Catarina para o encontro em Belo Horizonte. No período, o coordenador Estadual era Mau-ricio Peixer, falei com ele e fui. Ao voltar, assumi a Secre-taria das Universidades Renovadas em Santa Catarina. Dentro da universidade Univille, começamos um Grupo de Oração, encontrei Larissa Bergui, Jacksom. João e Viviane e formamos uma equipe fervorosa na oração e ação, marca-mos o primeiro encontro Sul Brasileiro de Universitários do Paraná e Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em Joinville. Chamamos o Coordenador Nacional do Projeto, na época, Fernando Galvani, para vir pregar o retiro que teve a par-ticipação de 60 universitários. A partir deste encontro, co-meçamos a missão de visitar várias universidades no Estado.

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Fizemos retiros com professores e universitários, incentivando para começarem um Grupo de Oração em suas universidades. Achando que estava bom assim, e que este era o pro-pósito de Deus, o Senhor foi impulsionando com seu Es-pírito para fazer um projeto dentro da universidade usando nossa profissão. E surgiu o projeto “Arte como forma de so-cialização no presídio”. Comecei sozinha indo ao presídio dar aulas para alguns detentos. Este projeto chegou ao co-nhecimento de toda universidade e cidade de Joinville, nisto se juntaram mais pessoas universitárias que participavam do GOU, e professores. Nós dávamos aula quatro vezes por se-mana, de artes, de economia, de matemática, de português, de educação sexual e de prevenção das doenças. Foi uma benção para nós, esta experiência de fé e amor aos irmãos.

Clarkson WolfCoordenador do MUR SC entre 2000 - 2002

O Projeto Universidades Renovadas foi uma experiên-cia com Deus muito intensa. Para falar a verdade, nem me lembro bem como entrei neste projeto, sei que Deus colocou pessoas incríveis na minha vida como a Rosecler, João, Vivia-ne Borges e Larissa, com as quais vivi grandes experiências. Lembro, sim, quando fui convidado pela Rosecler, na épo-ca Coordenadora Estadual da RCC em Santa Catarina, para ser Secretário Estadual da Lucas, Secretária Responsá-vel para evangelização dentro das Universidades. Engraçado que na época já sentia no meu coração que seria o escolhi-

Testemunho

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do para esta grande missão. Quando a Rosecler convi-dou, só foi à confirmação daquilo que já sentia no coração. Como sabia que Deus estava à frente de tudo, sabia que iria dar certo. Uma das coisas que Deus me ensinou através da Rose-cler, na qual carrego para a minha vida toda, é estar sempre em oração, não agir por impulso. Foi neste tempo que apren-di que quando colocamos Deus na nossa vida, partilhamos nossas tristezas e alegrias e questionamos a Ele qual é a melhor decisão, não tem como dar errado, porque Deus não erra!. É importante mencionar o que me movia para esta missão, era saber que estávamos evangelizando universitários, ou seja, pensava na alegria que seria termos profissionais cristãos em suas profissões, e isto me fascinava! Pensava como seria bom um mé-dico cristão, um advogado cristão, um engenheiro cristão. Pro-fissionais que usariam seus conhecimentos técnicos em prol do seu próximo. Mais do que isto, teríamos profissionais de Deus. Uma das passagens bíblicas que me marcou, foi à passagem de Eclesiástico capítulo 51 versículo 38: “Cumpri vossa tarefa antes que o tempo (passe) e no devido tempo, ele vos dará a re-compensa”, e com certeza a recompensa maior é estar com Deus. Quando fui Secretário, tive pessoas incríveis me aju-dando, foram tantas pessoas que Deus colocou para ajudar, que não vou citar nomes, pois tenho medo de esquecer de alguém. Foi uma época maravilhosa, em que conheci pessoas maravilhosas, pessoas que tinham o mesmo sonho que o meu, pessoas que me ensinaram a ser um cristão melhor, aonde ía-mos levar a palavra de Deus, vivemos experiências incríveis.

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Mas o mais importante de tudo que fazíamos, era colo-car como prioridade a oração. Lembro-me que todo sábado a nossa equipe se encontrava para rezar o terço pelo Projeto. Momentos muito fortes com Deus que nunca irei esquecer. Hoje, graças a Deus, procuro colocar em práti-ca, no meu trabalho, tudo que aprendi, procuro ser um profissional cristão. Espero que esteja conseguindo. Este Projeto, que hoje não é mais Projeto, pos-so dizer, com certeza, foi uma das coisas mais importan-te na minha vida! Até porque foi nele que conheci a mi-nha esposa com a qual vivo um casamento sólido, em que Deus nos presenteou com duas filhas maravilhosas. Vejo os frutos da grande obra de Deus que é maravilhoso. Não sei se fui digno para esta missão, mas foi muito bom vi-vê-la. Quem hoje faz parte deste ministério, na linha de fren-te, o que posso aconselhar é que persista com muita oração!Que Deus abençoe a todos! Tudo por Jesus Cristo!

Alexandre MatielloCoordenador do MUR SC entre 2001 - 2003

No fim de 1997, eu estava nos últimos anos de uni-versidade, e sempre tive um grande anseio de experimentar algo relativo a minha fé católica naquele território da ciên-cia, já tendo frequentado até movimentos interdenomina-cionais cristãos. Conheci o Leonardo Biondo, de Caxias do Sul (RS) nas missas da Paróquia Santíssima Trindade. Hoje ele é missionário na Comunidade Shalom. Ele estudava En-genharia Mecânica, e eu Arquitetura e Urbanismo. Com-

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binamos de rezar o terço, no bosque da UFSC, o mesmo lugar onde este ano, 2014, um grande conflito envolveu estudantes e policiais por conta do uso de drogas, e já na-quele tempo Deus nos chamava a estar onde os universitá-rios precisavam: ave-marias em meio aos que se drogavam! Tão logo conseguimos nos reunir no Templo Ecumênico, se juntaram algumas pessoas a nós: Alexandre Camargo, de Curitibanos (SC) estudante de Engenharia, que hoje é mon-ge, Alessandra Melo e Sérgio Benevides, mestrandos em enge-nharia, respectivamente de Viçosa (MG) e Fortaleza (CE). O Leo já tinha ouvido falar do Projeto Universidade Renovadas (PUR) e, motivado por isto, fundamos o GOU da UFSC no início de 1998. A Alessandra também tinha participado dos SEARAS, encontros de Carnaval em Viçosa (MG), celeiro do MUR. Ficamos mais de 6 meses rezando praticamente uns pe-los outros, pois não vinha mais do que uns “gatos pingados”. Depois de participarmos do I Encontro Sul-brasileiro do Universidades Renovadas, em Joinville (SC), quando ou-vimos o “Sonho” da boca do próprio Mococa, o GOU ga-nhou uma força estupenda, e muitos participavam do GOU quando deixei a universidade em 2001. Neste mesmo ano, tornei-me professor universitário e vim a assumir a coordena-ção estadual do MUR em SC. Realizamos em 2003 em Cha-pecó o III Encontro Estadual do MUR. Os outros haviam acontecido em Curitibanos e Florianópolis. Muitos desafios para trazer mais de 100 universitários de todo o Estado. E me recordo que uma “luquinhas” profetizou em um momento forte de oração: “Não estamos no GOU porque entramos

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na universidade, mas estamos na universidade por causa do GOU”. Foi muito forte, e todos se sentiram chamados de uma forma muito especial em estar neste território missionário! De tantas histórias do MUR, recordo da oportunidade de organizar as celebrações de ação de graças de meus alu-nos, pois pelo testemunho de fé que consegui passar para eles, contavam comigo para contribuir nestes momentos tão es-peciais de formatura. Olhar os formados ali, quebrantados, mostrava para mim que toda vez tem de ser um recomeço, motivo pelo qual o sonho um dia nasceu. Não obstante a aridez da Jerusalém terrestre e das perseguições, continua nos motivando a mirar a Jerusalém celeste. Sonhar e crer!”.

Renato BalancieriCoordenador do MUR SC entre 2004 - 2006

Minha história com o MUR de Santa Catarina co-meçou em 2001. Até então, eu participava do MUR Pa-raná, quando conheci o ministério durante minha gra-duação. Cheguei em Florianópolis em março de 2001, e trazia na bagagem muitos sonhos e expectativas pelo mes-trado que iria iniciar, mas também muita angústia por ir para tão longe da minha família, namorada e amigos. Logo nas primeiras semanas, comecei a participar do GOU Sal e Luz, da UFSC. De cara encontrei pessoas mara-vilhosas, que são meus amigos até hoje. A minha participa-ção no GOU foi fundamental para que eu conseguisse me estabelecer em Floripa, pois a vontade de voltar embora para

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o PR era grande. Lembro-me que nos três primeiros meses a minha mala não havia sido desfeita, pois eu não conseguia assimilar a ideia que naquele momento, meu caminho era ou-tro. Mas Deus foi agindo, e por meio do GOU, eu fui trilhan-do o caminho que Deus havia escolhido para mim. A pre-sença dos meus amigos do GOU foi fundamental para que eu ficasse, o espírito de família entre os membros do GOU era algo muito forte e tocava profundamente o meu coração. A realidade da UFSC era muito diferente da que eu havia experimentado no Paraná, havia poucos servos no GOU e um campus gigantesco para evangelizar, mas aos poucos o Senhor foi recrutando um exército de umas 25 a 30 pessoas. Essas pessoas sentiram o chamado ao serviço, e aos poucos fomos montando uma equipe de servos, que foi uma grande benção. Muitos desses servos avançaram para águas mais profundas, e o desejo de evangelizar, transpassou os portões da UFSC, che-gando a outras universidades de Floripa, e até mesmo do Esta-do de Santa Catarina. Foi um período muito fecundo, em que Deus agiu poderosamente sobre todos aqueles que se deixaram guiar por Ele. Em 2003, junto com outros servos, fundamos outro GOU (Água Viva) na UFSC, pois queríamos evangelizar os acadêmicos do período noturno, e, por isso, precisávamos ter um GOU neste período. Nesta mesma época, tínhamos GOUs em outras faculdades, e a diocese estava bem estruturada. 2004 foi um ano marcante na minha história, digo isso, pois neste ano, eu me casei, defendi o mestrado, ini-ciei o doutorado e também assumi a coordenação estadu-al do MUR. Foi um grande desafio para mim estar à frente

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da evangelização em nível estadual, pois em muitas dioceses não tínhamos nenhum GOU, e o trabalho de implantar o MUR era um trabalho “formiguinha”, mas a coordenadora da RCC-SC daquela época, a Celíria, nos apoiou incondicio-nalmente. De 2004 a 2006, foram anos de muitas viagens pelo estado, reuniões, encontros, etc., mas mesmo com mui-to trabalho, as graças sobre a minha vida pessoal e profissio-nal foram muito maiores. Me lembro que em 2006, último ano da minha coordenação, eu e minha esposa conseguimos uma bolsa para fazer a pós-graduação fora do país, e neste mesmo ano, tínhamos que aprender outro idioma, terminar nossos trabalhos no Brasil e ainda assim percorremos todas as dioceses por meio de encontros de ministérios diocesanos. Quantas bênçãos Deus derramou sobre nós e sobre o MUR. De 2008 a 2009, começamos a trilhar outro caminho em Floripa, os GPPs (Grupo de Partilha de Profissionais). Outro chamado que Deus nos fez para começar o trabalho com os pro-fissionais que já tinham participado dos GOUs e já tinham se formado, mas que ainda de uma forma ou de outra, ainda parti-cipavam do MUR. Então, começamos nossas reuniões nas casas, foi outro momento muito rico de Deus, tocar na vida daqueles que um dia o tinham experimentado dentro da universidade. Em maio de 2009, após muitos caminhos, Deus me trouxe de volta para Maringá, cidade onde conhe-ci o MUR e que hoje atuo como professor da universidade. Esse é apenas um pedacinho de uma linda história de amor, no qual Deus me resgatou e me trouxe para perto Dele por onde quer que eu fosse, por meio da evangelização na Universidade.

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Sou eternamente grato por tudo que o MUR representa na mi-nha vida. Foi no MUR que consolidei meu namoro, chegan-do até o casamento. Foi no MUR que formei grandes amigos, que até hoje fazem parte da minha vida. Foi no MUR que me formei e cresci espiritualmente. Enfim, termino com uma fra-se que é muito conhecida de todos nós Luquinhas: “PAI, por tudo que vivemos, obrigado, por tudo que viveremos, SIM!”.

Daiane Paula Cunha de QuadrosCoordenadora do MUR SC entre 2006 - 2010

Eu conheci o Ministério Universidades Renovadas num retiro do Ministério Jovem, e foi paixão a primeira vis-ta. Lembro-me como se fosse hoje, eu estava no “terceirão” e mal podia esperar para entrar na universidade para parti-cipar de um GOU. Quando comecei na universidade, em 2004, logo fui procurar onde e quando aconteciam os GOUs. Na terceira semana de aula, lá estava eu participando do primeiro de muitos GOUs durante a minha vida acadêmi-ca. O chamado para servir nesse Ministério foi muito forte, e em outubro de 2006 fui chamada a servir como coorde-nadora estadual do MUR-SC. Foram muitas curas, prova-ções, testemunhos e milagres que pude vivenciar nessa mis-são. Aprendi a viver a palavra “toma a tua cruz e segue-Me”. Lembro-me muito bem de um período durante a coordena-ção que foi o mais difícil para mim e para minha família: meu pai parou de pagar a pensão para meu irmão e com isso ele e minha mãe passaram por muita dificuldade financeira; eu ajudava-os com minha bolsa de iniciação científica, que

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já era muito pouco até para mim; minha mãe sofreu um aci-dente nesse mesmo período, no qual ela quase morreu; e no final daquele semestre, por conta de tantos problemas, eu acabei reprovando em duas disciplinas muito difíceis, con-sideradas a “peneira” do meu curso. Para mim, reprovar era o cúmulo, inaceitável, principalmente porque eu estava qua-se me formando, e considerava isso um contra testemunho. Essa reprovação acarretaria na perda da bolsa de estudo e um ano de atraso. Parecia que Deus tinha me abandonado, mas sempre que eu orava, Deus me dizia “cuida das minhas coisas que eu cuidarei das tuas”. E foi nas coisas de Deus que eu busquei forças para superar todas as dificuldades. Naquele mesmo período, nós tivemos o encontro estadual do MUR--SC, e depois desse encontro eu estava me preparando para pedir para sair da coordenação do MUR, pois não me acha-va mais digna de estar à frente do MUR-SC por conta das reprovações e todos os problemas que estavam acontecendo. Mas Deus me surpreendeu, e no final do encontro es-tadual do MUR uma menina chegou a mim e disse com lá-grimas rolando em seu rosto: “Dai, só quero te pedir uma coisa, por favor, nunca desista dessa obra que com certe-za é de Deus. Eu fui criada em uma família muito católi-ca e meus pais participam da RCC desde que eu estava na barriga de minha mãe, mas eu nunca senti o que eu senti nesse encontro. Posso dizer que esse retiro mudou a minha vida pra sempre. Prometa que nunca vai desistir dessa obra”. Nossa, eu comecei a chorar nessa hora e pensei comigo: “realmente não sou digna de estar na coordenação, porque

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Deus não escolhe os dignos, Ele sempre capacita os seus es-colhidos”. No ano seguinte aconteceu o Ruah no país intei-ro, dias antes da minha formatura. Eu estava super ocupada, organizando tudo para o Ruah no nosso Estado e rezava para Deus: “Senhor, não sei o que vou fazer quando me formar e nem como vou me sustentar. Eu cuidarei das tuas coisas, mas, por favor, cuida das minhas”. Um pouco antes surgiu um edital único para o mestrado, fora de época, na metade do ano. Eu me inscrevi no mestrado e no último dia de Ruah, depois de todas as bênçãos que Deus realizou, veio o resulta-do: aprovada! Não sendo o bastante, eu terminei o mestrado em 1 ano e 5 meses e aquele semestre de reprovação (que alguns ainda diziam ser por conta da dedicação as coisas de Deus) não fez diferença alguma na minha vida acadêmica. Amados, “coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração imaginou. Tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” ( I Cor 2,9). Só tenho a agradecer a Deus e a esse ministério lindo que eu amo muito, de todo meu coração, e é esse amor que me sustentou até hoje.

Leila Cristina Carneiro Coordenadora do MUR SC entre 2010 - 2011

Participo do MUR desde 2007. Tudo começou de uma forma inusitada, participava da Renovação desde nova, quan-do entrei na faculdade sabia que tinha um grupo de oração lá, participava às vezes, meu irmão ia mais. Até que um dia fui convidada pela diocese (de Joaçaba) para participar de um en-contro em Criciúma, e lá sim foi um toque profundo de Deus.

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O Renato estava pregando sobre o Sonho e durante todo o Encontro eu fui pensando assim: “Poxa vida, Deus tem sonhado comigo, eu posso fazer mais pela minha universidade”. E eu voltei de lá decidida a ajudar no GOU de todas as formas que eu pudesse. Foi assim, com muitos testemunhos e poucas pessoas, mas nos mantivemos perseverantes. No final de 2009, eu participei do “Jesus no Litoral” e Deus falava que Ele queria algo a mais, Ele dizia assim: “Eu quero que você avance para águas mais pro-fundas”. E naquele Jesus no Litoral eu estava junto com a Ca-mila, atual coordenadora do MUR SC, a Dai estava para sair da coordenação e a gente conversava e a Camila perguntou: “quem será que o Pedro vai chamar para estar à frente do Ministério?”. Naquele “Jesus no Litoral” o Pedro estava, e até depois comentou com a gente a pessoa que ele pensava em cha-mar para estar à frente. Aí eu lembro que fui para a Cape-la, me ajoelhei e disse “ah, Jesus já escolheu, então não tem nada a ver comigo”. Mas Deus falou no meu coração que não era aquela pessoa que ele tinha escolhido, que Ele tinha uma missão maior para mim, e aí meu coração disparou!Dias depois, a Dai e o Pedro me ligaram convidando para eu assumir a coordenação. Na época tinha acabado de começar meu namoro, não pararia em casa, foram dois anos muito pu-xados, até porque eram os dois anos finais da minha faculdade, em que eu estive à frente da coordenação do MUR no Estado de Santa Catarina. Mas foi um momento de muitas graças, de muitas experiências. Muito puxado pelo fim da faculdade, mas valeu muito a pena. Aprendi coisas que só o MUR pode-ria ter me ensinado. Que a gente continue sonhando muito

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para alcançar os corações que ainda não possuem este Sonho.

Camila Paulo de SouzaCoordenadora do MUR SC entre 2012 - 2015

Para mim é uma alegria partilhar um pouquinho com vocês de minha caminhada no MUR neste tempo de co-ordenação. No ano de 2010, eu me mudei para Florianó-polis, achando eu que o Senhor tinha me enviado para cá simplesmente para o trabalho, mas Deus tem seus meios. No final de 2011, quando estava terminando o meu pe-ríodo de coordenação do MUR na diocese de Criciúma, eu me perguntava o que seria de mim, pois eu amava muito o Ministério, e queria continuar ajudando de alguma forma, só não sabia como. Foi então que recebi a ligação da Leila, nossa coordenadora estadual na época, dizendo que havia in-dicado o meu nome para assumir a coordenação do estado. Naquele momento, o meu coração se encheu de alegria e surpresa. Eu que nunca imaginei e nem tinha pensado na pos-sibilidade de assumir esta coordenação. Me coloquei em ora-ção e pedi para que o Senhor falasse ao meu coração. Pedi para algumas pessoas orarem também para me ajudar a discernir, e naqueles dias eu tive um sonho, sonhei que eu tinha chegado no final da minha vida, e estava diante do Senhor, e Ele me perguntava: “Aonde estão aqueles que eu te confiei”. Ao acor-dar, o Senhor me deu a palavra que está em Filipenses 2, 12-18: “Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa,

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onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a pala-vra da vida. Dessa forma, no dia de Cristo, sentirei alegria em não ter corrido em vão, em não ter trabalhado em vão. Ainda que tenha de derramar o meu sangue sobre o sacrifí-cio em homenagem à vossa fé, eu me alegro e vos felicito”. A partir deste sim, que não foi um sim meramente hu-mano, eu me comprometi com o Senhor, que iria me esme-rar, me esforçar para que Ele se tornasse conhecido e ama-do em todas as universidades do estado de Santa Catarina.No ano de 2012, o primeiro desta coordenação, tive a graça de junto com o Conselho Estadual visitar to-das as dioceses de SC. Tínhamos os workshops, e nas dio-ceses que não tínhamos o MUR, entravámos em con-tato com o coordenador, e pedíamos, encarecidamente, que ele enviasse alguém para o workshop do MUR. Éramos em poucos, um número reduzido, e o Senhor me sacudiu logo no início do ano, quando eu questionava se era só nossa missão evangelizar nas universidades, pois éramos RCC dentro da universidade. Foi então que o Senhor colocou em meu coração, um Projeto chamado: Adote uma Universida-de. O Projeto tinha por objetivo levar um Grupo de Oração (GO) a conhecer um GOU, e também o GOU a conhecer o GO, pois só se ama aquilo que se conhece, e queríamos levar os GO das dioceses a conhecerem o nosso trabalho nos GOUs. Aos poucos fomos ganhando representatividade em mais dioceses. Já estávamos em 8 das 10 dioceses do estado, e tínha-mos iniciado o ano com 6. Naquele ano realizamos o nosso encontro estadual em Rio do Sul. Com muito trabalho, dedi-

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cação e oração e a ajuda de cada diocesano do MUR que não mediu esforços para que a graça do Senhor acontecesse. Tive-mos a presença do então coordenador atual do MUR Brasil, Felippe Nery, e depois pudemos colher os frutos daquele en-contro, nas diversas realidades das nossas dioceses. E naquele mesmo final de semana, junto com todas as ocupações eu fui pedida em namoro, foi lindo! São as delicadezas de Deus. No ano de 2013 continuei me empenhando, tivemos encontros de formação regionais. E nas Assembleias esta-duais eu sempre conversava com cada coordenador diocesa-no, aonde ainda não tínhamos MUR, para que orassem e identificassem universitários dispostos a sonharem conosco.Neste mesmo ano tivemos nosso Encontro Regional do MUR - ERUR Sul, RS, SC e PR, e o encontro foi no Pa-raná, mais uma vez, muito esmero, um pouco mais difícil pela distância, mas com a luta de cada diocesano, consegui-mos levar aproximadamente 70 jovens para o encontro. E lá, quando olhava para aquela multidão de jovens, a maio-ria do PR, poucos de SC e apenas o Gustavo do RS. O Se-nhor colocava em meu coração, que nós tínhamos que ser fermento no meio da massa, mesmo sendo a minoria, mas sendo aquilo que não pode faltar, aquilo que é essencial. Neste ano de 2014, estou vivendo o meu terceiro ano de coordenação. O Senhor me deu a palavra que está em Mal. 3, 10b “Fazei a experiência – diz o Senhor dos exérci-tos – e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e der-ramo a minha benção sobre vós, muito além do necessário”. Estou tendo a graça de poder ver repre-

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sentações do MUR em todas as dioceses. Como é bom poder saber que o Senhor age, mesmo em nossas misérias, no nosso nada. Posso dizer que em cada canti-nho do nosso estado existe um Sonhador. Alguém disposto a dar sua vida em favor de muitos que necessitam, aqueles que pre-cisam conhecer este Deus, pelo qual um dia nos apaixonamos.Também estou noiva e devo me casar no ano que vem. Sou grata a Deus, por me permitir viver este tempo, por estar tra-balhando em minha vida, e na vida do MUR de SC. Como é bom ser família MUR, como é bom ter amigos, não somente servos, mas amigos, com quem eu posso contar, e que tam-bém podem contar comigo. Como é bonita a minha família. Peço a Deus que o ENUR, para o qual estamos nos pre-parando, transborde em nossas realidades, infi nitas Graças e Bênçãos, e que possamos saborear em um futuro não mui-to distante, nossas universidades cheias da doutrina de Jesus.Eu tenho um Sonho? E Você? Deus sonha muito além dos nossos Sonhos. Ouse Sonhar! Um Forte Abraço!

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Estado de Santa Catarinafotografi as

I Encontro Estadual do MUR-SC - Curitibanos 2001

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Galeria de Fotos

II Encontro Estadual do MUR/SC - Florianópolis 2002

Dia D na Univali de Itajaí (2006). Dia de evangelização pelo campus de Itajaí

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Galeria de Fotos

Caravana de SC no 7o ENUCC - Vitória-ES em 2002

Encontro Estadual em Rio do Sul 2012

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Livro Testemunhal

Universidades Renovadas

Diocese de Criciúma

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capítulo doiscapítulo dois A história do Sonho de Amor

A história do Ministério das Universidades Renovadas (MUR) na diocese de Criciúma começ Das defi nições que o Dicionário Aurélio traz para a palavra “sonhar”, a que mais se encaixa para as histórias que estão narradas neste livro é “desejar ardentemente; ter como ideal, idealizar, ansiar, aspirar, almejar: sonhar com um futuro melhor para a humanidade”. São 20 anos que um mesmo sonho, um mesmo ideal, vem unindo e transformando vidas de universitários em todo o país e também em terras estrangeiras.Duas décadas das quais comprovam que o maior sonhador é Deus! Ele que nos move, que nos impulsiona a ir além, a ver além das difi culdades. Este livro testemunhal buscou resga-tar um pouco da história do Ministério Universidades Reno-vadas (MUR) em Santa Catarina, em alusão aos 20 anos de MUR no Brasil no ano de 2014, e 17 anos de MUR no Estado. Não foi uma tarefa fácil. Infelizmente, muitas histórias se per-deram e outras (felizmente) estão iniciando agora nas dioce-ses catarinenses. Cada história que este livro traz é sagrada,

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pois possui o delicado toque de Deus. É incrível perceber o caminho que Deus fez para alcançar cada vida, transformar cada realidade. Sempre mostrando que Ele conta conosco para chegar àqueles que estão distantes dEle, ao mesmo tem-po que Ele possui um interesse enorme em nossa santidade.O Ministério Universidades Renovadas, o MUR, o PUR, a Secretária Lucas, foi, é, e continuará sendo um cami-nho de santidade para muitos. É o Sonho de Deus planta-do em nosso coração por Ele próprio. Ao olhar cada histó-ria, é fácil constatar que além de sonhador, cada luquinha possui um ardente espírito missionário, que coloca a gradu-ação/mestrado/doutorado como pretexto para evangelizar.Nesses 20 anos, o MUR Santa Catarina se une com os so-nhadores de todo o Brasil e oferta sua história aos pés dAque-le que tudo Sonhou. Somos gratos por ter nos escolhido, ter sonhado conosco. Somos gratos por cada vida ofertada nes-se Ministério e que, talvez, nem esteja retratada aqui, mas sabemos que está gravada no coração e no livro de Deus.

GOUS na Diocese de Criciúma No ano de 2003, foram iniciados os primeiros Grupos de Oração Universitários. Neste mesmo ano constituíram--se o GOU noturno Linguagem da Cruz e o das 12h Sede de Sabedoria na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Já em 2004 surgiu o GOU na Escola Superior de Criciúma (Esucri), no período noturno, que mais à frente pas-sou a se chamar Esconderijo da Fé, como é intitulado até hoje. No ano seguinte, 2006, foi criado o GOU da Universi-

Histórico

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dade do Sul de Santa Catarina (Unisul), no campus de Araranguá. Os Grupos de Oração Universitários conti-nuam sendo realizados na diocese, exceto o da Unisul. Mas o sonho não parou por aí, em 2014 iniciou o GOU na Faculda-de SATC e também o GOU matutino na Unesc Operários de Deus.Atualmente a missão de trazer jovens universitários para os gru-pos de oração está sendo cumprida. Uma vez por semana, nos intervalos das aulas ou no intervalo do almoço, muitos jovens espalhados pela região vêm transformando suas vidas por meio do MUR, o que não poderia ser diferente. Após 11 anos de mi-nistério na diocese de Criciúma, o MUR vem ganhando seu es-paço e fazendo com que mais jovens participem deste chamado.

Histórico

Quem faz parte desse Sonho Testumunho

Eu era acadêmica da Universidade do Extremo Sul Catari-nense (Unesc) e amiga de um participante do Grupo de Oração Universitário, assim que surgiu me convidou para fazer parte. Acabei me tornando amiga dos participantes e fui convidada para o Encontro de Coordenadores de Ministérios em Luzer-na/SC, onde tudo começou a se transformar em minha vida. Já sentindo o que aconteceria, na semana seguinte em uma vigília com os participantes do GOU, fui escolhida como coordenadora do ministério na diocese. Sem ao me-

Fernanda Nunes Coordenação 2003 – 2007

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nos entender o que viria pela frente, desafios, obstáculos, dei o meu SIM. Hoje eu tenho a dimensão de quanto ele foi importante para todos nós que temos o MUR no sangue. O ano de 2004 começou com muita empolgação e oração. Nos mobilizamos com panfletagens e divulgação do ministério, tanto nos eventos da Renovação Carismática Católica (RCC), como dentro da universidade. Durante este mesmo ano realiza-mos o primeiro encontro diocesano, no dia 20 de junho de 2004. Como sempre fazíamos, montávamos stands nos eventos da RCC, e em 2005 não foi diferente, no Louvor Diocesano pude apresentar para a Natália Velho o ministério. Nem lem-bro direito as minhas palavras, mas tenho certeza que Deus me usou para que o Sonho fosse plantado no coração dela e minha alegria era muito grande, pois sabia que logo nasce-ria um GOU em Araranguá, trocamos e-mail, telefonemas e logo o GOU da Unisul de Araranguá se tornou realidade. Deus já querendo designar os caminhos, me chamou para pregar juntamente com mais dois amigos o retiro de carnaval na comarca de Araranguá, e lá por ser a prega-dora mais jovem fui convidada a dar meu testemunho, e claro falei do MUR. Só que como não existem coinci-dências em nossa vida e sim providencia de Deus, a nova coordenadora do MUR estava nesse retiro como partici-pante, onde foi sendo moldada pelo Senhor para que con-tinuasse esse trabalho de amor dentro das universidades. Nesse tempo vivido dentro da universidade pude apren-der muito com os colegas de ministério e até mesmo de fa-culdade que sempre quiseram entender aquilo que me fa-

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zia muito feliz. Foi no MUR que obtive forças para poder terminar meu trabalho de conclusão de curso (TCC), ten-do uma bela nota e sendo a homenageada da minha tur-ma como melhor desempenho acadêmico durante toda universidade. Na minha colação de grau, o “Luquinhas” de pelúcia, que hoje acompanha a diocese, estava presente. A maioria não entendia porque eu carregava aquele bone-co, mas Deus entendia toda retribuição que eu tinha a Ele naquele dia que foi um dos mais especiais da minha vida

Natália Emerim Velho da SilvaCoordenação 2007 – 2009

Conheci o Ministério das Universidades Renova-das (MUR) pelas palavras entusiasmadas de Fernan-da Nunes, durante o Louvor Diocesano do ano de 2005. Impulsionada pelo Espírito Santo, juntamente com o Gui-lherme Santos, iniciei o GOU da Unisul de Araranguá em se-tembro de 2005. A partir de então, esta universidade se tornou palco de muitos eventos do MUR, tais como o trote solidário e a participação no Unisul Contexto, evento anual da universidade. O período de coordenação diocesana se estendeu de 2007 a 2009. De modo particular, o Senhor me tocou por meio da Palavra que está em Atos dos Apóstolos 13, 47 “Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu coloquei você como luz para as nações, para que leve a salvação até aos extremos da terra”. Nesse tempo, muitos acontecimentos me marcaram profundamente. Talvez a experiência mais forte tenha sido o primei-ro Ruah, que aconteceu em 2009. Outro fato que me

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marcou foi minha formatura, em 2008, quando no dis-curso de encerramento a diretora do campus mencio-nou a existência do GOU e sua atuação na universidade. Ao relembrar a história do MUR no tempo que o Senhor me concedeu de coordenação, duas frases estiveram em meu cora-ção; a primeira delas, fomos servos inúteis, fizemos o que deverí-amos fazer, e a segunda, “sim, valeu a pena!”. Ao voltar meu olhar para o futuro, recorro às palavras de Santa Edith Stein: “Aonde Deus me leva, não sei, para mim, basta saber que Ele me conduz”.Sou grata às pessoas que me auxilia-ram nesse tempo, nada fiz sozinha. A frase de Santa Catarina de Senna que foi o tema do encontro ressoou durante todo período de coordena-ção “Se fordes o que devereis ser, incendiareis o mundo todo”.

Camila Paulo de SouzaCoordenação 2010 – 2011

Eu conheci o Ministério das Universidades Renova-das (MUR) em 2005, quando fui no meu primeiro Gru-po de Oração Universitário (GOU) depois de mui-ta insistência. Durante a pregação foi falado que em nossa vida nada era coincidência e sim “Deus-dência”, aqui-lo me cativou que não conseguia mais ficar sem ir ao GOU. O ano de 2009 foi de grandes desafios, nunca havia co-ordenado um GOU, e assumi a coordenação diocesana do ministério. Em oração o Senhor dava a palavra de Joel 2, 21-27, dizendo que no tempo certo o Senhor manda-

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ria a chuva necessária. A Graça do Senhor é superabundan-te, e Ele colocou ali pessoas fundamentais para me ajudarem. Naquele primeiro ano de coordenação o Senhor nos deu a palavra: “Cumpri vossa tarefa antes que o tempo (passe) e, no de-vido tempo, ele vos dará a recompensa.” (Ecle. 51, 38). E foi esta palavra que me sustentou durante todo o tempo de coordenação. Realizamos o Ruah na Universidade do Extremo Sul Ca-tarinense (Unesc), na Escola Superior de Criciúma (Esucri) e na Universidade do Sul Catarinense (Unisul). Era bem difícil, tínhamos pouquíssimos missionários, mais não desistíamos. Aquele era o segundo ano que fazíamos o Ruah na diocese. Uma história interessante do Ruah, é que durante um en-contro o coordenador de um GOU estava com o rosto pinta-do, com chapéu e o nariz de palhaço, para chamar atenção, ele levava aquela plaquinha que dizia: “Oi... Jesus Te Ama”. E ao descermos as escadas, tinham cinco meninos. Quando os me-ninos viram ele, disseram: “nossa um palhacinho triste”, então alguns de nós pararam e evangelizaram, disseram que aquele não era um palhacinho triste, que era um palhacinho feliz por-que havia encontrado a verdadeira alegria, que está em Jesus. No intervalo nós fizemos um GOU. Estes cinco permaneciam lá, e também acabaram mesmo de longe participando do encontro. Cerca de dois meses depois, estes meninos sofreram um aci-dente de carro, e quatro deles vieram a falecer. Quando já está-vamos quase um ano daquele Ruah, o menino que sobreviveu, encontrou o coordenador do GOU na época e disse: “Não era você que estava naquele dia do palhacinho?”, e ele respondeu sim. O menino contou do acontecido, disse que tinha passado a par-

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ticipar de um Grupo de Oração em sua cidade e que gostaria mui-to de participar do GOU. Naquele momento nós entendemos, o quão importante era estar em missão lá, porque aquela poderia ter sido a última chance que Deus tinha de alcançar o coração deles. Foi um tempo de muito aprendizado. Deus transfor-mou a minha vida através deste ministério, desejo que Ele também possa transformar a história de muitas pessoas, pois os sonhos de Deus vão muito além dos nossos sonhos.

Vicente MateusCoordenação 2012

Foram aproximadamente sete anos em Criciúma, minha trajetória na cidade se confunde com minha participação pre-sencial no Ministério das Universidades Renovadas (MUR). Sabemos que é através de Deus que as coisas acontecem e que devemos estar na presença Dele para que tudo possa ocorrer da melhor forma, mas como Ele me amou primeiro, as pes-soas na minha volta foram se encarregando de me colocar no caminho de salvação dentro da universidade e da minha vida. Primeiramente coordenei o GOU da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) Linguagem da Cruz em 2010 e 2011. Já em 2012, assumi a coordenação diocesana do ministério. Diversos foram os momentos, é até difícil escolher os melhores, mas tem alguns que sempre mexem mais com a gente de forma singular. Na verdade me lembro de quase to-dos, pois ali a semente ia sendo cultivada e o coração voltava a sua essência todas as vezes que desanimava ou perdia o rumo. Posso dizer que depois que fui no Vinde e Vede de 2009

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e ter visto aquela “Goulera” da Unesc cantando, louvando, cla-mando a Deus, chorando, cheios da graça, não tive dúvidas do que tinha que fazer. Ao chegar na universidade depois de ter gravado bem o rosto das figuras, os abordei para participarem. Então a maneira mais eficiente encontrada foi de fazer o pas-toreio no dia do GOU, quando saíamos mais cedo da aula e passá-vamos nos corredores do curso chamando quem já estava se encami-nhando para quadra ou cantina para comparecerem no encontro. Visitei outros grupos conheci outras realidades e pes-soas que mais para frente pude contar de forma grandio-sa. Tive contatos que mudaram minha vida, pelo exemplo de sua entrega em Deus. Graças ao Senhor pude partici-par do 1º Ruah na diocese em 2009, um marco para mim também. Os Ruah’s foram importantes para que o minis-tério fosse mostrando e solidificado em relação à Diocese. Aprendi e consegui pôr em prática que os dias em que não tinha aula, eram os dias que eu deveria ir, principal-mente se fosse dia de GOU. Seja pra estudar na universida-de ou ter esses momentos com os “Luquinhas” nos corredo-res. Aprendi muito a escutar, falar, sentir o que Deus tinha para mim naquele momento, além de me preparar espi-ritualmente e fisicamente para o próprio grupo, abrir a sala pra arejar e convidar o pessoal que poderia passar por ali. Não sei pregar bem, nem tocar violão bem, talvez nem conduzir um momento de oração muito bem, nem tenho o costume de ler a bíblia todos os dias, infelizmente, mas uma coisa tenho, o propósito de viver as Universidades Re-novadas! Isso me bastou para que pudesse ter os olhos fi-

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xos em Deus e apesar das limitações confiei nas pesso-as que Deus ia colocando, e assim Ele foi fazendo sua obra.

Higor RobettiIntegrante da Equipe Diocesana 2013

Conheci o MUR no meu primeiro ano de faculdade em 2011, na Escola Superior de Criciúma (Esucri). Minha conversão era re-cente, logo o grupo na faculdade me ajudava a manter acesa a chama da fé e a evangelizar outros jovens sem medo e sem ter vergonha. O GOU teve uma importância enorme na minha vida, tanto que foi lá que fiz minha primeira pregação em um Grupo de Oração. No início de 2012 tranquei meu cur-so e fui para o seminário discernir minha vocação, com a motivação dos tempos de GOU, iniciei um grupo de ora-ção em um colégio no bairro Caravaggio, Nova Vene-za, realizando os encontros nas sextas-feiras, antes da aula. Fiquei apenas três meses no seminário, logo no se-gundo semestre de 2012 retornei à faculdade e con-sequentemente ao GOU, coordenado pelo o William Fernandes (o Batata), que me chamou para ser servo. Em 2012 fui ao Encontro Estadual do Ministério das Universidades Renovadas, em Rio do Sul, e partici-pando voltei com um coração ardendo para o chama-do de levar o sonho da civilização de amor para o mundo. No ano de 2013 o William assumiu a coordenação do mi-nistério na diocese e me convidou a assumir a coordena-ção do GOU Esconderijo da Fé, na Esucri, (tal nome sur-

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giu em um encontro com algumas irmãs consagradas em 2012). Assumi a missão sabendo dos desafios e permaneço firme naquilo que Deus me confiou, junto com diversos ir-mãos permanecemos levando essa mensagem do amor de Deus para dentro da faculdade e abrindo as portas a Deus para que um pentecostes aconteça em todos os encontros. Amo o MUR e o levarei para sempre em meu cora-ção, serei um “Luquinhas” por toda a minha vida e agra-deço a Deus por ter me chamado para este sonho ma-ravilhoso que ajudou muito no meu caminhar na fé.

Reginaldo Batista da Silva e Maiara GalindroCoordenação 2014 e 2015

Quando fomos convidados pela coordenadora da Re-novação Carismática Católica de Criciúma (RCC), Lu-ciana Neves, para assumir o Ministério das Universi-dades Renovadas (MUR), de primeiro momento nos assustamos, tivemos medo e inquietação, mas veio tam-bém uma vontade enorme de ver o que Deus queria disto. Demos o nosso sim, afinal, Deus nos falava que esta era a maneira para nos ter mais perto Dele, com isto, vimos que Deus queria algo novo e topamos o desafio. Entramos em oração e Deus nos deu uma moção: adentrar nas univer-sidades sem medo e anunciar Jesus moção que esta no Sal-mo 23. Confiamos também na perseverança da doutrina e o amor entre os irmãos direção de Deus presente em Atos 2, 42-47, com isto os universitários e funcionários iriam enxer-gar nos “Luquinhas” algo diferente. O MUR em nossas vidas

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veio como um novo Avivamento, percebemos Deus agir de um modo magnífico e isso nos fez amar o sonho das univer-sidades renovadas, fomos impactados pelo mover de Deus. No ano de 2014 tivemos a graça de dar inicio a dois novos GOUs e ainda realizar a Experiência de Oração Uni-versitária (Expo Universitária) na Faculdade Satc. Além disto, foi realizado o Encontro de Gerações, onde reu-nimos todos que fizeram parte deste sonho que é o MUR desde seu início. “Louvado seja Deus pelo MUR”.

Vocações Religiosas Dentro do Ministério das Universidades Renova-das (MUR) da Diocese de Criciúma, já se passaram inú-meras pessoas que hoje seguem uma vocação religiosa. Cada um deles com certeza carregam ainda den-tro de si este sonho, e assim como todos foram importan-te para ao ministério, o MUR também marcou a vida deles. Pode-se citar o seminarista Rodrigo Emerim, que sentiu o chamado durante um encontro do ministério e hoje segue o caminho vocacional na faculdade de teologia em Florianópolis. No seminário também está o participante do GOU Esconderi-jo da Fé, Tiago Comin, que está em Brusque cursando filosofia. Juntamente com ele está Davi Coelho participante assíduo dos GOUs da Unisul de Araranguá. Além disto, Rozana Uggioni, que foi participante do Grupo de Oração Estudantil na Escola Técnica SATC durante seu ensino médio, é postulante na comu-nidade das Irmãs Adoradoras da Misericórdia, em Caçador/SC.

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Já como sacerdote, o ministério teve como presente o Padre Thiago de Moliner Eufrázio, que fez história nesta caminhada.

Vocação Familiar O Ministério das Universidades Renovadas (MUR) tem o poder de unir pessoas, fazer com que estejam próxi-mas para realizar o mesmo sonho. Diante deste propósi-to, muitas vocações familiares também foram despertadas. A ex-coordenadora do ministério Natália Emerim Velho da Silva conheceu seu esposo, Leonardo Rodrigo dentro do MUR. Além deles, o casal Gisele e Michael de Bona, que iniciaram seu namoro dentro de um Grupo de Oração Jovem, deu continui-dade em seu noivado e matrimônio já participantes do MUR. E além das vocações matrimoniais cabe citar os laços fa-miliares criados dentro do ministério, um deles foi entre a pri-meira coordenadora do MUR da Diocese de Criciúma, Fer-nanda Nunes, com a funcionária da universidade que ajudou a erguer o primeiro GOU da diocese, Marlete Borges, a qual convidou Marlete para ser a madrinha de seu primeiro filho.

O Sonho continua O sonho do Ministério Universidades Renovadas continua aceso na diocese de Criciúma. Hoje com cinco GOUs ativos em três Universidades da região, frutos de 11 anos de perseverança e confiança em Deus, o MUR da diocese de Criciúma acredita que muitos “Luquinhas” ainda conhecerão o amor de Deus atra-vés daqueles poucos, e importantes, 15 minutos de encontro.

Testemunho

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Testemunho Foram 11 anos de benção em nossa Diocese, mos-trando ao mundo universitário que podemos sim ser e fazer a diferença. Levando dentro de nossos cora-ções a Palavra libertadora de Jesus Cristo, o Amor. O sonho é algo de continuidade, pois quando acor-damos queremos voltar a continuar aquilo que estáva-mos sonhando. O sonho hoje é realidade, graças a tan-tas pessoas que deram seu sim para que este sonho se tornasse o que é hoje, real. A todos os antigos coordenado-res diocesanos juntamente com sua equipe (Fernanda, Na-talia, Camila, Vicente, William) nosso muito obrigado. Por isso, o tão amado e desafi ador MUR consis-te nisso, fazer o sonho se tornar real, e é com a gra-ça de Deus que queremos continuar escrevendo a his-tória desse lindo ministério aqui em nossa diocese.

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Diocese de Criciúmafotografi as

Padre Th iago Moliner Eufrazio

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Participação do MUR no Retiro Vinde e Vede

GOU Faculdade Satc

Galeria de Fotos

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Galeria de Fotos

Primeiro GOU da Diocese

Encontro de Gerações, 2014

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Livro Testemunhal

Universidades Renovadas

Diocese de Chapecó

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capítulo três Sonhar, partilhar o MUR

“Sonhar, e crer em Deus, Renovando nossas escolas

Levando a todos a Palavra de Deus

Unir a fé e a Razão”

Foi com a motivação dessa mú-sica que, no ano de 1999, após ter sido aprovada no vestibular para o curso de Educação Física na Uni-versidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) e de ter participado de uma formação

de secretarias da RCC dio-cesana na qual, RoseclerCauduro (na época coordenadora es- tadual da Secretaria Lucas) com muita inspiração falou do sonho de Deus para as Universi-dades. Não precisou de muitas palavras para que o Sonho ti-vesse sido semeado no coração da então caloura de Educação Física, MarizeteMatiello. Segundo ela, foi ainda durante oe-vento já estava sonhando com o GOU em sua universidade. Foi assim que ofi cialmente iniciou o MUR, na época PUR, na Diocese de Chapecó. Mas ainda antes disso e mesmo sem sa-ber o que era Universidades Renovadas ou o sonho de evangeli

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Histórico

Foi com a motivação dessa música que, no ano de 1999, após ter sido aprovada no vestibular para o curso de Educação Física na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) e de ter participado de uma forma-ção de secretarias da RCC diocesana na qual, RoseclerCau-duro (na época coordenadora estadual da Secretaria Lucas) com muita inspiração falou do sonho de Deus para as Uni-versidades. Não precisou de muitas palavras para que o Sonho tivesse sido semeado no coração da então caloura de Educação Física, MarizeteMatiello. Segundo ela, foi ainda durante oe-vento já estava sonhando com o GOU em sua universidade.

Quem faz parte desse Sonho Testumunho

Começar da onde? Sozinha? O que fazer Senhor? Essas perguntas estavam comigo, mas eu não pensava em desistir. Em 1999, ainda estava na universidade um amigo o Ander-son, ele também participava da RCC em Xanxerê. Come-çamos o GOU, em uma sala quase que escondida dentro da universidade, pois era uma das únicas salas disponíveis. Muitas vezes rezei sozinha, porém não desisti. Sempre pedia para que Deus mandasse mais universitários para o GOU. Depois disso, Deus foi enviando aos poucos novas pesso-as para Sonhar comigo dentro da universidade. A primeira delas foi e é ainda, uma grande amiga que veio somar mui-

Marizete Matiello Coordenação 1999 – 2004

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to no GOU Desperta (esse era o nome do primeiro GOU da UNOCHAPECÓ), a Tangriany. Amiga de fé que já ti-nha ouvido falar da Secretaria Lucas e impulsionada tam-bém já estava antes de entrar na universidade fazendo Gru-po de Oração na Escola. Depois veio o Alexandre Matiello, a Lúcia Volcan, o Luiz Flavio Oliveira, o Darlei, a Márcia Dalva, a Sediane. A graça ainda foi maior, porque quase to-dos eles já estavam atuando na universidade como docente. Depois disso, posso dizer que a Secretaria Lucas cres-ceu muito em nossa universidade, participamos de todos os ENUCCs da época, encontros de profissionais, encon-tros estaduais, realizamos culto ecumênico de recepção aos calouros na universidade, trote solidário, e até sediamos um dos encontros estaduais da Secretaria Lucas do Estado. Posso dizer que a Secretaria Lucas (ou o MUR atualmente) foi a minha melhor experiência e a mais significativa dentro da RCC. Pois foi através desse ministério que eu tive um grande crescimento espiritual, conheci muitos irmãos de caminhada que são como uma verdadeira família espalhada por esse Brasil a fora. Irmãos com o qual eu chorei, rezei, viajei, cresci e SONHEI. E o melhor de tudo, esse SONHO que foi planta-do em meu coração no ano de 1999, ainda está den-tro de mim, caminha junto de mim, e vai permanecer até o fim. O Sonho de ver a Civilização do Amor acontecer! No encontro estadual de 2003 aqui na UNO CHA-PECÓ, uma profecia se ouviu: “Você não está no GOU porque você está na universidade, Você está na universida-de por causa do GOU”. E é isso mesmo, eu não fui para o

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GOU porque estava na universidade, mas porque antes mes-mo de eu entrar lá Deus já tinha sonhado com um GOU lá, e precisava de mim para que isso acontecesse. Por isso eu posso dizer que estive na universidade por causa do GOU. E ele mudou toda minha história! Graças a Deus! Amém!

Tangriany Pompermayer CoelhoIntegrante do MUR Chapecó

Na diocese de Chapecó, SC não existia a então Secretaria Lucas até 1999, quanto o Anderson Guisolphi e Marizete Lemes da Silva começaram timidamente a se reunir para rezar. Neste mesmo ano eu já colocava meu chamado de ‘Luquinhas’ em prática, mas no ensino médio no colégio Estadual Bom Pastor. Sem saber do futuro comecei a organizar grupos de oração no intervalo das aulas na escola que chegaram e ter mais de cinquenta pessoas. Nas aulas era pedido cons-tante para os professores para me deixar tocar uma mú-sica ao final da aula, os professores aproveitavam e diziam: “vamos terminar o conteúdo e depois eu deixo ela can-tar”. Eu aproveitava cada oportunidade e ao final do ano a música tema da turma era: “Ninguém te ama como eu”. Ao entrar na Unochapecó, em 2000, nos juntamos eu e a Mari e iniciamos de fato os grupos de oração. Em 2001 recebemos um reforço de peso, o Alexandre Matiello veio da capital para Chapecó e além de termos um professor univer-sitário participando dos GOUs, tivemos o coordenador es-tadual do MUR em SC. Realizamos em 2003 em Chape-

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có o III Encontro Estadual do MUR. Fazíamos então parte da Equipe do Estado e tínhamos um grupo incrível: Lucia Zolin, Luiz Flavio Oliveira, Marcia Dalva, eu a Marizete, hoje Matiello. Os casamentos também fazem parte da nos-sa história. Em oração não poucas vezes subimos aos céus! Os GOUs foram crescendo e tivemos histórias lindas do que Deus fez nestas poucas pessoas que participavam. O grupo da noite nunca ultrapassava as 10 pessoas, mas uma delas era uma mulher (que nem sei o nome) que ela apanhava do marido e a cada semana aparecia com um hematoma diferente. Mais de 10 anos depois fico extasiada de alegria cada vez que vejo esta mesma mulher e o marido nas celebrações dominicais. Fomos para todos os ENUCCs destes anos, organizá-vamos Vans e fazíamos mais de 20 horas de viagem, tam-bém quem mandou morar há duas horas da Argentina?! No ENUCC 2004 (Maringá PR), meu último dentro da univer-sidade a Ierecê Gilberto entrou em contato comigo pra que eu fizesse a Assessoria de Comunicação do encontro, topei na hora! Ela me falou do Edson Tavares que estaria responsá-vel pela parte de informática e começamos os trabalhos. Mas eu sonhava com mais do que uma assessoria de imprensa, queria inovar fazendo a transmissão do encontro, hoje pa-rece simples, mas na época eu não tinha noticia de vídeo ao vivo pela internet, então entrei em contato com a produtora que faria a gravação do encontro e depois com o Edson pra viabilizar a questão técnica e ele me perguntou: ‘Mas como você pretende fazer isso, com um Adobe?’ e eu com a mesma coragem respondi: Adobe!?. Bem, com isso da pra perceber

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que era mais sonho e vontade do que capacidade, mas Deus colocou no meu caminho o Edson e ele é tão maluco quan-to eu, topou e pesquisou pra fazer. Na semana do encontro chegamos a Maringá e começamos fazer os testes, deu certo. Certamente este foi o primeiro dos nossos encontros a ser transmitidos ao vivo. Até hoje me assusto com o pioneiris-mo, fizemos intervenções nos intervalos, entrevistas com os coordenadores, com os participantes e foi uma experiência incrível. Emplacamos dezenas de matérias, transmitimos o encontro sem contar no folder do encontro que me arrepia até hoje, uma arte incrível de Lucas Colferai com um slo-gan que entrou pra história: “Prova de que os sonhos nas-cem do coração: É preciso muito sangue para conquistá-los!”

Só posso agradecer a cada um e sobre tudo a Deus!

Lydiana RossettiCoordenação 2012 – abril/2014

Era final de 2011 e meu coração estava repletamen-te sedento de Jesus. Mas a Universidade era um empecilho de tempo para eu conseguir estar mais próxima de Deus e participar de um grupo de oração. Com essa angústia no coração, fui buscar um padre e ele logo disse “mas por que você não participa de um GOU?”. Eu nunca havia escu-tado sobre esse tal GOU, mas uma esperança acendeu em meu coração. Sai da orientação com o padre com nomes de quem poderia me informar do GOU na minha Universida-de. Fui direto me encontrar com o Alexandre Matiello, na

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época professor na Unochapecó, Universidade em que estu-dei. Para minha decepção, não havia mais GOU na Uno-chapecó há anos, e o Alexandre falou: “Mas tenho certeza que é sonho de Deus que volte a ter GOU na Unochapecó”. Naquele momento eu pensei comigo: “Legal e quem vai fazer? Eu quero participar, mas não sei fazer nada”. E fi-quei com aquele desejo no coração por mais alguns me-ses, até que pesquisando sobre o MUR na internet, duran-te um intervalo do trabalho, era como se as palavras que eu lesse passassem a fazer todo o sentido e a vontade de fazer um GOU só aumentava. Liguei pra minha mãe com uma certeza: “Mãe, acho que já sei o que Deus quer de mim”. Depois disso a providência de Deus foi cuidando de todas as coisas. Me vi muitas vezes sonhando sozinha, achan-do impossível de isto acontecer, olhando pra minha peque-nez. As pessoas que eu achava que poderiam me ajudar,do nada sumiam. E Deus, na sua infinita providência, colocou pessoas e plantou o sonho em pessoas que eu nem conhe-cia, assim depois de uma formação diocesana, iniciamos o GOU no segundo semestre de 2012, na Unochapecó, du-rante a noite. Meu primeiro Grupo de Oração, foi um GOU, que se chama Oásis, por entendermos que o GOU é um Oásis no deserto da Universidade. Logo, vi o MUR enchendo o coração de mais universitários, e chegamos a ter quatro GOUs na Diocese de Chapecó entre 2012 e 2013. Durante os dois anos de GOU que tive a graça de par-ticipar durante minha graduação, percebi o quão necessário era aquele Oásis. Certa noite, uma menina entrou na sala,

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Testemunho

por causa da música que estava tocando, participou conosco, na outra semana ela voltou, e a casa semana ela voltava e tra-zia mais pessoas com ela. Ela nunca foi serva do GOU, mas foi uma verdadeira missionária, matou a sua sede e trouxe outros para beberem com ela. Trouxe inclusive uma meni-na que saiu da UTI depois de termos orado por ela no fi-nal de um GOU. Um belo testemunho. Louvo a Deus por ter me proporcionado ver o Seu Amor encher os corações! O MUR em minha vida, a coordenação diocesana, nada mais foi do que delicadeza de Deus para ganhar meu coração. Plano lindo de salvação e santidade. Tempo de in-timidade com Ele, de crer no impossível, de dar sentido a minha graduação. Porque percebi o real motivo de estar estudando numa Universidade particular, logo eu que so-nhava com uma federal, vi porque precisava estar ali, por-que havia dentro do meu coração um espírito missionário. Louvo e agradeço a Deus pela vida de cada um que esteve comigo nessa jornada, pelos que vieram antes de mim e re-novaram meu SIM a cada partilha. Amo ser Universidades Renovadas. Eu sonho com a Civilização do Amor, com um mundo novo, nascido no coração de pessoas renovadas pelo seu Encontro pessoal com Deus. E você, sonha com o que?

Glauciele BevilacquaIntegrante do MUR Chapecó

Meu chamado para o MUR iniciou a partir de um lin-do convite de Deus para voltar a servir mesmo com tantas tarefas, pois eu havia me mudado para a cidade de Chape-

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có com o intuito de estudar e trabalhar devido a essa rotina de trabalho o dia todo e estudos a noite estava me sentindo vazia, pois não conseguia acompanhar mais as atividades do grupo de oração que eu participava na minha cidade natal. Um certo dia localizei um contato de uma amiga que continuava a frequentar o grupo de oração da minha cida-de e partilhei com ela que estava me sentindo distante, que gostaria de poder participar de um grupo, foi então que ela me apresentou a sonhadora Lydiana uma jovem acadê-mica que tinha um sonho, voltar com o GOU na univer-sidade, então rapidamente adicionei o contato da Lydiana. Lembro-me como se fosse hoje no momento em que conversava via bate papo com a Lydiana, estava assistindo uma pregação do padre Fábio na Canção Nova e naquele exato momento ele dizia, que quando somos escolhidos de Deus ele nunca nos deixa afastar-se que era para voltar ao colo do senhor, voltar a servir a doar-se para as coisas dele. Naquele momento entendi qual era o propósito, comecei a chorar de alegria em saber que o Senhor me queria perto. Tudo era novo afinal nem eu e nem a Lydi sabíamos como funcionava a parte operacional de GOU, por falta de sala durante alguns dias eu e ela nos reuníamos no estacionamen-to da Universidade e entregávamos a Deus nosso Sonho e aquele local. Conseguimos a ajuda de um veterano de GOU, o Alexandre Matiello, ele era professor da Universidade, nos ajudou muito e dai em diante Deus começou a realizar seu propósito. Começamos ter servos que nos ajudavam, partici-pantes e outro GOU no período da manhã se iniciou. Como

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Testemunho

é lindo Sonhar o Sonho de Deus para as nossas vidas! Vejo o quanto Deus proveu na minha vida quando pensei que ia ter que me afastar de servir, Ele me mostra que mesmo assim con-tinuaria. Sou grata aos amigos que ele me deu nesse tempo.

Adjar Henrique BatistaCoordenação maio 2014 e 2015

A Paz de Cristo e o Amor de Maria a todos. Meu nome é Adjar, moro em São Lourenço do Oeste, Santa Catarina, sou acadêmico do 8° período do curso de Direito da Uni-versidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochape-có, campus São Lourenço do Oeste. Atualmente me encon-tro na coordenação do MUR na diocese de Chapecó e no GOU do meu campus, porém meu Sonho não começa aqui. Conheci o MUR em 2012 no Encontro Mundial de Jovens da RCC em Foz do Iguaçu, e foi onde conhe-ci também Felipe Neri, ex-coordenador do MUR nacio-nal, que partilha da mesma carreira que quero seguir, e foi ali que descobri que poderia fazer a diferença dentro de minha universidade, e dentro do meu futuro trabalho. Pouco tempo depois, já na minha diocese, descobri por meio da Lydiana Rossetti, até então coordenadora do MUR na diocese de Chapecó, que aqui também já tinha o MUR, e que existia um GOU, infelizmente não no meu cam-pus, foi então que surgiu o sonho da criação de um GOU aqui. No início o medo e o despreparo impediram a efeti-va criação, mas como Deus sonhou, como eu não poderia

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Testemunho

fazer acontecer? Nasceu então o GOU São Lourenço, gra-ças ao apoio da Lydi que sempre me motivou e encorajou. Deus não parava de sonhar com esta Diocese, em me-nos de um ano nasceram três GOUs, e isto impulsionou muitos Luquinhas daqui a sonharem, e com a ajuda do Ale-xandre Matiello (ex-coordenador do MUR SC), Lydiana montou um núcleo que pra mim era uma segunda família. Por quase dois anos venho descobrindo que Deus é quem faz e que somos apenas ferramentas nas mãos dEle, e quan-do menos esperamos ele muda tudo em nossas vidas. O Se-nhor preparava algo a mais para mim, já estava rezando para assumir o Ministério Jovem em minha diocese, por convite do meu coordenador diocesano, até posso dizer que possuía mais afinidade e facilidade com este ministério, porém Deus tinha outros planos, e no Expo-MUR de 2014, Ele confiou a mim o MUR da diocese de Chapecó, e na decisão de as-sumir ou não, percebi mais uma vez, que Deus iria trabalhar em mim, me moldar, talvez por saber mais sobre o MJ eu relaxaria e deixaria meu humano agir, enquanto eu precisa-va me deixar nas mãos dEle para sua obra poder acontecer.

O Sonho continua Atualmente a Diocese está com três GOUs, mas con-tinua suscitando o sonho em mais duas outras univer-sidades, e duas escolas com o nascimento de GOEs que certamente irão preparar novos Luquinhas.

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Moções para MUR da diocese

Moções

“Você não está no GOU porque você está na universidade, Você está na uni-versidade por causa do GOU”. (Encon-tro Estadual do PUR, 2003, na Uno-chapecó).

“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha. Nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alquei-re, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fi m de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que ve-jam as vossas boas obras e glorifi quem vosso Pai que está nos céus”. (Mateus 5, 14-16)

“Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças, pois é santifi cado pela palavra de Deus e pela oração.” 1 Timóteo 4:4-5

que está nos céus”. (Mateus 5, 14-16)que está nos céus”. (Mateus 5, 14-16)

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Diocese de Chapecófotografi as

Expo MUR Chapecó 2014

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Galeria de fotos

Expo MUR Chapecó 2014

Encontro de gerações - Comemoração MUR 20 anos

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Galeria de fotos

RUAH Unochapecó, outubro de 2013

Primeiro GOU Unochapecó

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Livro Testemunhal

Universidades Renovadas

Diocese de Tubarão

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capítulo quatro Marcados pela fé e razão

Foi apresentado o Movimento das Universidades renova-das em 1999 num encontro da diocese, como sempre tinha a apresentação dos coordenadores estaduais, nesse momento foi apresentado a coordenação da secretaria Lucas como era cha-mado naquela época, Clarksom fez um Workshop e explicou a função do GOU para as nossas universidades. “Entregue o seu caminho ao Senhor; confi e nele, e ele agirá.” (Salmos 37:5).

Nossa diocese desde o começo teve difi culdades em mon-tar os GOUs, pois nossos jovens estavam muito enraizados com a cultura da pastoral da juventude, nosso grupo havia 10 a 15 pessoas que assiduamente participavam, mostrando a

Quem faz parte desse Sonho Testumunho

Kleiton DuarteAcadêmico de Administração – FUCAP

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Testemunho

força da fé dentro de um contesto universitário. “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Se-nhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, pla-nos de dar a vocês esperança e um futuro.” (Jeremias 29:11) Nossos 15 minutos de puro clamor e unção do Espirito Santo nos inspirava as nossas ações universitárias e do dia a dia, nos trazendo forças para caminhar. “Venham a mim, to-dos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descan-so a vocês.” (Mateus 11:28). As dificuldades eram constantes pois nossas aulas nos prendiam de juntar para momentos de oração, mais Deus sempre foi providente e nos proporcio-nava momentos de puro silencio e contemplação em uma oração entre nosso coordenador e Deus, pois pela correria da vida as vezes não aparecia ninguém em nossos grupos. Na medida que o tempo passou houve vários coordena-dores que nos pastorearam na caminhada de oração, alguns deles deixaram seus depoimentos, esses estão aqui nesse livro citados e contatos com muito entusiasmo e carinho, de ho-mens e mulheres que deram seu amor e sangue pela missão de plantar um sonho nos corações de nossos universitários. Bom, nós tínhamos um GOU em 2000 que seu iníciou com a Marlene e Kleyton, depois vieram mais alguns amigos de Psicologia e DR. Marcelo. Para nossa grata surpresa ele trouxe junto 14 alunos de medicina, entre eles alguns pro-testantes. Uníamo-nos para orar nos intervalos na sala que estivesse vazia. Depois disso conseguimos uma sala no bloco da saúde. Fizemos uma experiência de oração para universi-tários, compareceram 5. Fizemos parte também do grito dos

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Testemunho

excluídos, auxiliávamos nas missas universitárias no salão no-bre. Participamos de uma mesa redonda sobre aborto e saúde mental. Fomos a dois ENUCC, um em São Paulo e outro nos 40 anos de RCC. Foram tempos difíceis, pois éramos poucos informados e mal formados pela diocese. Mas foram tempos de primavera, pois alguns dos estudantes de medicina saíram em missão diretamente pelas dioceses donde vieram. Fé, muita gente compreende como apenas a crença em uma divindade ou coisa do âmbito, o até compreende como um sen-timento positivo. Mas eu gostaria justamente de escrever que a FÉ não é um sentimento ou um sentido para alguma coisa. Ela, a fé, é justamente o uso mais racional do intelecto huma-no, pois ela busca a priori algo mais racional e lógico possível. Mesmo um ateu precisa ter fé para acreditar numa teoria cien-tífica, e um religioso faz o uso da mesma para acreditar no fim ultimo da coisa, a diferença é que um quer explicar somente o início e outro sabe o início e o fim apontam para o mesmo. Bem, a FÉ nada mais é que a crença em algo é como João Paulo II escreveu: “Crer nada mais é que pen-sar querendo, pensar crendo e pensando crer”.

Franciele Machado HeinzenAcadêmica de Administração – FUCAP

Unir Fé e Razão sempre foi uma empasse que me instigava. Tive o primeiro contato com a música da Celina Borges, Fé e Razão, anos antes de conhecer o MUR, e ela tem muito a ver como meu retorno de fato a “Verdade”. Lia filosofia, lia Santo

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Agostinho - embora ainda pouco. Lia Edith Stein, e queria mais. Tinha sede, ouvia o Padre Paulo Ricardo, Padre Léo e con-seguia por vezes enxergar além, mas isso ainda não me bastava. Não tenho muito que contar da minha experiência com o MUR, enquanto ministério, mas com seu objetivo sim. Lem-bro bem, quando, depois de assistir ao filme “Karol – Um ho-mem que se tornou Papa”, a primeira pessoa com quem con-versei foi o André (luquinha da Diocese de Lages). Eu estava tão envolvida com o filme, que “debulhei” minhas indagações com nossos líderes religiosos, principalmente o clero. Indaga-va-lhe em relação a líderes de verdade, que sabiam apontar o caminho... Sentia falta de líderes que se posicionassem contra tantos assuntos conflitantes. A falta de líderes que trabalhas-sem para Igreja, para o Cristo e com o Cristo. E então, ele sabiamente me fez voltar a mim, quando disse e você Fran? E nós? Nós temos que fazer nosso papel. Logo, “caiu a fixa”. Líderes leigos, exemplos leigos. A Igreja precisa de famílias santas! Mães e pais de família santos! Precisa de universitá-rios santos! Que saibam defender o que acreditam! Precisa de profissionais santos! E o MUR é tudo isso e mais um bocado! Essas partilhas fazem parte da caminhada de Luquinha. O MUR é o rosto de Cristo no ambiente universitário! Pos-so dizer que na minha caminhada de MUR não obtive êxito com quantidade, mas crescimento sim. Cresci espiritual e in-telecto, e cresci tanto que diminui. Enxerguei-me como pe-quena, pequena diante da imensidão dEle. Pequena, pois Ele é grande e suas obras maiores ainda. Aprendi a valorizar as pe-quenas coisas, e que só haverá frutos se lançadas as sementes.

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Testemunho

E para finalizar voltando à questão Fé e Razão, apren-di e ainda estou aprendendo muito com Santa Teresa de Jesus, vivenciando o pedacinho “eis que procurava fora e estavas dentro de mim”. Quem conhece a obra da Santa Tereza, Castelo Interior vai entender um pouco do que es-tou falando. Premissa de cura interior: “eu, comigo mesmo e eu com Deus”, questão filosófica “conhece a ti mesmo”. Neste tempo conturbado de coisas externas e barulhentas o Senhor nos convida para o silencio de nós mesmos! E a partir de então, utilizar-se da ousadia e paresia que tanto traz o MUR como desafio! A fé precede e o intelecto segue.

O Sonho continua Ano passado foi realizado um retiro de 2 dias para nos-sos Luquinhas, dois dias de muita unção no Espirito Santo, seminário de vida, que nos proporcionou muita alegria, fo-ram 12 jovens que se depuseram para escutar a voz de Deus e assim compartilhar conosco esse sonho de Deus. “Mas re-ceberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra”. (Atos dos Apóstolos 1:8) Atualmente nossos GOUs estão em uma caminha-da de reconstrução, estamos reconstruindo todos os so-nhos que foram sonhados pelos nossos primeiros coorde-nadores, estamos nos organizando novamente para que nos mesmo num pouco podemos seguir com a construção de um mundo melhor, com pessoas batalhando pelo mes-

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mo objetivo. “Mas aqueles que esperam no Senhor reno-vam as suas forças.Voam alto como águias;correm e não fi cam exaustos,andam e não se cansam.” (Isaías 40:31)

Testemunho

Moções para MUR da diocese

“Entregue o seu caminho ao Senhor; confi e nele, e ele agirá.” (Salmos 37:5).

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confi ns da terra”. (Atos dos Apóstolos 1:8)

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Diocese de Tubarãofotografi as

Luquinhas da Diocese de Tubarão

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Galeria de fotos

Kleiton Duarte, ex-coordenador diocesano do MUR Tubarão

GOUlera reunida

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Galeria de fotos

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Livro Testemunhal

Universidades Renovadas

Diocese de Lages

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capítulo cincoO Sonho de amor

Através de meu primeiro retiro em 2003, e em outro logo em seguida, por meio dos pregadores, Deus estava me apresentando o que era este chamado, este “Sonho”, este Ministério Universidades Re-novadas. Aos 19 anos, recém

Então disse Jesus aos doze: Que-reis vós também retirar-vos?

Respondeu-lhe, pois, Simão Pe-dro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida

eterna.

estudandoem uma universidade, me relataram o que era um GOU, e me convidaram a fazer um em minha universidade. Senti medo, estava ainda começando a sentir de fato o quanto Deus me ama e tendo meu primeiro contato com a Renovação Carismática Católica, e eu era, sem sombra de dúvida, um co-varde.Logo,a ideia de ser convidado a fazer algo assim, sozinho, era por demais, assustadora, ainda mais eu sendo um pioneiro no movimento.Fui informado, também, que há algum tem-po existia um GOU na UNC (Universidade do Contestado) em Curitibanos, mas, pelo que percebi, foi um evento “his-

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Históricotórico”, ou seja, não teve continuidade e acabou morrendo. Porém, considerando que Deus é um mistério e realiza seus planos da forma mais incompreensível ao ser humano, esta pessoa que vos escreve, por incrível que pareça foi “fis-gado”, a despeito de todas as minhas limitações, demorei, contudo não fugi ao desafio. Em julho, participei do meu primeiro ENUCC (Encontro Nacional de Universitários Católicos Carismáticos) em Maringá – PR. Indo na cara-vana de Florianópolis, conheci um pouco como eram estes tais “luquinhas”.Nunca me diverti tanto, e lá no encontro tive mais uma noção do que realmente significava falar de Jesus no meio universitário, as perseguições, as críticas, lu-tar sozinho, e percebi algo que só compreenderia, de fato, alguns anos mais tarde.Quem toma a frente do MUR de ver-dade, é porque se apaixona e aprende a amar este Ministério. Naquele encontro, uma irmã que participava do mesmo grupo de jovens que eu, estava também no encontro, e cursa-va Terapia Ocupacional em minha universidade. Quando a encontrei,foi o fim das minhas desculpas, era hora de começar. No mesmo ano de 2004, começamos a estudar uma for-ma de começar o GOU, e o iniciamos com 3 ou 4 pessoas. Era um desafio grande, ainda não possuíamos muita experiência, erramos muito, encontramos salas, mas algumas vezes esta-vam ocupadas, então vinham questionamentos: “Como avi-sar os demais?”, “Como trazer mais pessoas?”, “Por que aque-les que aparecem não voltam mais?”. Errar e aprender com os erros, para pertencer ao MUR ,é necessário ter perseverança. Final de 2004, eu participei da primeira reunião entre os

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Históricocoordenadores diocesanos do Estado de Santa Catarina, onde-Deus já estava me convidando a assumir a diocese de Lages, po-rém o convite formal, do atual coordenador da diocese de La-ges-SC,só foi realizado no Cristoval de 2005, em Curitibanos. Entre 2005 e 2006,graças aos meus irmãos do Grupo de Jovens, Lages possuía 3 GOU’s ativos, um na Uniplac, um na Facvest e outro na Udesc. Por fazer estágio e faculdade, não conseguia acompanhar os GOU’s, apenas dava orienta-ções aos coordenadores, pedia auxílio aos irmãos do MUR de outras dioceses, que vinham nos encontros para dar for-mação. Neste período, tivemos dois encontros entre jovens e universitários, sendo que o de 2006, por ser ministrado por membros do MUR, foi o que teve mais a “cara” do MUR. Também participamos do Encontro Estadual da RCC em Itajaí, em 2005 quando o MUR do estado fez um momento de partilha e um GOU no intervalo do en-contro. Em 2006, levei mais duas pessoas no ENUCC em Valinhos, as quais, infelizmente, não perseveraram. Entre 2006 e 2007, creio que foi o período de maiores provações, porque apesar das formações e encontros, as pes-soas que me acompanhavam estavam começando a desistir, e novamente estava ficando sozinho.Nesta situação, questiona-va a Deus se era perseverança ou se simplesmente não era uma teimosia minha. Confesso que questionava a Deus o porquê ser “eu”, me considerava um fracassado, não conseguindo trazer novos irmãos, não conseguindo impedir a desistência dos irmãos que caminhavam comigo. Nesta situação, bus-cava refúgios nos encontros e nos irmãos de outras dioceses.

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Histórico

No ano de 2007 tive novos temores, porque era o meu úl-timo ano de faculdade e estava correndo o risco de sair de lá sem ter um só representante para continuar o nosso trabalho. E, infe-lizmente, terminei o curso sem encontrar um substituto, nesta situação, os GOU’s da Facvest e da Uniplac estavam fechados. Todavia, mesmo formado e desempregado Deus ainda contava comigo, e comecei a me dedicar no único GOU que ainda persistia, o da Udesc. Ajudei nas missas universitárias, formei e acompanhei os servos, foi quando, então, no ano de 2008 abriu um grupo de jovens, próximo a uma capela na Udesc. Em conjunto com estes irmãos do Ministério jo-vem, realizamos vigília, um retiro de primeira experiên-cia, reabrimos um GOU na Facvest e batizamos o GOU da Udesc como “Carta de Cristo”. Tanto o grupo de jo-vens quanto o MUR se ajudavam.A diocese teve 10 repre-sentantes no Encontro Estadual do MUR em Criciúma, e continuamos neste ritmo até a segunda metade de 2009. No ano de 2009, com dois GOU’s em atividade, rece-bemos uma nova missão: o projeto “RUAH”. Conforme im-presso nas páginas do Livro “RUAH – Relatos de um Amor que Ama”, os “luquinhas” de Lages aceitaram o desafio de “deixar o Amor amar”. Pregamos o Kerigma a semana inteira, e após, fizemos nosso segundo retiro de primeira experiência. Deus havia derramado muitas graças, porém pecamos pela nossa falta de maturidade, nos dedicamos de corpo e alma a missão em dois ministérios, de forma que nos esgotamos;eu, por ajudar no grupo de jovens algumas vezes deixei o MUR de lado.Então, aos poucos as coisas começaram a ruir.

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Histórico

Na segunda metade daquele ano,a coordenado-ra do GOU da Udesc “Carta de Cristo” abandonou a coordenação e se afastou de seus irmãos de caminha-da, mesmo eu a procurando, tentando incentivar, e di-zendo que não a condenava. Logo em seguida o gru-po de jovens fechou, restando apenas o GOU da Facvest. Hoje, já faz quase cinco anos que isto aconteceu e, ain-da assim, ao resgatar estas memórias,me relembram a triste-za que senti aquela época, sentimento de culpa, questiona-mentos, próprios do ser humano que é falho e de pouca fé. Porém, com apenas um GOU, chegamos ao ano de 2010 sem grandes mudanças, apenas eu estive presente re-presentando a diocese no ENUR (Encontro Nacional Uni-versidades Renovadas), em Brasília. Já fazia muito tempo que estava na coordenação e estava manifestando sinais de esgotamento, porém, não havia encontrado um substituto e não desejava que o MUR virasse novamente um ministério “histórico”, seria como se toda a luta que tive fosse em vão. Em 2011 tivemos um Encontro Estadual em Joaçaba, novamente, apenas eu havia ido, contudo um grande irmão chamado Maycon, que eu havia conhecido um tempo antes, frequentava a Uniplac e estava querendo conhecer o Minis-tério, ele não pode ir, mas acompanhou o encontro online. Chegamos ao ano de 2012, anos de provações pes-soais duríssimas, o Maycon, que era a pessoa a qualeu ha-via cogitado ser meu substituto na diocese, se dedicou ao ministério de música em outros grupos de oração e se afastou do MUR. Porém continuávamos amigos, e antes

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Histórico

de julho deste ano, eu fui eleito coordenador em um gru-po de oração, precisando deixar a coordenação do MUR em aberto sem ter alguém para indicar em meu lugar. Não obstante isso, Deus tinha tudo preparado, alguns meses depois, o Maycon retornou, e, quase sem eu pedir, ele assumiu a organização da nossa caravana para o En-contro Estadual que ocorreria em Rio do Sul. Diante dis-to, indiquei o nome dele para assumir o MUR ao meu coordenador Diocesano da RCC, o que se confirmou.Minha missão havia terminado e eu me senti como João Ba-tista: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30). O MUR de todos os ministérios da Renovação parece que é o que mais lembra uma família. Digo, sem sombra de dúvi-da, que em qualquer lugar ou encontro que um “luquinha” for e encontrar outra pessoa pertencente ao MUR, dificilmente não será bem acolhido ou não receberá qualquer assistência. O MUR está estampado em nossa face, parece que temos “cara de MUR”. Não me arrependo de ter feito parte deste Sonho. Quando menciono o Ministério Universidades Reno-vadas, o sentimento que me vem é de nostalgia, saudades dos encontros, das reuniões online, das bagunças nas carava-nas, de kerigmar na faculdade, enfim, de ser um “luquinha”. Estamos em 2014, e meu relato apenas cons-ta até o ano de 2012, por isso com grande alegria encer-ro esta partilha dizendo: quem fará este relato serão ou-tros que vieram e virão após mim, enquanto o MUR continuar vivo e forte nesta diocese! Deus os abençoe!

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André Luis Honório Carvalho Coordenou o MUR na Diocese de Lages entre 2003 - 2012

Quem faz parte desse Sonho Testumunho

Maycon Moreira PintoCoordenou o MUR de Lages 2012 - 2014

Conheci o MUR há muitos anos, quando era coor-denador diocesano do Ministério das Artes, na diocese de Joaçaba, o que, inclusive, por duas ou três vezes ajudei o pessoal com a música no GOU. Porém,essa minha par-ticipação foi um pouco distante do grupo, de alguém que sabia que esse Ministério existia, mas que não conhecia muito bem a sua realidade, e nem se interessava em saber. Alguns anos se passaram e eu acabei me afastando da RCC, da Igreja e de Deus. Foram quatro anos em que vivi uma vida totalmente mundana, que quando colocava o pé em uma igreja era por conta de muito esforço de minha mãe, pedindo para que eu fosse. E como eu não queria ver ela triste, eu acabava indo. Muitos irmãos de caminhada e grandes amigos tenta-vam me procurar, manter contato, me chamar para as coisas da RCC e da Igreja, mas eu fugia, tentava fugir. Por mui-to tempo eu os isolei da minha vida. Vim saber depois que eles sempre rezaram por mim, mesmo eu estando longe. Ao longo desses quatro anos tive muitas experiências. Uma delas foi como promotor de eventos. Alguém, que antes servia ao Senhor, com o seu dom e que nessa épo-

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Testemunho

ca estava servindo o “encardido”, promovendo festas em lugares que as pessoas iam para beber, se drogar e prosti-tuir. Com essas festas, arrecadava muito dinheiro e acaba-va gastando tudo em outras festas e bebidas. Hoje tenho a consciência que tive a graça de não me envolver com dro-gas nessa fase de minha vida, Graças a Deus, pois as opor-tunidades foram muitas, convivia com isso o tempo todo. No ano de 2010, mudei de cidade e fui morar em Lages, na Serra catarinense. Daí em diante, algumas coisas come-çaram a não dar mais certo em minha vida. Primeiro que a região não era mais onde eu morava anteriormente, então, já não tinha mais os contatos de antes, e tão pouco era conhecido pelas pessoas. Por conta disso, e alguns prejuízos financeiros em uma das festas que promovi, fiquei sem dinheiro e endivi-dado. Vi as pessoas, que se diziam minhas amigas, sumirem. Foi um período em que estava entrando em depressão, me sentia sozinho, e quando estava em casa, sentia muita vontade de chorar, não tinha vontade de fazer nada, de sair, de conversar com alguém, de visitar minha família, nada. Em julho de 2011 fui a um retiro na Comunidade Mis-sionário Servos da Misericórdia, na cidade de Caçador-SC, de-pois de um convite que minha mãe fez. Por incrível que pareça, eu fui no retiro e ela não foi. Eu havia frequentado essa comu-nidade por alguns anos, ajudando e participando dos retiros, eles também tinham sido um daqueles que eu virei as costas. Nesse retiro foi o meu resgate, Deus olhou para mim atra-vés dos olhos do sacerdote, Pe. José Juan e me disse: “Filho, eu não me lembro do seu nome, mas eu lembro do seu coração”.

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Testemunho

Despenquei chorando. Tive a certeza que ali foi Deus olhando nos meus olhos e me dizendo que não importava tudo o que eu tinha feito de errado, por onde eu tinha andado, o que impor-tava é que eu estava ali e ele conhecia os desejos do meu coração. Depois disso, começou uma longa e lenta caminhada de retorno pra Deus e para a Igreja, indo a alguns retiros, lutando para renunciar todo meu pecado e minha vida erra-da. Nessa época, eu já estava cursando engenharia elétrica. Era feriado de 07 de setembro e eu fui à missa na Ca-tedral Diocesana de Lages. No final da missa anunciaram que depois teria grupo de oração da RCC, decidi ficar e participar. O grupo foi tão bom, que fiquei empolgado, e no final fui perguntar a uma senhora, Dona Alice Carva-lho (um anjo em minha vida), onde que tinha um grupo de jovens que eu queria começar a participar. Ela me falou que estavam sem grupos de jovens em Lages, mas que sa-bia que acontecia um grupo de oração na universidade. Pen-sei, “nossa, que legal, vou poder participar lá então”. Fiquei empolgado. Ela ficou com meu contato e disse que ia me apresentar o André, que era o coordenador do grupo. Foi a partir daí que começou a minha história com o MUR. Acabou que, naquele ano, eu fui conhecer o An-dré quase no fim do semestre. Conversamos muitas ve-zes, mas o GOU não estava acontecendo na minha uni-versidade. Falamos de começar um GOU e tudo o mais, porém não caminhou. Mas ganhei um amigo. No início de 2012 o André me convidou para ir com ele à uma reunião estadual do ministério,na cidade de Rio

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Testemunho

do Sul. Fui com ele. Conheci muita gente legal, amigos-ir-mãos que tenho até hoje. Lembro-me como se fosse hoje das partilhas, orações, janta, brincadeiras e tudo o mais vi-vido naquele fim de semana com André, Roan, Lu, o pe-queno Antonio, Vicente, Letícia, Roberto, Ana e Cami-la. Comecei a conhecer mais sobre a realidade do MUR. Depois disso, percebi que o André estava tentando me preparar pra assumir o lugar dele na coordenação diocesana do ministério. Eu fugi. Ele tentava me chamar para as coisas e eu sempre inventava alguma desculpa ou arranjava outra coisa pra fazer no lugar. Não queria compromisso e nem me envolver. Queria participar de um GOU, mas não queria estar à frente. Como se fosse um compromisso, sem compromisso. Em junho desse ano, fui para o Encontro Mundial de Jovens da RCC, que aconteceu junto com o Congresso Na-cional, em Foz do Iguaçu-PR. A princípio eu ia para partici-par do encontro, mas, durante a viagem de ida, descobri que eu teria que servir. Essa seria uma outra história, quem sabe para um outro testemunho. Na mesma equipe que a minha, estava a Camila, coordenadora estadual do Ministério. Fui, permaneci e voltei do encontro ouvindo ela falar do MUR. O Sonho foi definitivamente plantado em meu coração. Voltei para a minha diocese super empolgado e com o coração aberto. Chamei o André para comer um lan-che, e partilhei sobre a viagem, sobre o MUR, sobre tudo com ele. Queria iniciar o GOU na minha universidade. Deus queria muito mais. Uma semana depois, o coorde-nador diocesano me chamou para conversar e me convi-

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Testemunho

dou para assumir o Ministério na diocese. Minha respos-ta foi sim, pois sentia isso muito forte em meu coração. Hoje não me encontro mais na diocese de Lages, Deus me chamou para outra missão. Lembram da Camila? Aquela que me deu um “chá de MUR” na viagem? Pois é, ela mesma, hoje é minha noiva. Vamos casar em fevereiro do próximo ano. O Sonho de Deus vai muito além daquilo que imaginamos. E o sonho do MUR, continua e continuará vivo em meu coração.

“Sonhar é crer que Deus fará tudo, mesmo que a gente não saiba como acontecerá.”

Mirley AnibalettoMédica veterinária e ex-participante do GOU na Udesc.

Lembro do meu primeiro dia do GOU como se fos-se hoje, foi em 2008 na UDESC de Lages, estava triste e sozinha dentro de uma sala de aula estudando para uma prova, quando entrou uma moça e falou que iria par-ticipar do GOU, ficou ali um pouco e logo me convi-dou para participar. Aceitei sem imaginar como seria. Estava passando por uma fase complicada e so-frendo sozinha. Quando comecei ir ao grupo de ora-ção universitário fiz muitos amigos e principalmen-te conheci o grande amor que Deus tem por mim. Desde 2004 vinha lutando contra a depressão, uma tristeza profunda e um desânimo que não me deixava ser feliz, parecia que tudo era impossível, ir a faculdade era um sacrifício, pois me sentia um peixe fora da água, por

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Testemunho

3 vezes larguei tudo e fui embora. Em 2009 foi a ulti-ma vez que tranquei a faculdade e neste mesmo ano des-cobri que meu pai estava com câncer terminal. Em 2010, no mês de fevereiro voltei pra Lages para continuar a fa-culdade e em março meu pai faleceu, lembro bem das úl-timas palavras dele: “vai estudar que o pai vai ficar bem”! Era muito triste porque até as pessoas que convi-viam comigo achavam que era frescura minha, porém, o GOU não, sem ao menos me conhecerem, me recebe-ram de braços abertos e me ajudaram a sair dessa. Em de-zembro de 2012 me formei em medicina veterinária! Ufa! Olhando pra trás e vendo tudo que passei só tenho a agradecer a Deus por nunca ter desistido de mim e por ter colocado anjos sem asas para me ajudar aqui na terra, e principalmente por ter reservado um anjo desses para se-guir sempre ao meu lado que é meu amado noivo Thiago.

Rodrigo RosaAcadêmico de Agronomia da UFSC

Minha história, ou chamado ao MUR costumo dizer, começou em 2010, período em que eu recém tinha iniciado meu curso e passei por momentos de dificuldade familiar que fizeram com que eu desanimasse dos estudos e parasse de estudar por um semestre. Nesse momento vivi um tempo recluso, somente em casa, onde descobri a Canção Nova e posteriormente a Renovação Carismática Católica aqui na minha paróquia. A partir disso, reiniciei meus estudos, tendo

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Testemunho

o amor de Deus e a força dEle sempre como pilar de susten-tação na realização do sonho de terminar um curso superior. Desde então, sempre pensava que outros jovens da mi-nha faculdade podiam estar vivendo momentos similares aqueles que vivi em 2010, de difi culdades e falta de força para continuar. Foi então que em 2013 conheci o MUR, através de uma amiga o meu então coordenador do MUR aqui na Diocese de Lages, que me falou um pouco so-bre o trabalho e o sonho que o Ministério carregava. En-corajado disso, iniciamos no segundo semestre de 2013 o primeiro GOU no campus da UFSC, em Curitibanos. Conto tudo isso, porque vejo nas entrelinhas a mão de Deus. Hoje reconheço que sem Ele e o MUR que sempre esteve em meu coração mesmo antes de conhecê-lo, talvez não conseguisse estar prestes a terminar meu curso. Sem-pre falo, falar de Deus aos jovens dentro da tua universi-dade é uma experiência única, e sou grato a Deus por isso.

Hoje, após toda doação e difi culdades, o Sonho de encher as Universidades da Dou-trina de Jesus continua vivo na Diocese de La-ges. São três GOUs que estão funcionando. Um na Faculdades Integradas (Facvest), ou-tro na Universidade do Planalto Catarinen-se (Uniplac) e Universidade Federal de San-ta Catarina (UFSC), campus Curitibanos.

O Sonho continua

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Diocese de Lagesfotografi as

GOU São Francisco - UFSC Campus Curitibanos

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Galeria de Fotos

Luquinhas da Diocese de Lages e SC no ENUCC 2006

Encontro para jovens universitários - 2006

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Galeria de Fotos

Congresso Estadual - 2005

Reunião da Equipe Estadual em Lages - 2012

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Galeria de Fotos

Formação MUR Lages, 2013

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Universidades Renovadas

Diocese de Rio do Sul

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capítulo seisNove anos da história de Amor

Em junho de 2005, Andiara Pisetta, impulsio-nada a evangelizar, começou a coordenar um Gru-po de Oração Universitário na UNIDAVI – UNI-VERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ, onde fazia faculdade de Ad-ministração, com habilitação em Comercio Exterior. Tal grupo de oração foi iniciado com uma requi-sição formal da Catedral São João Batista ao Reitor da UNIDAVI, na época o Sr.VigandEger, solicitando um es-paço para a efetivação deste GOU. A requisição foi de-ferida pelo Reitor, o qual disponibilizou uma sala de aula para que fossem realizados os encontros semanais. A princípio este GOU era chamado “Civilização do Amor”, tendo seu início no segundo semestre de 2005, todas as quartas-feiras no horário do intervalo, com dura-ção de 15 minutos. Algumas vezes contava com a presen-ça de animadores do Grupo de Jovens da Catedral, sendo

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Histórico

estes o Maicon, a Cris Sandini e o Marcelo Bianchet, no entanto, quando estes participantes da música não podiam comparecer, o mesmo sem música o GOU era realizado. Todas as noites, antes de iniciar as aulas, eram distribuídos flyers convidando os universitários a virem participar do GOU, e muitos acabavam comparecendo mesmo que por curiosi-dade, e, por ser uma proposta diferente, acabavam gostando.

Quem faz parte desse Sonho Testumunho

Andiara PisettaCoordenadora do GOU Civilização do Amor em 2005

Em uma quarta-feira, não apareceu ninguém para o GOU, esperei 5 minutos a mais para iniciar, quando eu ia iniciar, mesmo sozinha, apareceu uma senhora dos servi-ços gerais da universidade perguntando se poderia limpar a sala, eu, claro, inicialmente disse que sim, pois só havia eu lá dentro e não queria atrapalhar o serviço dela, mas aí senti no meu coração que deveria convidá-la para rezar co-migo antes dela limpar a sala. Ela prontamente disse que sim e sentou-se na minha frente, peguei em suas mãos e começamos a rezar. Me lembro como se fosse ontem, fiz uma oração de amor de Deus para comigo e com ela e can-tei uma música: “Cristo vive em mim, Aleluia, Cristo vive em ti Aleluia, Ó que maravilha é que Cristo vive em mim”. Ela começou a chorar, e partilhou comigo que passava por

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Testemunho

problemas, e que essa música a fez perceber o amor de Cristo dentro dela. No final, percebi que esse GOU, foi para ela e para mim também, pois Deus me revelou que não importava que fosse uma só pessoa, mas que não deveria desistir nunca. Outro testemunho que me recordo é de que a sala do GOU, a qual foi concedida, era a última sala do último andar da universidade, ou seja era quase como um deserto.Tinham quartas-feiras que não havia se quer uma pessoa, nem nos corredores, nem nas salas de aula, totalmente es-condido. Mas em uma determinada quarta-feira, quando a porta do elevador se abriu naquele andar, de frente pra mim, havia uma sala de aula cheia de alunos e um profes-sor lecionando, Deus então me disse: “Entra aí, e convida os universitários para o GOU”. Meu coração acelerou, e eu respondi – “Não Senhor, não faz isso comigo, não pos-so entrar aí”. E fui pra sala do GOU, mas meu coração estava inquieto, me lembrei que havia esquecido os livros sobre canto, na minha sala de aula, e lá fui eu descer para pegar os livros. Quando subi novamente, ouvi a mesma coisa, Deus me dizendo para entrar na sala. Então, peguei os flyers e bati na porta da sala, o professor perguntou o que eu queria, e respondi que gostaria de fazer um convi-te aos alunos, ele me permitiu e eu fiz e distribui os flyers. Faltavam uns três minutos para o intervalo, e na-quela noite, muitos alunos, daquela turma, foram par-ticipar do GOU. Mas duas pessoas em especial, Gra-zi e Marilise, que, após esse GOU, ingressaram na Renovação Carismática da nossa Diocese e no Grupo de

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Testemunho

Oração “Alegrai-vos”, da Catedral, e hoje tem suas vi-das renovadas, creio que graças ao convite daquela noite”.

Roan Sebátian do AmaralCoordenador diocesano do MUR 2011 - 2014

No ano de 2007, eu e a Fernanda participamos do evento em comemoração do jubileu de 40 anos da RCC, que aconteceu na Comunidade Canção Nova, de Cacho-eira Paulista. Neste encontro, dentre tantas experiências com Deus, uma em especial lançou uma sementinha em nosso coração. Durante 10 a 20 minutos, nós participa-mos do Encontro Nacional Universidades Renovadas – ENUCC. Desde então, ficou o desejo de abrir novamente um GOU na Universidade UNIDAVI. Fomos para aquele encontro porque éramos universitários, mas, praticamen-te ou aparentemente, não entendíamos nada de GOU, de MUR, do sonho... o que nos atraia era simplesmente por-que éramos universitários e sonhávamos em ter oração na nossa faculdade também, saímos de lá com esta vontade. Mas ainda não havia condições, coragem, decisão para nós jovens da RCC entrar na universidade para evangelizar. O sonho, então, foi adiado, mas por pouco tempo. Em nos-so coração o sonho continuou vivo. No ano de 2008, Deus realizou uma cura milagrosa através de um documento em um computador da universidade, o qual havia um arquivo que dizia “Previna-se contra o câncer”. Aparentemente por acaso, mas por providência divina, o Senhor Jesus me curou

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Testemunho

de um câncer maligno que nascia em meu testículo direito. Já cheio da Misericórdia de Deus em minha vida, batizado no Espírito Santo, fui chamado a seguir Jesus para ver a cura – eu aceitei, pois entendi que Deus queria que caminhasse na fé, não o vendo querendo eu mesmo controlar minha vida. Então, eu recém-casado com minha amada esposa Luciana, senti isto como sinal para abrir a boca, e começar a profetizar e testemunhar Jesus na universidade através de um GOU. Eu tinha certeza que aquilo não era por acaso, e acre-ditava na cura, não só física, mas por completo, minha vida então, começa a ser de Jesus. Hoje, após quase seis anos da cirurgia, é que a medicina considera que estou curado, graças a Deus, mas eu já tinha dito na primeira consulta para o Dr. Ricardo que Jesus havia me curado 100%. Agora, sem um testículo, já sou pai de dois filhos – Antônio, 4 anos, e Cecília, 4 meses. Isso, mesmo contrariando a medicina, pois eu teria que fazer tratamento para ter filhos, porém, Deus me curou por completo. E é muita alegria para expressar em palavras. Apesar da certeza, confiança em Deus, aceitei fa-zer duas seções de quimioterapia. Não foi fácil, mas nun-ca vou me esquecer o terço que rezei enquanto toma-va medicamento na veia, via o quanto Deus nos ama. Deus era o meu consolo, e me perguntava o que deve-ria fazer daqui para frente para levar o nosso Senhor. Mesmo um pouco frágil, por causa do medicamen-to, foi quando iniciamos o GOU. Que noite maravilho-sa, éramos em 5 jovens, corajosos, sem dúvida. Naquele dia, fizemos o grupo sentados o tempo todo. Foi o único

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Testemunho

realizado dessa forma, com um pouco de receio em fazer aquilo na faculdade. Então, eu conduzi o grupo e preguei a Palavra: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Lucas 9,13.) A partir daquele dia - 25 de março de 2009, na Ca-pela Ecumênica da Unidavi, a qual não existia no iní-cio do primeiro GOU na faculdade - até hoje o GOU segue evangelizando, todas as quartas-feiras, no horá-rio do intervalo das aulas, com duração de 10 minutos.

Ananda Maiara Back Estudante de Jornalismo

O Grupo de Oração Universitário me fez aprender ain-da mais que devemos levar a palavra de Deus para todos os lugares, principalmente na faculdade, onde há grande nú-mero de jovens. O GOU é a presença viva de que Jesus está conosco em todos os momentos, aonde quer que seja. Me ensinou a tirar tempo para Ele na correria do dia-a-dia. Lá me encontro com Jesus. São apenas 15 minutos, mas é aprovei-tado cada segundo, e sempre fica o gostinho de quero mais.

Josemir Isidoro KuszkowskiCoordenador do GOU – Civilização do amor

A partir de quando eu comecei a participar do MUR, a ótica da responsabilidade sofreu uma boa atualização. Passei a dar mais valor ao que eu faço no GOU. Eu me tornei mais sensível ao toque de Deus. Apesar de que continuo pecador, mas a diferença é que a maneira de encarar o pecado passou a ser outra, lembrando da minha responsabilidade diante

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Testemunho

da coerência de pregar o que eu vivo e viver o que eu prego. Hoje, eu aprendi e passei a amar o MUR. Eu vesti a ca-misa! Porém, também sei que eu preciso melhorar muito! E para isso eu conto com o meu irmão Roan que sempre me ajudou a servir melhor! Uma das coisas que mais me marcou foram as experiências de missão no RUAH, na preparação de divulgação do GOU e, principalmente na evangelização que fi zemos em nosso GOU Civilização do Amor, as pro-vas que o Senhor preparou para que enfrentássemos juntos, mesmos exaustos, mas com força para prosseguir! Foi gra-tifi cante pelos frutos dados pelo nosso esforço. Mas o que conta mesmo são as graças recebidas de ter podido execu-tar quando julgávamos humanamente impossível e pode-mos ver realizado o projeto que rezamos poder executar!

O Sonho continua

Em 2012, na pura coragem de sonhar mais alto, a Diocese sediou o Encontro Estadual do MUR, o EEMUR. “Nos superamos neste encontro, houve uma união muito grande de todos, isto marcou muito, até. Todos que viram, exultavam a Deus, pois ele fez o que poucos acreditavam”, testemunha Roan. Hoje a Diocese conta com o GOU “Ci-vilização do Amor” na Unidavi e tiveram a graça de, neste início de 2014, ter a missa mensal na universidade. O Rei-tor da Universidade, inclusive, afi rmou que a missa deve se tornar tradição e ser divulgada para toda Universidade.

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Diocese de Rio do Sulfotografi asfotografi as

Missa Universitária - UNIDAVI - 2014

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Galeria de Fotos

Luquinhas da Diocese de Rio do Sul

Primeira Semana Missionária - RUAH

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Galeria de Fotos

GOU durante o RUAH

GOU Civilização do Amor - 2010

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Universidades Renovadas

Diocese de Caçador

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O início de uma história de Amorcapítulo setecapítulo sete

Deus nunca deixa a folha, que colocamos a disposição dEle, em branco. É neste ano comemorativo de 20 anos de história do MUR no Brasil e 17 anos em Santa Catarina, que Deus começa a escrever a história do MUR, na página da Dio-cese de Caçador, e assim como fez com os pães e os peixes colo-cados à sua disposição, multiplica páginas e vidas alcançadas.

Conheci a Renovação Carismática aos 16 anos, quando comecei participar do Grupo de Oração Jovem da minha cidade (Fraiburgo-SC). Desde então, minha fé foi transfor-mada, me senti mais próxima de Deus, com esse jeito novo de louvar. A cada experiência nova, ia me encantando mais

Júlia ChelliAcadêmica de Engenharia de Alimentos – UNOESC

Quem faz parte desse Sonho Testumunho

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por ver pessoas testemunhando o amor de Deus e mostran-do como Ele foi maravilhoso em suas vidas. Ver muitas pes-soas tão simples e humildes, mas que possuíam tanto co-nhecimento sobre a Palavra, o Catecismo, enfim, a Igreja de Cristo, foi me deixando admirada e com mais sede de Deus. Aos 17 anos, comecei a formação para servos, foi quando ouvi falar sobre o MUR. Achei muito legal ter um Ministério que leva o nome de Cristo nas universida-des, pois eu acabava de me tornar uma universitária, e se-ria maravilhoso poder ter Deus na faculdade também. Po-rém, na minha Diocese não tinha ninguém representando o MUR, e acabei me direcionando a outros ministérios. Uma certa noite, voltando de ônibus da faculdade para casa, estava conversando com uma moça que é evan-gélica, e ela comentou que na igreja dela tinha um minis-tério que levava o amor de Deus para as universidades, e assim ela tinha planos de trazer na nossa universidade esse ministério. Foi aí que comecei a pensar e perceber que eu não podia ficar parada. Pois se a Renovação Carismá-tica da Igreja Católica, que é a Igreja de Cristo, nos per-mite ter esse Ministério também, eu não poderia ver o tempo passar e deixar de anunciar o verdadeiro amor. A coordenadora do MUR do Estado, Camila, entrou em contato comigo, e estive participando do workshop do MUR no Congresso da Diocese de Caçador, onde a Leila, ex-coor-denadora do Estado, passou a formação. Me encantei ainda mais por este Ministério, principalmente por saber que mui-tas vidas já foram restauradas nas universidades, pois muitas

Testemunho

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pessoas nunca tiveram um verdadeiro contato com Deus.Com o sonho das Universidades Renovadas, nes-te ano de 2014, o MUR está sendo semeado na dio-cese de Caçador também, e pela nossa fé e glória do Se-nhor renderá muitos frutos para futuros testemunhos!

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Diocese de Caçadorfotografi a

Workshop do MUR no Congresso Diocesano de Caçador, 2014

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Universidades Renovadas

Diocese de Blumenau

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O sonho de Deus para mundocapítulo oito

No ano de 1999 houve um convite à Secretaria Mar-cos, hoje chamada de Ministério Jovem, da Diocese de Blumenau,para que alguém fosse participar de um encon-tro de jovens universitários na cidade de Joinville. Assim, a história do MUR na Diocese de Blumenau inicia com o “sim” de uma jovem universitária, a fi m de que participas-se do primeiro Encontro Sul Brasileiro de Universitários

Quem faz parte desse Sonho Testumunho

Eu participei do Encontro Sul Brasileiro de Uni-versitários, momento em que conheci o Mococa e vá-rios outros colegas e amigos. Neste encontro, enten-

Claudia Dell’AgnoloProfessora universitária

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di qual foi a missão que o Senhor havia me chamado ao sair da cidade e da casa dos meus pais em 1996. Enten-di que a missão era levar Jesus aos universitários que esta-vam afastados e achavam que somente a razão prevalecia. Saí do encontro bem empolgada, e mesmo tendo a ideia sozinha, fui conversando e partilhando as informações aos demais colegas do grupo de jovens, na esperança de ini-ciarmos um GOU dentro da FURB. Na época havia outras colegas (JucimaraSoder e Danuza Machado), que também estudavam na FURB e trabalhavam no Xerox (perto da te-souraria, bloco A), e, então, fomos aos poucos conversando. No mesmo ano, participei do III ENUCC, na cida-de de Presidente Prudente-SP.Lembro-me que fui de ôni-bus da cidade dos meus pais (Toledo-PR) para Presidente Prudente. Ao chegar na rodoviária, haviam me dito que teria um grupo me esperando. Porém, para minha surpre-sa, não havia ninguém, e já eram umas 3 horas da ma-drugada. Pensei:“E agora, o que fazer?” La, estavaeu e uma moça de Marechal Candido Rondon. Então, foi quando vi uma moça que havia saído também de Tole-do, e a perguntei se poderíamos ficar na casa dela até a hora de irmos para o local do encontro. Ela pareceu he-sitar por um instante, pois afinal não nos conhecia, mas insisti para que ela nos emprestasse apenas o sofá para que pudéssemos descansar um pouco. Então ela aceitou. De manhã cedo pegamos um ônibus e fomos para o encontro, o local era lindo, um ginásio cheio de uni-versitários, todos com o mesmo intuito. Foi maravilhoso!

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Ao final, voltei juntamente com o pessoal de SC, em uma van. Foi muito emocionante, pois combina-mos de ficar sem dormir a noite toda, e nisto cantamos, rezamos, oramos, fizemos teatro. Fizemos uma amizade que perdura até hoje. As pessoas que estavam nesta via-gem de retorno, eram: Ceigler Ernesto Marques (Gaspar), João Borges, Viviane, Clarkson Wolf, Rosecler (Joinville). Após este encontro, voltei muito motivada, com von-tade de levar a chama do Espírito Santo a toda FURB. A partir disso, começamos a trabalhar aos poucos. No ano de 1999, fomos em 3 ou 4 pessoas participar do IV ENUCC, no Pacaembu, em São Paulo. Então, ini-ciamos o GOU, na verdade não era exatamente um GOU, e sim uma intercessão que realizávamos na igreja Nossa Se-nhora Imaculada Conceição, onde na época quem atuava era o Pe. João Bachmann.Desta forma, ele nos abriu as por-tas do Santíssimo para que pudéssemos rezar aos sábados pelo futuro GOU. Após um tempo de intercessão, resolve-mos que deveríamos avançar e fazer um GOU na FURB, mas, como ainda não tínhamos um local, iniciamos o gru-po na antiga cantina, pois na frente dela havia uma varanda com bancos de madeira fixos, assim poderíamos realizar este GOU. Tínhamos a presença de umas 5 a 10 pessoas, entre elas uma professora do curso de medicina, a DraLenise. Nesta época, estavam participando conosco, fielmen-te: JucimaraSoder, Danuza Machado, Luiz Cruz, Cris-leidi Marchesini, Elissandra Viana, Fatima Schmitt, Jo-sueneMaran, e outros que no momento não recordo.

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Após um tempo, achamos que ficaria melhor fazer-mos o grupo durante a semana e em alguma sala de aula. Então,fomos fazer esta solicitação na FURB, e nos pediram que falássemos com quem organizava as salas. Começamos a fazer o grupo dentro de uma sala no térreo do bloco D, um pouco escondido, mas tínhamos uma sala para orar. Em Outubro de 1999, realizamos o 1º Retiro Uni-versitário, dentro da FURB, em um auditório. O Pe. João realizou a missa nesse retiro, o qual foi muito legal. Ti-vemos, mais ou menos, umas 20 pessoas participando. Durante os sábados, continuávamos a nos reunir para intercessão e preparação dos encontros. Para que pu-déssemos ter mais formação na intercessão, eu e mais 2 (Almir Petry e Luiz Cruz) fizemos o curso de Ministro. Se me recordo, em 1999 ou 2000 foi realizado o I ECUCC (Encontro Catarinense de Universitários Católicos Carismá-ticos), em Curitibanos, onde eu já servi como ministra. Em 2000 participamos do V ENUCC, no estado de São Paulo. Na metade do ano 2000, eu me formei, e depois dis-so, tentamos continuar com o grupo, mas não ficou tão fácil.Por um tempo até conseguimos, tínhamos alguns servos do grupo de jovens, que se dispunham a coorde-nar o GOU, para que este permanecesse vivo. Lembro também que em 2002 foi realizado a Reunião da Equi-pe Estadual, em Blumenau, na paróquia Santo Antonio.

Elissandra da Silva VianaProfessora universitária

No ano de 1999 participei do meu primeiro ENUCC.

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Confesso que cai, naquele encontro,“de paraquedas”, pois nunca havia ouvido falar do PUR, o atual MUR. Fui convidada por uma amiga que participava de um GOU, e aceitei o convite. Nunca havia pensado em en-trar para uma faculdade, era algo muito distante da mi-nha realidade econômica, mas nesse ENUCC, ao ouvir a Ivna Sá dar seu testemunho do Sonho, Deus plantou no meu coração a semente, e naquele momento me lem-bro que fechei os olhos e disse: “Jesus, eu também que-ro viver essa experiência!” Voltei do ENUCC e a vida se-guiu sem mudanças, mais a semente havia sido plantada. No ano de 2000, me mudei para Blumenau, e em 2003 ingressei na universidade. Iniciei o curso de Pedago-gia na UDESC, que tinha um pólo no prédio do SENAC em Blumenau. Então a Semente que havia sido plantada em 1999, começou a germinar, foi crescendo no meu co-ração, a vontade de participar de um GOU. Porém, na minha universidade não existia GOU, e isso me frustrava, pois queria participar de um. Nesse mesmo ano de 2003, participei do Encontro Estadual do MUR em Chapecó, a convite da minha querida amiga Claudia Del Agnollo, que já conhecia o MUR e participava do GOU da FURB. E nesse Encontro, o tema era: “Mergulhar para águas mais Profundas”. Depois, participei do meu segundo ENUCC, em Goiânia, e ali ouvi a Ivna mais uma vez falar do Sonho, afirmando: “A uns Deus dá a graça de começar e a outros de continuar o GOU”. Essas palavras entraram como flechas em meu coração, estava aí a resposta, essa era a minha mis-

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Testemunho

são, começar um GOU. Voltei pra minha cidade, decidida a iniciar o tão sonhado GOU. Após o ENUCC, conversei com mais duas amigas de sala, falei para elas do Projeto Universidades Renovadas, e iniciamos no final desse mes-mo ano o tão sonhado GOU, no SENAC Blumenau. Este grupo me sustentou durante os quatro anos de faculdade, o qual, nos momentos de dificuldades, foi meu porto seguro. Participei de outros ENUCCs, em Maringá no ano 2004, em Maceió no ano 2005 e em Valinhos no ano 2006. Foram alguns encontros estaduais da RCC e do MUR, encontros diocesanos, reuniões es-taduais que participei. Conheci muitas pessoas, ami-gos e irmãos de fé, que guardo até hoje no meu coração. Foram muitas batalhas, muitas vigílias, muitas lu-tas, principalmente para manter o GOU da FURB. Posso dizer que tudo o que fizemos valeu apena. E quero aproveitar para agradecer aos amigos e ir-mãos da Diocese de Joinville que tanto nos apoiaram, que muitas vezes nos acolheram em seu encontros, formações, reuniões, festas, ônibus e vans para irmos ao ENUCC e a encontros estaduais. A Família Bergui (Ana Amélia, Emanuelli e Caroline) que tantas vezes nos acolheram em sua casa. Quero agradecer também ao Alexandre Ma-tiello, coordenador estadual do MUR, por acreditar em mim, por seu entusiasmo que transmitia a todos, pelas pa-lavras de fé e de otimismo e sobretudo por seu olhar de pastor. “Obrigada meu irmão por tudo o que você fez!” Agradeço aos Amigos da Diocese de Florianópolis que

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sempre estiveram ao nosso lado, nos apoiando. Não po-deria deixar de agradecer aos amigos de Blumenau, que tanto lutaram para manter vivo o MUR em nossa diocese. Claúdia Del Agnollo (a “Ivna Sá” de Blumenau), uma so-nhadora que, mesmo diante de todas as dificuldades, ja-mais desistiu do MUR e sempre deu o seu melhor. Cris-leide, Jucimara, Josuene, Danuza, Gieseli, Luiz, Isabela, Tadeu, Amanda Lira, enfim, todos fizeram parte do MUR na diocese de Blumenau. Obrigada pelo SIM de vocês. E para encerrar, agradeço a Elizangela Cruz Fa-rias do MUR do Paraná, que me lvou ao meu pri-meiro ENUCC, pois sei que foi nesse encontro que Deus começou a mudar minha história de vida. Hoje sou professora concursada na rede munici-pal de ensino de Blumenau, e o Sonho continua vivo em meu coração. Sonho e rezo para que os meus alu-nos possam ingressar na universidade e viver a experiên-cia de lutar por esse Sonho de Amor, o Sonho de Deus.

“Sempre que me bate o desânimo, a desesperança e o temor, procuro me desvencilhar destes sentimentos, lem-brando que, lá no final, está um sonho muito maior que

o meu. Está o sonho de Deus”, Ivna Sá.

O Sonho continua

O MUR na diocese de Blumenau é um lindo so-

Carol CristineAcadêmica de letras na FURB

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concretizar. Tudo começou - ou melhor, recomeçou - com um desejo do coração de uma amiga, Karina, que durante uma fi la no Encontro Nacional de Formação da RCC de 2014, foi incentivada pelas palavras de uma jovem universitária a fa-zer parte desse ministério também, e, então, como estava in-gressando na faculdade, partilhou esse desejo comigo e com outra amiga, dizendo que a FURB precisava de um GOU. Eu já estava na universidade há um ano e sabia muito bem o que era estar rodeada de pessoas que não conhe-ciam o amor de Deus como eu. Durante todo o ano que havia passado, me perguntava se iriam conseguir começar um GOU ou não, e por mais que eu não tomasse atitu-de alguma, fi quei na espera. Quando a Karina comentou que deveríamos pensar em começar o grupo de oração, fi camos entusiasmadas, mas nem sabíamos como come-çar. Por providência de Deus, uma semana depois, a nossa coordenadora convidou para participar do encontro esta-dual de ministérios, que aconteceria aqui em Blumenau, mas mais especifi camente nos convidou para participar do MUR. Aceitamos o convite e, desde então, Deus foi regando esse sonho nos nossos corações. Depois disso, ti-vemos uma formação e então começamos a sonhar mais alto. Ainda não começamos o GOU, mas temos certeza que por ser o Sonho de Deus, Ele vai providenciar todas as coisas para que este amor se espalhe pela universidade.

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Diocese de Blumenaufotografi a

ECUCC 2004 - Chapecó

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Galeria de Fotos

Elissandra e Ivna Sá

ENUCC - Maceió

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Galeria de Fotos

Santa Catarina no ENUC - Maceió

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Universidades Renovadas

Diocese de Joaçaba

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O Sonho trazido do coração de Deuscapítulo nove

O Ministério Universidades Renovadas na Diocese de Joaçaba começou no ano de 2002, através da jovem Silvia Moser, estudante de Turismo e Hotelaria, na Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), a qual, hoje, é re-ligiosa consagrada na Comunidade Servos Adoradores da Misericórdia. Na época, foram muitos encontros em que ela rezava muitas vezes sozinha no templo da universidade. Hoje, os atuais participantes tem a certeza de que essas ora-ções foram pilares para que o GOU “Bálsamo Divino” exis-tisse até hoje, e, também, um novo GOU pudesse nascer.

Quem faz parte desse Sonho Testumunho

Daniele VolpatoPrimeira coordenadora Diocesana do MUR

Tive meu primeiro contato com a Renovação Ca-

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rismática ainda quando era criança. Participava dos gru-pinhos de oração em uma pequena casinha de madeira, atrás da casa da minha avó, com cantos,brincadeiras e ati-vidades diversas, em que eu, meus primos, meus irmãos e as crianças da vizinhança íamos conhecendo a Jesus. Cantávamos, rezávamos e fazíamos diversas atividades. Na adolescência comecei a participar do “Gru-po de Oração Santa Terezinha”, no qual tive umaprofunda experiência com a pessoa de Jesus, e não conse-guia mais imaginar minha vida sem este grupo de oração. No ano de 2002 ingressei na faculdade, no curso de Ad-ministração de Empresas, e, assim, não podia mais ir ao grupo de oração, mas, foi através deste grupo que fiquei sabendo da existência de um outro grupo de oração que havia iniciado, e estava acontecendo na Universidade durante os intervalos. Fui, então, procurar a pessoa que tomou a iniciativa de começar esse grupo, o qual ainda pequeno.Foi quan-do conheci Silvia Moser (hoje consagrada na Comu-nidade Servos Adoradores da Misericórdia – Caçador/SC, a Irmã Rosa). Começamos juntas a caminhar com o GOU, fazíamos nossos momentos de oração, que ti-nham a duração de 15 minutos,durante o intervalo das aulas, uma vez por semana, durante os quatro anos. Éramos, muitas vezes, somente Silvia e eu, outras vezes tínhamos a companhia de várias pessoas, mas nunca desa-nimamos ou deixamos de perseverar. Às vezes, ficávamos um pouco tristes, pois nossa vontade era que a capela fi-casse sempre cheia. Quando nos reuníamos para rezar, pe-

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díamos a Deus a graça da ousadia na fé, a perseverança, e que Deus derrubasse nossa timidez e nos desse coragem. Confiantes de que Deus nunca deixou de ouvir nos-sas orações, e sempre prontamente nos segurou, confortou, animou, sustentou, é que nos mantemos em pé. Quandose aproximava a conclusão de nossos cur-sos e a tão esperada formatura, tínhamos apreocupação de que o GOU não terminasse junto, pois não era um projeto nosso, um plano nosso,um so-nho nosso, mas, sim, um sonho de Deus. E éramos res-ponsáveis por este Sonho. E assim aconteceu, o GOU não terminou. Deus que é providente colocou outras pessoas para que continuassem e o levassem adiante. O GOU, hoje, está presente também no Campus II da Uni-versidade, e tem trazido jovens que estavam afastados da Igreja, ou seja, tem realizado prodígios para a Glória do Seu Nome.Tenho a plena convicção de que as semen-tes lançadas em meu coração e no coração da IrmãRosa, quando ainda criança, nos grupinhos de ora-ção, no Grupo de Oração e nos quatro anosno GOU geraram muitos frutos de perseveran-ça, fé, amor à Igreja, dedicação com as coisas deDeus, e o dom de servir sempre, em qual-quer circunstância, ao Senhor de nossas vidas. A vida prossegue, as dificuldades surgem, mas a expe-riência que um dia tivemos com Jesus não nos deixa desa-nimar e muito menos desistir, mas, sim, nos dá forças para sempre continuar. Peço a Deus que sua graça seja cons-

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tante em nossas vidas, para que nunca deixemos morrer a semente que ele plantou em nós. Sou eternamente gra-ta a Deus por me proporcionar viver a história que vivi.

Araceli Maria GrothCoordenadora do MUR na diocese em 2006 a 2007

O GOU “Bálsamo Divino”, por inspiração de Deus, teve início em meados de 2000. Na época, apenas duas uni-versitárias se reuniam para rezar, e assim o GOU acontecia. No coração de uma delas, sempre existiu o desejo de que naquele templo, lugar onde acontecia o grupo, houvesse uma vez por mês uma missa. Como bem sabemos, “exis-te um tempo para cada coisa” (Ecl.3). No ano de 2012, quando iniciamos as atividades, recebemos a notícia de que um padre, que recentemente estava assumindo as ativida-des paroquiais, iria celebrar uma vez por vez a Santa Missa. Foi uma vitória e sem dúvida fruto das orações das pri-meiras “GOUleras”. Desde então os universitários, na pri-meira semana do mês, são acolhidos por Jesus Eucarístico. Em um dos Ruah’s, fizemos a divulgação do Grupo de Oração. Era outono, uma brisa suave envolvia a esta-ção. Entregamos folders por toda a universidade. Na se-mana seguinte, nos reunimos para o grupo de oração. Para nossa surpresa, antes mesmo de iniciar o GOU, um casal adentrou o templo. A senhora trazia nas mãos um dos folders. Disse com um sorriso largo nos lábios que o vento havia deixado o papel que repousou sobre a área de sua casa. Uma alegria sem tamanho invadiu

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aquele templo naquela noite. A palavra, que é viva e efi-caz, confirmou-se: O vento sopra onde quer... (João 3-8)

Leila Cristina Weschenfelder CarneiroBacharel em Ciências Biológicas – UNOESC

Professora na capela. Certa vez, cheguei antes na capela do GOU para rezar, não tinha aula naquela dia, então, me deparo com uma mulher deitada no primeiro banco. Levei um susto e ela também, as duas riram Em seguida ela me contou que era professora da Universidade e sempre que se sentia angus-tiada ficava um tempo ali refletindo. Contei a ela que rea-lizamos um Grupo de oração de 15 minutos, e que naque-le dia iria acontecer dentro de alguns minutos. Ela ficou muito feliz e quis participar. Infelizmente, era final de se-mestre e, devido a agenda de aulas, ela não pode continuar indo, mas sempre que encontrava um de nós pelos corre-dores da universidade, se lembrava com carinho do GOU.

Último GOU do ano Iniciamos um GOU no Campus II da Unoesc, em Jo-açaba, no segundo semestre de 2009. Junto comigo estava sempre a Silvana Rosa, que já havia sido coordenadora do MUR na diocese, e meu irmão André Maurício Carneiro. Rezávamos e preparávamos o GOU com muito carinho, mas nunca apareciam muitas pessoas. No último grupo do ano,resolvemos ousar e realizá-lo em um pórtico do segundo

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andar, do bloco bem em frente à rampa onde os alunos passa-vam para ir pra sala, ou descer para a cantina, biblioteca e afins. Naquele dia, meu professor atrasou muito o horário do intervalo, e eu tive que sair por conta da sala.Quando che-guei no corredor, vi que meu irmão e a Sil estavam ali junto com duas meninas. A Silvana conduziu a oração, cantamos, e no momento do louvor, uma das meninas chorava muito e a outra fazia uma cara de espanto. Ao encerrar o grupo, a que fazia cara de espanto relatou a nós que havia sofrido um acidente alguns dias antes e quase perdeu a vida, disse que nunca tinha sentido nada parecido com o que sentiu naquele GOU, e agradeceu por estarmos ali. A outra meni-na, que chorava muito, disse que naquele dia havia saído de casa arrasada devido a uma briga com o marido, e que antes de sair pediu a Deus que algo de bom pudesse acontecer na vida dela, a qual estava fadada de coisas ruins. Ela era muito jovem e havia se casado cedo, cursava enfermagem e quando a Silvana a encontrou no corredor e convidou a participar conosco daqueles minutos de oração, foi a certeza de que Deus havia ouvido as preces dela. Alguns anos depois, tive a oportunidade de encontrá-la em um retiro, e me espantei!Fui conversar com ela, e me contou, entre outras coisas, que era a coordenadora do grupo de oração na cidade dela, que es-tava trabalhando como enfermeira já formada, e que Deus fez uma grande renovação no seu casamento e na sua vida.

Missa com os motoristas Em 2010, após os primeiros passos do “GOU Divino

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Oleiro”, no Campus II da Unoesc, achamos que seria le-gal realizar uma missa no início do semestre, porém, nesse campus, não havia capela, apenas um capitel bem peque-no na entrada da Universidade, atrás do ponto de ônibus. Conversamos com um sacerdote, que era muito amigo do MUR e sempre celebrava as missas conosco, e ele aceitou ir celebrar neste Capitel. Foi muito fl exível também em relação ao tempo e horário. Na época, foi divulgado com cartazes pela universidade, na xerox, na biblioteca, e, não bastasse isso, ousamos ir mais além. A Silvana e o André Mauricio (meu irmão) foram até os motoristas dos ônibus que fi cavam estacionamos em um complexo esportivo do outro lado da rua. Convidavam cada pessoa, uma por uma, e, para nosso espanto, várias delas estiveram presentes na missa e agradeceram a oportunidade.Relataram que, por estarem sempre viajando, principalmente aos fi nais de se-mana, não tinham o costume nem a possibilidade de irem a missa, e fi caram maravilhados com um grupo de universitá-rios que trouxeram isso para aquele ambiente. Algumas pes-soas da comunidade ali próxima ao campus, também se fi -zeram presentes naquela dia, junto com alguns acadêmicos.

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Diocese de Joaçabafotografi a

GOU Unoesc

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Galeria de Fotos

GOU de encerramento de semestre - 2012

ERUR SUL 2013 - Pato Branco/PR

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Galeria de Fotos

EEMUR 2011 - Joaçaba/SC

EMMUR 2011 - Joaçaba/SC

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Universidades Renovadas

Diocese de Joinville

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Convidados a sonhar com Deuscapítulo dez

É na Diocese de Joinville que inicia a história do Ministério Universidades Renovadas em Santa Catari-na. Após receber em casa um convite para o II ENUCC – Belo Horizonte, em meados do ano de 1997, a então estudante da Faculdade de Educação Artística na UNI-VILLE, Rosecler Cauduro, não hesitou em participar do Encontro, onde representei o estado de Santa Catarina. “No encontro, fui profundamente tocada e fi quei muito feliz por ouvir o que já desejava em meu cora-ção, que é ver profi ssionais exercendo sua vocação e atu-ando em suas áreas à luz do Evangelho”, testemunha. Ao retornar à Joinville, a chama que acendeu o co-ração da estudante não se apagou e ela foi reunindo aca-dêmicos que já haviam tido uma experiência com Deus, no Grupo de Oração já existente na UNIVILLE, que até então estava sem estrutura. Assim formaram um nú-cleo de cinco pessoas: Rosecler Cauduro – coordenadora do então Projeto Universidades Renovadas Santa Cata-

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rina; Viviane Lourenci – secretária; Clarkson Wolf – te-soureiro; Larizza Bergui – representante da Diocese de Joinville no Projeto; Jaqueline Alex Batista – assistente. O Núcleo foi formado em agosto de 1997, realizan-do reuniões semanais com intercessão. Organizaram o I Retiro Universitário Sul Brasileiro que aconteceu nos dias 15, 16 e 17 de maio de 1998, quando estiveram presen-tes 58 universitários, sendo dez do Paraná, dois do Rio Grande do Sul e quarenta de Santa Catarina. O prega-dor foi Fernando Galvani, coordenador nacional do PUR na época. O objetivo almejado, que era a implantação do PUR em Santa Catarina, foi alcançado com determi-nação e entusiasmo por parte de todos os participantes. Estiveram representadas dezoito universidades e um Colégio de nove Dioceses Sul Brasileiras. Participaram do Retiro, recebemos a presença do coordenador diocesano de Joinville da RCC, João dos Passos; coordenador estadual, Maurício Peixer; coordenador da Secretaria Marcos Esta-dual, Adilson; coordenador diocesano da Secretaria Mar-cos, Sérgio e a presença do Bispo Diocesano de Joinville, Dom Orlando Brandes, que celebrou a Missa de encer-ramento do Retiro, abençoando o PUR e se dispondo a ajudar na concretização deste sonho em Santa Catarina. “O nome escolhido em oração para o primeiro GOU da Diocese foi “Chama”. Ele foi confirmado na Palavra de Hebreus 1, 1-14, a qual diz que seremos como “chamas de fogo a iluminar as trevas do caminho das Universidades”. Sentimos que esta chama de Deus quer se espalhar por to-

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das as universidades de Santa Catarina e do Brasil”, Rosecler Cauduro – coordenadora do GOU UNIVILLE, em 1997

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Quem faz parte desse Sonho Testumunho

Eu era um cético, não orava e não conhecia a Deus, mas sabia da Sua existência. Eu fui noivo, por cinco anos, e amava a minha ex-noiva do mais profundo do meu ser. Não enxergava mais nada, a não ser ela. Porém, na época de carnaval, na casa dela, ela me deu a notícia fatídica. “Nosso relacionamento está acabado”. Desmoronei como um prédio, olhava as pes-soas e não enxergava nada. Pensava em fugir, mas pra onde? O risco de uma depressão era evidente. Senti-me desesperado e sem forças. O que eu podia fazer pra superar tudo isso? To-dos me diziam: “Isso passa!”. Mas a aflição era muito grande. Em uma noite de muita agonia e choro, eu comecei a rezar sem parar. Não sabia mais nenhuma oração, nem Pai Nosso, nem Ave Maria e nem mais nada. Só sabia falar com Deus. E falei com Ele: - “Senhor não sei mais orar, não sei mais nenhuma oração, só posso abrir o meu coração”. - e implora-va: - “Senhor me ajuda, pois não sei mais o que fazer da minha vida. Estou perdido, cego e surdo”. - e resolvi tomar uma ati-tude: - Senhor! Quero mudar a minha vida, mas não sei como! Sentia-me sozinho, precisava procurar algo que preen-

Roberto KintzelCientista de Computação

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chesse o espaço que abriu-se depois da perda. Em várias noi-tes, acordava com dor no peito e chorando. Fui batizado na igreja Católica, mas nos últimos anos, estava frequentando a igreja Luterana, até porque eu acompanhava a minha ex-noi-va. Contudo, comecei a ir à igreja Luterana, pois sentia como se estivesse em minha casa. Minha família por parte de pai, é toda Luterana. Desde a minha Primeira Comunhão não vol-tava à igreja. Era um mundo novo pra mim. O que eu sabia, realmente, era que, para igreja Católica não voltava mais, a qual sempre tive minha discordância em vários assuntos. Depois de muito incentivo de minha mãe, resolvi prestar o vestibular novamente para a UDESC. Lutei mui-to para estudar, estudava de domingo a domingo. Não ti-nha vida pessoal alguma, minha vida era somente estudar e rezar. Pensei em desistir do cursinho, pois só pensava na minha ex-noiva, mas quem me segurou foi Deus, com o Seu amor de pai. E chegou a data decisiva, estava confian-te, pois estava crente na palavra do Oráculo do Senhor em Isaías 40. Fiz as provas do vestibular e era só aguardar a resposta. Mas não passei. Não entendia o que aconteceu. - O que eu fiz de errado? O Senhor havia me prometido! - a palavra vinha sempre: - Tenha paciência! Dia seguin-te saiu a posição dos candidatos, havia ficado na posição de 42 na 1° chamada. Teria que esperar uma segunda cha-mada. Pois é, e ela veio. Glórias a Ele, entrei na UDESC! Então conheci o GOU - Força em Jesus na aula inau-gural pela minha irmã Janaíse. Ela participou da gincana dos calouros, e vi que ela era diferente dos outros. Nas se-

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manas seguintes, encontrei-a e perguntei quando eram os encontros do GOU. Depois disso fui participar para co-nhecer. Lá conheci a Clarissa nos encontros do Grupo. Elas estiveram sempre juntas de mim me escutando e me apoiando. Por meio delas conheci a Renovação Carismá-tica Católica, me Evangelizaram. Em uma missa uni-versitária, o Padre Renato dos Santos me ensinou a amar a Igreja e a missa. Foram os anjos na minha vida, e que me mostraram a importância que temos diante do amor de Deus. Sou fiel a Deus, a Igreja, a RCC e ao GOU. Durante a volta do Encontro dos Universitários Ca-tólicos Carismáticos (ENUCC), em 2006, a Clarissa me fez o convite a assumir a Coordenação do FEJ-GOU. Ela me disse que o Senhor havia falado a ela que haveria de aparecer alguém que a sucedesse esse ano. Sou essa pessoa. Como poderia iniciar tal missão? Eu não consigo resolver nem os meus problemas. Sinto-me o maior dos pecado-res. Mas mesmo assim, prometi rezar muito e ver a von-tade de Deus. Foi assim que entendi o que Deus queria com esta passagem de Jeremias 1, 4-10. Existe uma fra-se muito famosa na RCC que diz assim: “Deus não es-colhe os mais capacitados, mas capacitam os escolhidos”. No final de 2006, no dia 26 de dezembro, soube que mi-nha ex-noiva se casou. Fiquei arrasado, o pior que pensava ter superado tudo sozinho, mas não. Prendi-me a Deus. Orava pedindo essa cura e libertação. Na madrugada do dia 29 de dezembro, na praia, acordei com uma voz que eu conhecia. Ela dizia assim: - “Tu te curaste. Eu te curei. Caí em prantos de Lou-

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vores a Deus, era a benção que tanto esperava”. A dor passou.Passei dois anos na coordenação do FEJ GOU da noite e do dia, coordenei o GOU da Univille. Com pouca for-mação, comecei a estudar e ler muito sobre a Igreja com o Catecismo e a Bíblia. Foi um tempo de muito trabalho e oração. Por isso, surgiu um terceiro GOU de manhã na UDESC. Então coordenava 4 GOUs. Tive a graça de ter pessoas maravilhosas ao meu lado servindo como a Gi-sele, o Leandro, a Susan, a Gislena, o Antoni, o Tiago, e tantos outros. Quando saí da coordenação tive a graça de deixar um coordenador para cada GOU. O que deu mais trabalho foi o GOU da noite da UDESC que o Senhor deu a Graça de colocar o Renan à frente. No entanto, no GOU da Univille não consegui deixar alguém à frente. Depois disso tudo, passei um ano servindo ao MUR Join-ville, sem cargo, somente estava junto crendo no Sonho de amor para o mundo. Foi um ano bem difícil, houve um de-clínio muito grande no número de GOUs. Nesse meio tem-po o Senhor havia me chamado para coordenar a diocese. Passei 2 anos à frente da diocese, assumi uma mis-são quase impossível. Sobraram dos 16 GOUs, somente 2 GOUs. Sofri muito por isso, mas coloquei-me diante do Senhor e fiz a promessa que se tivesse que levar a diocese nas costas como minha cruz, seria feita. Andei pela dioce-se, conheci pessoas, foram realizados encontros do MUR e tudo o que era produzido surtia muito pouco efeito para a missão crescer. As vitórias vinham aos poucos. Pela graça de Deus conseguimos fortalecer o FEJ GOU e colocar a Cín-

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tia à frente da Univille, na ACE tinham a coordenação da Suelen, na FCJ estava a Kátia. No GPP estavam a Sara e o João, nos tornamos muito unidos. No final de 2011, sur-giu o comUR, evangelização de apoio ao MUR na internet. No início de 2012, na RCC diocesana houve mudança de coordenação, contudo, o novo Coordenador pediu para continuar, e eu pedi para que ele me ajudasse, pois a cruz esta-va muito pesada. Então na primeira reunião do MUR-SC, a Ana Cristina, uma amiga de longo tempo, me deu um abra-ço muito estranho. Na semana seguinte realizamos na dio-cese um retiro pequeno que organizamos, o MUR Na Praia. De lá saímos namorando. Em Janeiro de 2014, começamos os planos para o casamento. Em 2015, consagro o ano do Jubileu de 10 anos de conversão e o ano do meu casamento. Será um ano de muitas alegrias e graças. Louvado seja Ele! Confie em Deus, que Ele é o caminho, a verda-de e a vida. Ele me devolveu tudo. Se você sofre, sai-ba que todos sofrem e você nunca está sozinho. Pois Ele é fiel, e não nos abandona, quando mais precisamos.

Deus te ama!

Susan Aparecida LauferAcadêmica de Física na UDESC – CCT

O MUR foi muito importante em minha vida. O primeiro fato para afirmar isso é o de que dentro de uma universidade, principalmente pública, temos uma priori-dade: estudar. E estudar muito, caso queiramos obter um diploma qualificado ao final de tudo. Como amamos a

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Deus acima de tudo, é importante termos no local onde passamos a maior parte do nosso tempo, um local para ora-ção, para encontro com esse Deus. Em segundo, é muito importante também que, dentro do local onde estamos a maior parte do nosso tempo e onde fazemos muitas ami-zades, passarmos essa mensagem de felicidade para estes. Mostrar um caminho que muitos deixaram de lado, seja pela correria da faculdade, seja por estar longe de suas ci-dades e família ou, seja apenas por não conhecer, até então. O Ministério Universidades Renovadas é importante por estar inserido em uma realidade em que muitos pensam apenas pela razão e esquecem as emoções, a alma, o amor ao próximo. Um grupo que, além de tudo, encontramos pessoas dispostas a nos ajudar e batalhar, com os mesmos objetivos que nós, até o fim, compreendendo a nossa realidade. Foi o que me deu muita força para chegar ao meu objetivo. Aguen-tar todas as dificuldades. Chegamos ao final. Vencemos. Durante os sete anos que fui membro do MUR e do GOU da minha universidade (FEJ) participei de inúme-ras “aventuras”, inúmeras histórias a serem compartilhadas. Eu já participava de um grupo de jovens, o “Sementes do Amanhã” (Joinville). A partir daí, num encontro de “Car-naval Cristão” encontrei uma moça (Elizandra) que me convidou para participar de um Grupo de Oração Uni-versitário e indicou que eu falasse com um tal de Roberto Kintzel, que coordenava o grupo na época. Falei. No ano de 2007 comecei a participar dos encontros com eles. Era um pessoal muito animado e feliz em Cristo. Fomos for-

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mando uma família. Notei que não havia um ministério de música dentro do nosso GOU e ofereci meu violão para que alguém tocasse. Até que, quando percebi, era eu que estava lá, tocando e cantando junto com aquele povo. Ape-nas Deus que me capacitava, pois eu nunca havia tocado e animado um grupo de oração antes, sozinha. Foi o início. Dentre todos esses anos participamos de alguns eventos estaduais do MUR e até um nacional! Fomos agraciados com viagens patrocinadas pela própria universidade, participamos assiduamente das gincanas com os calouros incentivando-os a fazer doações para os mais necessitados, em que coordená-vamos a parte beneficente. Conseguimos tocar o coração de muitos universitários que, por mais que participassem ape-nas por um dia conosco, podíamos ver em seus olhos e nos seus abraços e testemunhos que havia sido muito significativo para a vida deles. Tínhamos, também, a permissão para rea-lizarmos Missas dentro da UDESC: uma benção tremenda! Não consigo escrever tudo o que o MUR significa para mim em apenas uma folha. Mas acredite: É um Ministério abençoado por Deus. Feliz da universidade que o acolhe!

Elizandra de SouzaPublicitária

Em maio de 2006, fui ao encontro de sábado a noi-te do MUR, que se chamava “Goulaço”, em Joinville/SC. Esse grupo tinha por objetivo reunir os universitários das diferentes universidades que participavam do GOU ,du-

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rante a semana, e também para que aqueles que não ti-nham GOU na sua faculdade, o que era o meu caso. Tinha 23 anos e me identifiquei muito com o MUR, porque vivíamos a mesma fase da vida, a faixa etária era pa-recida e assim diante da sede que tinha mergulhei fundo no Ministério. Fui me comprometendo com os eventos, com as arrecadações para os Enucc’s e com todos os momentos que promovíamos em prol da evangelização na universida-de: Trote Solidário, Páscoa Universitária, Ruah, encontros diocesanos, estaduais e também nacional, tendo a oportu-nidade de servir na comunicação no ENUR de Palmas/TO. No MUR iniciei uma caminhada mais profun-da na fé, me envolvi com a RCC da minha diocese, participei de formações, reuniões, congressos estadu-ais, nacionais e até mundial. Cresci e amadureci na fé. Fiz amizades que levo para a vida toda, tive opor-tunidade de ver esses amigos se formarem, se casa-rem, terem filhos e que seguem caminhando na Igreja. O MUR é o meu primeiro amor e faz parte da mi-nha história de conversão e salvação, lembrar do tem-po de MUR enche o meu coração de alegria e saudades de um tempo precioso que transformou a minha vida. Foram quatro anos intensos (2006-2010) que Deus foi curando, restaurando minha história e hoje me sinto uma pessoa melhor por ter feito parte desse sonho de amor para o mundo. E porque não dizer: “Faço parte desse sonho de amor”, pois me sinto pertença desse grande sonho de Deus. Sou grata a Deus por tudo que vivi nes-

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se tempo, por tudo que aprendi, cresci e por to-das as pessoas que entraram no meu caminho.

Sarandymes Folda SenemAssistente Social e Arte Educadora

Tanto tenho a dizer deste Ministério lindo e transforma-dor em minha vida, que ficam difíceis poucas palavras. Co-nheci o MUR através de um retiro chamado Ruah Fest (Festa do sopro do Espírito Santo), antes mesmo de ser Universitá-ria, quando eu passava pelo momento de decisão de minha profissão. No retiro uma amiga do Ministério que já era Uni-versitária rezou por mim quando eu queria saber que curso deveria fazer, Jesus disse através dela: “Não importa aonde você esteja, se no colégio, no cursinho, na faculdade, ou no trabalho, teu objetivo maior será sempre evangelizar e levar Jesus em qualquer lugar! Permaneça firme na Eucaristia, e o próprio Deus colocará em seu coração que curso deves fazer”. Foi incrível! Passados uns meses, foi uma equipe da Universidade no meu colégio, e quando falaram do cur-so Serviço Social, meu coração bateu mais forte. Deus ali estava me guiando para Sua vontade. E de fato, con-forme fora a profecia no retiro, passei pelo colégio, cursi-nho, faculdade e trabalho. Em todo esse tempo, Jesus foi me ensinando como ser discípula e profeta, evangelizan-do, rezando pelos colegas que estavam em meu caminho. Tem um fruto lindo do tempo do cursinho, quando eu tanto rezava por uma colega, e anos depois ela me convidou

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Testemunho

para ser madrinha de sua filha. Essa menina é uma missão linda a mim confiada! Na faculdade, Deus não me deu ape-nas a graça de fazer o curso de Serviço Social, como também Arte Educação. Eu tinha reprovado em três vestibulares e cheguei a pensar que jamais conseguiria entrar para uma fa-culdade pública, quando passei no 4º vestibular, em Serviço Social, e no ano seguinte em Arte Educação. Deus é fiel! E me deu a graça de cursar os dois quase que juntos. Quando estava finalizando o curso de Arte Educação, mais uma gra-ça: Fui aprovada em um concurso público! Foi tão perfeito! Eu terminei todas as disciplinas e meu artigo final do curso e cinco dias depois me chamaram para assumir o con-curso, como Assistente Social, na cidade de Joinville/SC. Deus me concedeu inúmeras e incontáveis graças no tempo Universitário, de evangelizar, viver muitos Encontros, per-severar quando eu tinha vontade de desistir. Um dia, pra-ticamente aconteceu um GOU dentro da minha sala de aula. E no trabalho, cheguei desejosa de ser Profissional do Reino. Conheci pessoas maravilhosas no MUR. Em Join-ville, o pessoal do MUR me acolheu e me fez sentir-me em casa, em família. E tenho visto a obra crescer com várias experiências no ambiente profissional, de inclusive, realizar-mos GOT – Grupo de Oração para Trabalhadores, dentro deste ambiente de tantos desafios. Deus nos leva a águas profundas, muito mais do que imaginamos. Louvado seja Seu nome e ao MUR por fazer a diferença em minha vida!

“Aqueles que esperam em Deus, jamais serão decepcionados!”

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O Sonho continua

O Sonho na Diocese fundante do MUR em Santa Catari-na continua vivo. Hoje, o MUR em Joinville é coordenado pela Cíntia Alexandre e possui um GOU na Universidade Estadu-al de Santa Catarina (Udesc) e outra na Faculdade Católica.

Moções para MUR da diocese

“Meu fi lho, se entrares para o serviço de Deus, permanece fi rme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a pro-vação; humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fi m de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça”. Eclesiástico 2, 1-3

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Diocese de Joinvillefotografi as

Primeira equipe do PUR de Santa Catarina, em Joinville

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Galeria de Fotos

RUAH 2011

Páscoa Universitária - 2008

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Galeria de Fotos

Retiro PUR Diocesano - 2002

GPP - 2011

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Livro Testemunhal

Universidades Renovadas

Arquidiocese de Florianópolis

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Um sonho em resposta ao amor de Deuscapítulo onze

O Ministério Universidades Renovadas teve seu início quando o acadêmico de Engenharia Mecânica, Leonardo Biondo, e o de Arquitetura e Urbanismo, Alexandre Ma-tiello, começaram a rezar o terço no bosque da Universi-dade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em seguida co-meçaram a se reunir no Templo Ecumênico, onde mais universitários se juntaram a eles, como o Alexandre Ca-margo, estudante de Engenharia, que hoje é monge, a Ales-sandra Melo e o Sérgio Benevides, mestrandos em enge-nharia, respectivamente de Viçosa (MG) e Fortaleza (CE). Leonardo já tinha ouvido falar do Projeto Universidade Renovadas (PUR) e, motivado por isto, fundaram o primeiro GOU da UFSC no início de 1998. Após este grupo participar do I Encontro Sul-brasileiro das Universidades Renovadas, em Joinville, o GOU da UFSC começou a crescer e, logo, o Sonho se espalhou para outras universidades na região de Florianópolis.

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Quem faz parte desse Sonho Testumunho

Ingrid PombalMédica, atualmente mora na Angola

Minha caminhada no MUR se iniciou através do GOU. A primeira vez que participei, senti que algo em mim mudou. Nada grandioso, apenas algo lá no fun-do da minha alma, algo pequeno. Algo que me impe-dia de perder aqueles momentos... E que impedia que eu me perdesse. Hoje percebo que essa luz, essa semente que Deus colocou no íntimo do meu ser, chama-se Vida. Através do MUR pude me sentir viva; conhecer a ver-dadeira Vida! O que mudou é que deixei de ser uma casa de palha, para ser uma linda casinha de concreto. O clima lá fora não mudou, mas minhas bases tornaram-se mui-to, muito mais fortes. Não quero com isso dizer que essa casa, essa nova estrutura não se abale com as tempestades... Contudo, após a reforma interior que experimentei, através da “equipe de reformas de Jesus” (equipe que co-nheci por intermédio do GOU/MUR), tenho a certeza que essa nova estrutura concreta permanecerá tão firme quan-to for a vontade de meu Pai. Hoje sou médica graças a Deus! Porém, sou uma “Dra.” Renovada, graças ao MUR.

Leticia Lemos GrittiDoutora em Linguística

Bem, entrei no MUR em 2003, mais ou menos, na cidade de Florianópolis, para onde fui estudar. Sou de Curitibanos

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e já ouvia falar dos GOUs por meio do Alexandre Camargo que também foi do GOU – Floripa, quando ele ainda estava iniciando. Quando a gente chega em uma cidade estranha, longe da família e ainda com indecisão com relação ao curso, é muito difícil a adaptação. No início, nem na Missa eu po-dia ir, pois só chorava. Então, demorei uns 6 meses, mais ou menos, para participar ativamente de algum GOU. Na épo-ca, havia (como ainda há) dois GOUs da UFSC. Na época, quem coordenava um dos GOUs era a Michele Wangham. Fui muito bem recebida e logo no início já estavam preparan-do um retiro, acho que no bairro Pantanal, não lembro exato onde. Mas, ali já pude começar a trabalhar um pouquinho, uma vez que eu já tinha uma caminhada na Igreja, no grupo de oração jovem de Curitibanos. Aos poucos, eu fui me inte-grando e fazendo parte da grande família GOU de que tanto falavam. Era a época da Léo e do Halthmann, da Adriana e do Renatão, do Renatinho, da Michele e do Luiz (como já falei), do Fábio Favarim, da Ana Cristina Carvalho, da Jeane da Costa Vieira e de tantos outros que é difícil citar nomes. Eu acho que naquela época, na arquidiocese de Floria-nópolis, só havia GOU em Floripa, na UFSC. Mas, depois, na coordenação do Luiz Magno Júnior, se montou um GOU na Univali de Itajaí, através do Jean Ricardo Severino, que hoje é da comunidade Shalom. Lembro que esse GOU de Itajaí surgiu depois de uma Páscoa Universitária que orga-nizamos na UFSC, no centro onde eu estudava, no Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Lançamos ali, com a graça de Deus, a primeira Páscoa Universitária. Depois des-

Testemunho

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Testemunho

te ano (em meados de 2003, 2004), fizemos várias outras, que deram origem a outras no estado de Santa Catarina. Acho que foi a partir daí que se começou a pensar em GOUs na arquidiocese de Florianópolis, antes se concentra-va mais em Floripa mesmo. Na época, entre a coordenação do Luiz Magno e, depois, com a coordenação da Larissa Pauli Correa, também fundaram mais três GOUs, um na Udesc (em Floripa), um na Unisul (em Palhoça) e um na Univali (em Tijucas). Foi sempre um desejo muito grande de se fazer alastrar aquilo que nós já conhecíamos e que nos fazia vibrar. Bem, mas o tempo foi passando e eu continuei a parti-cipar dos GOUs de Floripa, era um prazer, uma alegria fazer parte daquela que era e é hoje ainda minha família. Muitas graças foram acontecendo, os GOus crescendo cada vez mais... Lembro que em meados de 2003, 2004, 2005 éramos em 20 a 30 servos entre os GOus Sal e Luz e Água Viva (sim, foram eleitos os nomes dos GOUs naquela época). Nossa, era muita gente! Lembro que fazíamos as escalas de pregação e condução das orações e era de 2 em 2 meses que tínhamos alguma função dessas (rs), com a graça de Deus. Era tanta gente que funda-mos também um GOU no Hospital Universitário da UFSC (HU). Mais tarde, um outro GOU também foi fundado, esse era no Centro de Filosofia e Humanas (CFH) da UFSC, ele acontecia no intervalo da noite, em uma da salas de aula, os demais, Sal e Luz, nas terças, das 12h às 13h e Água Viva, nas quartas, das 18h às 18:30h, ambos no Templo Ecumênico. Nessa época, também havia muitos voluntários que par-ticipavam da Ação Social na Casa São José, creche atendida

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pela Paróquia da Trindade. Havia universitários que come-çaram a participar do GOU depois de se engajar no traba-lho social voluntário. Eles se dedicavam a trabalhar com as crianças, através do lúdico, valores de cidadania, fraterni-dade e de amor ao próximo, sempre com a orientação de uma psicopedagoga, a D. Ieda. Os líderes dessa Ação fo-ram muitos, dentre eles, Michele Wangham, Ana Cristi-na Carvalho, pelos irmãos Frederico Rudorff e Natália Ru-dorff, Tatiane Maranhão, Karina Donadel, entre outros. Além disso, houve uma época em que os universitários conseguiram computadores para a Casa e davam aulas de in-formática aos alunos. Havia dois expedientes na semana sob responsabilidade dos voluntários que eram orientados pelos universitários dos GOUs da UFSC. Momentos de muito aprendizado, solidariedade e de cultivo de muitas amizades. Era um tempo muito bom em que todos tinham seus afazeres, seus estudos, seus trabalhos para dar conta, mas ninguém se negava, todos abdicavam de seus tempos li-vres, por menores que fossem para esta grande obra que é de Deus. Talvez, por isso dava tantos frutos. Eu mesma es-tudava de manhã, trabalhava de tarde e de noite e estava sempre firme e forte na missão que Deus tinha nos confia-do. E assim era com tantos outros que tinham suas teses, dissertações, famílias, etc... etc... Todos faziam um pouco de sacrifício, lembro que teve um tempo em que as reuni-ões de servos eram aos sábados de manhã e os ensaios de música logo em seguida e era casa cheia, sem murmúrios. Porém, com o passar dos anos, infelizmente, as pessoas

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Testemunhoforam se formando, indo embora e nós não demos conta de irmos repondo o pessoal. Foi bem triste essa época. Lem-bro que fizemos uma reunião para decidir se fecharíamos um GOU ou não. Depois de muito rezar e conversar, decidimos manter os dois, custasse o que custar. Foi uma luta muito grande, mas com a graça Divina vencemos. Essa decisão foi um pouco antes de eu assumir a coordenação do GOU Sal e Luz, no início de 2007. Na época, eu já estava fazendo mestrado em Linguística. Foi um período de muito apren-dizado e de muita luta também, pois éramos em poucos e chegou um tempo em que sobrou somente eu, os mais uns 3 servos do GOU Água Viva, dentre eles estavam o Daniel e Rafael Volpato e a Daiane de Paula, mas com a força de Deus, surgiram a Francielen Nocetti e o Régis Pontel (que já eram de Grupos de Oração em suas Paróquias) que le-vantaram o GOU Sal e Luz com suas vozes e violão. Nesse momento, rezamos e discernimos que as reuniões de servos dos dois GOUs teria de ser em conjunto. Foi assim que os GOUS foram se reestruturando, com muita oração e mui-ta ação. Fizemos o que conseguimos. Depois disso, outras pessoas foram surgindo como a Inessa, a Clarissa, o André Albuquerque, a Laiane e o Arthur, e a fase difícil passou. O tempo da graça voltou. Com os GOUs se reestrutu-rando, fui convidada a ser coordenadora da arquidiocese de Florianópolis. Foi um desafio muito grande, pois os GOUs estavam ainda se reestruturando, foi nos anos de 2012 e 2013, quando eu fazia doutorado e tinha uma tese para es-crever. Mas, assumi com muita vontade e rezando muito a Deus para que me ajudasse a fundar novos GOUs e fazer

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Testemunhoaquela que era sua missão. Foi, então, que investimos pe-sado nos convites para o retiro estadual que aconteceria em Rio do Sul no ano de 2012 e com a força de Deus con-seguimos levar as meninas abençoadas que estudavam em Itajaí, na Univali, Priscila de Souza, Gabriele de Almeida, Lisandra Santos. Foi com elas que novamente foi fundado o GOU na Univali, em Itajaí. Hoje são outros servos que levam em frente esta grande missão que se iniciou há anos atrás. Foi nessa época de 2012 também que fundamos na arquidiocese de Floripa o GOU no Centro Universitário Es-tácio de Sá, em Barreiros, município de São José, e também na Unisul Pedra Branca (Palhoça), agora já com a grande ajuda de nossa coordenadora Estadual, Camila de Paulo, que foi de muita unção e força nos contatos desses GOUs. Bem, posso dizer que esse período em que vivi traba-lhando, experienciando, crescendo, aprendendo e me rela-cionando com as pessoas, com os obstáculos, com as ale-grias e, sobretudo, aprofundando e vivenciando momentos cada vez mais fortes com Deus, estão entre os melhores anos de minha vida. Cresci enormemente na fé, no conví-vio com as pessoas, com as dificuldades, enfim, foram anos fundamentais em minha existência. Posso dizer que sou uma pessoa muuuuito melhor do que eu era, graças a Deus e a tudo isso que Ele me proporcionou. Além disso, nes-se caminho, conheci pessoas maravilhosas, abençoadas, que levo para sempre comigo. Gostaria que todos pudessem vi-ver um pouquinho de tudo isso que eu vivi. Com certeza, Deus dá chances a todos, basta que nos abramos e deixe-mos nos levar por Sua graça e pelas experiências ao Seu lado.

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Ana Cristina Carvalho Psicóloga

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Comecei a participar do GOU “Sal e Luz”, na UFSC, em ou-tubro de 2002. Testemunho que o meu maior psicólogo foi Jesus Cristo, que, por meio do GOU, pude experimentá--lo verdadeiramente. Bom, vou fazer esta partilha da mes-ma forma que fazemos os nossos laudos psicológicos, irei di-vidir em três partes: Vida Pregressa, Tratamento, Evoluções. Vida Pregressa: Vim de uma família católica tradicional, de classe média alta, eu e o meu irmão estudamos nos melhores colégios da cidade. Nos-sa família era aparentemente “sem problemas”. Porém, nossa famí-lia não estava sendo construída sobre a rocha, que é Jesus Cristo. E, quando veio a tempestade em 1996, a casa ruiu. Descobrimos anos de infidelidade do meu pai, minha mãe ficou doente, o meu pai qua-se perdeu emprego, tivemos que vender quase todos os nossos bens. E, começamos a viver um inferno em nossas vidas, brigas constan-tes, acusações, mentiras. Eu, neste meio, almejava sair a qualquer custo de casa, era uma pessoa fria, prática e que fazia planos e me-tas profissionais egoístas. Os homens para mim não prestavam, e não mereciam a minha consideração. Um valor que era a castidade para mim, tornou-se sem importância, eu pensava: “Minha mãe se guardou até o casamento e foi traída. Por que eu faria o mesmo?”. Tratamento: Amada (o), Jesus, quando entra em nossa vida, não age como se estivesse tocando a tela do celular, que você clica num link, e as coisas acontecem. Ele age conforme você vai se abrindo a Ele, e vai permitindo que Ele cure e liberte. Ele jamais vai violentá-

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-la (o). Porque Jesus sabe o quanto você está machucada (o) e ferida (o) com sua história. Então, como num pro-cesso terapêutico, Ele vai conquistando a sua confiança. Na verdade, é ainda muito melhor, Ele irá lhe seduzir. “Tu me seduziste, Javé, e eu me deixei seduzir” (Jeremias 20, 7). E, de alguma forma, Ele tinha que me alcançar, pois eu me revoltei contra Deus, após toda a confusão que aconteceu na minha família. Não rezava mais, não ia mais à Santa Missa. Até que chegou o Terceirão, e quem é que não começa a rezar, para passar no vestibular? Mas, não foi só por isso que eu comecei a rezar, também foi por causa de uma bri-ga com a minha melhor amiga, e que fez com que eu me isolasse de toda a minha turma. Isso me destruiu, princi-palmente pelo fato dela não ter me perdoado. Como es-tava sozinha, eu comecei a rezar pela minha conversão, e comecei a sentir a forte presença de Deus comigo. E, quan-do abria a Bíblia, sempre a abria nesta passagem: “Carís-simos, não vos vingueis de ninguém, mas cedei o passo à ira de Deus, porquanto está escrito: “A mim pertence a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor.” Romanos 12, 19. Passei no vestibular da UFSC e as minhas aulas começa-ram em agosto de 2000. Eu parecia um passarinho saindo de uma gaiola, fui em todas as festas da universidade, me diverti muito, conheci muitas pessoas. Mas, eu sentia que algo falta-va. E, em 2002, uma amiga que conheci numa destas festas, na frente do Básico, me convidou para o Grupo de Oração Universitário-GOU. Eu senti uma alegria tão grande naquele momento, não sei como explicar em palavras. E, quando eu

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fui na terça-feira, às 12h15, no Templo Ecumênico da UFSC, fui acolhida por um abraço, que me fez sentir única. E, este abraço foi dado pela Kétner, que eu conheci num barzinho, tomando cerveja, por meio de uma amiga que morava comigo. Eu senti algo tão bom naquele lugar, que eu tinha que voltar. O GOU é, para mim, como um oásis em meio ao deserto que é a universidade. Eu encontrei não só amigos, mas, uma família, que eu levo até hoje no meu coração. E penso que não é porque você é um servo de Deus que você precisa se isolar do mundo. O MUR me ensinou que eu preciso estar no mundo, neste mundo de trevas, de pecado, mas, não ser do mundo. Eu posso sim ir ao um barzinho tomar um vinho, uma cerve-ja e não sair embriagada, ir a uma festa e não me “prostituir”. Evoluções: Após este verdadeiro encontro com Je-sus, muitas graças aconteceram na minha vida, na vida da minha família e profissionalmente. “Põe no Senhor tuas delícias e ele te dará o que teu

coração pede.” Salmo 37(6), 4 O meu pai nunca foi presente em nossa educação, o trabalho era o seu “deus”, ele acabou se corrompendo ao longo do caminho, se envolvendo em falcatruas, prostitui-ção, tínhamos uma relação completamente distante, éra-mos estranhos em nossa própria casa. Quando eu era pe-quena, o meu sonho era o meu pai me levar à escola. Em 2010, o meu pai foi despedido, após quase 30 de dedi-cação na empresa, ele foi descartado como lixo. Nós, eu, minha mãe e meu irmão (que também é do MUR), louvamos ao Senhor,

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porque sabíamos que este seria um passo para a sua conversão. E, em 2011, quando estava na Secretaria da Assistên-cia Social, o meu pai todas as manhãs me levava de carro para o trabalho. Era a minha delícia que eu guardava desde infância, e que o Senhor estava me concedendo. E, maior alegria ainda por dizer que hoje eu tenho um pai de verdade! Como Deus é bom e justo, o meu pai conseguiu um trabalho na área dele, onde o reconhecem e o valori-zam como profissional, em uma empresa em Gaspar-SC. Porém, agora ele busca o Senhor, vai à missa todos os do-mingos, reza e lê a Bíblia todos os dias, é devoto do Di-vino Pai Eterno. O meu pai valoriza a sua família. Deus resgata o tempo perdido. Faz novas todas as coisas, e en-sinou ao meu pai o que é verdadeiramente importante. Apesar dos meus problemas familiares, eu sempre guar-dei um sonho de constituir uma família. Em 2007, eu es-tava fazendo uma experiência de missão numa Comuni-dade Católica chamada Arca da Aliança, em Joinville-SC. Fui para esta missão com o coração partido por causa de um relacionamento mal sucedido. O Charles, coordena-dor do Goulaço, me convidou para pregar no grupo. Eu fui, e, lá, pela primeira vez o Roberto me viu. Um mês de-pois nos conhecemos, e acabamos nos tornando amigos. Eu não imaginava que aquele rapaz, após cinco anos de amizade, se tornaria o meu namorado. O Senhor realmen-te é perfeito, porque colocou uma pessoa que eu me sentia muito à vontade, que eu podia ser eu mesma, e não houve esforços para nos conquistarmos, simplesmente nos aproxi-

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mamos naturalmente. Exatamente, como eu pedi ao Senhor. Após dois anos de namoro, no meu aniversário (27 de abril) deste ano (2014), mesmo dia que foi canonizado o Papa João Paulo II, e Papa João XXIII, ele me pediu em casamento ao meu pai. E, para graça ser maior ainda nós iremos nos ca-sar na Capela Papa João XXIII, no dia 18 de abril de 2015.Só posso afirmar que “O Senhor realizou em mim mara-

vilhas”. Lucas 2,49. O milagre acontece, só que precisamos espe-rar e ter paciência. Porque quando Deus age em nos-sa vida, é perfeito, é bem feito. “Entrega ao Senhor o teu futuro, espera nele, que ele agirá.” Salmo 37(6), 5.

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Patrícia BronislawiskiCoordenadora do MUR Florianópolis 2014-2015

Minha caminhada no MUR se iniciou durante minha graduação no Paraná. Com o início do mestrado, me mudei para Florianópolis no ínicio de 2013, e logo procurei o GOU. No início foi muito difícil... Eu não conhecia direito a cidade, a universidade, os servos... O próprio GOU estava passando por uma fase diferente, com poucos servos. Durante todo esse tempo, o Senhor falava muito forte ao meu coração: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21, 5b). Hoje eu posso dizer que vi, e tenho visto, Ele fazer cumprir essa palavra de várias formas: na minha vida pessoal, no meu mestrado, na minha família, nos GOUs da UFSC... Mas eu sentia que não iria parar por aí. Em novembro fomos participar do ERUR em Pato Branco (PR), e em um dos momentos de oração, eu refle-tia sobre como cada vez que deixamos Deus agir em nos-sa vida, as coisas passam a ter um novo sentido. Parece que Ele sempre “bagunça” nossos planos, para mostrar que o que Ele tem para cada um de nós é melhor do que pode-mos ver... Foi pensando nisso que em oração eu pedi a Deus que “bagunçasse” mais uma vez minha vida, mesmo que tal-vez eu não entendesse, para que a vontade dEle prevalecesse. No final de novembro, a Letícia veio falar comigo, me

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convidando para coordenar a Arquidiocese de Florianópolis. Confesso que foi um susto: eu não conhecia direito a reali-dade da arquidiocese, e estava morando a menos de um ano em Florianópolis, mas, enquanto ela falava sobre a situação dos GOUs, Deus colocava em meu coração as duas palavras “unidade” e “formação”, e me dizia que a promessa de Ap 21, 5 não era só para mim ou para os GOUs da UFSC, mas para toda a arquidiocese! Fiquei muito surpresa quando descobri que o tema da RCC para o ano de 2014 era justamente a unidade – e a formação tem sido, a nível nacional, uma das prioridades do movimento! Dei o meu “sim” no dia do meu aniversário, sem saber quantos eram os GOUs da arquidioce-se, quem eram todos os coordenadores e qual seria exatamen-te minha função, mas estava confiando nos planos de Deus... Esses sete primeiros meses de coordenação tem sido mui-to intensos, em que Deus tem nos unido enquanto MUR na arquidiocese e nos ensinado a confiar cada vez mais em sua providência. Estou aprendendo a sonhar cada vez mais alto! Um dos momentos mais marcantes para mim nessa coorde-nação foi o surgimento de um novo GOU, na Estácio de Sá. Em uma segunda-feira, eu e a Tarissa nos encontramos na ca-pela da Estácio com o Paulo, que era coordenador do GOU “Bom Pastor” para interceder. Quando pedíamos para o Se-nhor enviar novos operários para a messe, a Tati entrou na capela (não conhecíamos ela ainda) e se colocou em oração conosco. Disse que ela e mais alguns amigos que estudavam à noite sonhavam com um grupo de oração na universidade, só estavam ainda pensando em como organizar um... Foi incrível

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perceber a providência de Deus levando ela lá, naquele exato momento! Combinamos de iniciar o GOU em uma noite de quinta feira... Fomos em 5 servos da UFSC até a Estácio, onde encontramos o Paulo e a Tati... Divulgamos nas salas de aula que durante o intervalo teríamos um grupo de oração de 15 minutos na capela – e foi lindo ver que, mesmo em nossa simplicidade da divulgação, a capela encheu! E esse GOU continua crescendo e nos ensinando a confiar sempre mais! E você? Qual sua história? Vamos sonhar mais alto e deixar Deus renovar todas as coisas?

Giovanna Laurea DutraAcadêmica de Jornalismo - UNISUL

Antes de conhecer o Ministério Universidades Reno-vadas, enquanto estava no ensino médio eu já sonhava em fundar um Grupo de Oração quando entrasse para universi-dade. Mal eu sabia que em meu coração Deus já estava tra-balhando e me fazendo sonhar com o seu amor espalhado por todo mundo. Eu já participava de Grupo de Oração Jo-vem e meu grande desejo era ficar pertinho de Jesus tam-bém quando estivesse realizando meu sonho de fazer uma graduação. Queria viver as mesmas experiências que tinha com os jovens da minha comunidade enquanto estudava. Porém, antes de testemunhar como foi o surgimento do GOU na minha universidade quero partilhar como foi mi-nha entrada para curso de Jornalismo. Durante meu terceiro ano do ensino médio passei por um momento muito compli-cado, tive crises existenciais que quase me levaram a desistir

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de prestar o vestibular. Mas graças a Deus tenho pais incríveis que acreditaram em mim e insistiram que se fosse vontade do Senhor tudo se faria. Então prestei vestibular para UFSC e em mês pela internet recebi a resposta de que eu não tinha passado. Só Deus sabe a tristeza que invadiu meu coração. Meu sonho era curso Jornalismo pela federal de Santa Ca-tarina, porém, esse não era a vontade de Deus. Ele abalou mi-nhas estruturas para testar minha confiança em sua misericór-dia. Mesmo desacredita me inscrevi para ganhar uma bolsa de estudo pelo PROUNI. A única opção de universidade em que eu poderia cursar jornalismo era a UNISUL. Nesse meio tem-po em que fiz minha inscrição e esperava a resposta se ganhei a bolsa, eu já me preparava para iniciar o cursinho pré-vestibular novamente. Passada uma semana chegou a hora de descobrir qual o resultado do PROUNI. E não é que Deus me surpre-endeu como eu nunca esperava. Passei para Jornalismo em se-gundo lugar. Não contive as lágrimas e corri para contar para meus pais, tios, primos... Deus realizou o meu impossível e hoje faltam alguns meses para me tornar jornalista. Mas voltemos a falar como foi o surgimento do GOU na minha universidade, outra sonho meu que Deus realizou de forma extraordinária. No primeiro ano de faculdade esse sonho ficou adorme-cido em meu coração, porém, Deus é tremendo e deu um jeitinho de me fazer participar de uma formação do MUR durante uma formação Arquidiocesana. Fui convidada por um amigo para ministrar a música durante o encontro e prontamente aceitei. Foi lá que conheci a Camila Souza, coordenadora estadual do MUR SC. Ouvindo suas pala-

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vras meu coração relembrou do sonho de adolescente. En-tão conversei com ela e juntas fundamos o GOU São Pio, na Universidade do Sul de Santa Catarina no ano de 2012. Já se passaram dois anos de evangelização dentro da Uni-sul. E muitas foram as difi culdades que passamos, mas, Jesus sempre nos motiva a continuar. Todas as semanas durante o GOU através do Espírito Santo Deus nos convida a sonhar mais alto, pois, grande é o amor d’Ele por nossa universidade. E decididamente seguiremos para que não somente nós, mas, muitos sonhem com o amor de Deus espalhados pelo mundo.

O Sonho continua

O MUR na arquidiocese de Florianópolis, hoje, con-ta com 6 GOUS, em 5 cidades diferentes. Em Florianópo-lis, no templo ecumênico da Universidade Federal de San-ta Catarina, acontecem dois GOUS: o GOU Sal e Luz e o GOU Água Viva (que permanecem com os mesmos nomes e horários dados pelos Luquinhas Eméritos). Em Palhoça, na Unisul, o GOU São Pio acontece em uma sala de aula. Na capela da Estácio de Sá, em São José, todas as semanas acontece o mais novo GOU da arquidiocese, que iniciou em 2014 e ainda não tem nome. Em Itajaí, na capela da Uni-vali, acontece o GOU Nova Esperança. Na capela da Uni-vali em Balneário Camboriú acontece o GOU Restauração.

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Arquidiocese de Florianópolisfotografi as

Ruah GOU São Pio - Unisul, 2014

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Galeria de Fotos

GOU Água Viva - UFSC

GOU Sal e Luz - UFSC

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Galeria de Fotos

GOU São Pio - Unisul

GOU Restauração - Univali

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GOU Nova Esperança - Univali

Dia D na Univali de Itajaí (2006). Dia de evangelização!

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