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Direito Processual Civil

Juizado Especial Cível

Professor Giuliano Tamagno

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Direito Processual Civil

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Lei 9.099/95

Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras

providências.

PREVISÃO LEGAL

Art. 98, I, da Constituição Federal – para facili-tar o acesso à Justiça prevê a criação de Juizados Especiais, competência para causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de me-nor potencial ofensivo

JEC E O NOVO CPC

• O Juizado Especial Cível foi criado com o objetivo de tentar solucionar o pro-blema da demora na prestação jurisdi-cional, gerado principalmente pelo nú-mero exacerbado de demandas e pela aplicação de regras processuais que prolongam a duração de um processo.

• Assim, com base no princípio da cele-ridade, a Lei nº9099/95, Lei que rege o Juizado Especial Cível, buscou introdu-zir novas regras que buscam agilizar o mecanismo processual, visando forne-cer ao cidadão uma rápida resposta aos seus conflitos de interesses.

DISPOSIÇÕES GERAISArt. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, jul-gamento e execução, nas causas de sua compe-tência.

Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, eco-nomia processual e celeridade, buscando, sem-pre que possível, a conciliação ou a transação.

COMPETÊNCIA

Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competên-cia para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:

I – as causas cujo valor não exceda a qua-renta vezes o salário mínimo;

II – as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;

III – a ação de despejo para uso próprio;

IV – as ações possessórias sobre bens imó-veis de valor não excedente ao fixado no in-ciso I deste artigo.

§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:

I – dos seus julgados;

II – dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário míni-mo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.

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§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza ali-mentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao esta-do e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.

§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido neste arti-go, excetuada a hipótese de conciliação.

Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:

I – do domicílio do réu ou, a critério do au-tor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;

II – do lugar onde a obrigação deva ser sa-tisfeita;

III – do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza.

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, po-derá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo.

ENUNCIADO 3 – Lei local não poderá am-pliar a competência do Juizado Especial.

ENUNCIADO 54 – A menor complexidade da causa para a fixação da competência é aferida pelo objeto da prova e não em face do direito material.

ENUNCIADO 73 – As causas de competên-cia dos Juizados Especiais em que forem co-muns o objeto ou a causa de pedir poderão ser reunidas para efeito de instrução, se ne-cessária, e julgamento.

DO JUIZ, DOS CONCILIADORES E DOS JUÍZES LEIGOS

Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas,

para apreciá-las e para dar especial valor às re-gras de experiência comum ou técnica.

Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bem co-mum.

Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxi-liares da Justiça, recrutados, os primeiros, prefe-rentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos de experiência.

Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão im-pedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempe-nho de suas funções.

DAS PARTESArt. 8º Não poderão ser partes, no processo ins-tituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pes-soas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.

§ 1º Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial:

I – as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas;

II – as pessoas enquadradas como micro-empreendedores individuais, microempre-sas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de de-zembro de 2006;

III – as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999;

IV – as sociedades de crédito ao microem-preendedor, nos termos do art. 1º da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001.

§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser au-tor, independentemente de assistência, in-clusive para fins de conciliação.

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Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mí-nimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de va-lor superior, a assistência é obrigatória.

§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer assistida por ad-vogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se qui-ser, assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao Juizado Especial, na for-ma da lei local.

§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniên-cia do patrocínio por advogado, quando a causa o recomendar.

§ 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto aos poderes especiais.

§ 4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representa-do por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para tran-sigir, sem haver necessidade de vínculo em-pregatício.

Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assis-tência. Admitir-se-á o litisconsórcio.

Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos previstos em lei.

Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos proces-sos que envolvam:

I – interesse público ou social;

II – interesse de incapaz;

III – litígios coletivos pela posse de terra ru-ral ou urbana.

DOS ATOS PROCESSUAIS

Art. 12. Os atos processuais serão públicos e po-derão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciá-ria.

Art. 13. Os atos processuais serão válidos sem-pre que preencherem as finalidades para as quais forem realizados, atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei.

§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.

§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qual-quer meio idôneo de comunicação.

§ 3º Apenas os atos considerados essenciais serão registrados resumidamente, em notas manuscritas, datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas. Os demais atos poderão ser gravados em fita magnética ou equiva-lente, que será inutilizada após o trânsito em julgado da decisão.

§ 4º As normas locais disporão sobre a con-servação das peças do processo e demais documentos que o instruem.

DO PEDIDO

Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apre-sentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado.

§ 1º Do pedido constarão, de forma simples e em linguagem acessível:

I – o nome, a qualificação e o endereço das partes;

II – os fatos e os fundamentos, de forma su-cinta;

III – o objeto e seu valor.

§ 2º É lícito formular pedido genérico quan-do não for possível determinar, desde logo, a extensão da obrigação.

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§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela Secretaria do Juizado, podendo ser uti-lizado o sistema de fichas ou formulários impressos.

Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º des-ta Lei poderão ser alternativos ou cumulados; nesta última hipótese, desde que conexos e a soma não ultrapasse o limite fixado naquele dis-positivo.

Art. 16. Registrado o pedido, independente-mente de distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias.

Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as partes, instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação, dispensados o registro prévio de pedido e a citação.

Parágrafo único. Havendo pedidos contra-postos, poderá ser dispensada a contes-tação formal e ambos serão apreciados na mesma sentença.

DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES

Art. 18. A citação far-se-á:

I – por correspondência, com aviso de rece-bimento em mão própria;

II – tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarrega-do da recepção, que será obrigatoriamente identificado;

III – sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória.

§ 1º A citação conterá cópia do pedido ini-cial, dia e hora para comparecimento do citando e advertência de que, não compa-recendo este, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e será proferido julga-mento, de plano.

§ 2º Não se fará citação por edital.

§ 3º O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou nulidade da citação.

Art. 19. As intimações serão feitas na forma pre-vista para citação, ou por qualquer outro meio idôneo de comunicação.

§ 1º Dos atos praticados na audiência, con-siderar-se-ão desde logo cientes as partes.

§ 2º As partes comunicarão ao juízo as mu-danças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intima-ções enviadas ao local anteriormente indi-cado, na ausência da comunicação.

DA REVELIA

Art. 20. Não comparecendo o demandado à ses-são de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz.

DA CONCILIAÇÃO E DO JUÍZO ARBITRAL

Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado ou leigo esclarecerá as partes presentes sobre as vanta-gens da conciliação, mostrando-lhes os riscos e as conseqüências do litígio, especialmente quanto ao disposto no § 3º do art. 3º desta Lei.

Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou leigo ou por conciliador sob sua orientação.

Parágrafo único. Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz togado, mediante sentença com eficá-cia de título executivo.

Art. 23. Não comparecendo o demandado, o Juiz togado proferirá sentença.

Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes po-derão optar, de comum acordo, pelo juízo arbi-tral, na forma prevista nesta Lei.

§ 1º O juízo arbitral considerar-se-á ins-taurado, independentemente de termo de compromisso, com a escolha do árbitro pe-las partes. Se este não estiver presente, o Juiz convocá-lo-á e designará, de imediato, a data para a audiência de instrução.

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§ 2º O árbitro será escolhido dentre os juí-zes leigos.

Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mesmos critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º desta Lei, podendo decidir por eqüidade.

Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias subseqüentes, o árbitro apresentará o lau-do ao Juiz togado para homologação por sen-tença irrecorrível.

DA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder--se-á imediatamente à audiência de instrução e julgamento, desde que não resulte prejuízo para a defesa.

Parágrafo único. Não sendo possível a sua realização imediata, será a audiência desig-nada para um dos quinze dias subseqüen-tes, cientes, desde logo, as partes e teste-munhas eventualmente presentes.

Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a sentença.

Art. 29. Serão decididos de plano todos os in-cidentes que possam interferir no regular pros-seguimento da audiência. As demais questões serão decididas na sentença.

Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifes-tar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência.

DA RESPOSTA DO RÉU

Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá toda matéria de defesa, exceto arguição de suspeição ou impedimento do Juiz, que se processará na forma da legislação em vigor.

Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem ob-jeto da controvérsia.

Parágrafo único. O autor poderá responder ao pedido do réu na própria audiência ou requerer a designação da nova data, que será desde logo fixada, cientes todos os pre-sentes.

DAS PROVAS

Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não especificados em lei, são hábeis para provar a veracidade dos fatos alegados pelas partes.

Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.

Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de inti-mação, ou mediante esta, se assim for requeri-do.

§ 1º O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no mínimo cinco dias antes da audiência de instrução e julgamento.

§ 2º Não comparecendo a testemunha inti-mada, o Juiz poderá determinar sua imedia-ta condução, valendo-se, se necessário, do concurso da força pública.

Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz po-derá inquirir técnicos de sua confiança, permiti-da às partes a apresentação de parecer técnico.

Parágrafo único. No curso da audiência, po-derá o Juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coi-sas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará informalmente o verificado.

Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, devendo a sentença referir, no essencial, os in-formes trazidos nos depoimentos.

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Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, sob a supervisão de Juiz togado.

DA SENTENÇA

Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fa-tos relevantes ocorridos em audiência, dispen-sado o relatório.

Parágrafo único. Não se admitirá senten-ça condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido.

Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida nesta Lei.

Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução proferirá sua decisão e imediatamente a sub-meterá ao Juiz togado, que poderá homologá--la, proferir outra em substituição ou, antes de se manifestar, determinar a realização de atos probatórios indispensáveis.

Art. 41. Da sentença, excetuada a homologató-ria de conciliação ou laudo arbitral, caberá re-curso para o próprio Juizado.

§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exer-cício no primeiro grau de jurisdição, reuni-dos na sede do Juizado.

§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoria-mente representadas por advogado.

Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.

§ 1º O preparo será feito, independente-mente de intimação, nas quarenta e oito horas seguintes à interposição, sob pena de deserção.

§ 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias.

Art. 43. O recurso terá somente efeito devolu-tivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte.

Art. 44. As partes poderão requerer a transcri-ção da gravação da fita magnética a que alude o § 3º do art. 13 desta Lei, correndo por conta do requerente as despesas respectivas.

Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento.

Art. 46. O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação sufi-ciente do processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julga-mento servirá de acórdão.

DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Art. 48. Caberão embargos de declaração con-tra sentença ou acórdão nos casos previstos no Código de Processo Civil.

Parágrafo único. Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I – esclarecer obscuridade ou eliminar con-tradição;

II – suprir omissão de ponto ou questão so-bre o qual devia se pronunciar o juiz de ofí-cio ou a requerimento;

III – corrigir erro material.

Art. 49. Os embargos de declaração serão inter-postos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão.

Art. 50. Os embargos de declaração interrom-pem o prazo para a interposição de recurso.

DA EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM

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JULGAMENTO DO MÉRITO

Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei:

I – quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo;

II – quando inadmissível o procedimento instituído por esta Lei ou seu prosseguimen-to, após a conciliação;

III – quando for reconhecida a incompetên-cia territorial;

IV – quando sobrevier qualquer dos impedi-mentos previstos no art. 8º desta Lei;

V – quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no pra-zo de trinta dias;

VI – quando, falecido o réu, o autor não pro-mover a citação dos sucessores no prazo de trinta dias da ciência do fato.

§ 1º A extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das partes.

§ 2º No caso do inciso I deste artigo, quan-do comprovar que a ausência decorre de força maior, a parte poderá ser isentada, pelo Juiz, do pagamento das custas.

DA EXECUÇÃO

Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no que cou-ber, o disposto no Código de Processo Civil, com as seguintes alterações:

I – as sentenças serão necessariamente lí-quidas, contendo a conversão em Bônus do Tesouro Nacional – BTN ou índice equiva-lente;

II – os cálculos de conversão de índices, de honorários, de juros e de outras parcelas se-rão efetuados por servidor judicial;

III – a intimação da sentença será feita, sem-pre que possível, na própria audiência em

que for proferida. Nessa intimação, o ven-cido será instado a cumprir a sentença tão logo ocorra seu trânsito em julgado, e ad-vertido dos efeitos do seu descumprimento (inciso V);

IV – não cumprida voluntariamente a sen-tença transitada em julgado, e tendo havido solicitação do interessado, que poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execu-ção, dispensada nova citação;

V – nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de não fazer, o Juiz, na sentença ou na fase de execução, cominará multa di-ária, arbitrada de acordo com as condições econômicas do devedor, para a hipótese de inadimplemento. Não cumprida a obriga-ção, o credor poderá requerer a elevação da multa ou a transformação da condenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará, seguindo-se a execução por quan-tia certa, incluída a multa vencida de obri-gação de dar, quando evidenciada a malícia do devedor na execução do julgado;

VI – na obrigação de fazer, o Juiz pode de-terminar o cumprimento por outrem, fixado o valor que o devedor deve depositar para as despesas, sob pena de multa diária;

VII – na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o devedor, o credor ou ter-ceira pessoa idônea a tratar da alienação do bem penhorado, a qual se aperfeiçoará em juízo até a data fixada para a praça ou leilão. Sendo o preço inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. Se o pagamento não for à vista, será oferecida caução idônea, nos casos de alienação de bem móvel, ou hipotecado o imóvel;

VIII – é dispensada a publicação de editais em jornais, quando se tratar de alienação de bens de pequeno valor;

IX – o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da execução, versando sobre:

a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia;

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b) manifesto excesso de execução;

c) erro de cálculo;

d) causa impeditiva, modificativa ou extinti-va da obrigação, superveniente à sentença.

Art. 53. A execução de título executivo extra-judicial, no valor de até quarenta salários míni-mos, obedecerá ao disposto no Código de Pro-cesso Civil, com as modificações introduzidas por esta Lei.

§ 1º Efetuada a penhora, o devedor será in-timado a comparecer à audiência de conci-liação, quando poderá oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente.

§ 2º Na audiência, será buscado o meio mais rápido e eficaz para a solução do lití-gio, se possível com dispensa da alienação judicial, devendo o conciliador propor, en-tre outras medidas cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou a prestação, a dação em pagamento ou a imediata adjudicação do bem penhorado.

§ 3º Não apresentados os embargos em au-diência, ou julgados improcedentes, qual-quer das partes poderá requerer ao Juiz a adoção de uma das alternativas do parágra-fo anterior.

§ 4º Não encontrado o devedor ou inexis-tindo bens penhoráveis, o processo será imediatamente extinto, devolvendo-se os documentos ao autor.

Art. 54. O acesso ao Juizado Especial indepen-derá, em primeiro grau de jurisdição, do paga-mento de custas, taxas ou despesas.

Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do art. 42 desta Lei, com-preenderá todas as despesas processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição, ressalvada a hipótese de assistência judiciária gratuita.

Art. 55. A sentença de primeiro grau não con-denará o vencido em custas e honorários de advogado, ressalvados os casos de litigância de

má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor de condenação ou, não havendo condenação, do valor corrigido da causa.

Parágrafo único. Na execução não serão contadas custas, salvo quando:

I – reconhecida a litigância de má-fé;

II – improcedentes os embargos do deve-dor;

III – tratar-se de execução de sentença que tenha sido objeto de recurso improvido do devedor.

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Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências.

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Lei 9.099/95Art. 98, I, da Constituição Federal – para facilitar o acesso à Justiçaprevê a criação de Juizados Especiais, competência para causascíveis de menor complexidade e infrações penais de menorpotencial ofensivo

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JEC E O NOVO CPC

• O Juizado Especial Cível foi criado com o objetivo de tentar solucionaro problema da demora na prestação jurisdicional, geradoprincipalmente pelo número exacerbado de demandas e pelaaplicação de regras processuais que prolongam a duração de umprocesso.

• Assim, com base no princípio da celeridade, a Lei nº9099/95, Lei querege o Juizado Especial Cível, buscou introduzir novas regras quebuscam agilizar o mecanismo processual, visando fornecer ao cidadãouma rápida resposta aos seus conflitos de interesses.

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DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãosda Justiça Ordinária, serão criados pela União, no DistritoFederal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação,processo, julgamento e execução, nas causas de suacompetência.

Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios daoralidade, simplicidade, informalidade, economia processual eceleridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou atransação.

COMPETÊNCIA

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Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competênciapara conciliação, processo e julgamento das causascíveis de menor complexidade, assim consideradas:I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o saláriomínimo;II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de ProcessoCivil;III - a ação de despejo para uso próprio;IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor nãoexcedente ao fixado no inciso I deste artigo.§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:I - dos seus julgados;II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarentavezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8ºdesta Lei.

§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial ascausas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesseda Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes detrabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas,ainda que de cunho patrimonial.

§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importaráem renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido nesteartigo, excetuada a hipótese de conciliação.

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Art. 4º É competente, para as causas previstas nestaLei, o Juizado do foro:I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local ondeaquele exerça atividades profissionais ou econômicas oumantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ouescritório;II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas açõespara reparação de dano de qualquer natureza.Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação serproposta no foro previsto no inciso I deste artigo.

ENUNCIADO 3 – Lei local não poderá ampliar a competência doJuizado Especial.

ENUNCIADO 54 – A menor complexidade da causa para a fixaçãoda competência é aferida pelo objeto da prova e não em face dodireito material.

ENUNCIADO 73 – As causas de competência dos JuizadosEspeciais em que forem comuns o objeto ou a causa de pedirpoderão ser reunidas para efeito de instrução, se necessária, ejulgamento.

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DO JUIZ, DOS CONCILIADORES E DOS JUÍZES LEIGOS

Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade paradeterminar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e para darespecial valor às regras de experiência comum ou técnica.

Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justae equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bemcomum.

Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça,recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os bacharéis emDireito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos deexperiência.Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer aadvocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenhode suas funções.

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DAS PARTES

Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído poresta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direitopúblico, as empresas públicas da União, a massa falida e oinsolvente civil.

§ 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o JuizadoEspecial:I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direitode pessoas jurídicas;II - as pessoas enquadradas como microempreendedoresindividuais, microempresas e empresas de pequeno porte na formada Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;

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III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização daSociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Leino 9.790, de 23 de março de 1999;IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nostermos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001.

§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação.

Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos,as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas poradvogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória.§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecerassistida por advogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou firmaindividual, terá a outra parte, se quiser, assistência judiciária prestada porórgão instituído junto ao Juizado Especial, na forma da lei local.§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio poradvogado, quando a causa o recomendar.§ 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto aospoderes especiais.§ 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderáser representado por preposto credenciado, munido de carta depreposição com poderes para transigir, sem haver necessidade devínculo empregatício.

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Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquerforma de intervenção de terceiro nem de assistência.Admitir-se-á o litisconsórcio.

Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos previstos emlei.

Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:I - interesse público ou social;II - interesse de incapaz;III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

DOS ATOS PROCESSUAIS

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Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas deorganização judiciária.

Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre quepreencherem as finalidades para as quais forem realizados,atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei.§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenhahavido prejuízo.

§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcaspoderá ser solicitada por qualquer meio idôneo decomunicação.

§ 3º Apenas os atos considerados essenciais serãoregistrados resumidamente, em notas manuscritas,datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas. Os demaisatos poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente,que será inutilizada após o trânsito em julgado da decisão.

§ 4º As normas locais disporão sobre a conservação daspeças do processo e demais documentos que o instruem.

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DO PEDIDO

Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação dopedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado.§ 1º Do pedido constarão, de forma simples e em linguagemacessível:I - o nome, a qualificação e o endereço das partes;II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta;III - o objeto e seu valor.

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§ 2º É lícito formular pedido genérico quando não for possíveldeterminar, desde logo, a extensão da obrigação.§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela Secretaria doJuizado, podendo ser utilizado o sistema de fichas ou formuláriosimpressos.

Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º desta Lei poderão seralternativos ou cumulados; nesta última hipótese, desde queconexos e a soma não ultrapasse o limite fixado naquele dispositivo.

Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de distribuição eautuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão deconciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias.

Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as partes, instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação, dispensados o registroprévio de pedido e a citação.Parágrafo único. Havendo pedidos contrapostos, poderá serdispensada a contestação formal e ambos serão apreciados namesma sentença.

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DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES

Art. 18. A citação far-se-á:I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria;II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entregaao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado;III - sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente demandado ou carta precatória.§ 1º A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora paracomparecimento do citando e advertência de que, não comparecendoeste, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e seráproferido julgamento, de plano.§ 2º Não se fará citação por edital.§ 3º O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou nulidade dacitação.

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Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista paracitação, ou por qualquer outro meio idôneo de comunicação.

§ 1º Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão desdelogo cientes as partes.

§ 2º As partes comunicarão ao juízo as mudanças de endereçoocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes asintimações enviadas ao local anteriormente indicado, naausência da comunicação.

DA REVELIA

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Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão deconciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvose o contrário resultar da convicção do Juiz.

DA CONCILIAÇÃO E DO JUÍZO ARBITRAL

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Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado ou leigo esclarecerá aspartes presentes sobre as vantagens da conciliação, mostrando-lhes os riscos e as conseqüências do litígio, especialmente quantoao disposto no § 3º do art. 3º desta Lei.

Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou leigo oupor conciliador sob sua orientação.Parágrafo único. Obtida a conciliação, esta será reduzida a escritoe homologada pelo Juiz togado, mediante sentença com eficáciade título executivo.

Art. 23. Não comparecendo o demandado, o Juiz togadoproferirá sentença.Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar, decomum acordo, pelo juízo arbitral, na forma prevista nesta Lei.§ 1º O juízo arbitral considerar-se-á instaurado,independentemente de termo de compromisso, com a escolhado árbitro pelas partes. Se este não estiver presente, o Juizconvocá-lo-á e designará, de imediato, a data para aaudiência de instrução.§ 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes leigos.

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Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mesmoscritérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º desta Lei, podendodecidir por eqüidade.

Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco diassubseqüentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz togadopara homologação por sentença irrecorrível.

DA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

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Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-áimediatamente à audiência de instrução e julgamento, desdeque não resulte prejuízo para a defesa.Parágrafo único. Não sendo possível a sua realizaçãoimediata, será a audiência designada para um dos quinze diassubseqüentes, cientes, desde logo, as partes e testemunhaseventualmente presentes.

Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão ouvidasas partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a sentença.

Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes quepossam interferir no regular prosseguimento da audiência. Asdemais questões serão decididas na sentença.

Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados por umadas partes, manifestar-se-á imediatamente a parte contrária,sem interrupção da audiência.

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DA RESPOSTA DO RÉU

Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá todamatéria de defesa, exceto arguição de suspeição ouimpedimento do Juiz, que se processará na forma da legislaçãoem vigor.Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, nacontestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art.3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos queconstituem objeto da controvérsia.Parágrafo único. O autor poderá responder ao pedido do réu naprópria audiência ou requerer a designação da nova data, queserá desde logo fixada, cientes todos os presentes.

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DAS PROVAS

Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legítimos, aindaque não especificados em lei, são hábeis para provar averacidade dos fatos alegados pelas partes.

Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiência deinstrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente,podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas,impertinentes ou protelatórias.

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Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cadaparte, comparecerão à audiência de instrução e julgamentolevadas pela parte que as tenha arrolado, independentementede intimação, ou mediante esta, se assim for requerido.

§ 1º O requerimento para intimação das testemunhas seráapresentado à Secretaria no mínimo cinco dias antes daaudiência de instrução e julgamento.

§ 2º Não comparecendo a testemunha intimada, o Juiz poderádeterminar sua imediata condução, valendo-se, se necessário,do concurso da força pública.

Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderáinquirir técnicos de sua confiança, permitida às partes aapresentação de parecer técnico.Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, deofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção empessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de suaconfiança, que lhe relatará informalmente o verificado.Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, devendo asentença referir, no essencial, os informes trazidos nosdepoimentos.Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, sob asupervisão de Juiz togado.

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DA SENTENÇA

Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção doJuiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos emaudiência, dispensado o relatório.Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória porquantia ilíquida, ainda que genérico o pedido.

Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte queexceder a alçada estabelecida nesta Lei.

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Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução proferirásua decisão e imediatamente a submeterá ao Juiz togado, quepoderá homologá-la, proferir outra em substituição ou, antes de semanifestar, determinar a realização de atos probatóriosindispensáveis.Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação oulaudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado.§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízestogados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos nasede do Juizado.§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas poradvogado.

Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, contadosda ciência da sentença, por petição escrita, da qual constarão asrazões e o pedido do recorrente.§ 1º O preparo será feito, independentemente de intimação, nasquarenta e oito horas seguintes à interposição, sob pena dedeserção.§ 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido para oferecerresposta escrita no prazo de dez dias.

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Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, podendo oJuiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparável paraa parte.

Art. 44. As partes poderão requerer a transcrição da gravaçãoda fita magnética a que alude o § 3º do art. 13 desta Lei,correndo por conta do requerente as despesas respectivas.

Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão dejulgamento.

Art. 46. O julgamento em segunda instância constará apenasda ata, com a indicação suficiente do processo, fundamentaçãosucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelospróprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá deacórdão.

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Dos Embargos de Declaração

Art. 48. Caberão embargos de declaração contra sentença ouacórdão nos casos previstos no Código de Processo Civil.

Parágrafo único. Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;III - corrigir erro material.

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Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos porescrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados daciência da decisão.

Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo paraa interposição de recurso.

DA EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO

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Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstosem lei:

I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiênciasdo processo;II - quando inadmissível o procedimento instituído por esta Lei ouseu prosseguimento, após a conciliação;III - quando for reconhecida a incompetência territorial;IV - quando sobrevier qualquer dos impedimentos previstos no art. 8º desta Lei;V - quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de trinta dias;VI - quando, falecido o réu, o autor não promover a citação dos sucessores no prazo de trinta dias da ciência do fato.

§ 1º A extinção do processo independerá, em qualquer hipótese,de prévia intimação pessoal das partes.

§ 2º No caso do inciso I deste artigo, quando comprovar que aausência decorre de força maior, a parte poderá ser isentada, peloJuiz, do pagamento das custas.

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DA EXECUÇÃO

Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprioJuizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no Código deProcesso Civil, com as seguintes alterações:I - as sentenças serão necessariamente líquidas, contendo aconversão em Bônus do Tesouro Nacional - BTN ou índiceequivalente;II - os cálculos de conversão de índices, de honorários, de juros e deoutras parcelas serão efetuados por servidor judicial;III - a intimação da sentença será feita, sempre que possível, naprópria audiência em que for proferida. Nessa intimação, o vencidoserá instado a cumprir a sentença tão logo ocorra seu trânsito emjulgado, e advertido dos efeitos do seu descumprimento (inciso V);

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IV - não cumprida voluntariamente a sentença transitada emjulgado, e tendo havido solicitação do interessado, quepoderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução,dispensada nova citação;

V - nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de não fazer, oJuiz, na sentença ou na fase de execução, cominará multa diária,arbitrada de acordo com as condições econômicas do devedor, paraa hipótese de inadimplemento. Não cumprida a obrigação, o credorpoderá requerer a elevação da multa ou a transformação dacondenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará,seguindo-se a execução por quantia certa, incluída a multa vencidade obrigação de dar, quando evidenciada a malícia do devedor naexecução do julgado;

VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar ocumprimento por outrem, fixado o valor que o devedor deve depositarpara as despesas, sob pena de multa diária;

VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o devedor,o credor ou terceira pessoa idônea a tratar da alienação do bempenhorado, a qual se aperfeiçoará em juízo até a data fixada para apraça ou leilão. Sendo o preço inferior ao da avaliação, as partesserão ouvidas. Se o pagamento não for à vista, será oferecida cauçãoidônea, nos casos de alienação de bem móvel, ou hipotecado oimóvel;

VIII - é dispensada a publicação de editais em jornais, quando setratar de alienação de bens de pequeno valor;

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IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da execução,versando sobre:a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia;b) manifesto excesso de execução;c) erro de cálculo;d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação,superveniente à sentença.

Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor de atéquarenta salários mínimos, obedecerá ao disposto no Código de ProcessoCivil, com as modificações introduzidas por esta Lei.§ 1º Efetuada a penhora, o devedor será intimado a comparecer à audiência deconciliação, quando poderá oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ouverbalmente.§ 2º Na audiência, será buscado o meio mais rápido e eficaz para a solução dolitígio, se possível com dispensa da alienação judicial, devendo o conciliadorpropor, entre outras medidas cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou aprestação, a dação em pagamento ou a imediata adjudicação do bempenhorado.§ 3º Não apresentados os embargos em audiência, ou julgados improcedentes,qualquer das partes poderá requerer ao Juiz a adoção de uma das alternativasdo parágrafo anterior.§ 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processoserá imediatamente extinto, devolvendo-se os documentos ao autor.

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Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeirograu de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou despesas.Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do art. 42desta Lei, compreenderá todas as despesas processuais, inclusiveaquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição, ressalvada ahipótese de assistência judiciária gratuita.

Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido emcustas e honorários de advogado, ressalvados os casos de litigânciade má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custase honorários de advogado, que serão fixados entre dez por cento evinte por cento do valor de condenação ou, não havendocondenação, do valor corrigido da causa.Parágrafo único. Na execução não serão contadas custas, salvoquando:I - reconhecida a litigância de má-fé;II - improcedentes os embargos do devedor;III - tratar-se de execução de sentença que tenha sido objeto derecurso improvido do devedor.

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