jovens pós-graduandos, o desemprego e a falta de bolsas ... · como uma assistência de um...
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Jovens pós-graduandos, o desemprego e a falta de bolsas: um campo de serviços acadêmicos?
Ricardo Cortez Lopes
Resumo Os pós-graduandos brasileiros têm encontrado menor disponibilização de bolsas de estudo ou de concursos para professores. Uma das estratégias de sobrevivência é a criação de serviços ou assessorias de caráter acadêmico, que atuam de maneira não formalizada e que se multiplicam em redes sociais como o Facebook e demais ambientes online. Essa proliferação está dando origem a um subcampo da economia denominado como acadêmico? Pretendemos investigar esse problema a partir das disposições refletidas nas peças publicitárias, se elas confluem para o que é descrito pelo Marketing Digital, que representa as práticas mais otimizadas para se garantir a maximização dos lucros - o traço fundamental do campo econômico, segundo Bourdieu. Essas peças apresentam alguns dados interessantes, como o do contraponto aos freelancers e a reconversão do capital científico.
Palavras-Chave: serviços acadêmicos; campo econômico; peças publicitárias.
Introdução
Muitos dados e estudos apontam que a universidade foi uma instituição
de aparecimento tardio no país. Além de tardia, ela foi, durante a maior parte
de sua trajetória, restrita quando se compara o percentual de seus alunos com
a população total brasileira ao longo das épocas. Se seguirmos de uma
perspectiva formal a lógica da oferta e da demanda, pode-se concluir que
possuir um diploma universitário, diante da escassez de mão de obra
qualificada, confere uma ampla vantagem competitiva no mercado de trabalho.
Essa conclusão, quando cotejada com dados de outras pesquisas, apontam
que isso não ocorre de fato: há um amplo desemprego entre indivíduos com
alta instrução universitária e escassez de bolsas de estudo desde o corte de
verba para o sistema nacional de educação. Ou seja, mesmo que a oferta seja
pequena, não parece haver uma demanda. Este quadro é particularmente
dramático para jovens, que dedicam seu tempo de vida produtivo para a
atividade e encaram um ambiente pleno incertezas futuras (SOFIATI, 2011).
Diante dessa situação, os universitários adotam algumas estratégias de
subsistência até atingir algum grau de estabilização profissional, o que é cada
vez mais rarefeito na sociedade do risco. Alguns empreendem em segmentos
não acadêmicos; outros vivem de freelancers nas suas áreas, sendo
remunerados informalmente por trabalho realizado; e há aqueles que unem
essas duas dimensões no que denominamos como empreendimentos de
serviços acadêmicos. Serviços acadêmicos são aqui definidos como aqueles
que abarcam atividades necessárias para a confecção de monografias
baseadas em pesquisas, o que inclui desde a coleta de dados, sua análise e
sua posterior publicação em algum veículo especializado.
Assim, geram-se dois tipos de negócios em torno dessa categoria
serviços acadêmicos: (a) consultorias: “de uma forma ampla, é o fornecimento
de determinada prestação de serviço, em geral por profissional qualificado e
conhecedor do tema” (CONSULTORIA, 2009); e (b) assessorias: “funciona
como uma assistência de um profissional especializado em determinada área
de conhecimento (ASSESSORIA, 2017).
Podemos observar, preliminarmente, que nenhuma das definições se
encaixa exatamente com as particularidades da área de serviços acadêmicos:
a consultoria strictu sensu trabalha com diagnósticos e não com a ação
propriamente dita, assim como a assessoria implica na individualidade da
prestação de serviço, sem necessariamente a construção de uma marca.
Embora empreendimentos desse tipo sejam antigos, os dados apontam que
essa atividade foi ganhando número de empresas após a crise econômica e a
retração de investimento na área da educação .
Cumpre notar que amealhar essa categoria traz muitas complicações
teóricas. Uma delas se refere a própria dualidade produto x serviço: quando se
entrega um arquivo finalizado com uma revisão ortográfica, por exemplo, este é
um produto ou um serviço? Ele poderia ser um produto no sentido de que está
sendo entregue algo tangível; porém, pode também ser um serviço porque o
cliente paga pela expertise de quem faz a revisão em cima de algo que já foi
feito previamente.
O nosso trajeto no texto será o de, primeiramente, apresentar o
desencaixe entre a formação do acadêmico e a criação de vagas no mercado
de trabalho atual, o que redunda na desocupação de parte do segmento social
e aumenta as chances de empreendedorismo. Após isso, vamos apresentar a
noção de campo econômico e de marketing digital: a utilização do segundo
como estratégia no primeiro pode indicar um grau de autonomia e de
investimento do campo na busca do propósito maior do próprio campo
econômico: a maximização do lucro. Nossos indicadores serão as peças
publicitárias, porque a intencionalidade de sua comunicação pode refletir o
quanto está havendo um direcionamento para fins comerciais com uma
preparação prévia para adentrar no seu espaço.
O ambiente para o pós-graduando
Alguns estudos afirmam que o ambiente para um recém-formado variou
muito nas últimas décadas: “De fato, os números que descrevem esse sistema
[superior] são impressionantes: no ano de 2002, mais de 61 mil estudantes
estavam matriculados em programas de mestrado no Brasil e outros 34.800
eram alunos de programas de doutorado” (BALBACHEVSKY, 2002: 276).
Essa expansão e incentivo ocasionaram recordes de matrículas no
ensino superior na época, de indivíduos que buscavam qualificar-se para
integrar o mercado de trabalho da maneira mais preparada possível. Todavia,
as crises econômicas sucessivas acabaram por mudar esse quadro e se tornar
um ponto de mudança:
[...] [a] crise econômica enfrentada pelo Brasil a partir de 2014, logo após a Copa do Mundo de Futebol. Em 2015 o corte no orçamento para as despesas de custeio do Ministério da Educação chegou a R$
9,42 bilhões (de R$ 48,81 bilhões para R$ 39,38 bilhões, 19,3%), ficando apenas atrás dos contingenciamentos do Ministério das Cidades e do Ministério da Saúde. Para a Pós-Graduação esse corte foi ainda mais assustador, chegou a 75% do valor que seria repassado às universidades. Dessa forma, após um longo período de aumento na dotação orçamentária da CAPES, em 2015 houve uma queda drástica no repasse de recursos (FERNANDES, 2016: 10)
Alguns textos na internet têm apontado, de maneira não-técnica, mas
sim mais testemunhal, para a expressão “exército de Doutores
desempregados” que ou apertam seu orçamento ou logram bolsas de Pós-
Doutorado ou prestam concursos ou integram o setor de serviços
(FERNANDES-FERREIRA, 2016). Esse tipo de depoimento mostra uma
desesperança com a própria área acadêmica.
Para além da crise econômica, há a situação que o diploma de ensino
superior não resiste às imprevisibilidades da era atual:
Antes da disseminação dos saberes, era somente na academia que poderíamos levar adiante nossa formação, pois somente dentro dos seus muros havia a possibilidade de aprendizado. Naturalmente, os diplomas atestavam incontroversa qualificação para agir e decidir em um mundo relativamente estático, constante. Hoje em sia, com a implosão dos muros acadêmicos pela internet e um mundo sempre mutante, a formação acadêmica é ainda um guia, mas progressivamente deixa de ser o mais crucial para a colocação no mercado de trabalho (MENDES, 2012: 78)
Ou seja: existe uma demanda enorme por colocações no mercado de
trabalho, porém que não podem ser supridas nem pelo setor público e nem
pelo setor privado. Algumas das opções foram apontadas pelo autor, mas
ainda há a possibilidade de freelances, atividades acadêmicas pontuais
desenvolvidas informalmente. Mas é possível observar que já há algumas
“institucionalizações” dessas atividades a partir de assessorias e consultorias,
que tentam ir adiante das limitações do freelancer.
Campo econômico e peças publicitárias como indicadores
Existem muitas definições teóricas de economia, além das diferentes
manifestações empíricas do próprio fenômeno economia nas dimensões
cultural e temporal. O ponto central dessa definição é da ação de troca de bens
materiais e imateriais (finitos) entre indivíduos: “[...] podemos dizer que a
Economia estuda a maneira como se administram os recursos disponíveis com
o objetivo de produzir bens e serviços, e como distribuí-los para seu consumo
entre os membros da sociedade” (MENDES, TREDEZINI, BORGES,
FAGUNDES, 2009: 18).
A nossa leitura teórica sobre a economia se deu a partir do sociólogo
Pierre Bourdieu, que a pensa como um campo (ou cosmo) que obedece às
suas próprias leis: os seus agentes obedecem e são mais bem sucedidos nele
dependendo de suas disposições - preferências, de seus gostos, de suas
necessidades ou de suas aptidões ao cálculo, à poupança, etc. Esse campo
possui uma história e o seu estudo comprova como essas disposições são
úteis para que indivíduos alcancem um maior volume de capital dentro desse
campo, engendrando relações de força por conta disso (BOURDIEU, 2005).
O que viria a ser o campo econômico? É uma área de atividade humana
cujas “[...] sanções são especialmente brutais e [...] as condutas podem se
atribuir publicamente como fim a busca aberta da maximização do lucro
material individual” (BOURDIEU, 2005, p. 21). Ou seja, o capital desse campo
é literalmente o capital financeiro, e não é uma metáfora, como o é para outros
campos como a cultura ou a educação.
Desse conceito de Bourdieu nos interessam duas das dimensões que o
compõem: (a) as disposições: “[...] autorizar e favorecer a visão calculadora e
as disposições estratégicas [...] Quase não há lugar, no campo econômico,
para “loucuras”” (BOURDIEU, 2005, p. 28) e (b) os subcampos: “O campo
econômico é constituído de um conjunto de subcampos, correspondendo ao
que se entende geralmente por “setores” ou “ramos” da indústria” (BOURDIEU,
2005, p. 24). Assim, buscamos investigar a potencial existência de um
subcampo a partir das disposições propriamente econômicas expressas nas
peças publicitárias, que são indicadores do uso de marketing digital.
Uma peça publicitária é sinônimo de anúncio, caracterizando-se por ser:
[...] uma mensagem paga veiculada nos meios de comunicação (mídia) com objetivo de se vender um produto ou serviço, sob a forma de uma marca comercial, para um público-alvo (consumidor) utilizando-se recursos linguísticos e estilísticos de ordenação, persuasão e sedução através de apelos racionais e emocionais.(TAVARES, 2006, p. 119)
A intencionalidade de atrair atenção, então, é a tônica dessa
comunicação, e fazê-lo sistematicamente é tarefa do marketing, que planeja
estratégias e ações para alcançar esse fim. Mas o que seria o Marketing
Digital?
Marketing Digital
Segundo alguns teóricos, desde a modernidade, a produção e a
distribuição de bens e serviços de consumo se dá a partir da instituição
chamada mercado, que funciona, basicamente, a partir da troca baseada no e
medida pelo recurso fiduciário, sem a intervenção direta do estado (RAUD-
MATTEDI, 2005). O interessante é que - por conta da modernidade adotar a
estratificação por classes sociais e o seu acesso a elas se dá pela modulação
de posse de recurso financeiro entre os indivíduos - é possível cogitar-se uma
mobilidade entre os estratos por conta da sua posse.
Quem quiser ascender verticalmente nessa estratificação pode fazê-lo
por empreender a partir de um produto ou serviço. Mas além da qualidade do
próprio produto ou serviço, é possível adaptar o que está sendo vendido às
necessidades do mercado para aumentar a possibilidade de venda ou
aumentar, o que se chama de marketing. Essa palavra é derivada do inglês
market (VIEIRA, 2018). Todavia, existe uma definição padrão dada dentro da
ciência: “se traduz como Mercado e nada mais é que o mercado em
movimento, através de ações e de estratégias que visam atrair e satisfazer os
clientes [...]costuma-se traduzir Marketing para Mercadologia” (VIEIRA, 2018,
4). Pensamos que a melhor tradução poderia ser “mercadizar”, porque se trata
de conhecer o objeto e transformar um terceiro em função dele.
Inicialmente, a principal função do marketing foi a de auxiliar a produção
de bens e serviços, levando em conta recursos financeiros e humanos
(ERRAGCHA, ROMDHANE, 2014). Esta primeira prática foi sucedida pela dos
quatro Ps, desenvolvida por Borden e que foca na dimensão estratégica do
fazer industrial. Mas a mudança de contexto econômico iniciou uma última fase
do marketing, focada no comprador: “Segmentation, targeting and positioning
should then precede the four Ps. Marketing abandoned the tactical component
to join the strategic, which paved the way for modern marketing” (ERRAGCHA,
ROMDHANE, 2014, 138).
A internet não aboliu essas práticas de marketing analógicas, mas as
suas mudanças técnicas induziram adaptações (como é a tônica da própria
área). E é desses novos parâmetros que aparecem diferentes marketings
digitais: Marketing 1.0, Marketing 2.0 e Marketing 3.0. Sobre o 1.0, este
apareceu na nova revolução industrial, na bolha da internet e se focou mais na
troca entre empresas e/ou especialistas na área (ERRAGCHA, ROMDHANE,
2014). Já o 2.0 investiu na diversificação das ferramentas de interação e
facilitou mais a troca de informações entre usuários (ERRAGCHA,
ROMDHANE, 2014). Por fim, existe ainda um Marketing 3.0, relacionada a
valores, e que tenta tratar indivíduos como seres humanos plenos e
colaborativos com as marcas para um bem maior (VIEIRA, 2018, 4).
Nesta última versão, o lócus privilegiado de interação são as redes
sociais, que são “conjunto de aplicações para a Internet […] que permitem a
criação e a troca de conteúdo, ou seja: são espaços de interação entre os
usuários [...] abrange blogs, microblogs, wikis, jogos online [...]” (VIEIRA, 2018,
4). O marqueteiro, ao perceber essa nova realidade, pode elaborar práticas que
permitam que seu produto conquiste os novos públicos que acessam esses
ambientes, intermediando essa comunicação a partir de conteúdos postados
nas redes sociais. Se os empreendedores acadêmicos buscam aprender
algumas ferramentas do marketing digital, tal uso pode indicar que existe um
subcampo nascente e autônomo.
Quais são essas ferramentas na formulação de peças publicitárias que
visam chamar a atenção? Uma delas seria o humor: “Relativamente ao
marketing digital, o conteúdo humorístico ou de entretenimento é uma das
cinco principais razões pelas quais os utilizadores seguem marcas ou pessoas
online” (MENAIA, 2016). Outra seria a construção de uma persona com seus
problemas, esta que seria “a definição do cliente típico, com todas as principais
características dos compradores” (SIQUEIRA, 2016). Como reucrso também se
pode utilizar imagens para produzir banners: “Procure por boas imagens
relacionadas ao tema para incluir em seus posts e nos materiais para
download. Elas vão torná-los mais atrativos e garantem maior destaque nas
mídias sociais[...]” (SIQUEIRA, 2013, s/p). Os blogs são um recurso importante
também: “Aproveite a capacidade de disseminação de conteúdo das redes
sociais também para divulgar call-to-actions com link direto para suas Landing
Pages. Essa simples ação pode impulsionar o número de Leads captados”
(SIQUEIRA, 2013, s/p). Outra estratégia são as peças informativas: “uma das
formas mais eficazes de criar e manter relacionamento com clientes é por meio
da distribuição de conteúdos informativos e envolventes” (BENETTI, 2017). Há
também uma vantagem em se mostrar o envolvimento de uma equipe: “Fotos
de produtos ou da sua equipe trabalhando, essas são ótimas para humanizar a
sua marca. No Instagram, as fotos mostrando o rosto de pessoas recebem
30% mais engajamento que fotos sem rosto” (THIEL, 2018). Por fim, há os
depoimentos de clientes: “A exibição de provas e testemunhos que atestem a
eficiência de um bem/serviço pode ser determinante para que a venda
aconteça. O utilizador, ao pesquisar na Internet e encontrar um depoimento, vai
sentir-se mais seguro em fazer a compra” (ARANHA, 2015). O domínio dessas
estratégias torna mais viável o sucesso de páginas, e não as utilizar pode ser
considerado como uma loucura ou no mínimo uma desatenção, nos termos
bourdiesianos.
Contextualizando as empresas acadêmicas
Em nossa análise foram desconsiderados posts que sejam “vitrines” ou
aqueles que fossem apenas a repostagem de algum conteúdo de outra página:
o objetivo foi a produção de conteúdo próprio das empresas. Assim, foram
buscados os materiais que pertencessem a páginas com mais de 500 curtidas
na rede social facebook. Foram encontrados 110 resultados na busca
utilizando os termos “Consultoria Acadêmica”. O filtro “número de curtidas”
apontou para 4 consultorias, o restante se configurando em páginas com
poucas curtidas (algumas com menos de 100). Foram encontradas 103
recorrências do termo “Assessoria Acadêmica”, dos quais resultaram 16
selecionados:
1 - Consultoria em Trabalhos Acadêmicos1
2 - Entrelinhas - Consultoria Acadêmica2
3 - Kyron Consultoria Acadêmica3
4 - Eureka - Consultoria acadêmica4
5 - Assessoria Acadêmica5
6 - Fhoutine Marie Assessoria Acadêmica6
7 - Descomplicando - Assessoria Acadêmica7
8 - AG Assessoria Acadêmica e Administrativa8
9 - Faço Trabalhos de Faculdade - Assessoria Acadêmica Oeste9
10 - Formato: agência de assessoria acadêmica10
11 - CAPA - Centro de Assessoria de Publicação Acadêmica11
12 - Assessoria Acadêmica com Danielle Alvarenga12
13 - Vittoria Assessoria Acadêmica13
14 - Schinaider Assessoria Acadêmica14
15 - Academic Consultoria Acadêmica15
1
https://www.facebook.com/consultoriaacademicasjc/?ref=br_rs 2
https://www.facebook.com/entrelinhasconsultoriaacademica/?ref=br_rs 3
https://www.facebook.com/kyronconsult/?ref=br_rs 4
https://www.facebook.com/eurekaconsultoriaacademica/?ref=br_rs 5
https://www.facebook.com/Assessoria-Acad%C3%AAmica-373890916060873/?ref=br_rs 6
https://www.facebook.com/pg/fhoutinemarieassessoria/ 7
https://www.facebook.com/pg/descomplicandoparavc/ 8
https://www.facebook.com/pg/agassessoriataquara/ 9
https://www.facebook.com/pg/facotrabalhosdefaculdadeoeste/ 10
https://www.facebook.com/pg/formatoassessoria/ 11
https://www.facebook.com/pg/CAPAUFPR/ 12
https://www.facebook.com/pg/professoradaniellealvarenga/ 13
https://www.facebook.com/pg/VittoriaAssessoriaAcademica/ 14
https://www.facebook.com/pg/schinaideraa/
16 - Semente Consultoria Acadêmica16
Com relação ao número de curtidas, podemos observar que há grande
disparidade entre as empresas, o que gera um gráfico com muitos vales:
Gráfico 1: número de curtidas
Fonte: autoria própria
Podemos observar, na tabela abaixo, que o serviço de normatização é
aquele que é o mais oferecido em relação aos outros. Revisão (ortográfica e
gramatical) e tradução, atribuídos às áreas das linguagens, são menos
oferecidos, o que pode indicar que há uma pluralidade de formações e que
estas se sentem mais a vontade de se envolver com a atividade de
normatização. Outro dado interessante é a categoria orientação: há uma
intermediação de terceiros na relação professor-aluno, e não parece haver
pudor no oferecimento desse serviço.
15
https://www.facebook.com/AcademicConsultoria/ 16
https://www.facebook.com/sementeconsultoriaacademica/
A tabela abaixo aponta que os estados de São Paulo e o do Rio Grande
do Sul são os que mais possuem empresas desse segmento, mas essa
diferença não é estatisticamente relevante. Podemos observar que os estados
da região sul e sudeste são os que mais concentram serviços acadêmicos,
especialmente o sul. Pernambuco e Rio Grande do Norte também apareceram
com 2 consultorias acadêmicas, conforme a tabela 2:
Por último, podemos avaliar que essas empresas buscam muito mais o
espaço virtual do que o físico, sendo que, destes espaços físicos, não é
impossível que muitos sejam os da casa do próprio empreendedor. Pudemos
observar que 6 empresas a possuem; já outros endereços online, 8 a
possuíam.
Conhecidos alguns aspectos gerais das empresas investigadas,
podemos proceder para o objeto de nossa análise.
Análise das peças publicitárias
A primeira peça é uma ilustração baseada em um meme – um gênero
discursivo, segundo Boenavides (2018). O conteúdo dá a entender que o
cliente da empresa tem o direito de tirar férias porque trabalha, o que permite a
transmissão de um valor da empresa, mas isso é feito através de humor:
Figura 1: peça humorística
Fonte: adaptado de https://www.facebook.com/eurekaconsultoriaacademica/photos/a.401405643530479.1073741828.400868190250891/556220688048973/?type=3&theater
A segunda peça utiliza o mesmo princípio e se relaciona a apresentação
de um novo serviço:
Figura 2: peça humorística
Fonte: adaptado de https://www.facebook.com/eurekaconsultoriaacademica/photos/a.401405643530479.1073741828.400868190250891/487659154905127/?type=3&theater
O conteúdo buscou chamar a atenção através de uma referência da
cultura pop, os Beatles, ressignificando de uma maneira descontraída. Trata-se
de uma estratégia de cooptação que aparentemente deu certo, dado o número
de curtidas no post. Podemos enxergar que o serviço de tradução aparece não
apenas exposto, mas intermediado por uma peça de comunicação
elaborada exclusivamente para esse fim.
Já a postagem seguinte é atrativa por conta de sua linguagem de
meme:
Figura 3: peça humorística
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/consultoriaacademicasjc/photos/a.1359272057422936.1073741828.
1305594172790725/1421931034490371/?type=3&theater
A peça possivelmente não tenha tido mais interação por algum fator
exógeno, tal como o não impulsionamento (o investimento de créditos) da
mesma. Isso segue para outros materiais:
Figura 4: peça humorística
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/formatoassessoria/photos/a.1414189652174224.1073741828.14067
58322917357/1848634208729764/?type=3&theater
O resultado em curtidas não foi o melhor se comparado com o número
de curtidas na página, e talvez o erro esteja no excesso de texto - que tapou o
rosto dos envolvidos e pode ter prejudicado a associação de texto à imagem. A
próxima imagem se quer chamativa por conta justamente do texto de humor:
Figura 5: peça humorística
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/schinaideraa/photos/a.575905525906864.1073741828.4371617931
14572/895089930655087/?type=3&theater
Por último, temos um último evento de utilização de humor para chamar
a atenção para a página:
Figura 6: peça humorística
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/consultoriaacademicasjc/photos/a.1359272057422936.1073741828.
1305594172790725/1615550135128459/?type=3&theater
Ficam evidentes as intenções de utilizar uma linguagem da internet,
mesmo que tenha havido erros de aplicação. Os erros de aplicação
demonstram o esforço de tomar uma direção, o que aponta para um desejo de
investir tempo e energia na qualificação para o mercado específico.
A ideia do próximo conteúdo é a de transmitir que existe a marca e que
ela deseja descanso aos seus leads, os contatos. Assim, é construído uma
persona e uma das características é que ela realiza um trabalho diário, e o
seu reconhecimento cria um laço de empatia e transmite esse valor pela
imagem. A próxima produção também apela para a persona:
Figura 7: peça banner
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/consultoriaacademicasjc/photos/a.1359272057422936.1073741828.
1305594172790725/1586239008059572/?type=3&theater
A ilustração serve para chamar a atenção para a legenda, que apela
para a demanda da aprovação em pós-graduação. Ou seja, busca criar o
interesse do público-alvo porque o conhece, mas não utiliza uma outra
ferramenta mais dinâmica para fazê-lo, provavelmente por limitação técnica em
design. Mas as frequentes tentativas podem conduzir a melhoras
subsequentes.
É interessante que algumas empresas concentram sua capacidade
estética de imagens em banners. Como é o caso da imagem a seguir:
Figura 8: peça banner
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/pg/consultoriaacademicasjc/photos/?tab=album&album_id=1305606
429456166
Nesta imagem, podemos ver a combinação de elementos imagéticos
com elementos escritos, criando uma composição própria que apresenta os
serviços oferecidos. Assim, é feita uma arte, que precisa ter uma sensibilidade
estética, aprendida em cursos voltados para esse fim.
Efetivamente, nenhuma empresa se mostrou sobressalhente nesse
aspecto. O que pareceu ser mais forte foi a questão da escrita. Nisso a
seguinte publicação se mostra bem inclinada quando redireciona para um blog:
Figura 9: peça sobre blog
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/kyronconsult/photos/pcb.892473650806816/892463560807825/?typ
e=3&theater
A bússola sem dúvida chama a atenção, mas o objetivo é chamar para o
blog (já desativado). O texto conta com algumas características do marketing
digital como escaniabilidade e perguntas, mas provavelmente teve sua
divulgação brecada pelo Facebook justamente por conta do alto número de
caracteres empregados. De qualquer jeito, o site afirma que possui uma
metodologia de autoria própria e reafirma o seu blog em muitas postagens, o
que indica uma busca da autoridade pela reconversão do capital científico.
Outro blog é o Semente Vidas Acadêmicas:
Figura 10: peça sobre blog
Fonte: adaptado de https://www.facebook.com/sementeconsultoriaacademica/
Dentro da categoria blog poderíamos inserir uma subcategoria, a do
“blog vivo”. Denominamos assim aquelas empresas que se apoiam no nome de
um pesquisador:
Figura 11: peça “blog vivo”
Fonte: adaptado de https://www.facebook.com/Assessoria-Acad%C3%AAmica-
373890916060873/?ref=br_rs
A outra empresa que analisamos (e é personalizada) escolheu a
estratégia de atrelar sua imagem completamente a um valor pessoal:
Figura 12: peça “blog vivo”
Assim, o visitante pode induzir que essas profissionais, por ser
academicamente competentes, podem realizar um bom serviço. Ao invés de se
trabalhar o valor da marca, busca-se fazer uma transposição direta de capitais,
do acadêmico para o econômico. Isso também acontece na seguinte peça, que
liga com outra plataforma muito conhecida, o que reforça a competência da
pesquisadora e da empresa por consequência:
Figura 13: peça “blog vivo”
Fonte: adaptado de https://www.facebook.com/professoradaniellealvarenga/
As próximas peças são de conteúdo informativo, e se quer atraente
pelo uso da fonte mais despojada, das cores contrastantes e da diferença do
tamanho das letras. O autor está buscando educar sobre o cronograma de
pesquisa, algo que é um assunto de interesse direto da persona:
Figura 14: peça informativa
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/descomplicandoparavc/photos/a.369850076750346.1073741828.35
4797144922306/379922782409742/?type=3&theater
A peça seguinte também lida com informação, no uso dos porquês.
Todavia, o faz em uma folha de papel branco como maneira de atrair para a
legenda, que está acima:
Figura 15: peça informativa
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/agassessoriataquara/photos/a.386600028137968.1073741828.3865
35218144449/1214585915339371/?type=3&theater
Essa tendência também fica clara na seguinte figura, que é trabalhada
para chamar a atenção para a legenda:
Figura 16: peça informativa
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/VittoriaAssessoriaAcademica/photos/a.1304630426330194.1073741
828.1304611942998709/1561446437315257/?type=3&theater
Já o conteúdo seguinte é o contrário, ele foca na imagem, mesmo que
ela seja composta quase que inteiramente por códigos escritos:
Figura 17: peça informativa
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/facotrabalhosdefaculdadeoeste/photos/a.1648482375365415.10737
41827.1648480168698969/1899226280291022/?type=3&theater
O fundo degradê evidencia que a imagem foi configurada em algum
programa de slides, o que pareceu ser o software básico de edição de imagem
das empresas. De qualquer jeito, o texto ficou curto e operacional. Talvez por
ter obtido esse sucesso o post tenha tido bastante curtidas, embora não tenha
experimentado muitos compartilhamentos.
Por fim, apresentamos esse caso que é um banner sobre o futuro:
Figura 18: peça informativa
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/AcademicConsultoria/photos/a.651523891556022.1073741829.6012
71879914557/1731792933529107/?type=3&theater
O penúltimo recurso é o de mostrar o envolvimento de pessoas. A figura
seguinte é de uma empresa que se afirma como pública, e que, provavelmente
por isso, consegue a participação de muitas pessoas em suas atividades:
Figura 19: peça de envolvimento
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/CAPAUFPR/photos/a.1844154825842569.1073741830.1756923981
232321/2142537676004281/?type=3&theater
Esse se trata de um rompimento total com o freelancer e tentativa de
construção de marca. Todavia, acaba se aproximando mais de um órgão
público ao ser chamado de centro. De qualquer jeito, a ideia é passar uma
coesão mais do que focar na qualidade do serviço, pois o segundo decorre do
primeiro.
Uma outra produção utilizou-se de depoimentos de clientes:
Figura 20: peça de depoimento
Fonte: adaptado de
https://www.facebook.com/schinaideraa/photos/a.575905525906864.1073741828.4371617931
14572/895089930655087/?type=3&theater
O Facebook oferece o recurso de depoimentos, porém a empresa optou
por transformá-lo em peça publicitária. Assim, é possível compartilhá-lo e
marcar perfis que possivelmente irão visualizar a página. A simplicidade dos
elementos mostra que não há um designer por trás da execução, mas que
houve um estudo no planejamento, dado que existe uma harmonia nas formas
e cores.
Análise geral
Pudemos notar que algumas empresas ainda apostam na figura
pessoalizada. Esta aposta inviabiliza o crescimento de uma empresa porque
nesse setor o que se vende não é a imagem, mas sim o trabalho que, se for
pessoalizado, fica restrito a determinadas atividades. Também foram poucos os
depoimentos porque provavelmente boa parte do público-alvo não goste de
revelar que está tendo ajuda externa na consecução de suas pesquisas
acadêmicas.
Foi recorrente também a repostagem de notícias e de frases com artes
estilizadas nas páginas das empresas. Isso mostra que são transpostos dois
capitais do campo acadêmico: o da informação e o da citação. Assim, no
engatinhar desse novo campo, podemos ver que ele é tateado a partir de uma
base já consolidada, o que explicaria porque as legendas das peças são tão
extensas - algo que definitivamente não colabora para a imersão dos leads.
Assim, uma grande parte das peças na verdade chamavam a atenção para a
legenda, o que de certa maneira “filtra” o público-alvo, formado basicamente de
pessoas com o costume de leitura ou de compenetração.
Podemos perceber também que poucas empresas possuem site ou blog.
A questão de não perceber a importância do ambiente digital como fator
mesmo de credibilidade mostra que o campo ainda possui uma referência
muito forte no perfil do freelancer acessível por indicação, e não em uma marca
impessoal. Todavia, empresas menores mostraram que trabalharam esse lado
ao menos na confecção de logotipos.
Também pudemos observar que a grande maioria das publicações,
destarte o alto número de curtidas nas respectivas páginas, possui pouca
interação nas postagens. As que possuem muitas curtidas possivelmente foram
impulsionadas com dinheiro, ou se relacionavam a dicas ou humor. Isso mostra
que talvez os seguidores não estejam tão interessados em frequentar a página,
e o façam por pedidos pessoais dos criadores mais do que por apelo
comunicacional.
Há um “pai escondido”, que é a figura do freelancer. Algumas empresas
o reforçam e outras o relegam, por buscar um outro regime de trabalho e a
construção da sua marca. Nisso o marketing dos serviços acadêmicos não é só
uma afirmação do que a marca é, mas também do que não é, criando o
diferencial de uma prática individualizada.
Considerações Finais
No presente estudo sobre jovens pós-graduandos, buscamos averiguar
se existe um subcampo da economia de serviços de teor acadêmico, composto
por atividades que fazem parte das etapas de uma pesquisa. Seria uma troca
econômica pautada pelas regras do campo econômico e utilizando estratégias
desse campo para acumular capital dentro dele? Tal pergunta de pesquisa foi
respondida a partir das peças publicitárias construídas por esses
empreendimentos, buscando enxergar nelas os princípios aplicados do
marketing digital, a forma mais eficiente de comunicação no campo online.
Acreditamos que a tendência em se utilizar estratégias do marketing digital e a
contraposição ao freelancer apontem que um subcampo autônomo está
nascendo e crescendo, com mais indivíduos se arriscando a empreender por
conta de um possível amadurecimento na atividade. E assim é possível
conhecer o jovem pós-graduando em algumas características: a restrição de
campo de atuação e a busca de outras soluções, que o fazem convergir para
um campo que antes não era preciso se antenar: o digital. É possível ser
pesquisador sem esse saber, porém no mercado de trabalho isso tem se
mostrado uma necessidade. O alto número de empreendimento sem um alto
número de curtidas aponta que poucos conseguem se adaptar a linguagem da
internet.
Infelizmente não foi possível alcançar os próprios empreendedores, de
modo que as suas comunicações foram o mote para responder aos problemas.
Nossa hipótese - a ser verificada com pesquisa empírica - é de que isso
acontece porque as empresas são geridas paralelamente a outras atividades
acadêmicas, e despersonalizar o negócio pode ser até um gesto de
sobrevivência, posto que limitar-se as habilidades da pessoa pode condenar o
negócio ao fim; nesse sentido, o serviço acadêmico aparece como um
complemento de renda, ou como uma tentativa de empreender sem aplicar-se
um risco, o que explicaria o grande número de empreendimentos que possuem
poucas curtidas em suas páginas ou que parecem abandonados - a falta de
retorno financeiro sem dúvida é um grande desestimulador, traço meio irônico
do perfil do jovem pós-graduando, dado que são tantos anos aplicados na sua
formação. Dessa maneira, o subcampo aparece como capilarizado, mas a
demanda - que parece alta - não consegue ser suprida por um trabalho mais
profissionalizado.
Talvez um profissional que consiga investir alto capital em uma empresa
absorva a demanda por montar uma boa estrutura funcional; todavia,
provavelmente não conseguiria concorrer com os freelancers - que logram
realizar o mesmo trabalho com um custo muito baixo - ou mesmo com as
outras empresas que não se legalizam. Esperamos que esse artigo consiga
contribuir para delimitar sistematicamente e fomentar a profissionalização
dessa área, para que se abra mais um mercado de atuação do pós-graduando,
mesmo que essas atividades não aproveitem inteiramente o seu potencial.
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