jovens de carater · 2018-09-24 · raridade é um dos requisitos para a preciosidade. em uma ......

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JOVENS DE CARATER JOVENS

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JOVENS DE

CARATER

JOVENS

VIDA COM

PROPOSITO

SuperintendenteRev. Daniel A. Silva

Secretário da SEREPPr. Davi Miguel dos Santos

Subsecretário da SEREPPb. Wilson Matias

EscritoresEv. Diego Ribeiro (Lições 1 à 6)Pr. Joalisson Silvestre (Lições 7 à 13)

Editores AssistentesPb. Wilson MatiasPr. Fábio Rogério

Equipe RevisoraJosé Edson Ferreira Lima (Gramatical)CDCL (Teológico)

Diagrama / DesignMarcelo Henrique Pinto

ImpressãoLogus Gráca

É proibido a cópia deste semautorização da SEREP.

www.lojaicpi.com.br

[email protected]

A FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO

ADORADOR POR EXCELÊNCIA

FIDELIDADE À PROVA

JUSTO AOS OLHOS DE DEUS

HONESTIDADE ACIMA DE TUDO

SOLIDÁRIO À DOR ALHEIA

AGINDO COM MANSIDÃO

JOVEM EQUILIBRADO

JESUS: O MODELO SUPREMO DE CARÁTER

PACIFICADORES DE INTRIGAS E CONFLITOS

DE PECADOR A SANTO

HUMILDADE RARA

PROVANDO A SINCERIDADE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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raridade é um dos requisitos Apara a preciosidade. Em uma sociedade que ensina, aberta-

mente ou de forma velada, as vantagens de sacrificar valores como honra, respeito e autodomínio, o jovem cristão surge como jóia preciosa. Ainda que saiba apreciar o bom e o belo, essa juventude aprendeu a arte de dominar o egoísmo pelo prazer de andar com Deus. Seu caráter não é resultado da pressão do mundo que os rodeia, mas uma obra iniciada por Cristo e confirmada por todos que o conhecem. A SEREP sente prazer em fazer parte do grupo que acredita e apóia esses jovens, afinal, suas vidas são, ao mesmo tempo, incentivo e prova de que a mocidade ainda pode impactar de modo positivo a sua geração.

Equipe SEREP

A FORMAÇÃO DOCARÁTER CRISTÃO

“Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério,para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos

à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homemperfeito, à medida da estatura completa de Cristo”.

(Ef 4.12-13)

2Co 5.17

Fp 4.8

1Co 11.1

Gl 5.20

Sl 1.1

Gl 5.22

Fp 2.5

2 Coríntios 5.17

LIÇÃO 01

01

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

1. O CARÁTER É FIXO OU DEFINIDO

A palavra CARÁTER tem origem em uma palavra latinaque significa “marca”, ou “qualidade distintiva”. Em outras palavras, CARÁTER é o que nos marca, define e identifica. Pergunte aos alunos: que qualidades distintivas lhe identificam? Elas são positivas ou negativas? Um caráter genuíno possui as seguintes características: Ele é: 1. Fixo ou definido; 2. Previsível; e 3. Estável.

A maioria das pessoas está familiarizada com o ditado “Todos têm seu preço”. Essa ideia implica que as pessoas têm um ponto em que irão comprometer seus padrões morais para ganhar algo que priorizem mais, a exemplo decoisas como dinheiro, fama e poder. Mas se desejamos ser jovens de caráter, temosque parar de aceitar esse conceito.

Não existe “preço” que faça um jovem de caráter comprometer os seus padrões.

02

Ser previsível é ser responsável e confiável de forma consistente. Podemos confiar em Deus porque Ele não muda de um dia para o outro. Você diria que a sua conduta é previsível ou imprevisível? Você muda facilmente dependendo do dia ou seus parentes e amigos já lhe conhecem tão bem que poderiam “adivinhar” o que faria em determinada situação, mesmo sem você estar, lá e acertariam?

Se você deseja saber se seu caráter é previsível, pergunte a pessoas de confiança, peça para que façam uma avaliação sincera quanto à sua conduta em diversas situações. Use essas informações para fortalecer o seu caráter.

Um jovem cristão de princípios não abre mão dos seus valores e princípios não importam quais sejam as circunstâncias externas. Ele é capaz de manter a calma ea firmeza. Se acreditamos em nossas ideias e padrões, devemos mantê-los. Até aqueles que não gostam de você vão acabar reconhecendo a sua integridade.

Eu realmente sou a pessoa que projeto nos outros? Eu me comporto de forma antiética ou inapropriada quando não há ninguém por perto? (Munroe, Myles. 2015, p 198 – 204)

2. CARÁTER É PREVISÍVEL

3. CARÁTER É ESTÁVEL

03

INTRODUÇÃO

Conteúdo Aluno

DESENVOLVA UMA AMIZADECOM O ESPIRITO SANTO

Ninguém teve de nos instruir na desonestidade. “Mesmo depois de regenerados, se não nos disciplinarmos sob o domínio de Cristo, voltaremos a enganar, da mesma maneira como o pato volta para a água”. (HUGHES, R. K. Disciplinas do homem cristão. 3.ed., RJ: CPAD, 2004, p.115-6.

A inerrância bíblica é a doutrina, segundo a qual as Sagradas Escrituras não contêm quaisquer erros por serem a inspirada, infalível e completa Palavra de Deus (Sl 119.140). A Bíblia é inerrante tanto nas informações que nos transmite como nos propósitos que expõe e nas reivindicações que apresenta. Sua inerrância é plena e absoluta. Isenta de erros doutrinários, culturais e científicos, inspira-nos confiança plena em seu conteúdo (Sl 19.7).

SINOPSE DO TÓPICO

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

Conteúdo Aluno

TENHA FAMILIARIDADE COMA PALAVRA DE DEUS

04

Vivemos em uma geração que busca o TER e ignora o SER. Nós, cristãos, não podemos seguir o fluxo. É preciso nadar contra a correnteza. Assim como Jesus em seu tempo expressou os valores do Reino, nós devemos seguir o exemplo do nosso mestre. John Stott diz: “a batalha é quase sempre ganha na mente. É pela renovação de nossa mente que nosso caráter e comportamento se transformam”. O seu caráter não depende dos padrões da sociedade. Nossa medida é Cristo.

ESTABELEÇA LIMITES, SEJA UMJOVEM DISCIPLINADO

CULTIVE BONS PENSAMENTOS

- A mente

O primeiro dom é a mente, com a qual pensamos. Deus nos fez criaturas racionais, inteligentes. Ele ainda nos proíbe de nos comportarmos como cavalos ou burros, que não têm entendimento, e nos diz para não sermos crianças quanto ao modo de pensar, mas adultos (Sl 32.9; 1Co 14.20). John Stott.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

Conteúdo Aluno

FIDELIDADE À PROVA“Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito;

quem é injusto no mínimo,também é injusto no muito”. (Lc 16.10)

Tg 1.3-4

Nm 12.7

2Tm 2.13

Hb 10.23

Jo 6.40

Sl 73

Rm 8.28

Tiago 1.2

LIÇÃO 02

INTRODUÇÃO

SUBSÍDIO TEOLÓGICOÉ muito comum, quando estão em meio às aflições, as pessoas dizerem que não sabem o porquê de tudo aquilo estar acontecendo. É verdade que nem sempre sabemos o motivo das experiências desagradáveis pelas quais passamos. A dor e o sofrimento quase sempre nos tiram a capacidade de perceber a razão dos fatos. Contudo, não sabermos o porquê da provação não a torna inválida. Ela continua sendo genuína e tem propósito. Às vezes, nem sabemos a razão, mas Deus sabe. Isso basta. Jó não tinha a menor ideia por que estava passando por tamanho sofrimento, por que estava sendo tão provado. Não obstante, Deus sabia. E Jó, no devido tempo, saberia também. A palavra de Deus, a nossa experiência com Ele e o futuro se encarregarão de nos confirmar que as provações na vida do cristão têm propósitos definidos. Nada acontece por acaso. Não estamos à mercê da História. Somos servos do Todo-Poderoso, Aquele que age em todas as coisas parao bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito (cf. Rm 8.28). As provações visam produzir dois resultados, como veremos a seguir.

Conteúdo Aluno

05

Mostrar ao aluno que assim como o fogo refina o ouro a provação revela a nossa fidelidade.

* STRONG, James. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil. 2005. In: Biblioteca Digital da Bíblia para sistema operacional Windows.

A fidelidade a Deus deve se manifestar em todos os momentos, porém, mostra-se mais real quando estamos em situações difíceis.

O próprio Jesus disse acerca de Paulo: “pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At 9.16). Por onde

SINOPSE DO TÓPICO

SINOPSE DO TÓPICO

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

Conteúdo AlunoFIDELIDADE A PROVA

Alguém na sala já foi injustiçado, perseguido ou confrontado por conta de defender a sua fé? Peça para o aluno compartilhar.

PERGUNTA PARA DEBATEEM SALA DE AULA:

Conteúdo Aluno

A DEMONSTRAÇÃO DA FIDELIDADEDO CRISTÃO

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passou, Paulo sofreu: Foi perseguido em Damasco, rejeitado em Jerusalém, esquecido em Tarso e apedrejado em Listra. Foi preso e açoitado em Filipos, escorraçado de Tessalônica, enxotado de Bereia e chamado de tagarela em Atenas. Foi chamado de impostor em Corinto e enfrentou feras em Éfeso. Foi preso em Jerusalém e acusado em Cesareia. Enfrentou um naufrágio na viagem para Roma e foi picado por uma cobra em Malta. Foi preso duas vezes na cidade de Roma e agora estava numa masmorra, aguardando sua inevitável execução. O fruto do sofrimento - O martírio de Estevão influenciou a conversão de Paulo, os sofrimentos de Paulo em Listra devem ter influenciado a conversão de Timóteo. A convicção de Paulo - Paulo é enfático que de todas essas perseguições, Deus o livrou. A fidelidade de Paulo a Jesus em meio ao sofrimento glorificava o nome do Senhor. É melhor sofrer com Deus e com a verdade do que prosperar com os homens e com a mentira,

pois a perseguição é transitória, mas a glória final dos fiéis é segura. As cicatrizes são o preço que todo crente paga por sua lealdade a Cristo.

(Dias Lopes, Hernandes – Comentários expositivos Hagnos 2 Timóteo Pag. 93, 94)

Conteúdo AlunoAS PROVAÇÕES SÃO PEDAGÓGICAS

07

Entender que as provações são pedagógicas e que, em cada uma que enfrentamos, há ensinamentos de Deus para sermos crentes melhores.

SINOPSE DO TÓPICO

QUANDO PROVAR PARA DEUSA NOSSA FIDELIDADE?

A melhor forma de provar a Deus a nossa fidelidade é em tempos de crise, pois só assim teremos firmeza naquilo que cremos.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

A Bíblia diz no livro de João 16.33: “no mundo tereis aflições”. Talvez grande parte dos cristãos nunca tenha lido essa passagem ou rejeitam a sua veracidade, porém, ela é real. Que bom que o texto continua: “...tende bom ânimo, eu venci o mundo”. Se Jesus conseguiu ser fiel diante das tentações e provações deste mundo, nós também venceremos pelo sangue de Jesus.

08

“Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas,mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em

vós mesmos; a ninguém torneis mal por mal; procuraias coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível,

quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens”.(Rm 12.16-18)

Mt 5.9

Hb 12.14

Mt 5.5

Pv 15.1

Sl 133.1

2Tm 2.22

Gl 6.1

Mateus 5.9

LIÇÃO 03

PACIFICADORES DEINTRIGAS E CONFLITOS

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A sabedoria divina cuida das relações do homem com Deus, das relações interpessoais e de tudo o que lhe for apresentado na era presente ou no porvir. Jesus Cristo, em Seu ministério terreno, é referência para a igreja no tratamento dos conflitos. Seu sucesso ao enfrentá-los é a garantia do nosso sucesso caso sigamos sua metodologia exposta no Sermão do Monte. O primeiro passo na solução do conflito é a humildade para reconhecê-lo e depois confrontá-lo e aprender com ele”.

A palavra grega traduzida como “pacificador” vem do adjetivo para “paz” e do verbo que comumente significava “fazer”. Os pacificadores não são os passivos que esperam que a paz aconteça. Eles tomam iniciativa e se esforçam para que haja paz. Aquele que busca fazer a paz procura a

Conteúdo AlunoINTRODUÇÃO

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reconciliação onde há conflito; o entendimento mútuo onde há discórdia, e o perdão onde houve pecado. Ele precisa buscar isso entre pessoas em conflito. O ex- primeiro ministro de Israel, Yitzhak Rabin, um homem que deu sua vida em busca da paz, sabiamente observou: “A paz não se faz com amigos. A paz é feita com inimigos.” Fazer a paz entre duas pessoas, duas famílias, dois grupos, sejam turmas de amigos, torcidas esportivas ou até igrejas rivais é uma obra que só os verdadeiros filhos de Deus podem realizar. Nas palavras de Sande: “os pacificadores são pessoas que inspiram graça”. Eles recorrem, continuamente, à bondade e ao poder de Jesus Cristo e, então, trazem o seu amor, misericórdia, perdão, força e sabedoria aos conflitos da vida diária. Deus se alegra em inspirar a Sua graça por meio dos pacificadores, e usa-os para dissipar a ira, aprimorar o entendimento, promover a justiça e encorajar o arrependimento, a reconciliação.

(O pacificador: como solucionar conflitos)

Encorajar o jovem a ser um instrumento de Deus para promover a paz.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

Conteúdo Aluno

O JOVEM COMO PACIFICADOR

CADA UM OFERECE AQUILO QUE TEM

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Neste tópico o jovem vai entender melhor a essência do perdão e a motivação do coração.

SINOPSE DO TÓPICO

NÃO CAIA NA “PILHA”DO CONTENSIOSO

Alertar sobre a tentação de cair na armadilha do contencioso. Entender que é preciso manter o equilíbrio, respirar fundo e não ignorar a ofensa.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

“Quando os cristãos aprendem a ser pacificadores, podem converter o conflito em uma oportunidade para fortalecer relacionamentos, preservar recursos valiosos, e fazer de sua vida um testemunho do amor e poder de Cristo” (p. 8). … A Bíblia nos ensina que não devemos ver o conflito como uma inconveniência nem como uma oportunidade para impor a nossa vontade aos outros, mas como uma oportunidade para demonstrar o amor e o poder de Deus. (p. 32)

(Sande, Ken - O pacificador: como solucionar conflitos)

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo AlunoTIRE A TRAVE DOS SEUS OLHOS

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As bem aventuranças revelam o caráter de Deus. Aqueles que promovem a paz são genuínos filhos de Deus, pois a paz também é fruto do Espírito (Gl 5.22,23) e, só naqueles em quem habita, o Espírito de Deus agirá, promovendo a verdadeira pacificação. “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração” (Cl 3.15). Para que haja paz, é necessário que cada indivíduo se reconcilie com o seu criador, por meio da fé no sacrifício justificador de Cristo.

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HUMILDADE RARA

“O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira:Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais

homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda comoeste publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimosde tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé,

de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, masbatia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim,

pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa,e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será

humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado”.(Lc 18.11-14)

Sl 19.13

1Pe 5.5

Pv 16.18

Tg 4.10

Jo 15.5

2Co 12.10

2Co 3.5

Salmos 19.13

LIÇÃO 04

INTRODUÇÃO

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SUBSÍDIO TEOLÓGICOA humildade é subproduto de crermos no evangelho de Cristo. No evangelho, temos uma confiança não baseada em nosso desempenho, mas no amor de Deus em Cristo (Rm 3.22-24). Isso nos liberta de ter de ficar sempre nos avaliando. Porque Jesus teve de morrer por nós, colocamo-nos abaixo de nosso orgulho. Porque Jesus teve prazer em morrer por nós, amamo-nos além da necessidade de provar qualquer coisa a nós. Graça, não benevolência - Corremos riscos quando discutimos sobre a humildade, pois a religião e a moralidade inibem a humildade. É comum na comunidade evangélica conversar sobre o ponto de vista mundano - um

Conteúdo Aluno

conjunto de crenças básicas e promessas que permeiam a maneira como vivemos em cada circunstância. Outros preferem o termo "identidade narrativa". É um conjunto de respostas às perguntas "quem sou eu? O que é a minha vida? Por que estou aqui? Quais são as principais barreiras que me impedem de me sentir pleno? Como posso lidar com essas barreiras?" Há duas identidades narrativas básicas em voga entre os que professam ser cristãos. A primeira é o que chamo de identidade narrativa de desempenho moral: as pessoas que dizem do fundo de seus corações "eu obedeço, portanto, sou aceito por Deus". A segunda é o que vou chamar de identidade narrativa da graça. O princípio básico dessa operação é "sou aceito por Deus por meio de Cristo, portanto, obedeço".

(Tim Keller “O ADVENTO DA HUMILDADE” PUBLICADO NO Christianity Today International em 2011)

O QUE É HUMILDADE?

Neste tópico o jovem vai entender o significado do termo humildade.

A humildade verdadeira que brota do evangelho significa ter o ego satisfeito, não inflado. Trata-se de algo absolutamente singular. Estamos falando de autoestima

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

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elevada? Não. De baixa autoestima? De jeito nenhum. Isso em nada se relaciona com autoestima. A pessoa verdadeiramente humilde não é aquela que se odeia ou se ama, e sim a que tem a humildade do evangelho. É uma pessoa que se esqueci de si mesma e cujo ego é igual aos dedos dos pés. Eles simplesmente exercem sua função. Não imploram por atenção. Os dedos s impl e sment e t rabalham; o ego simplesmente trabalha. Nem o ego, nem os dedos chamam atenção para si.

(Timothy Keller, Ego transformado, p. 34-35).

Mostrar ao aluno que a humildade é uma característica imprescindível do verdadeiro cristão.

F.F. BRUCE diz que o exemplo de Cristo é sempre o argumento supremo de Paulo na exortação ética, principalmente quando trata do interesse altruísta pelo bem-estar do próximo. Se o exemplo de Cristo deve ser seguido, é melhor, então, manter maior interesse pelos direitos dos outros e pelos nossos deveres do que cuidar principalmente de nossos direitos e dos deveres dos outros.(Bruce, F. F. Filipenses, 1992. P 73)

SINOPSE DO TÓPICO

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

Conteúdo Aluno

A HUMILDADE É CRUCIAL AOJOVEM CRISTÃO

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Mostrar ao aluno que a sedução de uma vida exposta nas redes socais é um grande desafio para aqueles que desejam viver uma vida piedosa.

O que é “piedade”?

Amor e respeito pelas coisas espirituais manifestos em nossas atitudes vivenciais com resignada submissão à orientação e ao controle do Senhor nas nossas múltiplas atividades, agindo sempre com reverência a Deus em nossa postura de vida. Compaixão pelos sofrimentos alheios.

SINOPSE DO TÓPICO

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

Conteúdo Aluno

PRESERVANDO A HUMILDADE NAERA DO EXIBICIONISMO

«Orgulho. Disfarce-o, lute com ele, espanque-o, sufoque-o, mortifique-o o mais que lhe aprouver, ele ainda estará vivo, e de vez em quando ele despontará e se mostrará. Porque mesmo que eu pudesse considerar tê-lo vencido totalmente, eu provavelmente teria orgulho de minha humildade.»

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

AS CONSEQUÊNCIASDO ORGULHO

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O jovem que deseja ir mais longe deve escolher o caminho da humildade, ele pode não ser o mais fácil, mas sem duvida será o mais correto a seguir. Nele caminhou o nosso mestre Jesus: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas”.

Benjamin Franklin apud Jonathan Leeman, "A igreja e a surpreendente ofensa do amor de Deus".

O orgulho mata silenciosamente e a humildade é uma virtude que deve ser cultivada, pois ela gera vida.

SINOPSE DO TÓPICO

ANOTAÇÕES

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PROVANDO ASINCERIDADE

“Agora, pois, temei ao SENHOR, e servi-o comSINCERIDADE e com verdade; e deitai fora os deusesaos quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e

servi ao SENHOR”. (Js 24.14)

2Co 2.17

1Tm 1.5

Jo 8.44

Sl 145.18

Js 24.14

Pv 2.7

Jo 14.6

1Timóteo 1.5

LIÇÃO 05

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SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR10 Atitudes de pessoas sinceras

1. Não gostam de ser o centro das atenções -Pessoas de comportamento genuíno não precisam que seu ego seja massageado constantemente. Enquanto os loucos por atenção sentem uma espécie de vazio que precisa ser preenchido diariamente com elogios. Pessoas mais transparentes têm não só uma dose de autoconfiança, mas também autoconhecimento.

2. Não fazem questão de agradar a todos - A necessidade constante de agradar tem origem na insegurança e no narcisismo. Ela cria um círculo vicioso de manipulação dos sentimentos do outro e de si mesmo em que o principal ingrediente é a falsidade e a hipocrisia. Pessoas confiantes e autênticas gostam de ser elas mesmas. Se agradarem, ótimo. Se não, tudo bem também.

3. Sabem reconhecer pessoas cheias de si - Pessoas ingênuas não percebem quando estão cercadas ou são manipuladas por aqueles que vendem uma autoimagem irreal. Mas pessoas autênticas dificilmente são ingênuas. Isso porque elas

normalmente têm os pés fincados no chão, o que faz com que captem informações suficientes para perceber quais pessoas são sinceras -- ou não.

4. Estão satisfeitas com a própria imagem - Isso não significa que pessoas sinceras não liguem para a própria aparência. Mas, como são mais realistas, têm mais facilidade para lidar com insatisfações estéticas e não costumam deixar-se levar por neuroses trazidas pela insegurança.

5. Cumprem o que prometem - Pessoas sinceras não gostam de exageros ao se referir a um determinado assunto, situação ou problema. São pragmáticas e gostam de relatar os fatos tal como são. Não medem as palavras para dizer a verdade – o que pode causar conflitos eventualmente – e nem costumam mentir para poupar o outro de uma má notícia. Tudo o que você precisar ouvir, elas vão lhe dizer. Mesmo que doa em você -- e nelas.

6. Não precisam de coisas supérfluas - Quando se está satisfeito com sua própria imagem e personalidade, não é preciso ter coisas supérfluas para sanar um determinado vazio. As pessoas mais autênticas têm mais consciência do que é preciso para ser feliz: estar bem consigo, com as pessoas amadas e com o trabalho. Isso não significa que não gostem de tudo o que a vida pode lhes oferecer. Gostam, sim. Mas não são escravos das necessidades.

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7. Não se magoam por coisas tolas - As pessoas sinceras não se levam a sério e não se ofendem com situações ou gestos que não merecem ser levados em consideração. Em vez disso, elas tendem a direcionar energia para pessoas e caminhos que lhe sejam mais favoráveis.

8. Não abusam da falsa modéstia - Aqueles que têm na sinceridade uma premissa de vida não ficam gritando aos quatro ventos suas qualidades e conquistas. Eles não associam, necessariamente, a satisfação pessoal ao reconhecimento de seus feitos. Gostam de ser reconhecidos, mas mais importante que isso é estarem satisfeitos com os caminhos que traçaram. Da mesma forma que não gostam de autopromoção, tampouco têm falsa modéstia. Gostam da humildade, mas apenas quando ela é verdadeira – não com o intuito de agradar aos que estão ao seu redor. Os autênticos não são os melhores em marketing pessoal. Mas suas qualidades são percebidas ao longo do tempo tanto na esfera profissional quanto pessoal. E seu comportamento sincero faz com que despertem a confiança dos demais.

9. São consistentes - Pessoas sinceras geralmente também são consistentes, não costumam agir com superficialidade e buscam argumentos sólidos para analisar e expressar sua opinião sobre determinado fato. Isso faz parte de sua busca interna. Gostam de ser coerentes e não costumam ter o comportamento inspirado em modismos e

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tendências. São o que são e aprenderam a conviver com seus próprios defeitos.

10. Só dão conselhos se estiverem seguros do que vão dizer - Pessoas sinceras são geralmente confiáveis. E prezam muito levar essa fama. Por isso, evitam dar conselhos ou emitir opiniões que não estejam necessariamente alinhados com sua própria conduta de vida. Não falam para o outro fazer o que eles

jamais fariam. Faz parte da jornada de autoconhecimento ter a noção de que eles não são melhores que ninguém. Com isso, não perdem muito tempo ditando o que os outros devem fazer.

T e x t o a d a p t a d o d e : https://veja.abril.com.br/economia/dez-atitudes-de-pessoas-realmente-autenticas/ pesquisado em 10/07/2018

INTRODUÇÃO

Conteúdo Aluno

Conteúdo Aluno

AS VANTAGENS DE SER SINCERO

Mostrar ao aluno que ser sincero é melhor do que ser alguém fingido. As consequências da sinceridade são gratificantes.

SINOPSE DO TÓPICO

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Mostrar ao jovem que Deus se agrada mais de nossa sinceridade, mesmo diante das nossas falhas, do que da nossa religiosidade em oferecer sacrifício, ignorando seus princípios.

Mostrar ao aluno que, diante das adversidades da vida, devemos permanecer sinceros para com Deus. As circunstâncias não podem mudar a aliança temos com o Senhor.

SINOPSE DO TÓPICO

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

Conteúdo Aluno

SAUL, AQUELE QUE NÃOAPRENDEU A LIÇÃO

DANIEL, UM EXEMPLODE SINCERIDADE

Mostrar ao aluno que Deus não se agrada quando chegamos a Ele com máscaras. Entender que a nossa sinceridade em confessar nossas fraquezas gera libertação.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo AlunoSEJA SINCERO COM DEUS

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ANOTAÇÕES

Em uma sociedade que prega o uso de máscaras, ser sincero no sentido mais restrito da palavra é um grande desafio. Porém, se de fato somos discípulos de Cristo, a sinceridade não é uma escolha, mas faz parte do nosso caráter. Diante dos homens não troque a sinceridade pelos aplausos, diante de Deus rasque o seu coração em vez de suas vestes.

AGINDO COMMANSIDÃO

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados,de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade,

mansidão, longanimidade”. (Cl 3.12)

1Tm 6.11

Tt 3.2

Ef 4.2

2Tm 2.25

Gl 5.25

Cl 3.12

Tg 3.12

Mateus 5.5

LIÇÃO 06

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DEFINIÇÃO DE MANSIDÃOSubstantivo feminino:

1. Qualidade ou condição do que é manso.

2. Brandura de gênio ou de índole; brandura na maneira de expressar-se; doçura, meiguice, suavidade.

“Este fruto é um dos mais difíceis de definir, principalmente porque é impossível traduzir prautes (mansidão) por um único termo em nosso idioma. Ser manso não tem conotação de ser ‘desalentado, desanimado, mole, fraco ou destituído de energia ou força moral’.

Mansidão é a combinação de força e suavidade. “Quando temos prautes, tratamos todas as pessoas com cortesia perfeita, reprovamos sem rancor, argumentamos sem intolerância, enfrentamos a verdade sem ressentimento, iramos, mas não pecamos, somos gentis, mas não fracos.” Para conhecer mais leia Comentário Bíblico Beacon, CPAD, p. 76. Mansidão torna o crente apto para evitar pelejas.

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Conteúdo Aluno

Conteúdo Aluno

INTRODUÇÃO

Os maiores líderes da Bíblia foram aqueles que tinham o caráter manso. Foi Assim com Moisés (Nm 12.3), que era paciente e humilde (manso). Também Davi, que era o homem segundo o coração de Deus, escrevia salmos

sobre a recompensa de ser manso, mesmo antes do sermão do monte (Sl 37.11), e foi manso em todas as estações da sua vida. O maior exemplo de líder manso é Jesus! O único traço de caráter que Jesus alegou acerca de si mesmo foi a sua mansidão (Mt 11.29). Ele mais do que ninguém abriu mão de todos os seus títulos e de todo seu poder, e se colocou na posição de servo para Elevar todos os discípulos e a igreja para reinar junto a Ele (Jo 17.24).

EXEMPLOS DE MANSIDÃOSEGUNDO A BÍBLIA

BENEFÍCIOS DE SER MANSO

Mostrar ao aluno os benefícios de uma vida mansa.

A mansidão é essencial para o ministério eficaz ao Senhor.

Deus nos escolheu para representá-lo

SINOPSE DO TÓPICO

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perante um mundo perdido e agonizante. O que o mundo vê em nós de modo a atrair as pessoas a Jesus Cristo?

Todos os aspectos da mansidão — submissão, elementos necessários de nosso testemunho e serviço cristão, quer testemunhando para os perdidos, fazendo discípulos para Jesus ou restaurando um irmão fraco” (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004 p. 112).

Muitos confundem mansidão com timidez, medo, covardia. Mas ser manso é ser corajoso, humilde e saber dominar o nosso temperamento em momentos de crise.

Explicar ao aluno os princípios para uma vida mansa segundo a Bíblia.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo AlunoCOMO SER MANSO?

A mansidão é um fruto do Espírito Santo e deve ser uma das qualidades do Cristão, pois o Espírito de Deus habita nele. Aproveite este momento e ore a Deus pedindo força para ser uma pessoa mansa segundo os princípios da sua palavra. Lembre-se: Os mansos são felizes e de quebra herdarão o reino de Deus!

ADORADOR POREXCELÊNCIA

“Deus é espírito, e é necessário que os seusadoradores o adorem em espírito e em verdade”. (Jo 4.24)

Cl 2.18-19

Sl 145

1Co 10.31

Sl 29.2

Jo 4.21-23

Is 29.13

Ap 4.11

Romanos 12.1-2

LIÇÃO 07

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SUBSÍDIO TEOLÓGICO“Existem basicamente duas marcas principais que identificam a adoração cristã primitiva do ponto de vista de seu contexto religioso: 1) Cristo é reverenciado como divino juntamente com Deus e 2) a adoração de todos os outros deuses é rejeitada. Analisaremos no capítulo seguinte a primeira dessas duas características. Nosso debate neste capítulo parte da premissa proposta pela segunda marca de identificação, a exclusividade que caracterizava a adoração cristã primitiva, o que, para Wayne Meeks, "talvez seja a característica mais estranha do cristianismo, bem como do judaísmo, aos olhos de um pagão comum"). Da tradição judaica da época, o cristianismo primitivo herdou uma adoração monoteísta exclusivista que exigia de seus adeptos a renúncia ao culto prestado a outros deuses. Os judeus cristãos, pelo menos nas primeiras décadas do cristianismo, parecem ter continuado a participar das atividades religiosas do templo e da sinagoga e dos eventos em Jerusalém (i.e, das festas anuais, como a Páscoa, da oração no templo, dos sacrifícios). Paulo, o apóstolo dos gentios, continuou firme no relacionamento que mantinha com os judeus e deixou isso muito claro na disposição que demonstrou várias vezes em se submeter aos castigos físicos impostos pela sinagoga a quem violasse a

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religiosidade judaica por meio de atos não especificados conforme decisão das autoridades da sinagoga (2Co 11.24). Em outras palavras, pelo menos nessa etapa dos primórdios, a exclusividade da adoração cristã não compreendia a renúncia à participação na adoração judaica. Isso ocorria pelo motivo óbvio de que o Deus dos cristãos primitivos era identificado com o Deus do Antigo Testamento e de Israel, o Deus adorado na sinagoga e no templo de Jerusalém. Contudo, a participação em atividades de grupos religiosos pagãos era coisa completamente distinta” p. 55-56. “A ideia dos dons divinos, dos carismas do Espírito de vários tipos, juntamente com outros conceitos e afirmações religiosos expressos na proclamação e na instrução cristã primitiva, impregnou de fervor a adoração dos primeiros tempos. Combase em relatos de outros grupos religiosos da Era Romana, fica evidente que a exuberância, a alegria, a sensação de encontro com o divino e até mesmo um forte êxtase religioso eram, não raro, buscados pelos devotos e cultivados de várias maneiras nos cultos. Os grupos cristãos não tinham à disposição a variedade de recursos a que recorriam outros grupos (e que, em séculos subsequentes, seriam apropriados também pelo cristianismo) para dar aos devotos experiências religiosas marcantes ou, pelo menos, uma sensação de maravilhamento (p. ex., cerimônias sofisticadas ou templos imponentes), mas é evidente que o fervor religioso sempre caracterizou a adoração

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cristã primitiva e teria sido, ao mesmo tempo, característica atraente e importante dos cultos cristãos. Na verdade, o forte fervor religioso na adoração pode ter ajudado a compensar outras atividades religiosas das quaisaquelas pessoas tinham aberto mão, e pode ter ajudado a preservar o compromisso com a exclusividade cristã na adoração. Com base na discussão de Paulo sobre os problemas das práticas de adoração em Corinto, é possível ter uma ideia muito nítida do fervor que às vezes se manifestava, mas de um modo que o apóstolo julgava infrutífero. As inúmeras atividades relacionadas ao culto mencionadas em 1 Coríntios 14.26 fazem referência, todas elas, a adoradores cuja inspiração e exaltação vinham diretamente de Deus. Não apenas "revelação" e "língua ou interpretação", mas também "hino" e "pa l av ra d e in s t r u ç ão " d ev em , provave lmen t e , s e r cons id e rados contribuições espontâneas que se acreditava serem inspiradas pelo Espírito Santo. Há uma lista ainda maior de fenômenos em 1 Coríntios 12.4-11, com manifestações divinamente inspiradas de sabedoria, conhecimento, profecia e variedade de línguas, dons de curar e operação de milagres, bem como "o dom de discernir espíritos" (que pode estar associado ao exorcismo). Além disso, quando em Gálatas 3.5, Paulo desafia os cristãos da Galácia a dizer qual seria a base, na opinião deles, das manifestações do Espírito e dos milagres operados entre eles, é possível que ele tenha em mente os cultos de adoração como

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cenário dessas bênçãos divinas. Em Colossenses 3.16 e Efésios 5.18-20, o ensino inspirado, a admoestação e o cantar com gratidão "salmos, hinos e cânticos espirituais" a Deus devem ser todos entendidos, provavelmente, como fenômenos da adoração coletiva que ilustram a exaltação e o fervor religiosos buscados nos grupos cristãos primitivos. Em 1 Tessalonicenses 5.19-21, Paulo insiste com os cristãos de Tessalônica, dizendo-lhes: "Não apagueis o Espírito". Pede a eles também que deem espaço à profecia (embora com a distinção apropriada entre manifestações espirituais boas e ruins). Também nesse caso, é a reunião de adoração que o apóstolo tem em mente para a expressão de tais manifestações de fervor religioso.” p. 64 - 65

(HURTADO, W. Larry. A origens da adoração cristã: O caráter da devoção no ambiente da Igreja primitiva. Tradução A. G. Mendes, São Paulo: Editora Vida Nova, 2011)

É um erro pensar que a adoração é um ato livre em seus princípios e valores. É Deus quem chama o seu povo para adorá-Lo e ele exige princípios, os quais são encontrados na Bíblia.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

Conteúdo AlunoINTRODUÇÃO

O CONCEITO BÍBLICO DE ADORAÇÃO.

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“Adorar” é:

CURVAR-SE, PROSTRAR-SE. No Antigo Testamento encontramos a palavra no hebraico HISAHAWAH (schachah) em reverência e prostração. Veja no texto de Gênesis 24.52 - “Tendo ouvido o servo de Abraão tais palavras, prostrou-se em terra diante do Senhor”. Você poderá perceber em outras passagens o mesmo termo sendo usado e com o sentido acima mencionado. Leia também 2 Crônicas 29.29 e 2 Crônicas7.3 e perceba o sentido de curvar-se com o sentido de prostrar-se diante da majestade e grandeza do soberano Deus. Proskyneõ (Proskuneim) é o termo em grego que aparece no Novo Testamento especificamente aplicado para Deus e não para os governantes, com o sentido de humildade, submissão, reverência e prostração. Vejam em Apocalipse 22.8 e 9 e Apocalipse 19.10, na BLH (Bíblia na linguagem de hoje) dizendo que não devemos adorar nem anjos e nem apóstolos: ”Eu, João, ouvi e vi todas essas coisas. E, quando acabei de ouvir e ver, caí de joelhos aos pés do anjo que me mostrou essas coisas e ia adorá-lo. Mas ele me disse: – Não faça isso! Pois eu sou servo de Deus, assim como são você e os seus irmãos, os profetas, e todos os que obedecem às palavras deste livro. Adore a Deus!” (Ap 22.8 e 9). A mensagem que o Espírito entrega aos profetas é a verdade revelada por Jesus. Infelizmente muitos param por aqui, sem atentar para a

SINOPSE DO TÓPICO

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segunda parte do sentido da palavra adoração, que é o posicionamento que todos devemos ter diante do curvar-se em atitude de humildade e reverência ao Senhor Deus, que é servir ao Trino Deus, andando em amor. É o nosso amor em ação.

SERVIÇO - Em hebraico, no A.T. temos abodâh/ebed que corresponde tanto no A.T. como no N.T. à relação entre o homem e o seu Deus em verdadeira submissão, servindo ao Senhor por vontade própria. Leia Êxodo 21.1-6. No N.T. aparece no grego como latréia, significando serviço de ajuda aos outros - um homem prestando ajuda a outro. Leia em Romanos 1.9,12,15; 13.6; 15.16. O que isso pode acrescentar de novidade para a nossa vida? Verifique como anda o seu relacionamento horizontal, isto é com o seu próximo. Muitos esquecem desta dimensão que existe na adoração, fixando seu olhar apenas na direção vertical, que é de contemplação. Nossa visão de Deus precisa nos impulsionar na tomada de atitude de ir em direção do outro, do meu irmão, servindo ao Senhor. Em 1 João 2.10 e 11 temos: “Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” Como você tem agido? Como posso dizer que amo a Deus? João diz que quem diz que está na luz, mas odeia a seu irmão, este continua ainda nas trevas, na escuridão e não vive na luz, errando o caminho ou alvo para as nossas vidas, pois estamos sem luz.

Isso significa que não adiantou falar tudo isso até agora, se não temos Cristo, que é a luz do mundo e não amamos também o nosso irmão. LOUVAR Agora, louvar é tudo que você faz. É o resultado da constatação, do reconhecimento dos atributos de Deus - digno, único, onipotente, onipresente, onisciente, triúno, verdadeiro, justo, benigno, misericordioso... - agindo em direção ao outro em nome do Senhor. Louvar não é só cantar não. E no hebraico, a língua usada no A.T., existem várias palavras que traduzidas por louvor são usadas sempre independentemente do significado real. São elas. Yâdâ– substantivo – que pode ser confessar (credo), louvar, dar graças. Rûn é exaltar; Zâmar, louvar com instrumentos; zâkar é lembrar; kâbed, glorificar. Tôdâ é confissão, confissão de pecados, louvor, ação de graças, oferta de gratidão e sacrifício de louvor (que em Ne 12.8 significa ação de graças). Só por isto podemos perceber que louvor é a nossa adoração em ação: ação de graças, confissão de pecados, confissão de fé e tudo isso pode ser feito em silêncio, lendo ou recitando a Palavra, orando, testemunhando. “Louvor é a nossa adoração em ação”

(http://ibpan.com.br/images/stories/Downloads/Estudos_B iblicos/Adoracao-Louvor-Culto.pdf Visitado no dia 10 de Junho de 2018)

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A adoração deve ser entendida como algo além dos cultos, é para vida, como uma plataforma de adoração.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo AlunoADORAÇÃO COMO SERVIÇO

Diante da compreensão que fomos levados a fazer ao longo desta lição, permita-me fazer-lhe uma pergunta: como está a sua adoração? Ela se restringe apenas aos hinos que você canta na Igreja, levantando a mão e dando glórias a Deus? Sou a favor de que tudo isso aconteça no culto, porém, a adoração na excelência da vida, vai além de tudo isto. Confesso que, como escritor da lição, antes de trazer para vocês algo que pudesse ser edificante, sou edificado por Deus e o sentimento que fica em meu coração após terminá-la é o pedir que Deus nos ajude a sermos melhores adoradores. Estamos distantes geograficamente uns dos outros, mas a sombra da cruz alcançou a todos nós, e somos um só povo, uma só geração, adoradores por exce-lência, pecadores nas mãos de um Deus misericordioso que, por graça, deu-nos o privilégio de adorá-Lo por toda vida, com toda ela e em todos os momentos. Deus lhe abençoe.

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JUSTO AOS OLHOSDE DEUS

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz comDeus, por nosso Senhor Jesus Cristo”. (Rm 5.1)

Rm 9

Pv 17.15

Rm 4.25

Rm 5.18

Tg 2.14-21

Jo 5

Rm 1.16-17

Romanos 3.21-26

LIÇÃO 08

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SUBSÍDIO TEOLÓGICOA JUSTIFICAÇÃO/A REGENERAÇÃO

Justificação - A justificação é pela fé. É algo que Deus fez por nós e não em nós. Acontece fora de nós e não dentro de nós. Muda a nossa posição diante de Deus e não a nossa vida interior. Nossa dívida é paga, nossa culpa é cancelada, nossos pecados são cobertos e somos declarados justos, mediante a obediência perfeita de Jesus Cristo e Sua morte substitutiva. Não há mais nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Toda a infinita justiça de Jesus Cristo foi creditada em nossa conta. Estamos justificados diante de Deus. Isso é um fato passado e consumado. Justificação pela fé é o ajustamento da relação que existe, do homem para com Deus, com base na morte de Jesus Cristo, sendo-lhe imputada (creditada na conta) a justiça divina, que faz com que Deus veja e trate o homem pecador como justo. “Justificar”, significa tornar “justo” (não por inerência, ou qualidade atribuída, mas por posição, isto é, ordem ou determinação divina), é a pessoa que está corretamente relacionada com Deus pela fé. Quem cumpre as exigências que lhe são impostas por este relacionamento com Deus, é considerado justo, porque procura nos seus pensamentos, motivos e

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ações obedecer àquilo que Deus, em sua Palavra, estabelece como modelo de vida. A pessoa justa é aquela que age corretamente, de acordo com os mandamentos de Deus, isto é, está de acordo com o padrão divino, e assim se encontra em um relacionamento justo com Deus.(Rm 1.16,17; 4.3; Mq 6.8; Rm 6.19; Ef 5.8,9; 1Pe 2.24).

Regeneração -Todos os salvos devem ter uma boa compreensão do que é regeneração. A regeneração é ato interior da conversão - aquilo que se fez e o que se está fazendo - efetuado na alma do salvo pelo Espírito Santo, pois só assim, o salvo é aceito no Reino de Deus. Nunca existiu, nem existe, e nem existirá, outro modo de qualquer pessoa se tornar um verdadeiro cristão senão nascer de novo. A transformação operada nos salvos pelo Espírito Santo o leva a viver uma vida de santificação progressiva, testemunhando assim, o caráter e a imagem de Jesus Cristo. As evidências da regeneração são: o regenerado foge da corrupção que há no mundo por causa da nova natureza implantada no seu íntimo; o regenerado se liberta da prática do mal e do pecado, se comete pecado como um ato simples apela ao seu advogado que é Jesus Cristo, e ao sangue purificador; o regenerado ama a Deus.(Jo 3.1-12; 1Pe 1.23; 2Co 5.17; Gl 6.15. Cl 3.10; Rm 12.2; Tt 3.5; 1Pe 1.4; 1Jo 2.1,2; 1.9; 4.19; Rm 5.5b).

(Fonte: manual de doutrina da ICPI.)

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INTRODUÇÃO

O QUE É JUSTIFICAÇÃO?

A Justificação deve ser entendida em uma abordagem bíblica, como princípio regulador da doutrina, compreendendo que só em cristo podemos encontrar e desfrutar dela.

Através da história da Igreja houve dois pontos de vista opostos quanto ao modo com que os pecadores são justificados, isto é, como são feitos justos diante de Deus e, portanto, declarados aceitos por Ele. Um dos pontos de vista ensina que a justificação é pela fé somente, sem as obras da lei. Os pecadores são declarados justos e, portanto, justificados, somente em relação com a justiça de Cristo, a qual lhes é imputada no momento em que creem nele. A salvação é pela graça, mediante a fé, e em nenhum sentido pode ser o resultado ou depender das boas obras do pecador. Os atos de obediência pessoais não garantem, nem acrescentam nada à justificação, pois esta se baseia unicamente na justiça que Deus outorga livremente a todo aquele que crê. O outro ponto de vista ensina que os pecadores, para serem justificados, devem fazer algo mais do que crer em Cristo,

SINOPSE DO TÓPICO

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

Conteúdo Aluno

Conteúdo Aluno

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devem prestar obediência pessoal à lei de Deus. Assim, é declarado que a justificação é pela fé mais as obras. O pecador se faz aceito por Deus sobre a base de que o que ele crê equivale ao que ele faz, e não sobre a única base do que Cristo fez em seu favor. Unicamente pode beneficiar-se da obra salvadora de Cristo crendo no Evangelho e obedecendo a lei de Cristo. Um sem o outro não vale para fazer o pecador aceito por Deus. Deus requer ambas as coisas, fé e obra, daquele a quem justifica. Os advogados dessas duas escolas de pensamento apelam para as Escrituras para sustentar os seus pontos de vista. Os primeiros fazem suas as palavras de Paulo, em Romanos 3.28, como exposição de sua opinião: “concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei.” Os segundos citam as palavras de Tiago como prova de sua doutrina da justificação pela fé mais as obras: “verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente” (Tg 2.24). À primeira vista essas duas declarações parecem ser contraditórias. Devemos dar razão a Tiago e rejeitar Paulo, ou o inverso? Ou podem ser reconciliadas ambas as declarações?O propósito deste apêndice é mostrar que este conflito é apenas aparente e não real. Quando os dois versículos (Rm 3.28 e Tg 2.24) são lidos em seu próprio significado, de fato, apresentam-se como complemento um do outro, em lugar de contradizer-se. Ambas as declarações são corretas quando compreendidas no sentido em que os seus autores desejaram que fossem

entendidas. O pecador é justificado pela fé, sem as obras da lei, como Paulo afirma e, todavia, o pecador salvo é justificado pelas obras, e não pela fé somente, como disse Tiago. Para compreendermos como isso pode ser possível, devemos examinar os dois versículos em seu contexto.O propósito de Paulo em Romanos 3:9-5.21 é mostrar que o pecador culpado, que não possui justiça própria, todavia, pode obtê-la por meio da fé, em Jesus Cristo. No momento em que o pecador crê, lhe é outorgada a justiça de Cristo e, consequentemente, ele é declarado justo (é justificado) por Deus. A base da justificação do pecador diante de Deus é a justiça de Cristo que lhe é imputada, e o meio pelo qual esta justiça é recebida é a fé somente. O ponto que Paulo deseja estabelecer é que os pecadores são aceitos por Deus, pela fé em Cristo, aparte de todo mérito pessoal. As obras do homem não têm nada a ver com a sua justificação diante de Deus. É neste contexto que o apóstolo declara: “concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei” (Rm 3.28).O objetivo de Tiago é completamente diferente. O propósito de sua carta é mostrar como deve viver o cristão diante dos homens. Deve ser praticante da Palavra, e não apenas ouvinte, para que não engane a si mesmo (1.22-25). Este é o tema que é enfatizado no decorrer de toda a epístola. Em 2.14-26, Tiago demonstra que a fé que não produz obras é morta e não pode salvar.Ninguém pode pretender que tem fé se ela não pode ser provada com

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evidências. Em 2.14 pergunta: “de que aproveitará se alguém disser que tem fé, e não tem obras? Poderá semelhante fé salva-lo?” A resposta, naturalmente, é não! Observe a afirmação que Tiago faz em 2.18: “mostra-me a tua fé sem obras, e eu te mostrarei a minha fé por meio das minhas obras”. Ele deseja que os seus leitores vejam que uma fé que não pode ser justificada (provar a sua genuinidade por seus frutos) ante os homens, é falsa, não podendo ser real; é uma mera profissão sem valor algum. É neste contexto que a declaração de Tiago se refere à necessidade das obras em relação à justificação. “Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente” (2.24). Está falando de um Cristianismo justificado diante dos homens por meio de suas obras, enquanto Paulo em Rm 3.28 se refere ao pecador que é justificado diante de Deus aparte de suas obras. Calvino expressou ambas as ideias quando escreveu: “é a fé somente que justifica, mas a fé que justifica nunca pode vir só”. �1� Paulo se ocupa com a primeira dessas duas ideias em Romanos 3.28, enquanto Tiago, da segunda, em 2.24, mas uma não contradiz a outra. J. I. Packer acerca dos vários usos bíblicos da palavra “justificar” disse que “em Tiago 2.21, 24-25 faz referência a prova da aceitação do homem por parte de Deus, a qual é outorgada quando as suas ações mostram que leva a classe de vida que resulta da fé que opera, a qual Deus imputa justiça.”

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“A declaração de Tiago de que o cristão, que semelhante a Abraão, que foi justificado pelas obras (vs. 24), não é contrária a insistência de Paulo de que o cristão, e que semelhante a Abraão, é justificado pela fé (Rm 3.28; 4:1-5), mas que se complementa. O mesmo Tiago cita Gênesis 15:6 exatamente com o mesmo propósito que o faz Paulo: mostrar que foi a fé que fez Abraão justo (vs. 23; cf. Rm 4.3ss., e Gl 3.6ss.). A justificação que concerne a Tiago não é a aceitação original ou primária do crente por parte de Deus, mas a subsequente reivindicação de sua profissão de fé por seu modo de viver. Assim, pois, não é em conceito, mas na conclusão que Tiago difere de Paulo”.

https://www.os-puritanos.com/single-post/2016/1/5/Tiago-e-Paulo-Sobre-a-Justifica%C3%A7%C3%A3o visitado no dia 15 de Junho de 2018

E AS OBRAS?

As obras não salvam, porém, um verdadeiro salvo tem boas obras.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

Talvez fosse mais cômodo pensarmos um evangelho no qual deveríamos fazer caridade para ir para o céu, pois lá é o lugar onde pessoas

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boas ficarão para todo o sempre. Lá, ao olhar para o lado, veria aquela senhora idosa tão risonha que morava na sua rua, que nunca quis nada com, Jesus mas era uma pessoa boa. Entretanto, não podemos pensar o evangelho de forma romantizada. O céu é para quem é alcançado pela graça de Deus, sua misericórdia oferecida como um favor sem merecimento algum. O céu é lugar para pecadores! Pecadores salvos. No céu não haverá ninguém que dirá que é salvo por que ajudou a “B” ou “C”, ou quem sabe tirou um gato de cima da árvore. Todos dirão: “estou aqui porque fui justificado por Cristo, ele me redimiu, o castigo que trouxe a paz estava sobre ele”. Não é um romance, foi um sacrifício de dor por nós. Isso não impede que pratiquemos tudo o que falei acima, mas sabendo que será fruto, resultado de uma vida com Deus, não o meio para a salvação. Concluo usando uma frase que Lutero certa vez disse: "Quando chegar no céu terei três surpresas:

1 - Não encontrarei quem pensava que estaria lá;2 - Encontrarei quem pensei que não iria;3 - E o mais surpreendente, “Eu estarei lá".

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DE PECADORA SANTO

“Pois o salário do pecado é a morte,mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em

Cristo Jesus, nosso senhor”. (Rm 6.23)

Rm 3.23

Rm 5.11

Rm 6

Cl 2.8

Tg 3.15

Ec 12.1

Tg 1.14-15

Salmos 51

LIÇÃO 09

SUBSÍDIO TEOLÓGICOA PUNIÇÃO DO PECADO

O pecado é tanto um ato como um estado. Como rebelião à lei de Deus, é um ato da vontade do homem; como separação de Deus, vem a ser um estado pecaminoso. O pecado interrompeu a comunhão entre Deus e o homem. Deus convivia com o homem em comunhão e cooperação maravilhosa (Gn 2.18,19). Porém, quando Deus, após a queda, veio ao seu encontro, Adão e Eva esconderam-se entre as árvores do jardim (Gn 3.8). A pergunta de Deus: "Onde estás?" (Gn 3.9), mostra que a atitude de dEle para com Adão era agora diferente. A Bíblia diz: "As vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus" (Is 59.2). Assim, devido ao seu pecado, foram expulsos do jardim (Gn 3.23,24). O pecado faz o homem ficar debaixo da ira de Deus (Rm 1.18-20). A Bíblia diz: "Por essas coisas vem a ira de Deus" (Ef 5.6). Quando há perdão, a ira de Deus se retira (Is 12.1-3), mas permanecerá sobre aqueles que não aceitarem o único meio de perdão, Cristo, que Deus oferece (Jo 3.18). Como veremos a seguir, a desobediência do casal original trouxe a morte ao mundo. Existem três tipos de morte: a espiritual, a física e a eterna. Adão e Eva morreram espiritualmente no momento

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em que pecaram. Eles também começaram a morrer fisicamente naquele mesmo dia. Caso Adão e Eva não tivessem aceitado a provisão de salvação oferecida por Deus, teriam também, em algum momento, morrido eternamente, o que significaria uma separação perpétua de Deus. Paulo escreveu que: "Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte" (Rm 5.12). Essa palavra se cumpriu no dia da queda. A morte entrou e iniciou o seu domínio em três sentidos:

A morte física - Deus disse ao homem no dia da queda: "Comerás o teu pão, até que te tornes a terra" (Gn 3.19). Assim, a morte física ou a separação do espírito e alma do corpo (Tg 2.26) começou desde o dia da queda. Deus, já no Éden, falava de dor (Gn 3.16). A doença é o início da morte. Depois de criar Adão: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16,17). No exato momento em que Adão tomou parte no fruto proibido, ele começou a morrer fisicamente, apesar da mentira de Satanás de que ele não morreria (Gn 3.4). A morte física é o resultado inevitável do pecado de Adão não somente para si mesmo, como também para todos os seus descendentes naturais (a exceção de Cristo). “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os

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homens, por isso que todos pecaram. Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir �Jesus�” (Rm 5.12-14). Deus disse ao homem no dia da queda: "Comerás o teu pão, até que te tornes a terra" (Gn 3.19). Adão literalmente morreu dentro deste intervalo de tempo (930 anos). A morte física de Cristo não foi resultado do seu nascimento natural, mas sim de ele ter se oferecido a Si mesmo como nosso substituto.

A segunda morte (Ap 20.6) - Significa a eterna separação de Deus de todos que, antes da morte física, não aceitaram a salvação. É bem verdade o que a Bíblia afirma: "O salário do pecado é a morte" (Rm 6.23). A Morte Espiritual - A morte é a separação de Deus e a morte espiritual é a separação espiritual de Deus. Isaías declarou: “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2). No instante em que Adão pecou, ele experimentou o isolamento espiritual de Deus. Isso fica evidenciado pela vergonha que ele sentiu a ponto de se esconder do seu Criador. “Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do Senhor Deus,

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que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim” (Gn 3.7,8). Todo descendente de Adão, toda pessoa nascida de pais naturais desde o tempo da queda, também está espiritualmente morto. “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados �...� Mas Deus, que e riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2.1,4,5). Jesus também disse a Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus �...� aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo” (Jo 3.3,5-7). O novo nascimento do qual Jesus falava é o ato da regeneração, pelo qual Deus transmite a vida espiritual para a alma do crente (1Pe 1.23). Paulo também toca no assunto: “�Ele� nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador, para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tt 3.5-7). Sem esta regeneração, todo ser humano está espiritualmente morto nos seus pecados.

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INTRODUÇÃO

O homem está totalmente depravado em todas as esferas de seu ser.

A conversão e o arrependimento fazem parte do processo para chegarmos e nos envolvermos com a santificação, buscando um dia chegar à santidade nos céus.

– A SANTIFICAÇÃO

Todos os salvos foram chamados para a santidade e devem ter consciência da natureza pecaminosa em suas vidas. Com respeito à santificação, o pecador posicionalmente foi santificado na conversão. Esta é a obra da graça de Deus pela qual Ele purifica o indivíduo nascido

SINOPSE DO TÓPICO

SINOPSE DO TÓPICO II, III e IV

SUBSÍDIO PARA OS TÓPICO II, III e IV

Conteúdo Aluno

Conteúdo Aluno

Conteúdo Aluno

Conteúdo Aluno

O QUE É O PECADO?

A CONVERSÃO E OARREPENDIMENTO

A SANTIFICAÇÃO

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de novo. No presente, está sendo salvo do poder eficaz do pecado através da santificação progressiva, obtida através da ação e poder do Espírito Santo. Esse aspecto é o crescimento diário na graça, quando o cristão se torna, na prática, mais e mais separado para o uso por Deus. A salvação plena da presença do pecado dar-se-á na glorificação do salvo que será obtida quando Jesus Cristo arrebatar a Igreja e levá-la para o céu. Ali os salvos estarão totalmente livres do pecado tornando-se santos como Deus. (Êx 30.30,31; Lv 11.44a,45; 19.2; 20.7,8,26; 21.8; Is 6.3; Jo 17.17,19; 1Co 1.2; 2Co 7.1; Ef 1.4; 1Ts 4.3,7; 1Pe 1.15,16; At 20.32; Rm 1.7; Gl 5.22,23; 2Pe 1.3-11; Jo 5.24; Rm 12.2; Gl 6.15; Ef 5.26; Tt 2.12-14; Hb 10.10; 1Ts 5.23).

– A GLORIFICAÇÃO

A glorificação é a consumação final da redenção dos salvos. Quando Jesus Cristo vier em sua glória e majestade, os salvos serão de maneira plena libertos da presença do pecado. Este é o último estágio no processo da salvação, o qual conduzirá os salvos ao estado celestial de glória - ressurreição dos salvos que morreram e transformação dos que estiverem vivos – no qual compartilharão do estado glorioso de Jesus Cristo. Na glorificação, os salvos se ajustarão plenamente à imagem, natureza e semelhança de Jesus Cristo exaltado e glorificado, e serão libertos das

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imperfeições espirituais e físicas. A glorificação será infindável, assegurando que os salvos nunca mais experimentarão a decadência física, a morte ou as enfermidades e nunca mais terão de lutar contra o pecado. (Mt 13.43; Lc 9.30,31; Rm 8.17,18,29; 2Co 4.17; Fp 3.21; Cl 3.4; 2Tm 2.10; Ap 7.9; 14.1; 22.5).

Glórias a Deus! Que maravilhosa notícia: somos salvos! Não por obras, não por nada que pudéssemos nos gloriar, mas por Cristo que nos tornou santos. O meu sentimento ao refletir sobre este assunto é gratidão. Que sejamos gratos pelo privilégio que Cristo nos deu, valorizemo-lo, vivamos uma vida como jovens cheios de Deus, gratos e conscientes de que somos incapazes de nos salvarmos e é possível que só saíram das trevas para a luz por meio de Cristo. Deus te abençoe.

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HONESTIDADE ACIMADE TUDO

“Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos".(Rm 12.17b)

Jo 2.1

Sl 119.1

Ef 4.25

At 5.4

Pv 28.12-13

Sl 112.5

Jo 1.9

Salmo 1

LIÇÃO 10

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SUBSÍDIO TEOLÓGICOPara um cristão e para o cristianismo, enquanto grupo coletivo de cristãos representados por instituições que professam a fé, crê-se na existência do Deus Trino revelado nas Escrituras Sagradas. Portanto, há nitidez, clareza e conclusão lógica de que esse fundamento absoluto tem implicações éticas. O professor Hans Ulrich Reifler salienta sobre a distinção no estudo da ética, a saber, a geral e a específica. A geral, influenciada pelas Escrituras, acolhe o mandamento de não furtar, independente da ideologia, da época e do lugar.15 A ética secular ou filosófica é diferente, segundo Reifler, da ética cristã em sua metodologia. A secular é uma ciência de costumes e hábitos sendo descritiva, salienta o autor, enquanto a cristã é normativa, pois “procura a verdade e o bem através do supremo bem e da vontade de Deus revelada na Bíblia.”16 Então, este autor define ética cristã como “o estudo sistemático e prático da vida moral do homem determinado por seu valor e sua norma cristã, como revelado nas Sagradas Escrituras.”17 Portanto, para Reifler, a “ética cristã é o ensino sistemático da conduta e atitude em relação à vida para a qual Jesus Cristo nos chamou e fez nascer de novo. Por isso, ela se preocupa com a vontade de Deus revelada em nossa vida.”18 Sendo uma ética normativa que parte da

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revelação de Deus para definição de princípios e valores. Como salienta o autor: “Só podemos fazer ética cristã na medida em que conhecemos a Deus.”19Em sua metodologia, a ética cristã é teológica, pois está relacionada com o conhecimento do Deus vivo e verdadeiro. Seu conhecimento é guiado pela sua revelação, a saber, as Escrituras Sagradas. A ética cristã é teocêntrica, pois parte da vontade de Deus e sua prioridade para a direção do comportamento humano. É cristã porque está condicionada a Cristo, conteúdo central da revelação e recebido pela fé. A ética cristã “é a vontade de Deus em Cristo Jesus, como se encontra revelada nas Sagradas Escrituras.”20 Para Reifler, a ética cristã é moldada pelo decálogo, conhecido popularmente como “os dez mandamentos”. Para o conhecido teólogo e mártir cristão, Dietrich Bonhoeffer, a ética tem como alvo a reflexão da noção do bem e do mal. A ética cristã já reconhece essa reflexão na origem. “A noção do bem e do mal constitui, portanto, a separação de Deus. Do bem e do mal o ser humano só pode saber contra Deus.”21

Nessa perspectiva do fazer, a ética cristã, Bonhoeffer trabalha a interiorização da ética, da mesma forma que Reifler, conectando a ética cristã à teologia sistemática, mesmo que sejam disciplinas diferentes, estão ligadas de forma intercambiáveis, pois o crer e o agir responsável faz parte da vida do cristão. Bonhoeffer escreve: “Pior do que a má ação é ser mau. Um mentiroso dizer a verdade é

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pior do que um amante da verdade mentir. Um misantropo praticar o amor fraterno é pior do que um filantropo sucumbir uma vez ao ódio”.22 “A ética cristã está além do formalismo e da casuística; enquanto formalismo e casuística partem da luta do bem com o real, a ética cristã pode partir da reconciliação já acontecida do mundo com Deus e com o ser humano Jesus Cristo, da aceitação do ser humano real por parte de Deus.”23 Também salienta que a ética cristã “só é possível com base na atual presença da forma de Jesus Cristo em sua Igreja. A Igreja é o lugar onde se proclama e acontece o processo em que Jesus Cristo toma forma. A ética cristã está a serviço desta proclamação e acontecimento.”24 Para Bonhoeffer, a ética cristã está baseada na encarnação e r e s s u r r e i ç ã o d o S e nh o r J e s u s Cristo.25Portanto, segue a mesma linha de raciocínio de Reifler, sobre a dialética entre a teologia sistemática (doutrina) e ética cristã (agir responsável, segundo Bonhoeffer). O conhecido professor de apologética, Norman Geisler, também compreende a ética cristã como absoluta para os cristãos. Ele escreve: “Enquanto a ética considera o que é moralmente certo ou errado, a ética cristã considera o que é moralmente certo ou errado para os cristãos.”26Para Geisler, a ética cristã baseia-se na vontade de Deus, sendo um mandamento divino como forma, tendo como fundamento o caráter moral de Deus que não muda (Ml 3.6; Tg 1.17), baseando-se na revelação de Deus sendo deontológica, ou seja, centrada no dever e

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não nos meios e nos fins (teleológica). Geisler salienta que a ética cristã é absoluta em detrimento do antinomismo (não há lei), do situacionismo (há lei, mas esta é condicionada) e do generalismo (a obrigatoriedade é geral, mas há exceções). Porém, dentro do absolutismo, há uma divisão de categorias como o absolutismo não qualificado (o conflito moral é apenas aparente), absolutismo conflitante (o conflito moral é existente, portanto haverá culpa de qualquer forma) e o absolutismo graduado (no conflito moral há a escolha do bem maior e mal menor).27

INTRODUÇÃO

O CRISTIANISMO E A HONESTIDADE

A honestidade envolve o cristão e deve ser uma marca dele em um mundo em trevas

“Os perigos da mentira”

Mentirinha pequena, média, grande, ele não conseguia mais parar de mentir. Um dia, ela descobriu que estavam devendo um valor exorbitante, ele comprava compulsivamente, desviava o dinheiro, não pagava o aluguel, os empregados e, na

SINOPSE DO TÓPICO

SUBSÍDIO TEOLÓGICO DO TÓPICO II

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sexualidade, vivia uma vida duvidosa. Que difícil! Será que a esposa não queria ver ou, de fato, ele não a permitia enxergar, escondendo-se a partir das suas mentiras? Quem era aquele homem? Aquele que ela acreditava ser ou o que acabara de conhecer com as suas mentiras? O fato é que as mentiras eram as atitudes diárias que o marido tinha!

A cada dia que passava, mais mentiras eram descobertas, e, para o mentiroso era o caos:ele tinha sido descoberto! O esposo alegou que não entendia, mentia a respeito de situações simples do dia a dia, até as mais complexas. O mesmo relatou que não havia necessidade para mentir, mas que ele mentia mesmo assim. Começou a mentir quando ainda era criança e continuou a mentir vida à fora. Se alguém lhe telefonasse, pedindo um favor, ele respondia que sim, que com toda certeza atenderia aquele pedido, porém, não fazia o combinado e depois inventava uma história. Quando a esposa perguntava: “E aí, fez o combinado?”. Sim, ele respondia. Posteriormente, criava mais mentiras para sustentar a anterior, chegando até a acreditar nas suas mentiras. A sua vida era uma vasta história criada para não cair em contradição”.

UM DESONESTO SEMPRESERÁ UM MENTIROSO

A mentira não pode ser relativizada ou SINOPSE DO TÓPICO

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colocada como algo menor. É pecado.

Leve seu aluno entender que a mentira pode ser perdoada e a honestidade pode ser alcançada.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo AlunoCOMO VENCER A MENTIRA?

Que o nosso Deus em sua infinita misericórdia nos ajude a vencer, a sermos fortes e resistirmos ao pecado. Não relativize aquilo que pode destruir a sua vida espiritual. Deus requer de nós uma postura zelosa para com os seus princípios, uma vida pautada na palavra sem fingimento ou desonestidade.

ANOTAÇÕES

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“Ele, porém, querendo justificar-se, perguntoua Jesus: Quem é o meu próximo?” (Lc 10.29).

Mt 14.14

Gn 3.14-19

Sl 32.51

Sl 28.32-77

Hb 10.25

Tg 4.17

Rm 12.20

Lucas 10.25-37

LIÇÃO 1 1

SOLIDÁRIO ÀDOR ALHEIA

SUBSÍDIO TEOLÓGICO"Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. E quem tiver comida, faça a mesma coisa", (Lc 3.11). Solidariedade tem sido uma palavra de ordem nos nossos tempos. Mas o que é realmente ser solidário? Na tradição cristã, a vida solidária recebe o nome de fraternidade, idéia fundada pelos cristãos primitivos sob a perspectiva de uma sociedade de irmãos e irmãs, filhos do mesmo Deus, visto como Pai, conforme lhes ensinara Jesus Cristo. A sociedade de irmãos funda a igualdade na relação entre os seres desiguais, na medida em que os vincula a um propósito comum, assegurado pela crença no Deus único. A Bíblia, mesmo não usando em seus vocábulos originais a palavra solidariedade, apresenta inúmeras experiências de solidariedade tanto na história romana como na origem grega. Ela expressa sentimentos e atitudes de solidariedade no sentido das ações humanas feitas em público para demonstrar a coragem e a ousadia do povo. No texto em referência, temos João Batista convidando a todos e todas a uma mudança radical de vida, convida para uma transformação nas relações humanas. É o tempo do julgamento, e de nada vale ter fé teórica, pois o julgamento se baseia sobre as opções e atitudes concretas que cada um assume. João aparece como o guia equilibrado, pede

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coisas fundamentais como faziam os profetas antes dele. Doações da parte de todos; justiça da parte dos publicanos, cobradores de impostos; e dos soldados que não maltratem a ninguém e nem façam acusações mentirosas. O texto de Lucas não se limita a apresentar elementos comuns em relação à pregação de João Batista, acrescenta uma verdadeira exortação, em estilo direto, às várias categorias dos seus ouvintes. Esta tem caráter prático e constantemente realça a preocupação pela igualdade social e pelas boas relações humanas, características da teologia de Lucas. João Batista exige que o povo simples partilhe seus bens, o vestuário e a comida, com quem não tiver com que se cobrir ou com que se alimentar. Com isso ele está dizendo que os pobres também devem se preocupar com os mais carentes. Ninguém pode ser danificado pela cobiça dos outros e nenhuma categoria social deve ser explorada por quem procura seus proveitos pessoais.Nesse sentido somos convidados a rever nossos conceitos e principalmente nossas práticas cotidianas e inseri-las num projeto maior de solidariedade. Que Deus permita alcançarmos nossos objetivos e sonhos.

INTRODUÇÃO

SOLIDARIEDADE À LUZ DA BÍBLIA

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À luz da Bíblia, a solidariedade não é algo que se faz para ser reconhecido e aplaudido é um ato resultante de uma vida salva em Cristo Jesus, regenerada com o propósito de agradar a Cristo, com nossa fé, com tudo que temos.

A Bíblia fala que a edificação é mútua. O cuidado mútuo é importante para nós, por desencadear o nosso crescimento. Isso acontece por meio de expressões como o pastoreio, o aconselhamento, a mentoria e o discipulado. No encerramento da Flic, a missionária Ilaene Schüler abordou o tema, “Cuidado mútuo: um caminho para a maturidade da igreja”.

Ilaene compartilhou o que tem sido o movimento de mobilização de pastores e líderes de igrejas na área do cuidado, dentro da perspectiva de que relacionamentos saudáveis de fato promovem o crescimento da igreja.

A missionária discorreu sobre a importância do processo de maturidade cristã, desde a conversão de uma pessoa que, ajustando sua mente (Rm 12.2) troca suas crenças falsas construídas ao longo da sua vida pelas verdades de Deus num contexto de relacionamento com pessoas que caminham juntas em amor, encorajamento, oração e ministração na condução à maturidade cristã.

SINOPSE DO TÓPICO I

SINOPSE DO TÓPICO II

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É importante que a igreja pense em processos de maturidade individuais. Considerando a maturidade do Corpo de Cristo, todos estão interligados. O que liga uma pessoa a outra no corpo de cristo é a vida de Deus em nós. Diante do inexorável fato de que “a vida divina é um elo inquebrável que liga todos os crentes ao Corpo de Cristo”, a igreja precisa ser entendida como um organismo vivo, onde os relacionamentos devem fazer com que uma pessoa leve outra ao crescimento.

A DOR DOS QUE ESTÃONA IGREJA

Leve seus alunos a entenderem que a solidariedade deve ser para os de dentro e os de fora da Igreja.

Omitir-se parece uma simples coisa ou a decisão mais coerente, mas, em alguns casos, pode ser pecado!

SINOPSE DO TÓPICO

SINOPSE DO TÓPICO

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Conteúdo AlunoO PECADO DE OMISSÃO

Não podemos cair no equívoco de pensar que cristianismo resume-se a boas obras ou que

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ANOTAÇÕES

Jesus era um comunista ou socialista. Esses modelos são discordantes da visão cristã bíblica. Pode até aparecer com a visão do YouTuber cristão que você pode ter assistido ou esteja seguindo, mas uma leitura atenta e concisa do que é o evangelho bíblico demonstrará que este envolve ações sociais, ajuda ao próximo, mas vai além, são ações espirituais. Que Deus nos ajude, nos livre do pecado de omissão e nos conduza para fazermos o nosso dever como verdadeiros cristãos.

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“Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas sejaum exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento,

no amor, na fé e na pureza”. (1Tm 4.12 - NVI)

Ec 11.9-10

Rm 12.1-2

1Tm 4.1

Cl 2.8

Tg 3.15

Ec 12.1

Sl 119.9

Eclesiastes 11.9-10

LIÇÃO 12

JOVEM EQUILIBRADO

SUBSÍDIO TEOLÓGICO“O Evangelho de Jesus, além de proporcionar salvação à humanidade perdida, traz consigo um conjunto de princípios que regem a vida daqueles que já experimentaram o novo nascimento. A salvação de Nosso Senhor Jesus Cristo, não apenas garante a vida eterna com Deus, como também uma novidade de vida nesta terra. O cristão passa a ter uma nova personalidade, um novo caráter, semelhante ao de Cristo e, a partir de então, é possível notar neste uma nova forma de pensar e agir. Esse novo comportamento é exatamente a temática deste artigo: O Equilíbrio Cristão. Nesse contexto, o dicionário Aurélio define o vocábulo "equilíbrio" como a características de um indivíduo que possui "estabilidade mental e emocional", isto é, alguém que externa em seu dia a dia comportamentos acompanhados de moderação, prudência, comedimento, autocontrole, autodomínio, etc. Como o cérebro é o quartel general do nosso corpo, já dizia Myer Pearlman: “O pensamento é o pai da ação”. Portanto, devemos ter muito cuidado com a nossa mente, com os nossos pensamentos, pois eles antecedem e determinam as nossas ações. O cristão deve ter os seus pensamentos e ações pautados em conformidade com os valores do Reino dos Céus. Paulo escrevendo aos Romanos no cap.

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12 v. 2 diz: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Donald C. Stamps ao comentar esse texto escreveu: “Devemos conformar nossa mente à maneira de Deus pensar (1Co 2.16; Fp 2.5), mediante a leitura da Palavra de Deus e sua meditação (Sl 119.11,148; Jo 8.31,32; 15.7). Devemos permitir que os nossos planos, alvos e aspirações sejam determinados pelas verdades celestiais eternas e não por este presente século mau, profano e passageiro”. Portanto, meus irmãos, a fim de termos uma vida cristã equilibrada e frutífera, precisamos ocupar a nossa mente com tudo aquilo que é agradável a Deus, pois “... se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8)”.

O equilíbrio não está em uma vida que ameniza os princípios bíblicos e relativiza os valores absolutos, mas sim em estar posto em um rumo e prumo que nos permita permanecer de pé, equilibrados pela cruz, pela Escritura.

SINOPSE DO TÓPICO

Conteúdo Aluno

Conteúdo AlunoINTRODUÇÃO

VIVER SEM ESQUECER DE DEUS.

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EQUILÍBRIO NA VIDA

CUIDADO COM A SÃ DOUTRINA

CUIDADO! PRESERVE A PUREZA

Quando uso o termo "pureza espiritual", estou falando do comportamento e das crenças das pessoas. A pureza espiritual dá-se quando nossas crenças e nosso comportamento são consistentes com os que são apresentados como aceitáveis na Bíblia. Para manter esse padrão de moralidade, separação e pureza da doutrina, precisamos ser totalmente obedientes a Deus e alertas para os perigos da contaminação mundana. Com isso dito, vamos olhar para esta passagem versículo por versículo. Leia Gênesis 33.18-20 “Depois chegou Jacó em paz à cidade de Siquém, que está na terra de Canaã, quando veio de Padã-Arã; e armou a sua tenda diante da cidade. E comprou a parte do campo, em que estendera a sua tenda, dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de dinheiro. Então levantou ali um altar, e chamou-lhe o El-Eloé-Israel”. Esses versos podem não ser uma parte do capítulo 34, mas são essenciais para a compreensão da lição espiritual dessa história. Jacó tinha jurado voltar a Betel e havia sido instruído por Deus a fazer isso. Em vez de fazer isso, permaneceu perto da cidade de Siquém, que é a jornada de um dia de Betel. Não apenas permaneceu lá durante a noite ou parou

SINOPSE DO TÓPICO

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para reabastecer suas provisões. Na verdade, comprou a terra "diante da cidade". Em alguns aspectos, essa história é semelhante à de Ló em Sodoma. Ambos, Ló e Jacó , in s ta la ram-s e ou permaneceram onde não deveriam estar e trouxeram danos para as suas famílias como resultado. O ponto é que Jacó não foi totalmente obediente e isso levou à contaminação de Diná. Ele fez parte do que deveria fazer, mas não obedeceu completamente. Inclusive, reconheceu o Senhor como seu Deus pela primeira veze o adorou lá (Gn 33.20), mas não lhe obedeceu plenamente. Só porque Jacó construiu um altar e fez coisas espirituais não significava que ele estava no lugar onde deveria estar. Só porque um cristão reconhece Jesus ou faz as coisas espirituais (Igreja, oração, dízimo, etc.) não significa que está no lugar ondedeveria estar. De certa forma, Jacó estava fazendo o que muitos cristãos fazem hoje. Eles obedecem a Deus parcialmente, reconhecem-no e o adoram, mas não fazem tudo o que Ele tem ordenado, não percorrem todo o caminho. “Tentam manter alguns dos pecados ou dos caminhos do mundo, mas isso acaba por conduzir à corrupção”.

Leve seus alunos a entender que a pureza é algo que precisa ser preservado por eles, em todo o tempo, e é sinônimo de um verdadeiro cristão

SINOPSE DO TÓPICO

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Apenas na escritura poderemos encontrar o equilíbrio. É óbvio que temos a possibilidade de caminharmos por onde o nosso coração deseja ir, todavia precisamos guardar na tábua do nosso coração que o único caminho eficaz para o equilíbrio de vida e alma. Este momento curto de nossa vida e a eterna que há de vir, só podem ser contemplados e vividos quando estamos pautados nas escrituras. A intensidade da Juventude deve ser direcionada a um desejo ardente de se envolver com Deus. Dobrar não apenas os joelhos fisicamente em um culto de oração, mas dobrar a própria mente subme-tendo a sua própria razão, força e sonhos à vontade de Deus, para que o Espírito Santo possa usar no equilíbrio que Deus espera que tenhamos. A mensagem de equil íbrio à juventude não é um pedido para chegar à fase adulta. O amadurecimento e reconhecimento a quem servimos não é uma característica que deve estar apenas entre os adultos. A mensa-gem é a seguinte: mesmo sendo jovens Deus nos chamou à santificação e à pureza, em todo o tempo.

ANOTAÇÕES

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“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz,façais vós também”. (Jo 13.15)

2Tm 2.19

Jo 1.2

Gn 3.15

Fp 2.6-8

Jo 13.15

Jo 1.29

Hb 1.3

Filipenses 2.6-8

LIÇÃO 13

JESUS: O MODELOSUPREMO DE CARÁTER

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SUBSÍDIO TEOLÓGICOHebreus 1.3,4; 2 Timóteo 2.19-21

Em uma linguagem mais simples, esses versículos de Hebreus dizem: “Mas, agora, nos dias atuais, Deus nos falou por intermédio do seu Filho a quem Ele deu todas as coisas e por meio de quem Ele fez o universo e tudo quanto nele existe. O Filho (Jesus) resplandece a glória de Deus seu Pai e tudo quanto Ele é e faz. Ele põe em ordem o universo com a poderosa força da sua autoridade. Ele nos purificou de todos os nossos pecados e depois se assentou no lugar de mais elevada honra do lado direito da Majestade nas alturas”. Vimos, na lição anterior, sobre lealdade e percebemos como é importante ter uma vida ajustada em princípios eternos. A lealdade de Deus em estar presente acompanhando e orientando seu filho em todo o tempo até a vitória, e a Sua fidelidade em cumprir a aliança para conosco por causa de Cristo demonstrou o Seu caráter. A lealdade de Jesus para com o Pai fazendo exatamente o que Ele mandou fazer lhe sendo fiel e leal até o fim e, sua atitude para com os discípulos e por todos nós revelou o Seu caráter.

Definição do nosso caráter: Caráter é a soma total de todas as influências positivas ou negativas,

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aprendidas na vida de uma pessoa. Manifesta-se através dos nossos valores, motivações, atitudes, sentimentos e ações.

Caráter no grego significa imagem. Este texto que lemos em Hebrues1.3, afirma que Cristo é o próprio Caráter de Deus, a própria estampa da natureza de Deus, aquele em que Deus estampou ou imprimiu Seu ser.

O modo como um líder, um discípulo ou um cristão trata as circunstâncias da vida diz muito sobre seu caráter. As crises não formam necessariamente o caráter, se não houver orientação correta, mas certamente o revelam. A adversidade é uma encruzilhada que obriga a pessoa a escolher um dos dois caminhos: o caráter ou a concessão. Toda vez que a pessoa escolhe o caráter, torna-se mais forte, ainda que a escolha traga consequências negativas. (Ex. Jesus chamou os fariseus de raça de víboras. Ele não fazia concessões).

INTRODUÇÃO

O CARÁTER DE CRISTO

A HUMILDADE DE JESUS

A VIDA DE ORAÇÃO DE JESUS

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Em Cristo encontramos o padrão de vida para tudo, mas frise com seus alunos a humildade, a submissão e avida de oração de Jesus

SINOPSE DO TÓPICO

Não há dúvida de que uma vida sem oração acarretará enfraquecimento e vulnerabilidade às paixões deste mundo. Que Deus tenha misericórdia de nós. Faço-lhe um desafio: Ao chegar em casa, dobre seus joelhos, peça perdão a Deus pelos momentos de ausência em oração, comprometa-se a melhorar diante dEle, a dobrar os joelhos e a mente. Coloque seus desejos aos pés de Deus para que a vontade dEle se realize.

ANOTAÇÕES