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Josiane Aparecida Alves Marco Antonio Monte MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA DENTRO DE UMA EMPRESA: parceria possível? Londrina 2011

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Josiane Aparecida Alves Marco Antonio Monte

MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA DENTRO DE UMA EMPRESA: parceria possível?

Londrina 2011

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Josiane Aparecida Alves Marco Antonio Monte

MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA DENTRO DE UMA EMPRESA: parceria possível?

Londrina 2011

Monografia apresentada no Curso de Especialização em RH - Gestão de Pessoas e Competências do Centro Universitário Filadélfia – UniFil, para obtenção do título de especialista.

Orientadora: Profª Drª Damares T. Biazin.

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Josiane Aparecida Alves Marco Antonio Monte

MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA DENTRO DE UMA EMPRESA: parceria possível?

Aprovada em ________/________/_________

_______________________________________

Profª. Drª. Damares T. Biazin Orientadora

________________________________________ Prof. Ms. Silas Barbosa Dias

Membro da Banca Examinadora

Monografia apresentada no Curso de Especialização em RH - Gestão de Pessoas e Competências do Centro Universitário Filadélfia – UniFil, para obtenção do título de especialista.

Orientadora: Profª Drª Damares T. Biazin.

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ALVES, Josiane A.; MONTE, Marco A. Motivação e Liderança dentro de uma Empresa: parceria possível? 2011. 22 f. Monografia (Especialização em RH - Gestão de Pessoas e Competências) Centro Universitário Filadélfia – UniFil, Londrina – Pr.,2011.

RESUMO

A escolha do tema partiu da convivência no local de trabalho, e observando cada atitude, cada tarefa a ser cumprida, a interação pessoal com os próprios colegas de trabalho e clientes, e entender dentro das limitações daqueles momentos de observação, que existe um grito mudo de socorro no qual se percebe que as organizações pedem mudanças. E que essas mudanças estão inseridas dentro desse conceito de estudo sobre a motivação pessoal, qual a importância de se sentir motivado para exercer uma função, qual o papel real da motivação no dia-a-dia dentro de uma empresa. No decorrer do estudo, depois de várias leituras a respeito de motivação e liderança dentro de uma empresa, percebeu-se mais claramente dentro do próprio ambiente de trabalho, que infelizmente é comum encontrar mais pessoas que não estão emocionalmente comprometidas por aquilo que fazem, do que pessoas por si só motivadas para o trabalho, e a responsabilidade do líder de um grupo até onde deve ser assumida. Outro tipo de intenção que moveu este estudo é a necessidade de procurar novas respostas para essas situações enfrentadas, em num momento em que mais do que nunca os funcionários se veem compelidos a ter que comprovar seu valor pessoal e persuasivo diante de um mercado de trabalho no qual, além de outros concorrentes, o principal é a sua motivação pessoal, objetivando assim, a identificação dos fatores motivacionais dentro da empresa, e o que pode ser usado como contribuição visando melhorias. Palavras-chave: Motivação; Liderança; Parceria.

ABSTRACT The choice of the subject left of the in the workstation, if observing then each attitude, each task to be fulfilled, the personal interaction with the proper fellow workers and customers, and to understand inside of the limitations of those moments of comment, that exists a dumb shout of aid in which if it perceives that the organizations ask for changes. E that these changes are inserted inside of this concept of study on the personal motivation, which the importance of if feeling motivated to exert a function, which the real paper of the motivation in day-by-day inside of a company. In elapsing of the study, after some readings regarding the subject motivation and leadership inside of a company, she perceived herself more clearly inside of the proper environment of work, that unhappily is common to find more people who engaged emotionally for what they make, of that by itself motivated people for the work, and the responsibility of the leader of a group until where she must be assumed. Another type of intention that moved this study is the necessity to look new answers for these faced situations, at a moment where more of the one than never the employees if they see compelled to have that to ahead prove its personal and persuasive value of a market of work in which, beyond other competitors, the main one is its personal motivation, thus objectifying, the identification of the motivated factors inside of the company, and what it can be used as contribution aiming at improvements. Key-Words: Motivation; Leadership; Partnership

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 5

2 METODOLOGIA .................................................................................. 7

3 MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES ................................................. 8

3.1 Importância e significado ............................................................... 8

3.2 Características do comportamento motivacional ....................... 10

3.3 Motivação e recompensas extrínsecas e intrínsecas ................. 12

4 TEORIAS CLÁSSICAS DA MOTIVAÇÃO ......................................... 14

4.1 Teoria humanista – da hierarquia das necessidades ................. 14

4.2 Teoria comportamentalista ........................................................... 14

4.3 Teoria do condicionamento .......................................................... 15

4.4 Teoria psicanalítica ....................................................................... 16

5 LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO ............................................................ 19

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................... 21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 22

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1 INTRODUÇÃO

Existe uma curiosidade e uma preocupação natural quanto à motivação,

curiosidade está alimentada pela dúvida do quanto a motivação é responsável pelo

bom desempenho de um funcionário dentro de seu ambiente de trabalho. Fica ainda

a dúvida se o fato de ser ou de se estar motivado em algum momento possibilita ou

não aos funcionários o desenvolvimento e a realização de suas potencialidades e

talentos. A contribuição com esta pesquisa parte do pressuposto de que existe a

necessidade de se estar motivado para que se efetue dentro de um ambiente de

trabalho, mais qualidade e bom desempenho profissional por parte dos funcionários.

Formula-se diante destas perspectivas de se trabalhar sempre motivados.

Não se pode deixar de lado, a observação de que existe o constrangimento

por parte de alguns funcionários, de uma forma geral, quando são colocados sob

pressão, tendo que cumprir metas, atender público, ser gentil, competente, e enfim

superar os desafios que são inerentes a essa profissão.

Bergamini (1997), Bowditch (1999) e Robbins (2002) tratam da motivação sob

múltiplas abordagens. São teorias que se diversificam entre si, mas que se

complementam e jamais se anulam. Serão abordados dentro deste contexto tão

diversificado, a motivação intrínseca e a motivação extrínseca.

Bergamini (1997) convoca a pensar em como tudo acaba vindo de fatores

externos, que existe a tendência do comportamento responder a estímulos vindos do

meio ambiente, mesmo que não estejam ali no momento, a influenciar, mas são

respostas com base nas informações que ficaram guardadas no subconsciente, e

que algum dia, por fatores externos, foi guardado lá.

Em um primeiro momento, foi abordada a motivação nas organizações, sua

importância e significado, discorrendo ainda sobre as características do

comportamento motivacional, e aprofundando um pouco mais sobre o fator

motivação, conceituando então o que vem a ser motivação extrínseca e intrínseca.

Bergamini (1997) e Bowditch (1999) aparecem neste momento sustentando

argumentos sobre a motivação extrínseca e intrínseca.

Já no segundo momento, para dar mais sustentação sobre o que vem a ser

motivação, foi abordado sucintamente sobre algumas teorias clássicas da

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motivação, destacando a teoria humanista, a comportamentalista e a psicanalítica.

Bergamini (1997) e Robbins (2002) tratam dessas teorias com muita propriedade.

E entrando ainda em um terceiro momento, discorreu sobre o papel da

liderança na motivação.

O objetivo principal deste estudo foi realizar uma pesquisa bibliográfica para

identificar o que os funcionários percebem como aspectos motivadores em seu

trabalho. E ainda como objetivos específicos discorrer dentro das possibilidades de

se identificar os aspectos que os funcionários consideram motivadores e

desmotivadores e ainda como identificar aspectos que podem ser implementados

visando melhorias.

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2 METODOLOGIA

Foi realizada uma Pesquisa Bibliográfica com algumas considerações a

respeito do que vem a ser a motivação pessoal e suas características, considerando

o papel da liderança e como ela se comporta dentro do ambiente de trabalho.

Segundo Biazin e Scalco (2008, p.76) Pesquisa Bibliográfica “é aquela

desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e

artigos científicos”, caracterizando “uma análise aprofundada sobre o tema”.

Essa pesquisa foi realizada em livros-texto, Monografias, Dissertações,

Teses e artigos impressos e “on line”, disponíveis em Bases de Dados científicas e

compreendeu o período dos últimos 10 anos.

Todo material obtido foi submetido à leitura cuidadosa e a análise

apresentada de forma descritiva.

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3 MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

3.1 Importância e significado

Por mais que se tente entender sobre a motivação mais se consegue

perceber que não ter motivação é o que preocupa, pois limita certas capacidades de

executar tarefas com prazer e realizá-las somente por obrigação. A motivação

favorece uma integração do indivíduo com o ambiente. Entretanto, não existem

regras simples para se estimular os caminhos da motivação.

A interação entre um indivíduo e uma organização é um processo de intercâmbio dinâmico e bidirecional. Em um sentido mais amplo, como foram sugeridos acima, ambos os lados participam nessa relação somente por aquilo que cada um espera obter em troca do seu envolvimento. As organizações empregam pessoas, porque os serviços delas são essenciais para que a organização possa atingir suas metas com sucesso (BOWDITCH, 1999, p.54).

Quando os funcionários chegam à empresa para trabalhar, no objeto do

estudo, eles vêm a fim de preencher várias necessidades. Essas necessidades são

variadas e colocadas na ordem de prioridade de cada um.

Surge então a preocupação de tratar sobre motivação pessoal dentro de

uma organização. Para Bowditch (1999) essas diferenças nas necessidades

individuais não devem ser desprezadas, pois como a motivação tem seus vários

caminhos que variam de pessoa para pessoa e se descobrem tanto no

reconhecimento pessoal como nas oportunidades de realização no ambiente de

trabalho, assim como na importância do indivíduo no grupo, na possibilidade de

trabalhar com pessoas dinâmicas, nas oportunidades de progresso dentro da

empresa, na responsabilidade adquirida por mérito, respeito, e muitos outros, e cada

um deles com sentido próprio que, no conjunto, atende aos motivos que envolvem o

ser humano.

O momento atual está em um período de mudanças, muitas informações, a

mídia tem mostrado diariamente que o mundo está mudando e isto tem afetado as

organizações também. O mundo do trabalho passou por significativas

transformações neste século.

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No momento, o cenário no qual as organizações desempenham os seus principais papéis praticamente sacode e abala as estratégias administrativas adotadas a partir dos fins do século passado. O mundo em si passou por transformações notáveis. As organizações, consequentemente, modificaram de maneira profunda a sua forma de conceber e entender o papel desempenhado pelas pessoas. Por sua vez, essas pessoas também reformularam as suas crenças e suposições a respeito do papel que o trabalho desempenha em suas vidas. Não há dúvida de que o tipo de vínculo que elas mantêm com as suas organizações, bem como aquele que essas organizações estabelecem com o mundo de forma mais ampla, esteja sendo delineado de maneira muito diferente do que foi há uma década. Coincidência ou não, parece que o novo século, que praticamente já chegou, pede atitudes inéditas por parte dos administradores (BERGAMINI, 1997, p. 13).

E nesse cenário cheio de surpresas e pela rapidez em que ocorrem as

mudanças passou então a existir uma necessidade de se estudar o comportamento

motivacional.

Pensar sobre motivação, independentemente de estar ou não relacionada

ao ambiente de trabalho, não é tarefa simples. O ponto de origem se caracteriza o

mesmo, o ser humano. A motivação perceptivelmente ou não. Para Bergamini

(1997) está inserida em várias áreas da vida do ser humano, é como se fosse uma

segunda natureza, e essa natureza não conquista facilmente um grau de inteira

satisfação. Está sempre em busca de algo mais, pois a ordem natural das coisas é

sempre querer mais. Quando uma necessidade é satisfeita, logo surge outra, e logo

que atendida abre margens pra outra e mais outra e assim por diante.

Outro aspecto que deve ser levado em conta quando se busca a compreensão mais clara do comportamento motivacional é o fato de que ele seja extremamente variado mesmo quando se trata de uma única pessoa. À medida que um tipo de necessidade é suprido, a atenção do indivíduo volta-se para outros objetivos ou finalidades. Pelo simples fato de ser aplacada determinada necessidade, outra já pode estar sendo gerada como decorrência do surgimento de novo estado de desequilíbrio interno (BERGAMINI, 1997, p. 33).

Para a autora, as ações que levam as pessoas a agirem, sua motivação

pessoal, suas razões não estão escritas em regras gerais para todas as situações.

Então, motivação se relaciona de um modo geral com um esforço para se

chegar a um objetivo, seja ele qual for. Partindo deste pensamento, e da amplitude

que abrange, é necessário reduzir o foco nos objetivos organizacionais. Partindo

deste conceito de motivação, pretende-se refletir especificamente no comportamento

relacionado com o trabalho.

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3.2 Características do comportamento motivacional

Sempre que se lê alguma coisa, que se assiste a algo, que se ouve dos

outros suas considerações, suas idéias, surge influências sobre atitudes.

E o ambiente de trabalho, também não se caracteriza de forma diferente,

pois lá se encontra o ser humano. Bergamini (1997) afirma que isto acontece, para

um convívio de socialização cultural, que transmitirá a ele lições práticas de um

cotidiano empresarial, mas sem deixar de transmitir fortes lições afetivas. Se esse

funcionário se desenvolver no seu ambiente de trabalho satisfatoriamente e se

deparar com um ambiente encorajador, necessidades e perspectivas tendem a ser

supridas.

Em primeiro lugar, as necessidades que são os motivos pelos quais cada um se põe em movimento para certos fins não podem ser observadas de maneira direta. As razões que justificam um comportamento motivacional só podem ser inferidas a partir de comportamentos individuais evidentes, devendo ser correlacionadas por uma ligação de causa/efeito. Mesmo assim, uma única ação pode estar expressando numerosos motivos potenciais, isto é, motivos diferentes podem ser expressos por meio de atos semelhantes, ou muito parecidos. Por outro lado, motivos semelhantes podem ser expressos mediante comportamentos diferentes. Portanto, a simples observação do comportamento não garante, com absoluta precisão, que se esteja conhecendo exatamente o tipo de carência a que corresponde (BERGAMINI, 1997, p.32).

Diferenças existem, sejam elas culturais, de crenças, e também na área da

motivação pessoal. Para a autora um entendimento de que a motivação é algo

inerente e que pode ser direcionada desde que se leve em conta os objetivos

pessoais de cada um e o seu entendimento sobre suas próprias expectativas sem

parecer que se está coagindo.

A motivação cobre grande variedade de formas comportamentais. A diversidade de interesses percebida entre os indivíduos permite aceitar, de forma clara, que as pessoas não fazem as mesmas coisas pelas mesmas razões. Grande parte desses determinantes reside no interior das pessoas, tais como os seus traços de personalidade, suas predisposições e emoções, as suas atitudes, bem como as suas crenças, e assim por diante. Isto torna o estudo da motivação bem mais complexo, ao contrário daquilo que, com frequência, se conclui, tomando-se por base explicações leigas geralmente adotadas no dia-a-dia da convivência humana (BERGAMINI, 1997, p. 27).

Estar ou não motivado teria uma influência direta no sucesso ou fracasso

diante das situações a enfrentar?

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Quantas vezes a gente se pergunta por que algumas pessoas vão mais longe, avançam mais rápido e conseguem melhores resultados do que outras? Diferentes pessoas, vivendo sob as mesmas condições, têm resultados tão variáveis quanto suas digitais. Isso é no mínimo, muito intrigante, principalmente porque todos desejam ser as pessoas que dão certo. Há, sem dúvida, algum tipo de habilidade especial, talento, para a atividade que se propõe, mas só isso não se explica (MORAES, 2004, p.9).

Engajando na linha de raciocínio acima, pensa-se em cada ser humano

como parte de um todo organizado para subsistir tanto na ação física como

intelectual. Uns progridem exercitando novas aquisições de conhecimento. Outros se

bastam em possuir inteligência e não se habilitam em encontrar métodos de produzir

mais e melhor.

Sempre é possível se deparar com pessoas de talentos extraordinários, mas

que não encontram um caminho, afirma a autora que nem sempre a persistência,

mesmo sendo um referencial importante, determina a vitória.

Assim os autores entendem como aprendizes diários, que precisam também

saber como fazer uso das faculdades intelectuais e como impor um constante cultivo

e a formação do hábito motivacional. Moraes (2004, p.9) reforça o pensamento:

Motivação é a diferença que faz a diferença. É a diferença entre os que dão certo. É a chave que abre a porta e reúne na mesma pessoa o talento, a persistência, a educação, a inteligência e o incentivo. E essa "equipe" acaba por dar consistência à construção dos nossos propósitos individuais, transformando nossos sonhos em realidade. Não existe nenhum truque para vencer. Mais do que qualquer coisa, o que existe é uma atitude cotidiana.

Bergamini (1997, p.81) em sua linha de pensamento, abre possibilidades de

novas reflexões sobre motivação:

A maior parte dos estudos divulgados sobre motivação humana ateve-se especialmente à pesquisa dos fins ou objetivos motivacionais perseguidos pela grande maioria das pessoas. Embora se tenham mostrado, de alguma forma, úteis esses estudos parecem ter-se orientado para a investigação de aspectos mais superficiais, isto é, apenas aparentes da psicodinâmica motivacional.

Segue-se então para aspectos mais profundos da motivação, como a

motivação extrínseca, a motivação intrínseca e algumas teorias que envolvem a

motivação:

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3.3 Motivação e recompensas extrínsecas e intrínsecas

A motivação extrínseca tem muito a ver com o fato de se executar algo em

função da obtenção de recompensas materiais ou sociais, ou para demonstrar

habilidade ou competência na execução de uma tarefa. A motivação intrínseca é

caracterizada como uma força que vem de dentro e que pode estar ligada a um

querer. Esta força é vista como um impulso que leva os seres vivos à ação. Alguns

teóricos como Bergamini (1997), se aprofundaram no estudo da motivação

extrínseca, mas os que desenvolveram um estudo mais apurado sobre esse tema

foram os comportamentalistas, defendendo a teoria de que qualquer comportamento

pode ser modificado por meio das técnicas de condicionamento.

Já na motivação intrínseca, os impulsos são considerados como os

representantes de determinadas formas de comportamento, por meio das quais os

seres vivos procuram buscar aquilo que seja capaz de saciar as carências naquele

dado momento. Bergamini (1997) afirma que quanto maior for o estado de carência,

maior será a motivação, fazendo assim com que aquilo de que precisa, sua

necessidade seja sinônimo de motivação.

As recompensas extrínsecas são os resultados que nos vêm à mente quando pensamos genericamente sobre recompensas: salário, benefícios adicionais e condições de trabalho agradáveis são exemplos comuns. Em contrapartida, as recompensas intrínsecas são mais intangíveis por natureza, e compreendem coisas como a realização pessoal e profissional, a estima de outras pessoas, ou o interesse que um trabalho possa despertar numa pessoa (BOWDITCH, 1999, p.53).

A motivação intrínseca fica então entendida como uma tendência natural de

querer atender o interesse individual, buscando alcançar novos desafios. É

interessante também perceber que fica subentendida a idéia de que fica difícil

conseguir a motivação de uma pessoa, se ela não estiver predisposta para isso e

não for influenciável por forças externas como prêmios ou punições que é uma

característica da motivação extrínseca.

Considerando que todas as pessoas possuem, ao mesmo tempo, as quatro orientações de Comportamento Motivacional (participação, ação, manutenção e conciliação), aquilo que vai diferenciar uma da outra é a ênfase que cada um mostra em termos dessas diferentes preferências (BERGAMINI, 1997, p.187).

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Compreende-se que motivação só é conseguida à medida que sejam

levadas em conta as necessidades que estão intrinsecamente inerentes no ser

humano

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4 TEORIAS CLÁSSICAS DA MOTIVAÇÃO

4.1 Teoria Humanista – da hierarquia das necessidades

É importante citar a teoria de Abraham Maslow, pois ela é provavelmente

uma das mais conhecidas dentro das teorias da motivação. Esta teoria aborda que o

comportamento humano é motivado pela busca das necessidades lógicas, ou seja,

os seres humanos buscam realizar suas necessidades em uma cadeia de

prioridades, como as necessidades fisiológicas em primeiro lugar. Logo após estas

necessidades, cuja satisfação provoca o aparecimento de outras e, assim

sucessivamente. Robbins (2002 p. 152) ajuda a esclarecer essa teoria que vem a

ser a hierarquia das cinco necessidades existentes no ser humano, são elas:

1. Fisiológicas: incluem fome, sede, abrigo, sexo e outras necessidades corporais.

2. Segurança: inclui segurança e proteção contra danos físicos e emocionais.

3. Sociais: incluem afeição, aceitação, amizade e sensação de pertencer a um grupo.

4. Estima: inclui fatores externos de estima, como status, reconhecimento e atenção.

5. Auto realização: a intenção de tornar-se tudo aquilo que a pessoa é capaz de ser; inclui crescimento, autodesenvolvimento e alcance do próprio potencial.

Como se pode observar, segundo esta teoria é que as necessidades existem

e precisam ser atendidas. Para Robbins (2002) sob o ponto de vista da motivação, é

preciso saber em que ponto da hierarquia a pessoa se encontra no momento para

poder atendê-la nesse nível, focando sua satisfação ali ou no nível superior

imediato. E quando uma necessidade é satisfeita a outra a seguir se torna

dominante.

4.2 Teoria comportamentalista

Para a teoria comportamentalista:

Para o enfoque comportamentalista as pessoas são consideradas como fundamentalmente passivas e estarão dispostas a responder ao meio ambiente somente enquanto ele se propõe como a oportunidade de conseguir recompensas ou evitar punições. Por conseguinte, dentro do

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conceito motivacional proposto por ele, a falta de motivação poderia ser atribuída às contingências inadequadas no oferecimento de recompensas. Portanto, a recompensa é inerente à própria atividade, o que dá à pessoa que a experimenta um sentido de autonomia, encorajando a responsabilidade sem comprometer sua autenticidade (BERGAMINI, 1997, p.56).

Entende-se a partir das considerações da citação acima, que através de um

estímulo externo, feito de uma forma positiva, buscando uma resposta equivalente, o

comportamento humano pode ser modificado, modelado.

4.3 Teoria do condicionamento

Dentro da teoria do condicionamento, entende-se por ocorrer um

comportamento que seja reforçado até que passe a existir nesse sujeito um

condicionamento e então este sujeito passe a associar determinada resposta a um

esforço.

Um dos principais representantes desta teoria, Skinner (1972) enfatiza que

as pessoas aprendem de acordo com as consequências de suas ações e que

tendem a repetir um comportamento positivo e evitar aqueles que não trazem

satisfação.

A liberdade é um problema suscitado pelas consequências adversas do comportamento, mas a dignidade diz respeito ao reforço positivo. “Quando alguém age de determinado modo, que consideramos reforçador, aumentamos as probabilidades de que venha a agir novamente assim, por meio de louvores ou de aprovação.” Portanto, a dignidade parece simplesmente ligada aos reforçadores positivos, isto é, o autoconceito depende em muito das consequências favoráveis de uma ação: quanto mais frequente elas forem, mais elevado será o sentimento de dignidade pessoal (SKINNER, 1972, p. 39).

Entende-se aqui que caso modificações ocorram no meio ambiente a

resposta é entendida e gera reação comportamental em resposta aos estímulos.

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4.4 Teoria psicanalítica

Esta teoria afirma que o comportamento do indivíduo é manifestado através

de seus instintos. Fundada por Freud, esta teoria fala de impulsos básicos que o

indivíduo tem desde o nascimento (FREUD, 1969, p.98):

Freud deixa subjacente a idéia de que nem o próprio indivíduo consegue interferir no desencadeamento do seu processo motivacional. Ele propõe que há fatos ou conteúdos psíquicos que escapam ao conhecimento de uma pessoa, e em grande número de ocasiões ela não conhece a origem das pulsões que a conduzem rumo a determinado objetivo. Para Freud, as pessoas certamente ignoram a maior parte das suas razões.

Freud se deixa entender, quando fala de impulsos, que esses impulsos são

atos que no indivíduo podem ou não serem praticados em busca da satisfação.

Caso estes impulsos não forem satisfeitos eles serão reprimidos para o inconsciente

e lá se reorganizarão a fim de se manifestarem de outra forma.

Bergamini (1997, p. 98), afirma que:

a descoberta do mundo inconsciente coloca Freud numa posição ineditamente privilegiada entre os teóricos que buscaram entender o psiquismo humano. Especialmente após a morte de Freud é que se atribuiu ao seu trabalho o valor que ele merece. Inúmeros autores passaram a escrever sobre a sua obra, dando início assim a uma volumosíssima quantidade de estudos que analisavam cada um dos diferentes aspectos que constituem a obra do pai da Psicanálise. Surgiu, então, uma grande quantidade de interpretações e entendimentos diferentes sobre as novas explicações a respeito do comportamento do ser humano, especialmente no tocante às suas condutas instintivas e emocionais.

Bergamini (1997, p. 98) discorre a respeito da teoria dos instintos, como não

muito aceita pelas organizações.

[...] Tal impopularidade se deve ao fato de que, ao aceitá-la, as orientações administrativas que pretendem colocar em prática medidas que motivem as pessoas se tornam inoperantes enquanto tal. Este enfoque torna forçoso aceitar que não se consegue motivar as pessoas em situação de trabalho. Consegue-se, isto sim, condicioná-las através da manipulação das variáveis ambientais.

Embora todas as teorias tenham suas aceitações em algum momento, todas

apresentam características positivas e negativas dependendo de seu emprego,

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podendo ou não ter aceitável desempenho. Ficam margens para futuras

investigações.

Segundo o artigo escrito por Bergamini (2002), pensa-se que o ser humano

se encontra em um turbilhão de conflitos com o próprio eu, tendo que saber

administrar o interior em consonância com o exterior e isso muitas vezes gera

emoções que trazem desconforto para lidar com situações cotidianas, ou situações

assumidas fora da rotina diária. Para o autor (p.64) declara que “ninguém motiva

ninguém. O potencial motivacional já existe dentro de cada um. O importante é não

desperdiçá-lo”. Dentro da linha de pensamento de Bergamini vê-se sutilmente

descartada a possibilidade de os gerentes serem responsáveis pela motivação de

seu pessoal. Ela suscita o fato de que apesar de não encontrarem um ponto definido

de satisfação, multiplicam-se conselhos oferecidos e que são considerados pela

Psicologia como milagres. Segundo Bergamini (2002, p.63):

um primeiro ponto a considerar é se todos aqueles que descrevem a atividade gerencial como geradora de motivação está realmente falando do mesmo assunto. De fato, custa acreditar que, apesar de muito utilizada e discutida nas organizações, a motivação seja objeto de considerações tão diferentes entre si. Essa discrepância indica que há, pelo menos, um interesse considerável pelo assunto. Trata-se de um tema que há mais de uma década está em grande evidência. No entanto, há um ponto em comum entre muitas das interpretações que as pessoas, no geral, oferecem quando falam do assunto: raramente as opiniões, crenças e mitos baseiam-se em informações oferecidas por pesquisas científicas. A dificuldade básica deve-se a um fato simples: nem sempre dois indivíduos que agem da mesma maneira o fazem pelas mesmas razões.

Diante das considerações até o momento, entende-se à luz das pesquisas

realizadas que o ser humano tem inclinações e as cultiva quando em benefício de

sua própria existência. Que o ambiente externo propõe alterações nessas

inclinações se este sentir que lhe é conveniente. Bergamini (2002, p.64) leva a

considerar que tudo se realiza em prol de um objetivo, “em última análise, escolhas

de ordem interior ou intrínsecas à personalidade de cada um”.

Ainda dentro do contexto apresentado por Bergamini (2002) é destacado o

fator mudanças na área empresarial, mudanças essas, que comportam grandes

desafios que favorecem a insegurança do setor e das pessoas pelos impactos

causados pela nova realidade tecnológica de onde surgem indagações a respeito de

como conseguir motivação necessária para a realização do trabalho em condições

desmotivadoras.

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Parte da resposta a esse tipo de indagação está ligada à psicodinâmica do comportamento motivacional, que representa a fonte de energia instalada dentro de cada um, praticamente em estado de ebulição. Quando falamos em motivação, portanto, estamos nos referindo a um tipo de ação que vem dos próprios indivíduos – um tipo de ação qualitativamente diferente daquela determinada por prêmios ou punições oriundos do meio ambiente. Trata-se, mais precisamente, de uma fonte autônoma de energia cuja origem se situa no mundo interior de cada um, e que não responde a qualquer tipo de controle do mundo exterior (BERGAMINI, 2002, p.65).

Então, dentro das considerações acima, se percebe que as motivações

humanas impelem os seres humanos às mais diversas atitudes. E que tudo que se

encontra pela frente impõe-se para exercer influências dando formas a essas

atitudes.

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5 LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO

Qual o papel da liderança na motivação do seu liderado é um

questionamento fácil de formular, mas difícil de ser respondido. Todas as instâncias

a serem consideradas dentro do ambiente de trabalho têm uma dimensão única e

pessoal e por isso, precisa-se de critérios, valores e mais ainda, estabelecer

relações e hierarquias entre esses valores, indo para a esfera dos problemas

pessoais.

Diante dos conflitos diários a que estão sujeitos dentro de um ambiente de

trabalho, das questões complexas, notam-se os limites das responsabilidades do

líder e a importância da colaboração e receptividade do liderado.

É considerada a importância de se ter um trabalho, uma fonte de

sobrevivência, um papel representativo dentro da sociedade, mas, no entanto, existe

certa alienação a respeito do trabalho, talvez o caracterizando como um sacrifício

exigido pela subsistência. Como aponta Marx (2002, p.114):

mas em que consiste a alienação do trabalho? Em primeiro lugar, o trabalho é exterior ao trabalhador, ou seja, não pertence à sua característica; portanto, ele não se afirma ao trabalho, mas nega-se a si mesmo, não se sente bem, mas, infeliz, não desenvolve livremente as energias físicas e mentais, mas esgota-se fisicamente e arruína o espírito. Por conseguinte, o trabalhador só se sente em si fora do trabalho, enquanto no trabalho se sente fora de si.

Analisando sob o aspecto da citação acima, pode-se sentir que a motivação

se encontra perdida, e nesse caso, ignorando o fato de que o líder também é um ser

humano, incumbe-se a ele um estilo de liderança que se defina como endereço para

se encontrar a motivação.

Espera-se de um líder uma liderança agradável, que se possa medir, palpar.

Que exista nessa liderança o reconhecimento, a recompensa pelo ato realizado.

um chefe deve possuir ainda certa maleabilidade, cuja facilidade para adaptarem-se às diversas circunstâncias, ambientes, pessoas, etc. Deve saber escolher oportunidades e usar processos especiais para casos especiais. E isso exige tato, diplomacia, capacidade de adaptação em grau elevado, maleabilidade. Para isso necessita conhecer as pessoas, os diversos temperamentos, etc., para poder manejá-los à vontade, adaptá-los às suas ordens. Simpatia, eis outra das grandes qualidades psicológicas que o dirigente necessita possuir em alto grau. Por simpatia entendemos uma atitude acolhedora, humana, compreensão das dificuldades dos outros,

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justiça quanto às faltas insignificantes, etc., e não o simples desejo de agradar a outrem, através de um ato afetuoso (MONTALVÃO, 1978, p.119).

Para o autor, os líderes ficam supostamente comprometidos com o dever de

serem os primeiros a transmitir uma imagem de satisfação e prazer dentro da

empresa, demonstrar sua satisfação em fazer crescer essa empresa, caso isso não

ocorra pelo exemplo, palavras podem ficar sem significado efetivo. Comporta aqui a

idéia de que liderar não significa ficar restrito a um cumprimento de metas traçadas

no exercício exclusivo de sua função, mas sim de agregar a tudo isso, a criatividade,

a inteligência, enfim tudo que possa levar o líder a não fazer somente o seu melhor

trabalho, mas sim esforçar-se para que seu liderado tenha o seu melhor

desempenho levando em conta o potencial de cada indivíduo.

Sabe se que estar em uma posição de influência perante um grupo, sobre o

qual o exercício da liderança deve ser aplicado, traz uma interrogação de como

desenvolver essa influência com ações adequadas, visando atingir objetivos para o

bem comum, construindo relacionamentos enquanto se executam as tarefas.

[...] liderança é construída sobre autoridade ou influência, que por sua vez são construídas sobre serviço e sacrifício, que são construídos sobre o amor. Então, por definição, quando vocês lideram com autoridade serão chamados a doar-se, amar, servir e até sacrificar-se pelos outros. Mais uma vez, amar não é como você se sente em relação aos outros, mas como se comporta em relação aos outros (HUNTER, 2004, p. 95).

Compreende-se aqui que as relações têm sua contribuição para a efetivação

de um negócio próspero e saudável. Que estas relações podem influenciar

diretamente na qualidade das tarefas executadas.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

“Motivação e Liderança dentro e uma empresa, parceria possível”, foi a

temática colocada neste estudo, com a finalidade de refletir o que está acontecendo

nos dias de hoje sobre se estar ou não motivado no ambiente de trabalho e as

consequências que podem ter os diversos tipos de comportamento motivacional.

Os questionamentos sobre a motivação dos funcionários precisam ir além

de ser discutido, precisa ser trabalhado e fazer parte do cotidiano das empresas,

para que no ambiente de trabalho possam existir momentos de alegria e prazer.

Este estudo além de aprofundamento teórico leva a perceber que enquanto

funcionários, também são formadores de opiniões, têm responsabilidades que vão

além do que simplesmente ir trabalhar. E que a motivação passa por momentos de

muitos questionamentos e teorias bonitas, porém a prática e o fazer ainda estão

distantes das necessidades, pois se entende que não é tarefa fácil sentir-se

motivado em um ambiente de trabalho sem uma infraestrutura adequada, porém o

querer fazer e a criatividade do funcionário são pontos fundamentais para despertar

a motivação e o interesse pelo trabalho. O que volta de novo a responsabilidade

para o líder de gerir seu grupo com comprometimento e satisfação.

Dentro de uma empresa, todos devem empregar forças, aceitar desafios,

prover-se de elementos favoráveis em detrimento das condições negativas. Aceitar

desafios, criar oportunidades. Executar todas as etapas de uma tarefa com a mesma

disposição. E o líder precisa obter do seu liderado o máximo de rendimento no

trabalho, possuir capacidade de liderar e nunca se apoiar na superioridade. Estas

tendem a ser algumas previsões para a melhoria de uma empresa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BERGAMINI, Cecília W. Fator Humano: Motivação - uma viagem ao centro do conceito. São Paulo: Atlas 2002.

BIAZIN, Damares T.; SCALCO, Thais. F. Normas da ABNT & Padronização para Trabalhos Acadêmicos. Londrina: Editora UniFil, 2008. 104p.

BOWDITCH, James, L. Elementos de comportamento organizacional. Trad. de José Henrique Lamendorf. São Paulo: Pioneira, 1999.

FREUD, Sigmund. A Interpretação dos sonhos. Rio de Janeiro: Imago, 1969.

HUNTER, James, C. O Monge e o Executivo – uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.

MARX, Karl. Manuscritos econômicos filosóficos. São Paulo: Martin Clarey, 2002.

MONTALVÃO, Alberto. Direção e liderança. 5. ed. São Paulo: Novo Brasil Editora Ltda, 1978.

MORAES, Alano. Motivação e Liderança. 2004. Disponível em: http://www.urcamp.tche.br/redepp/monografias%20para%20site/Motiva%E7%E3o%20- %20monografia%20Simone%20-%20PRONTA.pdf> – Acesso feito em 01 jun. 2011.

ROBBINS, Stephen, P. Comportamento Organizacional. Trad. de Reynaldo Marcondes. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

SKINNER, Burrhus, F. Tecnologia do Ensino. São Paulo: Pedagógica. 1972.