josé santos marques alvo de justa homenagem · te da câmara municipal de oleiros), ......

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CORRESPONDENTES FIXOS EM TODAS AS SEDES DE CONCELHO DO DISTRITO DE CASTELO BRANCO E FREGUESIAS DE OLEIROS INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA Ano 6, Nº 38, Outubro de 2014 Preço: 0,01€ (inclui IVA) Edição Mensal , aos dias 15 de cada mês Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Director-Adjunto: José Lagiosa www.jornaldeoleiros.com "Não há Democracia sem imprensa livre" Distrito de Castelo Branco PÁGINA 6 RAMIRO ROQUE - R.R.MUSIC ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS Ponte de Cambas, 6185 - 172 Cambas CONTACTOS: 965 720 287 ou 272 773 122 - Fax: 272 773 111 FILIAL: RUA 25 DE ABRIL, Nº 19, 5210 - 178 Miranda do Douro CONTACTOS: 938 126 812 EMAIL: [email protected] Vencedor de uma Primárias disputadas en- tre militantes e simpatizantes, António Costa venceu em toda a linha e apenas a Guarda deu a vitória a António José Seguro que se demitiu de Secretário-Geral. António José Seguro foi vítima de Primárias que convocou ao invés de ter ido para Congresso como se- ria desejável. Foram os simpatizantes a dar a vitória tão expressiva a António Costa. Novos protagonistas preparam a mudança em curso. António Costa é o candidato do PS a Primeiro-Ministro Entrevista com António Sequeira Castelo Branco recebe prova do Nacional de Ralis 30 anos depois O Hotel Santa Margarida, com 23 quartos e suites, foi inaugurado em Outubro de 2012 e está implantado num dos locais mais emblemáticos de Oleiros. O Restaurante “Callum” está aberto todos os dias, com serviço à carta, sendo possível aos almoços de domingo degustar um dos pratos mais típicos da região, o cabrito estonado. Organizamos refeições para empresas e famílias, para além de comemorações festivas alusivas a baptizados, casamentos ou outros eventos sociais. Entregue-nos a organização da festa e tratamos de tudo por si! O Restaurante Callum, “no Coração do Pinhal”, permite-lhe desfrutar de experiências gastronómicas únicas. Honre-nos com a sua visita! Hotel Santa Margarida Torna-Oleiros 6160-498 Oleiros | Tel: 272 680 010 | Fax: 272 680 019 | http://hotelsantamargarida.pt/pt | http://www.facebook.com/hotel.stamargarida GPS: 39.9157, -7.907 www.opinhalsomostodosnos.pt Pedro Passos Coelho visita Oleiros Na impossibilidade de publicar notícia de- senvolvida devido à coincidência das datas, não queremos nem podemos deixar de assi- nalar a justa homenagem ao Comendador José Santos Marques que foi Presidente de- dicado da Câmara de Oleiros a que devotou cerca de 28 anos. Uma vida intensa. Apoiamos claramente justa decisão de o ho- menagear e aplaudimos. Também na mesma data o Primeiro-Minis- tro visita o Concelho. É um momento importante e propiciador da recolha de necessidades que Fernando Jor- ge o actual Presidente não deixará de reivin- dicar. O Jornal de Oleiros e o seu Director estarão em ambos os acontecimentos (dia 14 de Ou- tubro) e nas edições online e na próxima em papel, faremos as reportagens. Direcção José Santos Marques alvo de justa homenagem

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Page 1: José santos marques alvo de justa homenagem · te da Câmara Municipal de Oleiros), ... Vice-presidente do Instituto da ... durante uma entrevista que efectuei a este Presidente

Correspondentes fixos em todas as sedes de ConCelho do distrito de Castelo BranCo e freguesias de oleiros

influente na região do pinhal interior sul, Beira interior sul e Cova da Beira

Ano 6, Nº 38, Outubro de 2014 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Mensal , aos dias 15 de cada mês

Director e Fundador: Paulino B. FernandesDirector-Adjunto: José Lagiosa

www.jornaldeoleiros.com

"Não há Democracia sem imprensa livre"

Distrito de

Castelo Branco

Página 6

RAMIRO ROQUE - R.R.MUSICORGANIZAÇÃO DE EVENTOS

Ponte de Cambas, 6185 - 172 CambasCONTACTOS: 965 720 287 ou 272 773 122 - Fax: 272 773 111

FILIAL: RUA 25 DE ABRIL, Nº 19, 5210 - 178 Miranda do DouroCONTACTOS: 938 126 812

EMAIL: [email protected]

Vencedor de uma Primárias disputadas en-tre militantes e simpatizantes, António Costa venceu em toda a linha e apenas a Guarda deu a vitória a António José Seguro que se demitiu de Secretário-Geral. António José Seguro foi vítima de Primárias que convocou ao invés de ter ido para Congresso como se-ria desejável. Foram os simpatizantes a dar a vitória tão expressiva a António Costa.

Novos protagonistas preparam a mudança em curso.

antónio Costa é o candidato do PS a Primeiro-Ministro

Entrevista com António SequeiraCastelo Branco recebe prova do nacional de Ralis 30 anos depois

O Hotel Santa Margarida, com 23 quartos e suites, foi inaugurado em Outubro de 2012 e está implantado num dos locais mais

emblemáticos de Oleiros.

O Restaurante “Callum” está aberto todos os dias, com serviço à carta, sendo possível aos almoços de domingo degustar um dos pratos mais típicos da região, o cabrito estonado. Organizamos refeições para empresas e famílias, para além de comemorações festivas alusivas a baptizados, casamentos ou outros eventos sociais.

Entregue-nos a organização da festa e tratamos de tudo por si!

O Restaurante Callum, “no Coração do Pinhal”, permite-lhe desfrutar de experiências gastronómicas únicas. Honre-nos com a sua visita!

Hotel Santa Margarida Torna-Oleiros 6160-498 Oleiros | Tel: 272 680 010 | Fax: 272 680 019 | http://hotelsantamargarida.pt/pt | http://www.facebook.com/hotel.stamargarida

GPS: 39.9157, -7.907

www.opinhalsomostodosnos.pt

Pedro Passos Coelho visita Oleiros

Na impossibilidade de publicar notícia de-senvolvida devido à coincidência das datas, não queremos nem podemos deixar de assi-nalar a justa homenagem ao Comendador José Santos Marques que foi Presidente de-dicado da Câmara de Oleiros a que devotou cerca de 28 anos.

Uma vida intensa.Apoiamos claramente justa decisão de o ho-

menagear e aplaudimos.Também na mesma data o Primeiro-Minis-

tro visita o Concelho.É um momento importante e propiciador

da recolha de necessidades que Fernando Jor-ge o actual Presidente não deixará de reivin-dicar.

O Jornal de Oleiros e o seu Director estarão em ambos os acontecimentos (dia 14 de Ou-tubro) e nas edições online e na próxima em papel, faremos as reportagens.

Direcção

José santos marques alvo de justa homenagem

Page 2: José santos marques alvo de justa homenagem · te da Câmara Municipal de Oleiros), ... Vice-presidente do Instituto da ... durante uma entrevista que efectuei a este Presidente

2 Jornal de OLEiROS 2014 OUTUBRO

EDiTORiaL

Realizou-se no passado dia 19 de se-tembro no auditório da Sociedade Filar-mónica Oleirense, a 1ª Conferência do Pinhal, organizada pelo Município de Oleiros e pelo nosso colega do Fundão.

A iniciativa mobilizou a participação de quase 200 pessoas - na sua maioria profissionais ligados ao setor florestal - e contou com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos e das Aldeias do Xisto e com o apoio dos Municípios de Castanheira de Pêra, Fundão, Pam-pilhosa da Serra, Pedrogão Grande, Proença-a-Nova e Sertã.

Com um painel de excelência, este foi um acontecimento que se manteve com elevados patamares de interesse do início ao fim, tendo reunido todo o Pinhal em Oleiros.

Neste acontecimento intervieram autarcas da região, investigadores e representantes de diversas entidades públicas e privadas.

A abrir a sessão estiveram Vasco Pinto Leite (Diretor-Geral do Jornal do Fundão), Fernando Jorge (Presiden-te da Câmara Municipal de Oleiros), Paulo Fernandes (Presidente das Al-deias do Xisto) e Filipe Ravara (Diretor do Centro de Agro Negócios da Caixa Geral de Depósitos).

Na ocasião foram abordados painéis relacionados com o estímulo do Esta-do aos produtores florestais ou a valo-rização das potencialidades da floresta

e como oradores, marcaram presença e por ordem das apresentações:

1.º painel - Amândio Torres (ICNF), Ricardo Torres (Grupo Oryzon Ener-gia) e Jorge Paiva (Univ. Coimbra).

2.º painel - Gonçalo Alves (Consul-tor privado do setor da madeira), Su-sana Carneiro (Centro Pinus/Portucel

Viana) e Octávio Ferreira (ICNF).Recorde-se que a conferência teve lu-

gar no coração da região do Pinhal, na qual se situa a maior mancha de pinho bravo da Europa e teve o mérito de reunir vários municípios para juntos debaterem os problemas e as poten-cialidades da floresta – ativo da maior importância para os concelhos envol-vidos. Nesse sentido, a moderar os dois painéis estiveram José Brito Dias e João Paulo Catarino, Presidentes das Câmaras Municipais de Pampilhosa da Serra e Proença-a-Nova.

A sessão foi encerrada por João Pi-nho, Vice-presidente do Instituto da Conservação da Natureza e Floresta (ICNF). ■

1ª Conferência do pinhal em oleiros

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A LAFI - Liga de Amigos da Freguesia de Isna, que desenvolve a sua acção em prol da freguesia de Isna, no concelho de Oleiros, elegeu no passado sábado os Corpos Sociais para o biénio 2014-2015.

A Assembleia-Geral realizou-se na Casa da Comarca da Sertã, de que é associada, tendo a lista sido eleita por unanimidade.

A Mesa da Assembleia-Geral con-tinua a ser presidida pelo Juiz De-sembargador Armindo Ribeiro Luís, sócio nº 1, e o Conselho Fiscal por Hermano Nunes Mendes, sócio nº 11.

A Direcção é agora presidida por Vi-tor Jorge Ribeiro Esteves, sócio nº 110 da LAFI, sucedendo a João Nuno Reis, sócio nº 75.

* O Jornal de Oleiros felicita a nova Direcção e deseja bom trabalho. ■

“lafi" elege Corpos sociais para 2014-2015

. HOMENAgEM A JOSé SANtOS MArquES

Já o dissemos utilizando os diferentes canais que possuímos e outros que podemos mobilizar.

Faz-se justiça a um Homem que se dedicou ao Concelho, às gentes do interior.

José Santos Marques, foi a primeira pessoa a saber que o Jornal de Oleiros ia nascer após as Eleições autárquicas, durante uma entrevista que efectuei a este Presidente para um outro jornal de que era e sou ainda Director.

Fui incentivado a avançar, avancei e nunca fui condicionado, sabendo o Presidente José Marques que não era filiado no Partido a que ele pertencia.

Essa é uma marca que devo sublinhar.Preferia que esta homenagem mais que justa não

estivesse ligada a outros acontecimentos, pois, a importância deste Homem é bem superior a acon-tecimentos paralelos, mas, estou certo, a popula-ção oleirense perceberá isso e fará a distinção.

Saúde Comendador, os Votos.

. AS ElEIçõES lEgISlAtIVAS VãO SEr ANtECIPADAS

É uma inevitabilidade.O Orçamento de Estado recomenda isso mes-

mo.O que se vai passando dentro do Governo, as

diferenças na Coligação no poder, obrigam a medi-das de clarificação.

Abril ou Maio seria o ideal.Aguardemos que o Presidente da República defi-

na as datas do que se considera uma certeza.■

Paulino B. Fernandes Director Email: [email protected]

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Jornal de OLEiROS 32014 OUTUBRO

No dia de abertura do novo ano letivo, o Município de Oleiros pro-cedeu à distribuição dos manuais escolares que serão oferecidos a todos os alunos que frequentam as escolas do concelho, do 1.º ciclo do ensino básico ao ensino secun-dário, no âmbito do projeto “Olei-ros Educa”.

A medida está a ser implemen-tada pela primeira vez no conce-lho e irá beneficiar 330 alunos, traduzindo-se num investimento de aproximadamente 30 mil eu-ros.

Esta relevante ação vem aliviar os agregados do concelho de uma das despesas que mais pesam to-dos os anos no orçamento familiar, nomeadamente no período vul-garmente denominado “regresso às aulas”. Consciente das dificul-dades que as famílias atravessam neste momento difícil, a autarquia considera muito importante o in-vestimento efetuado na educação

e ação social escolar e nesse sen-tido, no ano letivo de 2014/15 irá investir um total de mais de meio milhão de euros, de forma a pro-porcionar boas condições aos alu-nos e agentes educativos.

Com uma população escolar de 372 alunos, este investimento tra-duz-se em transportes, refeições,

manuais escolares, residência de estudantes, apoio para material escolar, prolongamentos de horá-rio e ocupação de tempos livre e apoio a alunos com necessidades educativas escolares, custos com o pessoal, água, aquecimento, eletricidade e outros projetos em curso. ■

Ano lectivo 2014/2015

Câmara de oleiros oferece manuais escolares a todos

os alunos

aos amigos assinantes

. Imprensa livre, sobrevive com apoio de assinantesCom a entrada no 6º ano de vida, decidimos enviar esta nota lembrando a necessidade de colocar as as-sinaturas em dia.É indispensável. Durante estes anos decidimos não cortar assinaturas. Procuraremos nunca o fazer.Mas, aos que podem ajudar, solicitamos contribuam com o valor da assinatura. É importante.Neste jornal encontram a ficha com as indicações sobre como proceder.

A Direcção

A Liga Regional "Os Unidos da Freguesia de Álvaro", sócio colec-tivo da Casa da Comarca da Sertã que desenvolve a sua acção em prol dessa freguesia do município de Oleiros, realizou, no dia 21 de Setembro, a 1ª edição da Festa das Vindimas.

A iniciativa incluiu um almoço no Restaurante "Olhar o Zezere", que reuniu 130 convivas, entre sócios, familiares e amigos e no qual mar-caram presença, nomeadamente, o Vereador Paulo Urbano, da Câmara Municipal de Oleiros, o Presidente da Junta de Freguesia de Álvaro e o Provedor da Santa Casa da Mise-ricórdia de Álvaro, tendo a Casa da Comarca da Sertã sido representada pelo Presidente da Direcção. O almo-ço contou ainda com a presença de representantes da Liga dos Amigos da Freguesia da Amieira, da Liga dos Amigos da Freguesia de Isna, da União Regional da Freguesia do Sobral, do Grupo de Amigos da Fre-guesia da Madeirã e da Comissão de Melhoramentos da Gaspalha.

Após o almoço seguiu-se um baile, com animação a cargo do acordeonista Gonçalo Barata, sócio da Casa da Comarca da Sertã com raízes familiares na freguesia de Álvaro. Na ocasião foram também assinalados os 46 anos da fundação da Liga Regional "Os Unidos da Freguesia de Álvaro", tendo o bolo de aniversário sido produzido pelo Hotel de Santa Margarida.

No final realizou-se um sorteio, em resultado do qual foram entre-

gues diversos prémios. O 1º prémio foi uma noite de alojamento para duas pessoas na Casa dos Hospi-talários, oferta do sócio José Antu-nes Dias, tendo o 2º prémio sido um cabaz oferecido pelos Talhos Simões. O livro "Vilar dos Condes - A terra e as suas gentes", da au-

toria de Alda Barata Salgueiro foi o 3º prémio, tendo o 4º prémio, um conjunto de 5 tropeços em cortiça, sido oferecido por João Antunes Mendes, da Gaspalha. Para 5º e úl-timo prémio, foram sorteados 2 cds de música popular portuguesa de Gonçalo Barata.” ■

“1ª festa das vindimas e 46º aniversário da

fundação da liga de Álvaro

Como todos os anos esti-vémos com prazer na Gaspa-lha, para rever Amigos e re-cordar o Fundador,sempre presente como grande Ami-go que foi.

O dia foi intenso, aqui deixamos a nossa nota com votos de celebrações contí-nuas.

PF

Comissão de melhoramentos da gaspalha celebrou

mais um aniversário

Jornal deOLEIROS

www.jornaldeoleiros.com · Ano 3, Nº 22, 15 de Setembro de 2012 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

Director e Fundador: Paulino B. Fernandes

“ESPECIAL GASPALHA – Álvaro - Oleiros”

Homenagem a

JOSÉ MARTINS

FERNANDES

EDITORIAL

Nada melhor do que citar Ca-mões, para abordar o grande regio-nalista, o homem que se entregou desmedidamente à causa pública, ao bem estar do seu semelhante, ao homem que tanto lutou pela sua terra.Vou falar-vos de José Martins Fernandes, do fundador da Co-missão de Melhoramentos da Gaspalha, obra que, contra ventos e suspeições de alguns e a ajuda de outros tantos, conseguiu levar a bom porto. Vou falar-vos afi nal do homem que partiu, com uma enorme vontade de fi car.Era um homem de fácil relacio-namento, muito comunicativo e por isso criador de muitas amiza-des, tenaz na defesa do seu ideal, pois ele bem sabia que o ideal in-forma e caracteriza a vida do ho-mem. Sem dúvida que o ideal, é o mastro grande da vida. Sem ele o homem abdica da sua condição e grandeza humana.O ideal é afi nal o bem que, co-nhecido pela inteligência, apaixona a vontade pela sua posse. O nosso amigo José Martins Fer-nandes sabia disso. Aprendeu-o na grande faculdade que é a vida, nos sacrifícios, nas barreiras que lhe surgiram e que teve de transpor e também na glória quando em Lis-boa, tudo de si deu, como membro do sindicato de que fez parte du-rante anos, na defesa intransigente dos direitos e deveres dos seus co-legas e amigos trabalhadores.Fácil é concluir pois, que a sua vida se pautou, pela integridade e verticalidade de caráter, sempre atento, sempre empenhado, mas tantas vezes incompreendido. Comparo parte da sua vida a uma rosa, essa fl or que mesmo depois de maltratada, humilhada, amachucada nas mãos e deitada ao chão com vil desprezo, mesmo assim, ainda deixa na mão um per-fume que se espelha e invade co-rações e deixa irrequietos os mais atribulados. São assim os grandes homens.

É necessário que também nós,

continuadores da Comissão de Melhoramentos da Gaspalha, te-nhamos e vivamos o ideal a que nos propusemos e que se resume em continuar a obra, a erguer os sonhos pendentes do José Martins e dar início aos nossos.Fazê-lo, é honrar a sua passa-gem por esta vida, o trabalho que desenvolveu, é tê-lo presente em nossa vida, no nosso coração.Que cada um transporte o poe-ma de Luís Vaz de Camões. Que cada um que o conheceu de verda-de, tenha a dignidade de espalhar quem foi e o que foi José Martins Fernandes para a vida, para a sua terra. Se tal não acontecer, se tudo cair no esquecimento, como cai a vida que o poeta retratou “ … sonho tão leve, que se desfaz como a neve , e como o fumo se esvai …”, não me impaciento, pois tenho a certe-za que a história se encarregará de fazê-lo, melhor que ninguém. A par desta homenagem a que hoje nos propusemos, é a melhor homenagem que eternamente po-deremos fazer-lhe, porque foi na Gaspalha que deixou parte do seu saber, do seu empenho, das suas amarguras perante as difi culdades que se lhe deparavam. Tudo em troca de nada.

Nos momentos fi nais e no térmi-nus do seu último sonho realizado, que foi a colocação das placas à en-trada da povoação dizendo “ Bem vindo … Obrigado”, lembro-me de perante mim, o Henrique Simões e o pedreiro Armando …. aquando da colocação da última placa junto à eira, na estrada que liga a Gaspa-lha a Álvaro, sede da nossa digna freguesia, ter dito: “terminei, o res-to agora é convosco”.Sentimos na altura que por vezes a vontade de abandonar tudo era já sua companheira, mas ao invés de fugir, correu até às ultimas forças, atrás do que procurava.Hoje sinto que não teve forças para realizar todos os seus sonhos, mas sei que jamais se considerou um derrotado.

Hoje sinto que a sua morte foi para mim e muitos, uma grande lição de vida.Hoje, para mim e muitos, o José Martins Fernandes, não está ao nos-so lado, mas sabemos e sentimos que “não está longe, apenas está do outro lado do caminho… “.Hoje, vivendo o descanso eterno, revendo aquilo que foi o fi lme da sua vida, pressinto o José Martins olhar para a lápide da sua última morada e vendo a cruz lá coloca-da, aquela “ cruz “ que, como os demais, transportou durante a sua vida, querer emendar-nos assim:

Obrigado por nos mostrar, que a vida é uma corrida que merece ser vencida e fundamentalmente, por nos mostrar, que não devemos de-sistir de concretizar os nossos ide-ais, com a desculpa, de que apenas podemos fazer pouco.Grande lição de vida, de traba-lho, de abnegação, a raiar o víncu-lo da perfeição humana, atributos somente próprios de “…gente que tem na alma o valor e no corpo o vigor…”, de gente que se liberta da “… lei da morte …”, que é como sabemos, o esquecimento.

Descanse em Paz, Amigo.Coruche, 15 de Agosto de 2012

João Freire

“…E aqueles que por obras valorosas, Se vão da lei da morte libertando,Cantando espalharei por toda a parte, Se tanto me ajudar o engenho e a arte …”Luís Vaz de Camões “Os Lusíadas”

“Coloquem-nos a cruz no principio da vida …E a luz da estrela, No Fim…

Dia 15 de Outubro entramos no 4º ano de vidaCelebraremos em CAMBAS, na Esplanada do Slide, com um progra-ma extraordinário.Aguardamos pelos Amigos.

A nossa região exibe regularmente grandes Homens. Homens dedica-dos à terra, amantes da mesma, capa-zes de tudo fazer para a engrandecer e construir futuro.José Martins Fernandes foi um de-les.Foi um enorme Amigo em todas as horas, mesmo nas piores.Com ele vivemos momentos emo-cionantes e vimos a capacidade de construir, coisa em que nos inspira-mos.

Decidimos prestar esta Homena-gem modesta, certos que a apreciará como leal e sincera.Lá onde estiveres, sei que fi carás feliz.Um abraço José Martins Fernandes.

Paulino B. FernandesDirector

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4 Jornal de OLEiROS 2014 OUTUBRO

A 8.ª edição da Mostra do Medronho e da Castanha, iniciativa do Muni-cípio de Oleiros, já tem data marcada e nos dias 1 e 2 de novembro todos os caminhos vão dar àquela vila do Pinhal. Mostra gastronómica e de produtos locais, passeio pedestre ou maratona de BTT, são só alguns dos argumentos que justificam uma visita a Oleiros ■

8.ª mostra do medronho e da Castanha já tem

data marcadaO Provedor da Santa Casa, Antó-

nio Correia concluiu já a CASA das TÍLIAS que está pronta a funcionar e aumenta a oferta de camas na região.

Aproveitando o antigo edifício do Centro de Saúde, António Correia consegue ter assim aquilo que se espera seja uma fonte de receita para apoiar a Santa Casa. Com 2 quartos devida-mente equipados, sala, cozinha e wc's, oferece condições ímpares a quem quer beneficiar do paraíso que é Álvaro.

O preço de 25 euros quarto/noite sugere sucesso que desejamos.

Da visita que efectuámos apresen-tamos algumas fotos e enviamos um abraço ao Provedor Amigo de para-béns. ■

santa Casa da misericórdia de Álvaro

António Correia

Nos passados dias 30 de se-tembro e 1 de outubro, o Muni-cípio de Oleiros recebeu a visita de uma comitiva do Município de Saint - Doulchard (França), nomeadamente o seu presiden-te Daniel Bezard, a vice-presi-dente, vereadoras e o seu chefe de gabinete, os quais vieram acompanhados do presidente do Centre Franco-Portugais – Bourges/Saint Doulchard, o bei-rão José dos Santos.

Nesta primeira e curta visita, a comitiva teve a oportunidade de ficar a conhecer o concelho, infraestruturas municipais e al-gumas colectividades e empre-sas.

É neste cantão situado no cen-

tro de França que reside uma significativa comunidade de Oleirenses, facto que aproxima os dois territórios. Saint-Dou-lchard com apenas 24,01 Km2,

tem cerca de 10.000 habitantes e uma importância económica e empresarial atestada, por exem-plo, pela presença da fábrica da Michelin. ■

executivo de saint-doulchard visita oleiros

Prémios de OURO obtidos pela Quinta do Couquinho em 2014

• Vinho Tinto Reserva 2011 - OURO - International Wine Challenge - Reino Unido

• Azeite Extra Virgem - Grande Prestígio - TERRAOLIVO Concurso Internacional de Azeite do Mediterrâneo

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Jornal de OLEiROS 52014 OUTUBRO

PROEnÇa-a-nOVa

Magda ribeiro

Reduzir o impacto causado no meio ambiente e utilizar produtos mais saudáveis são alguns dos be-nefícios da escolha de produtos de limpeza ecológicos, que cada vez mais estão disponíveis nas prate-leiras dos supermercados. Ensinar a produzi-los em casa foi o objeti-

vo da oficina “Sabão natural e de-tergentes ecológicos”, promovida pelo Centro Ciência Viva da Flo-resta, em que foram apresentadas diversas receitas. A formadora, Sílvia da Floresta, referiu que estes produtos são igualmente eficazes quando falamos de higiene, desde que sejam respeitados os proto-colos de produção e conselhos de utilização.

Os detergentes convencionais usam matérias-primas não reno-

váveis, como o petróleo e seus derivados, fosfatos, lixívia, bran-queadores, corantes, perfumes, tensioativos e outros ingredientes que contaminam os recursos hí-dricos. A ciência tem chamado a atenção para o impacto dos fos-fatos no crescimento rápido e de-sordenado das algas, esgotando o oxigénio presente na água. Alguns gases libertados por produtos de limpeza mais agressivos podem, por outro lado, contribuir para do-

enças como a asma ou o cancro.Os produtos ecológicos são fei-

tos a partir de matérias-primas ve-getais e minerais, tendo em vista a redução de contaminações e o impacto na nossa saúde. Além da preocupação ambiental, recorre-se a materiais mais baratos, mais dis-poníveis e renováveis. É o caso de plantas como o limão, eucalipto, óleos vegetais, ervas aromáticas, bicarbonato de sódio, vinagre e outros.

A opção por produtos mais “verdes” ajuda a proteger a saúde e a natureza, por isso na compara de detergentes ecológicos deve verificar-se o rótulo e confirmar se possuem algum tipo de certifica-ção independente. Na produção, é indispensável cumprir rigorosa-mente os protocolos e as regras de utilização. ■

Victor Bairrada – Coordenador do CCVFloresta

Oficina ensinou a fazer detergentes ecológicos

Produtos de limpeza preparados com ingredientes vegetais e minerais

A apresentação de propostas no âmbito do Orçamento Participa-tivo ultrapassou a meia centena e assegurou a representatividade de todas as freguesias. No total, foram 53 as sugestões entregues durante o mês de setembro, número idêntico ao da última edição do orçamento participativo (55 propostas). Após a análise técnica que irá verificar a conformidade com as normas defi-

nidas em regulamento, os resulta-dos serão divulgados no próximo dia 13 de outubro.

As áreas “Espaço público e es-paço verde” e “Infraestruturas vi-árias, trânsito e mobilidade” foram as que mereceram maior número de propostas – respetivamente 22% e 20% do total. Também o Despor-to (14%), Ação Social e Habitação (9%) e Urbanismo, reabilitação e

requalificação urbana (igualmente 9%) se destacaram no leque de su-gestões.

Está destinada uma verba glo-bal de 150 mil euros para o or-çamento participativo, mas cada proposta individualmente consi-derada não poderá exceder os 30 mil. O regulamento prevê outras limitações, não sendo admitidas sugestões que configurem pedi-

dos de apoio ou venda de servi-ços, que não sejam tecnicamente exequíveis ou que sejam incom-patíveis com planos ou projetos municipais. Deverão ainda ser passíveis de concretização num prazo máximo estimado de 18 meses.

O regulamento permitia a parti-cipação de todos os cidadãos com 16 ou mais anos e além de resi-

dentes todos os que se relacionem com o Município, sejam trabalha-dores, empresários com atividade a nível local ou representantes de associações e outras organizações da sociedade civil. Decorreram também assembleias participati-vas nas sedes de freguesia, para promover a participação de pes-soas com menos acesso a meios de comunicação digitais. ■

meia centena de propostas no orçamento participativoResultados serão divulgados a 13 de outubro

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6 Jornal de OLEiROS 2014 OUTUBRO

No ano da comemoração do 50º aniversário da Escuderia Castelo Branco e quando 30 anos depois regressa uma prova do calendário nacional de ralis à cidade albicas-trense, impunha-se ouvir o atual presidente do Clube, António Se-queira, 49 anos, desde 2011 ao “vo-lante” de uma das mais prestigiadas agremiações da região e do país.

*Entrevista conduzida pelo nosso Diretor-adjunto

Jornal de Oleiros (JO) - Ao longo do ano de 2014, tem vindo a come-morar-se os 50 anos da Escuderia Castelo Branco. Nesta reta final o que mais marcou estas comemora-ções?

António Sequeira (AS) - Tudo praticamente. Tem sido um ano muito complicado para nós, em ter-mos de emoções e em termos de tra-balho, porque ao querermos come-morar os 50 anos com a dignidade que entendemos que deve ser feito o aniversário da Escuderia, também querendo manter a qualidade e o nível nas provas desportivas e, nes-te momento, já são muitas para os respetivos campeonatos nacionais: duas Bajas, a de Oleiros/Proença/ Mação, a de Idanha, Campeonato Nacional de Enduro, Rali Cross, campeonato nacional e caiu-nos também em sorte, este ano e feliz-mente, porque também a procu-rávamos, um Rali de Campeonato Nacional, escalão maior, 30 anos de termos feito a última prova a contar para esta categoria. São tudo coisas realmente que nos ocupam muito tempo e obrigam-nos a muita dedi-cação.

Quisemos comemorar os 50 anos começando em janeiro, por exem-plo, a fazer uma apresentação na-cional de todo o calendário, com a presença daqueles que entendemos ser protagonistas da cidade, da re-gião e do desporto onde estamos envolvidos e portanto tivemos aqui o secretário de estado do desporto, entidade máxima do desporto em Portugal, tivemos o presidente da federação de automobilismo e kar-ting, tivemos os deputados eleitos pela nossa região, que connosco, re-almente, tentam fazer tudo em prol desta região, tivemos os respetivos presidentes de câmara com quem nós trabalhamos. Foi uma festa que quisemos tornar realidade, para a apresentação do nosso calendário desportivo. Foi necessário também comemorar o dia do aniversário do

Clube, em que juntámos, à mesma mesa, cerca de 650 pessoas, sócios e não sócios da Escuderia Castelo Branco, parceiros, patrocinadores e entidades. Para gerar todo este movimento e conseguir concretizar isto tudo tem sido, realmente, muito trabalhoso além de onerar muito os custos.

JO – 30 anos depois, o Nacional de ralis, volta a Castelo Branco, a 17 e 18 deste mês. Porquê tantos anos de espera?

AS – Penso que por vários fatores. Primeiro realmente porque Castelo Branco, entendem algumas pesso-as, que não deveria fazer parte deste ciclo do desporto maior dentro dos ralis. Segundo porque é mesmo um campeonato muito apetecível e to-dos os clubes que têm licença para fazer provas desportivas querem ter e, portanto, imagine a quantidade de solicitações que há para realizar este evento, depois porque Castelo Branco não está na capital de Por-tugal ou num grande centro. Mas nós entendemos que tínhamos que continuar a trabalhar, esta direção, como as que nos antecederam fize-ram e estiveram sempre com esse objetivo. Eu acho que também teve a ver, depois na decisão final, com a mudança do atual presidente da fe-deração, que é uma pessoa consen-sual e objetiva e que parou para per-ceber o que é que a Escuderia vale em termos de desporto motorizado e quis, sobretudo, ser justo. Penso que foi por aí que nós conseguimos ter esta atribuição.

JO – O centro da cidade vai ser o ponto nevrálgico da prova, em termos de organização. Concreta-mente onde?

AS – O centro nevrálgico é o quê? É realmente todo o coração da prova. Então vamos fazer as ve-rificações administrativas ou seja a verificação aos documentos dos au-tomóveis, dos pilotos e respetivos automóveis, entre o antigo quartel, sediado nas Docas, na parte admi-nistrativa e logo no parque S. Ben-to, é o primeiro parque de estacio-namento subterrâneo da Senhora da Piedade a parte técnica, porque poderá, eventualmente, acontecer alguma chuva e nós não queremos arriscar e aí fazemos, a poucos me-tros da verificação administrativa, a verificação técnica.

O secretariado da prova vai per-manecer, precisamente, nas instala-ções que nos foram cedidas, gentil-mente, pela Câmara Municipal, para podermos estar no centro da cidade e fornecer o secretariado a todos os elementos que estão na prova. O parque fechado que é aquela zona onde os carros ficam quando não estão a fazer as respetivas provas classificativas, vai ser no conhecido parque do Califa, também no centro da cidade. Vamos fazer o parque de assistência, que é onde é feita alguma alteração, em termos de automóveis e alguma manutenção mecânica, só é permitida dentro desse parque de assistência, vamos fazê-lo no Cam-po da Feira, porque realmente com as novas obras está muito bonito,

para mim, sem sombra de dúvidas, o parque de assistências com me-lhores condições a nível nacional, de tudo aquilo que eu tenho visto. Está no meio das pessoas, sem perturbar as pessoas e portanto também va-mos ter aí o parque de assistência onde vamos concentrar tudo o que são assistências e com espaço para fazer isso tudo.

No capítulo desportivo vamos ter uma dupla passagem por uma Super - especial, na cidade. Foi fácil conseguir autorização da autarquia para que isto fosse possível?

AS – Vamos ter a Super – especial, que vai ser a primeira prova de clas-sificação e a última, a abertura e o final do rali, no centro da cidade, na Rotunda Europa.

Queremos trazer os automóveis às pessoas, portanto vamos conse-guir fazer uma classificativa de 1870 metros sem perturbar uma única habitação. Ninguém fica impedido de chegar a casa, todas as pessoas que moram ali à volta, porque todas as entradas estarão disponíveis para que as pessoas possam fazer a sua vida normal e também apreciar os automóveis, no momento em que lá estiverem. E daí nós dizermos que vamos ocupar o centro da cidade e vamos realmente dar-lhe alguma vida.

Não, não foi difícil. Tenho consci-ência que a autarquia não pode che-gar a todo o lado, mas em relação à Escuderia, porque também somos pessoas razoáveis, porque também apresentamos os argumentos pela positiva, o porquê de fazermos as coisas assim, percebeu, precisamen-

te, que era a melhor solução para fa-zer um rali com esta dimensão, por-que nos comprometemos, como já referi, não perturbar, quer dizer não perturbar, dentro das condicionan-tes que é chegar às suas habitações, vamos obviamente condicionar um pouco o trânsito, durante algumas horas, mas há sempre alternativas para passar na Rotunda Europa ou para poder circundar o parque fe-chado no Califa, há sempre alterna-tivas muito rápidas para circular.

JO – 170 kms de muita e grande competição com seis provas espe-ciais, num total de três classifica-tivas com dupla passagem. Vale a pena ir para a estrada?

AS – Vale. Não são seis, são oito, porque as primeiras duas também contam para essas provas de classi-

ficação, portanto serão oito no total. Um dos grandes objetivos de fazer a 1ª prova especial de classificação dentro da cidade é demonstrar às pessoas que realmente vale a pena depois, no sábado, ir para a estrada e ver a prova.

Vamos ter três ou quatro pontos muito interessantes e de espetáculo onde as pessoas podem ver a prova. Temos, se me permite, a zona da Sobreira Formosa que é uma zona espetacular para se ver a prova. Temos ali na freguesia das Sarze-das, zonas também espetaculares, para ver a prova. Temos no Estreito, zonas bonitas. Temos no Alvito da Beira que fica aqui tão perto, junto à praia fluvial, pode-se passar ali o dia e vê-se o rali em duas vertentes com duas passagens porque são duas PECs que vão passar no Alvito da Beira. Temos a Paiágua e a Azenha, tudo zonas de fácil acesso, onde vale a pena ir. Isto é um espetáculo de família, pode-se levar a família, coloquem-se em sentidos e pontos estratégicos de segurança máxima e obviamente vão sentir que podem passar um dia diferente em família. Até porque a meteorologia prevê um dia com alguma nebulosidade, mas também abertas e portanto per-mite um dia confortável.

JO – toda esta organização, esta movimentação de pessoas, auto-móveis e meios vai obrigar, a um grande esforço ao nível da segu-rança. quem está basicamente, en-volvido?

AS – A Proteção Civil em primeira instância. Toda uma equipa médica que estará no início de cada uma

das provas especiais de classificação para poder estar de prevenção para qualquer situação. Os Bombeiros de todos os concelhos que nos vão aju-dar com viaturas de desencarcera-mento e com ambulâncias. A GNR que em grande número de efetivos vai estar nas várias PECs, nos cru-zamentos, nas Estradas Nacionais, nas estradas de acesso, para facilitar a deslocação das pessoas. O nosso próprio corpo de Marshals, que é assim que são chamados, que são uma segunda força de segurança, para manter não a ordem, mas sim a coordenação da colocação das pes-soas nos respetivos sítios. E depois toda a outra equipa de cronometra-gem, de partidas e de chegadas, de controlo de passagem, porque tem que ter tudo isso. Finalmente isto

culmina tudo com o Centro que nós vamos ter, que vai estar sediado no tal secretariado que é a base, porque todos os carros que vão estar na cor-rida estarão munidos de GPS, por-tanto todos os chefes de cada uma das equipas, quer médica, quer proteção civil, bombeiros, forças de segurança, vão sempre saber, ao segundo, onde é que cada carro está e podermos agir com a comu-nicação para os seguranças de estra-da e para as equipas médicas e de socorro para melhor interagirmos e lidarmos com as diversas situações, da melhor forma possível.

JO – O rali de Castelo Branco, depois destes 30 anos ausente é para continuar no Nacional de ra-lis?

AS – É uma promessa que é difícil de fazer. A intenção é que sim, mas isto é um rali que orça em mais de 130.000 euros. A Escuderia Castelo Branco é um clube sem fins lucra-tivos. Todos os colaboradores que vão estar neste rali ou em qualquer outra prova, são voluntários e por-tanto estamos a falar entre 270 e 300 pessoas que vão estar neste rali e que precisamos delas nesta forma gratuita, podermos contar realmen-te com elas para que o rali se faça. Precisamos de ter a sensibilidade das entidades da cidade e dos em-presários, para que percebam que é preciso, todos nós, fazermos um esforço para que setas provas se possam manter. Eu, sinceramente acho que, o Rali de Castelo Bran-co, é uma mais-valia para a cidade, em particular, para o concelho, em geral, porque as unidades hotelei-ras, os restaurantes, a própria vida da cidade, a vida noturna, tudo vai mexe, como de resto costuma me-xer, quando a Escuderia organiza algum evento e portanto o nosso objetivo é promover a nossa região através do desporto motorizado. Nós no que toca ao desporto moto-rizado, tenho consciência que, esta equipa o faz muito bem. Agora é preciso que outras entidades da ci-dade sintam o mesmo pulsar que nós, se esforcem tanto, nomeada-mente os empresários da cidade e que invistam nisto. Não é possível, os hotéis ou os restaurantes enche-rem, se não houver aqui motivos para que isso aconteça. E isso é espetáculo. Isto é mais um espetá-culo. E é um espetáculo saudável, de família, isento de quezílias, de guerras e de xenofobias. O que nós queremos é continuar a promover este espetáculo. Agora toda a outra componente está do outro lado. Em tempo certo iremos conversar com eles. Perceber a sensibilidade deles. O que não queremos, de maneira nenhuma, é falhar nesta prova, Há 30 anos que não é feita aqui. Vamos mostrar às pessoas o que é o espetá-culo e eles depois farão a avaliação, se vale a pena continuar ou não. ■

CaSTELO BRanCO

José lagiosa

Escuderia encerra comemorações do 50ª Aniversário

nacional de ralis regressa trinta anos depois a Castelo Branco

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Jornal de OLEiROS 72014 OUTUBRO

Realiza-se, no próximo dia 19 de outubro, a 2ª Corrida Comen-dador Joaquim Morão, organiza-da e promovida pelo núcleo spor-tinguista de Castelo Branco e que conta com o apoio dos Municí-pios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão, para além da Freguesia da cidade al-bicastrense e de uma companhia de seguros. O apoio técnico está a cargo da Associação de Atletismo de Castelo Branco (AACB). Para dar a conhecer alguns pormeno-res da edição deste ano da prova, realizou-se na sede do núcleo, no passado dia 6 de outubro, uma conferência de imprensa que con-

tou com a presença de Arnaldo Brás, vice-presidente da autar-quia, do presidente da AACB, do presidente e de outros dirigentes

do núcleo do Sporting.Este ano e fruto da aprendiza-

gem da edição passada, o percur-so da corrida foi alterado, pas-

sando a ter cerca de 10 km com passagem pela zona de lazer. Já a caminhada, com 5 km, terá exata-mente o mesmo percurso do ano transato.

A corrida deste ano é apadri-nhada pelo antigo Campeão olímpico, atleta do clube leonino e de Teresa Lopes, também ela, antiga atleta sportinguista.

A organização espera bater o número de 600 participantes, do ano passado, ultrapassar alguns problemas verificados na pri-meira edição, tendo para o efeito alocado um elemento, a tempo inteiro, para a preparação e or-ganização do evento, colocando

assim a fasquia mais alta.A vinda de Carlos Lopes será

motivo para uma homenagem ao antigo campeão, que comemo-ra este em 2014, 30 anos sobre a conquista da primeira medalha olímpica. ■

CaSTELO BRanCO

*Coluna do Director-Adjunto

inQuietude

ConvicçõesO presidente do Instituto Poli-

técnico de Castelo Branco (IPCB), Carlos Maia, disse que o objetivo da aposta no ensino à distância passa pela diversificação das potenciali-dades e “para se chegar mais longe e a novos públicos”.

“Vamos aproveitar as potencia-lidades das duas instituições [Poli-técnico de Castelo Branco e Univer-sidade Aberta] para chegar a novos públicos e aproveitar a oportuni-dade para internacionalizar ainda mais a nossa instituição”, disse Car-los Maia à agência Lusa.

O IPCB e a Universidade Aberta (Uab) assinaram, em Castelo Bran-co, um protocolo de cooperação e intercâmbio, cujo objetivo passa pela implementação do ensino à distância na instituição de ensino superior politécnico.

“Este é um momento muito im-portante para o IPCB e, tendo em conta a nossa conjuntura, é mais uma ferramenta para captar alunos para a instituição”, adiantou o presi-dente do IPCB.

Carlos Maia explicou ainda que esta é uma “pretensão antiga” da instituição, que foi agora formaliza-da e colocada no terreno em parce-ria com a Uab, “o ‘top’ nesta área da formação à distância”.

Três pós-graduações em Produ-

ção Agrícola, Gestão de Negócios e Reabilitação Sustentável de Edifí-cios são os três primeiros cursos de ensino à distância no IPCB.

“Hierarquizamos estas [forma-ções], porque são, de facto, aquelas que nos parecem ter mais aceitação nesta fase. Não adianta estar a avan-çar já com muitas ofertas formativas até estar tudo consolidado”, adian-tou.

Para já, a instituição vai avançar com a formação dos professores e depois, gradualmente, “avançar-se-á para outras ofertas formativas, sempre em parceria com a Uab”.

“Somos o primeiro politécnico a contactar a Uab para iniciar este tipo de parcerias. Também aqui temos

alguma responsabilidade acresci-da, porque se o nosso caso for um sucesso será um incentivo para as outras instituições optarem por esta via”, disse Carlos Maia.

O presidente do IPCB recorda que “o mundo mudou e que, num mun-do global, o ensino não está confina-do às salas de aula nem a horários das ‘9:00 às 17:00”.

“As pessoas podem aprender em vários locais e em vários horários, consoante a sua disponibilidade e tempo. Esta é a grande vantagem em relação à formação presencial, que obrigatoriamente teremos tam-bém que manter”, concluiu Carlos Maia. ■

*Com Lusa

Protocolo assinado com a universidade Aberta

politécnico de Castelo Branco quer captar novos públicos

com ensino à distância

Núcleo do Sporting organiza 2ª corrida Comendador Joaquim morão

Aderi e militei, durante quarenta anos, no Partido Socialista. Apoiei sempre e sem reservas, todos os líderes eleitos democraticamente em Con-gressos ou em diretas.

Agora que passaram alguns dias sobre a eleição, nas Primárias no PS, de António Costa, a minha reação inicial e que ainda subsiste na minha mente é a de que não sei se vale a pena continuar neste PS. Tenho refletido e cada vez mais me convenço, de que está na hora e no momento certo para fazer uma mudança. Mudança que gostaria de fazer dentro do meu partido de sempre mas que não vai ser possível. A recusa dos militantes e simpatizantes do meu, ainda, partido, em construir a primavera que le-varia o Partido Socialista por novos caminhos, na procura da verdade, da decência, da honra e da construção de uma sociedade mais participativa baseada em valores como a liberdade, igualdade e fraternidade, pilares es-senciais dos ideários republicanos, deixam pouca margem para continuar a acreditar que possa ser neste novo PS, sufragado a 28 de setembro, que vai acontecer esta primavera de esperança e mudança.

Respeito a opção dos militantes e dos simpatizantes do PS, mas a mi-nha consciência dita-me que só serei um homem ainda mais livre se es-tiver disponível para seguir as minhas convicções, mesmo que isso im-plique uma opção entre lutar dentro ou fora do meu partido de sempre. Ser socialista, democrata e republicano não implica, depois de hoje, trilhar os mesmos caminhos dos últimos quarenta anos. Todo o processo que agora terminou diz-me que, em vez de uma primavera renovadora, o PS vai ter um outono e um inverno amargos, difíceis e irreversíveis.

Tenho e quero agradecer, publicamente, a todas e a todos aqueles que nas últimos meses estiveram comigo ao lado do Secretário-Geral do Parti-do Socialista, António José Seguro, na tentativa de manter viva a esperança de um partido renovado nos valores éticos, na decência, na legitimidade democrática, na construção de um Portugal liberto de amarras em relação ao passado próximo, de um Portugal virado para a construção com base na verdade e na fraternidade, todo o esforço que desenvolveram para que o futuro do PS fosse diferente. Ficam para a história, desde já, as Primárias. Outros caminhos se abrirão certamente no espetro político-partidário, que não os de pactuar com aquilo que desde o princípio apelidei de traição. E com traidores não comungo trabalho, projetos e convicções. Tomarei certamente uma decisão acertada, com base nos princípios repu-blicanos da Liberdade, Igualdade e Fraternidade!

José lagiosa

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8 Jornal de OLEiROS 2014 OUTUBRO

iDanHa-a-nOVa

Idanha-a-Nova é o concelho com maior área territorial abran-gida pelos limites da candidatura do Tejo Internacional a Reserva da Biosfera da UNESCO, cer-ca de 54% da parte portuguesa deste território transfronteiriço.

A informação foi avançada esta segunda-feira numa apre-sentação pública do projeto em Idanha-a-Nova, que reuniu responsáveis do Instituto de Conservação da Natureza e Flo-restas (ICNF), autarcas, empre-sários, estudantes, associações e outros agentes de desenvolvi-mento local.

O projeto junta os governos, português e espanhol numa candidatura ao programa “Ho-mem e Biosfera” da UNESCO para classificação do Tejo Inter-nacional como Reserva da Bio-sfera. A ser aprovado, será um “selo” que atesta a qualidade e sustentabilidade da biodiversi-dade nesse território transfron-teiriço.

A classificação como Reserva da Biosfera “promoverá o turis-mo e a visitação, dinamizará as economias locais e ainda o ma-rketing de produtos da região”, referiu o diretor do ICNF do Centro, Rui Melo.

O responsável salientou ain-da que as Reservas da Bioesfera

“são alvo de divulgação e obser-vação mundial”, facto que tor-nará o território mais atrativo para turistas de todo mundo.

Para o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, a classificação “acrescentará valor ao território e permitirá explorar oportunida-des no novo quadro comunitário de apoio”, fomentando também “uma maior cooperação trans-fronteiriça com os municípios envolvidos do lado espanhol”.

Como as Reservas da Bioes-fera são propostas por estados, ao impulsionarem a iniciativa

os governos português e espa-nhol “têm responsabilidades acrescidas com os territórios em questão”, acrescentou Armindo Jacinto.

O Tejo Internacional abrange uma região transfronteiriça em que o rio Tejo constitui a frontei-ra entre Portugal e Espanha, en-globando em território nacional partes dos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão.

A candidatura deverá ser apre-sentada na UNESCO ainda este ano. ■

Concelho integra candidatura do tejo internacional a reserva da Bioesfera

O Casqueiro, festival do pão, bolos e tradições voltou a encher de animação Idanha-a-Velha, transformando, no primeiro fim-de-semana de outubro, esta aldeia histórica numa grande mostra dos melhores sabores e saberes da re-gião.

Duas dezenas de expositores de pão e cerca de 150 expositores de artesanato e de produtos regionais foram as “estrelas” de um certame onde não faltou música ao vivo, animação de rua, espetáculos de teatro e jogos tradicionais.

Sobressaíram ainda as provas de pão em fornos a lenha, as oficinas do pão para crianças e o fabrico do maior casqueiro de Portugal: 1,80 metros de cumprimento, 40 cm de largura e 25 kg de massa!

Ao longo do fim-de-semana foi promovida a produção do pão, “uma riqueza que herdámos dos nossos pais e dos nossos avós e mais do que isso uma esperança para o futuro”, afirmou na inau-guração do Casqueiro Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova.

De acordo com o autarca, o ca-lendário de festivais no concelho visa a “valorização e divulgação dos nossos produtos de excelên-cia para assim proporcionarmos oportunidades aos produtores e empresários locais e criarmos eco-nomia, riqueza e emprego”.

O apoio ao licenciamento da ati-vidade dos pequenos produtores e a qualificação dos seus produtos tem vindo a dar frutos. Armindo Jacinto adiantou que hoje já se pro-duz pão em muitas das freguesias de Idanha-a-Nova, não só para vender na região mas também em Lisboa e até no estrangeiro.

A sexta edição do Casqueiro vol-tou a atrair milhares de visitantes que aproveitaram o festival, para descobrir o património de Idanha-a-Velha e do concelho.

O festival foi organizado em conjunto pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, União de Fre-guesias de Monsanto e Idanha-a-Velha e Liga dos Amigos da Fre-guesia de Idanha-a-Velha (LAFIV) e promovido pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa. ■

Idanha-a-Velha

pão e tradições “brilham” no

festival Casqueiro

É em Portugal que está a região mais envelhecida de toda a União Eu-ropeia.

Com 34,2% da população com mais de 65 anos, a região do Pinhal Interior Sul - situada no distrito de Castelo Branco - é a mais velha da UE, segundo as estatísticas regionais de 2013, reveladas esta segunda-feira pelo Eurostat.

A seguir à região portuguesa, a nível europeu, fica a Euritânia, na Gré-cia, com 32,2% de população idosa. Mas se olharmos ainda para dentro de Portugal, logo a seguir à região do Pinhal Interior Sul está a Beira In-terior Sul, onde se localiza Penamacor e Vila Velha de Ródão, com 27,9% de população idosa (mais de 65 anos). Exatamente com a mesma propor-ção está a região italiana de Trieste, mostram os dados.

O anuário regional de estatísticas do Eurostat permite olhar com mais detalhe para cada país da UE, comparando as regiões em específico e não apenas os países na sua totalidade (o Eurostat disponibiliza visu-alizações interactivas dos dados ). A análise permite, por isso, retratar a diversidade regional que existe na organização, dando a conhecer esta-tísticas de 272 regiões dos 28 Estados-membros.

Se as populações mais envelhecidas estão em Portugal, na Grécia e em Espanha, as mais jovens estão em França e na Irlanda. O que o es-tudo conclui é que em 2013 as regiões com mais jovens até aos 15 anos se localizavam geralmente em países com elevadas taxas de natalidade e fecundidade. ■

* Fonte Expresso, com a devida vénia

portugal, um país envelhecido

A Associação Cultural e Des-portiva do Ladoeiro (ACDL, inaugurou no passado dia 4 de outubro, a sua nova sede.

O espaço, construído com fi-nanciamento da Câmara Munici-pal de Idanha-a-Nova, dispõe de salão de convívio, sala de troféus, gabinete da direção, sala multiu-sos e sanitários.

A cerimónia de inauguração foi presidida pelo presidente da Câmara, Armindo Jacinto, para quem é essencial o investimento “nas pessoas do concelho, que são quem todos os dias luta para fazer de Idanha-a-Nova um terri-tório de futuro e de oportunida-des”.

O autarca enalteceu o trabalho desenvolvido pela ACDL, “uma associação cheia de vida e juven-tude, que tem desempenhado um papel importante na promoção do desporto e da cultura, e que, por isso, merece a inauguração desta sede”.

Com 38 anos de atividade, a ACDL aguardava há quase qua-

tro décadas a construção de uma sede, lembrou o presidente da associação, José Manuel Salvado, que agradeceu o apoio da Câma-ra de Idanha-a-Nova para que a obra se tornasse finalmente reali-dade.

O responsável coloca agora um desafio: “Contamos com todos para fazer desta sede um espaço de encontro entre diferentes gera-ções que, com alegria e sabedoria, convidará ao desenvolvimento cultural e desportivo no Ladoeiro e no concelho de Idanha-a-Nova”.

Presentes no ato inaugural esti-veram, entre outras entidades, a Junta de Freguesia de Ladoeiro, representada pelo seu presiden-te Gonçalo Costa, e a Associação de Futebol de Castelo Branco, re-presentada por António Marcelo, que ofereceu uma lembrança à ACDL.

Este dia histórico para a Asso-ciação do Ladoeiro foi ainda assi-nalado, com um festival de folclo-re, integrado nas comemorações do 2º aniversário do Rancho Fol-clórico da ACDL. ■

Associação cultural e desportiva do ladoeiro

inaugurada sede há muito aguardada

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Jornal de OLEiROS 92014 OUTUBRO

Esta frase, transporta-me à mi-nha juventude e recorda-me o título de um filme à boa manei-ra do oeste americano, cheio de pistoleiros e de tiros de pólvora seca.

Mas não é do filme que preten-do falar-vos, mas sim da notícia que ouvi na televisão, acerca da penalização das pessoas que maltratam animais. Fiquei con-tente e ao mesmo tempo triste, pelo motivo que mais à frente apontarei.

Esta legislação, mais ou menos severa e bem, sempre existiu e julgo que a sua aplicação se sim-plificou e se perdeu no tempo, devido à diminuição da fiscali-zação, perante tantos problemas sociais que vão surgindo e urge dar resposta, problemas alguns para os quais ainda hoje, a hu-manidade estuda respostas.

Que bom, este assunto voltar a ser notícia. Lembrarem-se nova-mente destes animais, daqueles ditos irracionais, que tudo so-frem e consentem, que só comem quando e o que lhe dão, que não refilam, que nos guiam, que são companheiros fiéis, em nada im-portunam e são na verdade, um tesouro.

Mas vejam bem. Mesmo assim, mesmo desprovidos de todos os elementares direitos, os irracio-nais acabam em grande parte, por ser mal tratados e em último caso, “abatidos ao efetivo”, como vulgarmente dizemos.

Dá para pensar. É triste nascer-se animal irracional. As plantas, essas ainda são regadas, aduba-das, tratadas com candura, com-pletando imponentes jardins e dando o seu contributo, para um harmonioso e salutar ambiente.

Olhando para os humanos, bem sei que também existe le-gislação, para a nossa espécie, dita “animais racionais”. Esses direitos estão devidamente con-

sagrados e, assim à priori, basta-ria coloca-los em prática e tudo correria na perfeição.

E é aí que está, a razão da tristeza que acima vos falei e o motivo fulcral, deste meu apon-tamento.

Vejamos. Qual de nós ainda não viu animais vagueando por essas ruas, cobertos de chagas, de “fato” bem apertado, sofridos de tanto abandono?. Já vimos e certamente já denunciámos estes e outros casos.

E quem de nós não sabe de animais, dos tais racionais, que no limite da sua solidão e capa-cidade de resposta para a sua auto sobrevivência, num misto de súplica e esperança, esperam em vão pelo seu familiar.

Mas esse familiar, embora co-nhecedor da dor do ente querido, recolhido nas mais estúpidas desculpas, teima em não chegar, “para o seu “acolhimento” e este “longínquo” familiar, perde para sempre, o privilégio de “abraçar” e receber o “testemunho”.

A vida, é tal qual a conhecida prova de estafeta. É que o nosso tempo, chegará um dia e certa-mente também nós estaremos ansiosos, por aquele piedoso abraço e prontos para passar o testemunho.

Quanto eu gostaria que esta gente que sofre, fosse devida-mente sinalizada e que esses ditos “familiares”, menos sensí-veis aos dilemas dos seus mais diretos ente queridos, fossem acompanhados, para que termi-nem mais maus tratos, o saque de bens, os esquemas ardilosos e as promessas nunca compridas, que debilitam e levam à consu-mição final.

Sei do que vos falo, pela vi-vência nas Instituições de Soli-dariedade que modestamente e voluntariamente, vou servindo.

O que pretendo com este apon-tamento é uma reflexão, é sim-

plesmente alertar e sensibilizar os mais apagados, os afastados ou já completamente desenraiza-dos. A vida pode ser bem mais fácil se o nobre sentido da res-ponsabilidade, for nosso compa-nheiro. A vida deve ser vivida na base da partilha. Dar e Receber. Bem sei que muitos não podem dar, devido às circunstâncias da vida que todos conhecemos, mas não é desses que vos falo.

É pena que as Instituições se-jam obrigadas a agir, a sobrepor-se, a absorver o lugar da família, quando a família, deveria viver este nobre sentimento, na pleni-tude isto é, ser UMA VERDA-DEIRA FAMÍLIA.

Para as Instituições bastam aqueles que nada têm, nem famí-lia, nem bens que possam alienar e através deles, angariar meios para sua sobrevivência.

Se calhar penso mal, mas julgo que a filosofia de vida que vive-mos, está desprovida de valores. Sofrer e Morrer é um ato banal, de tal modo banal que por mui-tos é sentido e vivido como uma profunda chatice, um incómodo felizmente passageiro.

Para nós todos, deixo as pala-vras de A. Neilen

“Se não sentiste muitas vezes a alegria de dar, perdeste muito e, sobretudo , perdeste-te a ti pró-prio”.

E cito também as palavras do Doutor Rodrigo Guedes de Car-valho, tantas vezes por si profe-ridas no términus do “seu” tele-jornal;

“E assim vai o país e o mun-do”.

E não se vislumbram grandes mudanças de comportamento. Sinto-o à porta desta ou daquela superfície comercial, no decor-rer de mais uma nobre missão solidária. A postura e altivez de muitos, leva-me a concluir que infelizmente, a oeste nada de novo. ■

a oeste nada de novo...

João Freire

No âmbito da celebração do Dia Internacional do Idoso, assi-nalado anualmente a 1 de outubro, foram mais de 600 os idosos do concelho que responderam à chamada do Município e partici-param neste agradável acontecimento. A iniciativa destinava-se a todas as pessoas com idade superior a 60 anos e realizou-se numa tenda instalada no Recinto da Feira do Pinhal. Esta revelou-se um enorme sucesso e teve o mérito de reunir, num salutar convívio, idosos de todo o concelho.

Presente no local esteve uma das Unidades Móveis de Saúde do Município, onde os participantes podiam efetuar um rastreio ao nível da glicémia, tensão arterial e diabetes, o qual esteve a cargo das técnicas da Unidade Local de Saúde de Oleiros. Na ocasião, houve ainda espaço para a realização de um rastreio visual e au-ditivo por parte de uma empresa da região. A saúde e o bem-estar das pessoas foi uma das tónicas do evento gratuito que contou também com uma aula de ginástica orientada pelos técnicos da área do Desporto da Câmara Municipal.

A animação foi outra das marcas dominantes deste encontro, ou não fosse também aquele o Dia Internacional da Música. Assim, do ponto de vista musical, passaram pelo palco do recinto: toca-dores de acordéon e harmónio do concelho e o grupo Cantigas na Eira, o qual executou uma seleção dos melhores sucessos de sem-pre da música popular portuguesa. As várias atuações fizeram as delícias de todos os presentes que aproveitaram para dar um pezinho de dança num animado baile. O humor também marcou presença neste dia, com a contagiante presença do grupo de teatro voluntário da Casa da Cultura de Oleiros que ainda se encarregou de oferecer umas lembranças aos participantes.

No final, foi servido o jantar, a cargo de uma empresa local e foi distribuído o bolo comemorativo, com 60 Kg, o qual adoçou ainda mais este dia dedicado à população sénior do concelho. ■

município de oleiros assinalou

dia internacional do idoso

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10 Jornal de OLEiROS 2014 OUTUBRO

Joaquim Vitorino Astrónomo Amador

Maria dos reis loução Martins Fernandes

até algum dia...

Os dias prósperos não vêm por acaso, são fruto, tal como as searas, de muito trabalho, muita fadiga e muitos intervalos de desalento.

Tudo se consegue ao longo da vida com muita força de vonta-de, perseverança, coragem e trabalho. Nunca abdicar do sonho que um dia se tentou alcançar!

Aqui surgem sociedades diferentes, pessoas distintas com ma-neiras de agir e de estar próprios de instinto refinado para os negócios e começam desde cedo a sobressair nos lucros fáceis e riquezas multimilionárias, até além-fronteiras.

Eles conseguem vencer e progredir, porque têm um valor sin-gular e dominador para o negócio e muitas vezes afundam sub-tilmente no seu insconsciente, sentimentos que, eventualmente, possam surgir em silêncio contestando qualquer operação menos meritória.

A verdade é que estes indivíduos são absolutamente necessá-rios à sociedade com os seus impérios de capital, porque ajudam a completar e a construir tudo o que lhe é anexo...

Até algum dia!Por outro lado, surgem aquelas pessoas que, desde pequenas,

começaram a guardar dentro da sua memória os ensinamentos colhidos da vida colhendo dentro si lições aprendidas no seio da família, do trabalho, na escola do seu tempo e gravam dentro do seu coração a lembrança que os acompanhará sempre da bele-za incomparável duma grande seara ao vento acompanhada das cantigas das ceifeiras regadas de suor, já ao pôr-do-sol!

Estes indivíduos serão um dia, por amor à terra, grandes agri-cultores, industriais, exportadores ou simplesmente homens do campo.

Sentem dentro de si a terra como parte inconsciente de si pró-prios, o único e maior bem que nunca trairá o Homem como qual-quer outro valor efémero e fugaz!

Tudo terá um dia fim!Mas a terra ficará sempre!!! ■

Jornal de Oleiros, Parceiro

A Terra está a transformar-se num Planeta enfurecido; o pro-cesso foi desencadeado e será extremamente difícil de travar, porque os países com grande peso industrial e que dariam o maior contributo para atenuar o “Holocausto no Ambiente” que se aproxima, não estão dispostos a sacrificar as suas políticas de crescimento que estão inevita-velmente ligadas à agressão do nosso Habitat.

O “Berço do Homem” está a ser vítima de uma feroz violação não só à atmosfera que respira-mos e os solos que nos alimen-tam mas sobretudo, na poluição dos Mares e Oceanos que estão a ser desventrados para a extra-ção de crude e outros minérios, para alimentar os formiguei-ros humanos e uma civilização sem regras nem planeamento demográfico; tudo em nome de um “falso benefício” que não se compadece com o ecossistema global.

Existem situações que já não têm retrocesso, como as deze-nas de milhares de outras es-pécies que levámos à extinção e que poucos falam nelas, porque somos todos culpados pelo seu desaparecimento.

Sacrificámo-las em nome do desenvolvimento tecnológico que não levou em conta os da-nos colaterais causados pelas três revoluções industriais; em que a primeira começou há mais de 300 anos. As recentes cheias nos Balcãs e posteriormente no centro da Europa e no Reino Unido, são só pequenos indícios do que nos espera. Também em Portugal; a 22 de Setembro em

simultâneo e à mesma hora, a baixa de Lisboa e da Lourinhã que distam uns 50 quilómetros, foram alagadas em apenas uma hora.

Alguns povos no Norte de Africa são fustigados com se-cas prolongadas e enfrentam grandes dificuldades no abaste-cimento de água, sendo apenas o princípio do que está para vir se não houver uma viragem na persistente utilização do plástico e combustíveis fósseis, que são os principais agressores do am-

biente.O degelo nos polos da Terra

indiciam que Nações inteiras te-rão que sair das suas fronteiras para fugir à subida das águas que irá provocar uma alteração climática a nível global, onde o abastecimento alimentar será muito penalizado. Noutros lo-cais a escassez da água obriga as populações a fixarem-se à beira dos grandes rios, que em pouco tempo serão poluídos e as suas águas contaminadas, obrigando a consecutivas deslocações de povos que serão “empurrados para guetos dentro dos seus próprios países” onde inevita-velmente acontecerão lutas pela sobrevivência que como conse-quência haverá violação dos di-reitos humanos que nestes casos extremos serão palavra morta.

Os cientistas sabem o que têm pela frente e lançam o alerta, mas pouco mais podem fazer porque

não têm poder decisório para tentar inverter o mal que está feito mas que ainda pode ser ate-nuado se as grandes potências emergentes assim o decidirem porque a escolha será simples; ou contribuem para a salvação do Planeta Terra e o futuro dos seus povos num contexto ime-diato; sabendo que a catástrofe que estão a provocar levará ao desaparecimento da espécie hu-mana, ou preferem unir esfor-ços para continuarmos por aqui mais uns milhares de anos até

conseguirmos sair em busca de outro planeta com as condições de podermos dar continuidade à “espécie humana” se for esse o nosso desígnio.

Um fenómeno de que poucos cientistas falam, são os “Sinkho-les” (buracos no solo) que estão a aparecer um pouco por toda a parte, em que uma das causas pode ser o desventrar contínuo da crosta terrestre em busca de minérios e petróleo; que pode causar abatimento de terras em grande escala, sendo no fun-do dos mares e Oceanos o mais preocupante; pois pode originar marmotos que levarão à destrui-ção de Cidades costeiras com milhões de habitantes.

Nunca existiram no Planeta tantas zonas em risco e outras com danos irreversíveis; limitar os estragos é tudo o que se pode fazer e terá que ser quanto antes, onde as mentalidades terão que mudar 360 graus para remediar um pouco o mal já feito, pelo que vamos aguardar o que se vai decidir em Paris em Dezembro próximo.

Vivemos numa civilização do plástico que leva milhares de anos para se degradar, e anda-mos em carros e vestimos roupas também de plástico; e passamos em breve a viver do plástico que compõe as lixeiras oceânicas e em terra; que levará inevitavel-mente a que no futuro, também será de plástico a nossa alimen-tação. ■

a terra, um planeta enfurecido

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Jornal de OLEiROS 112014 OUTUBRO

António Justo [email protected] www.antonio-justo.eu

Já thomas Hobbes, em 1651 no “levia-than” reconhecia que, no estado natural domina a luta de todos contra todos, e que, para se conseguir a paz, o povo re-nuncia à liberdade, submetendo-se a um governante.

Com o desenvolvimento da sociedade ocidental, em consequência da filosofia gre-ga e da cultura judaico-cristã, o indivíduo emancipa-se cada vez mais do grupo, espe-cialmente a partir da reforma protestante, da guerra da independência dos USA e da Revolução francesa. A consequência deste desenvolvimento deu origem à democra-cia representativa.

A segunda guerra mundial foi de tal modo humilhante para a pessoa humana que as nações reunidas determinaram ela-borar a Carta dos direitos humanos.

Na Assembleia Geral da ONU a 20 de Dezembro de 1993, 171 Estados assinaram a Resolução 48/141, comprometendo-se a observar os direitos do homem e a aplicar a protecção dos direitos humanos nas le-gislações nacionais. Há países que subme-tem os direitos humanos às leis da Sharia e outros não cumprem o que assinaram.

Conflito de Identidades individuais, grupais

e culturaistudo luta: uns pelos direitos (Demo-

cracia) outros pela religião! Por toda a parte, grupos de cidadãos entram em conflito com o Estado e gritam pelos seus direitos individuais ou culturais violados. Um sintoma claro da violação dos Direitos Humanos certifica-se no facto de Estados perseguirem ou não permitirem sequer organizações reivindicativas dos direitos humanos. Muitos governos especialmente muçulmanos e asiáticos rejeitam a concre-tização da convenção em nome da história e da tradição.

A acentuação da cultura ou comunida-de não precisa de ser contrária aos direi-tos individuais porque estes transcendem as culturas e devem ser garantidos dado o cidadão ter abdicado do direito de fazer justiça por próprias mãos, confiando esse direito ao Estado. Naturalmente há direi-tos individuais que colidem com a prática de estados e de culturas que se sobrepõem ao ideal da justiça para todos.

É um facto que o direito e a justiça es-tiveram em contínua mudança, sempre sob a plataforma cultural dominante. Os povos que viveram da colonização e da conquista impunham-se aos colonizados sem respeitar os seus direitos; esta é uma constante ao longo da História dos povos quer na colonização interna quer externa. Hoje as nações colonizadoras querem im-por a obrigação de respeito pelos direitos humanos às nações a quem outrora os não concederam. No concerto das nações nem todas têm de facto os mesmos direitos: as grandes potências determinam a marcha e desrespeitam as mais pequenas.

A identidade cultural se quer ser cen-trada no indivíduo deve ser exercitada em campo aberto que possibilite afirmação e

integração. Como a identidade individual se adquire através de um certo distancia-mento em relação ao grupo e a identidade cultural se assegura no distanciamento e afirmação em relação às outras culturas, a luta é aceite como dado natural. Cada povo tem uma configuração própria, uma forma de expressão, pensamento e acção deter-minada por valores, normas e instituições que no seu conjunto determinam uma cer-ta tensão relacional entre indivíduo e gru-po, o que possibilita o desenvolvimento de um e outro. Os factores culturais que mais emprestam significado e sentido especial à cultura são, por um lado a democracia e por outro a religião, como se verifica na luta cultural entre o Ocidente e o mundo islâmico ou entre o capitalismo e o socia-lismo.

Cada cultura concretiza-se e manifesta-se nas suas realizações e valores que dão significado ao seu desenvolvimento. A mesma história dá consistência e projecção à própria identidade que precisa de uma base para se desenvolver, à imagem de um rolo negativo que ajuda a compreender o presente, ao ser revelado. Na época da globalização seria de esperar maior per-meabilidade do indivíduo e das culturas evitando culturas e indivíduos a imposição dos próprios valores ou a fixação rígida na própria tradição.

Exportação de democracia como instrumento

de colonização?Cada cultura, para se impor, usa o que

tem: uns exportam a democracia/ideolo-gia e as armas, outros exportam a religião e a guerrilha.

O ocidente, para melhor impor a sua dominância em países economicamen-te menos desenvolvidos mas ricos em matérias-primas, alega o pretexto da de-fesa dos direitos humanos e em especial a democracia, para, em nome dela, desesta-bilizar estados. A exploração que outrora se impunha pela força introduz-se agora de maneira furtiva sob a exigência de que todos os povos devem tornar-se democrá-ticos à maneira ocidental; doutro modo, são castigados com sanções económicas ou vêm, nos seus países, movimentos emanci-patórios serem apoiados pelo Ocidente. O dilema da situação está, porém, no facto de países em vias de desenvolvimento precisarem de governos fortes e estáveis, e o desenvolvimento só ser possível, nes-tes países, com governos autoritários. O não reconhecimento desta realidade e in-teresses egoístas levaram a intervenções militares injustas.

Veja-se o resultado da intervenção na Líbia, no Iraque, bem como a revolta da geração internet do Norte de África, etc. Foi pior a emenda que o soneto. Onde os estados democráticos intervieram, domina agora, em grande parte, a miséria e a anar-quia. A organização do IS (terrorismo in-ternacional de extremistas islâmicos) que é preciso enfrentar com coragem, foi fomen-tada por um Ocidente só interessado em defender interesses próprios e imediatos, como se viu no caso da Síria.

Se a democracia e os direitos do homem estivessem em primeiro plano, o Ocidente promoveria nestes países as economias lo-cais e não o negócio com as armas, investi-ria no bem-estar e na formação e fomenta-ria a estabilização de estados. Os Estados ocidentais praticam, ad extra, uma política hipócrita exigindo deles o cumprimento de valores abstractos e praticando dentro dos próprios países a decadência dos próprios valores. Deste modo o Ocidente não tem legitimação nem qualificação moral para se armar em julgador de outros povos e culturas.

Que fazer para melhorar a situação?

A situação em que se encontram os po-vos onde há litígio armado é diferente da dos povos ocidentais; por isso a nossa so-lução não pode ser a mesma que a deles; isto numa perspectiva de querer resolver problemas no sentido de uma satisfação

mútua. O problema não está nas pessoas mas na situação em que se encontram, e no facto de uns pertencerem a países coloni-zadores e outros a países colonizados, uns serem colonizadores e outros pretenderem sê-lo. Tudo isto cria uma relação de assi-metrias e leva à contradição entre valores e interesses. No âmbito da violência é pre-ciso resistir para que o mal não aumente. Mesmo assim o Homem resigna porque não conciliará o direito e a liberdade e jun-ta a injustiça à desordem.

Nem o monopólio de interpretação cul-tural nem o monopólio da verdade favo-recem o desenvolvimento individual e colectivo. Interpretações culturais devem situar-se sempre no âmbito do hipotético e com o fim de desenvolvimento mútuo, numa de entreajuda e colaboração comple-mentar. A violência é derrota porque des-trói a pessoa, cria vítimas e não reconhece a perfeição. A situação no Iraque e na Síria parece decorrer entre fraqueza seduzida e ferocidade irritada. ■

Defesa dos Direitos Humanos e da Democracia Um outro Modo de continuar a Colonização?

da imoralidade dos chamados países civilizados

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12 Jornal de OLEiROS 2014 OUTUBRO

aconteceu em oleiros

Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra

Rua dos Bombeiros Voluntários - OleirosTelefone 272 681 015 . Fax 272 681 016

LEIA ASSINE E DIVULGUE

António graça

O autor ignora o Novo Acordo (?) Ortográfico

O FaROL

Passos Perdido(s)(resumo)

Que os titulares de cargos públicos tenham uma atitude honesta, moral e ética, é uma exigência de todos os cidadãos.

Em política os crimes não prescre-vem.

Prescrição não é a absolvição, mas, apenas, a viabilização das suspeitas

A maioria dos portugueses ti-nha razões para adjectivar o pri-meiro ministro de mentiroso, uma vez que, como é sabido e ampla-mente documentado, assim que chegou ao poder fez exactamente o contrário do que havia afirmado na campanha eleitoral para o acto do qual o seu partido saiu vito-rioso, e que deu origem ao actual governo.

Mas, ao que parece, há também uma certa dose de patologia am-nésica.

Vem isto a propósito do ac-tualmente tão mediático “Caso Tecnoforma”, originado por uma denúncia anónima comunicada ao Ministério Público, segundo a qual o, ainda 1º ministro teria re-cebido daquela empresa a quantia de cerca de €150.000, alegadamen-te durante um período em que seria deputado à Assembleia da República, em regime de exclusi-vidade.

Estariam em causa então as res-postas de Passos Coelho às seguin-

tes questões:a) - Recebeu, ou não, da Tec-

noforma, ou de uma empresa sua associada, a módica quan-tia de €150.000 ( à data, cerca de 30.072.900$00, resultantes de uma remuneração de cerca €5.000/mês?

b) - Durante o período em que terá recebido esses montantes era, ou não, deputado à AR, em regime de exclusividade?

c) - Se recebeu os montantes em causa, declarou-os para efeitos de IRS?

A resposta cabal e esclarece-dora, que Passos Coelho, caso as acusações que lhe foram feitas não passassem de calúnias, deveria dar sem rodeios, foi por ele con-tornada recorrendo a expedientes, empurrando-a ora para o Parla-mento, ora para a Procuradoria-Geral da República, tendo, com este comportamento, pouco digno de uma figura do estado, criado uma nuvem de suspeitas sobre a sua actuação neste caso.

As entidades de que Passos se socorreu para queimar tempo, acabaram por não dar qualquer contribuição para o esclarecimen-to do caso.

A secretaria-geral da AR, cujo responsável fez parte de governos de Pinto Balsemão e de Cavaco silva, apressou-se a atestar que Passos Coelho não tinha desem-penhado o lugar de deputado em regime de exclusividade, informa-

ção que se provou, posteriormen-te, ser falsa, ou seja, no dialecto da Sra. Presidente da AR, deu-se um “ inconseguimento informacio-nal”. Este episódio deveria consti-tuir fundamento suficiente para a exoneração do secretário-geral da AR.

Ao empurrar o assunto para a PGR, Coelho sabia, ou deveria sa-ber, que esta iria invocar a impos-sibilidade de actuação, uma vez que os supostos crimes em causa haviam prescrito.

Passada que foi quase uma se-mana neste jogo do empurra, fi-cou a saber-se que o 1ºministro responderia a todas as perguntas políticas que lhe fossem coloca-das, no decurso da sua habitual presença quinzenal na AR.

Chegou, finalmente, o grande dia, sexta-feira 26 de Setembro, no qual, expectavelmente, todas as dúvidas iriam ser esclarecidas.

Só que, a montanha pariu um rato.

Começando, com o seu habitual narcisismo político, por se armar em vítima dos influentes, aos quais as suas decisões políticas incomo-dam (eu acho que incomodam muito mais os que não têm o po-der de influenciar), e dos jornais, que querem é vender, passando pelos documentos forjados, Passos Coelho negou ter recebido venci-mentos da Tecnoforma, durante o tempo em que desempenhou a função de deputado em regime de

exclusividade, e que apenas foi re-embolsado de despesas de repre-sentação.

Questionado sobre a origem dessas despesas, falou, vagamente, sobre deslocações a Cabo Verde, a Bruxelas e ao Porto, relacionadas com a instalação de uma Univer-sidade naquele país africano, não se tendo pronunciado quanto ao montante dessas despesas, nem, em meu entender, claramente qual a entidade que o reembolsou, se a Tecnoforma, se o Centro Portu-guês para a Cooperação C.P.P.C., entidade associada da Tecnoforma cuja situação actual parece ser um enigma.

Tais reembolsos, a terem existi-do, deveriam ser obrigatoriamente suportados por documentos justi-ficativos, arquivados na contabili-dade da entidade pagadora.

Acontece que, Passos Coelho não tem em seu poder cópias dos referidos documentos, o que eu acho perfeitamente natural dado o tempo decorrido.

Acontece igualmente que, hoje em dia, parece que ninguém sabe o que é feito do CPPC, e, conve-nientemente, muito menos se sabe do paradeiro dos seus arquivos contabilísticos.

Quanto à Tecnoforma, a sua contabilidade foi apreendida pelo DCIAP, que, segundo notícia vin-da a público, recusa a sua consul-ta.

Parece que, face ao exposto, e,

com obstáculos de tal monta, será difícil proceder a uma clarificação adequada do caso, ficando o 1º ministro, enquanto tal clarificação não for feita, sob o manto de sus-peitas que ele próprio teceu, o que, com uma oposição renovada, ain-da lhe pode causar muitas dores de cabeça.

De salientar ainda que na sessão da AR, a assessoria de Passos Co-elho, terá divulgado um despacho do senhor procurador do DCIAP sobre o conteúdo dos documentos contabilísticos da Tecnoforma e a sua relação com a denúncia feita sobre a actuação do então deputa-do Passos Coelho, com o seguinte teor:

“ Da documentação enviada peal Tecnoforma ao Mistério Pú-blico, não se retira qualquer ele-mento que permita suspeitar da ocorrência de quaisquer outros factos com eventual relevância criminal, complementares àqueles que constam da denúncia.”

Aqui, e admitamos que foi por ter de elaborar ocomunicado à pressa, a assessoria de Passos Coe-lho, omitiu o resto do despachoon-de se lia ainda, ”A documentação enviada, livros de contabilidade, em nada contribui para o esclare-cimento material da factualidade objecto do presente inquérito”.

Mais uma vez se aplicou a teoria da meia verdade, tão do gosto do actual governo,

Até breve ■

Querida lusitânia

“ Nem tudo o que é legal é honesto”(Cícero, filósofo e político romano Sec I A.C.)

hotel de santa margarida recebe dia 18 de outubro

nasCidos em 1963

Com um vasto programa que inclui Missa, recepção e jantar no Hotel com música, este grupo volta a celebrar.Parabéns a todos

No pretérito dia 10 de Outubro, o Hotel de Santa Margarida celebrou o 2º aniversário com uma recepção aos Amigos e Clientes com uma noite de fados e petis-cos do Hotel.

Destacamos o aniversário e o evento e formulamos votos de sucesso continuado.

O Hotel de Santa Margarida veio colmatar alguma carência a este nível e, num momento de afirmação do Concelho na área do turismo, reforçou a oferta diferen-ciada, saudando-se a qualidade que exibe no serviço.

Impossibilitados de ter estado presentes, saudamos a Direcção e Equipa. ■

hotel de santa margarida celebrou o 2º aniversário

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Jornal de OLEiROS 132014 OUTUBRO

PEnaMaCOR

Beira Baixa defende majoração do fomento à natalidade na re-gião

A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) defendeu hoje que as medidas para fomen-tar a natalidade devem ser ma-joradas nos territórios onde essa redução é estrutural e não conjun-tural.

“Há dois tipos de redução da natalidade: uma que é conjuntu-ral e que advém desta crise, e ou-tra, estrutural, que já se verificava antes, nomeadamente em regiões como a que integra esta comu-nidade intermunicipal”, disse o presidente da CIMBB à agência Lusa.

A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa inclui os concelhos de Castelo Branco, Proença-a-No-va, Penamacor, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Oleiros.

João Paulo Catarino explicou que a CIMBB defende que “as medidas que venham a ser toma-das [pelo Governo] para fomentar a natalidade tenham em conta as duas realidades”.

E, onde a crise da natalidade é estrutural, os territórios “têm que ser substancialmente apoiados com uma majoração em relação aos restantes, senão continuar-se-á sempre pior e nunca mais se corri-gem as assimetrias”, adiantou.

Segundo o presidente da CIMBB

e da Câmara de Proença-a-Nova, “é fundamental haver essa majo-ração positiva para os territórios onde a redução da natalidade é estrutural”.

Neste sentido, a CIMBB decidiu “sensibilizar” o Governo para que “esta realidade seja atendida” em futuras medidas de fomento à na-talidade.

João Paulo Catarino sublinhou ainda que, com a crise e a atual conjuntura, a redução substancial da natalidade passou a ser um problema nacional. ■

*Com Lusa

O Presidente da República, no discurso oficial das comemorações do 5 de Outubro, manifestou pro-funda preocupação sobre a situação político-partidária e o afastamento dos eleitores das instituições do Estado. Chegou mesmo a admitir a implosão do sistema, tendo sido muito incisivo no apelo ao consenso entre as forças partidárias para a re-forma do sistema político e as gran-des opções políticas para o futuro a médio prazo.

É certo que a crescente subida sustentada da taxa da abstenção nos sucessivos actos eleitorais é bem re-veladora do descontentamento e do desinteresse dos portugueses pe-rante a vida política. Também não podemos ignorar o descrédito cres-cente dos Partidos e das instituições do Estado revelado nas sondagens e inquéritos de opinião.

Nas eleições legislativas considero que a alteração do sistema eleitoral é condição necessária para o com-

bate à abstenção, no pressuposto de que é adoptado um mecanismo que aproxime os eleitos dos eleitores, seja através de círculos uninomi-nais, seja mediante um voto prefe-rencial que permita a opção entre os elementos da lista plurinominal submetida a sufrágio.

Curiosamente, quer Pedro Passos Coelho, desde que se candidatou pela primeira vez à liderança do PSD, quer António José Seguro, na recente campanha interna para o referendo do PS, defenderam pre-cisamente aqueles objectivos para a revisão da lei eleitoral! E até sintoni-zaram noutro aspecto que conside-ro muito relevante, qual seja a dimi-nuição dos número de Deputados de 230 para 180, isto sem afectar a proporcionalidade nem a represen-tatividade dos Partidos, pois conco-mitantemente seria adoptado um círculo nacional de compensação visando repor as distorções even-tualmente causadas pelos círculos uninominais.

Infelizmente, as perspectivas de acordo neste domínio são mui-to ténues pois, do lado do PSD, é manifesto que o CDS obstaculiza qualquer acordo neste sentido, sob

pena de rotura da coligação, ou seja, o PSD está refém do CDS; do lado do PS, se é certo que António Costa rejeita a diminuição do número de Deputados, não é claro se alinha ou não nas transformações neces-sárias à aproximação dos eleitores aos eleitos. Veremos o que propõe aquando da apresentação da moção de estratégia ao próximo Congresso dos socialistas.

É certo que estamos muito perto do próximo acto eleitoral, mas creio que ainda seria possível um acordo PSD/PS neste âmbito desde que, como condição necessária, o pró-prio Presidente da República assu-ma directamente ou por interposto representante idóneo e aceite pelas partes, a mediação das negociações.

Aliás, creio que só este sistema de mediação, tão comum em diversos países europeus para a procura de consensos duráveis sobre as ques-tões nacionais mais prementes e relevantes, poderá na conjuntura actual obter frutos significativos. Compreende-se que assim seja pois a proximidade das eleições legisla-tivas acentua a acrimónia entre os Partidos e a necessidade de acen-tuarem as suas diferenças, facto

este que é agravado pela subida de António Costa à liderança do PS e a necessidade de afirmação de um projecto político autónomo e alter-nativo ao da actual maioria parla-mentar.

A propósito, não posso deixar de realçar o aspecto positivo que representou o referendo interno do PS. Foi um êxito assinalável ao abrir a não militantes as opções até agora estritamente partidárias e conseguir por essa via uma participação mui-to significativa. O PS, importa reco-nhecê-lo, deu um contributo muito positivo para a democratização do sistema partidário e obriga assim os demais Partidos a uma reflexão interna muito séria sobre a adopção desta ou de outras modalidades que abram as suas portas à participação dos eleitores.

De qualquer modo - insisto neste ponto - creio que não basta a Cava-co Silva apelar aos consensos e alar-mar os cidadãos com um pessimis-mo deslocado face ao futuro (não se lhe ouviu uma única palavra de esperança no futuro, mobilizadora dos cidadãos, o que não pode ficar sem forte reparo). De resto, não tardaram os habituais críticos e até

alguns apoiantes (caso de Marce-lo Rebelo de Sousa) a salientar as responsabilidades dele próprio na situação a que o País chegou, face às responsabilidades que lhe cou-beram no exercício do cargo de Primeiro-Ministro e, nesta última fase, enquanto Presidente da Repú-blica...

Por isso considero que deve ser ele a tomar a iniciativa, directamen-te ou por interpostos mediadores, de desencadear negociações entre as principais forças políticas em or-dem à busca de consensos duráveis para as reformas que se impõem a as opções essenciais para o futuro.

Considero ainda que, indepen-dentemente dos resultados dessas diligências, deve antecipar as elei-ções legislativas para a próxima Primavera - altura em que o actual Governo perfaz quatro anos - e não aguardar por Outubro. Tal parece-me exigível pela situação político-partidária que vivemos, sendo certo que assim se afastam as legislativas das eleições presidenciais do princí-pio do ano seguinte e se permite ao novo Governo o necessário tempo de instalação antes de apresentar em Outubro o orçamento para 2015. ■

Colapso do actual sistema partidário?

António D’Orey Capucho

CimBB defende majoração do

fomento à natalidadeNo passado dia 1 de outubro, data em que se comemorou o Dia Internacional do Idoso, teve lugar no Jardim das Laranjeiras, na Bi-blioteca Municipal de Penamacor, a receção oficial dos alunos e pro-fessores pioneiros deste conceito, cada vez mais defendido pela Or-ganização Mundial de Saúde que o descreve como um processo de otimização de oportunidades, no sentido de aumentar a qualidade de vida durante o envelhecimento. O primeiro ano letivo conta com 71 alunos, com idades compre-endidas entre os 53 anos e os 84 anos, e dispõe de um corpo do-cente dinamizador, com espíri-to de voluntariado, algum tem-po livre e vontade de partilhar, composto por 20 professores e 15 ofertas formativas e lúdicas. Na cerimónia de receção aos alu-nos e professores, o presidente da ADRACES, Comendador Joaquim Morão, saudou todos quantos estão envolvidos neste projeto, que vem contribuir para o bem-estar e defi-nir novos objetivos de vida, porque a transição da vida ativa para uma fase de aposentação ou reforma deve ser feita de uma forma muito tranquila. Joaquim Morão falou da importância da Academia Sénior de Penamacor, “fundamental para preencher o tempo livre destas pessoas com coisas úteis. Com este projeto, será possível enquanto se aprende, ocupar o tempo livre”. Salientou ainda que “a ADRACES coloca os meios necessários para

por de pé este projeto que a Au-tarquia e Juntas de Freguesia, en-quanto parceiras da Academia têm por obrigação dar o seu contribu-to”, porque o envelhecimento ati-vo pressupõe o envolvimento em atividades diversas que possam es-timular cognitiva e fisicamente as pessoas que terminaram a sua vida ativa, mantendo-as socialmente in-tegradas e com objetivos definidos. António Realinho, diretor da ADRACES, sublinhou a importân-cia e a virtualidade deste projeto que “vai permitir ensinar a quem vem ensinar na Academia”. Esta troca de saberes contribui para “a melhoria e qualidade de vida dos alunos e, ao mesmo tempo, com-bater a solidão e o isolamento”. António Luís Soares, presidente da Câmara Municipal de Penamacor, evocou todos quantos deram alma a este projeto que está agora a co-meçar. “Acredito que seja mais um projeto de sucesso em Penamacor”, sublinha. O autarca deixou um

agradecimento aos alunos, “por-que sem esta adesão não era pos-sível aspirar ao sucesso”, e a todo o corpo docente que aceitou o desa-fio de forma totalmente voluntária. Na impossibilidade de estar pre-sente, o presidente da Associação Rede de Universidades da Ter-ceira Idade (RUTIS) enviou uma mensagem de congratulação pelo nascimento de uma nova Acade-mia Sénior que é sempre motivo de regozijo e satisfação. Luís Jacob refere “que os seniores de Pena-macor vão ser mais felizes e mais ativos. A vossa iniciativa é ainda mais louvável, porque é feita num contexto de interioridade que urge inverter”. Lembrou ainda os nú-meros desta Rede que “une as 230 academias e universidades senio-res portuguesas e que é a maior do mundo nesta área. São 35000 alunos e perto de 5000 professores voluntários envolvidos nesta aven-tura do saber ao longo da vida”, conclui Luís Jacob. ■

dia internacional do idoso

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14 Jornal de OLEiROS 2014 OUTUBRO

Maria EugéniaF: 8 de Setembro 2014

A Maria Eugénia deixou-nos em 8 de Setembro de 2014Estava em Lisboa, eram 18H40Fernando Sousa (Genro), a Isabel, e a Aurora de Sousa, Filhos e toda a Família deixam-lhe mensagem de eterna saudade.A Direcção do Jornal de Oleiros, apresenta condolências aos Amigos.

Faleceu em Oleiros o Professor António Mar-tins Ferreira de MatosFigura popular de que todos gostavam (recebe-mos inúmeros pedidos de publicação de nota da juventude de Oleiros), deixou-nos em 18 de Se-tembro.Nascido em 22 de Abril de 1952, filho de Celes-tino Ferreira de Matos e de Celestina da Con-ceição Matos, era respeitado e acarinhado por todos.O Jornal de Oleiros e o seu Director e Famí-lia, lamentam e enviam condolências à Família e Amigos.

Prof. António Martins Ferreira

de MatosN: 22 de Abril de 1952 F: 18 de Setembro 2014

Carne de qualidadePraça do Município . Oleiros • Telefone 962567362

Na Sertãencontro com alice vieiraNo próximo dia 18 de

outubro, a Vila da Sertã irá receber a visita da escritora Alice Vieira. Cerca das 15 horas a escritora estará na Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes, na Sertã, para um encontro com leitores. Segue-se a apresen-tação do livro “Os Armários da Noite” às 16h30m e, logo depois, decorre a habitual sessão de autógrafos.

Na biblioteca podem ser encontradas diversas obras de Alice Vieira, nomeada-mente “A bela Moura”, “A lua não está à venda”, “As três fiandeiras”, “Chocolate à chuva” e “Este rei que eu escolhi”, entre outras.

Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. Licenciada em Filo-logia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sempre teve a paixão pela escrita e pelo jornalismo. Co-laborou, desde cedo, em alguns jornais e participou em vários programas de televisão para crianças.

Foi distinguida com diversos prémios, nomeadamente o Pré-mio de Literatura Infantil do Ano Internacional da Criança (1979) pelo seu primeiro livro “Rosa, minha irmã Rosa”, o Prémio de Literatura para Crianças / Melhor Texto do Biénio (1983-1984) da Fundação Calouste Gulbenkian pelo título “Este Rei que eu es-colhi” e o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Funda-ção Calouste Gulbenkian (1986) pela conjunto da sua obra.

É considerada uma das escritoras portuguesas de literatura infantil e juvenil com maior sucesso: as suas obras encontram-se traduzidas em diversas línguas e editadas em inúmeros países europeus. ■

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Jornal de OLEiROS 152014 OUTUBRO

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Ficha técnicaDirector: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Director-adjunto: José LagiosaPresidente do Conselho Editorial: Dra Manuela Marques • Colaboradores Especializados: Eduardo Lyon de Castro (Vila de Rei) • Colaborador Especializado em atletismo: Manuel Geraldes (Juíz Técnico da Associação de Atletismo de Castelo Branco) • Depósito Legal: 372094/14 • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Sede: Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros • Editado por: Páginas de Motivação, Editora de Jornais, Unipessoal, Lda . Contribuinte nº 510 198 350 • www.jornaldeoleiros.com • email da redacção: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Ti-ragem: 5 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos*, Maria Alda Barata Salgueiro, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N de Carvalho, Vania Costa Ramos (Jurista), Maria Alzira Serrasqueiro • Fundão: Pedro Miguel Salvado • Luis Henriques • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (Áfri-ca Austral) • Carla Rodrigues Mendes Chamiça Reboucinhas de Cima (Cambas-OLR), Álvaro (Oleiros), Ana Silva, email: [email protected] • Fundão: Pedro Miguel Salvado • Correspondente em Castelo Branco: José Lagiosa, email:[email protected]>; Proença-a-Nova: Magda Ribeiro, email:[email protected]; Zona Oeste: Joaquim Vitorino, email: [email protected] • Catarina Fernandes (Lisboa) • Idanha-a-Nova: Carmo Barroso, email: [email protected] • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis Tel.: 910252676 / 910253116 / 914602969 e-mail: [email protected] • Depósito Legal: 372094/14

CONTACTOS ÚTEIS• Câmara Municipal – 272 680 130• Jornal de Oleiros - 922 013 273• Agrupamento de Escolas

do concelho de Oleiros – 272 680 110

• Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170

• Centro de Saúde – 272 680 160

• Correios – 272 680 180• G.N.R – 272 682 311

* João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros.

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O BARBAS ® - Clube de Praia T. 212 904 413

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Praia do Barbas - Costa da Caparica Tel: 212 900 163 • Fax: 212 918 758

Ponto Vermelho Tel.: 212 905 145 Av. 1º Maio, 36 Costa Caparica

Disc. Ondeando Tel.: 212 905 499 • TM: 969 870 434 Stª Marta de Corroios • Zona Industrial

Rua Estreita, s/n, 6185 - 179 Cambas (OLR)Telefone: 272 773 003

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16 Jornal de OLEiROS 2014 OUTUBRO

semáforoO Kartódromo de Fátima aco-

lheu a 4ª prova do Campeonato Nacional de Karting 2014 e onde o jovem piloto Fundanense, An-tónio Correia, marcou presença no lote dos 10 pilotos inscritos na categoria Juvenil.

Após as três sessões de treinos livres, onde os tempos que asse-gurou se cifravam no lote dos três mais rápidos, na única sessão de treinos cronometrados, que defi-niu a grelha de partida para a 1ª corrida de qualificação, obteve o 4º crono, largando assim da 4ª posição.

Na partida, um toque sofrido provocou danos no eixo do kart e numa jante, pelo que com este pequeno incidente e por forma a não arriscar demasiado em busca

da terceira posição, o seu objecti-vo passou a ser a defesa daquele lugar, o que consegiu, terminan-do na posição com que iniciou esta primeira corrida.

Na segunda corrida, largando novamente da 4ª posição fru-to de uma má partida, teve que defender-se dos ataques dos ad-versários que o perseguiam, per-mitindo desta forma que o grupo da frente se distanciasse e o qual não conseguiu alcançar, pelo que novamente assegurou o 4º lugar.

Na corrida final e partindo no-vamente do quarto lugar, logrou atingir a terceira posição, mas num sector do traçado, onde o ad-versário era mais forte, este últi-mo, concretizou a ultrapassagem, pelo que assegurou novamente a

quarta posição a uma distância considerável dos adversários que o perseguiam, mas a escassos metros da terceira posição.

Foi um fim de semana com bons

resultados, que motivam o piloto para a última prova do Campeo-nato que terá lugar nos dias 15 e 16 de Novembro no Kartódromo de Braga. ■

piloto do fundão brilha no Karting

Primárias nos grandes

Partidos vieram para ficar

Marcantes e decisivas no PS vão ser a partir deste momento essenciais nos grandes Partidos.

No PSD várias movimentações apontam para o avanpo de rui rio. Basta o PSD marcar datas.

E a urgência é imensa. Permi-tiria que o PSD fosse a Eleições com condições de vencer ao invés do que agora acontece. ■

Quatro artistas urbanos portu-gueses vão participar no “Wool On Residence” e transformar paredes e muros abandonados do centro his-tórico da Covilhã em peças de arte urbana, anunciou a organização.

“Será aquilo que podemos desig-nar de segunda edição do Wool - Festival de Artes Urbanas, que pro-movemos em 2011. Agora, passados três anos, voltámos a obter financia-mento e, naturalmente, regressamos às origens, ainda que num formato um bocadinho diferente, já que in-clui a residência artística”, referiu à agência Lusa Lara Rodrigues, da organização.

O evento, que decorre entre, o

passado domingo e o dia 26, reunirá os artistas Add Fuel, Bordalo II, Mr. Dheo e Tamara Alves, sendo que cada um será desafiado a produzir um mural individual que, tal como aconteceu da primeira vez, tenha como fonte de inspiração a cidade e a sua história.

“Seja pela geografia e pela proxi-midade com a Serra da Estrela, seja pela quantidade de paredes livres e de prédios devolutos que podem ser intervencionadas, seja pela histó-ria, seja pela população que acolheu este festival de forma única, a Covi-lhã tem um potencial artístico muito grande e acreditamos que os artistas não lhes ficarão indiferentes”, acres-

centou Lara Rodrigues.Esta responsável destaca ainda

o caráter de interação social do fes-tival, que tem a denominação de “Wool” (palavra inglesa que sig-nifica lã) num “tributo à história e às gentes da cidade”, pela ligação histórica que a Covilhã tem aos la-nifícios.

“Queremos contribuir para dar

uma nova vida aos locais, mas que-remos fazê-lo em ligação estreita com a comunidade. Queremos que as pessoas percebam e se identifi-quem com o que está a ser feito”, sublinhou, explicando que a comu-nidade pode marcar presença e até contribuir para o desenvolvimento dos murais.

Além da produção destes murais individuais que recuperarão muros e paredes em quatro artérias distin-tas da cidade, esta edição do “Wool on Residence” terá atividades para-lelas como palestras, conversas com artistas, exibição de filmes e a cria-ção de uma exposição itinerante.

Do programa consta ainda uma

ação de arte urbana participativa na qual os artistas convidados se des-loca a um bairro social do concelho da Covilhã para produzir um mural em conjunto com as pessoas que aí residem.

A concretização deste evento será financiada pela Direção-Geral das Artes, além de contar com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã e com o patrocínio e apoio de em-presas locais, nacionais e internacio-nais.

A ação também será inserida nas comemorações do dia da cidade da Covilhã. ■

*Jornal de Oleiros/Lusa

transformar paredes abandonadas em peças de arte

Artistas urbanos produzem murais no centro histórico da Covilhã