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1NOME DA PUBLICAÇÃO

Realização: ANDI Patrocínio: Petrobras Apoio: Unicef e Fundação Abrinq

Os comunicadores reconhecidos em 2005 como Jornalistas Amigos da Criança são apresentados nesta publicação por

meio de breves textos com o histórico de sua atuação na cober-tura da agenda social brasileira.

O material que você tem em mãos inclui também a relação com-pleta – dividida por unidades da Federação – de todos os home-nageados desde o início do projeto, em 1997. Traz ainda infor-mações acerca de uma pesquisa realizada recentemente para mensurar o impacto da iniciativa.

O projeto Jornalista Amigo da Criança é uma das principais ações coordenadas pela ANDI com o objetivo de estimular a ampliação e qualificação do tratamento editorial das questões relacionadas aos direitos infanto-juvenis.

Jornalista Amigoda Criança 2005

Jornalista Am

igo da C

riança – 2005

Realização: Patrocínio: Apoio:

Perfil dos Profissionais

Jornalista Amigoda Criança 2005

Realização: Patrocínio: Apoio:

Perfil dos Profissionais

2 PERFIL DO JORNALISTA AMIGO DA CRIANÇA 2005

ANDI – AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DOS DIREITOS DA INFÂNCIA

PRESIDENTE DO CONSELHO

Cenise Monte Vicente

DIRETOR-EDITOR

Veet Vivarta

COORDENAÇÃO DO PROJETO JORNALISTA AMIGO DA CRIANÇA

Daniel Gonçalves

EDIÇÃO DA PUBLICAÇÃO

André Camargo e Daniel Gonçalves

REDAÇÃO

Anjee Cristina, Rilton Pimentel e Daniel Gonçalves

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

André Nóbrega

PRODUÇÃO

Camila Melo, Cristiana Figueiredo e Monalisa Silva

IMPRESSÃO E ACABAMENTO

Coronário Editora Gráfica Ltda.

FICHA TÉCNICA SUMÁRIO

ANDI – SDS Ed. Boulevard Center, Bloco A, sala 101 – 70391-900 – Brasília, DFFone: (61) 2102-6508 / Fax: (61) 2102-6550E-mail: [email protected] Site: www.andi.org.br

http://www.andi.org.br

3PERFIL DO JORNALISTA AMIGO DA CRIANÇA 2005

APRESENTAÇÃO 4

JORNALISTAS DIPLOMADOS – 2005Adalberto Melo 7Alan Rodrigues 8Alexandre de Melo Portela Spengler 9Álvaro Bufarah Júnior 10Antônio S. O. Lima Neto 11Chico Otávio (Francisco Otavio A. da Costa) 12Cila Cerqueira 13Daniel Freitas Muniz Ferreira 14Daniela Chiaretti 15Demétrio Weber 16Dulcinéia Novaes 17Eduardo Correia 18Elenilda Silva de Oliveira 19Fernanda Sucupira 20Flávia Oliveira da Fraga 21Gilmar Penteado 22Glácia Marillac Azevedo de Medeiros 23Guilherme Evelin 24Jessé Souza 25Joseane Eliza Martins 26

Juliana Junqueira Vieira 27Leandro Colling 28Lídia Borges 29Luciana Constantino 30Magali Simone de Oliveira 31Marcela Ximenes 32Márcia Detoni 33Márcia Seixas 34Marcio Pessoa 35Marcos Guiotti Júnior 36Maria Lima 37Meire Bertotti 38Nadja Vasques 39Paloma Godoy Cotes 40Paula Stange Rosi 41Samartony Costa Martins 42Sandra Annenberg 43Sheila Cristina Torres Santos 44Sylvia da Cruz Colombo 45Val Sales de Carvalho 46Veronica Almeida 47RELAÇÃO COMPLETA DOS JORNALISTAS AMIGOS DA CRIANÇA (1997-2005) 48

SUMÁRIO

O projeto Jornalista Amigo da Criança foi criado em 1997, com o objetivo de contribuir para a ampliação e a qualificação da cober-tura da imprensa brasileira sobre questões ligadas à infância e à adolescência. Naquele ano, a iniciativa diplomou 64 profissionais. Hoje são 327, atuantes nos principais veícu-los de comunicação do País.

Diferentemente dos prêmios jornalísticos, a ação não destaca uma reportagem ou série de matérias. É um reconhecimento ao con-junto do trabalho do profissional de impren-sa e, ao mesmo tempo, um estímulo ao apri-moramento de sua atuação na área social. Além de uma prática jornalística que se refe-rencia nos princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente, a escolha dos nomes que recebem o título leva em consideração os seguintes fatores:

• Ética no exercício da profissão.

• Atuação com grande responsabilidade social enquanto formador de opinião.

• Qualidade na cobertura de temas re-levantes para a defesa de crianças e adolescentes.

• Contribuição para a construção de no-vos valores, estimulando o exercício da cidadania.

• Incentivo à expressão e participação in-fanto-juvenil.

Nos nove anos de existência do projeto, uma das maiores conquistas é a constatação de que os Jornalistas Amigos da Criança tor-nam-se referência no tratamento das ques-tões relativas aos direitos da infância e da adolescência – dentro e fora das redações. Ao mesmo tempo em que desperta em muitos colegas o interesse pela temática, são convi-

Apresentação

dados a participar de importantes discussões na área, nas diferentes esferas da sociedade.

Estudo avalia o ProjetoPesquisa desenvolvida com o objetivo de avaliar os resultados da iniciativa revelou seu impacto positivo nos meios de comunicação. O estudo, elaborado em 2004 por consultores da John Snow Brasil, mostra que os profis-sionais homenageados contribuíram para co-locar os direitos de meninas e meninos nos principais espaços do jornalismo nacional. De acordo com o estudo, 78% dos comuni-cadores entrevistados produzem, em média, de uma a três reportagens com foco na infân-cia, todo mês. Para isso, costumam fazer uso do apoio fornecido pelo projeto – boletins de pautas, pesquisas, atendimento especializa-do e eventos de qualificação. Mais de 97% dos jornalistas ouvidos concordam que a ini-ciativa influenciou os editores e diretores dos

veículos de comunicação a abrir mais espaço para matérias sobre essas temáticas.

O perfil dos Jornalistas Amigos da Criança é bastante diversificado. Atuam em meios de amplitude nacional, nos principais veículos de abrangência estadual e em empresas de cida-des do interior. Estes comunicadores consti-tuem um grupo com grande poder de mobi-lização da opinião pública: mais de 38% dos profissionais consultados pela pesquisa são editores, diretores ou chefes de redação.

Por tudo isso, pode-se dizer que os jornalistas reconhecidos com o título têm colaborado de forma efetiva, nos últimos anos, para a elabo-ração e implementação das principais políti-cas públicas voltadas à população infanto-ju-venil. Sua atividade cotidiana é prova de que as redações brasileiras souberam responder ao desafio de moldar uma prática jornalística de cunho propositivo, profundamente com-prometida com a agenda social do País.


Adalberto Melo Coordenador de Jornalismo na Rádio Universidade de São Luís (MA)

Professor na UFMA – Universida-de Federal do Maranhão

Natural de São Luís (MA) – 30 de abril de 1969

Dipolomado em Comunicação So-cial pela UFMA, onde atualmente dá aulas de Jornalismo e Radialismo

Trabalhou naTV Mirante (Rede Glo-bo), TV Difusora (SBT) e Canal 20 (a cabo) e também nas rádios Educa-dora AM, São Luís AM, Mirante AM e Mirante FM

Adalberto sempre deu ênfase à cobertura de eventos e ques-

tões da agenda infanto-juvenil, bus-cando reafirmar o respeito ao Esta-tuto da Criança e do Adolescente. Sua experiência mais marcante com essa temática foi a coordenação de um programa de rádio prota-gonizado por estudantes de ensino médio da perife-ria de São Luís. De início, Adalberto não imaginava que eles conseguissem desenvolver todas as ativi-dades com autonomia, mas o projeto consolidou-se. Hoje ele está formatando uma edição semanal do programa, a ser elaborada por jovens que rece-bem capacitação de estudantes universitários.

Adalberto acredita que há boa vontade por parte dos colegas de imprensa em relação à pauta dos direitos infanto-juvenis e às questões sociais em ge-ral. Mas identifica a necessidade de maior articula-ção entre a mídia e a sociedade para um resultado mais efetivo.


Alan Rodrigues Foto-jornalista da Revista IstoÉ, em São Paulo

Natural de Belo Horizonte (MG) – 28 de abril de 1965

Formando em Jornalismo

Trabalhou nos jornais Diário de Minas e Hoje em Dia, na capital mineira. Integrou as equipes das sucursais da IstoÉ em Minas e Brasília

Publicou um livro sobre a cidade de Belo Horizonte e participou coletivamente em várias outras publicações

“Um mundo melhor se faz com sociedades mais justas e

socialmente igualitárias, formada por cidadãos conscientes de seus direitos. Para isso, é preciso uma imprensa que cumpra seu principal

objetivo social – a tarefa de informar”, destaca Alan, jornalista há 16 anos e ganhador de vários prêmios com reportagens realizadas no Brasil e no exterior.

Dentre as matérias produzidas, algumas o marca-ram profundamente: a denúncia de um caso de trabalho escravo na extração de carvão vegetal, o acompanhamento do dia-a-dia dos internos de um manicômio, o tráfico de mulheres do Suriname para a Europa. Alan relembra também as coberturas do massacre de militantes do MST em Eldorado dos Carajás; do conflito social em plena selva colombia-na, ao lado dos guerrilheiros das FARCs; e do cemi-tério dos brasileiros mortos na travessia do deserto do México, na tentativa de entrar clandestinamente nos Estados Unidos.

Recentemente, uma série de reportagens sobre pe-dofilia na internet que Alan idealizou ao lado de Má-rio Simas Filho rendeu à IstoÉ a categoria Revista do 2º Concurso Tim Lopes de Investigação Jornalística, promovido pela ANDI e Instituto WCF-Brasil, com apoio do Unicef, OIT, Fenaj e Abraji.


Alexandre Spengler Apresentador da emissora de TV da Fundação Jornalista Luis Cha-gas de Rádio e Televisão Educativa – Fertel, de Campo Grande (MS)

Natural de Brasília (DF) – 20 de janeiro de 1978

Jornalismo (graduado) e Ciências Sociais (em curso) pela Universida-de Federal de Mato Grosso do Sul

Trabalhou na revista Mais Saber, no radiojornal diário e no telejornal das emissoras educativas do estado e na ONG Casa da União

Atualmente, além de dirigir e apre-sentar os programas “Estação Cultura” e “TV Aberta”, da TV Edu-cativa/Fertel, faz locução para spots publicitários e documentários

Alexandre acredita em sua res-ponsabilidade como emissor

de informações e trabalha com os temas sociais desde que se for-mou. Entre as experiências que o marcaram, lembra-se especial-mente de uma edição do programa de tevê “Oficina de Idéias”, que abordava a realidade das pessoas com deficiência. No auditório estavam, entre outros, alguns alunos de uma escola que atendia crianças com síndrome de Down, e Alexandre recorda a emoção de vê-los manifestarem-se com autonomia e espontaneidade.

Em seu próximo projeto, pessoas que dificilmen-te têm voz na mídia serão os protagonistas de um bloco do “TV Aberta”, programa que dirige na TV Educativa. Segundo Alexandre, será uma produção em duas frentes distintas: “Por um lado estaremos entrevistando os pesquisadores que permanecem no anonimato, com trabalhos ainda inéditos devido à complexidade dos temas e dados coletados. Por outro lado, também focalizaremos os profissionais que exercem atividades consideradas marginais. São os desprezados pela mídia e não reconhecidos pela sociedade. Vamos desafiar os parâmetros da ordem estabelecida e colocar no ar os excluídos da mídia”.


Alvaro Bufarah Junior Produtor e apresentador do pro-grama “Revista Brasil”, da Radio-brás, em São Paulo. Editor-chefe da RVN – Rede Virtual de Notícias

Professor universitário e coorde-nador de cursos de comunicação

Natural de São Paulo, SP – 5 de abril de 1973

Formado em Jornalismo pela Uni-versidade São Judas Tadeu (SP). Pós-graduado em Política Interna-cional – Escola de Sociologia e Po-lítica (SP). Mestre em Comunicação e Mercado pela Fundação Cásper Libero (SP)

Trabalhou em diversos veículos de comunicação como repórter, redator, editor e apresentador. Dá aulas de técnicas de jornalismo e tecnologias de comunicação. Parti-cipa freqüentemente de seminários e congressos e tem livro publicado sobre rádio

Boas notícias a respeito do ce-nário social brasileiro estão en-

tre as pautas prediletas de Álvaro. Além de reportar diariamente pro-blemas e infortúnios, o jornalista está sempre em busca de agendas

positivas. Ele considera importante dar visibilidade às situações que mostram os jovens “tratando dos cães e não apenas mordendo ou sendo mordidos por eles”.

Álvaro acredita na boa vontade e no espírito de luta dos brasileiros que, no seu entender, merecem mais do que a informação correta. Ele acha necessário capacitar os cursos de jornalismo para que os futu-ros profissionais adquiram uma visão mais reflexiva e aprofundada sobre a temática social. O que sig-nifica apresentar aos estudantes um novo cenário de cidadania, no qual ONGs, organizações comu-nitárias e instituições de defesa de direitos devem ocupar papel de destaque nas pautas.


Antônio Lima Locutor das emissoras de rádio FM Comunitária Seis de Abril e FM União do Vale, em Cruz (CE)

Professor da Escola Agrícola Vale do Acaraú (CE)

Natural de Augusto Severo (RN) – 10 de novembro de 1951

Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Superior de Agronomia de Mossoró (RN)

Além de locutor de rádio, é professor de agricultura, física, matemática e sociologia da Escola Agrícola Vale do Acaraú (CE)

Trabalhar em rádio foi sempre o seu desejo de Antônio: “Desde

menino, imaginava-me de frente a um microfone”. Mais tarde, locutor profissional reconhecido nas rá-dios do Ceará, participou de proje-tos como o “Comunicando saberes, realizando so-nhos: o rádio no fortalecimento das competências familiares”, desenvolvido em outubro de 2002 pela ONG Catavento, que integra a Rede ANDI Brasil em Fortaleza, a partir de parceria com o Unicef e a Se-cretaria de Saúde do Ceará.

A partir das oficinas de sensibilização do “Comuni-cando saberes...”, produziu matérias para as emis-soras de rádio integrantes do projeto e criou um programa específico sobre infância e adolescência na Rádio Seis de Abril.

Além do trabalho no estúdio, Antonio costuma vi-sitar escolas, entrevistando alunos em seu próprio ambiente.Encontrar pessoas que ouviram seus programas radiofônicos e tiraram bom proveito de-les é a gratificação e a motivação de Antônio para prosseguir o trabalho iniciado há três anos com o público jovem.


Chico OtávioRepórter de O Globo, no Rio de Janeiro (RJ)

Professor do Departamento de Jornalismo da PUC/RJ

Natural do Rio de Janeiro (RJ) – 20 de março de 1962

Graduado em Jornalismo pelo Cen-tro Unificado Profissional do Rio de Janeiro (RJ)

Trabalhou nos jornais Última Hora (RJ) e O Estado de S. Paulo (SP)

O interesse do leitor pelos te-mas sociais tem sido um fator

de estímulo para Chico continu-ar atuando nessa área. Mas são suas próprias inquietações, além da emoção e vibração ao tratar da

realidade brasileira, os motivadores centrais das re-portagens de cunho social geradas ao longo de 20 anos de carreira jornalística.

Chico teve várias experiências marcantes nesse tipo de cobertura e lembra-se especialmente de uma matéria sobre a reincidência de doenças infecto-contagiosas no Brasil – ele encontrou um menino em Lábrea (AM) padecendo de hanseníase, um mal que se julgava erradicado havia décadas.

Para ele, o espaço do noticiário dedicado às ques-tões sociais está em expansão, embora ainda longe do patamar ideal para um País com tantos desafios a serem enfrentados nessa área.


Cila Cerqueira Editora e chefe de reportagem da TV Sergipe (Rede Globo), em Aracaju (SE)

Natural de Maceió (AL) – 1º de janeiro de 1978

Formada em Jornalismo pela Uni-versidade Federal de Alagoas

Trabalhou na TV Gazeta e como free-lancer no jornal O Repórter, ambos de Alagoas

A certeza de que todos devem contribuir para garantir um pre-

sente e um futuro melhor para as crianças tem sido o principal estí-mulo para Cila incorporar perspec-tivas dos Direitos Humanos à sua atuação como comunicadora. Ela acredita que se o jornalista tem a seu alcance os meios para de-nunciar o desrespeito aos direitos da criança e do adolescente, também deve promover a reflexão sobre as maneiras de acabar com este continuado processo de descuido.

Acumulando várias experiências na cobertura dessa temática, Cila ficou muito sensibilizada ao reportar a dramática realidade das crianças negras com defi-ciência. Elas sofrem com o abandono e a violência, enfrentando graves dificuldades para encontrar um novo lar: a grande maioria é constantemente rejeita-da pelos candidatos a pais adotivos.

Sensibilizada por este estado de coisas, Cila co-meçou a participar de cursos e oficinas relaciona-das aos direitos da infância há cerca de dois anos. ”Espero atuar como agente multiplicador para a conscientização das necessidades que envolvem a questão da infância e adolescência. Futuramente, pretendo me engajar no trabalho de uma ONG que atue nessa área,” prevê.


Daniel Freitas Repórter do Correio da Bahia, em Salvador (BA)

Natural de Ilhéus (BA) – 12 de março de 1980

Graduado em Jornalismo pela Uni-versidade Federal da Bahia

Trabalhou na assessoria de impren-sa da Secretaria da Justiça e Direi-tos Humanos do Estado da Bahia

Desde que chegou ao Correio da Bahia, em 2002, vem atuando na área social

Daniel sempre gostou de escre-ver sobre os mais jovens. Mas

sua motivação aumentou quan-do recebeu uma homenagem, em 2003, da ONG baiana Cipó Comu-nicação Interativa, entidade que

integra a Rede ANDI Brasil. O reconhecimento pelo trabalho realizado na promoção dos direitos infanto-juvenis levou o jornalista a eleger essa pauta como uma verdadeira missão de vida.

Entre as experiências marcantes de sua história pro-fissional, recorda especialmente a cobertura de um evento do Dia das Crianças, em Salvador, quando colheu depoimentos de meninos e meninas órfãs que sonhavam com uma família. Outra matéria de-cisiva teve como foco o Núcleo de Apoio à Criança com Câncer Infantil (Nacci): a força das palavras de uma garota de dez anos, que havia superado a do-ença, o tocou profundamente.


Daniela ChiarettiEditora-assistente da Revista Estampa, veiculada pelo jornal Valor Econômico. Vive em São Paulo (SP)

Natural de São Paulo – 26 de agos-to de 1960

Graduada em Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes da Uni-versidade de São Paulo (ECA-USP)

Começou a carreira na Gazeta Mer-cantil. Trabalhou também na revista Veja, na Folha de S. Paulo, no site UOL e na revista Marie Claire

Escreveu um livro sobre o Conama - Conselho Nacional de Meio Am-biente, para a Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo

Integra o Conselho da Fundação Heinrich Böell, do Partido Verde alemão, no Brasil

Daniela começou a se envolver com a temática ambiental em

1986, quando fez um curso de jor-nalismo em Berlim e conheceu mi-litantes do movimento verde e de cooperação aos países da América Central e América do Sul. A partir daí, sua agenda se ampliou e passou a escrever sobre movimentos de mulheres, direitos da infância e adolescência, ques-tões de gênero e raça, arte popular e arte-educação.

Entre suas experiências marcantes na cobertura so-cial, destaca uma matéria sobre as mães da Febem, que mereceu o Grande Prêmio Ayrton Senna de Jor-nalismo, e outra sobre a vida de meninas da periferia de São Paulo que fazem trabalho doméstico.

Daniela considera amplas as perspectivas para o trabalho jornalístico na área social: “É ter vontade de descobrir os temas, investigar e contar as histórias”, dá o caminho.


Demétrio Weber Repórter de O Globo, em Brasília (DF)

Natural de Porto Alegre (RS) – 5 de julho de 1973

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Trabalhou anteriormente no jornal O Estado de S. Paulo (SP)

Demétrio considera a concen-tração de renda no Brasil um

“verdadeiro escândalo”. Indigna-se com a mesma intensidade quando o assunto é corrupção, incompe-tência e falta de vontade política

em lidar com a desigualdade social. Motivado a de-nunciar e reverter essa situação, Demétrio iniciou no Jornalismo em 1996, com as questões sociais como foco de suas pautas.

Não são poucas as situações em que ficou espe-cialmente sensibilizado. Constatou de perto, por exemplo, a extrema pobreza que afeta o Piauí; a ex-ploração do trabalho infantil em Minas Gerais; a fal-ta de água potável no sertão nordestino; o impacto negativo do garimpo no Pará e a dura jornada dos catadores de lixo na capital do País. Ele percebe uma profunda distância entre essas realidades e o discurso dos políticos e governantes que por vezes entrevista em Brasília.

“A rotina democrática e a alternância de poder mos-tram que não há milagres. O caminho a percorrer é longo e extenuante, e temos (a imprensa) muito trabalho a fazer”, convoca Demétrio.


Dulcinéia NovaesRepórter da TV Paranaense (Rede Globo) em Curitiba (PR)

Professora na Universidade Tuiuti (PR) e no Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (PR)

Natural de Martinópolis (SP) – 09 de agosto de 1955

Formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina. Mestranda em Comunicação e Linguagens na Universidade Tuiuti

Trabalhou no jornal Folha de Londrina e na TV Coroados de Londrina

O Jornalismo ainda pode fazer muito pelo bem comum, apos-

ta Dulcinéia, para quem o profissio-nal de comunicação nunca deve perder o foco e a capacidade de se indignar diante de determinadas situações que seguem impactando a realidade brasi-leira. Por isso, sua grande motivação no dia-a-dia da tevê é expor problemas para despertar e conscienti-zar a sociedade na busca de soluções.

Algumas coberturas recentes focadas nos direitos da criança e do adolescente a impressionaram bas-tante. Ela ressalta, por exemplo, os casos de explo-ração sexual de meninas de 10 a 12 anos prove-nientes de uma das mais antigas favelas de Curitiba e o drama de um adolescente que estava sendo mantido em cárcere privado. Sua maior angústia é constatar que várias das situações denunciadas voltam a ocorrer.

Dulcinéia observa, por outro lado, que resultados po-sitivos de ações sociais são retratados pela mídia. Em seu trabalho, destaca reportagem sobre o resgate de meninos em situação de rua pelo Projeto Travessia, em São Paulo, e as ações desenvolvidas pela Escola Guadalajara, em subúrbio do Rio – os adolescentes, a partir de uma série de atividades culturais, adqui-rem novas perspectivas de vida, mesmo em uma re-gião extremamente violenta da cidade.


Eduardo CorreiaEditor executivo do Jornal de Santa Catarina, em Blumenau

Natural de São Francisco de As-sis (RS) – 17 de fevereiro de 1971

É formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (RS)

Trabalhou nos jornais A Razão, de Santa Maria e Diário de Santa Catarina

Eduardo considera que o Esta-tuto da Criança e do Adoles-

cente é uma verdadeira semente de cidadania que brotou no seio da sociedade brasileira. Nesses 15 anos, destaca, a influência do ECA

segue contribuindo para um maior amadurecimento das redações diante dos desafios relativos à defesa dos direitos das meninas e meninos brasileiros.

Uma das motivações para que Eduardo se tornasse um jornalista atento às causas relacionadas à infân-cia foi o nascimento de seu primeiro filho. Desde então, ele reconhece estar desenvolvendo um cres-cente compromisso com as temáticas sociais.

Eduardo acredita que, como editor, pode dar visibi-lidade cotidiana a pautas que estimulam uma maior conscientização, da população, diante dos desafios que o País enfrenta.


Elenilda Oliveira Editora executiva de O Jornal, em Maceió (AL)

Natural de Paulo Jacinto (AL) – 10 de janeiro de 1971

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas

Trabalhou na assessoria de imprensa da Assembléia Legislativa do estado

O estímulo para desenvolver com maior profundidade um

Jornalismo de ótica social veio do próprio veículo em que Elenilda trabalha, hoje comprometido em ampliar seu leque de pautas rela-cionadas aos Direitos Humanos.

Desde o início de 2004, ela passou a editar um su-plemento sobre mercado de trabalho que prioriza os direitos dos assalariados. Nesse contexto, vem abordando questões referentes ao uso de mão de obra infantil e à exploração sexual comercial de crianças e adolescentes.

De acordo com Elenilda, anteriormente ouviam-se vozes tímidas e isoladas na defesa dos direitos in-fanto-juvenis no âmbito de seu estado. Mas a fisca-lização mais rigorosa realizada por órgãos de pro-teção de crianças e adolescentes gerou mudanças significativas no comportamento na sociedade, pro-vocando maior pró-atividade por parte da imprensa e do poder público. Também entre os colegas, ela hoje observa concreta preocupação em não incorrer no sensacionalismo ao cobrir essas questões.


Fernanda Sucupira Repórter da editoria de Direitos Humanos da Agência Carta Maior, em São Paulo (SP)

Natural de São Paulo (SP) – 6 de setembro de 1981

Cursou Jornalismo na Universidade de São Paulo

Assessorou a ONG Ação Educativa (SP)

Fernanda acredita na função so-cial da comunicação e no poder

da mídia em contribuir para mudan-ças efetivas no País. Trabalhar com a temática social é a sua principal mo-tivação no exercício do Jornalismo.

Ela começou a atuar na área em 2002, quando tra-balhou na produção da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Sua experiência nesses últimos anos a faz acreditar que as perspectivas para a co-bertura jornalística da agenda social ainda são res-tritas, principalmente nas redações da grande mídia. “A imprensa alternativa e as ONGs oferecem hoje espaço de atuação bem maior”, diagnostica.


Flávia Oliveira Repórter de O Globo, Rio de Ja-neiro (RJ)

Natural do Rio de Janeiro – 2 de agosto de 1969

Jornalista formada pela Universida-de Federal Fluminense (RJ)

Técnica em Estatística pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas

Trabalhou no Jornal do Commercio (RJ)

Exerce voluntariamente a coordena-ção editorial do jornal comunitário O Cidadão, destinado aos morado-res das 16 comunidades do bairro da Maré, no Rio

Desenvolvimento humano, po-breza, miséria, desigualdade

social e racial. Estes são temas fre-qüentes na pauta de Flávia desde que passou a trabalhar na área de macroeconomia de O Globo, no fi-nal dos anos 1990.

Sua identificação com essa agenda é integral: “Como mulher negra, criada no subúrbio carioca, tenho experiências de vida que justificam minha afi-nidade com a temática social. Como jornalista, me motiva o compromisso com a verdade e com o de-bate qualificado dos temas de interesse da minha cidade, do meu estado, do meu país. Como brasilei-ra, jamais fugiria do compromisso com a defesa da igualdade, como ensina a nossa Constituição”.

O projeto “Retratos do Rio”, uma série de dez ca-dernos especiais sobre as condições de vida na ca-pital fluminense, e o suplemento “A cor do Brasil”, sobre a situação dos negros, são duas experiências que marcaram a sua carreira. Por meio delas, pôde exercer o Jornalismo no qual acredita – aquele que denuncia abusos e apresenta soluções para chagas seculares da sociedade brasileira.

Na opinião de Flávia, a medida em que a situação macroeconômica do País vai se equilibrando, abre-se um espaço mais amplo para que a agenda social ocupe o centro do debate nacional.


Gilmar PenteadoRepórter do caderno Cotidiano da Folha de S. Paulo

Natural de Santa Maria (RS) – 12 de janeiro de 1971

Graduado em Jormalismo e mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Santa Maria (RS)

Trabalhou na Rádio Universidade (RS) e nos jornais A Razão (RS), Zero Hora (RS) e Agora SP (SP)

“A defesa dos Direitos Huma-nos, seja de crianças ou de

adultos, é a principal tarefa social do Jornalismo”, acredita Gilmar, que tem essa temática em seu foco de atenção desde que se formou.

Ele observa que o espaço de atuação para o pro-fissional comprometido com os temas sociais vem crescendo nas redações, embora lentamente.

Uma questão a ser melhor trabalhada jornalistica-mente, ressalta Gilmar, são as lacunas na aplicação do ECA. Para ele, muitos aspectos importantes do Estatuto estão sendo deixados de lado pela cober-tura, o que dificulta a aceitação da lei pela opinião pública. Se nos âmbitos estaduais prevalecem os discursos conservadores, no plano federal, segun-do ele, “não se vêem ações concretas ou eficien-tes, nem propostas novas de políticas públicas”. Um exemplo concreto, destaca, é a pouca atenção dada às medidas sócio-educativas e re-socializan-tes, previstas no artigo IV. Ao invés disto, “só se dis-cute o sistema prisional para adultos”, resume.

Uma pauta que marcou sua carreira foi a cobertura das atividades do Gradi - Grupo de Repressão e Aná-lise dos Delitos de Intolerância, setor da Polícia Militar de São Paulo, que por um erro grave passou a retirar ilegalmente presos das cadeias para infiltrar em qua-drilhas, fazendo-os agir como espiões. O resultado foi uma série de mortes suspeitas. O trabalho ganhou o Prêmio Esso, região Sudeste, em 2002.


Glácia Marillac Repórter da TV Cabugi (Rede Globo), em Natal (RN)

Natural de São Paulo (SP) – 28 de janeiro de 1976

Formada em Jornalismo pela Uni-versidade Federal do Rio Grande do Norte

Trabalhou na TV Universitária (TV Cultura) e na TV Potengi (Rede Bandeirantes)

Participa de várias ações da ONG Canto Jovem

As questões sociais e ambien-tais se tornaram a principal

bandeira de Glácia desde que co-meçou a trabalhar com Jornalismo. ”Tento contribuir denunciando os problemas e divulgando as ações que colaboram na promoção de uma maior qualida-de de vida em nosso País”, destaca ela. E completa: “Sei que minha atuação como repórter é como a de uma formiguinha, mas acho fantástico sentir que, embora não seja na velocidade esperada, estamos ajudando a melhorar este Brasil de tantas injusti-ças”.

Glácia já fez matérias sobre meninos em situação de rua, crianças catadoras nos lixões e jovens em con-flito com a lei “que foram presos e tratados como bichos, sem perspectiva de uma adequada reinte-gração na sociedade”. Também colocou em foco fa-mílias inteiras que mal sobreviviam da pesca artesa-nal e ficaram ainda mais pobres com o sumiço dos crustáceos, após o desmatamento dos mangues. Diante do impacto dessa realidade, Glácia chegou a desiludir-se muitas vezes. “Mas, minha esperança é mais forte e continuo na luta!”, sentencia.


Guilherme Evelin Coordenador de Política do jornal O Estado de S. Paulo em São Paulo

Natural de Brasília (DF) – 2 de agosto de 1966

Formado em Jornalismo pela UnB – Universidade de Brasília. Esta-giou na Fundation Journaliste Anne Rope, na França

Trabalhou nos jornais O Globo, Fo-lha de S. Paulo e Correio Braziliense. Também nas revistas Época e IstoÉ

Desde que se formou, Guilherme tem procurado focar questões,

relacionadas à agenda social do País. Atualmente, como chefe de re-portagem, segue priorizando pautas com esse teor, especialmente aque-

las que destacam a defesa dos Direitos Humanos.

O jornalista observa que a presença das temáticas de cunho social na mídia é cíclica. Os momentos de maior evidência, aponta, muitas vezes ainda depen-dem de ganchos sensacionalistas.

Uma experiência recente que o marcou de forma especial foi a cobertura da CPMI da Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, implantada pelo Congresso Nacional. Ao mesmo tempo em que impressionou-se com os diversos envolvimentos expostos de Norte a Sul do País pela investigação, Guilherme reconhece a frustração com os resulta-dos práticos alcançados até agora.


A vontade de utilizar os veículos de comunicação como ferra-

menta para conscientizar a socie-dade e denunciar as mazelas que atingem as pessoas pobres foi despertada em Jessé pela sua pró-pria origem. Filho de mãe indígena e pai garimpeiro, ele sentiu na pele a exclusão social e o preconceito.

Desde 1991, quando começou a escrever para os jornais, Jessé tem se dedicado principalmente às questões da infância e da população indígena em Roraima.

Uma experiência particularmente marcante foi a co-bertura que realizou sobre a mortandade de bebês por infecção hospitalar, na maternidade pública em Boa Vista – um caso que se tornou escândalo nacio-nal e despertou a atenção da imprensa para situa-ções semelhantes que ocorriam em todo o País.

Jessé observa que a sociedade está começando a cobrar maior compromisso social dos meios de comunicação. E os veículos, acredita, sob o risco de perder importância e público, estão sendo obri-gados a investir de forma mais constante na cober-tura sobre as questões relacionadas ao exercício da cidadania.

Jessé Souza Editor-chefe e colunista da Folha de Boa Vista (RR)

Natural de Boa Vista – 1º de fevereiro de 1970

Trabalhou no Centro de Comunicação e Informação da Diocese de Roraima, no Diário de Roraima e em O Diário

Atuou em órgãos públicos e atualmente assessora entidades não-governamentais


A gritante desigualdade que asso-la o País é a grande motivação

de Joseane para intensificar, a partir da pauta, a cobertura da problemá-tica social, das questões ambientais e dos direitos do consumidor.

Ela já elaborava matérias e vídeos com temas rela-cionados à criança, ao adolescente e ao idoso des-de a época da faculdade. Após o nascimento de seu filho, agora com oito anos, os problemas que afetam a população infanto-juvenil, como o trabalho preco-ce e a exploração sexual comercial, chamaram ain-da mais sua atenção.

Joseane pretende continuar atuando para sensibili-zar um número cada vez maior de pessoas para as situações de risco que envolvem muitas crianças e adolescentes. Ela acredita que, enquanto jornalista, tem a responsabilidade de contribuir para o desen-volvimento de uma sociedade mais justa e solidária.

Joseane Eliza Martins Pauteira do jornal O Estado do Paraná, em Curitiba (PR)

Professora na Universidade Tuiuti (PR)

Natural de Curitiba – 10 de dezembro de 1967

Formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR). Pós-graduação em Agro-negócio pela Universidade Federal do Paraná

Trabalhou no Jornal do Estado, na assessoria de comunicação do CREA-PR e na assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (PR)


Juliana Junqueira Vieira Editora dos websites iG Cidadania e Poupaclique, em São Paulo (SP)

Natural de Guaratinguetá (SP) – 07 de abril de 1972

Formada em Jornalismo, atua na área social desde 1999.Trabalhou em O Estado de S. Paulo

Atualmente, além de editar os web-sites, é responsável pelas ações de Terceiro Setor do IG

Seu principal objetivo no iG é a ampliação do número de pes-

soas que têm acesso à internet. Através da informação clara e so-cialmente responsável, Juliana busca o fortalecimento do proces-so de inclusão digital, a fim de obter maior visibili-dade para as organizações sociais que atuam em áreas como a defesa dos direitos da infância, dos idosos e das pessoas com HIV.

A maioria das ações realizadas no contexto do iG foram marcantes em sua vida profissional. Destaca uma campanha de doação de sangue em parceria com a Fundação Pró-Sangue, uma bem sucedida iniciativa que fez com que a entidade estadual se-diada no Hospital das Clínicas recebesse o maior número de telefonemas de sua história para agen-damento de voluntários para doação.

A experiência lhe mostrou que as pessoas querem contribuir socialmente e muitas vezes não sabem como. Juliana acredita que, pela internet, abre-se a possibilidade de gerar ampla mobilização, estimu-lando o apoio de diversos segmentos da sociedade ao Terceiro Setor.


Leandro Colling Coordenador da Agência Baiana de Notícias, em Salvador (BA)

Professor de Jornalismo da Faculdade Social da Bahia

Natural de São Martinho (RS) – 18 de novembro de 1971

Formado em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (RS)

Mestre e doutorando em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia

Trabalhou no jornal Novo Hamburgo (RS) e no Correio da Bahia

Na Faculdade, Leandro gosta de estimular os alunos a des-

cobrirem o Jornalismo através da reportagem social. Acredita que to-dos se transformam por meio des-sa experiência. Um de seus objeti-

vos é mostrar aos estudantes que Jornalismo se faz nas ruas, pisando no barro e vendo os problemas de perto. O que não é possível para quem trabalha apenas com telefone e internet no ambiente climati-zado das redações.

Quando morava em Novo Hamburgo (RS), deparou com um grupo de crianças que costumava ficar em frente a um shopping, cheirando cola. Após entre-vistá-las, conseguiu com que lhe mostrassem onde moravam: dentro de um túnel fétido, que passava so-bre um córrego. “Era dezembro e haviam decorado a casa onde viviam com enfeites de Natal”, lembra o jornalista. Leandro escreveu sobre estes meninos e meninas excluidos de todos os seus direitos – e nunca mais se esqueceu deles.

Sua indignação diante da violência praticada contra crianças e adolescentes foi reconhecida em 2004. O projeto “Asas Feridas”, do qual é um dos autores, venceu a categoria Mídia Alternativa do 2º Concurso Tim Lopes de Investigação Jornalística.


Lídia Borges Repórter do Diário da Manhã, de Goiânia (GO)

Natural de Jataí (GO) – 11 de no-vembro de 1979

Graduada em Jornalismo pela UFG – Universidade Federal de Goiás

Trabalhou na Rádio Universitária da UFG.

Também atuou na ONG ARCA – Associação para a Recuperação e Conservação do Ambiente

Lídia se define como uma jorna-lista cheia de esperanças em

relação à profissão. Sua motiva-ção é a vontade de contribuir para o processo de desenvolvimento ao retratar os problemas sociais e suscitar discussões na comunidade.

Ela viveu uma experiência crucial ao reportar o sofri-mento de mães que, por falta de recursos, saem do interior para buscar tratamento para os filhos com câncer. “São mulheres obrigadas a se resignarem, a concordar com o que quer que lhes seja ofereci-do pela Assistência Social ou por outras entidades”, lamenta.

A crescente expansão de veículos segmentados, que tratam especificamente de temas ligados à área social e ao trabalho das ONGs, é vista por Lídia como um sinal claro de que a comunicação pode ser importante ferramenta de mudança. Para ela, caminhamos objetivamente rumo à consolidação da cobertura voltada para o exercício da cidadania.


Luciana Constantino Repórter da Folha de S. Paulo, em Brasília (DF)

Natural de Assis (SP) – 05 de mar-ço de 1973

Formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Repórter da Folha de S. Paulo, em Brasília (DF)

Tem artigo publicado no livro “Investimento em Educação, Ciência e Tecnologia: o que pensam os jornalistas”, uma coletânea de artigos da Unesco

A ausência de políticas públicas capazes de responder às ne-

cessidades básicas da população sempre impactou Luciana quando cobria as viagens do Presidente Lula às regiões do semi-árido de Minas

Gerais e Nordeste. Mas outro problema também lhe chamava muito a atenção: a falta de informação. Ela encontrava gente humilde, sem escolaridade e sem saber como se relacionar com os seus governantes – não lhes ocorre que têm o direito de cobrar ações efetivas, que possam minimizar seu sofrimento.

É preciso informar diariamente a população sobre os seus direitos, sobre as possibilidades de caminhos a trilhar, defende Luciana: “Enquanto houver uma criança fora da escola, um jovem sem acesso à qua-lificação profissional, um menino carregando uma enxada no lugar de um lápis para ajudar a família a comer, será papel da imprensa mostrar essa realida-de e perguntar se é isso o que queremos para nós. A resposta caberá a cada cidadão. Mas, a obrigação de contar essas histórias é nossa, jornalistas”.

Luciana considera fundamental mostrar a realidade brasileira e discutir o custo social da negligência. “O risco é a transformação do futuro em passado. O alicerce do amanhã está no investimento feito na criança e no adolescente”, afirma.


Magali Simone Repórter do jornal O Tempo, de Contagem (MG)

Professora na Unipac – Universi-dade Presidente Antônio Carlos

Natural de Belo Horizonte (MG) – 17 de julho de 1971

Graduada em Jornalismo pela PUC-MG e Pós-Graduada em Comuni-cação, Mídias, Linguagens e Tecno-logias pelo Centro Universitário de Belo Horizonte

Trabalhou no jornal laboratório Mar-co, na Fundação CDL de Amparo à Criança e ao Adolescente

Integrou as equipes da TV Bandei-rantes e da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Betim

A atuação jornalística de Magali sempre esteve relacionada à

cobertura de mazelas sociais como a fome, os maus-tratos, a violência e a exploração de pessoas.

Ela já realizou diversas reportagens que lhe deram a chance de questionar alguns conhecimentos pré-estabelecidos e rever conceitos. Porém, acredita que a influência do Jornalismo no cenário social é limitada, já que os veículos atuam dentro de uma ló-gica de mercado, que não prioriza a transformação da sociedade. “Em algumas coberturas, é possível sentir que deu para mexer com as pessoas e balan-çar suas certezas: estimular uma reflexão sobre as urgentes necessidades de mudanças. Isso já é algo importante”, diz Magali.

Segundo a jornalista, veículos populares como rá-dios, jornais comunitários e publicações de ONGs, por exemplo, têm grande potencial de provocar a reação das pessoas frente às problemáticas sociais. Ela acredita que esses meios podem se profissio-nalizar ainda mais, de forma a melhor estimular as ações de solidariedade.


Marcela Ximenes Repórter do Diário da Amazônia, em Porto Velho (RO)

Natural de Porto Velho (RO) – 12 de fevereiro de 1973

Já trabalhou na TV Allamanda, TV Meridional, Rádio Clube Cidade FM e no jornal O Estadão do Norte

Está cursando Letras/Português na Faculdade de Educação de Porto Velho (Unipec)

Marcela acredita que priorizar a área social é papel central

da atividade jornalística: “Estamos inseridos em uma sociedade for-mada por uma grande parcela de pessoas estigmatizadas, à margem

dos direitos de cidadania. Como repórter, acho que devo trabalhar para, de alguma forma, colaborar com os avanços da sociedade, informando sobre ações sociais e pessoas que fazem a diferença em suas comunidades”.

Ela vem se envolvendo com as questões sociais desde 1998, quando se iniciou na profissão. E acre-dita que, apesar de ainda restrito, o espaço para essa temática está se ampliando na imprensa. Na Amazônia, avalia, esse tipo de cobertura está inclu-sive mais presente do que nos grandes centros.


Márcia Detoni Chefe do Departamento de Rádio da Radiobrás, em Brasília (DF)

Professora conferencista na ECA-USP

Natural de Erechim (RS) – 11 de novembro de 1962

Formada em Jornalismo pela Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul. Também cursou Ciências So-ciais e jurídicas na PUC-RS. Mestre em Estética do Audiovisual pela ECA-USP

Trabalhou na BBC em Londres, Fo-lha de S. Paulo e agência Reuters

Lecionou técnicas de reportagem e produção de radiodocumentários em cursos de graduação

Atualmente coordena as políticas de comunicação das emissoras da Radiobrás e realiza conferências sobre a história do rádio

Márcia começou a produzir regu-larmente reportagens de cunho

social a partir de 1990, ocasião em que passou a integrar a equipe da BBC em Londres. Está publicando um livro sobre o abuso de drogas químicas no Brasil, escrito a partir de uma grande reportagem realizada para a emissora britânica em 1997. Na Radiobrás, procura aprofundar a cobertura das questões relacionadas ao exercício da cidadania. Sua principal motivação é tornar estes temas “visí-veis”, expondo a problemática social a fim de provocar reflexão, debate, consciência e reação.

“Acredito que exista hoje uma consciência cada vez maior, por parte da mídia, a respeito da importância da cobertura de temas sociais, mas sinto ser neces-sário estar atento quanto ao excesso de burocratiza-ção e a pasteurização da produção jornalística”, afir-ma Márcia, para quem é preciso que a abordagem se torne ainda mais humana, sensível e solidária.

Uma experiência marcante foi a produção, no ano passado, de uma série de reportagens sobre vio-lência sexual, abrangendo centenas de crianças e adolescentes explorados ao longo de rodovias e em grandes centros turísticos. O projeto foi vence-dor, em 2004, do 2º Concurso Tim Lopes de Investi-gação Jornalística.


Márcia Seixas Coordenadora do programa “En-tre Nós”, da Rádio Boa Vista (RR)

Jornalista representante do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Roraima

Natural de São Paulo (SP) – 24 de março de 1965

Formada em Jornalismo pela Facul-dade Alcântara Machado (SP). Pós-graduação em Direito da Criança e do Adolescente pela Faculdade Estácio de Sá (RJ)

Foi repórter do Jornal de Brasília, produtora da TV Manchete e re-datora do jornal infantil Clubinho (Ultima Hora, Brasília). Foi também assessora de Imprensa do Sebrae/RR, diretora de operações da Rede Tropical de Comunicação e diretora da Radio Roraima

Entre as diversas atividades pro-fissionais que administra em

Roraima, Márcia comanda o progra-ma de rádio “Entre Nós”, um canal de comunicação entre pais, filhos e Conselhos Tutelares. “Uma forma

de fortalecer a família”, explica.

Nos bastidores, ainda encontra tempo para reunir “jornalistas socialmente responsáveis” para discu-tir pautas e fontes em torno do ECA, direitos da in-fância outros aspectos dos Direitos Humanos. Ano passado, foi uma das responsáveis pela formação do grupo Roraima Melhor, de comunicadores com-promissados com a causa das novas gerações.

Para Márcia, os “excelentes resultados obtidos com as ações do Conselho Estadual” e a crescente ade-são dos colegas jornalistas à causa da infância e adolescência são seus mais fortes estímulos profis-sionais.

A experiência mais marcante do início de sua carrei-ra foi a cobertura jornalística do I Encontro Nacional de Meninos e Meninas de Rua, em 1986, em Brasí-lia. Impressionada com a desenvoltura dos jovens no trato de suas próprias questões, Márcia passou a incentivar projetos que incentivam a participação e o protagonismo juvenil.


Márcio Pessoa Repórter da Rádio Guaíba AM, em Porto Alegre (RS)

Natural de Porto Alegre – 25 de fevereiro de 1977

Graduado em Jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Trabalhou na Rádio FM Cultura, no Jornal do Comércio e na Prefeitura Municipal de Viamão, entre outras organizações

Márcio já conviveu com pes-soas em situação de muita

pobreza, algumas experimentando condições sub-humanas. Ele acre-dita que a maioria dos brasileiros poderia ter uma condição de vida bem melhor e vê na imprensa um instrumento ca-paz de contribuir para a construção de um País so-cialmente mais justo e igualitário. Os temas sociais estão em seu foco desde 1996, ainda na faculdade, em cursos de extensão para rádios comunitárias.

A cobertura da chacina de seis crianças em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, em março de 2004, é apontada por Márcio como a mais dra-mática de toda sua vida profissional. O assassino era o próprio namorado da mãe das crianças, um jovem de apenas 19 anos, com passado de extrema violência doméstica. Para o repórter, o caso ilustra a necessidade do Brasil desenvolver políticas ur-gentes de prevenção às violações dos direitos das crianças, como uma forma de evitar a reprodução de um fenômeno cíclico: as vítimas de hoje podem tornar-se os agressores do futuro.


Marcos Guiotti Junior Coordenador de Jornalismo da rádio CBN Belo Horizonte

Professor de Jornalismo nas faculdades Estácio de Sá e Milton Paiva (MG)

Natural de Goiânia (GO) – 15 de agosto de 1960

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

Trabalhou na Rede Globo e na Rede Bandeirantes

Violência sexual contra meninos e meninas e trabalho infantil são

questões capazes de tirar o sono de Marcos Guiotti. Como referência, ele tem o Estatuto da Criança e do Ado-lescente, “que sempre inspira novas

pautas que possam indignar os ouvintes a ponto de reagirem”. Apaixonado por rádio, prefere trabalhar com reportagens em série, de maneira a dar continui-dade e aprofundar os temas.

Solidário, Marcos não raro se envolve com as causas e casos em que trabalha. Em 2003, após receber o Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo, doou parte do valor para famílias de baixa renda que conhe-cera ao desenvolver a reportagem premiada.

Uma das emoções mais marcantes de sua carreira foi a visita a uma escola do Vale do Jequitinhonha em que não existia qualquer estrutura. As crianças estudavam debaixo de árvores, sentadas no chão, assistindo au-las preparadas pelas mães. No entanto, imaginavam que estavam numa escola de verdade e insistiram com o jornalista para que ele visitasse a biblioteca, lu-gar onde nada existia, apenas livros imaginários.

Marcos se ressente da falta de políticas públicas efica-zes voltadas para a infância e a adolescência. Entretanto, considera positivas as perspectivas do trabalho jornalísti-co sobre essas temáticas. E reconhece a importância da participação de entidades não governamentais na solu-ção dos problemas que afetam essas faixas etárias.


Maria LimaEditora, apresentadora e repórter da TV São Francisco (Rede Globo), em Juazeiro (BA)

Natural de Terra Nova (PE) – 29 de julho de 1970

Formada em Comunicação Social pela Faculdade Evolutivo (CE)

Trabalhou na TV Norte (BA), TV Ver-des Mares (CE), TV Manchete (CE) e TV Jangadeiro (CE)

A certeza de que o envolvimento de toda a sociedade é o cami-

nho para mudar a dura realidade de boa parte da população nordes-tina tem sido o principal estímulo para Maria prosseguir na cobertura de pautas focadas na agenda social. Ela trabalha com essa perspectiva desde a adolescência, quan-do participava de ações promovidas pelas pastorais da Igreja Católica.

Em sete anos de atividade no Ceará, Maria acom-panhou de perto a tragédia da seca e da fome, que penaliza milhares de crianças e adolescentes. Mas presenciou também iniciativas de muita força e co-ragem por parte da população, assim como resul-tados positivos de ações simples de convívio com o semi-árido. E cita como exemplo marcante deste novo cenário as ações de entidades não-governa-mentais no sentido de garantir educação de quali-dade às meninas e meninos da região.


Meire Bertotti Chefe de Reportagem da Rádio CBN, em Brasília (DF)

Natural de Santo André (SP) – 26 de novembro de 1973

Jornalista formada pela Universida-de Federal de Santa Catarina

Já trabalhou na TV Joinville (Rede RBS) e na TV Brasília

Nas coberturas jornalísticas sobre saúde e educação que realizou

entre as populações em situações de risco social de Santa Catarina e Distrito Federal, Meire “presenciou momentos de muito impacto”.

Seu despertar para a temática social aconteceu ain-da no início da carreira, em solo catarinense. Por ser uma região sujeita a frio e calor intensos e a en-chentes freqüentes, ela sempre terminava acompa-nhando de perto a situação dos menos favorecidos – aqueles diretamente afetados pelas intempéries.

Ela espera poder continuar trabalhando a favor do desenvolvimento social, por acreditar que o Jorna-lismo é também prestação de serviços e uma ponte efetiva entre os problemas e as soluções.


Nadja Vasques Editora executiva do jornal A Gazeta, de Cuiabá (MT)

Natural de Santos (SP) – 19 de março de 1966

Graduada em Jornalismo pela PUC de Santos (SP)

Trabalhou nos jornais Diário de Cuiabá e A Tribuna, e na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso

Foi o contato com os brasileiros que não têm acesso direitos es-

senciais, como saúde, educação, saneamento e moradia digna, que levou Nadja a reconhecer que seu trabalho poderia ter um importante papel conscientizador e transformador. O dia-a-dia como repórter de Cidades, aponta, a levou a desen-volver sua própria noção de cidadania, divulgando informações de interesse público.

Como todo profissional de imprensa que cobre te-máticas de cunho social, Nadja presenciou muitas cenas trágicas. Ela guarda, em especial, a imagem de um menino de 15 anos, assassinado por poli-ciais militares na cidade de Rondonópolis, em Mato Grosso. O rapaz, mesmo não tendo cometido ne-nhum ato infracional, escondeu-se no quintal de sua casa por medo da violência – e acabou morto de forma absurda.

Nadja acredita que cada vez mais se fortalece a interface entre jornalismo e a abordagem social. “Grandes empresas e organizações também estão percebendo a importância de investir na comunica-ção e de aliar seu nome a uma conduta de respon-sabilidade social”, afirma.


Paloma Cotes Repórter da revista Época, em São Paulo (SP)

Vice-presidente da ONG Vez da Voz

Natural de Campinas (SP) – 19 de abril de 1980

Formada em Jornalismo pela Fa-culdade de Comunicação Social Cásper Líbero (SP)

Cursa pós-graduação em Jornalis-mo Social na PUC-SP

Trabalhou anteriormente na revista Quem Acontece e na Folha de S. Paulo

Desenvolve materiais didáticos e lúdicos para crianças com deficiên-cia na ONG Vez da Voz

Paloma sempre se interessou pela temática social e reconhe-

ce ter sido beneficiada pelo fato de haver trabalhado com editores que estimularam essa vocação.

A cobertura de temáticas relativas aos direitos da infância e da adolescência está entre suas priorida-des. Em 2003, por exemplo, Paloma acompanhou o relator da ONU para a questão da exploração se-xual infantil, Juan Miguel Petit, em sua passagem pelo Brasil. Pôde ver de perto o drama de crianças que eram prostituídas, tanto em Belém quanto em Salvador, por quantias inferiores a R$ 10. Em Porto Ferreira, no interior de São Paulo, conviveu durante uma semana com as meninas que eram aliciadas e exploradas pelos políticos locais. Descobriu que a população, apesar de ter conhecimento do fato, havia se calado durante anos.

O contato próximo com os aspectos mais proble-máticos da realidade nacional fazem Paloma acre-ditar que a imprensa brasileira, apesar de estar ga-rantindo maior espaço para os direitos da infância e da adolescência, ainda está longe de realizar uma cobertura de qualidade.


Paula StangeRepórter do jornal A Gazeta, de Vitória (ES)

Natural de Vitória – 27 de julho de 1980

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Espí-rito Santos

Paula considera muito importante o papel da mídia como forma-

dora de opinião, sobretudo quando o jornalista e o veículo se compro-metem com as questões da cida-dania, fomentando discussões que podem resultar em concreta transformação social.

Ela aponta que sempre se interessou pelos assuntos relacionados aos Direitos Humanos e às condições de vida de crianças e adolescentes. Entre as maté-rias que mais a marcaram, destaca a série que rea-lizou sobre a crônica situação de superlotação das Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (Utins) em hospitais públicos – um problema ainda não solu-cionado, que coloca em risco a vida de centenas de bebês. Também a impressionou, já na cobertura da área educacional, o sucateamento das instalações de ensino, a violência nas salas de aula e o cerco fe-roz a alunos e professores exercido por traficantes.

De acordo com Paula, o reconhecimento da impor-tância do trabalho jornalístico por instituições como a ANDI contribui para aprimorar a atuação da im-prensa na área social.


Samartony Costa Martins Coordenador de reportagem do jornal O Imparcial, de São Luís (MA)

Natural de São Luís – 9 de janeiro de 1971

Formado em Jornalismo pela Uni-versidade Federal do Maranhão.

Trabalhou no Sistema Difusora de Comunicação (MA)

Samartony se envolveu mais profundamente com a pauta da

infância e da adolescência quando a Comissão de Direitos Huma-nos da Organização dos Estados Americanos recebeu, em junho de

2001, uma petição em relação ao caso dos meni-nos emasculados do Maranhão, que até então não merecera atenção das autoridades brasileiras. Ele registrou de perto a história das famílias das vítimas e está trabalhando em um livro sobre o assunto. Apesar de alguns casos já terem sido esclarecidos, há vários que não foram a julgamento, estando os parentes dos garotos ainda à espera de justiça.

“O fato de morar num estado pobre, onde as polí-ticas públicas direcionadas à criança e ao adoles-cente se fazem urgentes, me estimula a prosseguir nesse tipo de cobertura”, diz Samartony. Ele acre-dita que o Jornalismo é um dos mecanismos que podem ser utilizados para cobrar dos órgãos com-petentes a aplicação das leis, que não raro, ficam só no papel. No futuro, pretende trabalhar em uma ONG voltada à área.


Sandra Annenberg Apresentadora do Jornal Hoje, da Rede Globo

Natural de São Paulo (SP) – 05 de junho de 1968

Formada em Jornalismo, trabalhou anteriormente nas redes de televi-são Bandeirantes, Cultura, Record e SBT e também integrou a equipe da Abril Vídeo

Contribuir para a construção de um mundo mais justo e ético

é a principal motivação de Sandra para se envolver com a temática social. Este compromisso está pre-sente em sua vida desde a adoles-cência, destaca.

Atualmente, trabalha no Jornal Hoje, permitindo que se amplie o foco no público infanto-juvenil. “Em todo o processo de produção do programa existe a intenção de ajudar a abrir os olhos do país – e dos pais – para os problemas que afetam as crianças e os adolescentes”, aponta.

Sandra considera favoráveis as perspectivas para os jornalistas que buscam atuar na área social. Isto porque nos últimos anos tem observado o fortaleci-mento do trabalho da imprensa não só como uma das principais vias de denúncia, mas também como espaço de debate sobre as soluções para os diver-sos desafios presentes na agenda do País.


Sheila Torres Repórter do jornal Cinform, de Aracaju (SE)

Natural de Aracaju – 19 de março de 1981

Formada em Jornalismo pela Uni-versidade Federal de Sergipe

Sheila conta que foi atraída pelo Jornalismo por acreditar que

a imprensa pode ajudar, de forma efetiva, a melhorar a realidade das crianças e adolescentes brasileiros que têm os seus direitos básicos

violados. Ela atua com essa perspectiva desde que começou a trabalhar como repórter, há dois anos.

Uma reportagem que a marcou bastante – até por desafiar sua crença no poder de transformação so-cial da mídia – teve como foco central a dura situ-ação das crianças do semi-árido. A pauta sugeria reencontrar Anete Alves dos Santos, habitante de Poço Redondo, uma das cidades mais pobres do sertão de Sergipe, que quando criança tivera sua foto estampada no pôster da Campanha de Fra-ternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em 1998. Sheila descobriu que, aos 17 anos, a menina ainda enfrenta praticamente os mesmos problemas da época em que ficou conhecida na-cionalmente: “Foi muito triste ver que, mesmo com tanta atenção da mídia na época, nada mudou para ela e sua família”.

Na opinião da repórter, a maior valorização das pau-tas com enfoque social é reflexo também da contri-buição de fontes de informações especializadas e de organizações não-governamentais. Mas ainda é preciso, aponta, abrir os olhos de editores e donos de jornais de todo o País para a importância central desse tipo de cobertura.


Sylvia Colombo Editora do Folhateen e da Folhinha, suplementos da Folha de S.Paulo

Natural de São Paulo (SP) – 20 de fevereiro de 1972

É formada em História pela Univer-sidade de São Paulo e em Comuni-cação pela PUC-SP

Sylvia trabalha na Folha de S. Paulo desde que se formou. Anteriormen-te, cobria Cultura e foi correspon-dente em Londres

Sylvia vem descobrindo novas perspectivas na prática jornalísti-

ca desde quando assumiu, em 2004, a função de editora do Folhateen, ca-derno dirigido ao público adolescen-te e jovem. Criado em 1991, o suple-mento aborda questões como internet, saúde, cultura e políticas públicas com uma linguagem ao mesmo tempo leve e estimuladora de reflexão.

O Folhateen foi o primeiro veículo de seu perfil no País a implantar um Conselho Editorial Jovem. Para Sylvia, uma das experiências mais marcantes de sua carreira é justamente a oportunidade de uma convivência próxima com estes jovens, definindo pautas e analisando o conteúdo das edições. “Não têm meias palavras, são ácidos em criticas às edi-ções impressas, mas extremamente produtivos e ricos nas discussões de pautas”, explica.

A jornalista é co-autora do livro Lutas Camponesas na América Latina, publicado pela editora Humani-tas. Com uma perspectiva comparativa, a obra trata das transformações ocorridas no mundo rural de México e Peru e a luta desses povos para preservar seus meios de subsistência e práticas culturais.


Val Sales Repórter do Jornal Página 20, de Rio Branco (AC)

Natural de Esperança (AM) – 22 de agosto de 1965

Atua há 13 anos como jornalista profissional, sempre priorizando a área social

Trabalhou na TV Acre (Rede Globo) e na TV Gazeta (Rede Record)

As boas fontes de informação que contatou e continua a cul-

tivar são os principais estímulos de Val para prosseguir na cobertu-ra dos temas sociais.

Ela conta que já se deparou com muitas situações di-fíceis envolvendo crianças. Uma que a tocou particu-larmente foi a de exploração de mão-de-obra infantil nas casas de farinha do município de Cruzeiro do Sul (AC). Meninos e meninas trabalhavam como adultos. Já com cinco anos de idade, manuseavam facas afiadas, descascando macaxeira. Muitos se machu-caram ou se feriram durante brigas e brincadeiras.

Atualmente, inclusive a partir da contribuição da mídia, esse quadro começa a mudar: a fiscalização vem agindo com mais rigor e os infratores estão sendo punidos a partir da efetiva apuração das de-núncias. Situações como esta fazem Val acreditar serem bastante favoráveis as perspectivas de am-pliação e aprofundamento da cobertura das temá-ticas sociais.


Veronica Almeida Repórter e colunista do Jornal do Commercio, em Recife (PE)

Natural de Recife – 25 de junho de 1967

Jornalista formada pela Universi-dade Federal de Pernambuco, es-pecializou-se em saúde pública no Centro de Pesquisas Aggeu Maga-lhães (Recife)

Atualmente, faz especialização em Direitos Humanos na PUC-PE

Já trabalhou no Jornal do Brasil (sucursal Recife) e foi voluntária no Comitê da Ação da Cidadania con-tra a Fome, a Miséria e pela Vida

Veronica trabalha com a temáti-ca social desde os anos 1980,

quando ainda atuava como estagiá-ria. Ela conta que essa persistência lhe possibilitou manter o idealismo inicial que a motivara a buscar o Jornalismo. A imprensa, acredita, torna-se uma efe-tiva ferramenta de mudança na sociedade por meio da denúncia de problemas, do debate de soluções e da orientação sobre serviços e meios disponíveis para o exercício da cidadania.

Hoje Veronica diz-se gratificada por saber que pôde contribuir para transformar positivamente a realida-de de algumas pessoas. Reconhece também que o Jornalismo de cunho social está encontrando solo mais fértil nas redações. Mas lamenta a ausência de um enfoque mais sistemático nas experiências exi-tosas e de estímulo ao controle social nas áreas da saúde e da educação.

Uma reportagem realizada no interior de Pernam-buco ainda hoje é lembrada por Veronica como a mais marcante de sua vida: tratava-se de acom-panhar a via crucis das mulheres grávidas que não contavam com as condições mínimas de assistên-cia. Ao voltar, um ano depois, encontrou vários be-bês que ainda resistiam; boa parte deles, entretan-to, havia morrido ou se encontrava em situação de extremo risco.


JORNALISTAS AMIGOS DA CRIANÇA

1997-2005

REGIÃO NORTE

AcreAssem Neto – Assessor de imprensa do Governo Estadual do Acre

Nilda Dantas Pires – Locutora e apresentadora da Rádio Difusora Acreana

Val Sales – Repórter do jornal Página 20

AmapáFrancicleide Domingos Freire – Apresentadora da TV Amapá (Rede Globo)

AmazonasAna Célia Ossame – Repórter do jornal A Crítica

Daniela Assayag – Repórter da TV Amazonas (Rede Globo)

Francisco Braz Pereira da Silva – Editor e locutor da Rádio Novidade FM

Nely Pedroso de Sousa Hozanna – Editora de Educação do jornal Amazonas em Tempo

Omar Gusmão – Repórter do caderno de Cultura e do suplemento Papo Cabeça, do jornal A Crítica

Wilsa Carla Freire da Silva – Assessora de

comunicação e coordenadora do curso de

jornalismo da Uninorte

ParáCarlos Mendes – Repórter especial do jornal O

Liberal / Correspondente de O Estado de São Paulo

Francília Cutrim – Coordenadora executiva da

ONG Sila Espaço Social

Linda Ribeiro – Repórter da Rádio Cultura FM

Ney Messias Júnior – Diretor da TV Cultura

Paula Sampaio – Subeditora do jornal O Liberal

Ruberval Aguiar – Produtor da TV Liberal

Santino Soares – Apresentador da Rádio Liberal AM

Shirley Castilho – Assessora de imprensa do

Consórcio Inter-municipal do Nordeste

Paraense - Coinp

RondôniaAna Elvira Aranda – Editora do Diário da

Amazônia

Marcela Ximenes – Repórter do Diário da

Amazônia


Roraima Jessé Souza – Editor chefe da Folha de Boa Vista

Márcia Seixas – Radialista da Rádio Boa Vista AM

TocantinsNeuracy Viana Cruz – Editora do Jornal do Tocantins

Rubens Gonçalves Silva – Coordenador de comunicação do Ministério Público Estadual de Tocantins

REGIÃO NORDESTE

AlagoasCristina Limeira – Editora da Gazeta de Alagoas

Elenilda Oliveira – Editora executiva de O Jornal

Lenilda Luna de Almeida – Repórter da TV Pajussara (SBT)

Vitória Alcântara – Diretora da ONG Infância Feliz

BahiaAna Maria Vieira – Autônoma

Ana Paula Vargas – Facilitadora da ONG Cipó Comunicação Interativa

Cíntia Oliveira – Editora da Tribuna da Bahia

Cleber Borges – Assessor de imprensa da Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB

Daniel Freitas – Repórter do Correio da Bahia

Francisco Ribeiro Neto – Secretário de redação do jornal A Tarde

José Bomfim Alves de Oliveira – Assessor de imprensa da Câmara Municipal de Salvador

José Raimundo Carneiro – Repórter da TV Bahia (Rede Globo)

Leandro Colling – Coordenador da Agência Baiana de Notícias (Faculdade Social da Bahia)

Liliane Reis – Apresentadora e repórter da TV Salvador (Rede Bahia)

Maria Lima – Editora e apresentadora do Bahia Meio Dia – TV São Francisco (Rede Globo)

Nadja Vladi – Editora do caderno Dez! do jornal A Tarde

Olenka Machado – Editora do jornal A Tarde

Patrícia Nobre – Repórter e apresentadora da TV Bahia (Rede Globo)

Sandro Lobo – Repórter do jornal A Tarde

Suzana Varjão – Coordenadora do Movimento Estado de Paz

CearáAdemir da Silva Costa – Editor da Revista Econômica do Nordeste

Ana Márcia Diógenes – Oficial de comunicação do Unicef


Ana Meire Cavalcante – Repórter do jornal O Povo

Ana Quezado – Produtora e editora da TV Verdes Mares (Rede Globo)

Antônio dos Santos de Oliveira Neto – Radialista da FM Seis de Abril

Carneiro Portela – Apresentador do programa Nordeste Caboclo, da TV Diário

Cristiane Parente – Colunista do jornal O Povo

Fátima Sudário – Editora-chefe do jornal O Povo

Marlyana Teixeira Lima – Editora do Diário do Nordeste

Rita Célia Vieira Araújo – Repórter do jornal O Povo

MaranhãoAdalberto Melo – Coordenador de Jornalismo da Rádio Universidade 106,9 FM

Elisângela Leite Teixeira – Repórter da Folha do Maranhão

José Ribamar Praseres Muniz – Coordenador de jornalismo do jornal O Imparcial

Samartony Martins – Chefe de reportagem de O Imparcial

Selma Rosa Figueiredo – Pauteira do jornal O Imparcial

ParaíbaDanielle Huebra – Repórter da TV Cabo Branco (Rede Globo)

Henriqueta Santiago – Repórter do Correio da Paraíba

Lena Guimarães – Editora-chefe do Correio da Paraíba

Sony Lacerda – Secretária de redação do Jornal da Paraíba (sucursal de Campina Grande)

PernambucoAna Maria da Conceição Veloso – Coordenadora do projeto Jovens Comunicadores do Centro de Mulheres do Cabo

Beatriz Castro – Repórter especial da TV Globo Recife

Carlos Morais – Coordenador de jornalismo da Rádio Jornal AM

Geórgia Alves – Diretora do núcleo de Tevê da Prefeitura de Olinda - PE

Graça Araújo – Apresentadora do Jornal do Meio Dia, da TV Jornal do Commercio (SBT)

Inácio França – Consultor de comunicação do Unicef

Marcionila Teixeira – Repórter do Diário de Pernambuco

Paula Losada – Colunista do Diário de Pernambuco

Ricardo Novelino – Repórter do Jornal do Commercio

Veronica Almeida – Repórter do Jornal do Commercio


PiauíAlice Honório – Coordenadora das páginas de educação, economia, município e bairro do Jornal Meio Norte

Josnayra Marques Rodrigues – Autônoma

Marcelo Costa – Secretário de redação do Jornal O Dia

Rio Grande do NorteEugênio Parcelle – Coordenador da Associação Cia. Terramar

Francisco F. de Souza – Editor do caderno DN Educação, do Diário de Natal

Glácia Marillac – Repórter da TV Cabugi (Rede Globo)

Janaína Maria Silva Olanda – Editora de Cidades do Jornal de Fato

Paulo Francisco Candelária – Autônomo

Yara Okubo – Editora da Tribuna do Norte

SergipeAndréa Moura – Repórter do Jornal da Cidade

Antônio Fernando Cabral Ferreira – Presidente do Sistema Aperipê de Comunicação

Cila Cerqueira – Chefe de reportagem da TV Sergipe (Rede Globo)

Marta Suzane Vidal – Editora e apresentadora da TV Sergipe (Rede Globo)

Sheila Torres – Repórter do jornal Cinform

REGIÃO CENTRO-OESTE

Distrito FederalAirton Medeiros – Presidente da ONG Escola Brasil

Alexandre Eggers Garcia – Repórter especial da TV Globo Brasília

Amauri Ribeiro Jr.– Repórter da revista IstoÉ (sucursal de Brasília)

Ana Beatriz Magno – Repórter especial do Correio Braziliense

Ana Dubeux – Editora executiva do Correio Braziliense

Ana Sá – Editora do caderno Gabarito, do Correio Braziliense

André Dusek – Repórter fotográfico da revista IstoÉ (sucursal de Brasília)

Carina Paccola – Coordenadora de Mídia Jovem da ANDI

Demétrio Weber – Repórter de O Globo (sucursal de Brasília)

Edgar Lisboa – Coordenador de comunicação da CNI – Confederação Nacional da Indústria

Eliane Cantanhêde – Diretora de redação da Folha de S. Paulo (sucursal de Brasília)


Fernanda Lambach – Assessora de imprensa da deputada federal Maninha (PT-DF)

Jairo Viana – Repórter do Jornal de Brasília

José Varella – Repórter fotográfico do Correio Braziliense

Josias de Souza – Diretor de redação da Folha de S. Paulo (sucursal de Brasília)

Lisandra Paraguassú – Repórter de O Estado de S. Paulo (sucursal de Brasília)

Luciana Constantino – Repórter da Folha de S. Paulo (sucursal de Brasília)

Mara Régia di Perna – Coordenadora do Projeto Natureza Viva, da Radiobrás

Marcelo Canellas – Repórter da TV Globo Brasília

Márcia Detoni – Coordenadora do Departamento de Rádio da Radiobrás

Márcia Gomes – Autônoma

Maria Clarice Dias – Repórter do Jornal da Câmara

Maria Marta Avancini – Pesquisadora da Unesco

Meire Bertotti – Chefe de reportagem da CBN Brasília

Mila Petrillo – Fotógrafa da revista Educação

Ricardo Noblat – Editor do Blog do Noblat.com.br

Rodrigo Rangel – Repórter de O Globo (sucursal de Brasília)

Severino Francisco – Professor do Uniceub / Subeditor do caderno de Turismo do Correio Braziliense

Tânia Fusco – Assessora de imprensa da senadora Roseana Sarney (PFL - MA)

TT Catalão – Cronista do DF-TV, da TV Globo Brasília e consultor em projetos de Cidadania

Ulisses Campbel – Repórter do Correio Braziliense

GoiásAntônio Augusto Passos Danin Júnior – Gerente de comunicação da Secretaria de Infra-Estrutura de Goiás

João Unes – Editor executivo do jornal O Popular

Lídia Borges – Repórter do Diário da Manhã

Patrícia Drummond Gonçalves – Colunista e repórter do jornal O Popular

Valéria Belém – Editora dos suplementos Pop e Almanaque, do jornal O Popular

Mato Grosso Flávio Garcia – Diretor de Comunicação da prefeitura de Cuiabá - MT

Liana Dias de Menezes – Assessora de imprensa da Secretaria de Planejamento do Mato Grosso

Nadja Vasques – Editora executiva de A Gazeta


Mato Grosso do SulAlexandre Spengler – Apresentador da TV Educativa Regional

Fernanda Mathias – Repórter do site Campo Grande News

REGIÃO SUL

ParanáAlessandra Bucholdz – Presidente da ONG Cidadão do Futuro / Repórter de educação do Diário dos Campos

Cynthia Figueiredo Camargo – Diretora da ALMA - Associação Intercultural de Projetos Sociais

Danielle Soares Brito – Editora do caderno Viver Bem, do jornal Gazeta do Povo

Dulcinéia Novaes – Repórter da TV Paranaense (Rede Globo)

Evandro Fadel – Correspondente de O Estado de S. Paulo (sucursal de Curitiba)

Joanita Ramos – Pauteira da Gazeta do Povo

Joseane Martins – Pauteira de O Estado do Paraná

Leonardo Franklin – Chefe de produção da TV Educativa

Mauri König – Repórter da Gazeta do Povo

Melissa Bergonsi – Chefe de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Paraná

Mônica Panes Kaseker – Professora de radiojornalismo do curso de Comunicação Social da PUC-PR

Nelson Sousa Filho – Chefe de redação da Gazeta do Povo

Nádia Bronze – Autônoma

Ulisses Velasco Cunha – Chefe de produção da TV Paranaense (Rede Globo)

Vitor Carleial Casimiro – Assessor de imprensa do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos - IDDEHA

Rio Grande do SulÁlvaro Grohmann – Repórter do Correio do Povo

Carlos Roberto Etchichury – Repórter do jornal Zero Hora

Clarinha Glock – Coordenadora da ONG Alice – Agência Livre para Informação, Cidadaniae Educação

Eugênio Esber – Diretor de redação da revista Amanhã

Helena Martinho – Coordenadora de jornalismo da TV Unisinos (retransmissora do Canal Futura)

Marcio Pessôa – Repórter da Rádio Guaíba

Nelcira Neves do Nascimento – Repórter e editora de Solidariedade da Rádio Gaúcha

Nilson Mariano – Repórter especial do jornal Zero Hora

Paula Coutinho da Silva – Repórter de política do Jornal do Comércio


Rosane Tremea – Editora de cidades do jornal Zero Hora

Santa CatarinaAdriana Pelizzaro – Autônoma

Aline Felkl – Assessora de imprensa do Ministério Público do Estado – Procuradoria Geral da Justiça

Ângela Maria de O. Bastos – Repórter do Diário Catarinense

Cláudio Silva (Sarará) – Repórter fotográfico do Diário Catarinense

Eduardo Correia – Editor executivo do Jornal de Santa Catarina

Genara Rigotti – Repórter do jornal A Notícia

Maria Odete Olsen – Produtora e apresentadora do programa Educação e Cidadania, da TV Barriga Verde (Rede Bandeirantes)

Rubens Herbst – Repórter do jornal A Notícia

Tatiana Beltrão Gomes – Repórter do Diário Catarinense

REGIÃO SUDESTE

Espírito SantoAline Andrade – Repórter da CBN Vitória

Paula Stange – Repórter de A Gazeta

Minas Gerais Américo Antunes – Diretor de desenvolvimento da Agência Asa Comunicação

Aurélio José – Autônomo

Beatriz Lima – Coordenadora da assessoria de imprensa da Secretaria de Comunicação da PUC-MG

Benny Cohen – Apresentador da TV Alterosa (SBT)

Beth Barra – Editora do jornal Hoje em Dia

Daniela Arbex – Repórter da Tribuna de Minas

Deusdedith Aquino – Chefe de Gabinete da Presidência da Federação das Indústrias de Minas Gerais – FIEM

Eduardo Costa – Repórter da Rádio Itatiaia

Elias Santos – Coordenador executivo e apresentador da Rádio UFMG Educativa

Ellen Cristie – Subeditora do Núcleo de Suplementos e Revistas do Estado de Minas

Magali Simone – Repórter de O Tempo

Marcos Guiotti Júnior – Coordenador de jornalismo da CBN Belo Horizonte

Maria Tereza Costa e Paula – Repórter do jornal Hoje Em Dia

Rogério Augusto Perez Pereira – Chefe de reportagem do jornal Hoje em Dia

Rose Santana – Subeditora do Diário do Rio Doce


Sandra Kiefer – Repórter de economia do Estado de Minas

Tacyana Arce – Coordenadora de jornalismo da Rádio UFMG Educativa

Rio de JaneiroAdriana Barsotti – Editora dos suplementos Megazine e Globinho, do jornal O Globo

Aluízio dos Santos Freire – Repórter do jornal O Dia

Ana Maria Machado – Escritora infantil

Antônio Góis – Repórter da Folha de S. Paulo (sucursal do Rio de Janeiro)

Beth Costa – Editora de internacional do Jornal Nacional, da TV Globo

Carla Lencastre – Editora do caderno Boa Viagem, do jornal O Globo

Carla Rocha – Repórter do jornal O Globo

Chico Otávio – Repórter do jornal O Globo

Claudia Werneck – Presidente da ONG Escola de Gente – Comunicação em Inclusão

Cristiane Ballerini – Coordenadora do núcleo de criação do Canal Futura

Custódio Coimbra – Repórter fotográfico do jornal O Globo

Denise Assis – Gerente de comunicação da Fundação Real Grandeza

Dil Santos – Diretora de jornalismo da TV Record

Edna Dantas – Autônoma

Elenilce Bottari – Repórter do jornal O Globo

Evandro Teixeira – Repórter fotográfico do Jornal do Brasil

Flávia Oliveira – Repórter especial de economia do jornal O Globo

Leila Melo – Autônoma

Lúcia Maria Araújo – Gerente geral do Canal Futura

Luis Erlanger – Diretor da Central Globo de Comunicação

Luiz Lobo – Escritor

Marceu Vieira – Subeditor do jornal O Globo

Márcia Mermelstein – Coordenadora do núcleo de produção educativa da TVE

Márcia Peltier – Colunista do Jornal do Brasil

Márcio Moreira Alves – Colunista do jornal O Globo

Marcus Aurélio de Carvalho – Coordenador executivo da Rádio Globo AM

Mariza Tavares Figueira – Diretora de jornalismo da CBN Rio de Janeiro

Mauro Ventura – Repórter especial do jornal O Globo

Mona Bittencourt – Produtora do Jornal Nacional, da TV Globo

Pedro Bial – Apresentador do Fantástico, da TV Globo

Pedro Paulo Carneiro – Diretor dos programas Atitude.com e Supertudo, da TVE


Rachel Vita – Repórter do jornal O Dia

Roberto Albuquerque Faustino – Diretor da Documentaria Filmes

Rodolfo Fernandes – Editor-chefe do jornal O Globo

Sergio Groisman – Diretor e apresentador dos programas Altas Horas e Ação, da TV Globo

Severino Silva – Editor do jornal O Dia

Sylvia Leal – Jornalista do site Top Baby

Vanessa Maia – Professora da Universidade Federal Fluminense

William Bonner – Editor-chefe e apresentador do Jornal Nacional, da TV Globo

Zeca Camargo – Editor-chefe do Fantástico, da TV Globo

Ziraldo Alves Pinto – Cartunista / Escritor infantil

Zuenir Ventura – Colunista do jornal O Globo

São PauloAida Carvalho Veiga – Subeditora da revista Época

Alan Rodrigues – Repórter da revista IstoÉ

Alberto Dines – Editor e apresentador do Observatório da Imprensa, da TVE

Álvaro Bufarah – Produtor e apresentador da Revista Brasil, da Radiobrás

Andréia Peres – Diretora da Cross Content

Ângela Santos – Autônoma

Astrid Fontenelle – Apresentadora da Rede Bandeirantes

Aureliano Biancarelli – Jornalista da Rede Gandhi de Notícias

Bell Kranz – Diretora do programa Silvia Poppovic, da TV Cultura

Beth Carmona – Presidente da TVE Brasil

Bia Rosemberg – Coordenadora do núcleo de produção da TV Cultura

Bóris Casoy – Diretor e apresentador do Jornal da Record

Carlos Lemes Pereira – Editor do Diário do Povo (Campinas-SP)

Carolina Costa – Editora da Folha Sinapse, do jornal Folha de S. Paulo

Célia Beatriz Rosemblum – Editora de projetos especiais do Valor Econômico

Célia Pardi – Autônoma

Célia Siqueira Farjalat – Colaboradora do Correio Popular (Campinas-SP)

Clarissa Kowalsi – Jornalista da La Fabbrica Brasil

Chico Pinheiro – Apresentador do SP-TV, da TV Globo São Paulo

Ciça Lessa – Editora-chefe da revista Atrevida

Cláudia Vassallo – Redatora-chefe da revista Exame


Clóvis Rossi – Colunista da Folha de S. Paulo

Daniela Chiaretti – Repórter do Valor Econômico

Daniela Falcão – Diretora de redação das revistas Trip e TPM

David Moisés – Editor de educação, ciência e meio ambiente do Portal Estadão

Denise Gustavsen – Assessora de imprensa da Central de Idéias

Eliane Cristina Brum – Repórter especial da Revista Época

Elio Gaspari – Colunista do jornal O Globo

Elizabeth De Fiore – Diretora da Editora Pau Brasil Ltda.

Érika Kobayashi – Autônoma

Fernanda Mena – Repórter da Folha de S. Paulo

Fernanda Sucupira – Repórter do site Carta Maior

Fernando Rossetti – Diretor Executivo do GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas

Gabriel Grossi – Autônomo

Gabriela Athias – Autônoma

Gilberto Dimenstein – Colunista e editor da Folha de S. Paulo

Gilberto Nascimento – Editor especial da revista IstoÉ

Gilmar Penteado – Repórter da Folha de S. Paulo

Gilson Schwartz – Professor de Economia da Informação e Novas Mídias e coordenador do projeto Cidade do Conhecimento da ECA/USP

Glauce Montesso – Repórter da Rede Bandeirantes

Guilherme Evelin – Chefe de reportagem de O Estado de S. Paulo

Guilherme Werneck – Subeditor do Caderno de Informática do jornal O Estado de S. Paulo

Guta Nascimento – Diretora executiva do Jornal Hoje, da TV Globo

Hélio Campos Mello – Diretor de redação da revista IstoÉ

Heródoto Barbeiro – Gerente de jornalismo da CBN São Paulo

José Mangini Júnior – Diretor da Movie & Arte

José Trajano – Diretor de jornalismo da ESPN Brasil

Juliana Junqueira – Editora do site IG Cidadania

Keko Ribeiro – Autônoma

Laura Greenhalg – Editora de geral do jornal O Estado de S. Paulo

Luciana Garbin – Repórter de O Estado de S. Paulo

Luciano Borges – Chefe de Reportagem de esporte da Rede Bandeirantes e colunista do jornal Agora São Paulo


Luisa Alcalde – Repórter do Diário de S. Paulo

Marcelo Brettas – Autônomo

Márcia Bongiovani – Repórter especial da TV Cultura

Marco Antônio Araújo – Coordenador do Instituto Livre do Jornalismo

Marco Uchôa – Repórter do Fantástico, da TV Globo São Paulo

Maria Cristina Poli – Repórter especial da TV Globo

Maria Lydia Flandoli – Comentarista da Rádio Bandeirantes AM

Marilu Calo Cabañas – Repórter da Rádio Cultura AM e FM

Mario Cesar Carvalho – Repórter especial da Folha de S. Paulo

Marlene Bérgamo – Repórter fotográfica da Folha de S. Paulo

Mauro Cézar Pereira – Colaborador do Valor Econômico

Mauro Garcia Dahmer – Redator de criação da MTV Brasil

Mônica Albuquerque L. Serino – Diretora de redação da revista Marie Claire

Mônica Krausz – Diretora da revista Gênios

Mônica Rodrigues – Autônoma

Mônica Waldwogel – Apresentadora do programa Saia Justa, da GNT, e do programa Dois a Um do SBT

Neide Duarte – Repórter da TV Cultura

Pablo Pereira – Autônomo

Paloma Cotes – Repórter da revista Época

Paulo Lima – Editor da revista Viração

Pedro Rubens – Proprietário do Pedro Rubens Fotografia SC Ltda

Raquel Ribeiro – Autônoma

Ricardo Kotscho – Consultor do Instituto Brasil Voluntário – Projeto Faça Parte

Rita Moraes – Repórter da revista IstoÉ

Roberto Gazzi – Editor executivo do jornal O Estado de S. Paulo

Samy Mohamed Charanek – Pauteiro do caderno Brasil, da Folha de S. Paulo

Sandra Annemberg – Apresentadora do Jornal Hoje, da TV Globo

Sérgio Gabriel Lopes – Repórter especial do Jornal da Rede Bandeirantes

Silvânia Dal Bosco – Sócia-proprietária da Ecco – Escritório de Comunicação e Consultoria

Sinval Leão – Diretor editorial da revista Imprensa


Sylvia da Cruz Colombo – Editora dos suplementos FolhaTeen e Folhinha, da Folha de S. Paulo

Soninha (Sônia Francine) – Vereadora da cidade de São Paulo / Colunista de Esporte na Folha de S. Paulo e no canal ESPN-Brasil

Teresa Cristina A. de Barros – Repórter especial da TV Cultura

Vaguinaldo Marinheiro – Secretário de redação da Folha de S. Paulo Online

Vera Lúcia Aranha – Jornalista da Impress Assessoria de Imprensa

Vico Iasi – Repórter especial do programa Globo Rural, da TV Globo

Wagner Gomes – Repórter de economia da Globonews.com

Zamali Dória – Autônoma

Zico Góes – Diretor de programação da MTV

Walace Lara – Repórter do SP-TV, da TV Globo São Paulo

NO EXTERIOR

Colômbia

Manuel Manrique – Representante do Unicef para a Colômbia e Venezuela

EspanhaCynthia Garda – Proprietária da Garda Comunicação Ltda

Patú Antunes – Autônoma

Estados UnidosCésar Seabra – Editor chefe da Globo Internacional (Nova Iorque – EUA)

Luiz Carlos do N. Sousa – Autônomo

FrançaSebastião Salgado – Fotógrafo

InglaterraAdriana Carranca – Autônoma

Adriana Mendes – Autônoma

Caco Barcelos – Correspondente da TV Globo (sucursal de Londres)

Lucio Mesquita – Diretor da Região da América da BBC World Service

IN MEMORIAN

Ari Cipola

Cristiano Donato

João Vitor Strauss

A missão da ANDI é contribuir para a qualidade da infor-mação pública em torno de temas re-

levantes para a pro-moção e defesa dos

direitos da infância e da adolescência.

Para isso, busca estimular o diálogo

pró-ativo, profis-sional e ético entre os atores da socie-dade civil organiza-

da e a mídia.

A comunicação é cada vez mais percebida como instrumento fundamental para a promoção e consolidação dos processos de transformação social. Em janeiro de 2004, a ANDI tornou-se a primeira organização não-governamental com foco na área de comunicação a destacar-se entre os três vencedores do Prêmio Japão para o Projeto Mais Inovador de Desenvolvimento, oferecido anualmente pela instituição Global Development Network (GDN).

Os principais critérios para a escolha dos projetos são a possibilidade de replicação em outros contextos e o amplo impacto social de suas ações. Para alcançar esse reconheci-mento, a ANDI passou por um extenso processo de avaliação realizado por especialistas internacionais. A proposta de expansão de suas tecnologias de atuação para outros países foi escolhida entre mais de 130 iniciativas de todo o mundo, sendo a maior parte delas formada por grandes projetos de ação direta nas comunidades.

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