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1 JORNALANDO Dezembro 2015/2016 Coordenadoras: Cecília Sucena e Dalila Chumbinho Poesia DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA, Pág.8 CIÊNCIA DE PALMO E MEIO, Pág. 7 EXPOSIÇÃO “POLAR”, Pág. 2 FELIZ NATAL E FELIZ ANO NOVO !

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JORNALANDO Dezembro 2015/2016 Coordenadoras: Cecília Sucena e Dalila Chumbinho

Poesia

DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA, Pág.8

CIÊNCIA DE PALMO E MEIO, Pág. 7

EXPOSIÇÃO “POLAR”, Pág. 2

FELIZ NATAL E FELIZ ANO

NOVO !

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EXPOSIÇÂO “POLAR – Nos

limites da Ciência: A Investigação Portu-guesa no Ártico e na Antártida”

O Ártico e a Antártica possuem um fascí-nio próprio. O azul dos icebergues, o branco da neve, a beleza rara dos animais que lá vivem. Contudo, as regiões polares são muito mais do que isso. É no Ártico e na Antártica (região que contém o conti-

nente Antártida e o oceano que o circunda, o oceano Antártico) que se investigam questões cruciais para o planeta: Qual o efeito das alterações climáticas nos ecossistemas polares. Quanto é o degelo e quais são os seus efeitos nas corren-tes oceânicas. Quais as modificações na camada de ozono e quais são as suas consequências. Qual o impacto da acidificação dos oceanos. Estas são algumas das questões para as quais os cientistas de todo o mundo, incluindo de Portugal, procuram repostas. Portugal possui mais de 50 cientistas em 15 equipas de Institutos e Uni-versidades Portuguesas a fazer investigação no Ártico e na Antártida, dedicados a responder a algumas destas questões, colaborando com numerosos países, in-cluindo o Reino Unido, Espanha, Brasil e Canadá. Esta exposição fotográfica pretende evidenciar a importância das regi-ões polares para o planeta, através de imagens recolhidas por cientistas Portu-gueses e pelos seus colegas enquanto trabalham no Ártico e na Antártica, e levar-

nos até aos limites da ciência.

A turma C do 10º ano teve a oportunidade de visitar esta exposição no pavilhão multiusos da escola que os alunos

consideraram uma iniciativa fantástica, na medida em que alerta as pessoas para todos os problemas que existem no

Ártico e na Antártida e os seus efeitos no mundo. Segundo a aluna Eloise-Mariet Peters, “sabe-se que não são apenas

afetados os ecossistemas polares, mas também a vida de outros seres vivos, incluindo os seres humanos. Assim, nun-

ca é de mais dar a conhecer os problemas que se vão agravando nestas regiões devido, muitas vezes, a causas huma-

nas.

Quem somos nós para destruir a vida de outros seres, incluindo a nossa?

Apesar de haver grandes equipas com cientistas de vários países, incluindo Portugal, dedicados a estas problemáticas,

todos nós temos a obrigação de colaborar em tudo o que está ao nosso alcance com o fim de minimizar aspetos, tais

como, o degelo, a destruição da camada de ozono e, por sua vez, todas as alterações climáticas que provocam o desa-

parecimento de espécies animais e de plantas e várias doenças graves nas pessoas como, por exemplo, o cancro de

pele. Alertar também para o desaparecimento de algumas praias na costa algarvia devido à subida do nível das águas

do mar.”

Infelizmente, na opinião da aluna Marta Capão, a grande maioria das pessoas não valoriza estas questões ambientais,

vivem como se nada fosse e nada afetasse o seu habitat que, afinal, não é só seu mas de todos nós. Afirma ter gosta-

do da exposição, sobretudo porque a considera um alerta e um “abre olhos” para a realidade.

A exposição possibilitou visualizar a paisagem, o clima e a vegetação que existe na Antártica e no Ártico muito dife-

rentes das de Portugal, aspetos que interessaram a aluna Bruna Seguro.

Já o David Ascenção ficou deslumbrado, pois “nunca pensei que um lugar cheio de gelo podia ter das melhores paisa-

gens e maravilhas do mundo, destacando o nascer e o pôr-do-sol como sendo das paisagens mais incríveis a que algu-

ma vez assistiu”.

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Não sei por onde

vou, não sei para onde

vou, (sei que)…

Se me dizem para ir para um sítio, eu não vou. Sigo o meu caminho, o querer vai ter mais rendimento e tento seguir o mais diferente possível. Eu gosto de caminhos diferentes e que rendam muito. Às vezes escolho os caminhos er-rados, que não rendem nada, e não saio feliz.

O mais importante é sair feliz des-se caminho que escolheste e, se escolheste o caminho errado, vai tentando, até conseguires. Esforça-te cada vez mais para conseguires aquilo que queres com um sorriso na cara.

Lourenço,8ºE

Não sei por onde vou,

Não sei para onde vou,

Mas sei que a vida dá muitas voltas, tal como esta que se está a passar. E temos de estudar para se chegar a algum lado.

A minha vida é um monte de mistérios por descobrir. Lembro-me como o mundo era um monte de inocências para mim, como não havia crítica ou defeitos a olho hu-mano, como o amor era uma brincadeira de crianças …

Agora tudo mudou, um erro pode ser um motivo de gozo.

Porque é que a minha vida não pode ser mais ou menos perfeita, como quando eu era pequena? Gostava de voltar atrás no tempo e ver como era o mundo numa outra pers-petiva.

Porque não tenho medo de ser quem eu sou. Se os outros não gostam da minha beleza mediana igual à de tantas outras raparigas, então eles que vão procurar outra pessoa para rebaixar, porque esta é a minha escolha e este é o meu caminho.

Sofia Passos,8ºE

Ainda sou muito pequeno para saber por onde vou ou para onde vou, mas de uma coisa te-nho a certeza: quero cumprir os meus sonhos.

Serei leal aos meus objetivos, enquanto tiver motivação nunca irei desistir. O meu sonho não tem nada a ver com o sonho de outros rapazes, ser futebolista … Já pensei em sê-lo, mas o que eu quero verdadeiramente é seguir uma carreira militar. Ainda sinto um pouco de medo ao querer seguir o meu sonho. Uma vida fora de um quartel militar não tem nada a ver com uma vida dentro dele. É uma profissão de riscos e estou bem ciente disso. Tenho de estudar muito para seguir este meu sonho. Na escola mostro muito o meu lado pregui-çoso, mas não é esse lado que quero mostrar; também mostro o meu lado rebelde, mas sei que preciso de ter disciplina, se não, não há ponta por onde pegar. Eu sei que é isto que quero e sei que vou conseguir, porque sou uma pessoa corajosa.

Além deste sonho, quero muito, no futuro, dar uma vida melhor à minha mãe: ela farta-se de trabalhar e, muitas vezes, o dinheiro que tem, em vez de gastar com ela, gasta comigo e com os meus irmãos. Quero dar-lhe uma vida de luxo, eu tenho tudo o que quero mas devi-do ao suor dela.

Sou um rapaz rebelde, divertido, simpático, corajoso e humilde. Sou de estatura média, olhos castanhos e cabelo preto. Não gosto de cumprir regras e gosto de ser livre e de sentir o cheiro da liberdade.

Este sou eu, Tomás de Almeida Pinto,8ºE

Uma página de (des)caminhos

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OS MEUS PAIS

Neste poema vou dizer como os meus pais são:

São alegres, são felizes, depois vocês verão.

Começarei pela minha mãe, que divertida ela é!

Ela trata bem de mim. Será que acha que sou um bebé?

Corajosa e valente, ninguém lhe faz frente.

Cabelos longos e alaranjados, que bonitos são!

Sempre de bom humor, onde será que busca tanta emoção?

Agora o meu pai, que faz musculação

(E que grandes os músculos são!)

Rio-me com gosto da comédia que ele faz,

Quando precisar de rir, sei sempre com quem contar.

Acabarei o meu poema neste momento,

Nada mais tenho a dizer.

Então, adeus e até mais tarde,

Agora, outras coisas vou fazer.

Rafael Chaves , 8ºB

AMAR ARTE

Ao longo da minha vida, Senti que fui escolhida Ao saber apreciar Um desenho ou uma pintura Bonita de se olhar E não me sinto insegura Quando também quero, assim, me expressar

Sempre que me sinto inspirada, Ponho-me a desenhar. Com lápis não me sinto enganada, Porque sempre posso apagar. É algo de que sempre gostei E também fui elogiada, Não me gabo de nada, Pois pintora ainda não me tornei. Apenas sempre foi assim, Desde que comecei. Algo que entrou em mim E, por isso, viciei. Não deixa de ser amor Só porque a Arte é diversificada, Nela deixo a meu favor A minha paixão, sem ficar cansa-da!

Estarei sempre com essa vontade no coração E com o lápis na minha mão!

Inês Gonçalves, 8ºB

Os Meus Entusiasmos

O meu entusiasmo é acredidar que nós conseguimos alcan-

çar tudo com trabalho, esforço e dedicação.

Portugal é um país pequeno, mas tem muito boa gente

disposta a ajudar e a fazer acreditar que tudo é possível.

Eu penso todos os dias no meu futuro e se irei ser um bom

cidadão. Gostava de ir para a marinha portuguesa e tam-

bém de ser médico para ajudar as pessoas e curá-las, para

que pudessem viver bem. Sei que Deus vai ajudar-me a

tomar a melhor decisão!

A vida tem altos e baixos, mas eu levanto-me, continuo em

frente e acredito que sou capaz de ser uma pessoa exem-

plar e de poder ajudar as pessoas.

Tiago Santos, 9ºE

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Abandono e maltrato de animais

Um problema que me afeta muito é o abandono e maltrato de animais. Eu acho que este problema sempre existiu e sempre será atual porque existirão sempre pessoas no mundo que, ou por causa dos problemas económicos ou porque rapidamente ficam “fartos” do animal, resolvem abandoná-los. Assim, pergunto-me: “se sabem que têm proble-mas económicos ou já não suportam o animal, por que é que não propõem entregá-lo a um canil/gatil ou o dão para adoção?”

Infelizmente, abandonar os animais não é o único problema que existe. A violência que sobre eles se exerce também é um assunto muito sério para mim.

Eu vou estar sempre contra esta situação. Na mi-nha opinião, as pessoas que maltratam têm uma mente doente. Às vezes, até penso que não deviam existir. Sinceramente, acho que um dia me imagino numa daquelas manifestações contra o abandono e maltrato de animais.

As soluções sempre existiram, as pessoas é que não querem ter trabalho com o animal, mas têm de se lembrar que este é um ser vivo como nós. Se pudesse, trazia para minha casa todos os animais que encontro na rua mas, infelizmente, não tenho condições para tal.

Joana Cruz, 9ºE

PROJETO EscolarIDADES O Projeto EscolarIDADES faz a par-tilha entre alunos da EBSIM e os seniores dos Centros de Convívio da freguesia de Alcabideche. Desta vez, participaram com os seniores num desfile de materiais reutilizados, na Associação de Bem estar Social de Alcabideche, no dia 28 de outubro. Estiveram presentes, além dos alu-nos da escola EBSIM, a Associação Social de Idosos da Amoreira, a As-sociação de Apoio Social Amigos da Paz de Bicesse, a Associação Nª Se-nhora das Neves de Manique de Baixo, a Associação de Idosos e Re-formados do Murtal e a anfitriã, Associação de Bem estar Social de Alcabideche, o Museu do Mar, a EMAC, o presidente da Junta de Freguesia, Dr. Rui Costa, e o o Dr. Miguel Arrobas da Câmara Munici-pal de Cascais. Todos gostaram desta atividade e outras se realizarão. Juntem-se a nós, às terças ou às quintas, das 14h35 às 16h05. Carolina Oliveira, 5ºG e Rafaela Costa, 5ºG, alunas bibliotecárias

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FELICIDADE

Ser jovem não tem, nem é, necessariamente sinónimo de ser feliz. Durante a nossa juventude, tal como

durante toda a nossa vida, vivenciamos momentos de felicidade, mas também de tristeza, medo, eufo-

ria, etc. Principalmente estando nós no período da adolescência, que é quando vivemos cada momento

com grande intensidade. São múltiplas as sensações e tornam-se algo confusas e assustadoras.

É impossível, na minha opinião, definir quais os fatores que determinam a felicidade na adolescência.

Cada pessoa é diferente. Para uns seria perfeito não haver escola. Outros preferiam fazer o que quises-

sem sem ter os pais a controlar. Alguns anseiam pelo amor da sua vida. E tantas outras situações que

eu poderia enumerar. Algumas pessoas seriam felizes se um ou dois dos seus desejos se concretizas-

sem, outras têm tantos desejos que não caberiam nesta folha de papel. No fundo, a felicidade não é

algo que possa ser definido porque cada um tem o seu conceito de felicidade.

O que é ser feliz? Ora aqui está uma boa pergunta, difícil de responder.

Na minha opinião, não existe um estado de felicida-

de absoluta, os sentimentos completam-se, ou seja,

não existiria a felicidade se não houvesse tantas ou-

tras sensações.

Como saberíamos o que é a felicidade, se não hou-

vesse também a tristeza, a dor, a angústia, a sauda-

de, etc, etc, etc.?

Como saberíamos como é bom amar, se nunca tivés-

semos tido a dor daquela grande desilusão amorosa?

Como conseguiríamos entender o lado bom da sau-

dade, se nunca sentíssemos o vazio de uma perda?

Como saberíamos o quão confortante é um abraço,

se não tivéssemos sentido o desconforto da solidão?

Como reconheceríamos a intensidade de uma troca de olhares, sem ter sentido o desejo de os lábios se

tocarem?

Como ficaríamos radiantes com um simples “olá”, se nunca tivéssemos sentido o desespero de um

“adeus”?

Por tudo isto e muito mais que me fica por dizer, atrevo-me a afirmar que, para mim, ser feliz é viver. É

viver cada momento como se fosse o último, com toda a intensidade, porque, afinal de contas, de que

nos serve andar por este mundo se não tivermos algo ou alguém a quem nos apegar? Não querer sentir

por termos medo de nos magoarmos, não é viver, é sobreviver.

Eu prefiro viver. Prefiro sentir. Prefiro passar pela dor e pela tristeza e poder sentir o amor e a felicida-

de. Prefiro viver de tudo, do que viver de nadas. E isto, sim, para mim, é ser feliz.

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CIÊNCIA DE PALMO E MEIO

No passado dia 22 de Outubro, alunos das

turmas A e B do 12º ano, no âmbito da

disciplina de Biologia e do projeto

“Ciência de Palmo e Meio”, deslocaram-

se, com a professora Margarida Ferreira, à Escola Básica

Raul Lino do Agrupamento de Escolas Ibn Mucana, com o

objetivo de desenvolver uma actividade lúdica sobre o

ciclo da água e os estados físicos da matéria com os alu-

nos do ensino pré-escolar das salas amarela e laranja,

acompanhados pelas educadoras Amélia Gonçalves Pe-

reira e Cristina Oliveira, respectivamente.

Após uma receção muito entusiasmada, os alunos

mais novos demonstraram o seu interesse e curiosidade,

através de expressões consideradas oportunas e engraça-

das:

“Existe gelo nas nuvens?”

“Eu gosto muito de ser cientista. Eu gosto muito do

planeta Terra.”

“A água é muito importante, a minha mãe mistura

sumo com água.”

Em seguida, os “professores” iniciaram a atividade

prática experimental “fazendo chover” e explicando as

diferentes fases do ciclo da água, através da visualização

de vídeos de animação e de simulação com uma maquete

interativa, onde se vivenciou uma grande cooperação.

Esta aula foi muito produtiva, não só para as crianças,

como para os “professores”, uma vez que todos mostra-

ram ter apreendido os conhecimentos transmitidos:

“Hoje está sol, então amanhã vai chover.”.

As sementes foram lançadas pelos “professores” e a

chuva de curiosidade e de conhecimento dos alunos mais

novos fê-las germinar, iniciando o processo de crescimen-

to e desenvolvimento científico.

Os “professores” que participaram na atividade foram: Ângela Fernandes, Carlos Silva, Catarina Costa,

Daniela Silva, Geovane Moura, Inês Crespo, Linda Sioga, Madalena

Xavier e Nuno Severino.

Eu finjo e imagino Estar num mundo feliz, Onde não tenha de usar A máscara que fiz. Uma colecção de máscaras Eu guardo no meu coração. Troco-as de vez em quando, Dependendo da situação. Máscaras das emoções Felicidade, tristeza, amor Que escondem as lágrimas Inundadas de dor. Esta máscara que me prende Retira-me a respiração. Esconde quem sou. Esta é a minha maldição. A máscara que uso Não consegue aguentar. As verdades que me atingem Estão-me a quebrar. Fingir não é ser, Imaginar não é viver. Mas vivemos num mundo, Não há nada a fazer…

Catarina Costa, 12ºA

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DIA MUNDIAL DE FILOSOFIA

No passado dia 19 de novembro, celebrou-se o

Dia Mundial da Filosofia. As turmas do 11ºA e B

realizaram atividades com alunos do ensino bási-

co, para comemorar este dia.

Os alunos do 11ºF, Ion e Ruben, fizeram os car-

tazes que se afixaram à entrada do pavilhão A,

tendo contado com a colaboração da profª Ivone

e de alguns dos seus colegas, e os do 11ºC ajuda-

ram a turma B na organização e encaminhamen-

to dos alunos do 9º ano para as respetivas ativi-

dades.

Segue-se uma apreciação de alunas de ambas as

turmas.

“Todo o Homem é potencialmente filósofo”, já

dizia Gramsci, e foi esta a mensagem que a tur-

ma do 11ºB tentou transmitir aos alunos do 9ºA

e 9ºB no Dia Mundial da Filosofia, de modo a mo-

tivar e incentivar os alunos ao interesse pela fi-

losofia e despertá-los para o mundo. Foram

apresentados novos conceitos e realizadas diver-

sas atividades.

Neste dia especial em que o mundo concordou

em honrar a filosofia e os seus discípulos, os nos-

sos potenciais filósofos do 9º ano tiveram que

percorrer o “Caminho da Filosofia” de modo a

conhecer alguns filósofos importantes e dar a

conhecê-los aos seus colegas.

Sócrates; Stuart Mill; Kant; Aristóteles; Descar-

tes, entre outros filósofos, foram-lhes apresen-

tados e afirmo que a experiência correu maravi-

lhosamente e em grande parte graças à fantásti-

ca postura e interesse por parte dos alunos de

ambas as turmas.

Esta é definitivamente uma experiência a repe-

tir visto que a sensação de “despertar” que cau-

samos ao próximo é simplesmente indescritível.

Stefani Domentean, 11ºB

A turma do 11ºA considerou esta experiência

memorável e educativa, pois assim conseguimos

dar uma noção clara e objetiva do conceito de

Filosofia aos alunos do 3º ciclo, nomeadamente

das turmas do 7ºB e 8ºG, de modo a prepará-los

para os futuros anos letivos.

Os alunos mostraram-se participativos e colabo-

rantes durante a atividade. Revelaram criativi-

dade e empenharam-se nas atividades propos-

tas.

Esperamos que esta apresentação tenha suscita-

do interesse por esta área e que todos os alunos

venham a dar uso, no futuro, do seu potencial

de serem filósofos.

Gabriela Monteiro, nº 8, 11ºA

Para que a Filosofia esteja sempre viva e nos

ajude a despertar…

Obrigada a todos.

Profª Olga Prata

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Carta para o meu avô Augusto

Nasceste , viveste , lutaste pela vida e hás-de morrer.

Estás quase a fazer setenta e quatro anos. Durante a tua vida, sempre

lutaste pelo bem de todos, mesmo que isso trouxesse o teu mal. Ad-

miro em ti os teus olhos cansados que já vivenciaram tanta coisa e

tantos desastres e continuam cheios de alegria. Estás sempre pronto

para me dar um sorriso largo, mesmo quando a tua vida não está no

auge .

Ir ao Alentejo é poder sentar-me contigo na rua a ouvir as tuas histó-

rias, de quando andavas na tropa e ouvir-te a cantarolar quadras que

cantavas no teu tempo. Nada me dá mais gosto do que ouvir a tua

voz rouca e cansada a falar comigo, pois isso é o que me mantém en-

tusiasmada quando lá estou , poder ouvir-te.

Estás velho, essa é a verdade, e já transpareces o custo de tantos anos

a lutar pela vida. As tuas costas começam a dar problemas e os teus

joelhos fracos têm menos forças . Mas, mesmo assim, continuas a

fazer o que sempre gostaste: todos os fins de semana te levantas às

seis da manhã para ir amassar e cozer o pão e tratas da horta como se

fosse também tua filha.

Peço-te sempre para me acordares para ir contigo, mas nunca o fazes.

Quando te pergunto porquê, tu apenas me dizes “ estavas a dormir

tão bem que não te quis acordar, era muito cedo.”. Não percebo co-

mo podes ser tão amável. O mundo em que vivemos não é maravilha

nenhuma e, ainda assim, tu ages como se tudo estivesse e fosse ficar

bem.

Quando falas, sinto a serenidade dos teus setenta e poucos anos e o

palavreado com que foste habituado a falar , sinto-me protegida pelo

simples facto de puder falar contigo. O meu maior medo é desiludir-

te , pois tu nunca me desiludiste .

Quando olho para ti, vejo um homem que sabe o que é a fome; sabe

o que é lutar; sabe o que é fazer o melhor pelos outros e, mais do que

tudo ,vejo um homem saber o que é partilhar e sei que, mesmo tendo

pouco, darias esse pouco a alguém só para essa pessoa ser mais feliz.

Acho que fazes isso porque já és feliz. Muitos dizem que a felicidade

nunca se encontra , no entanto tu fazes-me olhar o mundo de uma

maneira diferente , no qual vejo que talvez a felicidade exista mesmo

e que ainda há boas pessoas a viver entre nós.

Com isto tudo, só quero dizer que te admiro muito, avô, pelo simples

facto de fazeres a minha vida melhor com um simples abraço que me

dás sempre que me vês. Abraças-me de uma forma que me faz sentir

segura. Tenho muito orgulho em ti, avô, és das melhores pessoas que

conheço!

Com muito amor, a tua neta , Juliana.

Juliana, 9ºE

A minha avó

A minha avó tem 70 anos, chama-se

Maria João e nasceu uns dias depois

da segunda grande guerra mundial.

É uma ótima cozinheira. Todos ado-

ram comer os seus cozinhados, espe-

cialmente em alturas festivas. Ela tem

imensa paciência para me aturar a

mim e ao meu primo. Ajudou-me

muito nos estudos sempre que preci-

sei, mesmo quando eu vivia no Porto

e ela estava em Évora. A minha avó,

que nunca conduzia fora de Évora,

sacrificou-se, e agora leva-me a todo

lado: ao “skate park”, à escola e aos

treinos de basket.

Eu podia ter escolhido escrever acerca

de outro familiar, mas esta avó foi

uma grande ajuda para mim e para a

minha mãe nos tempos mais difíceis

da crise.

Tomás, 9ºE

CARTA PARA A MINHA AVÓ MARIA JOSÉ

Querida Avó,

Apesar de não gostar muito de dizer a sua ida-de, sei que tem setenta e dois anos, embora não pareça. Parece muito mais nova!

A avó é alta, embora com as costas curvadas, magra e gosta de se vestir bem. Nunca a vi tris-te. Está sempre alegre, bem disposta e gosta de se divertir. Casou-se com o meu avô P., tiveram duas filhas e agora têm duas netas de quem gostam muito. Foi professora durante quarenta anos– com muito orgulho, como costuma dizer. Gostava muito da sua profissão: ensinou no 1º ciclo num colégio particular. Depois, acabou o curso de Filologia Românicas– estudos Portu-gueses e Franceses e dedicou-se ao 3ªciclo e secundário, ensinando as disciplinas de portu-guês e de francês em várias escolas. Gostava muito dos seus alunos, com quem teve sempre uma boa relação. Reformou-se, com muita pe-na, aos sessenta anos e, como costuma dizer: “Se pudesse, ainda ensinava e nunca me refor-maria”. Ainda tem contacto com alguns colegas e alunos de quem tem muitas saudades. E é assim que a vejo, avó, com muito orgulho e carinho!

A sua neta, Joana

Joana, 8ºE

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JORGE JESUS

Deixaste o Benfica, O grande bicampeão, E preferiste o Sporting. Tu não tens mesmo coração. Jesus, Tu maltrataste a luz Quiseste ser lagarto, Cuspiste no próprio prato. Gostas muito de pastilhas, Sejam Chiclets ou Trident. Tens tanto cabelo Que já nem dá para passar o pente. Jesus, Tu maltrataste a luz Quiseste ser lagarto, Cuspiste no próprio prato. Por que raio não nos ajudas É pro Sporting que te mudas Já não és Jesus, Tu és o Judas. Jesus, Tu maltrataste a luz Quiseste ser lagarto, Cuspiste no próprio prato. Que te mordam Uns trinta cães, Que o estado islâmico Te junte aos seus reféns. Jesus, Tu maltrataste a luz Quiseste ser lagarto, Cuspiste no próprio prato. Fizeste um grande trabalho no SLB E a minha palavra mantenho Foste trocar a catedral Por uma casa de banho. Jesus, Tu maltrataste a luz Quiseste ser lagarto, Cuspiste no próprio prato.

Artur Matos, 10ºC

CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER

José Sócrates, estás sem nada, Roubaste o nosso povo, E agora merecias uma bofetada, Se eu pudesse mandava-te para Moscovo. És feio, Que nem um carneiro És feio. Tu quase nunca ias à Assembleia, E quando ias era só plateia, Mas isso deu-me uma ideia, Penso que nasceste numa aldeia. És feio, Que nem um carneiro És feio. Decidiram tirar-te da prisão, Para mim foi uma má decisão, Mas isto é a minha opinião. És feio, Que nem um carneiro, És feio. Agora que estás em casa, E tens uma boa empregada. Agora é que não fazes nada, Bebes é pinacolada. És feio, Que nem um carneiro És feio. Agora a televisão anda atrás de ti, És o mais procurado pela TVI. És feio, Que nem um carneiro És feio. Luís Maio, 10ºC