jornal valor local - edição dezembro - 2013

16
Négocios de sucesso no facebook Págs. 4 e 5 Págs. 8, 9 e 10 Freguesia em destaque: Carregado Pág. 12 Presidente da Câmara de Benavente aposta no turismo Autarquias privilegiam a solidariedade este Natal Pág.6 ACISMA

Upload: valor-local

Post on 25-Mar-2016

216 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

Négocios de sucessono facebook

Págs. 4 e 5

Págs. 8, 9 e 10

Freguesia em destaque:

Carregado

Pág. 12

Presidenteda Câmarade Benaventeaposta no turismo

Autarquiasprivilegiam asolidariedadeeste Natal Pág.6

ACISMA

Page 2: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

2 Valor Localwww.ACISMA.org

Ficha técnica: Valor Local, Jornal de informação regional, sede de redacção e administração: Quinta da Mina 2050-273 Azam-buja; telefones: 263 418 263; 263 047 625, 96 197 13 23 correio electrónico: [email protected]; Site: www.valorlocal.pt • Propriedade e editor:Associação Comércio e Indústria do Município de Azambuja (ACISMA); Quinta da Mina 2050-273 Azambuja. NIPC 502 648 724 • correio electrónico:[email protected] • Director: Miguel António Rodrigues CP 3351 • Colaboradores: Sílvia Agostinho CO-1198, Vera Galamba CP 6781, JoséMachado Pereira, Daniel Claro, Rui Alves Veloso, Miguel Ouro, Nuno Vicente, Cátia Carmo, Dina Patrício • Paginação, Grafismo e Montagem: MiltonAlmeida: [email protected] • Fotografia: José Júlio Cachado • Serviços administrativos e publicidade: Miguel Nabeto, correio electrónico: [email protected] • N.º de Registo ERC: 126362, Depósito legal: 359672/13 Impressão: Gráfica do Minho, Rua Cidade do Porto –ComplexoIndustrial Grunding, bloco 5, fracção D, 4710-306 Braga • Tiragem: 4000 exemplares

EditorialChegados ao fim do ano e depois de nove edições, o balanço que podemos fazer do

projecto “Valor Local” é certamente muito positivo. Prova disso é o reconhecimentoque vamos recebendo de diferentes sectores da sociedade, do mundo empresarial/co-mercial, e o carinho com que fomos acolhidos pela população do concelho de Azambuja,no geral, o que apenas coloca a fasquia deste desafio ainda mais alta.Embora seja um jornal ligado a uma associação do concelho de Azambuja – ACISMA,Associação de Comércio e Indústria do Município de Azambuja, vai mais além das fron-teiras deste concelho. Ao longo destes meses, apercebemo-nos da necessidade de che-gar mais longe. Fizemo-lo com o alargamento da edição aos municípios vizinhos de Car-taxo, Cadaval, Alenquer, Benavente e Salvaterra de Magos, e preparamo-nos para chegarjá neste número a Arruda dos Vinhos.Um crescimento sustentado graças ao apoio dos empresários que viram no Valor Local,um projecto sólido e abrangente, e sem os quais não seria possível chegar até aqui, prin-cipalmente quando os tempos não se apresentam como famosos para investimentos empublicidade. Por isso, o nosso mais profundo agradecimento.Todavia, este é um jornal que conta igualmente com uma equipa fantástica. Uma equipapara quem não há problemas, só soluções, uma equipa que quero felicitar num todo, por-que só em equipa, é possível realizar este projecto.O Valor Local assume-se com um projecto generalista mas com inspiração nos temas deíndole económica. É esse caminho que queremos trilhar, sem prejuízo de dar voz a outrossectores como o Desporto, Tauromaquia, Cultura, entre outros.Para 2014, continuaremos a crescer, e embora a palavra “crise” seja uma constante, ten-taremos continuar a ser proactivos e a procurar soluções todos os dias para os problemasque vão aparecendo. A todos muito obrigado.Votos de um bom 2014

Miguel António Rodrigues(Director)

2014 ano de desafiosONatal e o Novo Ano sempre foram momentos de renovar esperanças e olhar em fren-

te…! Para os agentes económicos, empresários, pequenos comerciantes… semprefoi um tempo de recuperar algum investimento e tentar olhar o futuro com uma energiarenovada. Hoje já não é assim… o futuro com ou sem Natal vai incerto e o novo anoameaça ser igual ao velho. No concelho de Azambuja, tal como no resto do país, nadaindica que 2014 traga, do ponto de vista empresarial e ao nível dos pequenos e médiosempresários, algo de novo que altere substancialmente a situação que está criada. Oconstante discurso errático nas medidas económicas e financeiras, desesperante nassuas conclusões que nunca estão conforme as previsões, vão gerando um clima de des-confiança nas instituições e agentes políticos que se assume como um entrave decisivoao planeamento do futuro. O concelho de Azambuja, tem um diagnóstico conhecido onde as supostas mais valias– localização, acessibilidades… - se transformaram, por falta de entendimento estraté-gico, em problemas nunca resolvidos, tem um enorme trabalho a fazer. Desde logo as-sumindo que paradoxalmente, num mundo globalizado como o de hoje, sobreviverão me-lhor aqueles que se prepararem reorganizando primeiro as suas próprias forças e poten-cialidades. Olhar para este concelho do ponto de vista económico, mais que procurar amiragem de um investimento externo (se vier é bem vindo… mas não é determinante)importa encontrar formas de potenciar um conceito de “economia de proximidade” quereleve o investimento já instalado, nomeadamente do ponto de vista comercial e indus-trial. O próximo ano terá de ser decisivo nisso! A ACISMA, tem, terá de ter, um papel im-portante nessa definição. Por erros próprios e por dificuldades de conjuntura não o tevecom a assertividade necessária nos últimos anos, mas está neste momento confrontadacom essa responsabilidade e sobretudo consciente dessa imperiosa necessidade. Oscontactos estão estabelecidos, as parcerias a ser efectivadas e cabe aqui realçar o re-novado olhar que o executivo camarário saído das últimas eleições autárquicas tem tidosobre estas matérias e que já permitiu algumas pequenas iniciativas neste Natal, bemcomo o estabelecimento de protocolos para a criação de instrumentos de intervençãoestratégica na economia concelhia, como o Conselho Económico, a Loja de Informaçãoe o “Espaço Nova Empresa” (projectos há muito tempo apresentados mas que apenasagora foi possível desbloquear…). Da nossa parte será um ano de grandes mudanças,quer na estrutura da associação, quer na sua intervenção mas importa aqui destacar umfactor: a participação de todos e de cada um de nós! Se é verdade que os tempos sãode desânimo e desconfiança, não é menos verdade que o ciclo só pode ser invertido senos unirmos e projectarmos o futuro em conjunto, sendo crucial que os pequenos e mé-dios empresários do concelho vençam a inércia e do ponto de vista associativo dêemuma maior colaboração e compareçam nas iniciativas que se irão desenvolver… que oAno Novo seja um Novo Ano no nosso concelho.A Direcção da ACISMA deseja o melhor Natal e Ano Novo possíveis a todos os seus as-sociados, empresários, clientes, fornecedores e população em geral, como forma de re-novar as forças e redimensionar o futuro de todos nós!Azambuja, 20 de Dezembro de 2013

A Direcção

Page 3: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

3Valor Local Publicidade

Page 4: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

4 Valor LocalFreguesia em destaque

José Levezinho, 71 anos (Cadafais)O estado de coisas nos Cadafais está cada vez pior. Apesar de ter doisbairros, a população nem chega a 400 pessoas. Saiu daqui muito pes-soal. Outro dos problemas prende-se com a velocidade excessiva comque os automóveis circulam, colocando, naturalmente, em perigo as pes-soas. Acresce, o facto de não existir policiamento adequado.

Vítor Marques, 55 anos (Cadafais)A população está cada vez mais idosa, a juventude não pára aqui. Fazfalta, também, um lar para os idosos, até para os ajudar a conviver uns

com os outros. Penso que seria necessário, de facto, apostar nesta va-lência para a terceira idade.Maria Fernanda Almeida, 59 anos (Carregado)

É o único sítio onde gosto de morar. Não gosto de Alenquer nem de VilaFranca de Xira, sempre morei aqui. Mas não há nada no Carregado, nemactividades de animação para as crianças, e quando há, não se pode irporque temos sempre de pagar muito dinheiro.

António da Encarnação, 75 anos (Carregado)Não se respeita as regras do trânsito. Os condutores vêem um sinal deproibição, mas não hesitam em avançar, mas mesmo a GNR parece nãoligar muito a esse tipo de desobediência. Resumindo, não há civismo daparte das pessoas nem da polícia

Ricardo Costa, 33 anos (Carregado)O Carregado é bom a nível de ambiente. É pacato e calmo. Há neces-sidade de mais transportes, como autocarros ao fim-de-semana paraVila Franca de Xira, e melhores condições no que diz respeito ao ensi-no.

O autarca responde

A área da segurança é uma das que mais preocupa os moradores da fre-guesia do Carregado. A população aponta a inexistência de um posto daGNR na freguesia, como um dos factores que proporciona mais insegu-rança e vandalismo. Essa é uma questão que continua também a preo-cupar José Manuel Mendes, presidente da Junta da agora União de Fre-guesia do Carregado e Cadafais.De acordo com o autarca, a Urbanização da Barrada, conhecida por Dal-las, sofre nos últimos anos com vários actos de vandalismo “desde grafitisnas paredes, ao vandalismo de caixotes do lixo e jardins ”; todavia negaque isso esteja relacionado com o passado daquele espaço que em tem-pos foi ocupado de “forma indiscriminada por pessoas de etnia cigana.”“O presente é bem diferente”, refere José Manuel Mendes, que ao mes-mo tempo que salienta as virtudes dos “enormes espaços verdes”, vincaa necessidade da construção de um parque infantil, que de resto é pedidopelos moradores. Todavia salienta que há outros equipamentos, dedica-dos aos adolescentes, como é o caso do ringue ou da plataforma do ska-te park.Ainda assim o autarca, lamenta que a freguesia ainda “não tenha um jar-dim com condições para as pessoas não terem de se deslocar a VilaFranca de Xira ou a Lisboa.”José Manuel Mendes lamenta, por outro lado, que a Barrada, dada a suageografia, seja muitas vezes alvo de pequenos furtos, mas isso, acres-centa: “Acontece em toda a vila”.A proximidade da auto-estrada ou da linha do comboio tem levado, se-gundo o presidente da junta, a alguns actos criminosos. O presidente dajunta lembra um assalto às bombas de combustível, mais recentemente,mas na memória estão outros actos como “um assalto a uma carrinhade valores que se dirigia para o Intermarché ou a agressão e furto a umantigo elemento da junta de freguesia local.”Ainda assim, o autarca esclarece que, na sua opinião, o facto de o Car-regado poder passar a contar com um posto da GNR, “pouco contribuiria”para a segurança, uma vez “que a guarda faz patrulhas com regularidadediária”. O problema diz José Manuel Mendes, “é a falta de operacionais”,lembrando que muitos estão “à secretaria a fazer trabalho administrati-vo.”Por isso, o presidente da junta, desvaloriza a edificação do quartel na lo-calidade, algo que tem vindo a ser falado há vários anos, e que teima emsair do papel. Já quanto aos Cadafais, o autarca lembra que a união das freguesias,veio trazer mais responsabilidades. José Manuel Mendes não se esque-ce de mencionar a ausência das transferências da Câmara Municipal deAlenquer, mas vinca que a junta sozinha já fez alguns investimentos sig-nificativos nos Cadafais, “nomeadamente nos caminhos vicinais, onde jágastou perto de dez mil euros”.O presidente da União de Freguesias destaca que a divida da Câmarapara com a junta ronda os 100 mil euros, e que tem sido difícil levar acabo todas as obras que gostaria. mas diz crer que a divida será saldada,só não sabe quando.

Fomos até às localidades de Cadafais e Carregado que com-põem a nova união de freguesias local. A população do Carre-gado queixa-se sobretudo do desrespeito pela sinalização nasruas e da falta de transportes públicos. Por outro lado, os mo-radores nos Cadafais queixam-se das velocidades excessivasna via que atravessa a localidade. Um lar de idosos é tambémum dos desejos da população. Cátia Carmo

Page 5: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

5Valor Local Freguesia em destaque

Nos Cadafais, a populaçãoqueixa-se do fraco rejuve-

nescimento da população. Pra-ticamente não há jovens “a fa-zer vida por aqui”. Mas o factode a idade dos habitantes seravançada ajuda a que algunslocais tradicionais ainda consi-gam sobreviver, como é o casoda tradicional barbearia deJosé Levezinho.Foi ainda em criança que JoséLevezinho, de 71 anos, come-çou a aprender com o pai a cor-tar cabelos e a fazer barbas.

Com apenas 11 anos já ajuda-va a atender os clientes, masnão trabalhou aqui toda a vida.“Quando vim da tropa fui para aFord. Estávamos numa épocaem que o dinheiro que istodava não era suficiente”, recor-da José Levezinho ao Valor Lo-cal.Apesar de trabalhar há mais de30 anos como barbeiro e gostarda sua profissão, tem saudadedos tempos em que colaboroucom a Ford. “Lá ganhava mais”,lembra-se.

Sem jovens cabelos para cor-tar, a barbearia de José Levezi-nho vive dos fiéis clientes devários anos. Vítor Marques, de55 anos, vive a poucos metrosdo local, mas a sua casa já fazparte das Cachoeiras, a fregue-sia do lado. “Desde 1976 que aminha freguesia já não é esta[Cadafais]”, conta Vítor Mar-ques.O cliente de José Levezinhonem sempre viveu nos Cada-fais. Esteve dois anos fora,mas voltou e faz questão de vir

aos Cadafais cortar o cabelo.“Já corto aqui o cabelo desdepequeno, do tempo do pai dele.São muitos anos, é muita con-fiança”, diz o cliente de JoséLevezinho.Não é só para cortar o cabeloque Vítor Marques vem à fre-guesia vizinha, garantindo quefaz “a vida toda” nos Cadafais.No entanto, não tem preferên-cia por nenhuma das fregue-sias. “São iguais, não há dife-rença entre viver num local ouno outro”, acrescenta.

A última barbearia dos Cadafais

Obairro social construído hápouco mais de 20 anos no

Carregado, e conhecido comoDallas, (cujo nome se inspirou nacélebre série americana) conti-nua perigoso. O Valor Local foifalar com uma das habitantes,que lá vive desde que as primei-ras casas começaram a ser alu-gadas, e constatou que os mora-dores continuam a queixar-sedas condições de vida.Lurdes Paiva, de 45 anos, veiomorar para o bairro Dallas há 22

anos. O baixo preço das casaslevou-a a ficar, “apesar da inse-gurança e pouca qualidade devida que se respirava no local”.Hoje, mais de duas décadas de-pois, os problemas mantêm-se.“Está tudo na mesma, se é quenão está pior”, sublinha LurdesPaiva.O excesso de barulho e assaltoscontinuam a fazer parte do dia-a-dia de quem mora no bairro Dal-las, assim conhecido pelos altosprédios que fazem lembrar a ter-

ceira maior cidade do Estado nor-te-americano do Texas, com omesmo nome.Quem visitar o bairro pode repa-rar que são vários os pequenosjardins relvados junto aos pré-dios, em boas condições, massão raras as crianças que brin-cam na rua. Os pais têm receiode deixar os mais pequenos saí-rem de casa sozinhos. “Os pou-cos espaços existentes primampela falta de segurança. Temosmuito medo de os deixar os miú-

Insegurança em bairrodo Carregado

dos sozinhos”, explica a morado-ra do bairro Dallas.A soma de todos estes proble-mas leva a que muitas das pes-soas que moram neste bairro doCarregado queiram mudar decasa. O baixo preço das rendas,numa época de crise e graves di-ficuldades económicas, são asúnicas razões que prendem aspessoas ao bairro. Lurdes Paivachega mesmo a admitir que gos-taria de viver num local “mais cal-mo” e sem “tantos problemas”.

Page 6: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

6 Valor LocalSociedade

Em época de Natal, as autar-quias deitam contas à vida

quanto aos gastos que a crise eco-nómica lhes permite fazer. No querespeita às câmaras da região, aexpressão “prata da casa” nuncafez tanto sentido. Sobretudo com oapoio das colectividades, as câma-ras municipais focaram-se, princi-palmente, em algumas iniciativasde solidariedade e em actividadesde Natal para as crianças; com asiluminações próprias da quadra aficarem arredadas das ruas das vi-las mais uma vez.Em Azambuja, as iniciativas de Na-tal resultam de uma parceria entrea ACISMA e a Câmara Municipal.O objectivo é ajudar a fomentar aeconomia local. Uma das iniciati-vas passa pela campanha “Eu doua Cara” pelo comércio local. No fim de semana de 14 e 15 deDezembro, as crianças tiveramoportunidade de ver o Pai natal, e

de o receber em Azambuja compinturas faciais, através do “Espa-ço Mãos à Solta”. Houve aindatempo para um périplo com o gru-po de cavaquinhos pelas ruas davila de Azambuja. Em Alcoentre,teve lugar um mini concerto pelasruas. No total, o orçamento para asactividades natalícias em Azambu-ja rondou os 1500 euros.Já no município de Alenquer, o ve-reador com o pelouro da Cultura,Rui Costa, salienta que “tendo emconta que aldeias, vilas e cidadesNatal há cada vez mais por essepaís fora, apenas organizandoeventos e espaços numa lógica co-mercial, o município manteve-sefiel à sua identidade e tradições,com a montagem do presépio”Para além de um jantar de Natal afavor dos mais desfavorecidos quedecorreu nos paços do concelho,de exposições alusivas à quadra, edo primeiro desfile de mini reis ma-

gos, numa acção concertada comas escolas, o Natal em Alenquercontempla no dia 21, para além deoutros eventos, a primeira ceia so-lidária de Natal para “um conjuntosignificativo de famílias carencia-das” do concelhoNo total, o investimento no Natalpor parte da Câmara foi de sete mileuros repartidos entre a autarquiae o Crédito Agrícola. O vereador daCultura sublinha, ao Valor Local,que “actualmente no seio destaconjuntura económica, o critérioseguido foi o do rigor na criação dedespesa e o de pensar a longoprazo, optando apenas por umpouco de iluminação para o alto davila”. Já no concelho do Cartaxo, o pre-sidente da Câmara, Pedro Ribeiro,refere que “alguns eventos de ani-mação foram promovidos e organi-zados em colaboração com os pro-fessores, os encarregados de edu-

cação e as crianças das escolas.Quanto ao custo de todo o progra-ma de Natal refere que o mesmo“vai ser quase simbólico, e que ten-de mesmo para o custo zero”. “Omomento que se vive é dramáticopara muitas famílias, a situação fi-nanceira do município não é a quegostaríamos, mas o concelho doCartaxo conta com um movimentoassociativo forte, empenhado emuito diversificado, foi ao associa-tivismo que pedimos ajuda e a res-posta foi muito positiva, a entregade todos a este projeto superou asnossas melhores expectativas”. Noconcelho de Salvaterra de Magos,a Câmara Municipal optou porapoiar o comércio local, e tambémos mais desfavorecidos, pelo queencetou uma série de iniciativas,entre as quais: “Natal e o comérciolocal”; “Concurso de montras denatal”; “Exposição de Presépios deNatal”; “Concurso de árvores de

natal recicladas”; “Festa de Natalde Idosos e Reformados” e “Cam-panha de recolha de alimentos -Natal 2013”. Quanto aos custos, ogabinete de apoio à presidência re-fere que ficou abaixo dos cinco mileuros. Em Benavente, as colectividades eas escolas do concelho também

foram chamadas a participar acti-vamente na execução do progra-ma natalício local, “com recurso àprata da casa”, com “ofertas envol-vendo os técnicos da Câmara, e ascompanhias teatrais residentes”,“sem custos significativos”, deuconta o presidente do município,Carlos Coutinho.

Menos luzes e mais acções de solidariedade

Carlos Monteiro presidente dadirecção da ACIS - Associa-

ção Empresarial dos Concelhosde Vila Franca de Xira e Arrudados Vinhos, acredita que Arrudaterá em breve um papel muito im-portante na economia regional,na área de Lisboa. Em entrevistaao Valor Local, o responsável sa-

lienta que o município apresentauma sustentabilidade das empre-sas “que estão há muito em par-que industrial”.Todavia, Carlos Monteiro destacatambém o comércio de proximi-dade e os investimentos que fo-ram realizados nomeadamenteno que toca “à estética das ruas”,

“já que nos últimos anos o muni-cípio foi apostando na sua melho-ria.”Nesse sentido, o responsável sa-lienta que nos últimos anos se fi-xaram naquele concelho muitaspessoas de Lisboa, “portanto ocomércio começa agora a reagire a oferta começa a melhorar”.

Como exemplo disso, CarlosMonteiro aponta uma campanhaque foi feita no município, no-meadamente, a campanha doPOS, que se trata de um novosistema de facturação agora ob-rigatório, que viu uma adesãomuito significativa por parte dosempresários. “Aliás até foi mais

concorrida, em termos percen-tuais, do que a que decorreu emVila Franca de Xira” que em ter-mos comparativos tem muitosmais comerciantes.Carlos Monteiro destaca que, nasua opinião, o concelho de Arru-da dos Vinhos tem uma “agendaprópria” e isso faz toda a diferen-

ça. Para o presidente da ACIS,as ligações à gastronomia e tra-dições locais estão na origem doalegado sucesso do comércio na-quele concelho, vincando que es-sas questões leva ao fomento dautilização dos restaurantes locais“muito superior ao de Vila Francade Xira, aos fins de semana”.

ACIS salienta dinâmica comercial de Arruda

Músicos deram pequeno concerto nesteNatal em Alcoentre

Page 7: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

7Valor Local Ambiente

A declaração pública para a insta-lação de um aterro de resíduosnão perigosos e de resíduos iner-tes foi revogada numa das últi-mas reuniões camarárias deAzambuja, mas o projecto deverásair da gaveta pois tem o parecerfavorável da Agência Portuguesado Ambiente. A Câmara já em2008 tinha dado luz verde à insta-lação deste equipamento com lo-calização na Quinta da Queijeira.Nesta votação, a proposta de re-vogação apresentada pelo grupode vereadores da Coligação PeloFuturo da Nossa Terra foi aprova-da com os votos a favor de JorgeLopes, Maria João Canilho, e overeador da CDU, David Mendes;os votos contra de Luís de Sousae Silvino Lúcio (PS), e as absten-ções de António Amaral, eleitopelo PS, e Herculano Valada, in-dependente que vota ao lado doPS. “Tratou-se de uma estratégiapolítica concertada com os nos-sos vereadores que se abstive-ram, pois alegaram que não ti-nham muitos conhecimentos do

projecto que já vinha de manda-tos anteriores”, referiu Luís deSousa em declarações ao ValorLocal, explicando que “a votaçãonão tem quaisquer efeitos, poistodas as autoridades já deram oaval ao projecto que vai mesmoseguir para a frente”. O presiden-te de Câmara referiu que a revo-gação da utilidade pública do pro-jecto não influenciará o andamen-to do mesmo.Quando se fala de prejuízos am-bientais para Azambuja, Luís deSousa declina essa possibilidadefalando mesmo em benefício. “Oslixos ao invés de serem despeja-dos nos pinhais ou nos eucaliptaispoderão ali ser depositados e re-ciclados”. Por outro lado, a Câma-ra “tem possibilidade de entrarcomo sócia da empresa e recebercinco por cento dos lucros”. Parao presidente da Câmara, este po-derá ser um “negócio interessan-te”. “Os senhores vereadores doPSD dizem que não, que o aterrocausará muita poluição, e falamainda da possibilidade de atraves-

samento das nossas vias de cin-co camiões por dia. Pergunto euquantos camiões não passamnas nossas estradas diariamente”Em causa, estará ainda a possibi-lidade de criação de “15 a 20 pos-tos de trabalho”.Para além disso, o que está idea-lizado “não coloca em causa aqualidade de vida de alguns mo-radores limítrofes, e ao fim de 15anos de vida, o aterro será seladoe criada uma bonita zona arbori-zada”. De acordo com as palavras dopresidente, a votação decorridana Câmara, deixou indiferentesos responsáveis da empresa quepretende construir o aterro. No entender do vereador JorgeLopes que apresentou a propostade revogação, o projecto apre-senta vários efeitos prejudiciaispara o concelho, entre os quais, econforme se pode ler na sua mo-ção: “desqualifica o enquadra-mento ambiental e económico daQuinta de Vale de Fornos; põeem causa o bem-estar ambiental

dos moradores da urbanizaçãoda Quinta da Marquesa, que estáa pouco mais de 300 metros dolocal; desqualifica o desenvolvi-mento urbanístico da vila deAzambuja, que se transformaránuma amálgama sem dignidade;causará aumento da circulação, eserá pouco significativo no arreca-dar de receitas municipais”.Por outro lado, o vereador da co-ligação salienta que a declaraçãopara aterro de resíduos industriaisnão perigosos foi requerida numaprimeira fase pela Zubareia, em2008, e mais tarde surge a em-presa Suma, ligada à recolha deresíduos e limpeza urbana, cujosaccionistas são a Mota Engil e aUrbaser, que dá entrada ao pro-cesso, sendo que a proprietáriado terreno é ainda uma terceiraempresa, a Leirimobil. Foramconcedidas autorizações ambien-tais a uma das empresas quandohá outras envolvidas, o que noentender do vereador torna o pro-cesso “pernicioso e duvidoso”.Já no entender do vereador da

CDU, David Mendes, “há umaenorme falta de transparência emrelação a tudo isto”. “O local emcausa é muito arenoso, dado amuitas infiltrações, com possíveisenvenenamentos de lençóis freá-ticos”. E vai mais longe: “Os resí-duos industriais perigosos estãosujeitos a uma quantidade enor-me de padrões de segurança.Qualquer deposição em aterroobedece a normas, enquantoeste tipo de resíduos de que aquise fala não têm essas normas,para além de que pode, eventual-mente, dar-se uma mistura dosdois tipos de resíduos, se nãohouver uma fiscalização adequa-da”. Por outro lado considera frá-gil, o argumento de que não háoutra unidade deste género nazona, quando existe uma entreAveiras de Cima e Ota. Recorde-se que em reunião decâmara decorrida em Setembrode 2012, engenheiros da Sumadefenderam que este projecto“abarcou quatro anos de estudostécnicos”. Tratar-se-á de acordo

com o que foi explanado de “umaterro de resíduos não perigosos,resíduos do sector agrícola, e re-sultantes do processamento deprodutos alimentares”. “Não en-trando quaisquer resíduos taiscomo sólidos urbanos; hospitala-res, radioactivos, óleos solventes,entre outros”. Os técnicos explica-ram também que a protecção doslençóis freáticos subterrâneos“será assegurada com recurso àrealização dos estudos hidrogeo-lógicos, não se colocando telaacima ou abaixo do nível freático”.Foi ainda dito que quanto ao pla-no ambiental, e tendo em conta alegislação, “a recuperação paisa-gística da pedreira com resíduosnão perigosos “será feira comboas práticas e boas regras deexploração de terrenos”.A Assembleia Municipal de Azam-buja decidirá, brevemente, passa-do mais de um ano sobre estaquestão. O presidente do municí-pio referiu ao Valor Local que iráver com os deputados sobre a po-sição a tomar.

Aterro na Quinta da Queijeiravolta à baila em Azambuja

Oproblema não é novo, masteima em perdurar. A Ribei-

ra do Sarra que atravessa a lo-calidade do Carregado foi, denovo, alvo de descargas, prove-nientes de “uma ou mais empre-sas” que laboram nas antigasinstalações da fábrica Knorr,também no Carregado. O chei-ro, nestas ocasiões, torna-se in-suportável para a populaçãoque convive com aquele foco depoluição. O assunto foi, de novo, debatidoem reunião do executivo cama-rário de Alenquer, no dia 16 deDezembro. O vereador da Coli-gação Pela Nossa Terra, NunoCoelho, apontou o dedo à em-presa de cosmética Nally, “quea Câmara ajudou ao longo doseu ciclo de investimentos”, eque “deveria ser obrigada a

cumprir os seus deveres”, no-meadamente no que toca àETAR que “devia estar construí-da”. Técnicos da autarquia informa-ram da deslocação ao local porparte das autoridades: SEPNA,CCDR e APA que procederam àrecolha de amostras para análi-se em vários locais. “Estamos apressionar para saber os resul-tados e será com base nisto quea Agência Portuguesa do Am-biente vai agir em conformida-de”. No entanto, foi salvaguar-dado que o foco de poluiçãotambém poderá ter origem nou-tras empresas como a Europas-try, pois “estamos perante umemaranhado de tubos e não sepode dizer que, apenas, a Nallyestá a poluir”. O presidente da junta de fregue-

sia do Carregado, José ManuelMendes, ouvido pelo Valor Lo-cal, dá conta que encaminhou“diversos ofícios para a Câma-ra” ao longo dos últimos anos.“A fonte está identificada, vemdas antigas instalações daKnorr, a Câmara Municipal deAlenquer tem conhecimento. Te-nho-me debatido por esta ques-tão nas assembleias municipais.Os moradores estão revoltados,e penso que tem de se agir deuma vez por todas”. Ouvimos alguns moradores quefalam do transtorno que o casolhes causa. “Toda a gente sequeixa deste cheiro nauseabun-do. As descargas têm-se inten-sificado mais nos últimos tem-pos; da última vez com muitaespuma na água”, refere MárioLuís, que tem uma oficina no

bairro.Já no caso de outra moradoracuja residência fica colada à ri-beira, refere que, nos últimostempos, “há mais descargas”.“Num dos últimos dias da sema-na passada, parecia que esta-vam a deitar sabão na ribeira.Há quem se queixe mais docheiro do que eu, talvez porcausa da orientação do vento,de qualquer das formas isto émuito complicado”, dá conta Na-zaré Rodrigues. A Câmara Municipal aguarda oparecer da Agência Portuguesado Ambiente para agir em fun-ção dos resultados apresenta-dos. O Valor Local contactou aempresa Nally para se pronun-ciar sobre este tema, mas atéao fecho de edição não recebe-mos resposta.

Algumas palmeiras do Palácioda Rainha, em Azambuja, po-

dem estar em risco, ao que tudoindica 6. Em causa está a pragade escaravelhos que se tem alas-trado nos últimos dias de umaforma muito intensa. O Valor Lo-cal sabe que a Câmara Municipalde Azambuja está a monitorizar oestado das palmeiras no conce-lho, tendo detectado para já árvo-res doentes na avenida das pal-meiras no palácio.Em todo o caso, o assunto ainda

pode ter resolução, pois segundoo vereador Silvino Lúcio, “a Câ-mara de Cascais conseguiu umtratamento eficaz para as árvo-res”. Sendo que o custo do trata-mento segundo o que consegui-mos apurar ronda os 500 euros.O vereador destaca que as pal-meiras do palácio são as maispreocupantes, isto tendo em con-ta que estão muito próximasumas das outras o que possibilitauma contaminação mais rápida.Nos últimos dias, a autarquia já

abateu três árvores. Uma daspalmeiras, estava no Jardim Mu-nicipal, mas outras também já fo-ram identificadas. Só a caminho de Aveiras deCima, existem pelo menos duaspalmeiras doentes. Todavia a Câ-mara não pode intervir, já que es-tão em terrenos particulares. Estaé uma questão que tem afectadotambém os concelhos vizinhos.Almeirim e Alenquer já tiveram decortar árvores, mas em Azambu-ja, os responsáveis querem sal-

var as palmeiras do palácio, jáque são um dos ex-libris conce-lhios. Em reunião de Câmara, o verea-dor da oposição, Jorge Lopes,que tem ligações ao Governo,disponibilizou um contacto maisdirecto com a Agência Portugue-sa do Ambiente. Uma oferta bemrecebida pelo executivo socialis-ta, que esta semana pediu à APAapoio no combate à praga de es-caravelhos.

Miguel António Rodrigues

Novas descargas na Ribeira do Sarra no Carregado

Praga de escaravelhos ameaça “avenida das palmeiras”

Page 8: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

8 Valor LocalDestaque

Flash Gourmet é um conceitode e-commerce que se en-

contra online desde finais de No-vembro de 2012, dirigido porNuno Anjos e Andreia Rodrigues.A empresa é de Vila Franca deXira, e neste primeiro ano de ba-lanço, “a aposta foi na divulgaçãoda plataforma junto do público-alvo”. “Tem sido positivo, já que ocrescimento tem vindo a ser sus-tentado de mês para mês”, afian-çam os responsáveis.O site do conceito apresenta commuita regularidade a possibilida-de de compra de vinhos e alguns

produtos alimentares seleciona-dos, a preços promocionais quepodem ser adquiridos num curtoespaço de tempo, sendo à poste-riori substituídos por outros dogénero. “A nossa inspiração foiem empresas norte-americanas.Em Portugal fomos pioneiros, efomos a primeira plataforma dedescontos online de produtosgourmet.”A maioria dos clientes é de gran-des centros urbanos, “e não ne-cessariamente apenas de Lis-boa”, referem os responsáveis.“Temos sobretudo encomendas

do litoral do país, mas tambémcom alguns focos interessantesem algumas cidades do interior”. Quanto ao volume de encomen-das mensal, respondem que évariável, até porque se encontrasujeito a algumas condicionantessazonais. Os descontos conse-guidos pela equipa do FlashGourmet é fruto de uma “negocia-ção com vários produtores e for-necedores que permite apresen-tar grandes descontos (por vezescerca de metade do preço)”. 80 por cento da oferta relaciona-se com vinhos, mas pontualmen-

te são disponibilizadas “outras ca-tegorias gourmet adjacentes taiscomo queijos, charcutaria, doça-ria, chocolates, temperos, cerve-jas gourmet, acessórios relacio-nados com o vinho”.Este Natal, a empresa espera“aumentar o volume de encomen-das” até porque existe algumaexpectativa sobre como será asolicitação por parte dos consu-midores, já que não há ponto decomparação, com o ano passa-do, uma vez que a empresa sur-giu poucas semanas antes daépoca festiva.

A maioria são jovens com segundos empregos ou que fazem do comércio online dos seus produtos a suaprincipal actividade, De forma mais ou menos organizada, escolheram as redes sociais, sobretudo, paraanunciarem as suas vendas. Bijuteria, vinhos, roupas para bebés, e até um negócio relacionado com oaluguer de uma autocaravana, assim se faz o comércio online na região. E como é Natal quisemos saberquais as expectativas destes empreendedores, ao mesmo tempo, que também demos um salto ao comér-cio tradicional tendo em vista a época das prendas

Negócios no facebook

Jovens criam negóciose vendem nas redes sociais

Sílvia Agostinho

Primeiro site de descontos online em produtos gourmet

Nuno Anjos e Andreia Rodrigues

Page 9: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

9Valor Local Destaque“InPulso” combijuteria personalizada

Ogosto pela bijuteria e pelo artesanato nasceram consigo, e depoisde alguma experiência decidiu criar a “InPulso” com site e págima

no facebook. Formada em Design Gráfico e Multimédia, Ana Aniceto, deAzambuja, mantém a bijuteria como uma espécie de hobby mas com al-gumas ambições. Para já, não se queixa do volume de encomendas,mas salienta que também não pode exigir mais, pois não se dedica a 100por cento à divulgação da “InPulso”, dado que mantém uma actividadeprofissional paralela. O conceito da “InPulso” iniciou-se em Setembro des-te ano.A divulgação e a tentativa de fazer algo diferente, bem como, um atendi-mento mais personalizado são as técnicas que encontra para tornar-se

bem-sucedida nesteramo, dada a explosãode lojas e negócios onli-ne relacionados com omundo da bijuteria. “Ten-to personalizar cadapeça ao máximo, compossibilidade de escolhade cores e acabamen-tos, por parte das clien-tes”.“Ao fim de semanaquando tenho mais tem-po livre tento criar novaspeças, até porque estetrabalho depende muitoda criatividade”, refere.Cada pulseira ronda osquatro euros. Já recebeu algumas en-comendas tendo em vis-

ta a época das prendas de Natal, e reconhece a importância, sobretudo,das redes sociais para chegar mais perto das possíveis clientes. A am-bição passa também por abrir um atelier, “não apenas na área da bijuteriamas também com uma componente de artesanato”.

“Mimices” com trintaencomendas por semana

“Mimices” é um dos projectos mais conhecidos na área que diz res-peito à confecção de peças de roupa com bordados e outros apli-

ques, sempre artesanais, sobretudo direcionadas para os mais pequenose senhoras. Débora Teixeira, residente no Carregado, que conta já comuma apreciável carteira de clientes de todo o país e até do estrangeiroteve a ideia tendo em conta que não conseguia encontrar trabalho na suaárea (Ciências da Nutrição) sem ser a recibos verdes,

Em sua casa montou um verdadeiro atelier. Recorda que nunca teve gos-to por aprender a costurar, embora a sua mãe seja modista. Apenas em2010 quando recebeu uma máquina de costura se iniciou na confecçãodas peças. Hoje são às centenas, as pequenas peças delicadas que en-chem o seu atelier. “Há muita gente a querer aprender. E cada vez maisquem se interesse por este tipo de trabalho artesanal”, dá conta. DesdeAgosto, que a sua mãe também a ajuda na confecção das peças, poisjá não tinha mãos a medir. Através do facebook, recebe a maioria das encomendas. Normalmente,quem procura os seus serviços escolhe um tecido, e refere como preten-de a peça. Diz que consegue cerca de 30 encomendas por semana. E neste Natal,refere que muita gente já procurou a “Mimices” para dar um mimo aosamigos e familiares.

“Dreams on Wheels” paraviajar de forma económica

Ogosto pelas viagens estevena origem da aquisição de

uma autocaravana daí até à ideiada sua rentabilização através doaluguer não demorou muito. AnaCouceiro, de Azambuja, comproua autocaravana há alguns anosatrás e procedeu à sua remode-lação total. A mesma dá para seispessoas e alguns investimentosforam efectuados no transporte,sobretudo com recurso ao seu aluguer. O conceito chama-se “Dreamson Wheels” e começou há cerca de dois anos. “Alguns amigos falavam comigo e pediam-me a caravana emprestada,através do passa-palavra chegámos à parte de começarmos a alugar aautocaravana, decidimos publicitar o negócio apenas no facebook, e combons resultados”, dá conta.Já tem tido alguns dissabores com alguns clientes que não tomaram asdevidas cautelas na passagem por alguns locais, como parques de es-tacionamento, mas regra geral a experiência tem-se revelado positiva. –“Esteve alugada durante todo o Verão, até já o fizemos com uma irlan-desa que andou com a autocaravana pelo país”. Despedidas de solteirose passagens de ano são também ocasiões em que o serviço é especial-mente requisitado, bem como no Carnaval e Páscoa.Na época baixa, o preço de aluguer deste transporte para quem desejepartir à aventura, é de 50 euros, e na época alta (de Junho a Setembro)– 65 euros. É assinado um termo de responsabilidade, “que funciona le-galmente”. A maioria dos clientes é de Azambuja, de Lisboa, e tambémespanhóis, já que conhece alguns cidadãos daquela nacionalidade. A nível de poupança, exemplifica que, no caso, de uma família com qua-tro pessoas que requisite este serviço, a mesma consegue gastar muitomenos. Já pensou em adquirir mais uma caravana para expandir o ne-gócio, mas decidiu não avançar devido a outros compromissos profissio-nais, mas deixa o repto – “Quem quiser avançar para uma ideia destaspoderá ter sucesso. Tenho uns amigos que já têm duas do tipo pão deforma, mas que querem ir até seis, e estão a ser bem-sucedidos”.

Page 10: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

10 Valor LocalDestaque

Roupa, acessórios e tecnolo-gia costumam liderar as lis-

tas de compras digitais. Os pre-ços mais competitivos e a como-didade estão entre as razões quelevam, sobretudo, os mais novosa optar pelas compras online.

David Matos, de Azambuja, tem21 anos e fez a sua primeiracompra na Internet aos 19, quan-do recebeu um cartão de créditoque utiliza para pagar tudo o queadquire na rede. Comprou suple-mentos desportivos e ainda hoje

continua a fazer o mesmo tipo decompra online, à semelhança doseu grupo de amigos.“Além dos suplementos para oginásio compro jogos”, revela aoValor Local. Na opinião do jovem,os produtos que se compram na

Internet “têm qualidade” e nuncase sentiu inseguro.Já Miguel Nabeto, de 31 anos,também de Azambuja, refere quenunca comprou nada através daInternet. “Coloquei essa hipótesevárias vezes, mas nunca me in-

teressou muito. Tenho um poucode receio ao comprar na Internet,depende muito dos sites. Nuncasabemos para onde vai o nossodinheiro exatamente”, explica.No entanto, Miguel consideraque há vários produtos online

com preços mais reduzidos e en-cara as compras na Internetcomo uma alternativa de futuro,uma vez que os produtos têmqualidade e “são exatamenteiguais aos que se encontram naslojas”.

Comprar na internet, sim ou não?

Charlie Cateringand Sweets é sucessono facebook

Há cerca de três anos que Carlota Pina, de Alverca, Vila Franca deXira, decidiu transportar para um negócio de catering a sua paixão

pela cozinha, e assim nasceu o projecto “Charlie Catering and Sweets”que explora sobretudo a mais-valiado facebook na divulgação dos seusserviços. “O resultado tem sido bas-tante positivo, por isso decidi intensi-ficar a oferta e a diversidade”, conta.Os seus conhecimentos na arte doCake Design têm-lhe valido muitasencomendas e o facto de ter escolhi-do uma rede social para divulgaçãoé uma mais-valia pois, “a velocidadee o número de pessoas que se atin-ge é enorme!” “Por enquanto traba-

lho só com o facebook”, refere. Na sua página, podemos verificar quemuitos são os bolos de aniversário que confecciona, sobretudo para “ca-terings low cost para empresas e festas familiares”.As críticas por parte dos clientes têm sido “bastante positivas”. O “passapalavra” também se tem revelado como uma “excelente ferramenta demarketing”. O objectivo poderá “eventualmente” passar por uma loja fí-sica. Este Natal espera repetir o sucesso do ano passado em que o nú-mero de pedidos se revelou como “bastante significativo”.

Comércio Tradicional:Recordar bons temposda “Aguarela”

Apapelaria Aguarela existe desdea década de 80, no largo do

Rossio, em Azambuja, e o movimen-to de clientes na altura do Natal, nosprimeiros anos, era “incomparavel-mente maior”, nas palavras de Ga-briel Cardoso, proprietário. Os brin-quedos eram os mais apetecidospara as prendas. “Bonecas pareci-das com a Barbie e nenucos”, recor-da-se. Antes da chegada dos brin-quedos, havia quem os encomen-dasse previamente.“Naquela altura vendia-se tudo. Tam-bém vendia muitos livros, havia mais fome de leitura, quer nos adultos,quer nas crianças, especialmente os da colecção ‘Saber’”.A partir da entrada do euro, assistiu-se a uma “quebrazinha”, “mas a piorqueda deu-se desde 2004; e desde aí tem vindo a piorar”, relembra. “Ain-da consigo vender alguns livros, mas a nível dos brinquedos as vendastêm estado mais paradas. Embora os mais educativos ainda tenham al-guma saída.”“Antigamente, os miúdos sentavam-se aqui nos banquinhos a ler livros,era muito diferente” e aponta para alguns que ainda conserva. “Por ve-zes, converso com algumas dessas crianças que hoje são adultos”.

Na “Casa do Bacalhau” nãoentra pescado da NoruegaNo mercado municipal de Alenquer, a Casa do Bacalhau é já um ponto

de referência quando toca a comprar o fiel amigo para a ceia de Natale não só. Francisco Cabido sente-se satisfeito de vender apenas o baca-lhau legítimo, e não “outras imitações que proliferam no mercado, princi-palmente nalguns supermercados”. Isto porque os seus bacalhaus passa-ram por nove meses de cura, enquanto os outros, por vezes, quatro dias,o que atesta bem da qualidade do pescado que cada um vai adquirir.“Há 56 anos que vendo bacalhau verdadeiro, proveniente da Islândia, TerraNova, e Ilhas Faroé, aqui não entra bacalhau da Noruega”. E fornece a ex-plicação – “O bacalhau que é vendido como sendo da Noruega, vem daRússia, onde é congelado como a pescada. A história de que andamos acomer bacalhau da Noruega dava para fazer uma festa”, ri-se, dando aentender que o consumidor português anda a ser enganado. De acordo com as suas palavras, “há bacalhau graúdo com aspecto deter sido feito em três dias (quando deve demorarno mínimo sete semanas) a quatro euros e tal.Isto não tem explicação, porque com esse preçonão se paga nem as redes para se apanhar opeixe, que regra geral, nessas superfícies estácheio de água quando demolhado. Não aumen-tando de volume mais do que 8/12, quandoaquele que vendo aumenta até 28 por cento.” Noseu caso, o graúdo Islândia, é vendido a 9 eurose 85 cêntimos – “e por isso sai mais barato doque o outro, pois aumenta mais o seu volume naágua”.

Page 11: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

11Valor Local Solidariedade

Adelegação da Cruz Verme-lha do Carregado vai alargar

o projecto da “lancheira esco-lar”, um projecto que fornecelanches às crianças mais caren-ciadas da vila do Carregado,mas que em 2014 estender-se-á às escolas de Ota, Merceanae Alenquer.Este é um projecto que segundoo responsável da Cruz Verme-lha, Ramiro Rodrigues, só épossível graças a algumas em-presas. “Neste caso em concre-to trata-se do Intermarché doCarregado que nos tem dadouma grande ajuda. Tem ajudadoigualmente a Operação Sorrisoe do Banco Alimentar”.Com este alargamento, a insti-tuição vai passar apoiar o dobrodas crianças. Ao todo o númerodeverá ascender às 150 crian-ças, que serão abrangidas eidentificadas pelo projecto “Lan-cheira Escolar”. Ramiro Rodri-gues salienta que em causaestá agora a necessidade deencontrar cerca de 660 litros deleite, para continuar este projec-to, que para além de leite, tam-bém dá pacotes de bolachas,“uma ajuda preciosa a estas fa-

mílias”, segundo o responsável,que vinca igualmente que atra-vés deste projecto também jáidentificou algumas famílias ca-renciadas, às quais a Cruz Ver-melha também dá apoio atravésda oferta de cabazes de alimen-tos.A instituição também celebrouacordos recentes com outrasentidades para fazer um melhortrabalho na área social. RamiroRodrigues salienta que atravésde um protocolo com o CentroSocial do Carregado foi possí-vel, por exemplo, proporcionaraos voluntários que passam asnoites no quartel, algumas refei-ções quentes, o que representa,na opinião do presidente da ins-tituição, uma forma de reconhe-cimento pelo trabalho dos volun-tários daquela casa. Por outrolado, foi possível também criarcondições monetárias um poucomais atractivas, com um ligeiroaumento do valor pago aos vo-luntários.Ramiro Rodrigues presidente dainstituição que é empresário nasua vida profissional, diz que umdos objectivos da sua liderançafoi o de “arrumar a casa”. O em-

presário trouxe para a instituiçãoalguns dos princípios que aplica

na sua vida profissional, e con-seguiu equilibrar as contas e, ao

mesmo tempo, acrescentar al-gumas mais-valias para o dia-a-

dia dos voluntários que ajudama causa da Cruz Vermelha.

Cruz Vermelha do Carregado vai alargarprojecto da “Lancheira Escolar”

Ramiro Rodrigues preside os destinos da associação

Page 12: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

12 Valor LocalPolítica

Valor Local – Está a iniciar o seuprimeiro mandato como presi-dente de Câmara, depois de vá-rios mandatos como vereador.António José Ganhão foi presi-dente do município durantemais de três décadas, de queforma é que pretende marcar adiferença em relação a uma ges-tão que foi longa.Carlos Coutinho – A CDU reali-zou um trabalho que é reconheci-do neste concelho com um dosmelhores índices de desenvolvi-mento a nível do distrito. Temos di-versos indicadores que nos colo-cam num patamar superior, porisso o trabalho será de continuida-de. Obviamente que nem todossomos iguais. Fiz parte da equipade António José Ganhão durante16 anos, e sempre me identifiqueicom o seu percurso. Em alguma questão vai tentarfazer diferente do anterior presi-dente?É muito interessante verificar quedurante estes 16 anos, nunca tivenenhuma situação de qualquer tipode chatice com António José Ga-nhão. Mas realço que há sempreformas de pensar diferentes. Umadas áreas que pretendo aprofun-dar prende-se com o Turismo.Já pediu alguns conselhos aoanterior presidente?Como sabe, António José Ganhãoé presidente da Assembleia Muni-cipal de Benavente, e temos tidoocasião de trocar algumas opi-niões.Como é que vê actualmente aquestão do novo aeroporto, nãoreceia que se possa tornar numnovo elefante branco, tal comoaconteceu de resto na Ota? Temsentido alguma impaciência porparte de empresas ou de quemde direito com interesse nos ter-renos agora submetidos a novaservidão aeronáutica?O processo do aeroporto nunca foideterminante para o nosso desen-volvimento. Face ao clima econó-mico do país, é muito improvávelque se avance com a construçãodo novo aeroporto, sendo queessa é também uma necessidadeabsoluta. Aguardamos com tran-quilidade esse processo, mas comuma grande preocupação de quenão recaia sobre o município deBenavente qualquer ónus que nosprejudique, como aconteceu comos municípios relacionados comOta. As pistas avançaram dois qui-

lómetros, o que levou a que as isó-fonas (controle do ruído) do projec-to fossem deslocadas para norte,para a freguesia de Santo Este-vão, pondo em causa alguns in-vestimentos que se situam naque-la região.Já houve desistências por partede investidores, tendo em contaesse quadro?Ainda não houve desistências,mas estamos a falar de investi-mentos já realizados que devido aesta situação se encontram emcausa. Estou a falar de investimen-tos situados na envolvente de San-to Estevão, como empreendimen-tos turísticos que se encontramsob alçada das medidas do aero-

porto. A Declaração de ImpacteAmbiental (DIA) foi prorrogada. Te-mos a decorrer um processo no tri-bunal fiscal e administrativo de Lei-ria, contestando isso mesmo.Aguardamos serenamente, massempre com a preocupação deque o nosso município não seráprejudicado. Como tem sido o diálogo com aentidade estatal que superinten-de esta matéria?Não tem sido um diálogo fácil, por-que temos questões muito perti-nentes nesta matéria, a que acres-ce a revisão do Plano Director Mu-nicipal. Pretendiam que fossemosnós a verter nesse plano os dife-rentes ónus, que se constituiriamcomo uma via aberta para que nofuturo fosse a Câmara de Bena-vente a pagar indemnizações noque respeita aos diversos projec-tos de investimentos turísticos, porexemplo, e tivemos de nos salva-

guardar. Não podemos ser nós aassumir esse tipo de responsabili-dades relacionado com o projectodo aeroporto, até porque isso seriao descalabro.Em 2009, foi concluído o pro-cesso de formalização da em-presa Águas do Ribatejo (AR),mas, no entanto, os percalçosaqui no concelho de Benaventecontinuaram a suceder-se comos casos da conhecida águacastanha que saía das torneiras.É preciso dizer que esta empresaintermunicipal é a que apresentavalores mais baixos no tarifário re-lativamente a outras como aÁguas de Alenquer, a Águas daAzambuja ou a Cartágua, ou as de

Santarém e de Tomar; que supe-ram em mais de 50 por cento osnossos valores.Mas a qualidade do serviço daAR pelos vistos tem deixado adesejar…As nossas captações foram efec-tuadas a cerca de 70 ou 80 me-tros, fruto da prática de culturas in-tensivas, com os lençóis de água aficarem impróprios para consumo,com elevados níveis de nitratos, deadubos que se aplicam na agricul-tura. Sendo que aqui na nossazona também tínhamos um eleva-do nível de manganês que deposi-tado nas condutas, e de cada vezque havia uma perturbação narede, desprendia-se das mesmas,e daí a água castanha. A AR efec-tuou estações de tratamento, eneste momento não temos registono que ao manganês diz respeito;sem os problemas verificados an-tes. Sou um defensor da empresa

intermunicipal, penso que no devi-do tempo, as populações vão daro devido valor à AR, mas tambémsou um crítico desta empresa inter-municipal. Há mérito na estrutura-ção do sistema, construção deetar’s, condutas, entre outros. Sãotrabalhos que não estão visíveis, eque não são reconhecidos por issomesmo. Mas reconheço que há fa-lhas no atendimento aos muníci-pes, nos pavimentos que não sãorepostos em tempo útil. E estassão questões que vamos procurar,agora, resolver no conselho de ad-ministração.A empresa intermunicipal temfeito alguma questão de se de-marcar da possibilidade de en-

trada de privados na mesma,como forma de, só assim, se-gundo o conselho de adminis-tração, se conseguir conciliarum bom serviço e um preçomais baixo no abastecimento deágua, no entanto, a verticaliza-ção do sector das águas emPortugal está em cima da mesa,e em perspectiva a constituiçãode sistemas multimunicipais ecom isso uma mudança de pa-radigma que afectará as diferen-tes empresas de vários tipos;com privados ou sem eles.Estamos conscientes da possibili-dade de privatização dos sistemasde águas, embora não entendacomo se possa fazer isto num sec-tor que devia estar na alçada dosmunicípios. No nosso caso temosuma sustentabilidade assegurada,com plano de investimentos de130 milhões de euros, e com prin-cípio de solidariedade entre muni-

cípios, com apoio, em primeiro lu-gar, aos que estavam à partidamenos providos de equipamentose infra-estruturas. A entrada de um privado estámesmo fora de hipótese?Temos o nosso know-how, e esta-mos devidamente estruturados.Penso que no distrito, não haveráempresa com o nosso volume denegócios, actualmente, e com umtarifário atractivo. O privado só viriatirar os seus dividendos. O presidente da Entidade Regio-nal de Turismo esteve no conce-lho, durante esta semana, nasua opinião o desenvolvimentoda actividade turística nos con-celhos ainda depende deste tipode estruturas que tão depressase localizam em Lisboa, comoem Santarém, e agora no Alen-tejo, ou antes de uma acçãoconcertada por parte da autar-quia com possíveis investido-res, sem intermediários. Os municípios do distrito de Santa-rém, e desta zona do Vale do Tejotêm sido muito maltratados no querespeita ao Turismo. Já estivemosem diferentes regiões de turismo,e isto diz bem da falta de visão daadministração central quanto aesta matéria. Nunca sentimosapoio por parte destas estruturasno desenvolvimento de uma estru-turação do turismo nesta zona. Na-turalmente, que foi com muitoagrado que recebemos a visita dopresidente da Entidade Regionalde Turismo do Alentejo, que se fezacompanhar por um vasto conjun-to de técnicos.Foi a primeira vez que teve umavisita deste género.Sim. Comunicámos que estamoscom grandes expectativas quantoao trabalho que possamos articularem conjunto. A visita foi extrema-mente interessante, mostrando onosso grande potencial, a nossavasta área de charneca, a quechamamos de pulmão de Lisboa,no respeito da biodiversidade e detoda a componente paisagística.Temos no terreno um conjunto deoperadores importante, nomeada-mente, no golf. Em Samora Correia também es-tamos perante a possibilidadede um novo investimento turís-tico.Ainda é pouco conhecido, trata-sede algo em meio aquático, quecreio que será fundamental. Está aser acompanhado pelo turismo na-

cional. Estamos a falar de algocom componente de ski aquático,mas a ideia é recente. A partir deJaneiro, começaremos a trabalharcom a entidade de turismo, agen-tes de turismo, Companhia das Le-zírias entre outros parceiros napromoção do turismo do município.Há pouco falávamos de algunsprojectos turísticos que estãocondicionados pelo novo aero-porto, tendo em conta a sua for-te aposta na promoção turísticado concelho, podemos desde jádizer que em parte o municípioestá a perder por causa do aero-porto.Não posso dizer isso. Mas há umaquestão fundamental que á do alo-jamento. Temos 3 campos de golfeno município, e esse factor das ca-mas é determinante, alguns des-ses empreendimentos em SantoEstevão, relacionam-se com hotéise temos de arranjar forma de po-dermos potenciar essa concretiza-ção, que será determinante. Entretanto, também em pers-pectiva a instalação de mais umespaço chinês, no Porto Alto, novalor de 40 milhões de euros,pelo grupo PAO. Até que pontotem sido uma mais-valia o proli-ferar de pavilhões chineses, eagora mais um novo edifício.Digamos que não se dá pela co-munidade chinesa. Não temosuma relação próxima, Primam peladiscrição. Tratando-se de um in-vestimento de 40 milhões de eu-ros, é sempre importante, tendoem conta o que estamos a viver.A nível de licenças e taxas, por-que não significará muitos pos-tos de trabalho.Sim, a nível de licenças e de taxas.Haverá alguns postos de trabalho.Tudo é importante nesta altura.Mas também a sua construção en-volve mão-de-obra e materiais, di-namizando por isso a economia. No entanto, naquela zona, há alialguns pavilhões chineses quecausam algum impacto visual…Sem dúvida, não só nesse sentido,mas também no que toca ao des-respeito do espaço público comdeposição de cartão, junto aoscontentores, e outros materiais demaior dimensão. Estamos a pen-sar numa campanha de sensibili-zação das pessoas e de actuaçãosobre as que prevaricam. A comu-nidade chinesa prima pela discri-ção mas nesta componente temostido queixas.

Turismo é principal aposta do novopresidente da Câmara de BenaventeDepois de 16 anos como vereador de António José Ganhão, Carlos Coutinho assume agora o cargo depresidente da Câmara Municipal de Benavente. O Turismo é a sua grande aposta, e por isso conta como apoio dos vários agentes. Quanto ao aeroporto projectado para parte do território concelhio, garanteque a Câmara não pagará quaisquer ónus se tiver de existir indemnizações. O novo autarca confessa quenunca teve “chatices” com o anterior presidente, e manterá uma linha de actuação próxima da do seuantecessor

O novo presidente trabalhou dezasseis anos como vereador no município

Sílvia Agostinho

Page 13: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

13Valor Local Política

Osecretário-geral do partidoSocialista, António José Se-

guro, visitou esta quarta-feira,dia 18 de Dezembro, o concelhode Azambuja. A visita teve sobre-tudo um carácter social com visi-ta a algumas instituições do con-celho.Seguro foi recebido pelo presi-dente da câmara, Luís de Sousa,e respectivos vereadores, comquem manteve à porta fechada,uma reunião para se inteirar dosproblemas socias vividos no con-celho de Azambuja. Demorada-mente, o líder do PS, acompa-nhado de Joaquim Raposo e An-tónio Galamba, perguntou peloestado de saúde de Joaquim Ra-mos, mostrando alguma preocu-pação pela doença contra a qual,o ex-presidente da câmara lutounos últimos meses.Durante a reunião à porta fecha-da aos jornalistas, o presidenteda Câmara, Luís de Sousa, des-tacou o trabalho que a autarquiatem feito nos aspectos sociais. Oautarca falou dos vários progra-mas que a Câmara tem levado a

cabo junto das famílias, nomea-damente, as ajudas ao nível do“Cheque Social” (aquisição de-carne e peixe) e outros apoios.O líder socialista mostrou algu-ma preocupação no que toca àfalta de empenho da SegurançaSocial, junto das IPSS, referidapelos presentes. António JoséSeguro ouviu mais uma vez opresidente da Câmara a queixar-se da falta de acordos com asinstituições. Luís de Sousa refe-riu que, em alguns casos, “a au-tarquia sobrepõe-se ao Estadono apoio às famílias”. Outra dasáreas abordadas foi a da Protec-ção Civil, e a questão da atribui-ção dos subsídios, “vital para oseu funcionamento”, destacouSousa. A visita de António JoséSeguro seguiu depois para oCentro Social e Paroquial deAveiras de Baixo, onde teve con-tacto com os responsáveis dainstituição, ouvindo igualmenteas suas preocupações.O líder nacional salientou emAveiras de Baixo as suas preo-cupações face aos problemas

das famílias. Seguro destacouque naquela instituição “os paisde cerca de 30% das criançasdeixaram de ter condições para

pagar na íntegra ou parcialmentea mensalidade”; revelando que asolução foi encontrada atravésda autarquia: “Se não fosse a

Câmara estas crianças não esta-vam a ser acolhidas”.António José Seguro, foi o se-gundo líder nacional do PS a vi-

sitar Azambuja no espaço de dezanos. O primeiro foi Sócrates,quando este concorreu à lideran-ça do PS.

Seguro em Azambuja toma pulsoàs carências sociais do concelho

Oreaparecimento de 13 pro-cessos de contra-ordenação

relacionados com os pelouros doanterior vereador José ManuelPratas, mandato de 2005 a 2009,estão a geral alguma polémicajunto do executivo da CâmaraMunicipal de Azambuja. Uma informação dos serviços dáconta de que os processos esti-veram desaparecidos desde otempo em que José Manuel Pra-tas deixou a vereação (2009) e

agora “foram entregues”. No en-tanto, o paradeiro dos mesmosdurante quatro anos é desconhe-cido. António Jorge Lopes, ve-reador da coligação centro-direi-ta pediu explicações ao presi-dente Luís de Sousa, que garan-tiu manter total confiança nosserviços, contudo o vereador daoposição pediu um inquérito in-terno para apurar onde estive-ram “escondidos os processos”já que o próprio ex-vereador so-

cialista José Manuel Pratas, ga-rante nunca os ter levado paracasa.O mesmo disse ao Valor Localque já pediu para que fosse feitoum rigoroso inquérito e que fizes-sem parte dessa investigação osvereadores da oposição DavidMendes e Maria João Canilho demodo a que não restem dúvidasquanto à sua não implicaçãoneste caso. José Manuel Pratasdeixa mesmo a seguinte ques-

tão: “Estranho. Passados maisde quatro anos onde estiveramesses processos? Quem benefi-ciou com a prescrição dos mes-mos? E quem pretendem tra-mar?”. António Jorge Lopes quer saberquem entregou de novo os pro-cessos e o presidente da Câma-ra, Luís de Sousa assegura quevai tentar apurar toda a informa-ção. À hora de fecho desta edi-ção, o Valor Local falou com o

presidente da Câmara que já deuinstruções aos serviços para quea situação seja clarificada. Refe-riu que os processos respeitamao Urbanismo (construção de ca-sas e muros), mas não sabe aque particulares ou empresas sereferem esses processos. “Jápedi tudo; com prazos de valida-de das contra-ordenações e to-das as questões inerentes. A ju-rista da autarquia começa aindaesta semana a investigar o

caso”. Luís de Sousa, que à datado desaparecimento dos proces-sos era vereador e colega dePratas, diz ter ficado “pasmado”. O presidente confessa que já fa-lou com alguns funcionários daCâmara que na altura do supostodesaparecimento “não deram porfalta da ausência dos proces-sos”. “Se calhar, houve, agora,algum motivo para que os mes-mos reaparecessem, é isso quevamos averiguar”.

O caso dos processos reaparecidos

AColigação Pela Nossa Terra deAlenquer acusa o executivo

socialista da autarquia de “masca-rar” a dívida às juntas de freguesia.Em conferência de imprensa, osvereadores Nuno Coelho e EuricoBorlido não pouparam críticas aopresidente da câmara, Pedro Fol-gado, que acusam de ser coniven-te com uma informação dada deforma incorreta aos vereadores daoposição.Em causa, está um documento, noqual a autarquia apresentava al-guns valores referentes às dívidasàs juntas. Ora, segundo NunoCoelho, esse documento “não es-pelhava a realidade das contas”.Nuno Coelho refere que quandocomparada a dívida da Câmara àjunta do Carregado “chegou-se àconclusão que algo não batia cer-to, porque os valores segundo aCâmara, rondavam os 17 mil eu-

ros, mas na realidade, ultrapassamos 100 mil”. Segundo as contas dacoligação, o valor total apresenta-do no primeiro documento, ronda-va os 500 mil euros, mas num se-gundo documento, depois de pedi-das expilações pela coligação, osnúmeros aumentam e ascendemos 900 mil euros. Nuno Coelho diz que com esta si-tuação “começamos mal o manda-to” vincando não acreditar na in-competência dos serviços da Câ-mara Municipal de Alenquer “Con-sideramos esta actuação do exe-cutivo da Câmara, como muitograve. É uma omissão à verdadeperante o executivo todo e é umaforma habilidosa de mostrar ascontas da câmara”. Nuno Coelhodiz que a coligação não aceita ajustificação que o primeiro mapaentregue apenas espelhava a dívi-da que não era considerada como

tal, porque a actual lei não consi-dera dívida quando passa os 90dias,(a designação “dívida” passaa adquirir a terminologia “paga-mento em atraso”). Numa resposta escrita ao ValorLocal, o presidente da Câmara deAlenquer rejeita qualquer “manipu-lação ou tentativa de mascararqualquer informação prestada aos

vereadores” garantindo que “a in-sinuação não é de todo adequadae coloca em causa a imparcialida-de e idoneidade dos serviços téc-nicos desta Câmara, o que não éde todo aceitável”Por outro lado, Pedro Folgado dizque a informação que foi prestadaaos vereadores “dizia respeito àposição da dívida às Juntas de

Freguesia a 30/09/2013, de acordocom o critério dos pagamentos emprazo”. Pedro Folgado garante nãoperceber o “aparato” causado pelomontante revelado, já que “ todosos membros desta Câmara muni-cipal dispõem de acesso direto aoprograma informático SCA – Siste-ma de Contabilidade Autárquica econcomitantemente a todos dados

de natureza contabilística e previ-sional, podendo estes ser consul-tados a todo o momento”. A Câmara de Alenquer também jáfacultou à DGAL a informação so-bre as dívidas aos fornecedores.Actualmente, (trimestre de Junhoa Setembro), o prazo médio de pa-gamento é de 128 dias, quando notrimestre anterior foi de 147 dias.

Pedro Folgado acusado de driblar valores da dívida às juntas

Líder do PS recebido pelo presidente da Câmara

Page 14: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

14 Valor LocalCulturaApresentaçãodo livro “Sinaisde Tabelião - a Arteda Autenticação”Foi apresentado, no passado dia 7 de Dezembro, a obra “Si-

nais de Tabelião – a Arte da Autenticação” de Francisco Nu-nes dos Reis, que ao longo de 40 anos exerceu a profissãocompositor gráfico e arquivista documentalista, no município deAzambuja. Neste livro estão compilados 400 anos de “sinais defé pública a actos privados”, referiu José Machado Pereira, his-toriador e museólogo, durante a apresentação. O reconhecimento da sua actividade por parte da autarquia foirealçado por parte do vereador da Cultura, António Amaral, quereferiu o facto de Francisco Nunes dos Reis “muito ter trabalha-do para o concelho de Azambuja”, e por isso “a edição destaobra é bastante oportuna”. Marco Leal, antigo vereador da Cultura, que também esteve en-volvido na edição da obra, atribuiu a Francisco Nunes dos Reis,“o mérito de sempre ter lutado pela preservação da memória dequalquer documento”. Por último, o presidente do município, Luís de Sousa sublinhouigualmente os méritos do homenageado enquanto compositorgráfico e arquivista documentalista ao serviço da edilidade. O homenageado também compareceu no lançamento da obra,e autografou alguns livros, apesar de se encontrar doente, e nãoter conseguido falar, na altura dos discursos. “Sinais de Tabelião – A Arte da Autenticação” tem como fonte ossinais usados por cerca de centena e meia de tabeliães (equi-valente nos dias de hoje aos notários), compilados e copiadospelo autor em manuscritos originais, sobretudo escrituras públi-cas e testamentos do Arquivo Histórico Municipal de Azambuja.Com datas que vão de 1507 a 1898, ou seja do século XVI aoXIX, apresenta o trabalho de 61 tabeliães, 37 de Azambuja, 17de Alcoentre, cinco de Aveiras de Baixo, dois de Manique do In-tendente, sendo que o mais antigo se reporta e documenta a1798, correspondente ao primeiro tabelião público no então re-cém-instituído concelho de Manique do Intendente, e um comorigem em Vale do Paraíso.Quanto ao autor Francisco Nunes dos Reis foi o primeiro arqui-vista documentalista do município de Azambuja, tendo resgata-do milhares de documentos que incorporou no arquivo históricodo concelho.

Page 15: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

15Valor Local Opinião

Estamos a cerca de meio anodo fim do programa de ajusta-

mento. Estamos a cerca de meioano do fim de um dos períodosmais negros da história recente dePortugal. Desde Maio de 2011, al-tura em que o país teve de esten-der a mão ao FMI e aos parceiroseuropeus, Portugal perdeu umaparte importante da soberania.Perdeu a capacidade de decidircomo gerir o dinheiro. Desde logo,porque... deixou de haver dinheiro.E, já se sabe, quem paga... man-da. A acumulação de défices e o con-sequente agravamento da dívidapública fez com que os investido-res passassem a cobrar juros in-comportáveis para emprestar di-nheiro ao Estado. Porque passa-ram a desconfiar da capacidadedo Estado para lhes pagar. E semconseguir aceder ao financiamentodos mercados, Portugal não teve

alternativa ao resgate. Sem resga-te, todo o Estado, nas suas fun-ções mais básicas, deixaria de fun-cionar. Ao fim de dois anos e meio deajustamento feito de sacrifícios háum facto indesmentível: o paísestá mais pobre. É certo que estãoa ser cumpridas as metas orça-mentais acordadas com a troika.Mas os impostos aumentaram bru-talmente. Reformados e trabalha-dores - do setor público e privado -estão, em geral, a receber menos.Muito menos. As falências sucede-ram-se. O desemprego atingiu ní-veis outrora inimagináveis.Pelo meio, no último verão, umacrise política que só agudizou o ce-nário. Ao contrário da Irlanda, ondetodos se uniram em torno de umobjetivo - concluir rapidamente oprograma de ajustamento e libertaro país das amarras da troika - emPortugal nem a gravidade da situa-

ção foi suficiente para criar enten-dimentos duradouros (nem sequerde curto prazo...), mesmo entre ospartidos que subscreveram o acor-do com a troika.

O pior parece, no entanto, já terpassado. Nos últimos meses aeconomia deu sinais de retoma,

mesmo que tímida. Tecnicamentea recessão chegou ao fim, graçasà recuperação dos gastos das fa-mílias, do investimento e do bomcomportamento das exportações.

O pico do desemprego parece tersido já atingido. E do doloroso pro-grama de ajustamento sobram,

pelo menos, dois factos positivos.Pela primeira vez em muitos anosa balança externa portuguesa épositiva. Excluindo os encargoscom juros, o Estado vai passar a

gastar menos do que aquilo querecebe. Admitindo como pouco provável,

nesta altura, um cenário de segun-do resgate, daqui a meio ano Por-tugal terá de voltar “a andar” peloseu próprio pé - com ou sem “amuleta” de um programa cautelar.É por isso inquestionável que adisciplina orçamental terá de con-tinuar, se o país quiser recuperar aconfiança dos mercados e, conse-quentemente, a capacidade de sefinanciar. Tal como uma família ouuma empresa, o Estado tem de teras contas equilibradas. É estaideia que, custe o que custar, polí-ticos e cidadãos têm de interiorizar,independentemente dos cicloseleitorais e dos limites à despesaque sejam criados na lei. Não épossível gastar mais do que aquiloque se recebe. É a única maneirade evitar novos - e humilhantes -resgates. E de garantir que os sa-crifícios atuais sirvam, ao menos,para evitar no futuro os erros dopassado.

Que os errosnão se repitam Rui Alves Veloso

Editor Economia RTP

Page 16: Jornal Valor Local - Edição Dezembro - 2013

www.valorlocal.pt