jornal tri-edição maio

8
Trabalhos da Feevale no Expocom Sul Foram divulgados, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), os nove trabalhos aceitos no Expocom Sul, mostra competitiva do Intercom Sul 2011, que acontece em Londrina, de 26 a 28 de maio. Os trabalhos selecionados são: Blog 1000 Grau (Laís Vanessa Flores), Aposta (Sheisa Amaral da Cunha), Jornal-laboratório Tri: Espaço de experiência e aproximação do mercado de trabalho (Bruna Foscarini), A Comunidade no Ar (Renata Arteiro da Silva), Jornal Comunidade: edição 13 (Jéssica Daniele Klein), Agecom PP (Israel Roberto Parma), Nú- cleo de Relações Públicas da AGECOM/Feevale (Camila Borniger), Pesquisa de opinião: Portal de Comunicação(Gabriele Flesch) e Jóias para Calçados (Nádiane Schiefferdecker). Cada trabalho estará concorrendo a uma vaga no Expocom Nacional, que acontecerá em Recife, no inicio do mês de setembro. Cursos de Extensão De março a maio, dois cursos de extensão ofere- cidos pela Universidade Feevale chamaram a atenção do público. São eles: Gestão em Comunicação e Desinibição Textual e Escrita Criativa (3ªedição), que tiveram, respectivamente, como mistrantes a jornalista com larga expêriencia em assessoria de comunicação/ imprensa Soraya Brandão e o jornalista, escritor e artista plástico Alexandre Carvalho da Rosa. O público-alvo destes eventos são acadêmicos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas e comunidade em geral. No final do mês de maio e no começo de junho as os cursos Processo de Criação no Desing Gráfico (2ª edição) e Assinaturas Visuais estarão disponi- veis aos participantes. Os professores serão, na mesma ordem, os públicitários Luis Gustavo Pereira Barbosa e Taís Oliveira. Para mais informações acesse http:// www.feevale.br/extensào. Semana Acadêmica da Comunicação Aconteceu, entre 2 e 6 de maio, a Semana Acadêmica dos Cursos de Jorna- lismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas. O evento foi organi- zado pelo Diretório Acadêmico da Comunicação (DAC) e contou com as palestras de Mara Medeiros, coordenadora da Assessoria de Comunicação Social da CEEE, Álisson Coelho, repórter correspondente da região do Vale do Sinos do jornal Correio do Povo e do portal Terra, e Marcelo Firpo Vieira da Cunha, diretor de criação da Novacentro Comunicação e Marke- ting. Os palestrantes mostraram para os alunos como que funcionam suas respectivas organizações, contando com a participação dos acadêmicos dos três cursos da Comunicação Social. Aula inaugural No dia 31 de março, aconteceu a Aula Inaugural dos Cursos de Comunicação Social e Jogos Digitais, no auditório do Prédio Azul no Campus II da Universidade Feevale. O evento, organizado pelo Núcleo de Relações Públicas da Agência Experimental de Comunicação (Agecom), juntamente com o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), teve como novidade a junção dos dois cursos na mesma aula inaugural. O palestrante foi Ricardo Rozzino, produtor e editor da TV PinGuin, atual líder de audiência do canal Discovery Kids, que abordou o tema “Indústria criativa: o quê, quem, quando, onde e como?”. Além da palestra, foram comemorados os dez anos da Agecom, com uma exposição digital de fotos de alunos e de ex-alunos, peças gráficas e jornais produzidos pelos estudantes de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas.

Upload: refugio-da-foca

Post on 22-Mar-2016

224 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Edição do mês de maio do Jornal TRI, da Agência Experimental e Comunicação (Agecom), da Universidade Feevale.

TRANSCRIPT

Trabalhos da Feevale no Expocom Sul Foram divulgados, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), os nove trabalhos aceitos no Expocom Sul, mostra competitiva do Intercom Sul 2011, que acontece em Londrina, de 26 a 28 de maio. Os trabalhos selecionados são: Blog 1000 Grau (Laís Vanessa Flores), Aposta (Sheisa Amaral da Cunha), Jornal-laboratório Tri: Espaço de experiência e aproximação do mercado de trabalho (Bruna Foscarini), A Comunidade no Ar (Renata Arteiro da Silva), Jornal Comunidade: edição 13 (Jéssica Daniele Klein), Agecom PP (Israel Roberto Parma), Nú-cleo de Relações Públicas da AGECOM/Feevale (Camila Borniger), Pesquisa de opinião: Portal de Comunicação(Gabriele Flesch) e Jóias para Calçados (Nádiane Schiefferdecker). Cada trabalho estará concorrendo a uma vaga no Expocom Nacional, que acontecerá em Recife, no inicio do mês de setembro.

Cursos de Extensão

De março a maio, dois cursos de extensão ofere-cidos pela Universidade Feevale chamaram a atenção do público. São eles: Gestão em Comunicação e Desinibição Textual e Escrita Criativa (3ªedição), que tiveram, respectivamente, como mistrantes a jornalista com larga expêriencia em assessoria de comunicação/imprensa Soraya Brandão e o jornalista, escritor e artista plástico Alexandre Carvalho da Rosa. O público-alvo destes eventos são acadêmicos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas e comunidade em geral. No final do mês de maio e no começo de junho as os cursos Processo de Criação no Desing Gráfico (2ª edição) e Assinaturas Visuais estarão disponi-veis aos participantes. Os professores serão, na mesma ordem, os públicitários Luis Gustavo Pereira Barbosa e Taís Oliveira. Para mais informações acesse http://www.feevale.br/extensào.

Semana Acadêmica da Comunicação Aconteceu, entre 2 e 6 de maio, a Semana Acadêmica dos Cursos de Jorna-lismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas. O evento foi organi-zado pelo Diretório Acadêmico da Comunicação (DAC) e contou com as palestras de Mara Medeiros, coordenadora da Assessoria de Comunicação Social da CEEE, Álisson Coelho, repórter correspondente da região do Vale do Sinos do jornal Correio do Povo e do portal Terra, e Marcelo Firpo Vieira da Cunha, diretor de criação da Novacentro Comunicação e Marke-ting. Os palestrantes mostraram para os alunos como que funcionam suas respectivas organizações, contando com a participação dos acadêmicos dos três cursos da Comunicação Social.

Aula inaugural

No dia 31 de março, aconteceu a Aula Inaugural dos Cursos de

Comunicação Social e Jogos Digitais, no auditório do Prédio Azul

no Campus II da Universidade Feevale. O evento, organizado

pelo Núcleo de Relações Públicas da Agência Experimental de

Comunicação (Agecom), juntamente com o Instituto de Ciências

Sociais Aplicadas (ICSA), teve como novidade a junção dos dois

cursos na mesma aula inaugural. O palestrante foi Ricardo Rozzino,

produtor e editor da TV PinGuin, atual líder de audiência do canal

Discovery Kids, que abordou o tema “Indústria criativa: o quê, quem,

quando, onde e como?”. Além da palestra, foram comemorados os

dez anos da Agecom, com uma exposição digital de fotos de alunos e

de ex-alunos, peças gráficas e jornais produzidos pelos estudantes de

Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas.

Ano 12, Nº 31,Novo Hamburgo

Conheça os comunicadores que trabalham nos bastidores(página central)

Ritmo das redações on-line (páginas 6 e 7)

Influência da propaganda no consumo consciente(página 14)

A importância do Inglês para os comunicadores(página 11)

Quem é o cara - Zeca Honorato(página 5)

Carta ao Leitor Indice

Expediente

-

Jornal Laboratório da Agência Experimental de Comunicação AGECOM|FEEVALE

Presidente da Aspeur: Argemi Machado de Oliveira|Reitor: Ramon Fernando da Cunha|Pró-reitor de

Planejamento e Administração: Prof. Alexandre Zeni|Pró-reitora de Ensino: Profa. Inajara Vargas Ramos|Pró-reitor

de Pesquisa e Inovação: Prof. João Alcione|Pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: Profa. Angelita Renck

Gerhardt|Diretor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas: Prof. Juarez Buriol|Coordenador do Curso de Comunicação

Social: Prof. Cristiano Max Pinheiro|Orientação: Profa. Donesca Calligaro|Direção do Projeto Gráfico: Profa. Rosana Vaz

Silveira|Projeto Gráfico: Luis Carlos Weber e Gustavo Marmitt|Capa: Luis Carlos Weber|Reportagem: Bianca Raimundo,

Bruna Foscarini, Eduardo Patrick Bettio, Márcia Andrade, Ruan Nascimento, Jerônimo da Paz, Daniela Sander,

Daiana Lopes e Tamara Knewitz|Revisão: Profa Lovani Volmer | Contato: [email protected]

2 3

Nos meses de abril e maio, diversos acontecimentos mar-cantes foram noticiados pelos mais diversos meios de co-municação. Alguns nos chocaram, nos emocionaram ou

até mesmo nos entristeceram como o “massacre do Realengo”, a Beatificação do Papa João Paulo II, a morte do terrorista Osama Bin Laden e o tão esperado casamento do Príncipe William e de Kate Middleton. Em meio a tantos acontecimentos marcantes, nós, do Jornal Tri, preparamos mais uma edição cheia de novidades! Co-nheça “o ritmo das redações online”, veja “o que as empresas falam sobre a importância do inglês” e confira “o novo Video Game 3D e o aplicativo Eye Reader”, no Tendências da Comunicação. Entenda também “a influência da propaganda no consumo”, conheça “um dos jornalistas mais influentes do Rio Grande do Sul” e saiba “como funciona a disciplina de Planejamento Publicitário”, no Disciplina em Destaque. Estas e muitas outras reportagens foram preparadas para você se manter informado sobre as novidades da comunicação!

Boa leitura!

Jovem Empresário_ página 4Conheça a história de duas publicitárias que empreenderam através dos livros

Quem é o cara_página 5Entrevista com o publicitário Zeca Honorato

Eu no mercado de trabalho_página 10Márcia Andrade conta sobre sua experiência em assessoria de imprensa política

Bastidores da Agecom_página 12Saiba o que os Núcleos de PP, RP e JN estão preparando

Tendências da comunicação_página 13Vídeo-game 3D e aplicativo Eye Reader são novidades

Disciplina em destaque_página 15Conheça a disciplina de Planejamento Publicitário

Morre uma referência do jornalismo gaúcho

Na manhã do dia 5 de abril, amigos, parentes, colegas e fãs se despediram do jornalista que, por muitos era considerado o mais renomado do estado e até mesmo do país: Flávio Alcaraz

Gomes. Depois de ter retornado de uma internação de dez dias por conta de uma pneumonia, o jornalista, de 83 anos, faleceu em sua casa. Segundo sua filha, também jornalista, Laura Alcaraz Gomes, “ele era um homem super inteligente, um pai amoroso e que dedicou à vida inteira à família e à profissão”. As raízes de Flávio dentro do Jornalismo surgiram em gerações passadas. O gosto pela comunicação foi herdado de seu avô, Joaquim Alcaraz, que foi um dos primeiros diretores do Jornal Correio do Povo. No ano de 1944, antes de formar-se em Direito pela UFRGS, Flávio iniciou sua carreira na imprensa na Companhia Jornalística Caldas Júnior, onde foi revisor, repórter e redator do Jornal Correio do Povo e Folha da Tarde. Após concluir a primeira graduação, viveu entre 1950 e 1952 em Paris. Em 1957 participou da fundação da Rádio Guaíba, mas, formou-se em Jornalismo, pela PUCRS, somente em 1963. Pioneiro das transmissões internacionais, Flávio cobriu os grandes acontecimentos jornalísticos da segunda metade do século XX. Entre 1958 e 1975, fez a cobertura de diversos acontecimentos, como a Copa do Mundo de 1958, a Guerra e a Conferência de Paz no Vietnã, a revolta dos estudantes em Paris, a Invasão da Tchecoslováquia, a ida do homem à lua e Guerra de 1973 no Oriente Médio, além de atuar como correspondente na China. Em 1970, foi eleito Presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT), sendo reeleito em 1972. O jornalista apresentava também o programa Guerrilheiros da Notícia, criado por ele, na TV Pampa. Faziam parte alguns convidados eventuais e outros fixos, como sua filha Laura e o economista Antônio Carlos Baldi. Segundo Baldi, a relação dos dois, após 22 anos de trabalho juntos, era de extrema cumplicidade. “Nós tínhamos uma relação aberta e franca, difícil de encontrar. Nós podíamos falar o que achávamos um para o outro, conta. Para os que acompanhavam seus programas, era visível o amor que tinha por sua profissão e pela busca às informações, como relembra o produtor do Guerrilheiros, Pedro Fonseca. “Era notório seu dom de entrevistador, já que tinha sempre a pergunta chave, na hora certa”, comenta.

Perdemos Flávio Alcaraz Gomes, o renomado jornalista pioneiro das transmissões internacionaisTexto DANIELA SANDER | Diagramação EDUARDO PATRICK BETIO | Arte LUIS WEBER | Foto DIVULGAÇÃO

Um repórter na prisão

O jornalista Flávio Alcaraz Gomes tinha uma carreira consolidada e bem sucedida, até que, um crime acidental o levou à cadeia e mudou sua vida. Certo dia, quando chegava em casa com sua

esposa, surpreendeu-se com uma camioneta estacionada em frente ao seu portão e, sentindo-se ameaçado, foi investigar do que se tratava. Um tiro acidental disparado por Flávio matou uma moça que estava no veículo, o que levou a justiça a condená-lo a oito anos de reclusão por homicídio doloso e mais dois por tentativa de homicídio, conforme conta em seu livro Prisioneiro 39310, Profissão: Repórter. A empresa jornalística que Flávio servia há 31 anos o proibiu de voltar ao trabalho e reduziu seu salário. Foi então que Maurício Sirotsky, dono do Jornal Zero Hora, da Rádio Gaúcha AM e da TV Gaúcha, convidou Flávio para que, dentro da prisão, produzisse um programa semanal para a Rádio Gaúcha AM e tivesse uma coluna semanal no Jornal Zero Hora, o que foi o maior sucesso no final dos anos 70.

4

Por que você escolheu estudar Publicidade e Propaganda? Desde muito cedo, duas áreas me chamavam a atenção: Publicidade e Admi-nistração. Uma, por seu lado criativo, lúdico, inventivo; a outra, por uma questão de influência familiar, pois nossa família tinha uma rede de lojas de varejo e me parecia natural que eu seguisse por aí. Mas no fim, a empresa quebrou e eu optei pela Publicidade.

Quando era estudante, chegou a ser estagiário? Como foi a ex-periência? Inicialmente trabalhei numa empresa de re-

presentação, na área de vendas de eletrodomés-ticos. Vendi muito aspirador de pó, máquina de

fazer pão e aparelhos de som para o Zaffari, Brickell, Manlec. Depois, na representação e

numa pequena agência, como estagiário de redação. Era uma correria, pois eu estuda-

va de manhã na PUCRS, trabalhava num emprego das 12h às 16h e em outro das 16h às 20h, pegando ônibus pra cima e pra baixo e ganhando pouco. Mas quer saber? Faria tudo de novo. Estagiar é fundamental e ter sede de aprendiza-do é o segredo do sucesso.

Fale sobre a sua agência. Abri a AMA em agosto de 2007. Portan-to, a agência possui três anos e meio. Costumamos dizer que ela tem cerca de mil dias de traba-lho. Ou mil dias de amor. É no-vinha ainda. Na agência, ocupo o cargo de diretor-geral desde a saída do meu primeiro só-cio, em março de 2008, e de diretor de criação desde o início.

Qual trabalho seu em publicidade você con-sidera o melhor já fei-to? Os trabalhos de que mais me orgulho são aqueles que conse-guem tocar as pesso-

as, saindo assim do espectro exclusivo do trade publicitário. Nesse campo, destaco os trabalhos que desenvolvi para Lojas Renner, RBS, Panvel, Nacional Supermercados, entre outros.

Como é a concorrência entre as agências de publicidade no Rio Grande do Sul? Há tantos clientes quanto o número de agências existentes? Eu costumo brincar que existem mais clientes do que agências. Mas na verdade, mesmo o número de agências sendo altís-simo, existe mercado para todo mundo. Nós nos posicionamos como uma agência que briga pela qualidade e quer ser grande. Isso reduz o nosso horizonte de concorrência, mas aumenta e muito o grau de dificuldade.

Sendo vice-presidente da Associação Riograndense de Propagan-da, qual é a tua expectativa para o Festival de Publicidade de Gramado que acontece em setembro? A melhor possível. Fui um estudante que não perdia uma edição do Festival. Mais tarde, como profissional, ganhei vários galos nas premiações. Ou seja, o Festival de Gramado é para mim muito caro, muito importante. Espero que este ano seja ainda melhor e que a mudança de data favoreça a parti-cipação dos estudantes e das agências.

Você é professor de publicidade na PUCRS também. Como é a sua percepção sobre o que os alunos querem aprender hoje e o que você buscava quando era aluno? Salvo raras exceções, eu estou um pouco preocupado. Há um certo comodismo, uma superficialida-de no ar. Gostaria de ver os jovens brigando mais por um espaço, dedicando mais tempo para o aprendizado e reclamando menos. Eu tive filho aos 21 anos de idade, trabalhava em dois empregos mesmo estudando de manhã, ajudava em casa e não tinha carro. Hoje tem es-tagiário que reclama que a empresa não dá uma vaga na garagem para ele. Sinto falta de paixão.

Essa entrevista vai para a coluna ‘Quem é o cara?’. Você se acha o cara e por quê? Não me acho o cara. Sou apenas um homem de 35 anos apaixonado por comunicação e feliz de poder ganhar a vida fazendo o que mais gosta.

Ele já foi vendedor em loja de eletrodoméstico, teve dois empregos ao mesmo tempo, foi estagiário de publicidade, redator na SLM Ogilvy, Paim e Com-

petence e diretor de criação em empresas como a Mercado Publicis, D/Araújo Loducca e QG Talent. Hoje, Zeca Honorato, publicitário formado pela PUCRS em 1997, é diretor geral da Agência AMA. Conheça mais sobre sua carreira profissional:

Duas mulheres com personalidades diferentes e único objetivo em men-te: criar um site voltado inteiramente

para o público feminino. Um lugar onde elas pudessem falar, ouvir, contar, desabafar, rir ou chorar. Inicialmente, esse canal aberto foi de-senvolvido para expressar os sentimentos de Vanessa Costa Mainardi, de 35 anos e Maria Helena Rodrigues, 54, ambas formadas em Publicidade e Propaganda pela Universidade Feevale.

Em agosto de 2008, nascia o site “Preci-so Falar”.Tudo começou, quando Vanessa de-cidiu compartilhar um pouco do seu sentimen-to de ser mãe e, mostrar para o mundo, como uma mulher se sente diante da primeira gra-videz. “A ideia de criar o site surgiu quando minha sócia me emprestou um livro sobre ma-ternidade, que ilustrava mais ou menos o que eu estava passando”, lembra a publicitária. Ela conta que deu boas risadas lendo o livro e dele, surgiu a ideia de trazer o tema “mulhe-

res” para o seu Trabalho de Conclu-são de Curso da faculdade. Então, as amigas decidiram criar um site dire-cionado ao público feminino, com

assuntos que permitissem às lei-toras serem livres para vi-

ver com intensidade suas vidas pes-

soais em

qualquer lugar do planeta. “A alma do Pre-ciso Falar é o Fórum que tem no site, onde acontece essa troca de sentimentos e ideias, essa ajuda mútua”, revela.

Uma criação atrai a outra

Quando um projeto vai crescendo, a tendência é ficar cada vez mais conhecido entre as pessoas, principalmente pelo seu público, que neste caso são as mulheres. Vanessa explica que a partir do momento em que o site “Preciso Falar” começou a atrair mais olhares e parcerias, foram sur-gindo pedidos para que o espaço virtual virasse livro. Dessa maneira, as leitoras poderiam de-gustar a leitura em qualquer hora e lugar, com doses pequenas e doces de palavras. Segun-do Vanessa, esse almanaque do universo rosa traz diversas dicas de entretenimento e blogs, também conta histórias das vidas femininas, sugestões de viagens, filmes e livros “e, mais, muito mais para a mulherada se deliciar!”, ex-clama ela.

Histórias marcantes acontecem no de-correr da caminhada, onde as leitoras que costumam visitar o site não se conhecem pes-soalmente, mas criam afinidades através de suas fotos e comentários no Fórum. “Elas se entrosaram e, no dia do lançamento do livro, em Porto Alegre, resolveram se juntar na li-vraria e, até hoje continuam se encontrando”, relembra

A ideia que gerou reconhecimento

Desde sua criação, o espaço vem regis-trando cerca de 8 mil acessos diários no pais e no mundo. Fato que gerou um maior reconheci-

m e n -to e uma par-ceria com o site Clic RBS, onde hoje esta localizado o “Preciso Falar”. “É gratificante ver o quanto um projeto pode ajudar e me-lhorar a vida das pessoas”, ressalta Vanessa, emocionada. Para conhecer mais sobre esse universo cor-de-rosa, basta acessar o site: www.precisofalar.clicrbs.com.br . Lá você encontrará um espaço para deixar sua suges-tão, opinião ou elogio e ainda, se preferir po-derá adquirir o seu livro “Preciso Falar”, que sai pelo preço de R$ 49,10.

Texto DAIANA LOPES | Diagramação BRUNA FOSCARINI | Arte LUIS WEBER | Foto DIVULGAÇÃO

Vanessa Mainardi e Maria Rodrigues

Ex-alunas da Feevale criam projeto voltado para mulheres Texto e Diagramação BRUNA FOSCARINI | Foto ARQUIVO PESSOAL | Arte MARTINI DIMER

6 7

Texto e Diagramação BRUNA FOSCARINI | Arte GUSTAVO MARMITT | Foto BIANCA RAIMUNDO

Toda hora é hora de notícia

Porto Alegre, duas e trinta da tarde de segunda-feira. Entramos em um prédio enorme e subimos ao 7º andar, de lá se via o Rio Guaíba. Deparamo-nos com uma sala que comportava

além de pessoas, vários computadores e, no mínimo cinco televisões ligadas no assunto do dia: a morte de Bin Laden. Essa é a redação do portal Terra, que conta com aproxidamente 40 jornalistas na capital. Além de ter mais uma redação em São Paulo, correspondentes em todo país e surcusal em Brasília com três repórteres. Isabel Marche-zan (foto), gerente de notícias do portal, nos recebeu e contou como funciona o processo da informação até ser publicada. Do outro lado da cidade falamos com Fabiane Echel, editora do ClicRBS, que nos apresentou a agitada redação da ZH.com parte integrante do portal online que reúne todos os sites noticiosos do Grupo RBS. Confira as duas conversas e conheça o ritmo das redações online.

Conhecendo o Terra

De onde chega a notícia? Essa era a questão. Primeiro, para ter acesso ao que está acontecendo, há o monitoramento dos sites dos principais concorrentes do Brasil e de fora, escutas de rádio, pesquisa em ou-tros sites, canais de TV, jornais de outros

países prin-cipalmente pela inter-net. “Assina-mos o serviço de uma

série de agências de notícias internacionais tanto de foto quanto de texto, então muitas no-tícias chegam a nós por meio dessas agências”, explica Isabel.

Depois disso, a notícia passa por um redator e pelo menos um editor que sugere as alterações que devem ser feitas. O redator, então, apura os dados que faltam e agrega to-das as informações que se tem sobre o assunto, seja galeria de fotos, vídeos ou infográficos. Por fim, publica-se no portal e passa por outra revisão dos demais editores das áreas competentes.

A área editorial do Terra divide-se em quatro grandes subá-reas: Notícias, Diversão, Esporte, Vida e Estilo. A redação de Porto Alegre e a de São Paulo são responsáveis pelas notícias; as outras editorias estão a cargo da redação paulista. Na parte multimídia, o Terra possui o seu canal de vídeos. “Nós temos uma equipe no Terra TV que lida só com vídeo, seja de entretenimento ou noticioso. São responsáveis por organizar todos os vídeos e administrar as trans-missões”. Além disso, Isabel explica que através dessas transmis-sões ao vivo se faz escuta para produzir textos e que, quando um repórter cobre algo na rua, dentro do possível, sai com uma câmera e faz um vídeo, sendo o pessoal do Terra TV que o edita.

Ser bom é preciso

.

As redações online seguem sempre em ritmo acelerado

O Portal conta com a colaboração da ZH.com e do ClicEspor-tes, além de trabalhar junto com as rádios Gaúcha, Atlântida e com a RBSTV. Embora cada veículo seja responsável pelo seu conteúdo, o Portal tem o intuito de reuni-los visando à convergência do grupo. O dia a dia por lá segue no mesmo ritmo da web, não para nunca. No ClicRBS o processo de produção da notícia é um pouco diferente do que no Terra. Apura-se o fato, escreve-se e publica, sem neces-sariamente passar pela revisão dos editores. “Os redatores têm toda competência de apurar e publicar suas pautas”, explica Fabiane Echel editora do ClicRBS. Porém, quando o assunto é mais delicado há su-pervisão do editor. Além disso, depois de publicada a informação, começa-se a pensar se vale ou não produzir conteúdo multimídia ou especial. Exemplo disso são os infográficos, vídeos, áudios e galeria de fotos.

Fabiane explica que, assim como no Terra, os assuntos mais acessados no ClicRBS são os de diversão e entretenimento, como a vida de celebridades, TV e esportes. O número de acesso ao portal chega a 30 milhões por mês e sua página mais acessada é o Holofote, com dois milhões de cliques mensais.

O Portal gaúcho

Junto à redação de Zero Hora está o Portal do grupo RBS, o ClicRBS (foto à direita). Com 10 anos completados no último dia 21 de outubro, o Portal repaginou e reorganizou seu conteúdo facilitan-do procura por assuntos. Para chegar ao resultado final, foram feitas pesquisas com internautas sobre tendências da web.

Isabel Marchezan afirma que há muita cobrança à agilidade no repasse da informação. “A nossa meta diária para qualquer notícia é dar antes e melhor que a concorrência”. Apesar disso, às vezes é preferivel atrasar a publicação para conferir se não há nada errado. Em muitos

casos, porém, o Terra (foto à esquerda) con-segue infomar primeiro. Para isso, conta com jornalis-tas na redação 24 horas por dia, sete dias por semana. Exemplo dis-so é o caso da morte do ter-rorista Bin La-den, que acon-

teceu por volta da 23h. “Havia quatro ou cinco pessoas trabalhando pouco antes disso acontecer. Então, o pessoal que teria ido embora à meia-noite se uniu com quem faz o turno da madrugada e seguiu tra-balhando”, afirma Isabel.

Sendo um dos sites mais acessados do Brasil, com média de 25 a 27 mihões de cliques diários na capa em dias úteis e de 11 a 14 mi-lhões no final de semana, o Terra tem por regra comunicar-se com seu leitor. Por isso, ao contrário de outros sites, permite comentários em um grande número de suas matérias, apenas desabilitando em algu-mas circuntâncias. Além disso, responde a todos os emails que recebe. “Recebemos muitos e-mails com sugestões, apontando erros, pedindo mais informações. Sempre respondemos a esses e-mails”, diz Isabel.

8/9

Texto BIANCA RAIMUNDO | Diagramação BRUNA FOSCARINI | Arte GUSTAVO MARMITT | Foto DIVULGAÇÃO

O Trabalho dos Profissionais de Comunicação em Produtoras Culturais

Nem só de agências e veículos de comunicação vivem os comunicadores

A produtora Um Cultural atua há três anos em Novo Hamburgo e no Vale do Sinos, incenti-vando e produzindo peças de teatro, mostras de dança e música, exposições, edições de livros, entre outras esferas ligadas a cultura. Através da Um Cultural, importantes peças do teatro nacional e regional, como Dona Flor e Seus Dois Maridos e As Maravilhosas Vão à Praia, já passaram por diversas cidades do estado.

Daniela Ramirez é assessora de im-prensa da Um Cultural e formou-se em Jornalismo pela Universidade Feevale. Ela destaca que entre as partes boas de trabalhar com assessoria dentro de uma produtora é que o seu trabalho de jornalista é mais livre do que em outras empresas ou veículos de comunicação. “Eu faço a cobertura

UM muito de cultura na região

E se em vez de passar o dia den-tro de agências de publicidade, grandes organizações ou reda-

ções de jornal, os comunicadores pudessem trabalhar com música, arte, teatro, exposições e

shows por todo Brasil e até pelo mundo? Pois essa é a escolha de muitos profissionais da comunicação, que

trocam os tradicionais veículos de suas áreas de formação por produtoras culturais. Jornalistas, publicitários e relações públicas atuam dentro de produtoras nos mais diversos seto-res, desde assessoria de imprensa até o planejamento e pro-dução de grandes eventos. Com o Rio Grande do Sul, em especial a região metropo-litana de Porto Alegre, dentro do circuito de importantes eventos nacionais e internacionais o mercado de trabalho deste ramo abre mais espaço para os profissionais de co-municação.

dos espetáculos, tiro fotos, faço matérias. É bem mais amplo do que só produzir um release, enviar para o veículo e ter a resposta através da matéria publicada”, diz.

Além da jornalista, a produtora hamburguense conta com o estagiário de publicidade, Maurício Hilgert, estudante da Unisinos. “O mais legal de trabalhar nessa área é o contato com os profissionais do ramo de cultura, músicos, escritores, pintores. Isso é muito freqüente”, diz Maurício, que atua den-tro da Um Cultural produzindo peças gráficas, na manuten-ção das redes sociais e na produção dos eventos.

Tanto Daniela quanto Maurício demonstram preferên-cia por atuar em produtoras culturais do que em veículos de comunicação mais tradicionais. “Já trabalhei em uma agência por mais de um ano, e desde então decidi focar minha carrei-ra na cultura”, diz Maurício. “Atualmente eu não penso em trabalhar em veículos de comunicação. Minha cabeça é mais voltada para essa parte de pensar a comunicação do que exe-cutar uma tarefa rotineiramente”, conta Daniela.

Opinião na Capital

Localizada em Porto Alegre, a Opinião Produtora surgiu em 1992, dentro do Bar Opinião, fundado nove anos antes por dois estudantes universitários. Hoje ela é conhecida em todo

Brasil por produzir grandes espetácu-los e trazer ao país renomados nomes da música interna-cional, como Red Hot Chili Peppers, Kiss, Metallica, Iron Maiden, entre outras. Com um ritmo de trabalho intenso, a produ-tora conta com profissionais de comunicação

que atuam na área de assessoria de im-prensa, comunicação interna, divulgação e produção de eventos. Homero Pivotto, jor-nalista formado pela Universidade Federal de Santa Maria, é assessor de imprensa da Opinião. Ele conta que além de assessorar a produtora, em algumas situações esse trabalho é feito com os artistas também. “Acompanhamos artistas durante entrevistas que serão feitas por veículos locais. Algumas vezes tam-bém é a equipe da assessoria que agenda essas entrevistas”, explica.

Entre as características que um profissional de comu-nicação deve ter para atuar em produtoras culturais, Home-ro destaca o gosto por cultura e o bom relacionamento com as pessoas. Além disso, existem algumas vantagens que só quem está dentro da área cultural e gosta do que faz pode aproveitar. “Ser protagonista dos eventos, mesmo que de maneira discreta, ter contato com artistas que admiro e fazer parte de uma equipe bacana e capacitada também são aspec-tos que fazem o trabalho valer a pena”, diz Homero.

Cursar a graduação, adquirir experiência, buscar uma especialização. Tudo isso é muito impor-tante para quem pretende seguir uma carreira

de sucesso, seja na COMUNICAÇÃO ou não. Porém, ter fluência em um segundo idioma tornou-se tão fun-damental para os profissionais quanto os itens citados anteriormente. E quando se fala em outro idioma, a pri-meira língua em que pensamos é o inglês.

A fluência, tanto em inglês quanto em alguma outra língua, pode ser adquirida de diversas formas,

mas a maneira mais procurada é através de cursos. Há, também, quem opte por se aventurar em outras

terras e aprender o idioma em seu país de origem, seja estudando ou trabalhando. Mas o que

vale ressaltar, é que indiferente da for-ma como esse aprendizado se der, é

muito importante que os estudantes cheguem preparados ao mercado

de trabalho, que hoje já não vê o inglês como um diferencial, e sim como um requisito.

Mariana Graeff, Diretora de Contas da Dez Comunica-ção, enfatiza que o inglês, em especial para os comunicado-res, tem papel decisivo. “A gente precisa recorrer a bi-bliografias de referência em diversas línguas. A própria internet, que é uma ferra-menta de trabalho do nosso dia a dia, tem muitas coisas em inglês”, explica. A pu-blicitária ainda destaca que “quando mais se sobe na vida, mais tu ficas exposto a situações em que outro idio-ma passa ser importante”.

Assim como Ma-riana, Paola Moreira

(foto acima),

Coordenadora da área de seleção do Grupo RBS, ressalta a importância de um segundo idioma. Ela ex-plica que em seleções para cer-tas vagas, como para jornalista, além de passar por entrevista, o candidato é exposto a uma prova de inglês. “Este ano, por exemplo, estávamos buscando um repórter para a editoria de eco-nomia. Ele precisaria, muitas vezes, participar de congressos internacionais ou ler artigos em inglês. Para esta vaga era imprescin-dível ter fluência no idioma”, conta.

Além de dominar outra língua, ter vivência no exterior pesa muito no currículo. “Morar em outro país pode ser vantajoso para o candidato, não só pela fluên-cia no idioma, mas pela experiência de vida”, diz Paola.

Mariana acrescenta que outros idiomas, além do inglês, vêm ganhando espaço no mercado de trabalho. “Sabemos do crescimento do mandarim, em razão do desenvolvimento chinês, o espanhol, que é quase uma segunda língua universal, o francês, que acaba sendo uma língua bem importante por que tem um histórico muito relevante, na comunicação inclusive, e o japonês também, por razões de negócios”, afirma.

Prova de que ter domínio de um segundo idio-ma faz diferença na carreira de um comunicador é Juliana Lubianca, Assistente de Planejamento da Dez. A jovem, que fala inglês e espanhol, con-ta que o inglês tem uma importância relevante na sua vida profissional. “Nós trabalhamos com referências e tendências que nor-malmente saem primeiro em inglês, e o tempo é uma coisa crucial para a gente. Temos que estar sabendo de tudo primeiro”, diz.

eu no

MercadodeTrabalho

Vale a pena conferir!

10 11

Texto MÁRCIA ANDRADE | Diagramação BRUNA FOSCARINI | Arte MARINA KUNST e ROGER RAMIRES

Matérias, releases, diagramação, edição de vídeo e muitas outras atividades de um jornalista,

eu pude aprender na minha experiência de um ano na Agência Experimental de Comunicação (Agecom), na Universidade Feevale. Logo no segundo semestre de faculdade, foi ali que pude entrar em contato com a área e ter mais noção do que é ser um jornalista. Depois desta primeira experiência, logo de cara, ingressei na área de assessoria de imprensa na Prefeitura Municipal de Campo Bom escrevendo, em média, quatro releases em uma tarde. Para mim, que não estava acostumada com isso, foi um super desafio! No começo foi difícil, muita insegurança. Será

que o texto está bom? Será que é comprido demais? Ou está curto? Acho que dei o

foco errado! E por aí vai... Desde lá, já passei por algumas empresas e

hoje sou assessora de imprensa na Câmara de Vereadores

de Novo Hamburgo.

A cada dia, devo criar novas alternativas, sempre com o mesmo propósito: colocar em evidência, na mídia, a empresa/pessoa que represento. Abastecer redes sociais, criar materiais informativos e estar atenta às

novidades da comunicação, são outras atividades que fazem parte de minha rotina. Pela base que tive na Agecom e pelo que aprendi e ainda aprendo na faculdade, entendo que ser um comunicador é ser uma pessoa multifuncional. Manter contatos com outros comunicadores e ter pró-atividade, diariamente, também

são peças chaves para alcançar aquilo que queremos no mercado de trabalho. Enquanto faço faculdade e já atuo na área da comunicação, busco o aperfeiçoamento em cursos e palestras. Já que moda é o assunto que mais gosto, acompanho diariamente notícias e estou atenta às novidades. Meu maior objetivo profissional é trabalhar em uma revista desse segmento, e sei que para isso tenho que sempre estar atualizada e estudar o assunto.

Do you speak english?Texto BIANCA RAIMUNDO | Diagramação BRUNA FOSCARINI | Arte LUIS WEBER

O livro O olho da rua é uma leitura para aqueles que gostam de boas histórias e não temem o absurdo da realidade. E uma aula de jornalismo para quem quer se tornar repórter e acredita que a prática da profissão exige reflexão constante.

http://www.guiademidia.com.brO site Guia de Mídia dá os melhores lances históricos e atuais das áreas de relações públicas, jornalismo e publicidade e propaganda. É um guia completo que abrange desde os primeiros traços das profissões até os dias atuais, de uma forma interativa e divertida.

12 13

Bastidores

da Agecom

Campanha da Leme

O Núcleo de Publicidade e Propaganda da Agecom está realizando, para a As-

sociação dos Lesados Medulares do Rio Grande do Sul, a LEME, o pro-jeto de uma campanha de prevenção de acidentes. A campanha, que está sendo desenvolvida pelos estagiários Michel Borges, Maria Cristina Rocha e Xavier Hernando, sob orientação das professoras Rosana Vaz e Marta

Santos, será veiculada no verão de 2012, à beira-mar, já que nesse perío-do ocorrem muitas lesões medulares devido a acidentes de trânsito. As mí-dias que serão utilizadas são: redes sociais e um game, além de um Flash Mobile, abordagem na rua, brindes e flyers. O projeto vai ser analisado no senado e, se aprovado, será financia-do pelo Governo Federal.

Reformulação do Refúgio da Foca

O 1º Colóquio das Agên-cias Experimentais de Comunicação do estado

ocorreu no dia 6 de janeiro na Uni-versidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Foi nesse evento que o Núcleo de Relações Públicas (foto) da Agência Experimental de Comunicação (Agecom) da Uni-versidade Feevale e a agência da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Espaço Experiência, se propuse-ram a organizar um concurso para escolher o logotipo do colóquio, que, no próximo ano, acontecerá na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Entre as tarefas que estão sendo organizadas na Feevale, está o regulamento, a divulgação, defi-nição de jurados, recebimento dos trabalhos das agências e premiação.

A seguir, haverá a discussão desse regulamento com os pro-fessores e alunos da agência da PUCRS e, posteriormente, o enca-minhamento da proposta para as

demais agências integrantes do Co-lóquio. O Núcleo de RP da Agecom também foi responsável por fazer a pesquisa para saber o que os acadê-micos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Jogos Digitais pensam a respeito do jornal TRI. A ideia partiu da coor-denadora do Núcleo de Jornalismo, professora Donesca Calligaro, uma vez que o Jornal passou por uma reformulação editorial e gráfica no ano passado. A pesquisa foi reali-zada durante a Aula Inaugural de Comunicação e Jogos Digitais des-te semestre, quando foram respon-didos cerca de um terço dos ques-tionários. No final da tabulação, foi verificado que 73% dos acadêmi-cos pesquisados conheciam o TRI; mais de 90% se mostraram interes-sados pelos assuntos que o Jornal aborda e também que 91% gostam do seu visual. Nas respostas, os es-tudantes também deram sugestões de assuntos para as próximas edi-ções do TRI.

O blog Refúgio da Foca, que está no ar desde o segundo semestre de 2009, será re-

formulado pelo Núcleo de Jornalis-mo da Agecom. No espaço, são pos-tadas matérias em forma de texto, áudio e vídeo, realizadas pelos esta-giários da Agência Experimental. Os estudantes sentiram a necessidade da mudança do layout ainda no ano passado, entendendo que o blog pre-cisava de um formato mais jovem.

Para esse projeto, o Núcleo de Pu-blicidade e Propaganda fará a parte visual do novo Refúgio. Além dis-so, serão reorganizadas as editorias, com temas e nomes relacionados com os assuntos propostos. Exemplo disso é a editoria “na toca da foca”, na qual serão publicadas notícias so-bre a Feevale. Todos os integrantes do Núcleo serão responsáveis por este projeto, que terá como líder a aluna Bruna Foscarini.

Núcleo de RP organiza concurso e pesquisa

sobre o TRI

Nintendo 3DS, o videogame portátil mais revolucionário dos últimos tempos

Texto EDUARDO BETTIO E RUAN NASCIMENTO | Diagramação BRUNA FOSCARINI | Arte MARTINI DIMER

Nos últimos dias de março, a empresa americana Nintendo

lançou seu novo videogame portátil, o Nintendo 3DS. A novidade é que este é o pri-meiro videogame em 3D que

não tem a necessidade do uso de óculos especial para enxergar em terceira dimensão. O truque do videoga-me é a barreira paralaxe, que fica sobre a tela de cristal

líquido, fazendo um bloqueio da luz dos pixels para que os jogadores vejam ângulos diferentes da imagem,

dando a sensação de estarem jogando em três dimen-sões. O professor do curso de Jogos Digitais da Feevale,

Gerson Klein, destaca a proeza da Nintendo, lançando o 3DS. “Ao lançar o primeiro dispositivo com tela e câmera 3D, a Nintendo sai na frente da concorrência, garantindo uma base de usuários, assim como aconteceu com o Xbox 360 e o Wii”, conta. Nos EUA, o preço médio do 3DS é de 250 dólares (em torno de 400 reais).

No Brasil, pode ser adquirido em lojas de games ou pela internet, através de sites de compras. O preço varia de 850 a 1000 reais em nosso país. O professor acredita que o novo produto possa se tornar uma tendência para os fãs de jogos digitais. “O uso do 3D sem óculos, ofere-cendo a informação tridimensional em benefício do ga-meplay é uma excelente ideia e possivelmente se tornará uma tendência”, encerra.

Empresas terceirizadas criaram, para a Apple, dois aplicativos para Iphone 4, que através da câmera do aparelho

ajudam as pessoas com dificuldades visuais a viverem melhor. Os dispositivos são cha-mados respectivamente de ZoomReader e EyeReader. O primeiro, desenvolvido pela AI Squared, tem a função de ler textos em voz alta para ajudar a pessoas com dificuldades de

visão, custa U$ 20 e ocupa 279 Mega Bytes de memória. O segundo é uma criação da em-presa Netsotf, e pode aumentar em até cinco vezes o tamanho original das letras, custa 1,99 dólares. Para, Marsal Branco, professor de Publicidade e Propaganda e Jogos Digitais, “esses aplicativos são uma tendência, já que hoje as empresas são obrigadas a fabricar pro-dutos com algum tipo de acessibilidade”.

Aplicativos para pessoas que possuem dificuldades visuais

Texto EDUARDO BETTIO | Diagramação BRUNA FOSCARINI | Arte FELIPE PILGER

14 15

Texto JERÔNIMO DA PAZ | Diagramação BRUNA FOSCARINI | Arte GUSTAVO MARMITT

Leve uma criança ao supermer-

cado e peça a ela que fotografe tudo o que gosta de comer. Você vê alguma fruta nas imagens? Provavelmen-te não, mas haverá uma q u a n t i d a d e

significativa de sal-gadinhos e biscoitos.

Agora responda, qual foi a última vez que

você viu um comercial, dirigido às crianças, que

incentivasse o consumo de alimentos saudáveis,

como frutas e verduras? Não lembra? É porque não

tem.Sem uma legislação específica, a propaganda voltada para o pú-

blico infantil é veiculada nos meios de comunicação de maneira a desen-volver o impulso do consumo pelo consumo. Essa é uma das discussões da professora do curso de Comunicação Social da Universidade Feevale, Saraí Schmidt, que está realizando, juntamente com as bolsistas Vanessa Pustai e Jessica Moares, a pesquisa “A criança na mídia nossa de cada dia”. O estudo conta com apoio financeiro do Conselho Nacional de De-senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Am-paro à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS).

Um olho na propaganda e outro no pratoA mídia tem colaborado para o aumento dos índices de obesidade infantil no Brasil? Aparentemente sim

Você quer se tornar um Publicitário de sucesso, e descobriu que sua área de atuação é o planejamento? Pois o seu sucesso começa na sala de aula, com a disciplina de Planejamento Publicitário. Ministrada

pela professora Simone Rosa, da Universidade Feevale, a cadeira pertencente ao sexto semestre, é exclusivamente direcionada ao curso de Publicidade e Propaganda.

Segundo Simone, a matéria visa estimular os alunos a terem um olhar de planejador, definido por ela, como um “olhar de libélula”, ou seja, uma visão ampliada que busca

compreender a problemática do cliente, analisando o mercado e definindo caminhos. “O planejador tem a função de armar o esqueleto da produção publicitária, e acompanhar o

seu desenvolvimento”, complementa.

Para Renato Filipe Nunes, que é aluno desta disciplina, o profissional de publicidade “não pode privar-se a conhecer uma única área do processo, é preciso

expandir seus conhecimentos”, e é ai que a disciplina entra como fator importante para ter uma “visão sistemática de todo o

processo criativo”, explica.A aula é dividida em 50% prática e 50% teórica.

Segundo a professora Simone “mesmo que a prática não seja fora da sala de aula, nós trabalhamos com casos reais, e eu sempre busco trazer cases verdadeiros para que os

alunos possam planejar em cima deles. Quem assiste às aulas consegue pegar muito mais a matéria, do que quem simplesmente a lê”, observa.A aluna Tiessa Lampert, que está cursando o 6º semestre do curso de Publicidade, não pretende atuar no planejamento futuramente, porém, entende a importância da matéria dentro do curso.

A disciplina me faz pensar. O planejamento é muito importante em um processo publicitário. Se estiver errado, todo o resto do processo pode fracassar”, diz. Durante o semestre são realizadas duas avaliações. A primeira consiste em um planejamento em cima de um case, que geralmente é feito em grupo. E a segunda, trata-se de uma avaliação individual. Além é claro, das observações dos alunos em aula, bem como a participação individual de cada um.A professora ressalta que “tem alunos que gostam por si só do planejamento, que já tem em si esse olhar de planejador”, o que pode facilitar o trabalho publicitário no futuro, já que “ao mesmo tempo em que o planejamento organiza, ele gera os caminhos criativos” finaliza.

Planejamento PublicitárioQuero ser planejador. E agora?

Texto e Diagramação TAMARA KNEWITZ

A professora esclarece que a pesquisa está integrada com as ofici-nas de Mídia e Educação do projeto de extensão Nosso Bairro em Pauta. “Num dos encontros, pedimos às crianças que levassem seus brinquedos favoritos para o projeto e muitas delas levaram perfumes e maquiagem. Estamos falando de crianças de apenas 5 anos, não alfabetizadas, mas que já reconhecem palavras como Coca-Cola e Doritos, por exemplo”, diz Saraí.

Em uma pesquisa realizada em 2007 com estudantes de idades entre 9 e 18 anos, na cidade de Bento Gonçalves, a nutricionista Hosana Cimadon apurou que dos 590 entrevistados, 57,5% passavam até 5 horas por dia em frente à TV, computador ou videogame, sendo que muitas crianças apresentavam sobrepeso e davam preferência ao consumo de fast- -food. A pesquisadora não considera a TV como único agente de influência sobre as crianças. “Na internet elas acabam recebendo essas informações e isso reflete em suas escolhas”, explica. Já dados da Socie-dade Brasileira de Pediatria apontam que 15% dos brasileirinhos estão obesos, um aumento significativo, visto que, na década de 1980, esse número era de apenas 3%.

Existem projetos de lei tramitando pelo congresso para estabele-cer normas de como a publicidade de produtos infantis deve ser veicu-lada na mídia. O fato é que tudo deve partir do bom senso e haver uma interação entre os pais e a escola para que as crianças sejam orientadas da melhor forma possível, “evitando danos futuros à saúde e ensinando os pequenos a optar por alimentos saudáveis sem sofrer tanta influên-cia”, finaliza a nutricionista.