jornal reforma hoje - 3ª edição

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Jornal oje E stamos em tempos onde abundam as representações da morte de Cristo, Sua paixão e sofrimento. Entretanto, há pouco entendimento com relação ao motivo de Jesus ter padecido naquela cruz. É plenamente verdadeiro que Deus é infinito em amor, bondade e fidelidade; mas, também, é santo, e por isso, irado – sim, nosso Deus é um Deus irado. As Escrituras são incisivas em afirmar: "Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os dias. Se o homem não se converter, Deus afiará a sua espada; já tem armado o seu arco, e está aparelhado" (Sl 7.11-12). Notemos como acerca do soberano e onipotente Criador, é dito que Ele “se ira todos os dias” e “já tem armado o seu arco” – nos ensinando a temer e tremer diante de Seu poder, porquanto, a qualquer instante, segundo o bem querer de Sua vontade, pode ceifar a vida do homem. O apóstolo Paulo, escrevendo à igreja em Roma e alertando-a sobre o perigo de subverter a criação de Deus, diz sobre os que desprezam a Sua bondade: "Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus" (Rm 2.5). Posteriormente, sobre o que Deus havia feito na vida daqueles cristãos, alerta: "Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus" (Rm 11.22). Igualmente, exortou os cristãos em Éfeso: "Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência" (Ef 5.6). Precisamos compreender que Deus não é somente amor, como infelizmente se tem propagado em nossos dias. O salmista se pronunciou com ênfase: "Tu, tu és temível; e quem subsistirá à tua vista, uma vez que te irares?" (Sl 76.7). Neste prisma, acertadamente escreveu o puritano Joseph Alleine (1634-1668): “... o próprio Deus se colocará contra os pecadores; e, acreditem: 'Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo' (Hb 10.31). Não há amigo como Ele, mas não há, também, inimigo como Ele".¹ A doutrina da ira de Deus precisa ser corretamente assimilada por todos nós. É preciso pontuar, no entanto, que a ira divina é diversa da humana. Enquanto a ira do homem produz cólera e é recheada pelo pecado, a ira de Deus é santa e pura: "Justo és, ó SENHOR, e retos são os teus juízos" (Sl 119.137). Não é sem motivo que a Bíblia registra, inúmeras vezes, Deus sendo retratado como “O Senhor dos exércitos”, afinal, "do SENHOR é a guerra" (1Sm 17.47). Quando lemos que, "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si... foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (Is. 53.4-5), Ele estava, então, sofrendo a terrível e suprema ira de Deus pelos pecados de Seus filhos. Cristo não foi surpreendido pelos judeus e entregue aos romanos - Ele mesmo testifica, dizendo: "Todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes. Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas" (Mt 26.55-56). Quando o Senhor Jesus Cristo orou, "Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mt 26.39; Mc 14.36; Lc 22.42), não estava a temer a dor física, e sim, o afastamento do Pai e da íntima comunhão que possuía desde a eternidade (Jo 17.5). "Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo" (1Pe 1.16), Deus não poderia acolher Seu Filho bendito naquele momento, pois "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós" (2Co 5.21). Na bendita e rude cruz, Cristo estava sendo o alvo da ira santa e inacessível de Deus! Todavia, desta forma se deu por Sua vontade soberana, porque "... ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar" (Is 53.10). Precisamos, então, entender e louvar ao Senhor pela morte substitutiva de Seu Filho por todos aqueles a quem Ele escolheu; reconhecer que "Ele foi oprimido e afligido" (Is 53.7) e mediante a fé dada pelo Senhor (Ef 2.8), "temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5.1). A Palavra de Deus não deixa dúvidas de que só estão seguros nesta terra e na vida porvir, os redimidos por Seu sangue e abrigados à sombra da cruz, onde sofreu "o justo pelos injustos" (1Pe 3.18). Assim, na cruz, se evidencia a ira de Deus e Seu sempiterno amor: "Jesus, que nos livra da ira futura" (1Ts 1.10). Autor: Os Editores ¹http://www.gracegems.org/28/alarm_to_the_unconverted6.htm (tradução livre). "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça" (2Tm 3.16). "Deus meu, em ti confio, não me deixes confundido, nem que os meus inimigos triunfem sobre mim" (Sl 25.2). 01 2013 • 3ª Ed. distribuição gratuita reformahoje.com.br A Ira de Deus e a Morte de Cristo foi ferido por causa das nossas transgressões... http://jordache.deviantart.com/art/bible-and-crown-127759243

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Jornal Reforma Hoje - 3ª Edição

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Jornal

oje

E stamos em tempos onde abundam as representações da

morte de Cristo, Sua paixão e sofrimento. Entretanto, há

pouco entendimento com relação ao motivo de Jesus ter

padecido naquela cruz. É plenamente verdadeiro que Deus é

infinito em amor, bondade e fidelidade; mas, também, é santo, e

por isso, irado – sim, nosso Deus é um Deus irado.

As Escrituras são incisivas em afirmar: "Deus é juiz justo, um

Deus que se ira todos os dias. Se o homem não se converter,

Deus afiará a sua espada; já tem armado o seu arco, e está

aparelhado" (Sl 7.11-12). Notemos como acerca do soberano e

onipotente Criador, é dito que Ele “se ira todos os dias” e “já tem

armado o seu arco” – nos ensinando a temer e tremer diante de

Seu poder, porquanto, a qualquer instante, segundo o bem

querer de Sua vontade, pode ceifar a vida do homem.

O apóstolo Paulo, escrevendo à igreja em Roma e alertando-a

sobre o perigo de subverter a criação de Deus, diz sobre os que

desprezam a Sua bondade: "Mas, segundo a tua dureza e teu

coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da

manifestação do juízo de Deus" (Rm 2.5). Posteriormente, sobre

o que Deus havia feito na vida daqueles cristãos, alerta:

"Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus"

(Rm 11.22). Igualmente, exortou os cristãos em Éfeso:

"Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas

coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência"

(Ef 5.6).

Precisamos compreender que Deus não é somente amor, como

infelizmente se tem propagado em nossos dias. O salmista se

pronunciou com ênfase: "Tu, tu és temível; e quem subsistirá à

tua vista, uma vez que te irares?" (Sl 76.7). Neste prisma,

acertadamente escreveu o puritano Joseph Alleine (1634-1668):

“... o próprio Deus se colocará contra os pecadores; e,

acreditem: 'Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo'

(Hb 10.31). Não há amigo como Ele, mas não há, também,

inimigo como Ele".¹

A doutrina da ira de Deus precisa ser corretamente assimilada

por todos nós. É preciso pontuar, no entanto, que a ira divina é

diversa da humana. Enquanto a ira do homem produz cólera e é

recheada pelo pecado, a ira de Deus é santa e pura: "Justo és, ó

SENHOR, e retos são os teus juízos" (Sl 119.137). Não é sem

motivo que a Bíblia registra, inúmeras vezes, Deus sendo

retratado como “O Senhor dos exércitos”, afinal, "do SENHOR é

a guerra" (1Sm 17.47).

Quando lemos que, "Verdadeiramente ele tomou sobre si as

nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si... foi

ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa

das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava

sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (Is. 53.4-5),

Ele estava, então, sofrendo a terrível e suprema ira de Deus pelos

pecados de Seus filhos. Cristo não foi surpreendido pelos judeus

e entregue aos romanos - Ele mesmo testifica, dizendo: "Todos

os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não

me prendestes. Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as

escrituras dos profetas" (Mt 26.55-56).

Quando o Senhor Jesus Cristo orou, "Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mt 26.39; Mc 14.36; Lc 22.42), não estava a temer a dor física, e sim, o afastamento do Pai e da íntima comunhão que possuía desde a eternidade (Jo 17.5). "Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo" (1Pe 1.16), Deus não poderia acolher Seu Filho bendito naquele momento, pois "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós" (2Co 5.21). Na bendita e rude cruz, Cristo estava sendo o alvo da ira santa e inacessível de Deus! Todavia, desta forma se deu por Sua vontade soberana, porque "... ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar" (Is 53.10).

Precisamos, então, entender e louvar ao Senhor pela morte substitutiva de Seu Filho por todos aqueles a quem Ele escolheu; reconhecer que "Ele foi oprimido e afligido" (Is 53.7) e mediante a fé dada pelo Senhor (Ef 2.8), "temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5.1). A Palavra de Deus não deixa dúvidas de que só estão seguros nesta terra e na vida porvir, os redimidos por Seu sangue e abrigados à sombra da cruz, onde sofreu "o justo pelos injustos" (1Pe 3.18).

Assim, na cruz, se evidencia a ira de Deus e Seu sempiterno

amor: "Jesus, que nos livra da ira futura" (1Ts 1.10).

Autor: Os Editores¹ http://www.gracegems.org/28/alarm_to_the_unconverted6.htm (tradução livre).

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça" (2Tm 3.16).

"Deus meu, em ti confio, não me deixes confundido, nem que os meus inimigos triunfem sobre mim" (Sl 25.2). 01

2013 • 3ª Ed.

distribuição gratuitareformahoje.com.br

A Ira de Deus e a Morte de Cristo

foi ferido porcausa das nossas transgressões...

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Jornal

Reforma oje reformahoje.com.br • 2013 • 3ª Ed.

A questão da conveniência das representações gráficas do Salvador é uma tal que merece ser analisada. Há de se assentir

que a adoração a Cristo é central em nossa santa fé, e que o pensar a respeito do Salvador deve, em qualquer instância, ser acompanhado com a reverência que pertence a Seu culto. Nós não podemos pensar nEle sem a apreensão da majestade que Lhe é própria. Se não recebemos em nós o especial senso de sua majestade, então somos culpados de impiedade e de desonrá-lo.

Deve ser reconhecido que o único propósito que com propriedade poderia ser alcançado por uma representação pictórica é o de que ela transmitiria a nós algum pensamento ou lição que representasse à Cristo, em consonância com a verdade e capaz de promover adoração. Daí, a pergunta é inevitável: é uma representação pictórica uma forma legítima de transmitir a verdade a respeito dEle e de contribuir com a adoração que esta verdade deve evocar?

Estamos todos conscientes da influência exercida sobre a mente e o coração pelas imagens. As imagens são poderosos meios de comunicação. Como elas são sugestivas para o bem ou para o mal, e tanto o mais quando acompanhadas do comentário da palavra escrita ou falada! É inútil, portanto, negar a influência exercida sobre a mente e o coração por uma imagem de Cristo. E, se tal é legítimo, a influência exercida deveria ser uma tal que constrangesse ao culto e à adoração. Reclamar qualquer objetivo menor que este, como se servido por uma imagem do Salvador, seria contradição ao lugar que Ele deve ocupar no pensamento, afeição e honra.

O argumento para a conveniência das imagens de Cristo se baseia no fato de que Ele era verdadeiramente homem, que tinha um corpo humano, que era visível em Sua natureza humana para os sentidos físicos, e que uma imagem nos ajuda a absorver a estupenda realidade da Sua encarnação, em uma palavra, que Ele foi feito à semelhança dos homens e foi encontrado em forma de homem.

Nosso Senhor tinha um corpo verdadeiro. Ele poderia ter sido fotografado. Um retrato poderia ter sido feito dEle e, se fosse um bom retrato, teria reproduzido sua imagem.

Sem dúvida, os discípulos, nos dias de Sua carne, possuíam uma vívida imagem mental da aparência de Jesus e não poderiam deixar de ter retido esta recordação até o fim de seus dias. Eles nunca poderiam reter o pensamento nEle, pensar em como Ele peregrinou ao seu lado, sem algo daquela imagem mental e não poderiam tê-la à parte da adoração e do culto. As características em si, características das quais se lembravam, seriam parte integrante da concepção que tinham dEle, e das remiscências do que Jesus fora para eles em sua humilhação e na glória da aparência da sua ressurreição. E muito mais poderia ser dito a respeito da importância das características físicas de Jesus para os discípulos.

Ademais, Jesus também é glorificado no corpo e esse corpo é visível. E também se tornará visível para nós, na sua vinda gloriosa "aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação" (Hb 9.28).

O que, então, podemos dizer sobre as imagens de Cristo? Primeiro de tudo, é preciso dizer que não temos qualquer tipo de dados como base para fazer uma representação pictórica; não temos descrições de suas características físicas para que ao menos permitissem ao mais aperfeiçoado dos artistas fazer um retrato aproximado. Tendo em conta a profunda influência exercida por uma imagem, especialmente nas mentes dos jovens, devemos perceber o perigo envolvido em um retrato para o qual não há nenhuma garantia, um retrato que é criação da pura imaginação. Tal pode auxiliar a assinalar a tolice de perguntar: qual seria a reação de um discípulo, que realmente vira ao Senhor nos dias da sua carne, ante um retrato que seria obra da imaginação de alguém que nunca viu o Salvador? Assim facilmente podemos detectar qual seria a sua repulsa.

Nenhuma impressão que temos de Jesus deve ser criada sem a adequada informação revelatória, e cada impressão, cada pensamento, deve evocar o culto. Assim, uma vez que não possuímos dados reveladores para uma imagem ou retrato no sentido próprio do termo, estamos impedidos de fazer uma ou de usar qualquer uma que tenha sido feita.

Em segundo lugar, as imagens de Cristo são, em princípio, uma violação do segundo mandamento. Uma imagem de Cristo, se serve a algum propósito útil, deve evocar algum pensamento ou sentimento a respeito dEle e, tendo em vista o que Ele é, este pensamento ou sentimento será de adoração. Não podemos evitar de fazer da imagem um meio de adoração. Mas, uma vez que os materiais para esse meio de culto não são derivados da única revelação que possuímos a respeito de Jesus, ou seja, das Escrituras, o culto por meio de imagens é limitado a uma criação da mente humana que não tem garantia revelatória. É uma adoração baseada na vontade humana apenas. O princípio ensinado pelo segundo mandamento é que devemos adorar a Deus somente nas formas prescritas e autorizadas por Ele. É um grave pecado cultuar compelido por uma invenção humana, e é isso que uma imagem do Salvador envolve.

Em terceiro lugar, o segundo mandamento proíbe curvar-se a uma imagem ou semelhança de qualquer coisa em cima no céu, ou embaixo na terra, ou que está na água debaixo da terra. A imagem do Salvador pretende ser uma representação ou semelhança dEle que está agora no céu ou, pelo menos, de quando Ele peregrinou na terra. É claramente proibido, portanto, prostrar-se diante de tal representação ou semelhança. Isso expõe a iniquidade envolvida na prática de expor representações pictóricas do Salvador em locais de culto. Quando adoramos ante uma imagem de Nosso Senhor, quer seja sob a forma de um mural, ou em tela, ou em vitrais, estamos fazendo o que o segundo mandamento proíbe expressamente. O que se torna ainda mais evidente se tivermos em mente que a única razão pela qual uma imagem deveria ser exibida em um lugar é a suposição de que ela contribuiria para a adoração daquele que é o nosso Senhor. Esta prática só demonstra como é fácil tornar-se insensível aos mandamentos de Deus e às incursões da idolatria. Que a Igreja de Cristo esteja desperta para os expedientes enganosos pelos quais o arqui-inimigo sempre tenta corromper a adoração do Salvador.

Em resumo, o que está em jogo nessa questão é o único lugar que Jesus Cristo como o Deus-homem ocupa em nossa fé e no culto que prestamos; e o lugar único que a Escritura ocupa como a única revelação, o único meio de comunicação, a respeito daquele a quem adoramos como Senhor e Salvador. A Palavra encarnada e a Palavra escrita são correlativos. Não ousemos usar outros meios de impressão ou de sentimento, mas os da Sua instituição e prescrição somente. Cada pensamento e impressão dEle deve evocar adoração. Nós O adoramos com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus. Usar uma imagem de Cristo como um auxílio para o culto é proibido pelo segundo mandamento, tanto quanto isto é proibido em relação ao Pai e ao Espírito.

Autor: John Murray (1898-1975).Fonte: Pictures of Christ - Rev. John Murray - Reprinted from Reformed Herald, vol. 16, no. 9 (February 1961), and from The Presbyterian Reformed Magazine, vol. 7, no. 4 (Winter 1993).

02"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8).

Podemos Fazer Imagens de Cristo?

IMAGEM NÃODISPONÍVEL

Jornal

Reforma oje reformahoje.com.br • 2013 • 3ª Ed.

A Malignidadedo Pecado

03"Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis" (Lc 13.3).

ual é o lugar da oração em sua vida? Que proeminência tem ela em Q nossas vidas? É uma pergunta que eu dirijo a todos. É necessário

que ela atinja tanto o homem que é bem versado nas Escrituras e que tem

um bom conhecimento de doutrina e teologia, quanto a qualquer outro.

Que lugar a oração ocupa em nossas vidas e quão essencial ela é para

nós? Será que temos percebido que sem ela desfalecemos?

Nossa condição definitiva como cristãos é testada pelo caráter da nossa

vida de oração. Isso é mais importante que o conhecimento e o

entendimento... : a oração. O teste definitivo da minha compreensão do

ensino bíblico é a quantidade de tempo que eu gasto em oração. Como a

teologia é, no final das contas, conhecimento de Deus, quanto mais

teologia eu conheço, mais ela deveria me guiar na busca desse

conhecimento. Não se trata de conhecer sobre Ele, mas de conhecê-lO.

O objetivo inteiro da salvação é me trazer a um conhecimento de Deus. Eu

posso aqui falar de uma maneira acadêmica sobre regeneração, mas o

que é, afinal, a vida eterna? É que eles possam conhecer a Ti, o único

Deus verdadeiro e a Jesus Cristo a quem enviaste. Se todo o meu

conhecimento não me conduz à oração, certamente há algo de errado em

algum lugar. Espera-se que ele faça exatamente isso. O valor do

conhecimento é que ele me dá uma tal compreensão do valor da oração,

que eu passo a dedicar tempo a ela e a me deleitar com ela. Se meu

conhecimento não produzir esses resultados em minha vida, há algo de

errado e espúrio nele, ou então devo estar lidando com este conhecimento

de uma maneira completamente equivocada. Por: Martyn Lloyd Jones (1899-1981).Fonte: http://www.bomcaminho.com/mlj002.htm

e a morte de Cristo foi aquilo que satisfez a S Deus em favor de nossos pecados, existe

uma infinita malignidade no pecado, visto que ele

não pôde ser expiado de outro modo, senão por

meio de uma satisfação infinita. Os tolos zombam

do pecado, e existem poucas pessoas no mundo

que se mostram verdadeiramente sensíveis a

respeito de sua malignidade. No entanto, é certo

que, se Deus exigisse de você a penalidade

completa, os sofrimentos eternos não seriam

capazes de expiar a malignidade que se encontra

em um só pensamento pecaminoso. Talvez você

pense que é muito severo o fato de que Deus

sujeitaria as suas criaturas aos sofrimentos

eternos por causa do pecado e nunca mais ficaria

satisfeito com elas.

Quando, porém, você considerar bem a verdade

de que o Ser contra o qual você peca é o Deus

infinitamente bendito e meditar em como Ele agiu

em relação aos anjos que caíram, você mudará de

ideia. Oh! Que malignidade profunda existe no

pecado! Se você deseja entender quão grave e

horrível é o pecado, avalie seus próprios

pensamentos, quer à luz da infinita santidade e

excelência de Deus, que é ofendido pelo pecado;

quer à luz dos sofrimentos de Cristo, que morreu

para oferecer satisfação pelo pecado. Então, você

obterá compreensões profundas a respeito da

gravidade do pecado.

Se a morte de Cristo satisfez a Deus e,

conseqüentemente, nos redimiu da maldição do

pecado, a redenção de nossa alma é caríssima. As

almas são preciosas e muito valiosas diante de

Deus. “Sabendo que não foi mediante coisas

corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes

resgatados do vosso fútil procedimento que

vossos pais vos legaram, mas pelo precioso

sangue, como de cordeiro sem defeito e sem

mácula, o sangue de Cristo” (1Pe 1.18-19).

Somente o sangue de Deus é um equivalente para

a redenção de nossa alma. Ouro e prata podem

redimir-nos da servidão humana, mas não podem

livrar-nos da prisão do inferno. Toda a criação não

vale a redenção de uma única alma. As almas são

muito preciosas; Aquele que pagou o preço da

redenção delas pensou nisso. Mas os pecadores

vendem por um valor muito baixo as suas próprias

almas. Se a morte de Cristo satisfez a Deus no que

diz respeito aos nossos pecados, quão

incomparável é o amor de Deus para com pobres

pecadores! Se Cristo, por meio de sua morte,

consumou uma plena satisfação pelo pecado,

Deus pode perdoar com segurança o maior dos

pecadores que crer em Jesus.

Por: John Flavel (1628-1691).Fonte: http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=88

Como está sua vida de oração?

eus tem designado um trabalho mais nobre para a mulher do que D meramente fazer um paralelo com as atividades dos homens. Não

existe pessoa mais digna de lástima do que uma mulher que tem tido

sucesso nos negócios, mas cuja família está caindo aos pedaços... Alguns

pensarão que este é um apelo emocional para colocar mais uma vez as

mulheres em desvantagem. Nesse caso é uma convicção de que muitas

mulheres tem abandonado sua mais alta dignidade e esperança por coisas

menores.

O que está envolvido na maternidade? Após as dores de parto trazerem os

filhos a este mundo, vêm os anos de dores. É tarefa e privilégio de uma

mãe, supervisionar o forjamento de uma personalidade em seus filhos e

filhas. Para isto ela deve imprimir um ritmo na casa que edifique um caráter

forte. É sua responsabilidade tomar os grandes princípios cristãos e aplicá-

los de maneira prática nas atividades do dia a dia fazendo isto de maneira

simples e natural... Ela está edificando homens e mulheres para Deus...

Se uma mãe espiritual tiver que ser bem sucedida nesta tarefa, ela deve ser

uma mulher cheia de fé, amor e santidade. Estas qualidades de vida não

devem ser ocasionais, mas consistentes (1Tm 2.15). Não é de se admirar

que as mulheres rejeitem esta tarefa, preferindo as posições de governo, o

império materialista ou escritório agitado. Não existe trabalho que exija mais

no mundo inteiro, nenhuma descrição de trabalho mais tremendamente

inspiradora, do que criar uma divina semente! Isto desafiará todo o gênio,

talento, e graça que qualquer ser humano possa ter.Por: Walter J. ChantryFonte: A Sublime Vocação Da Maternidade, Ed. Os Puritanos, págs. 10-12.

A Sublime VocaçãoDa Maternidade

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Reforma oje reformahoje.com.br • 2013 • 3ª Ed.

m mal está no declarado campo do Senhor, tão U grosseiro em seu descaramento, que até o mais míope dificilmente deixaria de notá-lo durante os últimos anos. Ele se tem desenvolvido em um ritmo anormal, mesmo para o mal. Ele tem agido como fermento até que toda a massa levede. O demônio raramente fez algo tão engenhoso quanto sugerir à Igreja que parte de sua missão é prover entretenimento para as pessoas, com vistas a ganhá-las.

Da pregação em alta voz, como faziam os Puritanos, a Igreja gradualmente baixou o tom de seu testemunho, e então tolerou e desculpou as frivolidades da época. Em seguida ela as tolerou dentro de suas fronteiras. Agora as adotou sob o argumento de atingir as massas.

Meu primeiro argumento é que prover entretenimento para as pessoas não está dito em parte nenhuma das Escrituras como sendo uma função da Igreja. Se este é um trabalho Cristão, porque Cristo não falou dele? "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15). Isto está suficientemente claro. Assim teria sido se Ele tivesse adicionado "e proporcionem divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho". Nenhuma destas palavras, contudo, são encontradas. Não parecem ter-lhe ocorrido.

Então novamente, "E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores... para a obra do ministério"(Ef 4.11-12). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia no que diz respeito a eles. Foram os profetas perseguidos porque d iver t i ram o povo ou porque o rejeitaram? Em concerto musical não há lista de mártires.

Além disto, prover divertimento está em direto antagonismo com o ensino e a vida de Cristo e de todos os seus apóstolos. Qual foi a atitude da Igreja quanto ao mundo? "Vós sois o sal" (Mt 5.13), não o doce açucarado - algo que o mundo irá cuspir e não engolir. Curta e severa foi a expressão: "deixa os mortos sepultar os seus mortos" (Mt 8.22). Ele foi de uma tremenda seriedade.

Se Cristo introduzisse mais brilho e elementos agradáveis em Sua missão, ele teria sido mais popular quando O abandonaram por causa da natureza inquiridora de Seus ensinos. Eu não O ouvi dizer: "Corra atrás destas pessoas, Pedro, e diga-lhes que nós teremos um estilo diferente de culto amanhã, um pouco mais curto e atraente, com pouca

pregação. Nós teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que certamente se agradarão. Seja rápido Pedro, nós devemos ganhar estas pessoas de qualquer forma." Jesus se compadeceu dos pecadores, suspirou e chorou por eles, mas nunca procurou entretê-los.

Em vão serão examinadas as Epístolas para se encontrar qualquer traço deste evangelho de entretenimento! A mensagem de las é : "Sa ia , a fas te-se, mantenha-se afastado!" É patente a ausência de qualquer coisa que se aproxime de uma br incadeira. Eles t inham i l imitada confiança no evangelho e não empregavam outra arma.

Após Pedro e João terem sido presos por pregar o evangelho, a Igreja teve uma reunião de oração, mas eles não oraram: "Senhor conceda aos teus servos que através de um uso inteligente e perspicaz de inocente recreação possamos mostrar a estas pessoas quão fel izes nós somos." Se não cessaram de pregar a Cristo, não tiveram tempo para arranjar entretenimentos. Dispersos pela persegu ição , fo ram por todos lugares p regando o evangelho. Eles colocaram o mundo de cabeça para baixo (At 17.6). Esta é a única diferença! Senhor, limpe a Igreja de toda podridão e refugo que o diabo lhe tem imposto, e traga-nos de volta aos métodos apostólicos.

Finalmente, a missão de entretenimento falha em realizar os fins desejados. Ela produz destruição entre os novos convertidos. Permita que os negligentes e escarnecedores, que agradecem a Deus pela Igreja os terem encontrado no meio do caminho, falem e testifiquem. Permita que os oprimidos que encontraram paz através de um concerto musical não silenciem! Permita que o bêbado para quem o entretenimento dramático foi um elo no processo de conversão, se levante! Ninguém irá responder. A missão de entretenimento não produz convertidos. A necessidade imediata para o ministério dos dias de hoje é crer na sabedoria combinada à verdadeira espiritualidade, uma brotando da outra como os frutos da raiz. A necessidade é de doutrina bíblica, de tal forma entendida e sentida, que coloque os homens em fogo.

Por: Archibald G. Brown (1844-1922).*Este texto é frequentemente atribuído a Charles H. Spurgeon, mas segundo pesquisas, embora tenha sido publicado em sua revista "The Sword and the Trowel", o texto parece mesmo ser de autoria de Archibald, um de seus alunos na escola teológica. A citação acima é parte de um artigo chamado "The Devil's Mission of Amusement".

Apascentando Ovelhasou Entretendo Bodes?

"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam" (Mt 16.9).

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