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CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM DE 03 a 06/11/08 JornalABEn Uma Publicação da Associação Brasileira de Enfermagem Jornal da Associação Brasileira de Enfermagem Ano 50 - N° 03 Jul/Ago/Set de 2008 Brasília/DF/Brasil IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO Nº 9912152106 ECT/DR/DF ABEn - Assoc. Bras. de Enf. ACF CONIC - STO: 10900586 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ABEn apóia campanha para controle da doença. Novos pactos entre Educação e Saúde em prol da Formação dos Profissionais de Enfermagem. Pág. 07 BEM-VINDOS AO 60º REBEn Hanseníase Edição Temática Especial Lançamento no 60° CBEn Uma parceria entre ABEn e Ministério da Saúde Adquira seu exemplar! 11º SENADEn em Belém Hanseníase no Brasil Graduação: ABEn reinvidica 4 mil horas Entrevista: Telia Negrão e a Rede Feminista Aconteceu na Enfermagem: Saiba o que piolho tem a ver com depressão Pág. 08 Pág. 03 Lucas Pág. 03

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CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM

DE 03 a 06/11/08

JornalABEnUma Publicação da Associação Brasileira de Enfermagem

Jornal da Associação Brasileira de Enfermagem Ano 50 - N° 03 Jul/Ago/Set de 2008Brasília/DF/Brasil

IMPRESSO ESPECIAL

CONTRATO Nº 9912152106

ECT/DR/DF

ABEn - Assoc. Bras. de Enf.

ACF CONIC - STO:

10900586

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ABEn apóia campanha para controle da doença.

Novos pactos entre Educação e Saúde em prol da Formação

dos Profissionais de Enfermagem.

Pág. 07

BEM-VINDOS AOBEM-VINDOS AO

60º 60º REBEnHanseníaseEdição Temática Especial

Lançamento no 60° CBEn

Uma parceria entre ABEne Ministério da Saúde

Adquira seu exemplar!

11º SENADEnem Belém

Hanseníase no Brasil

Graduação:ABEn reinvidica

4 mil horas

Entrevista:Telia Negrão

e a Rede Feminista

Aconteceu na Enfermagem:Saiba o que piolho tem a ver com depressão

Pág. 08 Pág. 03

Lucas

Pág. 03

JornalABEnUma Publicação da Associação Brasileira de Enfermagem

02

Maria Goretti David Lopes - Presidente

Maria Salete Silva Pontieri Nascimento -

Vice-presidente

Maria Madalena Januário Leite -

Diretora de Educação

Simone Aparecida Peruzzo -

Secretária Geral

Maria José Moraes Antunes -

Diretora de Assuntos Profissionais

Telma Ribeiro Garcia -

Primeira Secretária

Rosalina Aratani Sudo -

Diretora Científico-Cultural

Maria Goreti Lima -

Primeira Tesoureira

Regina Coeli Nascimento de Souza -

Segunda Tesoureira

Jussara Gue Martini - Diretora de

Publicação e Comunicação Social

Ivone Evangelista Cabral -

Diretora do CEPEn

Maria José Fernandes Torres -

Conselheira Fiscal

Nilton Vieira do Amaral -

Conselheiro Fiscal

Ângela Maria Alvarez -

Conselheira Fiscal

ABEn Nacional:

SGAN 603, Conjunto "B"

Brasilia/DF - Brasil - CEP - 70830-030

Fone: (61) 3226.0653 - FAX: 3226.0653

Sugestões de pauta, anúncios e

observações:

[email protected]

Tiragem: 5.000 exemplares

Jornalista Resp.: Rafael Gue Martini

MTB/SC 02551JP

Criação e Diagramação: Laymark

Propaganda - Fone (48) 3338.2404

E D I T O R I A L

PODER: ENFERMAGEM E CIDADANIA

Expediente Jornal 03/2008Diretoria ABEn 2007 – 2010

Hoje, somos mais de um milhão de trabalhadores de enfermagem, contingen-

te bastante expressivo não só numericamente, mas

pela presença constante nos diversos espaços onde

se dá o cuidado de enfermagem. Assim, o Cuidado

de Enfermagem se reveste de poder, ora para a

opressão ora para promoção da cidadania. Estas contradições revelam disputas de

poderes que perpassam a assistência, a gestão, a educação e a pesquisa - espaços em

que a Enfermagem atua.

No 60º Congresso Brasileiro de Enfermagem temos que potencializar as

oportunidades de ampliação do horizonte da categoria – aproveitando que nosso evento

acontece na “Terra da Liberdade”, em torno da compreensão da Enfermagem como

uma prática social, co-partícipe na construção da cidadania.

No momento em que se busca consolidar o processo democrático no Brasil, a

Enfermagem, como parte do trabalho coletivo de

saúde, se sente na responsabilidade de aprofundar as

discussões em torno do cuidado. A saúde acompanha a

ampliação dos espaços de cidadania como um direito,

onde a autonomia do usuário e do trabalhador de Enfermagem tem que ser analisada de

forma a possibilitar a conquista da qualidade de vida para ambos. Portanto, discutir o

tema “Espaços de Cuidado, Espaços de Poder” significa aprofundar a reflexão sobre o

Cuidado de Enfermagem, buscando compreender as relações de poder entre os

diferentes segmentos sociais e profissionais. Ao mesmo tempo, dar luz à Enfermagem

na promoção da cidadania ao vislumbrar o valor do cuidado na construção de uma

sociedade mais solidária, justa e democrática.

gradeço o exemplar do jornal da ABEn (edição abril a junho de 2008). Apreciei

os artigos publicados principalmente “Aconteceu na Enfermagem”, que me fez recordar

os ensinamentos da Escola de Enfermagem Ana Nery – 1946/1949, infelizmente esqueci-

dos nesta década, onde o enfermeiro especialista, Mestre, Doutor, está esquecendo do

“Cuidar”, não chega perto do paciente e o profissional é desconhecido. Fato que

aconteceu comigo como paciente na UTI em 1997 no Rio de Janeiro e 2007 em São Paulo.

Nunca vi o enfermeiro perto de mim quando internada nos melhores hospitais.

Outros artigos que me chamaram atenção: “ABEn na defesa da qualidade do

ensino em enfermagem”; Educação, Graduação e o projeto que quer reduzir a carga

horária para 3200 horas; O mais expressivo “Em busca do Entendimento entre ABEn e

COFEN” que, desde a criação do COFEN Lei 5905 de 12 de outubro de 1973 está necessi-

tando de uma revisão nos seus artigos, com interpretações pelas diretorias anteriores

confusas, modificações sem expressão para o desenvolvimento profissional.

Parabenizo esta diretoria e continuem defendendo a

ABEn como um Órgão de Classe, com as mesmas características

iniciais de harmonia, solidez e preceitos profissionais insuperáveis.

Enfª Maria da Graça S. Corte ImperialEx-presidente da ABEn Nacional (1974 a 1976)

1ª Diretoria do COFEN - Atual colaboradora do COREN-SP.

Somos mais de um milhão de trabalhadores

de enfermagem

Diretoria ABEn Nacional

AA

Associação Brasileira de Enfermagem

C A R T A S

Envie sua carta, sua opinião é importante para nós:

[email protected]

Se for selecionada pelo Conselho Editorial, será editada e publicada neste espaço.

Participe!

O Cuidado de Enfermagem se reveste

de poder

Entre os dias 13 e 15 de agosto a presi-

dente em exercício da ABEn

Nacional, Maria Salete Silva P.

Nascimento, participou do 11ª Seminário

Nacional de Diretrizes para Educação em

Enfermagem (SENADEn) em Belém do Pará.

O tema do evento foi “Novos Pactos entre

educação e saúde em prol da qualidade da

formação dos profissionais de enferma-

gem”.

O tema da qualidade da educação é

tópico de interesse e ocupa hoje o centro do

debate educacional em nosso país. Novos

desafios da sociedade exigem

novas respostas das instituições educaciona-

is. A ABEn, sensível a tais discussões, reco-

nhece a necessidade de

mudanças no processo de

formação e na relação

estabelecida entre o pro-

fissional da enfermagem

e a sociedade.

O 11ª SENADEn trouxe em debate as

políticas articuladoras entre educação e saú-

de. A temática estimulou a discussão sobre

as necessidades de mudanças, que deverão

ser pensadas e construídas pelos diversos

atores que compõem o sistema educacional

e de saúde, a instituição formadora e o con-

trole social. A construção

de um saber na perspecti-

va da integralidade

demonstra o compromis-

so ético da ABEn com a

saúde da coletividade e o

cuidar com autonomia.

O desafio é melhorar a atenção e,

ao mesmo tempo, buscar soluções para os

problemas da área da saúde.

11º SENADEn Belém/Pará

Maria Salete na abertura do SENADEn

Novos desafios da sociedade exigem novas respostas das instituições educacionais.

A qualidade da educação

ocupa hoje o centro do

debate educacional em

nosso país.

D E S TA Q U E D A A G E N D A D A P R E S I D E N T E

03

Associação Brasileira de Enfermagem

AAssociação Brasileira de Enfermagem

(ABEn) e a Federação Nacional de

Enfermeiros (FNE) entregaram ao

Conselho Nacional de Educação (CNE) e ao

Ministério da Educação e Cultura (MEC) uma

carta reivindicando carga horária mínima de

4.000 horas para os cursos de Graduação em

Enfermagem no Brasil. O documento foi proto-

colado no dia 1° de agosto e endereçado ao

Ministro Fernando Haddad e ao Presidente do

CNE, Edson de Oliveira Nunes.

Os dois órgãos representativos da

Enfermagem acreditam que este é o tempo

mínimo para desenvolver e implantar um pro-

jeto político-pedagógico integrado de ensino,

pesquisa e extensão. As 4 mil horas represen-

tam o tempo justo para se promover a aprendi-

zagem significativa, capaz de produzir subje-

tividades e competências para lidar com a com-

plexidade das necessidades e problemas de

saúde dos diferentes grupos sociais.

Aguardamos o atendimento, por

parte do MEC e do CNE, da reivindicação da

ABEn e da FNE por expressar as intenções do

coletivo de Enfermagem, e seguir as recomen-

dações da 12a Conferência Nacional de Saúde.

Carta reivindicando 4 mil horas para a Graduação foi entregue ao CNE e MEC

uns litros de leite, lá ia ele para a comunida-

de, cumprir a hercúlea tarefa de provar ser

um erro considerar “perigosa” a mistura

daquelas frutas com leite. Manga, em espe-

cial, “um veneno”! “Vamos lá, minha gen-

te... Eu garanto que não faz mal. Querem

ver? Vou tomar um copo e não vai acontecer

nada comigo...” Tomou o primeiro, o segun-

do, e muitos mais; aumentou alguns quilos e

não convenceu ninguém. Suspendeu o pro-

pósito. Uma sábia decisão.

Mais recentemente, por ocasião do

9º SINADEn, realizado em maio deste ano,

em Porto Alegre, soube que uma enfermeira,

trabalhando numa comunidade indígena,

detectou que os índios estavam infestados

por piolhos. Concentrou, então, seus esfor-

ços profissionais para debelar aquela “pra-

ga”, indicativa de falta de higiene. Uma

coisa inadmissível! Conseguiu. A pediculose

foi debelada. Entretanto, pouco tempo depo-

is, a tribo inteira entrou em um quadro

depressivo. O que teria acontecido? Ao eli-

minar, a pediculose, eliminou-se, embora

não intencionalmente, a atividade dos índi-

os de mexer na cabeça uns dos outros, “ca-

tando piolhos”, momento de lazer e

demonstração de afeto, zelo e cuidado

mútuo...

Esses dois exemplos de experiênci-

as “não tão bem sucedidas” vêm a propósito

de demonstrar que, muito longe do estereó-

tipo, nós, profissionais da Enfermagem, não

somos nem anjos, nem semideuses, mas gen-

te. Como tal, sujeitos a enganos, descuida-

dos, desatenções, muito embora atuando

com Responsabilidade Social...

A prática Social da Enfermagem

tir determinados códigos culturais da clien-

tela é, por vezes, um desafio, se não uma

armadilha para nossos próprios valores e

crenças.

No Brasil, por exemplo, algumas

comunidades respeitam, por tradição ou cos-

tume, tabus alimentares que contrariam o

saber profissional. Não seria instigante fazer

com que se compreenda o engano da crença

nesses tabus? Foi o que decidiu fazer um cole-

ga com quem trabalhei no Acre, nos idos de

1980. Munido de um liquidificador, algumas

frutas (manga, abacaxi, cajá, pinha, etc) e

Aenfermagem é uma prática social;

seus agentes desempenham as ativi-

dades de sua alçada com responsabi-

lidade social, conceito aqui entendido, para

além do Código de Deontologia, como atitu-

des éticas e sociais de respeito à imagem da

profissão, aos pares e à clientela. Durante os

anos de formação, aprende-se que o indiví-

duo, a família e a comunidade devem ser cui-

dados em sua totalidade, incluindo os aspec-

tos culturais. Entretanto, no exercício pro-

fissional conseguimos corresponder sempre

a esses princípios? Não creio. Atentar e admi

Por Telma Ribeiro Garcia

A carta pode ser lida no site da ABEn:

www.abennacional.org.br

Link: www.abennacional.org.br/index.php?path=72

Telma é Profª adjunto IV da UFPB, Pesquisadora CNPq

e Primeira Secretária da ABEn Nacional.

ABEn e FNE apóiam ensino de qualidade

Munido de um

liquidificador,

frutas e leite, lá ia

ele provar ser um

erro considerar

“perigosa” a

mistura daquelas

frutas com leite.

Aconteceu na Enfermagem

Numa comunidade indígena,

detectou-se, que os índios

estavam infestados por piolhos...

Conte-nos sua história

Por e-mail: [email protected]

Se você é enfermeira(o), técnico, auxiliar de enfermagem ou estudante e já viveu uma história profissional extraordinária, emocionante ou engraçada, escreva e en-vie pra nós. O texto deve ter no máximo 2 páginas. Sua história pode ser escolhida pa-ra o próximo Aconteceu na Enfermagem.

ou Carta: ABEn - SGAN 603, Conjunto "B" Brasília/DF - CEP - 70830-030

Participe!

04

JornalABEnUma Publicação da Associação Brasileira de Enfermagem

ABEn apóia Campanha do Ministério da Saúde

Controle da Hanseníase

Jornal ABEN: Qual a atual situação da

Hanseníase no Brasil?

Danusa: A Hanseníase hoje no Brasil apresen-

ta uma tendência de estabilização dos coefi-

cientes de detecção no Brasil, entretanto em

patamares elevados, particularmente nas

regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.

Essas regiões concentram 53,5% dos casos

detectados em apenas 17,5% da população

brasileira. As desigualdades regionais e os

determinantes sociais e culturais do proces

so saúde-doença têm contribuído ao longo

dos anos com o desenho da Hanseníase no

país. Regiões empobrecidas, dificuldades de

acesso à saúde, desinformação sobre a doen-

ça, estigma e preconceito com os doentes

ainda é um quadro da hanseníase. Vale

destacar, entretanto, que a implantação do

esquema de tratamento poliquimioterápico

no Brasil, nas duas últimas décadas, contri-

buiu com a desaceleração de novos casos, e

hoje com a mudança do indicador de preva-

lência pontual para o de detecção de novos

casos permite que as ações de controle e pre-

venção tenham um novo olhar no campo da

saúde pública e da promoção à saúde.

Ampliar a rede de atenção à saúde e

preparar os profissionais de saúde para um

atendimento qualificado e humanizado é um

dos desafios para alcançarmos um melhor

controle e prevenção da hanseníase no país.

O momento é oportuno para unirmos esfor-

ços dos diversos setores da sociedade civil,

das representações das categorias da saúde,

dos gestores nos três níveis do SUS dos parce-

iros governamentais e internacionais na

busca efetiva da otimização das ações de con-

trole e prevenção da hanseníase no Brasil.

Jornal ABEN:

Os desafios são vários, mas destaca-

ria alguns que, de forma articulada e inte-

grada, podem contribuir para uma resposta

Quais os desafios para a rede

de atenção à saúde no controle à hansenía-

se?

Danusa:

mais efetiva ao controle e prevenção da han-

seníase, particularmente na dimensão do

setor saúde.

Compreendendo que a hanseníase

é uma doença que tem fatores e determi-

nantes sociais e culturais, sua prevenção e

controle necessitam de ações intersetoriais,

tanto para a prevenção quanto para a assis-

tência aos pacientes com hanseníase, por-

tanto um dos desafios é a articulação inter-

setorial. O desenvolvimento de ações que

contemplem aspectos da melhoria da quali-

dade de vida das pessoas, desde o acesso às

políticas públicas de saúde, educação e

assistência social até a geração de empregos

que considere as limitações decorrentes das

seqüelas do adoecimento.

Outro desafio é a articulação entre

as ações de prevenção e assistência à saúde,

desde ações educativas de prevenção até a

reabilitação das pessoas com hanseníase na

perspectiva da integralidade e da humaniza-

ção da atenção na rede de saúde. E para

tanto é necessário investir na capacitação

dos profissionais de saúde de forma interdis-

ciplinar, no fortalecimento da gestão des-

centralizada e integrada, e no empodera-

mento dos usuários no seu papel de controle

AABEn participa do

Programa de controle da

Hanseníase no país,

através da edição de um número

especial da Revista Brasileira de

Enfermagem. A enfermeira

Danusa Fernandes Benjamim,

coordenadora adjunta do Progra-

ma Nacional de Controle da

Hanseníase (do Ministério da

Saúde), nos fala sobre a situação

da Hanseníase hoje e as propos-

tas do programa.

Ampliar a rede de atenção

à saúde e preparar os profissio-

nais de saúde para um atendi-

mento qualificado e humanizado

é um dos desafios para alcançar-

mos um melhor controle e

prevenção da hanseníase no país.

Danusa Fernandes Benjamim

Coordenadora adjunta do Programa Nacional de Controle da Hanseníase

Atualização para técnicos em enfermagem Parceria entre ABEn e Artmed lança novo curso a distância

Os profissionais da enfermagem

terão uma nova ferramenta para acompa-

nhar as constantes mudanças nas ciências e

atualizar seus conhecimentos. O Sistema de

Educação em Saúde Continuada a Distância

(SESCAD), com a experiência da Artmed /Pa-

namericana Editora, oferece o Programa de

Atualização para Técnicos em Enfermagem

(PROTENF), sistema de atualização que

garante acesso ao conteúdo das pesquisas

mais recentes da área. O material exclusivo

é chancelado e oficializado pela Associação

Brasileira de Enfermagem (ABEn) que, além

de colaborar com a atualização, emite certi-

ficados que somam pontos para a carreira

profissional. O PROTENF tem como coorde-

nadora geral Maria Madalena Januário Leite

e como diretoras acadêmicas Ana Lucia

Jezuino da Costa e Dora Lúcia de Oliveira.

Não há pré-requisitos para realizar a inscri-

ção no PROTENF e não há

data nem local específico

para iniciar o ciclo, dei-

xando o participante livre

da sala de aula ou de alte-

rações na sua rotina de

trabalho. Todo o material de aprendizagem

é submetido a processamento pedagógico e

processo editorial especiais e, em caso de

dúvidas, é possível consultar diretores aca-

O Ciclo 1 do PROTENF contempla:

aleitamento materno; atuação dos técnicos

em enfermagem frente a situações de vio-

lência; cenário de atuação do técnico em

enfermagem; cuidado de enfermagem na

prevenção e tratamento

da úlcera de pressão; cui-

dado humanizado em saú-

de; cuidados de enferma-

gem a pessoas com dor;

cuidados do técnico em

enfermagem ao paciente renal no hospital e

no domicilio; cuidados no pré-natal: preven-

ção de riscos; doenças crônicas: hiperten-

são, diabetes (hiperdia); ética e bioética no

magem; medidas de precaução no controle

da infecção hospitalar; os reflexos da violên-

cia urbana no processo de trabalho das emer-

gências públicas; perfil e competências do

técnico em enfermagem; SUS: princípios e

aplicabilidade; trabalho com adolescentes:

o que existe de diferente; e vigilância e saú-

de: doenças endêmicas.

“A ABEn, ao lançar em parceria com

a Artmed/Panamericana Editora o PROTENF,

cumpre com o compromisso de dar continui-

dade a projetos e estratégias para que o

lugar do Técnico de Enfermagem (TE), na

equipe de saúde/enfermagem, venha ser

redirecionado, reconhecido e valorizado”,

assegura Maria Goretti David Lopes, presi-

dente da ABEn.

social e de participação no cuidado.

Por fim, destacaria que para

mudança do cenário nacional sobre a hanse-

níase é preciso um processo de mobilização

social que envolva ações de comunicação e

educação, que vão desde a desconstrução de

estigma e preconceito na sociedade em par-

ceria com organizações não governamentais

e a mídia que representem um compromisso

com a mudança de paradigma.

A ABEn, ao lançar o PROTENF, cumpre com o compromisso de

valorizar o Técnico de Enfermagem na equipe de

saúde/enfermagem.

05

Associação Brasileira de Enfermagem

Escolas alcançadas

Docentes e discentes cadastrados

Acadêmicos participantes

Participação em atividades educativas

Consultas de enfermagem

Alterações dermatológicas

Casos novos detectados entre escolares

2007

04

3.213

42

2.68283%

0

2.616

279

81%

11%

2003

07

5.686

10

3.99370%

954

262

02

17%

27%

6%

2004

09

6.324

15

4.844 77%

06

2.519

271

45%

13%

14%

2005

13

7.383

16

6.833 96%

09

6.051

611

86%

10%

21%

2006

10

7.053

51

5.634 80%

03

5.525

883

78%

16%

6%

Vila Velha uma cidade que atua na saúde primária em hanseníaseUma experiência integrando saúde, escola e comunidade

Aexperiência de um projeto de exten-

são em hanseníase integrando ensi-

no, serviço e comunidade, baseado

em um programa de educação em saúde em

hanseníase, que está sendo realizado na cida-

de de Vila Velha/ES surgiu a partir da con-

cepção da hanseníase como um problema de

saúde pública no Estado, e por iniciativa da

Coordenação Municipal de Hanseníase.

A coordenadora do projeto,

Dra.Marizete Puppin é docente do Curso de

Enfermagem no Centro Universitário de Vila

Velha e Coordenadora Estadual de

Hanseníase do Espírito Santo. Ela destaca a

importância da participação e integração da

universidade neste trabalho pela significân-

cia epidemiológica da doença e as possibili-

dades que o mesmo representa para o ensino

em atenção primária a saúde, possibilitando

aos alunos a interação com a comunidade,

identificando problemas de saúde e atuando

junto com esta comunidade na resolução dos

seus agravos. Dessa forma, esse trabalho pos-

sibilita que os alunos desenvolvam capacida-

de critica em relação ao modelo de saúde e a

situação sócio-econômica da população. Isso

contribui para a formação de profissionais

conscientes dos fatores causadores e perpe-

tuadores das doenças.

O objetivo do projeto é o desenvol-

vimento de atividades extracurriculares

junto à comunidade e ao programa de con-

trole da hanseníase no município de Vila

Velha, complementando e fortalecendo as

atividades educativas e de assistência, que

contribuam para o diagnóstico precoce dos

casos novos. Ganha a universidade, o serviço

e o usuário do SUS.

A metodologia utilizada é partici-

pativa, de forma integrada com a rede muni-

cipal de saúde e educação, onde o aluno

PROJETO DE EXTENSÃO DE HANSENIASE DESENVOLVIDO NAS ESCOLAS DA V REGIÃO DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA

Como atividade extracurricular, o

desenvolvimento deste projeto tem motivado

interesse e sua continuidade foi viabilizada pela

participação dos acadêmicos de enfermagem,

psicologia e medicina. A experiência tem

revelado que seus integrantes tornam-se mais

seguros e mais preparados ao assumirem outras

atividades acadêmicas e possuem mais

desenvoltura no atendimento das pessoas. A

partir deste trabalho já possível notar uma

mudança de postura, valores como preocupação

social e atitudes responsáveis com capacidade

para tomadas de iniciativas próprias e de

resolução.

me o papel de sujeito capaz de contribuir

com a alteração da realidade de uma ende-

mia, desenvolvendo ações de educação em

saúde proporcionando um maior conheci-

mento sobre a hanseníase tanto para a comu-

nidade como para a sua formação discente.

As atividades educativas e assistenciais são

desenvolvidas na 5ª região administrativa do

município de Vila Velha, abrangendo 23 bair-

ros com uma população estimada em 42 mil

habitantes.

Este trabalho de extensão é uma

parceria interinstitucional, envolvendo os

cursos de enfermagem, psicologia e medici-

na do Centro Universitário Vila Velha-UVV, o

Programa de Controle da Hanseníase do muni-

cípio de Vila Velha, com o apoio do Programa

de Controle da Hanseníase da Secretaria de

Estado da Saúde e a Netherlands Leprosy

Relief (ONG).

ÍNDICES ALCANÇADOSDE 2003 A 2007

Carinhosamente chamada de Belô

ou Beagá (BH), foi a primeira cidade plane-

jada do Brasil, inaugurada em 12 de dezem-

bro de 1897. É a terceira maior cidade do

Brasil (2,5 milhões de habitantes), cercada

pelas montanhas da Serra do Curral, que lhe

servem de moldura natural. Oferece áreas

de lazer, casas de espetáculos com intensa

produção artístico-cultural, boa e diversifi-

cada gastronomia e rico artesanato - dispo-

nível em suas feiras e lojas especializadas.

BH é uma das melhores cidades do

país para se viver - "Cidade Modelo da Área

Ambiental". Possui amplas avenidas, praças

e áreas arborizadas, que encantam a todos

que a visitam. Reúne todas as comodidades

de uma grande metrópole, mas preserva as

características da vida do interior. É privile-

giada em seu entorno por cinco circuitos

turísticos:

Local de importantes

descobertas arqueológicas, com inscrições

rupestres do homem primitivo que habitou a

região há cerca de 12 mil anos. Das 3 mil gru-

tas existentes no Brasil, mais de 2 mil ficam

em Minas Gerais, e dessas, 500 ficam nesse

circuito.

Roteiro constituído por 17

municípios dos séculos XVII e XVIII. Dispõe

de um patrimônio histórico de valor inesti-

mável, formado por igrejas, capelas e obras

de arte no estilo barroco. Destaca-se o arte-

sanato, as festas de santos e a gastronomia

típica caracterizada pelo feijão tropeiro,

pelo ora-pro-nóbis e pela cachaça.

Circuito das Grutas:

Circuito do Ouro:

Pará

Belém

06

Hospitalidade com jeitinho Brasileiro

JornalABEnUma Publicação da Associação Brasileira de Enfermagem

Praças da Liberdade e da Estação

Centro Turístico de Tancredo Neves

Lagoa da Pampulha

Museu de Arte da Pampulha

Mercado Central

Parque Mun. Américo Renné Giannetti

Basílica Nossa Senhora de Lourdes

Palácio das Artes

Edifício Niemeyer Fontes:http://www.belohorizonteturismo.com.br/http://www.belohorizonte.mg.gov.br/http://www.portalbrasil.net

Alguns Pontos Turísticos

Habitante (naturalidade): belo-horizontino

Área: 330,95 km²

Altitude média: 858,3 metros

População: 2.412.937 (2007)

Enfermagem e CidadaniaCBEn reúne profissionais de todo país no

maior congresso brasileiro da categoria

A ABEn sente-se honrada em receber

os congressistas para a 60ª edição

do CBEn, sediado pela seção Minas

Gerais. O Congresso Brasileiro de

Enfermagem é uma conquista democrática

iniciada em 1948 pela Associação Brasileira

de Enfermagem-ABEn. Nesses 60 anos, o

CBEn tornou-se um evento emblemático,

em torno do qual uma diversidade de ativi-

dades políticas, técnico-científicas, cultu-

rais e sociais desenvolvem-se com base em

um tema Central. Este ano o tema é

“ESPAÇOS DE CUIDADO, ESPAÇOS DE PODER:

ENFERMAGEM E CIDADANIA"

O CBEn é um espaço amplo de

debates, que aproxima enfermeiros, técni-

cos, auxiliares de enfermagem e estudan-

tes, possibilitando a discussão dos saberes e

práticas profissionais vividos em nosso quo-

tidiano, buscando aprofundar a participa-

ção cidadã da Enfermagem na sociedade

brasileira.

O momento histórico é de consoli-

dação do processo democrático no Brasil,

Turismo

Circuito Parque Nacional da Serra do Cipó:

Circuito Verde – Trilha dos Bandeirantes:

Circuito Veredas do Paraopeba:

Inserido na Estrada Real e localizado em

parte da Região Metropolitana de Belo

Horizonte, tem acesso rápido e fácil. Pode

ser visitado pelos dois lados da Serra do

Cipó, considerada por Burle Marx como o

“Jardim Botânico” do Brasil, tal a exuberân-

cia da flora e a riqueza de sua fauna.

Vocação natural para o ecoturismo.

As expedições dos bandeirantes foram res-

ponsáveis pelo surgimento de várias vilas

nos arredores de Belo Horizonte. Hoje são

cidades com muita história, riqueza cultu-

ral, belezas ambientais e pólos industriais,

como Betim e Contagem. Palco ideal para

turismo de negócios.

Escalar

montanhas; percorrer trilhas; banhar-se nas

cachoeiras; andar a cavalo; jogar golfe;

conhecer sítios históricos; saborear cacha-

ças artesanais; divertir-se em festas; conhe-

cer clubes; ouvir bandas e dançar. Esse

Circuito engloba uma região abundante em

águas minerais, cercada por um “mar de

montanhas”, belos vales e rios.

Mas o mais importante é conhecer a

famosa hospitalidade dos mineiros. Gente

que cuida da cidade como se fosse a própria

casa, sabe receber e cativar o turista com

amizade, carinho e respeito.

Chegar é muito fácil. Difícil é ir

embora.

Belo HorizonteParque da PampulhaBelo Horizonte - MG

decorridos 20 anos da promulgação da Carta

Magna e do Sistema Único de Saúde, sendo

apropriado para potencializar o conheci-

mento técnico, científico e político da

enfermagem. Contribuindo, assim, no pro-

cesso de construção de uma sociedade mais

solidária e digna do povo brasileiro.

Caro congressista, a ABEn reitera o

seu compromisso em destacar a vital impor-

tância da Enfermagem no contexto nacional

e internacional. Seja muito bem-vindo ao

nosso acolhedor espaço das Minas Gerais.

CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM

Catedral da Sé

Ouro Preto

Ouro Preto fica a apenas 90km de Belo Horizonte

os, pacientes e trabalhadores em saúde do

mundo inteiro.

As Conferências de Saúde das dife-

rentes esferas de governo nos últimos 10

anos recomendam a adoção da Jornada de

Trabalho de 30 horas.

Importante salientar que

desde os anos 90 a ABEn atua

nessa luta desigual estabelecida

entre os empregadores e traba-

lhadores e que não irá desistir

enquanto entidade que há mais de

82 anos acompanha as lutas da categoria e

desde os anos 80 atua, defende e colabora

na consolidação do Sistema Único de Saúde

(SUS).

Sugerimos para as ABEns Seções,

07

Eventos da ABEn

60ª Reunião

Associação Brasileira de Enfermagem

Belém do Pará teve o prazer de sediar

no período de 13 a 15 de agosto, o 11º

Seminário Nacional de Diretrizes

para Educação em Enfermagem – SENADEn.

O evento foi realizado no Centro de

Convenções do Hotel Sagres, onde o tema

“Novos Pactos entre Educação e Saúde em

prol da Formação dos Profissionais de

Enfermagem”, foi desenvolvido através de

conferências, mesas redondas, cursos, pôs-

ter dialogado, além da feira tecnológica que

contou com a presença da Artmed. A presi-

dente da ABEn Nacional em exercício, Maria

Salete Silva Pontieri Nascimento, abriu ofici-

almente o evento reforçando dentre outros

aspectos, a importância das discussões da

RGM

11º SENADEn faz sucesso nonorte do paísFique por dentro do

que aconteceu neste grande evento da ABEn

Cultur arae se most ou a P n r sua

iq za e cor eo afiasr ue d es e cor gr

nf r o eCo rate nizaçã nc o d ae ontr e migas

Esta campanha é pela aprovação do

Projeto de Lei 2295/2000 que regulamenta a

Jornada dos Profissionais de Enfermagem

para 30 horas semanais e que busca inclusi-

ve, humanizar o nosso trabalho. O desgaste

físico e mental está presente nos

processos saúde-doença que

vivenciamos. Nossa atuação diá-

ria e sistemática junto aos usuá-

rios e pacientes, comumente em

ambientes insalubres, aumen-

tam a vulnerabilidade do profis-

sional da Enfermagem e exige condições dife-

renciadas de trabalho.

A Organização Internacional do

Trabalho (OIT), órgão da ONU, aponta que a

jornada de 30 horas é melhor para os usuári

Entre e assista:

www.conselho.saude.gov.br

www.saude.gov.br/emtemporeal1

Campanha pela jornada de trabalho de 30 horas para a enfermagem

Conselho Nacional de Saúde (CNS) com reuniõespela internet

O conselho Nacional de Saúde, com

representantes dos diversos segmentos sociais, se

reúne mensalmente para discutir temas de interessa

de todos.

As reuniões sempre são transmitas na

íntegra ao vivo, em tempo real pela internet.

Nossa mobilização é nossa força. Quanto

mais brasileiros acompanharem as reuniões, mais

preparados estarão para acompanhar e participar das

políticas públicas de saúde.

Lembramos que a reunião pode ser assistida

por todos conselheiros, usuários gestores ou qualquer

outro cidadão, basta entrar em um dos sites

relacionados ao lado.

temática na Região Amazônica e a acolhida

do povo paraense aos congressistas.

A programação científica versou

sobre: Novos pactos entre Educação e

Saúde: cenário atual, desafios futuros;

Avaliação e Acreditação sob a ótica da gradu-

ação e pós- graduação; Pró-Saúde: possibili-

dades e desafios; Novos Rumos para as espe-

cialidades, Mestrado, Residência e

Licenciaturas; Tele Enfermagem para o ensi-

no de graduação e médio; Novos desafios na

educação profissional e permanente; Novos

sentidos para o doutorado e a pesquisa em

educação e o Fórum de Escolas da ABEn onde

foi debatido o PLS nº 26/2007 de

autoria do Senador Tião Viana.

O SENADEn teve um público de

aproximadamente 400 participantes e 257

trabalhos inscritos. A carta do SENADEn de

Belém está sob a responsabilidade da Dra

Maria Madalena Januário Leite, diretora de

Educação da ABEn Nacional e será divulgada

em breve.

Regionais e Núcleos a realização de um Ato

Público em seus estados, bem como pedimos

a colaboração por meio da permanente

divulgação dessa ação e assinatura do abaixo

assinado (http://enfermagem30horas. bone-

soft.net/). Precisamos no mínimo que 1/3

dos profissionais da Enfermagem (500 mil)

assinem o documento visando sensibilizar

mais uma vez o Congresso Nacional.

A ABEn Nacional disponibiliza no

e n d e r e ç o ( w w w. a b e n n a c i o n a l-

.org.br/download/30_horas.jpg) a arte do

adesivo das "30 horas" que deverá ser utiliza-

do permanentemente pelos profissionais da

Enfermagem durante essa campanha.

Saudações ABEnistas.

Assista as reuniões do

conselho pela web

SENADEn

Pú c i bli o prestig ou aso d c nferências o evento

Lucas

A ABEn Nacional e a Regional

Campinas participaram do evento, de 13 a

18 de julho, que ocorreu na UNICAMP, em

Campinas/SP. A temática central foi Energia-

Ambiente–Tecnologia. A Enfermagem abor-

dou os temas: Poder e Tecnologia na

Saúde/Enfermagem. O mini-curso de

Introdução a Pesquisa Qualitativa em Saúde

recebeu 25 profissionais e estudantes de

diferentes áreas, os quais freqüentaram os

quatro dias do programa. A organização reco-

mendou continuar oferecendo o curso nos

próximos eventos. Outros 25 enfermeiros e

estudantes de enfermagem prestigiaram o

mini-curso Trabalho e Enfermagem.

Durante o evento, as Associações

Profissionais envolvidas com pesquisas nas

áreas sociais e humanas estabeleceram um

debate sobre a necessidade de revisão da

Resolução 196/96, do Conselho Nacional de

Saúde, que trata da pesquisa envolvendo

seres humanos. Para os pesquisadores o dese-

nho de pesquisa quantitativo expresso na

resolução é adequado à área clínica, experi-

mental e não se aplica à pesquisa qualitati-

va, bastante aplicado às investigações das

áreas sociais e da saúde. A síntese do debate

foi encaminhada à CONEP e solicitou-se que

as entidades profissionais prossigam fomen-

tando o debate sobre a Resolução.

A g r a d e c i m e n t o e s p e c i a l à

professoras Eliete Maria Silva, Kátia

Stancato de Aquino, Sueli Fátima Sampaio e

ao Professor Mauro A. Pires Dias da Silva pelo

empenho e dedicação na condução das ativi-

dades de Enfermagem por ocasião da SBPC.

Na oportunidade também foram comemora-

dos os 30 anos do Curso de Enfermagem da

UNICAMP. Parabéns para as colegas paulis-

tas!

A 61a Reunião Anual da SBPC ocor-

rerá no período de 12 a 17 de julho de 2009

na Universidade Federal do Amazonas

(UFAM). O CEPEn já iniciou os contatos

com o a ABEn-AM e o Departamento de

Enfermagem da Universidade para o esta-

belecimento de parcerias na elaboração

da programação. A professora Elizabeth

Teixeira, membro da Comissão do CEPEn,

estará representando a ABEn nas reuniões

preparatórias.

Lucas

Lucas

Profissional de Destaque Não tem luta feminista, nos últimos 35 anos, que eu não tenha participado.

JornalABEnUma Publicação da Associação Brasileira de Enfermagem

Associação Brasileira de Enfermagem

Telia Negrão

Telia (dir.) ao lado da Diretora de Publicação e Comunicação Social da ABEn, Jussara Gué Martini.

Alegre e descontraída, a jornalista

Telia Negrão fala com propriedade

sobre o movimento feminista brasi-

leiro. A atual secretária executiva da Rede

Nacional Feminista de Saúde, Direitos

Sexuais e Direitos Reprodutivos, participa

ativamente das lutas das mulheres desde a

década de 70.

Nos encontramos em Florianópolis,

no intervalo de sua participação no evento

“Fazendo Gênero 8 – Corpo, Violência e

Poder”. Na ocasião nos concedeu esta entre-

vista.

É uma articulação criada em 1991,

com a finalidade de defender uma agenda

política vinculada à saúde integral das

mulheres, a partir de uma visão de direitos

sexuais e reprodutivos. Sua forma de ação é

a interlocução com os mais diversos setores

da sociedade, para assegurar políticas públi-

cas de saúde de qualidade através do SUS.

Te m o s

dois importantes

eixos: a defesa da

atenção integral

à s a ú d e d a s

mulheres com

qualidade; a defe-

sa de um SUS público, que garanta a ação das

mulheres no controle social.

Na área da saúde a prioridade é o

enfrentamento da mortalidade materna, a

violência, o aborto inseguro, a epidemia do

HIV /AIDS e, pela 1ª vez, o câncer de mama e

de colo de útero, que foram incorporados

nesta agenda.

A Rede vem atuando pela manuten

O que é a Rede Feminista de Saúde?

E qual é, atualmente, a principal

frente de trabalho da rede?

E a questão do SUS?

ção do SUS como serviço público e rejeitan-

do todas as propostas contrárias. O nosso sis-

tema de saúde, apesar de todos os proble-

mas, é o maior do mundo e toda ameaça

sobre ele (seja de financiamento, seja de

influência nefasta da indústria farmacêuti-

ca) coloca em risco um modelo de atenção

que completa 20 anos, resultado da luta dos

trabalhadores e trabalhadoras da área de

saúde, dos movimentos sociais e dos usuári-

os de saúde. Hoje a

Rede está presente

em cerca de 30 espa-

ços nacionais de con-

trole social (conse-

lhos de saúde,

comissões, políticas

nacionais).

A entrada da ABEn na Rede é uma

das maiores conquistas dos últimos anos

para esta articulação política. Nós sabemos

que as mulheres são maioria na categoria de

enfermagem e que tem um olhar diferencia-

do sobre o fenô-

meno da saúde. E

quanto mais este

saber se qualifica

no campo da ciên-

cia, mais coloca o

saber médico em

seu devido lugar – como um dos e não como o

único saber em saúde. A ABEn nos traz a pos-

sibilidade de reapropriação e valorização de

saberes de saúde que, ao longo dos tempos,

foram ocultados ou tratados como saberes

menores.

A ABEn tem uma enorme capilari-

dade e pode fazer chegar as lutas das mulhe-

Como a ABEn pode

colaborar com estas lutas?

E as vantagens para

as organizações?

res à diversos luga-

res do Brasil. Pode

auxiliar na sensibi-

lização dos profis-

sionais de saúde

em temas estraté-

gicos, como o aces-

so e atenção huma-

nizado, de qualida-

de e não discriminatório às mulheres que

chegam às unida-

des de saúde em

situação de violên-

cia, abortamento,

sofrimento psíqui-

co, HIV, ente outras

situações de extre-

ma vulnerabilidade e precariedade.

Acreditamos no desenvolvimento

de um programa conjunto de capacitação,-

produção de materiais e mobilização de

agendas comuns.

Comecei a militar com 18 anos. Aos

23 eu passei a ativista do jornal Brasil Mulher,

nos anos 70. Em Curitiba fundei a União de

Mulheres de Curitiba. Fui uma das fundado-

ras da União Brasileira de Mulheres e, no RS,

do Coletivo Feminino Plural. Passei a atuar

na Rede Feminista em 1997 e em 2003 fiz

parte do Conselho diretor da Rede, depois fui

conduzida para a Secretaria Executiva.

E como foi que a Telia

chegou neste movimento?

O que a motivou para o ativismo?

Como as mulheres

podem participar

destas lutas?

Uma indignação profunda com a

situação de desigualdade, principalmente

de violência doméstica, e a admiração que

tinha pelas mulheres que lutavam contra a

ditadura, na clandestinidade. Queria parti-

cipar de forma que pudesse influir na reali-

dade. Então lancei vários jornais, programas

de rádio, TV e trabalhei no lobby do Baton,

durante a Assembléia Constituinte. Não tem

luta feminista, nos últi-

mos 35 anos, que não

tenha participado.

A filiação à rede abre às mulheres

da ABEn a possibilidade de um novo ativis-

mo, voltado para a advocacia por políticas

públicas de qualidade para seu empodera-

mento pessoal e coletivo. Esperamos que as

sócias da ABEn procurem as regionais da

Rede para se apresentarem e se integrarem

organicamente nesta agenda mundial, pelo

fim das discriminações às mulheres e por

uma vida digna.

A entrada da ABEn na Rede Feminista é uma das maiores conquistas dos últimos anos

para esta articulação política.

A questão do aborto ocupa umlugar importante, por motivos históricos e pelos impactos na vida e na saúde das mulheres, mas não é a única agenda da

Rede Feminista.

Crédito: RGM

08

Acreditamos no desenvolvimento de um programa conjunto de

capacitação, produção de materiais e mobilização de

agendas comuns.

Para mais informações sobre a

Rede Feminista, acesse o site:

www.redesaude.org.br