jornal placar londres 2012 ed 003

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LONDRES 2012 edição 3 | sábado, 28 de julho de 2012 | www.placar.com.br FESTA Os melhores momentos e as imagens do grande evento que parou Londres e encantou o planeta ouro? Número 3 do ranking mundial, a judoca Sarah Menezes tenta trazer, hoje, a primeira medalha para o Brasil Harry How/Getty ImaGes Satiro Sodre/aGiF na água Casal 400 os nadadores Joanna maranhão e Thiago pereira, especialistas nos 400 metros medley, pulam na piscina para chegar à final e disputar a medalha ainda hoje fotocomp.net ReuteRs

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Jornal Placar Londres 2012 Ed 003

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Page 1: Jornal Placar Londres 2012 Ed 003

LONDRES 2012edição 3 | sábado, 28 de julho de 2012 | www.placar.com.br

FESTAOs melhores momentos e as imagens do grande evento que parou Londres eencantou o planeta

ouro?Número 3 do ranking mundial, a judoca Sarah Menezes tenta trazer, hoje, a primeira medalha para o Brasil

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400 metros medley, pulam na piscina para chegar à final e disputar a medalha ainda hoje

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Aquecimentojornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

frases

Destaques Do site

Editorial

Assim como aconteceu em Pequim 2008, a primeira medalha do Brasil em Londres 2012 pode vir trajada de quimono, no caso o da piauiense Sarah Menezes, peso ligeiro, que sobe no tatame pela

primeira vez às 5h30 da manhã (a você que nos lê em Londres, 9h30). No momento em que você, leitor carioca e paulistano, lê este jornal é bem possível que ela já tenha se garantido na final, prevista para às 12h10. Também pela manhã, os nadadores Thiago Pereira e Joanna Maranhão pulam na piscina em busca da final dos 400 metros medley, que acontece a partir das 15h30. Hugo Hoyama (tênis de mesa), a equipe de hipismo e outros brasileiros já entram em ação neste sábado o que, finalmente, nos faz entrar no clima das competições. Confira, nesta página, os destaques na TV, selecionados pela equipe do JORNAL PLACAR, que se divide entre Londres e a redação no Brasil para apresentar o melhor conteúdo desta Olimpíada.

Por Miguel Icassatti

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www.abrilemlonDres.com.br Os destaques e o melhor conteúdo exclusivo sobre Londres 2012 na internet

para ver na tvHora EsportE sExo Disputa Etapa BrasilEiros na Disputa

5h00 tênis de mesa F individual rodada preliminar lígia silva, Caroline Kumahara e Gui lin

5h00 Vôlei de praia M 1ª Fase Duplas Brasileiras

5h00 Vôlei de praia F 1ª Fase Duplas Brasileiras

5h30 Judô M peso ligeiro Eliminatórias Felipe Kitadai

5h30 Judô F peso ligeiro Eliminatórias sarah Menezes

5h45 tênis de mesa M individual rodada preliminar Gustavo tsuboi, Hugo

Hoyama e thiago Monteiro

6h00 Ciclismo M Estrada individual Magno nazaret, Gregorly panizo e Murilo Fisher

6h00 natação M 400m medley Eliminatórias thiago pereira

6h00 Hipismo M CCE equipes adestramento Equipe Brasileira

6h31 natação F 100m borboleta Eliminatórias Daynara de paula

7h15 tênis de mesa F individual 1ª rodada

7h30 tênis M simples e duplas 1ª rodada

7h30 tênis F simples e duplas 1ª rodada

7h51 natação F 400m medley Eliminatórias Joanna Maranhão

8h15 natação M 100m peito Eliminatórias Felipe França silva e Felipe lima

8h30 remo M skiff Eliminatórias anderson nocetti

9h20 remo F skiff Eliminatórias Kissya Cataldo

9h30 Boxe M peso-galo Eliminatórias robenílson Jesus

10h30 Handebol F Brasil x Croácia 1ª Fase

10h30 Futebol F Brasil x nova Zelândia 1ª Fase

11h00 Boxe M peso médio Eliminatórias Esquiva Falcão

12h00 Judô F peso ligeiro Final

12h00 tênis de mesa M individual 1ª rodada Gustavo tsuboi, Hugo Hoyama e thiago Monteiro

12h10 Judô M peso ligeiro Final

15h30 natação M 400 medley Final

16h00 Basquete F Brasil x a definir 1ª Fase

16h09 natação F 400m medley Final

16h30 tênis de mesa F individual 2º rodada

18h00 Vôlei F Brasil x turquia 1ª Fase

"O BrAsil é incrível. O time está tOdO nO Auge. vOcês têm três grAndões sensAciOnAis, vArejãO, nenê e tiAgO splitter. eu AchO que O BrAsil tem umA BOA chAnce."Mike Krzyzewski, conhecido como Coach K, técnico dos EUA, elogando a seleção brasileira de basquete masculino

"O BrAsil pOde Aprender muitO cOm Os jOgOs de lOndres", O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, numa advertência aos dirigentes brasileiros

"deus sAlve A rAinhA"Inscrição em inglês ("God save the Queen") impresso no maiô na nadadora italiana Stefania Pirozzi, em referência ao hino britânico

BUdA MENdES/LATiNCONTENT/GETTy iMAGES

AL BELLO/GETTy iMAGES

TEH ENG KOON/AFP/GETTy iMAGES

As melhores imagens das estreias brasileiras nos Jogos de Londres

Fique por dentro de tudo o que rolou na Cerimônia de Abertura no Estádio Olímpico

infográfico: a evolução das tochas ao longo das edições olímpicas

Judocas devem curvar-se ao entrar e sair do tatame, e antes e após as lutas; acesse mais curiosidades

Vai, Brasil! intere-se sobre tudo o que estão falando dos Jogos de Londres nas redes sociais

Provavelmente, no momento em que você estiver lendo estas linhas, londres

2012 já terá conhecido seus primeiros medalhistas. serão as mulheres do tiro com rifle de ar 10 metros, que disputam as finais às 7h, horário de brasília.

há 116 anos, no dia 6 de abril de 1896, em atenas, Grécia, o saltador americano james Connolly se tornou o primeiro campeão olímpico na era moderna. Com a marca de 13,71 metros — um metro e um centímetro a mais que o segundo colocado, o francês alexandre Tuffèri, Connolly foi o campeão do salto triplo.

apesar disso, o americano levou a medalha de prata e Tuffèri, a de bronze. o terceiro colocado, Ioannis Persakis, da

Grécia, não ganhou uma medalha sequer. a medalha de ouro ao campeão só foi dada nos jogos olímpicos de saint louis 1904.

nossas primeiras medalhasafrânio antônio da Costa foi o primeiro

brasileiro a ganhar uma medalha em uma olimpíada. Foi a prata no tiro de pistola livre 50 metros, nos jogos olímpicos da antuérpia 1920. o primeiro ouro também viria nessa edição da olimpíada, com Guilherme Paraense, no tiro rápido 25 metros. Na prova de pistola militar 50 metros por equipe, da Costa e Paraense, ao lado de sebastião Wolf, dario barbosa e Fernando soledade, ganharam o primeiro bronze para o brasil.

BAÚ OLíMPICOqn james Connolly (foto à esquerda), o primeiro campeão da era moderna dos jogos olímpicos, em atenas 1896. afrânio antônio da Costa (à esquerda na foto abaixo), o primeiro brasileiro medalhista em uma olimpíada, ao lado de Guilherme Paraense, o primeiro a levar um ouro

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Por Olavo Guerra

A prata que valeu ouro

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Fundador: VICTOR CIVITA

(1907-1990) Presidente e Editor: Roberto Civita

Vice-Presidente Executivo: Jairo Mendes Leal

Conselho Editorial: Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-

Presidente), Elda Müller, Fábio Barbosa, Giancarlo Civita,

Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita

Diretor de Assinaturas: Fernando CostaDiretor Geral Digital: Manoel Lemos

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Alfredo OgawaDiretora Superintendente: Claudia Giudice

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Diretor de Redação: Maurício BarrosEditor-chefe: Miguel Icassatti Coordenação: Silvana Ribeiro Colaboradores: Nelson Nunes (edição), Alex Xavier, Pedro Proença, Simone Tobias (reportagem), Olavo Guerra (repórter estagiário), Michel Spitale (edição de arte), Leonardo Eichinger, Marcos Vinícius Rodrigues (designers), Eduardo Blanco e equipe (tratamento de imagem) PLACAR Online: Marcelo Neves (editor)

www.placar.com.br

Em São Paulo: Redação e Correspondência: Av. das Nações Unidas, 7221, 14º andar, Pinheiros, CEP 05425-902, tel. (11) 3037-2000, fax (11) 3037-5597 Publicidade São Paulo www.publiabril.com.br Classificados tel. 0800-7012066, Grande São Paulo tel. (011) 3037-2700

JORNAL PLACAR Especial Olimpíadas Londres 2012 é uma publicação diária da Editora Abril com distribuição gratuita entre os dias 26/07/2012 a 13/08/2012, em São Paulo, pela distribuidora Logway. PLACAR não admite publicidade redacional.

IMPRESSO NA TAIGA Gráfica e Editora Ltda. Av. Dr. Alberto J. Byington, 1808,

Cep 06276-000, Osasco, SP TIRAGEM 50.000 EXEMPLARES

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Aquecimento 03jornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

Por Antônio Milena, da VEJA Os jOgOs que vOcê nãO vê

papO triplO - três perguntas para Maria elisa twitadas OlÍMpicasJogadora de vôlei de praia, disputa sua primeira Olimpíada. Sua dupla, com Talita, ocupa o quinto lugar no ranking mundial. A estreia está programada para amanhã, diante da dupla Meppelink e Van Gestel, da Holanda. Carioca, 28 anos, Maria Elisa foi eleita a melhor jogadora do Circuito Brasileiro de 2009. No mesmo ano, ganhou ainda prêmios de melhor saque e defesa.

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“Não consigo decidir o que é pior, as privadas na China que eram apenas furos no chão ou privadas para homens e mulheres no mesmo banheiro. #constragedor” o nadador americano Ricky Berens (@Rickyberens) critica os banheiros olímpicos

“bom dia, bom dia! depois de uma academia de leve, agora vamos almoçar e partir pra Manchester. #embuscadoouro” o meia Lucas (@lucasnaRede_), da seleção brasileira de Futebol, animado com a ida a Manchester

“sem ar-condicionado. está QueNTe nos quartos. Não precisa praticar, é só deitar na cama e suar. onde eu me inscrevo para os jogos de Inverno?” a corredora americana dos 110m com barreira, Lolo Jones (@lolojones) reclama dos quartos da Vila olímpica

“daqui a pouco, jantar e depois vamos à cerimônia de abertura dos jogos olímpicos! #london2012” Pivô do basquete brasileiro, Tiago Splitter (@tiagosplitter) se prepara para a cerimônia de abertura dos jogos olímpicos de londres 2012

“Na cerimônia de abertura poucas pessoas saberão quem eu sou. Mas na cerimônia de encerramento todos saberão. Vai Time usa!” Jordan Burrough (@alliseeisgold), pugilista americano, mostra confiança para a conquista da medalha

1 Qual foi o melhor momento que viveu desde sua chegada a Londres? O hasteamento da bandeira do Brasil na Vila Olímpica. Para mim foi o mais emocionante até agora.

2 Já conseguiu conhecer a cidade? Não tive tempo ainda, mas estou agindo como turista: tiro muitas fotos de dentro do ônibus. Ontem, por exemplo, tirei uma foto com um cavalo (risos).

3 Você já teve tempo de provar algum prato local, como “fish and chips”? Como viajo muito, sinto falta da culinária brasileira. Aqui no Crystal Palace, onde a gente passou quase todo o tempo concentrada, estou conseguindo me alimentar do que gosto porque a comida é feita por

brasileiros, com aquele gostinho de comida de casa.

potter Não faltou fantasia à cerimônia de abertura

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Judôjornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

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Piauiense pode trazer 1ª medalhaCompetições começam para valer hoje. sarah Menezes sobe no tatame com chance de alcançar o pódio

No que depender do retrospecto, a judo-ca Sarah Menezes pode sonhar com a

glória de ser a primeira ganhado-ra de uma medalha para o Brail nos Jogos Olímpicos de Londres. Bons resultados e confiança não faltam a essa guerreira piauiense, que aprendeu muito desde sua primeira participação nas Olim-píadas, em Pequim 2008.

“Treinei duro durante estes quatro anos em busca do sonho da medalha olímpica. A preparação foi feita da melhor maneira possí-vel e agora é hora de colocar tudo isso em prática”, diz Sarah, que foi

bronze no Pan de Guadalajara e caiu na primeira luta em Pequim.

A confiança atual se justifica porque, além de ser a terceira colo-cada no ranking mundial de sua categoria (até 48kg), Sarah já ven-ceu quase todas as suas adversárias da chave. Fora isso, desde 2006, quando estreou na categoria Junior em competições internacionais, ela já entrou no tatame 122 vezes e ob-teve 85 vitórias, ostentando um aproveitamento de 69,7%. A única atleta com a qual a brasileira ainda não lutou é justamente a adversária da estreia hoje, em Londres: a viet-namita Tu Ngoc Van. A asiática, po-rém, é apenas a número 59 no ranking mundial. Apesar disso, Ro-sicleia Campos, treinadora que

acompanha a delegação feminina, prega cautela: “Essa atleta do Viet-nã merece atenção justamente por não ser tão conhecida”.

Caso passe para a fase seguin-te, Sarah enfrentará a francesa La-etitia Payet, que se beneficiou no sorteio e, sem precisar lutar na es-treia, já está garantida na etapa subsequente. Payet é a número 12 do ranking e perdeu para Sarah em dezembro de 2010 pelo Grand Slam de Judô.

Para que tudo dê certo nas Olimpíadas, Sarah tem estado to-talmente concentrada nas lutas: ela não participou da cerimônia de abertura e nem da entrevista coletiva que a Federação Interna-cional de Judô queria promover

Judô é omapa da mina

o Brasil é um dos grandes protagonistas do

judô mundial. o esporte já trouxe 15 medalhas desde 1972. de Los angeles 1984 para cá, vem obtendo pódios ininterruptamente. a primeira medalha olímpica na modalidade foi conquistada por chiaki ishii, um bronze nos jogos de Munique-1972. os dois ouros da modalidade foram obtidos por aurélio Miguel (seul 1988) e rogério sampaio (Barcelona 1992).

GUErrEIra depois de muito treino e quatro anos de espera, sarah Menezes luta pelo ouro hoje em londres

Por Pedro Proença

ontem. Para se distrair, Sarah tem jogado Sudoku na concentração.

A expectativa da comissão técnica é que, assim como Ke-tleyn Quadros, bronze nos Jogos de Pequim, Sarah também abra o quadro de medalhas brasileiro, de preferência num lugar mais alto no pódio.

Outro atleta que estreia hoje no judô é Felipe Kitadai (categoria até 60kg). Ele foi ouro no Pan de Guadalajara, mas enfrentará com-petidores com melhores resulta-dos. Ney Wilson, coordenador téc-nico da equipe brasileira, no en-tanto, acredita que isso pode ser positivo para Felipe, pois ele en-traria no tatame sem o peso da pressão. “ A primeira luta dele é dura, contra Tumurkhuleg Davaa-dorj (11º do ranking), da Mongólia. Mas quem tem o peso é ele, não o Kitadai”, analisa o treinador.

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jornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

natação06

O sonho dourado do Casal 400Thiago Pereira e joanna Maranhão caem na piscina hoje em londres esperando repetir sucesso obtido nos 400 metros medley nos jogos Pan-americanos

EEles já ganharam medalhas por ata-cado nos Jogos Pan-Americanos. Thia-

go Pereira já tem uma dúzia de medalhas de ouro na competição continental (seis no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, e a mesma quantidade em Guadalajara, 2011) — e ainda faturou três pratas e três bronzes de lambuja. É o maior medalhista pan-americano da história do Brasil. Já Joanna faturou três bronzes (nos Jogos de Santo Domingo, Rio e Guada-

lajara) e duas pratas, ambas em terras mexicanas.

A primeira prova na qual terão chances de conquistarem suas medalhas tem as eliminatórias hoje, às 6h da manhã, e a final a partir das 15h30: os 400 metros medley (na qual o atleta nada 100m de cada estilo: borboleta, costas, peito e crawl, nesta or-dem). Thiago ainda competirá nos 200 medley e no revezamen-to 4 x 100m medley. Embora seja forte no país e no âmbito conti-nental, há duas Olimpíadas que Thiago vem batendo na trave na briga por medalha. O máximo que

conquistou foi um 5º lugar (2004) e um 4º (2008), ambos na prova dos 200 metros medley.

Apesar de ter adversários do quilate de Michael Phels e Ryan Lochte, o brasileiro está confiante e focado no desafio: “Dessa vez, me sinto mais preparado. Dei mais atenção para a parte física e nutricional, fora o trabalho psico-lógico. Quanto à prova, não con-trolo o Phelps nem o Ryan e o úni-co controle que posso ter é sobre mim mesmo, então é focar no meu trabalho”, diz o nadador carioca.

Joanna Maranhão também já teve o gostinho de chegar perto

de uma medalha olímpica. Bas-tante jovem, ela obteve um 5º lugar nos Jogos de Atenas nos 400 medley. Neste ano, seu pla-no de chegar ao pódio não é fá-cil, especialmente nos 400 med-ley (ela também vai nadar a pro-va dos 200 medley). Nesta com-petição, a pernambucana terá pela frente a americana Elizabe-th Beisel, a melhor do ano na dis-tância (com tempo de 4min31s74) e a australiana Stephanie Rice, campeã em Pequim (com 4min29s45). O melhor tempo da brasileira é 4min40s. Mas so-nhar não custa nada!

Fabíola aprovaCentro Aquático de Londresem sua terceira olimpíada, a nadadora brasileira Fabíola Molina aprovou as instalações do Centro aquático de londres, que fica dentro do Parque olímpico. “Gostei do teto, da iluminação, a temperatura da água está perfeita e o clima externo também está muito bom”, elogiou a atleta de 37 anos, durante coletiva no Crystal Palace. “as arquibancadas são gigantes e acho que, quando estiver lotado, o barulho será bem alto”, afirmou.as competições da natação começam amanhã (28) e, de acordo com Fabíola, “o clima dos atletas está muito bom, o pessoal já está bem focado e falta muito pouco para começar, então a concentração é total”. Para ela, a convivência com esportistas que já ganharam uma medalha olímpica traz maturidade ao comportamento da equipe.a nadadora competirá nos 100 metros costas, na quinta das seis baterias classificatórias para a semifinal no domingo. Caso avance, no mesmo dia disputará uma vaga entre as oito melhores competidoras que vão para a briga do ouro.

O handebol feminino brasi-leiro faz sua estreia em

quadra hoje, nos Jogos de Londres, às 14h30, contra a Croácia, mas está de olho na Espanha. Uma pos-sível revanche contra a arquirrival, algoz da eliminação do mundial do ano passado, em São Paulo, não sai da cabeça das brasileiras. E a der-

rota foi doída. As espanholas elimi-naram a equipe nacional, nas quar-tas-de-final da competição, por um gol de vantagem — 27 a 26, após uma primeira fase impecável, cin-co triunfos em cinco jogos. Apesar de a derrota estar atravessada na garganta das brasileiras, a veterana goleira Chana adota um discurso

menos agressivo. “O foco da equi-pe está em cada jogo. Primeiro te-mos de ganhar da Croácia, depois de Montenegro... Com quem a gen-te vai cruzar não importa”.

Para a armadora Duda o revés fez o time aprender a ter calma du-rante o jogo e uma provável revan-che vem motivando as companhei-

eliminadas no Mundial de 2011, nossas meninas já imaginam um possível confronto com as espanholas nas quartas-de-final. a estreia da seleção no torneio é hoje contra a Croaácia

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handebol

n Fabíola Molina: terceira olimpíada

n foco duda capricha

no treino, de olho num duelo com

maiores rivais

n MR. PAN soberano nas américas, Thiago quer medalha olímpica

n RecoRdistA joanna é a melhor brasileira na história dos 400m medley

Revanche contra a Espanha motiva Seleção Brasileira

ras. Na opinião do técnico dina-marquês Morten Soubak, os con-frontos devem ser decididos nos momentos finais, como ocorreu com as espanholas. Mas, segundo

ele, a equipe está preparada para esse tipo de situação. “O grupo está muito forte. Também temos a capacidade de decidir no fim da partida”.

Por Pedro Proença

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vôlei08

Juliana e Larissa evitam o favoritismo

Hoje, às 13h30, contra as Ilhas Maurício, a du-pla de vôlei de

praia Juliana e Larissa começa a caça de uma medalha almejada há quatro anos. Em Pequim 2008, as duas entrariam forte na com-petição, mas foram afastadas por causa de uma lesão de Juliana, que ficou de fora dos Jogos às vésperas da abertura. Reunidas novamente, elas tentam afastar o favoritismo atribuído a elas.

A mídia norte-americana tem colocado as brasileiras à

frente até da própria dupla dos Estados Unidos (Walsh e May-Treanor). Por enquanto, o único motivo para festas é poderem, enfim, atuar juntas em uma Olimpíada. “É um sentimento muito bom poder estar aqui com a Juliana. Jogamos há muito tempo juntas e queríamos voltar com força depois da lesão dela. Nossa confiança é estarmos uni-das”, disse Larissa, em entrevis-ta coletiva realizada na tarde desta segunda-feira no Centro de Treinamento do Time Brasil, no Crystal Palace, em Londres.

Em Pequim 2008, Larissa precisou competir ao lado de Ana Paula, inscrita como reserva. A dupla formada em cima da hora perdeu nas quartas-de-final jus-tamente para as norte-america-nas. Porém, não se pode negar que Juliana e Larissa vêm recu-perando o tempo perdido. Vence-doras do Circuito Mundial entre 2009 e 2011, elas faturaram tam-bém o Mundial de Roma (derro-tando, de novo, os EUA) e o ouro no Pan-Americano de Guadalaja-ra. Falta apenas a medalha olím-pica, cuja cor será a consequência

do número de “finais” que as atu-ais vice-líderes do Circuito Mun-dial vencerem em Londres.

“Cada jogo que fizermos aqui será uma final, não importa se com a dupla das Ilhas Maurício ou da República Tcheca. Favori-tismo tem que ser confirmado na quadra. A Walsh e a May podem não estar num momento tão forte mas são bicampeãs olímpicas e merecem respeito. De repente, esse papo de favoritismo por par-te da imprensa americana é para jogar a pressão para cima da gen-te”, afirmou Juliana.

Zé Roberto vê caminho difícil no femininoTreinador diz que grupo do brasil é forte e equilibrado

Bernardinho:“Má fase não tem desculpa”desempenho frustrante do brasil na liga ficou para trás

De olho no bicampeonato, as meninas do vôlei estreiam

hoje, às 18h, contra as turcas. O ca-minho, porém, não será tranquilo. Para o treinador José Roberto Guimarães, o equilíbrio prevalece na chave do Brasil, com Estados Unidos, China, Sérvia e Turquia. “É um grupo difícil, mas estamos preparados para brigar por meda-lha”, disse de ontem. A oposto Sheilla destaca a importância de começar com vitória. “Vencer na estreia dá moral e serve para que-brar o gelo inicial”, disse. Confir-mada na quarta, a ponteira Natália diz estar recuperada da cirurgia. “Esse é o momento da superação do atleta, que na hora do jogo não pensa em dor”.

Os desfalques por contu-são este ano não servi-

rão mais como explicação para um fraco desempenho da sele-ção masculina de vôlei em Lon-dres. Quem avisa é o técnico Bernardinho. “Tivemos proble-mas na preparação, mas não há mais tempo para desculpas”, disse ontem, em entrevista co-letiva. Ainda que considere pro-veitoso o período de treinos, após a eliminação na Liga Mun-dial, ele diz que hoje o Brasil não é mais tão favorito. “Espero que possamos mostrar mais do que mostramos na Liga. Temos um grupo muito experiente, que sabe que esse é um momento muito importante”, concluiu.

Separadas em Pequim 2008 por contusão, elas voltam aos Jogos em boa fase

juntas de novo larissa e juliana chegam à olimpíada embaladas por vitórias

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AtlAntA 1996ouro – jaqueline/sandraprata – Mônica /adriana samuel

Sydney 2000prata – adriana behar/shelda e

josé Marco/RicardoBronze – adriana samuel/sandra

AtenAS 2004ouro – Ricardo/emanuelprata – adriana behar/shelda

PequiM 2008prata – Márcio araújo/FábioBronze – Ricardo/emanuel

MedAlhAS BRASileiRAS no vôlei de PRAiA

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jornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

10 boxe

Feras do Brasil folgam na primeira rodadaeverton lopes e esquiva Falcão só estreiam nas oitavas-de-final. Róbson Conceição e Roseli Feitosa pegam pedreiras no sorteio das chaves

Foi realizado ontem o sorteio que defi-niu os confrontos do boxe nas Olim-

píadas. Everton Lopes, campeão do Mundial na categoria meio-médio ligeiro de 2011 e principal esperança do boxe nacional, ga-nhou folga na primeira rodada. Com isso, ele enfrentará o ga-nhador do combate entre o cubano Roniel Iglesias e o co-lombiano Cesar Aldana.

O mesmo aconteceu com Es-quiva Falcão, medalhista de bronze no último campeonato Mundial. Ele só vai entrar no ringue no dia 2 de agosto, diante do vencedor da luta entre Soltan Migitinov, do Azerbaijão, e Mo-hamed Hikal, do Egito.

Amanhã, Julião Neto (peso-mosca, 52kg), que lutará contra Pak Jong Col, da Coreia do Nor-te, e Yagamuchi Falcão (peso

médio, 81kg), que trocará socos com Sumit Sangwan, não deve-rão encontrar grandes dificul-dades pela frente.

Roseli Feitosa, por seu turno, não terá vida tão fácil quanto seus companheiros. De acordo com o sorteio, ele vai medir for-ças logo de cara com a chinesa Jinzi Li, número 3 do mundo, na categoria peso médio. Róbson Conceição, da categoria ligeiro, é outro que não terá moleza no duelo contra o britânico Josh Taylor. Caso passe por essa pri-meira pedreira, o brasileiro vai pegar o ex-campeão mundial Domenico Valentino, da Itália.

O primeiro brasileiro a subir nos ringues em Londres 2012 será o peso galo (56kg) Robeníl-son de Jesus. Ele enfrentará hoje, às 10 horas, o perigoso Or-zubek Shayimov, do Uzbequis-tão, que chegou às quartas-de-final do Mundial de Baku, no Azerbaijão, em 2011.

DIÁRIO OLÍMPICO

Ele é a mais jovem atração turística de Londres, e provavelmente será a mais visitada durante os próximos 16 dias. Construído em uma área de 200 hectares na zona leste da cidade, o Parque Olímpico de Londres é um

bom exemplo de como uma região degradada da cidade pode ser transformada em um aprazível espaço público. Após os Jogos Olímpicos, algumas das instalações serão desmontadas, mas o parque permanecerá aberto à comunidade.

Durante os Jogos, porém, o espaço não é assim tão público. Por medidas de segurança, só é possível entrar no Parque Olímpico com ingressos, seja para as competições ou seja apenas para acompanhá-las em algum dos telões instalados no local. Estas entrada foram vendidas por 10 libras (33 reais) apenas para o público britânico, e esgotaram-se rapidamente. Outra atração turística é a Orbit, torre de observação de metal retorcido de 115

metros de altura, da qual se pode ter uma vista panorâmica de todo o parque. O ingresso custa 15 libras, mas para utilizá-lo é preciso também ter o bilhete de acesso ao parque.

Como diversas competições ocorrerão fora do Parque Olímpico, como ginástica artística, judô e vôlei, é possível que muitos visitantes que tenham ingressos para os Jogos deixem a cidade sem conhecê-lo. Até pouco tempo atrás, havia ainda a

opção do View Tube, um observatório montado em contêineres ao lado do parque, de onde se tinha uma ótima vista do estádio – mas ele encerrou suas atividades em maio.

Resta, no entanto, uma última opção para quem não quer deixar Londres sem ao menos ver de perto o principal local de competições. Do enorme shopping Westfield Stratford — o maior centro de compras urbano da Europa —, é possível ter uma boa visão do Parque Olímpico. A melhor é do terceiro andar da loja de departamentos John Lewis, onde funciona uma das lojas oficiais de Londres 2012. De lá avista-se o Estádio Olímpico, o Centro Aquático e a Orbit. Uma opção modesta, mas gratuita e — o que é mais importante, diante da ausência de mais ingressos — disponível.

n estádio olímpico o acesso ao Parque só é permitido a quem comprou ingressos antecipadamente - no caso, os londrinos

Entradas para o Parque Olímpico custaram 10 libras. Estão esgotadas

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Guia de viagem: Parque Olímpico

Por Jonas Oliveira

nocaute Everton Lopes é cotado para ganhar ouro em Londres e resgatar tradição do boxe brasileiro

Da Redação

confira as lutas dos brasileirosmasculino (primeira rodada) HOJE10h - 56kg: Robenílson de jesus (bRa)

x orzubek sahyimov (uZb)

AMANHÃ4h30 - 60kg: Róbson Conceição (bRa)

x josh Taylor (GbR)6h - 69kg: Myke Carvalho (bRa)

x errol spence (eua)

SEGUNDA-FEIRA, 30/79h45 - 52kg: julião Neto (bRa) x jong

Chol Pak (PKR)11h - 81kg: Yamaguchi Falcão (bRa)

x sumit sangwan (INd)

QUINTA-FEIRA, 2/811h15 - 75kg: esquiva Falcão (bRa) * x vencedor de soltan Migitinov (aZe) x Mohamed hikal (eGI)

SÁBADO, 4/810h30 - 64kg: everton lopes (bRa)* x vencedor de Roniel Iglesias sotolongo (Cub) x Cesar Villarraga aldana (Col)obs * os lutadores esquiva Falcão e everton lopes já estão nas oitavas-de-final e aguardam adversários feminino (oitavas-de-final)DOMINGO, 5/89h45 - 51kg: erica Matos x Karilha

Magliocco (VeN)11h - 60kg: adriana araújo (bRa) x saida

Khassenova (KaZ)12h - 75kg: Roseli Feitosa (bRa) x jinzi li (ChI)

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jornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

cerimônia de abertura12 13jornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

E m Moscou 1980, a grande atração tanto da cerimônia de abertura como da encerramento foi o ursinho Misha, a

mascote da edição. em plena Guerra Fria, os estados unidos boicotaram a competição e os desfiles

C oreografias bem ensaiadas e coloridas deram o tom à festa de abertura em seul 1988. No mesmo estádio em que

ocorreu o evento, o canadense ben johnson passou pelo vexame de ser flagrado por doping e perdeu o ouro ganho nos 100 metros

Los angeles 1984 também sofreu com o boicote, desta vez de nações do leste europeu alinhadas com o comunismo. a

abertura do evento não foi tão emocionante quanto a anterior, mas será lembrada pelo voo de um homem sobre a plateia

P irotecnia, ilusão e mais coreografias ensaiadas à exaustão para garantir uma execução perfeita marcaram as

festividades que inauguraram Pequim 2008. o estádio Ninho do Pássaro tornou-se desde então ponto turístico na capital chinesa

memóriaq

j.b.

sca

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Pedr

o M

arti

Nell

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llie

sol

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Nick

alex

aNdr

e ba

ttib

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Gett

y iM

aGes

reut

ers

Os aviões da es-quadrilha da fumaça britâ-nica sobrevoa-

vam o Estádio Olímpico de Lon-dres, no revitalizado bairro de Strattford, espalhando as três co-res do Reino Unido: o vermelho, o azul e o branco. Sob eles, atores caracterizados como no século 18, em uma era ainda pré-indus-trial. Começava ali, às 20h (hora local) de uma sexta-feira nubla-da, uma nova era para os britâni-cos, orgulhosos por organizarem a 30ª Olimpíada da história.

A cerimônia, centrada no rico passado britânico e na extensão dos direitos às mulheres ( justa-mente nesta Olimpíada, em que os dois gêneros competem em todas as modalidades), partiu das mãos do cineasta Danny Boyle, um dos expoentes da chamada “Great Bri-tain” (ou Britância legal, em tra-dução livre) dos anos 90. Sintomá-tico. Nada melhor do que ele, o diretor do filme Trainspotting,

Ilha dafantasiadas fazendas de gado à revolução industrial, de shakespeare aos beatles, festa de abertura dos jogos olímpicos de londres viaja pelo melhor da história e da cultura britânicas

n bandeira O cavaleiro Rodrigo Pessoa à frente da delegação brasileira n A chegada da

Revolução Industrial também foi lembrada

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Por Marcos Sergio Silva, de Londres

sa pública à rainha, e “London Calling”, a apocalíptica música do Clash. Quem diria: em 35 anos, o insulto punk virou afirmação.

Então, um sino ecoou pelas mãos do vencedor da Tour de France, Bradley Wiggins. Era o início da cerimônia. Um solista repetia o arranjo de Sir Hubbert Parry para o poema Jerusalém, de William Blake. Vieram no te-lão referências às culturas espor-tivas britânicas — do críquete ao rúgbi. Os velhos britânicos carre-gavam o feno depositado no cen-tro do gramado, enquanto or-questra e percussão faziam o es-tádio tremer.

E mais referências ao passado glorioso: as torres fabris, os distri-buidores de jornal, o bonde puxado a cavalo, jovens e coloridos rapazes vestidos como os Beatles de Sar-gent Peppers. A autorreferência termina com os cinco anéis olímpi-cos caindo em cascatas de fogos de artifício sobre o gramado. O cheiro de pólvora tomou o estádio. E os 80000 presentes explodiam.

Era só o aquecimento para um microfilme, em que DanielCraig, o último James Bond da série 007, saiu do Palácio de Buckingham acompanhado da rainha Elizabe-th II em um helicóptero. Do telão para o gramado. A rainha Eliza-beth chega ao estádio para a aber-tura dos Jogos.

Mike Oldfield e outra institui-ção britânica, o álbum Tubular Bells, fizeram a trilha para 1200 voluntários, pacientes e enfer-meiros do Hospital Great Os-mond Street. Depois, teve até o ator Rowan Atkinson, famoso por M.r Bean, personagem que interpreta na festa enquanto a Orquestra Real Britânica toca o tema do filme Carruagens de Fogo. Só faltava mesmo o metrô londrino. Que não faltou, claro, agora em 3D para quem estava no estádio. Nem os mods. Nem a Swinging London dos anos 60. Nem Blue Monday, do New Or-der, o compacto mais vendido da história. A autorreferência pa-rou no próprio Boyle e seu Trainspotting, de 1996. Nesta al-tura, o estádio era um imenso amplificador de tudo o que a mú-sica britânica produziu.

E a tocha, claro. E ela, que atravessou o reino de todas as formas, veio carregada por Da-vid Beckham – saudado por todo o estádio – e Jane Bailey, do time futebol feminino da Grã Breta-nha. Seguiram-se 205 delega-ções. Pelos próximos dias, o mundo irá segui-los.

para reforçar a recuperação do or-gulho britânico. Em 2011, as bilhe-terias de O Discurso do Rei mos-travam essa carência. O casamen-to do príncipe Willian e Kate Mi-ddleton e o jubileu de 60 anos da rainha apenas a reforçaram.

Nuvens carregadas no estádio por atores aos poucos deram lu-gar a gotas de verdade. E só ces-saram assim que Boyle assumiu os microfones, no palco principal – montado, acreditem, com fun-do de céu azul. E teve início o show de abertura, com ingleses de um remoto passado e, outros, do fim do século 19, batendo uma bolinha de futebol. Quem sabe para celebrar a evolução, cantada pelo ex-punk Frank Turner, hoje um (mais pacato) cantor de folk.

O telão passou a contar os se-gundos, Mais símbolos ingleses, do ônibus de dois andares até a placa relativa à região de West-minster, sede do palácio real e da Casa dos Lordes, saudados por “God Save the Queen”, uma ofen-

n A força aérea britânica se exibe pouco

antes da festa

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jornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

cerimônia de abertura12 13jornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

E m Moscou 1980, a grande atração tanto da cerimônia de abertura como da encerramento foi o ursinho Misha, a

mascote da edição. em plena Guerra Fria, os estados unidos boicotaram a competição e os desfiles

C oreografias bem ensaiadas e coloridas deram o tom à festa de abertura em seul 1988. No mesmo estádio em que

ocorreu o evento, o canadense ben johnson passou pelo vexame de ser flagrado por doping e perdeu o ouro ganho nos 100 metros

Los angeles 1984 também sofreu com o boicote, desta vez de nações do leste europeu alinhadas com o comunismo. a

abertura do evento não foi tão emocionante quanto a anterior, mas será lembrada pelo voo de um homem sobre a plateia

P irotecnia, ilusão e mais coreografias ensaiadas à exaustão para garantir uma execução perfeita marcaram as

festividades que inauguraram Pequim 2008. o estádio Ninho do Pássaro tornou-se desde então ponto turístico na capital chinesa

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vam o Estádio Olímpico de Lon-dres, no revitalizado bairro de Strattford, espalhando as três co-res do Reino Unido: o vermelho, o azul e o branco. Sob eles, atores caracterizados como no século 18, em uma era ainda pré-indus-trial. Começava ali, às 20h (hora local) de uma sexta-feira nubla-da, uma nova era para os britâni-cos, orgulhosos por organizarem a 30ª Olimpíada da história.

A cerimônia, centrada no rico passado britânico e na extensão dos direitos às mulheres ( justa-mente nesta Olimpíada, em que os dois gêneros competem em todas as modalidades), partiu das mãos do cineasta Danny Boyle, um dos expoentes da chamada “Great Bri-tain” (ou Britância legal, em tra-dução livre) dos anos 90. Sintomá-tico. Nada melhor do que ele, o diretor do filme Trainspotting,

Ilha dafantasiadas fazendas de gado à revolução industrial, de shakespeare aos beatles, festa de abertura dos jogos olímpicos de londres viaja pelo melhor da história e da cultura britânicas

n bandeira O cavaleiro Rodrigo Pessoa à frente da delegação brasileira n A chegada da

Revolução Industrial também foi lembrada

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Por Marcos Sergio Silva, de Londres

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Então, um sino ecoou pelas mãos do vencedor da Tour de France, Bradley Wiggins. Era o início da cerimônia. Um solista repetia o arranjo de Sir Hubbert Parry para o poema Jerusalém, de William Blake. Vieram no te-lão referências às culturas espor-tivas britânicas — do críquete ao rúgbi. Os velhos britânicos carre-gavam o feno depositado no cen-tro do gramado, enquanto or-questra e percussão faziam o es-tádio tremer.

E mais referências ao passado glorioso: as torres fabris, os distri-buidores de jornal, o bonde puxado a cavalo, jovens e coloridos rapazes vestidos como os Beatles de Sar-gent Peppers. A autorreferência termina com os cinco anéis olímpi-cos caindo em cascatas de fogos de artifício sobre o gramado. O cheiro de pólvora tomou o estádio. E os 80000 presentes explodiam.

Era só o aquecimento para um microfilme, em que DanielCraig, o último James Bond da série 007, saiu do Palácio de Buckingham acompanhado da rainha Elizabe-th II em um helicóptero. Do telão para o gramado. A rainha Eliza-beth chega ao estádio para a aber-tura dos Jogos.

Mike Oldfield e outra institui-ção britânica, o álbum Tubular Bells, fizeram a trilha para 1200 voluntários, pacientes e enfer-meiros do Hospital Great Os-mond Street. Depois, teve até o ator Rowan Atkinson, famoso por M.r Bean, personagem que interpreta na festa enquanto a Orquestra Real Britânica toca o tema do filme Carruagens de Fogo. Só faltava mesmo o metrô londrino. Que não faltou, claro, agora em 3D para quem estava no estádio. Nem os mods. Nem a Swinging London dos anos 60. Nem Blue Monday, do New Or-der, o compacto mais vendido da história. A autorreferência pa-rou no próprio Boyle e seu Trainspotting, de 1996. Nesta al-tura, o estádio era um imenso amplificador de tudo o que a mú-sica britânica produziu.

E a tocha, claro. E ela, que atravessou o reino de todas as formas, veio carregada por Da-vid Beckham – saudado por todo o estádio – e Jane Bailey, do time futebol feminino da Grã Breta-nha. Seguiram-se 205 delega-ções. Pelos próximos dias, o mundo irá segui-los.

para reforçar a recuperação do or-gulho britânico. Em 2011, as bilhe-terias de O Discurso do Rei mos-travam essa carência. O casamen-to do príncipe Willian e Kate Mi-ddleton e o jubileu de 60 anos da rainha apenas a reforçaram.

Nuvens carregadas no estádio por atores aos poucos deram lu-gar a gotas de verdade. E só ces-saram assim que Boyle assumiu os microfones, no palco principal – montado, acreditem, com fun-do de céu azul. E teve início o show de abertura, com ingleses de um remoto passado e, outros, do fim do século 19, batendo uma bolinha de futebol. Quem sabe para celebrar a evolução, cantada pelo ex-punk Frank Turner, hoje um (mais pacato) cantor de folk.

O telão passou a contar os se-gundos, Mais símbolos ingleses, do ônibus de dois andares até a placa relativa à região de West-minster, sede do palácio real e da Casa dos Lordes, saudados por “God Save the Queen”, uma ofen-

n A força aérea britânica se exibe pouco

antes da festa

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jornal placar | Sábado, 28 de julho de 2012

14 Futebol

após goleada e show de bola na estreia, Seleção é favorita no duelo de hoje, mas time adota cautela para evitar a zebra

Depois de golear a seleção de Ca-marões por 5 x 0 na estreia dos

Jogos Olímpicos, a seleção brasi-leira feminina de futebol enfren-ta a Nova Zelândia, hoje, às 10h30min (horário de Bra-sília). As adversárias preci-sam desesperadamente da vitória, pois se deram mal na primeira rodada e acaba-ram derrotadas pela Grã-Bretanha, por 1 x 0. Em caso de nova derrota, já podem pensar em voltar para casa.

A situção do Brasil é bem mais confortável. O time joga como favorito absoluto e pode sair de campo já clas-sificado. Caso as donas da casa derrotem Camarões, e as brasileiras vençam as ne-ozelandesas, o Brasil se ga-rante nas quartas-de-final, deixando para a rodada se-guinte apenas a tarefa de decidir contra a Grã-Breta-nha quem ficará com o pri-meiro lugar do grupo.

Brasil pega Nova Zelândiapor vaga na próxima faseDa Redação

loja de antiguidadesPor Fábio Altman, de Londres

Pira acesa, o esporte é quem manda e o mundo começa a buscar os atletas que ajudam a construir a história dos Jogos Olímpicos. Não haveria grandiosidade na Berlim nazista de 1936 sem Jesse Owens. A Olimpíada

de Munique, em 1972, talvez fosse lembrada apenas pelo infame atentado à delegação israelense não fossem as sete medalhas de ouro do bigodudo Mark Spitz. Há quatro anos, em Pequim, deu-se a entronização do homem-peixe Michael Phelps (oito primeiros lugares) e do jamaicano Usain Bolt, vencedor e recordista mundial dos 100 metros e dos 200 metros no atletismo. A partir de hoje, em Londres, Phelps e Bolt ainda são os gigantes a ser batidos – e não nos surpreendamos se eles perderem a coroa para Ryan Lochte na piscina e Yoham Blake na pista. Há ansiedade pela descoberta de novas lendas do esporte.

E que tal buscá-las no espelho retrovisor, também em Londres, na Olimpíada de 1948, disputadas por 3714 homens e apenas 390 mulheres? Uma participação feminina modestíssima,

comparada a 2012. Agora, 40% dos 10 500 atletas são mulheres, um extraordinário salto em relação aos jogos de 64 anos atrás, quando elas representavam apenas 9,5% dos competidores. E num clube tão reservadamente masculino, no machismo atávico do pós-guerra, o mágico e inescapável nome de 1948 foi uma mãe de dois filhos, então com 30 anos. A holandesa Fanny Blankers-Koen venceu os 100 metros, os 200

metros, os 80 metros com barreiras (prova que já saiu da agenda olímpica) e o revezamento 4 x 100 metros. Fanny, alcunhada de “a dona de casa voadora”, virou uma celebridade instantânea em um tempo em que a televisão na Europa engatinhava. Antecipou a revolução feminina, a geração da pílula anticoncepcional, em quase duas décadas. Ao desembarcar em Amsterdã, depois dos Jogos, foi recebida por multidões nas ruas da cidade. Deram-lhe de presente uma bicicleta, “para que não precisasse mais sair correndo”. Fanny morreu em 2004, aos 85 anos, em decorrência do Mal de Alzheimer. Se ela foi o Bolt daquele tempo, quem seria a possível Fanny de hoje? As fichas estão quase todas alocadas em Jessica Ennis, uma inglesa de 26 anos favorita no heptatlo que divide o atletismo com capas de revista. Ela não tem filhos e nem é dona de casa.

n múltiplos ouros a holandesa Fanny blankers-Koen conquistou quatro ouros nos jogos de londres 1948

n pé na forma Cristiane dá duro no treino de musculação para continuar fazendo gols para o brasil

Fanny virou celebridade num tempo em que a TV engatinhava na Europa

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A dona de casa voadora

Apesar do placar elástico obti-do na estreia e das próximas ad-versárias terem um nível técnico inferior, as jogadoras do Brasil re-cusam o rótulo de favoritas. Da goleira à ponta-esquerda, a ordem é adotar uma postura de cautela. “A gente sabe que foi apenas um primeiro passo e que temos que

melhorar ainda para disputar a medalha de ouro”, disse a camisa 10, Marta, que crê em dificuldades no jogo contra a Nova Zelândia.

Passar bem na primeira fase é um trunfo importante na busca pelo ouro. Nos Jogos Olímpicos, são apenas três grupos com qua-tro seleções, dos quais se classi-

ficam, além dos dois melho-res de cada chave, os dois melhores terceiros coloca-dos. Os dois melhores pri-meiros colocados enfrenta-rão os dois melhores tercei-ros. Com isso, se a fase de classificação terminasse hoje, o Brasil enfrentaria o Canadá. O importante agora é evitar surpresas para fugir de um indesejado confronto com os Estados Unidos an-tes de uma eventual final.

Além do jogo do Brasil, a rodada de hoje terá mais as seguintes partidas: Japão x Suécia (8h), Canadá x África do Sul (10h45), Estados Uni-dos x Colômbia (às 13h), Grã Bretanha x Camarões (13h15), e França x Coreia do Norte (às 15h45).

andreiaFabianabrunaerikaMaurineRenata CostaFormigaesterFrancielleMarta Cristiane

bindonSmithercegRileyPercivahoyleYallopMoorwood GregoriusWilkinsonhearn

local: Millennium Stadium (Cardiff, País de Gales)

Árbitra: bibiana Steinhaus (alemanha)

Horário: 10h30 (brasília); 14h30 (local)

t. jorge barcellos t. Tony Readings

Brasil NOVA ZELÂNDIA

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brasileiro do diaPor Alexandre Salvador, da VEJA

O berro na consciência

jornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

16

A técnica da seleção brasileira feminina de judô, Rosicléia Campos, é um exemplo daquelas pessoas que se transformam quando colocadas à prova. Quem a vê conversar fora de competição imagina que se trata de

uma mulher calma e controlada. Mas basta colocá-la a beira do tatame que a metamorfose acontece. Quando seus comandados entram em ação, a carioca de 43 anos parece travar uma luta contra uma adversária invisível, além de alertar em alto e bom som seus comandados sobre o posicionamento das pernas ou das mãos. “A vontade que eu tenho literalmente é agarrar o adversário. Tanto que eu acompanho os movimentos da luta. Essa é minha filosofia de trabalho, colocar toda a energia na luta”, diz a treinadora.

Rosi, como é chamada por seus colegas, quer ganhar tudo no grito, e acaba conseguindo. Para entrar no esporte, aos 11 anos de

idade, ela fugia de algumas aulas de catequese para frequentar a academia de judô. Quando seus pais descobriram a travessura, em vez da previsível bronca veio o aval do pai, que a matriculou numa escola do esporte. Ex-atleta olímpica, Rosicléia treina a seleção adulta desde 2005 e contribuiu para o salto de qualidade do judô feminino do Brasil: em Pequim,

Ketleyn Quadros levou o bronze na categoria até 57 quilos, se tornando a primeira brasileira a conquistar uma medalha individual na Olimpíada. No ano passado, Rosi foi eleita a melhor treinadora de esportes individuais do Brasil (entre homens e mulheres, que fique claro).

Mas para a competição que começa amanhã, em Londres, a treinadora do Brasil vai ser obrigada a se controlar. Em 2011, a federação internacional de judô baixou a lei da mordaça, uma que proíbe a comunicação entre técnico e atleta durante a luta sob a ameaça de expulsão. “Todos me citam com exemplo dessa nova regra. Mas eles criaram isso para evitar aquele tipo de técnico que quer arbitrar a luta. Eu nunca me dirigi a árbitro algum, só passo instrução para minhas atletas”, se justifica Rosicléia. Para driblar a regra, a comissão técnica brasileira combinou sinais que são interpretados por aqueles sentados na arquibancada e esses, sim, podem berrar as orientações passadas pela treinadora. Em casos extremos, quando a medalha estiver em risco, Rosi recebeu autorização dos dirigentes para soltar a voz. “Isso aqui é uma guerra. Posso ser expulsa, mas vou garantir a medalha. É uma falta consciente.” Se a primeira medalha brasileira vier pelas mãos do judô feminino, já valeu a pena a gritaria.

Aos 11 anos, fugia da catequese para ir à academia de judô

Futebol

n no gesto Para driblar a regra que restringe falar com o lutador, a técnica da seleção teve de se readaptar

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Abre o olho, Mano!Falhas da zaga no jogo contra o egito ligam sinal de alerta na seleção. Time volta a campo amanhã contra a bielorrúsia

Depois do preo-cupante segun-do tempo do jogo de estreia,

quando quase permitiu o empate do Egito, a seleção brasileira sabe que o caminho para a medalha de ouro passa pela obrigação de me-lhorar seu sistema defensivo. Até porque, depois que passar pela fase eliminatória da competição, qualquer falha pode custar todo o trabalho de Mano Menezes.

Não era segredo para ninguém que a defesa vinha sendo o setor mais deficiente da Seleção. Mes-mo com Mano tentando minimi-zar as falhas, creditando-as a um relaxamento depois dos 3 a 0 do primeiro tempo, o setor revelou problemas que preocupam o tor-

cedor. O goleiro Neto, o zagueiro Juan e especialmente o lateral-esquerdo Marcelo sofreram com momentos de indecisão diante dos egípcios.

“Tomamos gols em erros bo-bos, precisamos corrigir, agora é pensar no próximo compromis-so”, reconhece o lateral Rafael ao falar das confusões na retaguarda brasileira.

Estreante e substituto do lesio-nado Rafael, o goleiro Neto as-sustou os torcedores com apenas três minutos. Ele escorregou em uma bola alta na área brasileira, mas se recuperou no lance ao de-fender o chute de El Neny. Pouco depois, errou em uma saída com os pés e quase proporcionou um gol ao adversário. No segundo tempo, Neto ainda sofreu um gol esquisito, em chute sem grande

potência de Salah. A propósito, no mesmo lance, Juan também vacilou ao apenas observar a fi-nalização do egípcio.

Por fim, o lateral esquerdo Marcelo, um dos veteranos e lí-deres do grupo de Mano Mene-zes, aumentou a lista de falhas. Na etapa final, o jogador se equi-vocou em um recuo de cabeça e deixou Salah livre para marcar. Mas o atacante do Egito demorou uma eternidade para finalizar e permitiu o carrinho do lateral brasileiro.

O Brasil volta a campo amanhã, às 11 horas (horário de Brasília), contra a Bielorrússia, em Man-chester. O time deve ser o mesmo da estreia. Oscar, oficialmente vendido ao Chelsea, e Neymar são as principais armas ofensivas da equipe.

Da Redação

Mano esperto Técnico brasileiro não gostou do desempenho dos laterais na estreia

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Neste primeiro dia do tênis, os brasileiros entram em quadra apenas no torneio de duplas. A partir das 13h30, Thomaz Bellucci e André Sá enfrentam os

americanos Mike e Bob Bryan, dupla número dois do mundo. Duas horas depois, mais um confronto entre Brasil e Estados Unidos: Marcelo Melo e Bruno Soares encaram John Isner e Andy Roddick. No caminho do Brasil, nenhum respiro. Do mesmo lado do chaveamento de Bellucci e Sá estão os espanhóis Marcel Granollers e Marc López e os suíços Roger Federer e Stanislas Wawrinka. Na chave do outro dueto do Brasil ficaram os espanhóis David Ferrer/Feliciano López e os sérvios Novak Djokovic/Viktor Troicki. “Já joguei com o André algumas vezes e temos apenas que acertar o nosso posicionamento em quadra”, diz Bellucci. O atual 40º do mundo vem de seus melhores resultados no ano. Nas últimas semanas, venceu o ATP de Gstaad e o Challenger de Braunschweig e foi semifinalista do ATP de Stuttgart.

Duplas do Brasil estreiam hoje à tarde

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Três semanas após o Torneio de Wimble-don, seu tapete verde já receberá estrelas

do tênis mundial de novo. A par-tir de hoje, o tradicional comple-xo recebe as partidas da modali-dade nos Jogos. Com a exceção do espanhol Rafael Nadal, quase todos os grandes nomes foram a Londres representar seus países.

No primeiro dia, estreiam o su-íço Roger Federer, a sérvia Ana Ivanovic e a americana Serena Williams. Segundo do ranking, Novak Djokovic joga no domin-go, assim como a russa Maria Sa-rapova e o inglês Andy Murray. “Roger é o favorito para ganhar o ouro, mas não será fácil, porque terá que enfrentar outros atletas de alto nível’’, destacou o sérvio em entrevista coletiva.

Atual campeão de Wimbledon, Federer não se importou com a pressão em torno dele. “Ganhar Wimbledon ajudou muito minha confiança. Não me importo de ser favorito porque jogo melhor nesta condição”, afirmou.

O suíço também lamentou a de-sistência do espanhol Rafael Nadal. “Fiquei surpreso ao ver Rafa desis-tir, pois ele é o atual campeão. Foi uma grande baixa, mas ele deve ter suas razões”, comentou. O líder do ranking mundial fará sua estreia diante do colombiano Alejandro Falla, às 12h. Às 7h30, Ana Ivanovic enfrenta a americana Christina McHale. E Serena Williams pega a sérvia Jelena Jankovic às 10h30.

Mais do que uma luta por medalha, o veterano

Hugo Hoyama começa hoje uma espécie de ritual de despedida. Aos 43 anos o mesa-tenista re-vela que tirou do Palmeiras, seu clube do coração, parte da inspi-ração para enfrentar sua sexta Olimpíada, na qual deve fazer suas últimas partidas interna-cionais. Além de ser atleta do clube, Hoyama é um torcedor apaixonado do Verdão, daqueles

de ir ao estádio e frequentar treinos na Academia. Nesse mo-mento de pré-aposentadoria, Hoyama espera fazer como seu ídolo, o também veterano Mar-cos Assunção, que desafia o peso da idade e exibe maestria em co-branças de faltas e escanteios.

Segundo o mesa-tenista, a forma como boleiro se dedica nos treinos é um exemplo para todos os atletas. Hoyama estreia nos Jogos hoje, diante do polo-

nês Zengyi Wang. Se ele está se despedindo, o sonho olímpico está desabrochando para Caro-line Kumahara. Ela completou 17 anos ontem, na festa de aber-tura, e hoje faz sua estreia no torneio. Kumahara é a segunda mais jovem da delegação brasi-leira e faz parte do grupo de atletas abaixo da maioridade, em companhia da canoísta Ana Sátila, de 16 anos, e da ginasta Harumy de Freitas, de 17 anos.

Palmeirense inspira o veterano Hugo Hoyama Mesa-tenista homenageia clube do coração seguindo os passos do volante Marcos Assunção

Tênis de mesa

jornal placar | SáBADO, 28 DE JULhO DE 2012

Tênis18

Em dois jogos, brasileiros enfrentam americanos

Estrelas na gramaExceto Rafael Nadal, os melhores tenistas do mundo brigam pelo ouro a partir de hoje

n serena Campeã de Wimbledon volta ao complexo para tentar o ouro

n número 1 Suíço assume favoritismo e lamenta ausência de Nadal

n djoko O sérvio é a principal ameaça a Federer no caminho pelo topo do pódio

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A mArAtonA dA presidente

jornal placar | sábado, 28 de julho de 2012

CASA BRASIL20

Casarão no centro cultural somerset house será palco de exposições e shows para divulgar o esporte e a cultura do brasil

Animada com a estreia brasi-leira na Olim-píada, a presi-

dente Dilma Rousseff demons-trou sua alegria de torcedora verde-amarela durante a inaugu-ração oficial da Casa Brasil em Londres, nesta quinta-feira (26), ao lado de Carlos Arthur Nuz-man, presidente do Comitê Olím-pico Brasileiro (COB) e do Comi-tê Organizador dos Jogos Olím-picos e Paralímpicos Rio 2016. “Começamos com o pé direito e continuamos com pé quente”, comentou a presidente, referin-do-se às vitórias do Brasil nos jo-gos de futebol feminino e mascu-lino na quarta e quinta-feira, res-pectivamente.

O espaço, que ocupa 2.200m² do centro cultural Somerset Hou-se, um casarão localizado no cen-

Dilma cai na torcidaPor Aline Salcedo, de Londres tro da capital britânica, será palco

de exposições, shows e seminários para divulgar o esporte e a cultura do Brasil durante os Jogos. A presi-dente ficou encantada especial-mente com uma instalação com o bumba meu boi, uma das figuras mais folclóricas da cultura brasi-leira. “Fiquei muito feliz por visitar a Casa Brasil. Vi uma exposição que mostra o Brasil de uma forma muito especial. Este projeto orgu-lha todos os brasileiros e os que puderem, devem fazer uma visita. Tenho certeza de que essa experi-ência que viveremos em Londres durante os Jogos será levada para o Brasil no que tem de melhor e no que tem de desafios. Viveremos dias especiais aqui e, em 2016, o Brasil será o encontro de todos os povos. No momento, torço para que Londres faça a melhor Olimpí-ada em 2012. Mas tambémtorce-mos para que nós façamos a me-lhor Olimpíada em 2016 e a melhor

Copa do Mundo em 2014”, afirmou Rousseff, em seu discurso.

A inauguração contou ainda com a presença do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, do presi-dente da FIFA, Joseph Blatter, do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, do deputado Mar-co Maia, presidente da Câmara, entre outras autoridades. “Tenho certeza de que a Copa do Mundo no Brasil será um sucesso, como essa Olimpíada em Londres, es-tou confiante”, afirmou Blatter.

Após a cerimônia oficial, Nuz-man celebrou com empresários e autoridades no pátio da Casa, que tem vista para um dos cartões postais mais simbólicos de Lon-dres, a London Eye. “Vou a todos os jogos. Como torcedor e para me inspirar ainda mais. Essa Olimpíada será magnífica, linda, e com certeza é uma inspiração para a Rio 2016”, afirmou.

n dilma Presidente visita espaço de promoção do Brasil

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London CaLLingPor Giancarlo Lepiani, da VEJA

No último dia 12, o primeiro show da carreira dos rolling stones, no clube marquee, em oxford street, região central de Londres, completou 50 anos. na noite desta sexta-feira, o maior ícone vivo do rock,

paul mccartney, encerra a cerimônia de abertura dos Jogos olímpicos cantando dois clássicos dos Beatles - the End e hey Jude. Dentro desse período, a capital britânica foi o centro de algumas das maiores revoluções da história do pop, do mod ao furacão punk, do britpop aos gêneros eletrônicos. todos os nomes que importam nesse meio século de som e fúria passaram pelos palcos londrinos. E quando a cidade foi anunciada como sede da olimpíada de 2012, há sete anos, a primeira coisa que veio à cabeça dos adeptos do rock foi justamente essa herança musical - esses Jogos, pensaram eles, teriam a melhor trilha sonora da história. a presença de paul logo na festa de abertura é prova de que o legado pop do país não será esquecido ao longo do evento. Quem veio para Londres achando que assistiria a uma série interminável de shows memoráveis, porém, ficou na mão. Fora dos eventos oficiais da olimpíada, a programação musical da cidade anda fraquíssima

- pelo menos se comparado ao seu padrão costumeiro, em que cada noite oferece pelo menos uma boa opção musical. Bandas menores e nomes que pouco empolgam - alguém aí topa ver o veterano do reggae Jimmy cliff ao vivo? - dominam a magra agenda. Eddie Vedder, do pearl Jam, faz um show solo. Às vésperas do fim dos Jogos, Lou reed chega à cidade. E é só.

nas comemorações oficiais da olimpíada, a história é outra. antes da cerimônia desta sexta, o hyde park abrigou um festival para marcar o início dos Jogos, com um artista de cada país do reino unido: Duran Duran (inglaterra), snow patrol (irlanda do norte), stereophonics (país de gales) e paolo nutini (Escócia). a melhor escalação, porém, é a do show que marca o fim dos Jogos, no dia 12 de agosto, também no hyde park, com Bombay Bicycle club, new order, the specials e Blur, uma verdadeira bandeira do pop britânico, que faz o show derradeiro de sua reverenciada carreira. na cerimônia do Estádio olímpico, não sobrou muita coisa: apesar da presença do lendário the Who, a festa terá sabor menos roqueiro, com george michael e take that. Qualquer que seja o gosto do visitante, porém, há um problema: a escassez de ingressos. tanto o encerramento olímpico como a apresentação de despedida do Blur estão com entradas praticamente esgotadas. resta a alternativa de, entre uma competição e outra, fazer uma peregrinação aos marcos históricos do rock em Londres. a pose obrigatória na faixa de pedestres diante dos estúdios de abbey road pode ser a primeira parada. um giro por camden, bairro rico em história pop, também é altamente recomendável. melhor ainda é esticar a estadia em Londres e esperar o furacão olímpico passar. com a cidade de volta ao seu ritmo normal, é possível sair todas as noites para ouvir boa música, como no longínquo 1962, quando os stones ainda eram apenas novatos.

It’s Only Rock’n Roll (But I Like It)

A presença de Paul é a prova de que o pop do país não será esquecido ao longo dos Jogos

a Presidente dilma Rousseff não está em busca de medalha, mas tem cumprido uma agenda digna de maratonista em londres. Nos últimos dois dias ela não parou um minuto. depois de inaugurar a Casa brasil, dilma deu entrevistas, comeu bobó de camarão com os atletas brasilerios no Crystal Palace e foi recebida no Palácio de buckingham, onde se encontrou com a Rainha elisabeth II

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Os primeiros re-cordes dos Jo-gos de Londres já caíram antes

da cerimônia de abertura. Na manhã de ontem, o sul-coreano Dong Hyun bateu sua própria marca na prova de ranqueamento do tiro com arco individual. Bi-campeão olímpico, ele é, legalmente, considerado cego por ter somente 20% da visão no olho direito e 10% no olho esquerdo.

Ao ficar em primeiro lu-gar entre os 64 arqueiros, o competidor fez 699 pon-tos, três a mais que seu re-corde anterior. Favorito ao ouro, ainda ajudou seu

Judô proíbe véumuçulmano

a Federação Internacional de judô proibiu a atleta saudita ali shahrkhani de usar o

hijab, o traje típico que cobre a cabeça das mulheres muçulmanas em aparições públicas. a entidade ressaltou preocupações com a peça, pois golpes como estrangulamento e agarrões podem ser perigosos para as atletas. a decisão pode ameaçar a participação de shahrkhani nos jogos, já que os líderes sauditas condicionaram a ida das judocas ao local das competições ao uso da veste religiosa.

“Vila parece Ibiza”critica sérvioa Vila olímpica dos jogos de londres está

tirando o sono do nadador sérvio Milorad Cavic. Incomodado com o barulho constante dos alojamentos e áreas comuns, ele comparou o local à famosa ilha de Ibiza, a leste da espanha, conhecida por suas enlouquecedoras baladas. “aqui toca música até a meia-noite como se estivéssemos em Ibiza. Às vezes, me pergunto o que fazemos aqui”, criticou Cavic no Twitter.

Brasileiro engorda 40 kgao contrário da maioria dos atletas que

encaram um regime rigoroso antes de uma competição, o brasileiro Fernando Reis, de 22 anos, se preocupou em comer. uma das promessas no levantamento de peso, Reis teve de engordar mais de 40 quilos nos últimos dois anos para disputar os jogos de londres. Com 142 kg, o brasileiro estreia dia 7 na categoria super-pesado. Na sua dieta, o menino costuma comer seis pães no café da manhã só para começar o dia bem alimentado.

Indianos de ouroterão medalha extraUma empresa indiana de entretenimento

anunciou que vai premiar os atletas do país que conquistarem o ouro nos jogos de londres com uma medalha extra, também de ouro, com 5 quilos de peso. os competidores que faturarem prata e bronze também ganharão medalhas de ouro, de 3kg e 2 kg, respectivamente.

Canadense chega à 10ª Olimpíada

apelidado de Capitão Canadá, o cavaleiro canadense Ian Millar, de 65 anos, se

prepara para bater o recorde do velejador austríaco hubert Raudaschl e competir em sua 10ª olimpíada. Prata por equipes em Pequim 2008, Millar estaria em sua 11ª edição dos jogos se o Canadá não tivesse boicotado a olimpíada de Moscou, em 1980.

Neymar é top 5 nas redes sociaisneymar ainda não subiu no pódio em

londres, mas, pelo menos, já pode se gabar por estar entre os melhores do mundo quando o assunto são as redes sociais. o atacante ocupa o 5º lugar na lista dos atletas mais populares do Twitter que participam desta edição das olimpíadas. o santista, que soma quase 11 milhões de seguidores, fica atrás do ala da seleção americana de basquete lebron james (17.440.665 seguidores), Kobe bryant (13.661.511), Roger Federer (11.215.772) e Rafael Nadal (11.061.150), que desistiu dos jogos na última hora. Federer, curiosamente, sequer tem perfil no Twitter. seus admiradores estão no Facebook.

Ex-companheiro de clube elogia OscarMuriel, goleiro do Internacional-Rs,

rasgou seda para o meio-campista oscar, com quem atuava até o início dos jogos olímpicos. “o oscar é um dos melhores jogadores da nossa geração. Fará falta para o Inter, mas tenho certeza de que terá muito sucesso nas olimpíadas e no Chelsea”, disse.

Sudanês pede asilo políticoo governo britânico registrou ontem seu

primeiro pedido de asilo político de um atleta estrangeiro nos jogos de londres. um corredor sudanês, de 20 anos e que teve sua identidade preservada, se dirigiu a um posto policial da capital britânica e solicitou refúgio no país a uma autoridade governamental. o sudão, que atravessa instabilidade política e social, enviou uma delegação com apenas seis competidores ao evento.

Campeã do peso fica fora dos JogosFavorita do levantamento de peso na

olimpíada de londres, a russa oksana slivenko, de 25 anos, está fora da competição por conta de uma contusão sofrida nos treinos nesta semana. Campeã mundial e europeia, slivenko disputaria a categoria até 69 quilos. Nos jogos de Pequim, em 2008, ela conquistou a medalha de prata. a substituta dela será Natalya Zabolotnaya.

Traje vendido a peso de ouroos americanos que quiserem se vestir

como os atletas da delegação de seu país poderão fazê-lo, desde que paguem aproximadamente R$ 3.252. o traje foi inspirado nos uniformes da Marinha americana. a peça mais barata, o cinto, sai por R$ 171. a camisa sai por R$ 181. Mas a indumentária mais cara mesmo é o blazer, que custa R$ 1.600. Quem desenhou o uniforme foi a marca americana Ralph laurent, mas tudo foi produzido na China.

n no alvo deficiente visual dong hyun bateu sua própria marca no tiro com arco

n brasileiro daniel Xavier teve

problemas com o equipamento

Na mesma prova, brasileiro ficou em 51ª posição e encara polonês na segunda

país a bater a melhor mar-ca por equipe no mesmo dia. Também com Kim Bubmin e Oh Jin-Hyek, a Coréia do Sul somou 2087 pontos, passando em 18 o desempenho anterior.

Hyun não gosta quando a imprensa fala muito de visão. “Eu não tenho uma bengala, não tenho um cão guia e acho desagradável quando dizem que sou de-ficiente”, comentou em entrevistas durante seus treinos em Londres.

Esta fase do torneio ser-ve apenas para determinar

os confrontos em mata-mata da etapa seguinte. Único representante brasi-leiro, Daniel Xavier ficou na 51ª posição, com 653 pontos. Uma instabilidade na alça de mira do arco, que quebrou pouco antes da prova, teria prejudica-do sua atuação. Na segun-da-feira, ele encara o po-lonês Rafal Dobrowolski. “Eu o conheço de etapas da Copa do Mundo e a eli-minatória é outra prova completamente diferente. Agora vai ser para valer”, animou-se.

Arqueiro “cego” bate o primeiro recorde

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n Vai para a rede britânica de ótica Specsavers, que, satirizando a gafe da troca de bandeiras das Coreias, no jogo de futebol entre Colômbia e Coreia do Norte, publicou anúncios nos jornais de lá com a bandeira da Coreia do Norte acima da sul-coreana e, no idioma asiático, uma mensagem sugerindo que os organizadores dos Jogos deveriam ter consultado uma das lojas da rede. O slogan do anúncio - “Deveriam ter procurado a Specsavers” — caiu como uma luva para as pessoas que trocaram as bandeiras. Isso é que é presença de espírito. Nada como o sarcasmo inglês....

n Vai para o o festival de gafes dos ingleses nos primeiros dias dos Jogos. Ontem, o secretário de cultura Jeremy Hunt aumentou a lista das mancadas. Desastrado, ele obteve a proeza de, ao tocar o sino olímpico, fazer com o objeto se desgarrasse do badalo e atingisse seu assessor de imprensa. O acidente ocorreu durante a cerimônia realizada às 8h12 da manhã de ontem (4h12 de Brasília), na qual todos os sinos da Ilha, inclusive o do Big Ben, mais famoso monumento do Reino Unido, soaram para celebrar o início dos Jogos Olímpicos na cidade.

medalha de ouro

medalha de lata

Árbitro turco é encontrado morto em hotel de LondresO árbitro turco de boxe Ga-

rip Erkuyumcu, de 73 anos de idade, foi encontrado morto no quarto do hotel em que estava hospedado em Londres, ontem. De acordo com a Federação de Pu-gilismo turca, Erkuyumcu era in-tegrante da comissão de juízes da Associação Internacional de Boxe e havia sido convocado para os Jo-gos Olímpicos de Londres como árbitro assistente. Segundo infor-mações da equipe olímpica da

Turquia, o corpo de Erkuyumcu foi encontrado por um colega. As causas da morte ainda não foram reveladas, mas há indícios que apontam que ele sofreu um ataque cardíaco. Segundo a imprensa tur-ca, Erkuyumcu já havia sofrido um espasmo cardíaco anterior-mente. O resultado da autópsia deve ser divulgado nos próximos dias. O torneio de boxe tem início hoje (veja a tabela de lutas dos pu-gilistas brasileiros na página 10).

luto Erkuyumcu, de 73

anos: ataque cardíaco fulminante

Radar olímpico

Velocista encontrameio-irmãoA americana Jeneba Tarmoh, de 22

anos, conheceu pessoalmente ontem seu meio-irmão John Mannah, 15 anos mais velho, com quem falava apenas por telefone. A atleta, que disputará o revezamento 4x100m feminino, revelou que apesar da alegria que sentiu ao obter sua melhor marca da carreira nos 100m neste ano, nada pode ser comparado à sensação provocada pelo reencontro.

Fleuma? Que fleuma? Tidos como pouco entusiasmados, os britânicos — e os londrinos, em especial —

trataram de se desvencilhar desse clichê ontem, antes, durante e após a cerimônia de abertura, no estádio Olímpico. O torcedor abaixo, anônimo, simboliza o atual momento de agitação na terra da Rainha

Ciclista defendeorgulho de RuandaPorta-bandeira de Ruanda nos Jogos de

Londres, o ciclista Adrien Niyonshuti quer que seu país passe a ser conhecido pelo potencial esportivo e não pela fama de violência da nação, marcada pelos massacres de milhares de civis nas últimas duas décadas. O ciclista, de 25 anos, faz parte da delegação de sete atletas de Ruanda e tem como meta terminar entre os 20 melhores na prova de mountain bike.

Tarallo enche abola das meninasApesar dos contratempos na reta final

da preparação, como o corte da ala Iziane, o desempenho da equipe brasileira de basquete está perto do ideal para o técnico Luís Cláudio Tarallo. ele elogiou o setor defensivo e ressaltou que as jogadoras devem evoluir com a sequência de jogos. A estreia das brasileiras acontece hoje, às 16h (de Brasília), contra a França.

figurinha carimbada

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