jornal institucional iidac (edição 4)

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IIDAC 2010 / Jornal Institucional / EDIÇÃO 4 Final de ano é mo- mento de avaliação, balanço e projeção de novas metas. Sob os desafios que permea- ram as atividades do IIDAC em 2010, valiosas lições fo- ram aprendidas. Comparti- lhamos experiências e resul- tados de projetos. Sonhamos e criamos história junto com diversas organizações, par- ceiros, crianças, adolescentes e jovens, que pelo Brasil intei- ro se esforçam para cumprir seus papéis como sujeitos de direitos e ativos promotores dos direitos humanos. Em 2011 acompanha- remos o início de um novo ciclo na história do Brasil. Mãos femininas conduzirão o destino do país, o que tam- bém nos inspira a pensarmos e nos prepararmos para o fu- turo que acena com muita es- perança e oportunidades de desenvolvimento, com vistas à inclusão social e à cidada- nia. Aos nossos estima- dos colegas, leitores e apoia- dores, o desejo de um final de ano rico em celebrações e com muita paz. A todos um excelente e promissor 2011! Concentradas na capital federal no início de dezembro, 62 experiências realizadas entre 2007 e 2010, no marco referencial da Agenda Social Criança e Adolescente, compartilharam espaço, anseios e resultados durante o 1º Obser- vatório de Boas Práticas e Projetos Ino- vadores. Representantes de organizações das cinco regiões do país trouxeram para o encontro exemplos de ações transfor- madoras desenvolvidas em suas comu- nidades. O trabalho de reordenação do contexto social, exposto pelas práticas selecionadas, retratou sob diferentes aspectos e temáticas os esforços desem- penhados em todo o país para a capa- citação, qualificação e reintegração de crianças, adolescentes e jovens, enquan- to protagonistas na validação de seus direitos. O evento, promovido pela Secre- taria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA) em parceria com o Instituto Interna- cional para o Desenvolvimento da Ci- dadania (IIDAC), possibilitou o diálogo entre diversas esferas sociais. Gestores da política de direitos da criança e do adolescente, ONG’s, universidades, con- selheiros tutelares e de direitos, pesqui- sadores, personagens estratégicos do Sistema de Garantia de Direitos (SGD), organismos internacionais, adolescentes e jovens compartilharam informações, identificaram desafios e traçaram me- tas com vistas a uma maior eficiência de políticas públicas implementadas para a defesa e promoção dos direitos da crian- ça e do adolescente. O encontro em Brasília também foi palco de releitura e avaliação dos avanços tidos nas duas últimas déca- das, com igual ressalto das lacunas. Na oportunidade, o Ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, esteve à frente do lançamento do livro “Direitos Humanos, Criança e Adolescente – 20 anos do ECA”. Outro campo de análise e discussão foi o vigésimo primeiro ani- versário da Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente na América Latina, com a participação de represen- tantes de seis países vizinhos. Em coletiva de imprensa, a Secre- taria dos Direitos Humanos e o UNICEF divulgaram o Índice de Homicídios na Adolescência – IHA (2005/2007), re- gistro elaborado pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Rio de Janeiro (LAV/UERJ), com a finalidade de mapear entraves e estimar o risco de crianças e adolescentes serem assassinados no Brasil. Primeiro Observatório de Boas Práticas e Projetos Inovadores sela estratégia de diálogo multisetorial EDITORIAL Neusa Ravaroto Oficial de Projetos INSTITUTO INTERNACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CIDADANIA www.iidac.org EDIÇÃO 4 Dezembro / Janeiro O encontro, em Brasília, delineou rumos e identificou desafios para a defesa dos direitos da criança e do adolescente Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos, em fala eloquente sobre os 20 anos do ECA

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Recorte dos principais eventos promovidos pelo IIDAC e parceiros no mês de dezembro de 2010. Feliz 2011DAC. Contato: [email protected]

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Page 1: Jornal Institucional IIDAC (Edição 4)

IIDAC 2010 / Jornal Institucional / EDIÇÃO 4

Final de ano é mo-mento de avaliação, balanço e projeção de novas metas. Sob os desafios que permea-ram as atividades do IIDAC em 2010, valiosas lições fo-ram aprendidas. Comparti-lhamos experiências e resul-tados de projetos. Sonhamos e criamos história junto com diversas organizações, par-ceiros, crianças, adolescentes e jovens, que pelo Brasil intei-ro se esforçam para cumprir seus papéis como sujeitos de direitos e ativos promotores dos direitos humanos.

Em 2011 acompanha-remos o início de um novo ciclo na história do Brasil. Mãos femininas conduzirão o destino do país, o que tam-bém nos inspira a pensarmos e nos prepararmos para o fu-turo que acena com muita es-perança e oportunidades de desenvolvimento, com vistas à inclusão social e à cidada-nia.

Aos nossos estima-dos colegas, leitores e apoia-dores, o desejo de um final de ano rico em celebrações e com muita paz. A todos um excelente e promissor 2011!

Concentradas na capital federal no início de dezembro, 62 experiências realizadas entre 2007 e 2010, no marco referencial da Agenda Social Criança e Adolescente, compartilharam espaço, anseios e resultados durante o 1º Obser-vatório de Boas Práticas e Projetos Ino-vadores.

Representantes de organizações das cinco regiões do país trouxeram para o encontro exemplos de ações transfor-madoras desenvolvidas em suas comu-nidades. O trabalho de reordenação do contexto social, exposto pelas práticas selecionadas, retratou sob diferentes aspectos e temáticas os esforços desem-penhados em todo o país para a capa-citação, qualificação e reintegração de crianças, adolescentes e jovens, enquan-to protagonistas na validação de seus direitos.

O evento, promovido pela Secre-taria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA) em parceria com o Instituto Interna-cional para o Desenvolvimento da Ci-dadania (IIDAC), possibilitou o diálogo entre diversas esferas sociais. Gestores da política de direitos da criança e do adolescente, ONG’s, universidades, con-selheiros tutelares e de direitos, pesqui-sadores, personagens estratégicos do

Sistema de Garantia de Direitos (SGD), organismos internacionais, adolescentes e jovens compartilharam informações, identificaram desafios e traçaram me-tas com vistas a uma maior eficiência de políticas públicas implementadas para a defesa e promoção dos direitos da crian-ça e do adolescente.

O encontro em Brasília também foi palco de releitura e avaliação dos avanços tidos nas duas últimas déca-das, com igual ressalto das lacunas. Na oportunidade, o Ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, esteve à frente do lançamento do livro “Direitos Humanos, Criança e Adolescente – 20 anos do ECA”. Outro campo de análise e discussão foi o vigésimo primeiro ani-versário da Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente na América Latina, com a participação de represen-tantes de seis países vizinhos.

Em coletiva de imprensa, a Secre-taria dos Direitos Humanos e o UNICEF divulgaram o Índice de Homicídios na Adolescência – IHA (2005/2007), re-gistro elaborado pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Rio de Janeiro (LAV/UERJ), com a finalidade de mapear entraves e estimar o risco de crianças e adolescentes serem assassinados no Brasil.

Primeiro Observatório de Boas Práticas e Projetos Inovadores sela estratégia de diálogo multisetorial

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IAL

Neusa RavarotoOficial de Projetos

INSTITUTO INTERNACIONAL PARA O

DESENVOLVIMENTO DA

CIDADANIA www.iidac.org

EDIÇÃO 4Dezembro / Janeiro

O encontro, em Brasília, delineou rumos e identificou desafios para a defesa dos direitos da criança e do adolescente

Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos, em fala eloquente sobre os 20 anos do ECA

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IIDAC 2010 / Jornal Institucional / EDIÇÃO 4

ReDESAP aponta integração de agentes como maior desafio na diminuição de estatísticas

Cerca de 1.000 pessoas participaram das atividades de integração propostas pelo Observatório de Boas Prá-ticas e Projetos Inovadores em Direitos da Criança e do Adolescente. Entre 6 e 8 de dezembro foram apresenta-das, no CNTC de Brasília, 62 iniciativas acompanhadas por 123 adolescentes das cinco re-giões do Brasil. Oito espaços de convivência e seis salas al-bergaram a realização de sete reuniões, seis oficinas e cinco seminários. Representantes de 45 organizações nacionais e internacionais estiveram presentes.

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As incansáveis ações da Rede Nacional de Iden-tificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos (ReDESAP) selaram em mais um encon-tro o diálogo pela unificação de forças ante o desafio de enfrentamento da proble-mática.

Em dezembro, duran-te a última reunião estraté-gica do ano, o coordenador geral de inteligência da Rede INFOSEG, Márcio Marques,

Balanço da Mostra de Boas Práticas evidencia abrangência do evento

apresentou dados sobre o Cadastro Na-cional de Pessoas Desaparecidas, res-saltando a necessidade de integração entre os diversos organismos que lidam com o fenômeno do desaparecimento. Segundo ele, o envolvimento da socie-dade civil é fundamental para o avanço das ações já desempenhadas pelos ór-gãos públicos. “Os casos de desapare-cimento envolvem diversos setores. Se a criança ou o adolescente foge de casa cabe ao Conselho Tutelar atuar, mas a família deve participar igualmente do processo com suporte e orientação de

profissionais especializados”, exempli-ficou.

O coordenador também destacou a necessidade de conseguir que as insti-tuições vinculadas à causa tenham assi-duidade na atualização dos dados regis-trados no cadastro do INFOSEG. Deste modo, forças de Segurança Pública e agentes de Justiça, assim como Conse-lhos Tutelares, Núcleos de Assistência Social e Entidades Civis Organizadas, poderão contar com mais agilidade no processo de busca de crianças e adoles-centes desaparecidos.

Márcio Marques (à dir.) e Walisson Araújo (coordenador geral do SGD), na Reunião Estratégica Nacional da ReDESAP realizada durante o 1º Observatório de Boas Práticas e Projetos Inovadores, em Brasília

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As oficinas INOV&scola encerraram o ciclo 2010 durante o Observatório Nacional de Boas Práticas e Projetos Inovadores, realizado de 6 a 8 de dezembro, em Brasília.

Na ocasião, o coordenador de concepção e orientação curricular da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC), Carlos Artexes Simões, o oficial de projetos do UNICEF, Mario Volpi, e o diretor

executivo do Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Cidadania (IIDAC), Gilson Scharnik, participaram de um debate com estudantes do Ensino Médio.

O encontro fez cumprir a proposta que norteou ações do INOV&scola em quatro estados (RJ, SP, SE e PA) este ano: levar ao conhecimento da gestão do ensino público anseios e expectativas dos adolescentes, que protagonizaram o reconhecimento de mudanças necessárias para a melhoria do sistema educacional brasileiro.

Estudantes das localidades onde

foram aplicadas as atividades interativas do projeto elaboraram previamente uma vídeo-carta exibida durante o evento. O documento reúne as principais indicações sugeridas pelos adolescentes para a reestruturação eficaz e efetiva do Ensino Médio.

Diante dos apontamentos dos estudantes, como a necessidade de aprimorar o diálogo entre professor e aluno, os representantes do UNICEF e MEC destacaram a importância de uma ação integrada no processo gradativo de atendimento às demandas dos adolescentes.

Debate entre estudantes do Ensino Médioe MEC legitima realização do INOV&scola

“O Observatório para mim é um aprendizado de vida, um exercício de cidadania, com o qual aprendemos sobre os nossos direitos e realizamos os nossos deveres. Aprendi que às vezes devemos nos sacrificar para alcançarmos objetivos, fazermos algo para o próximo e lutarmos pelo que é nosso de direito.

Para mim é uma honra participar de um projeto de tamanha importância para o meu país. Gosto do que eu faço. Muitos dizem que estou perdendo tempo com o Projeto, que não ganho nada para fazer isso, mas eu não penso desta forma. Lutar pelos Direitos da Criança e do Adolescente é a minha vida, não me vejo sem isso.

O Observatório me incentiva a não desistir e me dá forças para continuar lutando pelo que sonho.”

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Protagonize!

*Espaço reservado para crianças, adolescentes e jovens parcipantes dos projetos implementados pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Cidadania

(IIDAC).

Fabiele Zanquetta Meneguzzi Ponto focal do Observatório dos Adolescentes / Novo Hamburgo - RS

Observatório dos Adolescentes estende atividades para 2011

Encontro discutiu aplicabilidade das ideias sugeridas por adolescentes participantes das oficinas INOV&scola, que integraram em 2010 o plano de ação do projeto Voz dos Adolescentes, implementado pelo IIDAC em parceria com o UNICEF.

O debate sobre ‘O exercício da cidadania’ - quarto dos dez temas a serem trabalhados até o segundo semestre de 2011, durante os encontros dos núcleos do Observatório dos Adolescentes - concluiu a programação de 2010 do Observatório Nacional em 16 cidades de 12 estados brasileiros. As atividades serão retomadas tão logo sejam iniciadas as aulas nas escolas atendidas pelo projeto, executado pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Cidadania (IIDAC) em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).

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IIDAC 2010 / Jornal Institucional / EDIÇÃO 4

É permitida a reprodução total ou parcial do conteúdo, desde que citada a fonte.

Diretor Executivo: Gilson Scharnik

Coordenação de Comunicação: Letícia de Albuquerque

Jornalistas colaboradores: Ana María Moledo e Marlon Maciel

Diagramação e projeto gráfico: Alexander AlmeidaJornal Institucional

IIDAC

Instituto Internacional para o Desenvolvimento da CidadaniaWebsite: www.iidac.org / Email: [email protected]

+55 62 3902 1214

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A conclusão das visitas de articulação com parceiros sociais dos Núcleos DCA: In-centivo à Criação e Desenvolvimento de Boas Práticas de Fortalecimento do Siste-ma de Garantia dos Direitos, deve acontecer ainda em fevereiro. O projeto, propos-to pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), será implantado nos municípios de Anápolis, Jaraguá, Silvânia, Orizona e Pirenópolis.

Em 2011, a Agência Juvenil de Empreendedorismo (AJE) terá continuidade em Cal-das Novas (GO) e outros nove municípios do entorno. O curso de Capacitação para o Empreendedorismo e Desenvolvimento Sustentável do Turismo: Inclusão Social e Geração de Renda para Jovens prevê o alcance de 500 participantes já no primeiro semestre do ano que vem. A expansão do projeto, realizado em 2010 pela primeira vez no estado de Goiás, é fruto da parceria entre o IIDAC e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O Grupo Folclórico Brasil Central ressurge em 2011 com identidade nova: Compa-nhia Brasil Central de Artes Integradas. A ‘trupe’ está em fase de preparação de dois espetáculos inspirados nos contos, cantos e encantos do interior de Goiás. Atores teatrais chegam para dividir o palco com músicos e dançarinos que já in-tegravam o elenco. Durante as apresentações, que devem começar no segundo semestre do próximo ano, haverá exposição de artes com obras de autoria do próprio grupo. Sintam-se todos convidados!

Por Letícia de Albuquerque

Quando chega a hora de girar a ampulheta e recomeçar

2011DAC

A SEGUIR...

É como chegar o dia em que se deve limpar a gaveta, tirar a poeira da quina, trocar o velho pelo novo e ter de novo a velha esperança.

Começamos o ano acreditando que promessas feitas serão cumpridas e cumpri-las implica mais que prome-ter. Resta alguma amarelada no pa-pel?

Correm os ponteiros do relógio consumindo o tempo em contagem regressiva. O futuro surge e urge o clamor: vamos de mãos dadas!

Em 2010, seguimos parceiros. Crianças, adolescentes e jovens ouvi-ram o chamado Brasil adentro. E aten-deram.Prenúncios do porvir.

Esperamos 2011 a postos. E com a mesma aposta, já dita, aqui transcri-ta, tal qual intencionou Chaplin: ‘O ideal que sempre nos acalentou, re-nascerá em outros corações’.

Não fosse meta, um desa-fio.

Quem de nós, senão nós mes-mos? Entreolhemo-nos.