jornal folha quinzenal zl - mês de abril 2013

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Câmara de SP aprova doação de área para Unifesp na Zona Leste Foto: Jefferson Pancieri A Câmara Muni- cipal de São Pau- lo aprovou nesta terça-feira (2) em segunda votação o projeto de lei 96/2013, do pre- feito Fernando Haddad (PT) que autoriza a Prefei- tura de São Paulo a doar, por 90 anos, uma área de 163 mil metros quadra- dos para constru- ção de um campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na Avenida Jacu-Pês- sego, em Itaquera, na Zona Leste. Foto: Divulgação Folha Quinzenal ZL JORNAL FOLHA QUINZENAL ZL - MÊS DE ABRIL DE 2013 - EDIÇÃO 39 - ANO III Pág. 02

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Jornal Folha Quinzenal ZL - Mês de Abril 2013

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Câmara de SP aprova doação de área para Unifesp na Zona Leste

Foto: Jefferson Pancieri A Câmara Muni-

cipal de São Pau-lo aprovou nesta terça-feira (2) em segunda votação o projeto de lei 96/2013, do pre-feito Fernando Haddad (PT) que autoriza a Prefei-tura de São Paulo a doar, por 90 anos, uma área de 163 mil metros quadra-dos para constru-ção de um campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na Avenida Jacu-Pês-sego, em Itaquera, na Zona Leste.

Foto: Divulgação

A SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO E DA QUALIDADE DE VIDA

Folha Quinzenal ZLJORNAL FOLHA QUINZENAL ZL - MÊS DE ABRIL DE 2013 - EDIÇÃO 39 - ANO III

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Brasília – Em uma ampla sala colorida, cercado por cuida-doras, um grupo de seis be-bês, com 6 meses de idade em média, divide o mesmo espaço, brinquedos e histó-rias de vida. Todos eles vivem em uma instituição de acolhi-mento enquanto aguardam que a Justiça defina qual o seu destino: voltar para a fa-mília biológica ou ser encami-nhados para adoção.

A realidade das 27 crianças que moram no Lar da Criança Padre Cícero, em Taguatinga, no Distrito Federal (DF), repe-te-se em outras instituições do país. Enquanto aguardam os trâmites judiciais e as ten-tativas de reestruturação de suas famílias, vivem em uma situação indefinida, à espera de um lar. Das 39.383 crian-ças e adolescentes abrigadas atualmente, apenas 5.215 es-tão habilitadas para adoção. Isso representa menos de 15% do total, ou apenas um em cada sete meninos e me-ninas nessa situação.

Aprovada em 2009, a Lei Nacional da Adoção regula a situação das crianças que estão em uma das 2.046 ins-tituições de acolhimento do país. A legislação enfatiza que o Estado deve esgotar todas as possibilidades de reintegração com a família

Apenas uma em cada sete crianças e adolescentes que vivem em abrigos pode ser adotada

Foto: Divulgação

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça-feira (2) em segun-da votação o projeto de lei 96/2013, do prefeito Fer-nando Haddad (PT) que autoriza a Prefeitura de São Paulo a doar, por 90 anos, uma área de 163 mil metros quadrados para construção de um campus da Universi-dade Federal de São Paulo (Unifesp) na Avenida Jacu--Pêssego, em Itaquera, na Zona Leste.

A Unifesp ficará obrigada a apresentar em um ano

os projetos das edificações a serem executadas, para aprovação dos órgãos técni-cos da Prefeitura. Tambpem ficará obrigada a executar e concluir as obras, no prazo de três anos, contados da aprovação dos projetos.

Em 19 de fevereiro, a Câmara aprovou a cessão por 90 anos, de uma área 67 mil metros quadrados na Avenida Mutinga, em Pirituba, na Zona Norte, ao Instituto Federal de Educa-ção, Ciência e Tecnologia de São Paulo.

Câmara de SP aprova doação de área para Unifesp na Zona Leste

Via Rápida Emprego forma mais 356 alunos em Ermelino MatarazzoO programa Via Rápida Emprego, do Governo de São Paulo, formou mais 356 alunos nesta quarta-feira, 27. O go-vernador Geraldo Alck-min participou da ce-rimônia de formatura dos profissionais que concluíram os cursos de capacitação. O evento aconteceu na Paróquia São Francisco de Assis, no bairro Ermelino Ma-tarazzo, zona leste da capital.

A cerimônia reuniu formandos de sete cur-sos: ajudante de cozi-nha, assistente admi-nistrativo, confeitaria básica, corte e costura, eletricista instalador re-sidencial, maquiagem e recepção e atendimento em hotelaria. Alckmin destacou que os cursos oferecidos pelo Via Rá-pida “têm grande de-manda no mercado de trabalho”.

Os resultados do pro-grama, segundo o go-vernador, são motivo de

comemoração. “A gente fica muito feliz, porque não é preciso ter diplo-ma, não tem vestibu-lar e quem quiser pode fazer. A pessoa pode conseguir um emprego na área, ou através do Banco do Povo, montar o seu negócio e ter uma renda”, afirmou.

O Via Rápida Emprego é uma ação do Governo do Estado de São Paulo, coordenada pela Secre-taria de Desenvolvimen-to Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT). Em pouco mais de um ano e meio, o programa já atendeu mais de 80 mil pessoas, em 491 muni-cípios e ofereceu mais de 150 opções de estu-dos em diversas áreas.

Cerimônia reuniu formandos de sete cursos profissionais no bairro Ermelino Matarazzo, zona leste da capital

Foto: Divulgação

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Brasília – Em uma ampla sala colorida, cercado por cuida-doras, um grupo de seis be-bês, com 6 meses de idade em média, divide o mesmo espaço, brinquedos e histó-rias de vida. Todos eles vivem em uma instituição de acolhi-mento enquanto aguardam que a Justiça defina qual o seu destino: voltar para a fa-mília biológica ou ser encami-nhados para adoção.

A realidade das 27 crianças que moram no Lar da Criança Padre Cícero, em Taguatinga, no Distrito Federal (DF), repe-te-se em outras instituições do país. Enquanto aguardam os trâmites judiciais e as ten-tativas de reestruturação de suas famílias, vivem em uma situação indefinida, à espera de um lar. Das 39.383 crian-ças e adolescentes abrigadas atualmente, apenas 5.215 es-tão habilitadas para adoção. Isso representa menos de 15% do total, ou apenas um em cada sete meninos e me-ninas nessa situação.

Aprovada em 2009, a Lei Nacional da Adoção regula a situação das crianças que estão em uma das 2.046 ins-tituições de acolhimento do país. A legislação enfatiza que o Estado deve esgotar todas as possibilidades de reintegração com a família

natural antes de a criança ser encaminhada para adoção, o que é visto como o último re-curso. A busca pelas famílias e as tentativas de reinserir a criança no seu lar de origem podem levar anos. Juízes, diretores de instituições e outros profissionais que tra-balham com adoção criticam essa lentidão e avaliam que a criança perde oportunidades de ganhar um novo lar.

“É um engodo achar que a nova lei privilegia a adoção. Em vez disso, ela estabelece que compete ao Estado pro-mover o saneamento das de-ficiências que possam existir na família original e a ênfase se sobressai na colocação da criança na sua família bio-lógica. Com isso, a lei acaba privilegiando o interesse dos adultos e não o bem-estar da criança”, avalia o supervisor da Seção de Colocação em Família Substituta da 1ª Vara da Infância e da Juventude do DF, Walter Gomes.

Mas as críticas em relação à legislação não são unânimes. O juiz auxiliar da Corregedo-ria Nacional de Justiça Nico-lau Lupianhes Neto avalia que não há equívoco na lei ao in-sistir na reintegração à família natural. Para ele, a legislação traz muitos avanços e tem ajudado a tornar os proces-

Apenas uma em cada sete crianças e adolescentes que vivem em abrigos pode ser adotada

sos mais céleres, seguros e transparentes. “Eu penso que deve ser assim [privilegiar a família de origem], porque o primeiro direito que a crian-ça tem é nascer e crescer na sua família natural. Todos nós temos o dever de procurar a todo momento essa perma-nência na família natural. So-mente em último caso, quan-do não houver mais solução, é que devemos promover a destituição do poder fami-liar”, defende.

O primeiro passo para que a criança possa ser encami-nhada à adoção é a abertura de um processo de destitui-ção do poder familiar, em que os pais poderão perder a guarda do filho. Antes disso, a equipe do abrigo precisa fazer uma busca ativa para incentivar as mães e os pais a visitarem seus filhos, iden-tificar as vulnerabilidades da família e encaminhá-la aos centros de assistência social para tentar reverter as situa-ções de violência ou violação de direitos que retiraram a criança do lar de origem. Re-latórios mensais são produzi-dos e encaminhados às varas da Infância. Se a conclusão for que o ambiente familiar permanece inadequado, a equipe indicará que o menor seja encaminhado para ado-

ção, decisão que caberá final-mente ao juiz.

Walter Gomes critica o que chama de “obsessão” da lei pelos laços sanguíneos. “Essa ênfase acaba demonstrando um certo preconceito que está incrustado na sociedade que é a supervalorização dos laços de sangue. Mas a biolo-gia não gera afeto. A lei aca-ba traduzindo o preconceito sociocultural que existe em relação à adoção.”

Uma das novidades intro-duzidas pela lei – e que tam-bém contribui para a demora nos processos - é o conceito de família extensa. Na im-possibilidade de a criança re-tornar para os pais, a Justiça deve tentar a reintegração com outros parentes, como avós e tios. Luana* foi enca-minhada ao Lar da Criança Padre Cícero quando tinha alguns dias de vida. A menina já completou 6 meses e ainda aguarda a decisão da Justiça, que deverá dar a guarda dela para a avó, que já cuida de três netos. A mãe de Luana, assim como a de vários bebês da instituição, é dependente de crack e não tem condições de criar a filha.

O chefe do Núcleo Especia-lizado da Infância e Juventude da Defensoria Pública de São Paulo, Diego Medeiros, con-

sidera que o problema não está na lei, mas na incapaci-dade do Estado em garantir às famílias em situação de vulnerabilidade as condições necessárias para receber a criança de volta. “Como de-fensoria, entendemos que ela é muito mais do que a Lei da Adoção, mas o fortalecimen-to da convivência familiar. O texto reproduz em diversos momentos a intenção do le-gislador de que a prioridade é a criança estar com a família. Temos que questionar, antes de tudo, quais foram os es-forços governamentais desti-nados a fortalecer os vínculos da criança ou adolescentes com a família”, aponta.

Pedro* chegou com pou-cos dias de vida ao Lar Padre Cícero. A mãe o entregou para adoção junto com uma carta em que deixava clara a impossibilidade de criar o menino e o desejo de que ele fosse acolhido por uma nova família. Mesmo assim, aos 6 meses de vida, Pedro ainda não está habilitado para ado-ção. Os diretores do abrigo contam que a mãe já foi con-vocada para dizer, perante o juiz, que não deseja criar o fi-lho, mas o processo continua em tramitação. Na instituição onde Pedro e Luana moram, há oito crianças cadastradas

para adoção. Dessas, apenas duas, com graves problemas de saúde, têm menos de 5 anos de idade.

Enquanto juízes, promo-tores, defensores e diretores de abrigos se esforçam para cumprir as determinações legais em uma corrida con-tra o tempo, a fila de famí-lias interessadas em adotar uma criança cresce: são 28 mil pretendentes cadastra-dos e apenas 5 mil crianças disponíveis (veja infográfico). Para a vice-presidenta do Ins-tituto Brasileiro de Direito da Família, Maria Berenice Dias, os bebês abrigados perdem a primeira infância enquanto a Justiça tenta resolver seus destinos. “Mesmo que eles estejam em instituições onde são super bem cuidados, eles não criam uma identidade de sentir o cheiro, a voz da mãe. Com tantas crianças abriga-das e outras tantas famílias querendo adotar, não se justi-fica esse descaso. As crianças ficam meses ou anos deposi-tadas em um abrigo tentando construir um vínculo com a família biológica que na ver-dade nunca existiu”, critica.

Amanda CieglinskiRepórter da Agência Brasil

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