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JORNAL DOS EMPREGADOS DA CAIXA | SINDICATO DOS BANCÁRIOS E FINANCIÁRIOS DE SÃO PAULO, OSASCO E REGIÃO | CUT | Nº 281 | ABRIL/MAIO 2018 ANOS CONSTRUINDO DIREITOS E NA LUTA PELA DEMOCRACIA /spbancarios @spbancarios

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Page 1: JORNAL DOS EMPREGADOS DA CAIXA | SINDICATO ......Publicação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (filiado à CUT) • Presidenta: Ivone Silva • E-mails:

JORNAL DOS EMPREGADOS DA CAIXA | SINDICATO DOS BANCÁRIOS E FINANCIÁRIOS DE SÃO PAULO, OSASCO E REGIÃO | CUT | Nº 281 | ABRIL/MAIO 2018

ANOS

CONSTRUINDO DIREITOS ENA LUTA PELA DEMOCRACIA

/spbancarios @spbancarios

Page 2: JORNAL DOS EMPREGADOS DA CAIXA | SINDICATO ......Publicação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (filiado à CUT) • Presidenta: Ivone Silva • E-mails:

A Caixa tem papel fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. É difícil encontrar cidadão brasilei-ro sem relação com o banco, seja devido ao PIS, FGTS, casa própria ou programas so-ciais. Isso só é possível porque a Caixa é um banco 100% público. Entretanto, desde que Temer foi alçado à Presidência, o banco passa por um desmonte com a retirada de direitos dos empregados e redução do seu papel social e quadro funcional.

“A Caixa não pode deixar de ser o banco da habitação, do saneamento, da poupan-ça, do FIES, do Bolsa Família, das loterias e dos municípios. Nesse momento crítico do país, no qual a pobreza extrema cresceu 11% e o total de vagas com carteira assinada é o menor da série histórica, o papel social da Caixa torna-se ainda mais importante”, enfatiza o diretor do Sindicato e coordena-dor da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

As diferentes abordagens de governos recentes em relação à Caixa são evidencia-das pelo número de empregados e agências. Entre 2003 e 2015, nos governos Lula e Dilma, a Caixa saltou de 1.710 agências para 3.391. Já o número de empregados foi de 57.382 para 101.484 no final de 2014, maior patamar histórico. Hoje, com Temer, o número de empregados caiu para 87.657.

“A defesa da Caixa 100% pública e dos empregados passa pela retomada da de-mocracia, com o direito do povo votar no candidato que desejar. Os governos de-

mocráticos e populares de Lula e Dilma reconheceram a importância da Caixa e a fortaleceram. É fundamental retomar esse caminho”, conclui Dionísio.

Faltam poucos meses para as eleições, decisivas para o futuro da Caixa, sua fun-ção social e empregados. Quatro pré-can-didatos - Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Rocha (PRB) e João Amoedo, candidato do partido Novo, formado por banqueiros - já anun-ciaram que, se eleitos, pretendem priva-tizar o banco. Os possíveis candidatos do MDB à Presidência, Michel Temer e Henrique Meirelles, também devem levar adiante o plano do atual governo federal de vender a Caixa, revelado pelo jornal digital Relatório Reservado.

“Os candidatos do campo de direita, da extrema-direita até a centro-direita, já anunciaram que pretendem privati-zar não só a Caixa, mas tudo que pude-rem. Todos são privatistas. No caso da Caixa, a privatização coloca em grande risco os empregos. Tivemos uma gran-de vitória, empregados e movimento sindical, ao barrarmos a transformação da Caixa em sociedade anônima, o que abriria portas para a privatização. En-tretanto, em outubro teremos uma das batalhas mais decisivas na luta em defe-sa da Caixa 100% pública”, enfatiza o

diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

“As intenções privatistas da direita já foram anunciadas sem qualquer vergo-nha. Não poderemos reclamar dizendo que fomos enganados. É preciso ter clare-za de que é necessário eleger um candida-to comprometido com o fortalecimento da Caixa 100% pública. Caso contrário, perdem os empregados, com empregos e direitos ainda mais ameaçados, e perde o país, que não contará com a Caixa para o seu desenvolvimento econômico e so-cial”, acrescenta.

Banco público tem papel fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país

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Pré-candidatos de direita já anunciaram que pretendem privatizar o banco

• abril/maio 2018

Defender a Caixa 100%Pública é defender o Brasil!

Eleições 2018 são decisivaspara o futuro da Caixa

Publicação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (filiado à CUT) • Presidenta: Ivone Silva • E-mails: www.spbancarios.com.br (clique em Caixa Federal). End.: Rua São Bento, 413, 2º andar, CEP 01011-100, 3188-5200, fax 3188-5260 • Diretora de Imprensa: Marta Soares • Coletivo de Diretores da Caixa: Alexandre Tadeu do Livramento, Antônio Carlos Cordeiro, Dionísio Reis Siqueira, Francisco Pugliesi, Kardec de Jesus Ribeiro, Renato Perez, Ricardo Oliveira Terrível Barcelos, Vivian Carla de Sá • Jornalista responsável: Felipe Rousselet • Diagramação: Linton Publio/spbancarios @spbancarios

CULTURALSE É PÚBLICO, É PARA TODOSA obra, organizada pelo sociólogo Emir Sader, reúne textos de diversos autores sobre a importância das empresas públi-cas para a soberania e desenvolvimento nacional. Além do próprio Emir Sader, o livro conta com colabo-rações de Fernando Rodrigues, Maria Rita Serrano e João Moraes.

A ELITE DO ATRASO - DAESCRAVIDÃO A LAVA JATO Obra do sociólogo Jessé Souza, “A Elite do Atraso – Da escravidão a Lava Jato” analisa o pac-to dos detentores do poder para per-petuar uma socie-dade cruel. O livro tem como tese principal a ideia de que a escra-vidão nos caracteriza enquanto sociedade até nos dias atuais. A proposta é apresentar uma nova interpretação sobre os pilares que constituíram a formação da sociedade brasileira, contrapon-do autores como Gilberto Freyre, Darcy Ribeiro e Sérgio Buarque de Holanda.

A ERA DO CAPITALIMPRODUTIVOA obra do economis-ta Ladislau Dowbor aborda um conjunto de pesquisas sobre o processo de finan-ceirização no Brasil e no mundo. Os bancos e outras ins-tituições de intermediação finan-ceira, que já estiveram a serviço do sistema produtivo, passaram hoje a dominá-lo, extraindo volume de recursos incomparavelmente maior do que a sua contribuição. Geramos uma sociedade domi-nada por rentistas improdutivos. O livro explicita como funciona o sistema de drenagem dos recur-sos produtivos que gerou e aprofunda a crise.

NÚMEROS DE TRABALHADORES NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

GOVERNO LULA2003 - 2010

30.000

110.000

52.382 59.92768.257

72.25274.94978.175 81.306 83.18585.63392.926

98.198101.48497.458 94.978

87.654

GOVERNO DILMA2011 - 2015

GOVERNO TEMER2016 E 2017

No governo Lula, os bancos públicos passaram a ter participação de 56% no mercado. Além disso, o número de empregados na Caixa saltou de 52.382 para 83.185 trabalhadores