jornal do ténis 16 dezembro 2011

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LAGOS SPORTS PUBLICIDADE A Federação Portuguesa de Ténis fez jogar a sua joia da coroa (o Campeonato Nacional Absoluto) na zona de Guimarães. Mérito para o clube de Mesão Frio que desenca- lhou a prova e para os jovens João Domin- gues (dobradinha após chicotada psicológi- ca) e Maria João Koehler (o tri aos 19 anos). PRÓXIMA EDIÇÃO 28 de janeiro GIANNI CIACCIA Nacional Absoluto consagrou juventude O humorista Tiago Dores sagrou-se vice-campeão no MastersMédisCopa Ibérica e confessou em entrevista a sua paixão pela modalidade Este número do Jornal do Ténis/Record faz parte integrante do n.º 11.935 de 16 de Dezembro de 2011 e não pode ser vendido separadamente Novak Djokovic foi ho- menageado pelo seu clube em Portugal (o Benfica) com uma ca- misola com o número 1, celebrando uma das melhores épocas de sempre do ténis profis- sional. Mas 2011 foi também um ano salpi- cado de proezas, emo- ções, desilusões e ane- dotas. A recordação de alguns dados pitores- cos e relevantes. FPT Anoem retrospetiva com Djokovicnúmero1

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Jornal do Ténis 16 Dezembro 2011

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Page 1: Jornal do Ténis 16 Dezembro 2011

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AFederação Portuguesade Ténis fez jogarasua joiadacoroa(o Campeonato NacionalAbsoluto) nazonade Guimarães. Méritoparao clube de Mesão Frio que desenca-lhou aprovae paraos jovens João Domin-gues (dobradinhaapós chicotadapsicológi-ca) e MariaJoão Koehler(o tri aos 19 anos).

PRÓXIMAEDIÇÃO

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NovakDjokovic foi ho-menageado pelo seuclube em Portugal (oBenfica) com umaca-misolacom o número1, celebrando umadasmelhores épocas desempre do ténis profis-sional. Mas 2011 foitambém um ano salpi-cado de proezas, emo-ções, desilusões e ane-dotas. Arecordação dealguns dados pitores-cos e relevantes.

FPT

AnoemretrospetivacomDjokovicnúmero1

Page 2: Jornal do Ténis 16 Dezembro 2011

SEXTA-FEIRA16 DE DEZEMBRO DE 201102 �

Investirnodesporto

Match-point JOÃO LAGOS

MEL/FEL. Se a Taça Davis éum cancro no calendário docircuito profissional, é umtumor benigno que nuncadeverá ser extirpado. A apo-teótica final de 2011 jogadaem Sevilha entre a Espanhae a Argentina só me conven-ceu ainda mais de algo queteimosamente acredito des-de sempre, contra a opiniãode alguns colegas da im-prensa internacional e de

vários jogadores de nomea-da: apesar de muitas vezesos compromissos da TaçaDavis surgirem em conti-nentes diferentes e pisosopostos à programação in-dividual dos tenistas, é umformato que potencia todoo encanto da maior compe-tição por equipas do ténismundial – com o nacionalis-mo exacerbado das elimina-tórias em casa e a promoção

local da modalidade. Colo-quem os países a digladia-rem-se em território neutro(na China ou no MédioOriente, onde há dinheiro)e o resultado será um cam-peonato com sabor a exibi-ção onde os duelos entre osmelhores se irão diluir. AFed Cup fez essa experiên-cia e não deu resultado. Nãotransformem uma taça demel em taça de fel!

LIVREARBÍTRIO

MIGUELSEABRA

NOTA: a programação é fornecida pelos respectivos canais, pelo que quaisquer alte-rações de última hora são da inteira responsabilidade dos emissores. Mais informa-ções em http://tv.eurosport.pt e www.sporttv.pt

Diretor: João Lagos. Editor: Miguel Seabra. Editor Record: Norberto Santos. Redação: Manuel Perez, Pedro Carvalho e Carlos Figueiredo (Jornal do Ténis). Fotografia: PauloCésar (editor Record), Arquivo Record e Arquivo Jornal do Ténis. Departamento Gráfico Record: Cristiano Aguilar e João Henrique (editores chefes de arte), José Fonseca ePedro Almeida (editores) e Nuno Ferreira (coordenador digitalização).Redação e Publicidade: Rua da Barruncheira, n.º 6, 2790-034 Carnaxide. Telefone: +351 21 303 49 00. Fax: +351 21 303 49 30. E-mail: [email protected]

Com a escassez de meios financei-ros que parece estender-se inexo-ravelmente a todo o mundo cha-mado “desenvolvido”, entramos

numa espiral de cortes e desinvestimen-tos que ninguém sabe onde deve parar.Como conciliar um cenário de conten-ção e austeridade, gerador de menor li-quidez disponível e conducente à reces-são, com uma estratégia de investimen-to nas plataformas que nos poderão con-duzir a novas etapas e períodos de cres-cimento? Quais as nossas prioridades?Onde apostar o nosso futuro? Deverápor exemplo o Estado desinvestir nosgrandes eventos, deixando a sua sobre-vivência à mercê da eventual capacida-de da iniciativa privada? Ou serão elessuficientemente importantes numa pers-petiva nacional para que a sua continui-dade seja vista como prioritária?

Todos sabemos quão importante é oDesporto na sociedade contemporânea.Ele é essencial como fator promotor dasaúde, tanto do ponto de vista fisiológicocomo emocional, numa população sujei-ta a fraturas de stress e hábitos alimenta-res pouco aconselháveis. O Desportocumpre tal missão de forma ativa, bene-

ficiando os que assumem práticas despor-tivas regulares, mas também passivamen-te como via de entretenimento, equilibra-dora da tensão emocional que caracteri-za a vida atual. Ele é determinante comoelemento de formação do jovem, ajudan-do a moldar positivamente o seu caráter,nele inculcando sãos princípios e os gran-des alicerces que nortearão a sua vida fu-tura, pessoal e profissional. “Mente sã emcorpo são”, lema de vida para os atenien-ses na Grécia Antiga alguns séculos antesde Cristo, é cada vez mais um “must” nassociedades contemporâneas, fator indis-sociável do equilíbrio emocional e “qua-lidade de vida” que todos buscamos.

ODesportodeveassimserconsiderado,nãosócomoumdireitoebemessencialdapopulação, mas ainda como via de investi-mento estratégico no desenvolvimento deumanação. E os grandes eventos, pela suanotoriedadeevolumedemediaqueconse-guem arrastar, levando imagens do país atodo o Mundo, constituem o elo mais for-te na cadeia de promoção do Desporto.Para além de incentivarem à prática des-portivaeconstituíremviasdeentretenimen-to e lazer essenciais à população, os gran-deseventospromovemequalificamopaís,

provocam impacto direto na economia,criamempregoeanimamaindústria turís-tica, são fator de vitalidade e geram maisreceita fiscal para o Estado.

Poderá um país com a dimensão dePortugal, em clara desvantagem perantea concorrência de economias mais fortes,dar-se ao luxo de perder algum do seu pa-trimónio desportivo de referência, abdi-cando de tão importante posicionamen-to estratégico? Sabemos como é difícilsair vencedor em processos de candida-tura de megaeventos, ou mesmo manteros que conquistámos, neste contexto deferoz concorrência internacional. Os ca-sos da America’s Cup (vela), Ryder Cup(golfe) e Grande Prémio do Estoril (F1)são exemplos dessa amarga realidade, ain-da frescos na nossa memória. Este cená-rio e o atual contexto de crise tornam,contudo, ainda mais valiosos os eventosque temos, que serão poucos mas aindaassim referências exemplares no contex-to internacional. Os grandes eventos dogolfe, do ténis, do desporto motorizado,do surfe agora da vela com a mítica Vol-vo Ocean Race a aportar a Lisboa, cons-tituem um património nacional que im-portar salvaguardar. �

VETERANOS – Quem assistiu ao Masters Médis Copa Ibé-rica no CIF pôde comprovar uma evidência: joga-se cada

vez melhor ténis nos escalões etários mais avançados

ÁS

DE 2 A 8 DE JANEIRO: ATP 250 DE DOHA (QATAR)DE 2 A 8 DE JANEIRO: WTA DE BRISBANEDE 9 A 14 DE JANEIRO: WTA DE SYDNEYDE 16 A 29 DE JANEIRO: OPEN DA AUSTRÁLIA

22 DE DEZEMBRO: COMPACTO MASTERS MÉDIS COPA IBÉRICA24 DE DEZEMBRO: COMPACTO MASTERS MÉDIS COPA IBÉRICAPRÓXIMAS SEMANAS: MELHORES FINAIS DE 2011DE 30 DEZEMBRO A 1 DE JANEIRO: EXIBIÇÃO DE ABU DHABI

facebook.com/jornaldotenistwitter.com/jornaldotenis

ARQUIVO DIGITAL: lagossports.com » ténis » Jornal do Ténis

O “Jornal do Ténis” de Dezembro de 1981 destacava um torneiode exibição por equipas entre as seleções dos EUA e da Euro-pa, lideradas por John McEnroe e Ivan Lendl; Bjorn Borg foi ogrande ausente, e mal se sabia na altura que ele não mais re-gressaria de modo consistente ao circuito. Coincidência: é feitoo relato da primeira final da Taça Davis da Argentina, perdidapor 3-1 diante dos EUA em Cincinnati; 30 anos depois, e no iní-cio deste mês, os argentinos perderam a sua quarta final –desta vez diante da Espanha e pela mesma marca de 3-1..

TÉNISNAREDE

HÁ30ANOS

TENDÊNCIAS

OFICIAIS – Carlos Sanches foi supervisor do ATP WorldTour Finals (Masters) e Carlos Ramos voltou a arbitrar na

final da Taça Davis: dois lusos nos píncaros da arbitragem

CAR – o Centro de Alto Rendimento prossegue o seutrabalho mas as grandes melhorias/revelações do ano

vieram sobretudo de projetos individuais e/ou de clubes

MARIA JOÃO KOEHLER – é tricampeã nacional aos 19anos, mas os seus objetivos são assumidamente inter-

nacionais e não foram cumpridos em 2011: o top 150 WTA

RFET – a final da Taça Davis entre o Flamenco espanhol eo Tango argentino teve um ambiente incrível, mas a orga-

nização da Real Federação Espanhola de Ténis foi... fracota

DUPLAFALTA

FRANCISCO FRANCO DIAS – o ex-campeão nacional de ju-niores prometia, mas optou por estudar numa universida-

de americana em vez do profissionalismo

TÉNISNATV

SEGUNDOSERVIÇO

MÉDIS COPA IBÉRICA. Compacto na Sport TV

PAUL

OCA

LADO

REFERÊNCIA. JuanMartin del Potro: uma

vedeta mundial emação no Estoril Open

Page 3: Jornal do Ténis 16 Dezembro 2011

SEXTA-FEIRA16 DE DEZEMBRO DE 2011 �03CampeonatosNacionais

CAMPEONATONACIONALCOMVENCEDORESJOVENSTEVEBOMPALCOMASFALTOUAMBIENTE

Títulos&teenagersMIGUEL SEABRA E PEDRO CARVALHO

�Com a Cidade Berço ali ao lado, ostítulos nacionais absolutos de 2011foram conquistados por uma campeãque não deixou o seu favoritismo pormãos alheias e um campeão que con-firmou os progressos que já lhe ha-viam dado o troféu de juniores. ParaMaria João Koehler, foi o terceiro tí-tulo nacional absoluto e o 12.º (entresingulares, pares e por equipas) nosúltimos três anos –solidificando o seuestatuto de segunda melhor tenistaportuguesa atrás da “imigrada” Mi-chelle Larcher de Brito e seguramen-te a melhora evoluir regularmente emsolo português. Para João Domin-gues, o primeiro título nacional abso-luto dar-lhe-á motivação suplementarpara investir ainda mais na sua car-reira profissional, embora o “caloiro”

sublinhe que não abandonará os es-tudos superiores de arquitetura.

A cerca de 14 quilómetros de Gui-marães, a notável infraestrutura queacolheu o evento não terá sido o pal-co ideal para as características da pro-va: fez muito frio no recinto cobertode Mesão Frio, quando se esperasempre um ambiente quente e festi-vo no Campeonato Nacional Abso-luto. O aquecimento foi dado sobre-tudo pela alta voltagem da pancadade direita que se afigura preponde-rante no jogo dos novos campeões –tanto no da esquerdina do Portocomo no destro de Oliveira de Aze-méis. E se a origem nortenha de am-bos ainda ajudou a atrair alguns es-pectadores no dia das finais, a assis-tência não terá chegado sequer àmeia centena. A joia da coroa da FPTtem forçosamente de valer mais.

JUVENTUDE. João Domingues e finalistas Maria João Koehler e Bárbara Luz: média abaixo dos 19 anos

COBERTURA. Primeiro Nacional Absoluto exclusivamente sob teto

Daniel Wieser e J. Domingues

JoãoDomingueséoprimeiroaganharostítulosmasculinosdejunioreseabsoluto

PALMARÉS87.º EDIÇÃO DO CAMPEONATO NACIONAL ABSOLUTO

SINGULARES MASCULINOSJoão Domingues (CTAzeméis)v. Gonçalo Falcão (Carcavelos Ténis), 6-2, 7-5SINGULARES FEMININOSMaria João Koehler(CTPorto)v. Bárbara Luz (CETOeiras), 6-2, 6-2PARES MASCULINOSRicardo Jorge/Francisco Ramosv. Diogo Cabral/Gonçalo Pereira, 3-6, 6-3, 10/6PARES FEMININOSBárbara Luz/Joana Valle Costav. Adriana Silva/Rita Vilaça, 6-1, 7-5PARES MISTOSBárbara Luz/José Ricardo Nunesv. Patrícia Guerreiro/Luís Ferreira, 6-1, 6-3

�A vitória de João Domingues fi-cou marcada por uma chicotadapsicológica… ao contrário. Trêsdias antes do início do campeona-to foi “despedido” pela sua equi-pa técnica, formada pelo treina-dor austríaco Daniel Wieser e pelopreparador físico João Peralta: “Asituação tornou-se incompatíveldevido a um acumular de situa-ções e a decisão foi deles”, confes-sou o rapaz de Azeméis, sem que-rer abrir muito mais o livro. “Foium choque tremendo, já que esti-ve com o Daniel quase quatroanos, mas consegui lidar bem eaté me serviu de motivação; sur-preendi-me a mim mesmo!” �

FATORDEMOTIVAÇÃOEXTRA

Chicotada...aocontrário!

� Foi a solução encontrada face aoproblema decorrente da complicadasituação financeira da Federação Por-tuguesa de Ténis e à indisponibilida-de dos melhores tenistas portuguesesem virtude da sua participação no cir-cuito profissional – transferir o Cam-peonato Nacional Absoluto de setem-bro para dezembro e da Grande Lis-boa para os arredores de Guimarães.

Mas se o empenho do clube OpenSports Village de Mesão Frio que aco-lheu o evento – pela terceira vez con-secutiva sem distribuir quaisquer pré-mios monetários – foi louvado e assuas instalações (complementadascom Hotel e Health Club/Spa) mui-

to elogiadas pelos jogadores, qual orescaldo a fazer para além da atribui-ção dos mais prestigiados troféus docalendário federativo? Que, em Por-tugal, a regionalização do Campeo-nato Nacional Absoluto não funcio-na em pleno. As anteriores experiên-cias fora da Grande Lisboa e doGrande Porto (Évora e Porto Santo,na década passada), não atraíramgente suficiente para transformar oevento no que ele tem de ser: um poloevangelizador da modalidade e umamontra popular do ténis nacional. Ea convivência com a final da Taça Da-vis também não ajudou em nada oimpacto mediático do evento… �

RevezesdadescentralizaçãoAPÓSEDIÇÕESEMÉVORAENOPORTOSANTO,AREALIZAÇÃOEMMESÃOFRIOFOI DIGNAMASAFASTOUMAISESPECTADORES

EQUIPASECADEIRADERODAS

ClubedeTénisdoPortobisou�As instalações do Open SportsVillage acolheram o CampeonatoNacional de Clubes na semana an-terior ao Campeonato NacionalAbsoluto – com o Clube de Ténisdo Porto a açambarcar os dois tro-féus em compita: nas equipas mas-culinas superiorizou-se ao ClubeEscola de Ténis de Oeiras, ao Clu-be de Ténis das Caldas da Rainha,ao Centro de Ténis de Faro e aoAce Team; na vertente feminina,terminou à frente da AssociaçãoAcadémica de Coimbra e do Clu-be Escola de Ténis de Oeiras. Já otítulo nacional de cadeira de rodasfoi para o pombalense Carlos Lei-tão, que ao derrotar Paulo Espíri-to Santo logrou um quarto troféunacional consecutivo... igualandoprecisamente o tetra do seu adver-sário na final! �

Cruzeiro. Para Maria João Koehler,o terceiro título consecutivo foi al-cançado praticamente em velocida-de de cruzeiro e não somente devi-do a adversárias menos cotadas; éque, depois de umas curtas férias, apupila de Nuno Marques chegou aotri num vai-e-vem entre o seu Portonatal e Guimarães, enquanto faziatrabalho específico de pré-época (!).Bateu Bárbara Luz por um duplo 6-2 e, com apenas 19 anos, começa aforjar um belo currículo precoce nalinha do de Sofia Prazeres – embo-ra, na 217.ª posição do ranking

WTA, tenha falhado o objetivo para2011: a entrada no top 150.

Para João Domingues, que optouporpernoitaremMesãoFrio, foi o co-rolário de uma notável época em queemergiu como uma das grandes reve-lações nacionais (no verão acumulouvitórias nos eventos internacionais dejuniores deLeiria eTaçaDiogoNápo-les e no Campeonato Nacional de Ju-niores) e, sem perder qualquer set eaos 18 anos e 56 dias, bateu um re-corde de precocidade que pertenciaaos 18 anos e 306 dias de João Cunhae Silva em 1986. Asua direita pesada

e intensidade exibicional fizeram a di-ferença num quadro despojado dosanunciados Rui Machado e João Sou-sa (o algarvio alegou uma lesão e o vi-maranense radicadoemEspanha tam-bém não compareceu), batendo umFrederico Silva apoquentado porpro-blemas nos pés nas meias-finais e de-pois Gonçalo Falcão na final. “Tinhaperdido com o Frederico duas sema-nas antes num prize-money em Espi-nho, pelo que a vitória sobre ele nasmeias-finais foi o momento mais mar-cante da semana para mim”, confes-sou o mais novo campeão. �

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Page 4: Jornal do Ténis 16 Dezembro 2011

04 � SEXT16 DEMastersMédisCopa Ibérica

GatoFedorentodemonstroubomestilomasperdeunafinaldos35anosperanteAndréMota.EnãoesqueceoqueviunoJamorem2007

MIGUEL SEABRA

�Tiago Dores faz parte da nova gera-ção de humoristas portugueses e a suaintegração no quarteto Gato Fedoren-to transformou-o numa figura nacio-nal. É também um grande aficionadode ténis que pratica a modalidade des-de muito jovem e recentemente reto-mou o contacto com a competiçãoparticipando em vários torneios inte-grados no circuito de veteranos MédisCopa Ibérica. Fez a sua estreia em2009, apenas na variante de pares,

mas este ano investiu igualmente nossingulares e não só conseguiu o apu-ramento para o Masters Médis CopaIbérica como até se qualificou para afinal –derrotou o seu carrasco na eta-padeMadrid,TiagoVasquez, edepoissucumbiu, comoseriadeesperar,dian-te do favorito André Mota.Apresentando um estilo variado as-sente sobretudo numa boa direita ecom esquerda a uma mão, Tiago Do-res logrou equilibrar mais a contendano segundo set – mas sucumbiu na-turalmente por 6-1 e 6-3 face aomaior ritmo do adversário, padecen-do de “dores de crescimento”: quan-to melhor é a competição, melhoresadversários se defrontam e mais exi-gente é o nível. O humorista avalioua sua prestação nos campos cobertosdo CIFe depois confessou as suas pre-ferências tenísticas.JORNAL DO TÉNIS –Como é queanalisa a sua prestação na final?TIAGO DORES – Não se aprendenada, a não serque se vá para casa vero que se passou em slow motion… oAndré Mota elogiou o meu ténis, massó porque é uma pessoa educada.Quando ele subia um bocadinho o

ritmo não dava para aguentar! Jogoisto de forma muito descomplexada,até porque não tenho objetivos de ga-nhar seja o que for a não ser divertir-me, defrontar bons jogadores e des-frutar da organização.JT – Nota-se que é um grande entu-siasta; como nasceu a sua ligação aoténis?TD – Foi já há muitos anos; comeceia treinar cedo, aos 8 anos, no Centrode Ténis de Monsanto, com o profes-sor Alfredo Laranjinha, a Filipa La-ranjinha, o Arnaldo, depois com o RuiSantos e finalmente com o AntónioSemedo, com quem treino até hoje,já vai para mais de 20 anos. Fiz algu-ma competição sem grande sucessonos infantis e cadetes, jogava os cam-peonatos regionais sem chegaraos na-cionais; depois antes da faculdade dei-xei de competir e há alguns anos co-mecei a pensar em jogar torneios deveteranos – e a Médis Copa Ibérica éuma ótima oportunidade.JT –É um regular do Estoril Open…TD – Sou um espectador assíduo do

Estoril Open e da generalidade do cir-cuito através da televisão; sempre queposso vejo o que se vai passando e atétenho uma aplicação porreira para oiPhone que me permite acompanharos resultados. Gosto de estar a par doque se passa – aliás, sou melhor es-pectador do que praticante!JT – Qual foi o encontro que mais omarcou no Estoril Open?

TD – Marcou-me muito o NovakDjokovic entrar no campo com acamisola do Benfica em 2007!Lembro-me também do Ivan Lendla jogar de calças logo numa dasprimeiras edições. Não fui a todasas edições, mas terei ido à maioriadelas. E também gostei muito de

ver o Roger Federer jogar no Jamor.JT – É Federista ou Nadaliano?TD – Tenho dificuldade em respon-der, porque admiro todos os jogado-res. Gosto muito do estilo tão dife-rente de ambos; gosto de todos os jo-gadores e não consigo destrinçar.Mas se tivesse de escolher talvez oRoger Federer pela aparência de fa-cilidade, pela elegância – qualquer

pessoa que jogue ténis tem de apre-ciar isso. E no Rafael Nadal aprecioa garra impressionante; mentalmen-te é talvez o melhor ou dos melhoresde sempre. Agora entrou o NovakDjokovic para o topo e acho muitapiada à dinâmica entre eles os três, atransitividade existente e estamos a

viver um período excelente para o té-nis. Durante a final do Open dos Es-tados Unidos recebi muitas mensa-gens de gente que não costuma verténis e que estava impressionadacom a intensidade do encontro e queme disse nunca ter visto algo assim.JT – Também costuma ir lá fora vertorneios ao vivo…TD – Fui a Roland Garros, vi jogar láo Nadal e a Sharapova; não há nadapara não gostar – é um torneio tãobom como o Estoril Open mas numaescala maior. Também já fui ao Mas-ters de Londres em três anos segui-dos.JT –Acompanha assiduamente o cir-cuito pela televisão, tem preferênciapor algum torneio em particular quegostasse de visitar?TD – Gostava muito de ir ao Opendos Estados Unidos, gosto muito da-quele enorme campo central – oArthur Ashe Stadium é o único capazde fazer frente à espetacularidade doEstádio da Luz, ficando no entantonum honroso segundo lugar.JT –Bate a sua esquerda a uma mão,cada vez mais uma raridade nos tem-pos que correm!TD – Tinha esquerda a duas mãosquando era miúdo, mas mudei a de-terminada altura por causa do PeteSampras. Não sabia que o StefanEdberg, que era um jogador maravi-lhoso, também tinha mudado de es-querda a duas mão para esquerda auma mão! Há cada vezmenos esquer-das a uma mão e a esquerda a duasmãos é uma tendência que provavel-mente será ainda mais evidente no fu-turo. Mas os espécimes raros que hásão honrosos, começando pelo Roger.Aesquerda a uma mão tem vantagense inconvenientes…JT – Os seus parceiros dos Gato Fe-dorento também são tenistas?TD – O Zé Diogo treina, o Ricardotambém já treinou e o Miguel tam-bém é fã e dá uns toques. O Ricardoainda teve algumas aulas comigo, hámuitos anos… �

Aprecio todos os jogadores,mas se tivesse de escolher

um seria o Roger Federerpela aparência de

facilidade, pela elegância

Gostava de ir ao US Open;gosto daquele enormecampo central – o únicocapaz de fazer frente àespetacularidade doEstádio da Luz

�André Mota, antigo número um doranking interno da Federação Portu-guesa de Ténis, confirmou as expecta-tivas ao triunfar no escalão dos 35anos. “Vim fazer aquilo que gosto, queé jogar ténis. Se em cima disso é pos-sível ganhar o torneio, melhor ainda –sobretudo tendo o privilégio de com-petir numa organização como esta daLagos Sports e com um ambiente degala como este montado no CIF. Éuma satisfação enorme e a família pas-sa a ter dois títulos no Masters, já queo Bernardo também o tinha ganho háum par de anos”. E foi perentório so-

bre o seu famoso adversário da final:“O Tiago surpreendeu-me pela positi-va, tendo em conta o nível que apre-sentou; sempre que eu baixava um bo-cadinho o ritmo ele jogava muitíssimobem e não pude facilitar. A esquerdadele é um pouco inferior à direita, masteve muita atitude e quando preciseitentei ser mais agressivo e encurtar ospontos vindo para a rede”. O triunfono Masters Médis Copa Ibérica, jun-tamente com o título na etapa inaugu-ral no CIF e a presença na final em Vi-lamoura, deram-lhe o primeiro lugarno ranking de final de ano. �

SUCEDEUAOIRMÃOBERNARDOCOMOMESTREDOSMESTRES

MotaacelerademaisPRO-AM.No dia das

finais realizou-se um Pro-Am,

abrilhantadocom a

presença donúmero um

português RuiMachado –

que se impôsao lado de

João Eusébioface à duplaformada por

Pedro Sousa eValdemar

Duarte

«Djokovicmarcou-me»

LAGO

SSP

ORTS

LAGO

SSP

ORTS

LAGO

SSP

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AFICIONADO.O humoristachegoua participarem torneiosoficiais na suajuventude eestá agora devolta àcompetição

TIAGODORES

LAGO

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Page 5: Jornal do Ténis 16 Dezembro 2011

� 05TA-FEIRADEZEMBRO DE 2011 MastersMédisCopa Ibérica

“NOLITA”.A espanholaRosárioBarea deLaraespantou aojogar com acamisola doBenfica como nomeNolito nascostas: écunhada doavançadobenfiquista,que até a foiver jogar aoCIF

MIRAGEM. A prova ficou encerrada com o apoteótico jantar deentrega de prémios no Cascais Miragem, o hotel oficial do EstorilOpen que também acolheu os mestres da Médis Copa Ibérica

PORTUGUESESSOMAMQUATROTÍTULOSEMIÚDOSDERAMESPETÁCULO

�A Médis Copa Ibérica é o mais co-nhecido circuito internacional de vete-ranosquese realizaemPortugal–mas,no ano em que celebra a sua 32.ª edi-ção, acolheu no secularCIF a nova ge-ração dos melhores tenistas nacionaisdo escalão de 12 anos para um mini-torneio que decorreu em paralelo coma realização das finais dos vários esca-lões. E o que se pode constatar é que aideia não poderia ter surtido melhor

efeito, atendendo ao contraste etário eàqualidadedo ténispraticado.Osqua-tro integrantes da seleção nacional deiniciados proporcionaram duelosaguerridos e na final prevaleceu o ténismais poderoso do campeão nacionalDuarte Vale sobre a combatividade deJoão António; o vencedor cascalenseofereceu o iPad que ganhou ao seu téc-nico José Nunes; o vencido alentejano(faz 340 quilómetros diários para trei-nar em Lisboa) procura um novo téc-nico após deixar o Clube VII.

Competitividade.Mas os veteranostambém proporcionaram espetacula-ridade em todos os escalões, destacan-do-se a final dos 40 anos, com o algar-vio Nuno Delfino a perder pujança fí-sica quando liderava por um set e 3-1diante de Fernando Granero Alame-da. Rogério Matias e António Trinda-de foram os outros vice-campeões por-tugueses vítimas de nuestros herma-nos nas correspondentes finais, mas os

representantes lusos ainda tiveramquatro vencedores nos escalões emcompita. Para além de André Motanos 35 anos, Nuno Allegro confirmoucredenciais nos 65 anos em que deve-ria decidir o título com o rival João La-gos, magnânimo nas meias-finais (de-sistiu quando tinha match-point). Nassenhoras, Isabel Cunha d’Eça e Car-mina Azevedo contribuíram para o su-cesso nacional. �

NoscobertosdoCIFatuaramcampeõesdos12aos75anos

CLASSE. Rajiv Batra ganhou título e revelou ter logística em Portugal

CAMPEÃO. Há sempreque contar com o tenazNuno Allegro, que seimpôs nos 65 anos

� Entre os vários tenistas não ibéri-cos no Masters Médis Copa Ibérica,houve um britânico de origem india-na a suscitarparticular atenção –nãosó pelo ténis de fino recorte baseadono serviço-vólei como também porser um dos responsáveis pela marcade equipamentos Fila, tornada famo-sa porBjornBorg. RajivBatra salvoumesmo um match-point para ganhara final no escalão dos 50, apesar daterra batida não ser a sua terra pro-metida. E revelou como passou a res-ponsável da marca: “Há mais de 20anos que a minha família era forne-cedora da Fila e montamos negóciono Reino Unido; em 2003 fomoscontactados para adquirir parte damarca.Até temosanossa logísticaba-seada em Portugal, no Porto”. Dosanos 70 e 80, em que a Fila e outrasmarcas italianas como a Sérgio Tac-chini dominavam o mercado, Rajiv

faz a distinção para os tempos mo-dernos: “O mercado mudou com asgrandes superfícies. Antes manda-vam as marcas, agora são os retalhis-tas; queremaNikeeaAdidas, depoissão eles que decidem sobre as outrasmarcas e ditam o preço para obter omáximo de lucro. As outras marcastêm de se reinventar.” E aponta o ca-minho do presente e do futuro semesquecer o passado: “Equipamentossem costuras que se adaptam ao cor-po e protegem dos raios UV, mas anossa linha Heritage é muito bem su-cedida: temos todos os produtos ori-ginais dos anos 70 e recriamo-los, fa-zendo-os parecer como eram antesmas com novos materiais. É sur-preendente como há lojas especiali-zadas em roupa vintage e de designque vendem tão bem as linhas retrodos tempos de Bjorn Borg!” Os clás-sicos são eternos... �

Equipadoarigorcommarcadelenda

UMDOSDONOSDAFILAREVELOUSEGREDOSDONEGÓCIO

MASCULINOSMAIORES DE 35 ANOSAndré Mota (Por) v. Tiago Dores (Por),6-1, 6-3MAIORES DE 40 ANOSFernando Granero Alameda (Esp)v. Nuno Delfino (Por), 4-6, 6-2, 10/5MAIORES DE 45 ANOSJosé Luís Villuendas-Ortiz (Esp)v. Emmanuel Egbeama (Nig), 6-2, 5-7, des.MAIORES DE 50 ANOSRajivBatra (GBR) v.Ramon Canosa (Esp),6-3, 3-6, 11/9MAIORES DE 55 ANOSJuan Francisco Arcones-Pastor(Esp)v. Rogério Matias (Por), 7-5, 6-0.MAIORES DE 60 ANOSBuenaventura Velazquez (Esp)v. Antoni Arnau Sans (Esp), 6-0, 6-1

MAIORES DE 65 ANOSNuno Allegro (Por) v. Paul Abrahamse (Hol),6-4, 6-3MAIORES DE 70 ANOSFélixCandela (Esp) v. António Trindade (Por),6-2, 6-3FEMININOSMAIORES DE 35 ANOSTanja Suennen (Lux) v. Marta Coelho (Por),6-1, 6-2MAIORES DE 40 ANOSLetícia Almirall-Garbayo (Esp)v. Rosário Barea de Lara (Esp), 6-4, 6-1MAIORES DE 50 ANOSIsabel Cunha d’Eça (Por) v. Marília MadeiraPinto (Por), 6-1, 6-3MAIORES DE 60 ANOSCarmina Azevedo (Por) v. Brigitte BockenJacob (Bél), 6-4, 4-6, 11/9.

HOMENS35 ANOS: 1. André Mota, 165; 2. TiagoVasquez, 150 pontos; 3. Tiago Dores, 125;4. Pedro Marinho Pinto de Azevedo, 9040 ANOS: 1. Fernando Granero Alameda, 180;2. Vasco Graça, 140; 3. Nuno Delfino, 90;4. José Pedro Martins, 9045 ANOS: 1. José Luis Villuendas-Ortiz, 185;2. Eric Mampaey, 120; 3. Emmanuel Egbeama,100; 4. AndrewSharp, 9050 ANOS:1.RamonCanosaSendra, 140;2.Ra-jivBatra, 120; 3. José Alberto Pereira, 105;4. Robby Hill, 10055 ANOS: 1. Juan Arcones-Pastor, 240;2. Jorge Haenelt, 135; 3. Rogerio Matias, 40;4. Carlos Velasco-Calvo, 7560 ANOS: 1. Buenaventura Velásquez, 225; 2.FrankVan Lerven, 125; 3. Antoni Arnau-Sans, 100;4. José LuísTomás, 95

65 ANOS: 1. Nuno Allegro, 160;2. Paul Abrahamse, 135; 3. Giuseppe Losego, 120;4. Mário Videira, 11070 ANOS: 1.AntónioTrindade, 185;2.FelixCan-dela, 180; 3. Roland Sannwald, 115; 4. ManfredHagl, 105SENHORAS35 ANOS: 1. Paula Falcão, 130; 2. TanjaSuennen, 120; 3. Marta Coelho, 110; 4. IwonaDomanska, 9040 ANOS: 1. Leticia Almirall Garbayo, 240; 2.CristinaAlmirall Garbayo, 160;3.RosarioBareadeLara, 125; 4. Belen Linares Corral, 9050 ANOS: 1. IsabelCunhaD’Eça,140;2.MariliaMadeiraPinto,135;3.CarmenLangVerdugo,120;4.VerónicaLimadeAngelis,10560 ANOS: 1. Carmina Azevedo, 140; 2. BrigitteBocken Jacob, 135; 3. Maria Teresa MorilloSolano, 105; 4. Carmen Alvarez Leal, 90

PALMARÉS2011 RANKINGDEFINALDETEMPORADA

Partilhardegeraçõesemclubecentenário

FOGOSO.Duarte Vale

venceu naestreia dos

Sub-12

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Page 6: Jornal do Ténis 16 Dezembro 2011

SEXTA-FEIRA16 DE DEZEMBRO DE 201106 �

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Retrospetiva2011

� Foi mais uma temporada positivapara o ténis português, que continuoua assistir ao quebrar de novos recor-des nacionais no cenário internacio-nal. Mas 2011 não ficou apenas mar-cado por resultados – foram muitasas peripécias, as anedotas e as proe-zas que contribuíram para a históriado ano. Aqui ficam algumas…

DIALÉTICA.Rui Machado e Frederi-co Gil protagonizaram uma animadarivalidade indireta com repercussãopositiva no estabelecer de marcos his-tóricos; o sintrense tornou-se no pri-meiro representante luso a jogar osquartos-de-final de um evento Mas-ters 1000 (Monte Carlo) e atingiu a62.ª posição do ranking; Rui Macha-do estabeleceu a melhormarca de umportuguês nos rankings mundiais aochegar à 59.ª posição em outubro.

MUSIQUETA.No jantar prévio à eli-minatória da Taça Davis entre a Suí-ça e Portugal em Berna fez-se ouvir otemamusicaldofilme“Missão Impos-sível”; os portugueses perderiam por5-0 face aos poderosos adversários,mas Rui Machado – que não ganhouqualquer encontro em piso rápido nocircuito (venceria dois no Masters doChallengeTour)–impôs-senoprimei-ro set do seu compromisso com ocampeoníssimo Roger Federer.

SURFISTA. Pedro Sousa exibiu-se agrande nível na primeira ronda doEstoril Open face a Juan Martin delPotro, chegando a liderar por umbreak e 40/0 no terceiro set num en-contro transmitido à escala planetá-ria pela televisão e internet; a réplicado “desconhecido” português deuquase tanto que falar como os seuscalções, muito comentados no Face-book e no Twitter por esse Mundofora: “quem é o surfista?”.

DRAMA. O sexto duelo fratricidaem 22 edições do Estoril Open fi-cou marcado por momentos dra-

máticos, com Gastão Elias criva-do de cãibras e prostrado na terrabatida a ser forçado a desistir noterceiro set de uma maratona como seu amigo João Sousa na primei-ra ronda.

VISITA.O encontro de Frederico Sil-va na segunda ronda do torneio jú-nior de Wimbledon ficou marcadopela presença da hiper-megacampeãMartina Navratilova – não para veratuar o jovem luso mas o seu adver-sário, oriundo do “exótico” Borundi.

MAIOR(CA).Frederico Silva foi con-vidado a passar mais de uma semanaem Maiorca para servir de sparring-partner a Rafael Nadal e até andouno Aston Martin do campeoníssimo,que elogiou o cadete (16 anos) por-tuguês ao JT: “Gostei muito dele; por-tou-se muito bem durante os treinose tem um ténis muito completo, paraalém de ter mostrado ser boa gente etrabalhador.”

REDENÇÃO.Acusada de ter recusa-do efetuar um controlo antidopingnum prize-money nacional e conse-quentemente suspensa, Rita Freitasfoi ilibada um ano depois e pode re-gressar às competições oficiais: osprocedimentos do controlo não ti-nham sido devidamente cumpridos.

SORTUDO.FranciscoFrancoDiasestáa estudar nas imediações de Washing-tone tevea sortede serescolhidoparasparring-partner de uma das mais bo-nitas tenistasdocircuito:arussaMariaKirilenko,quefezaépocadodefesonazona devido ao seu relacionamento

OSJOGADORES,OSNÚMEROS,ASFRASES,OSCASOSEOSFEITOSMAISMARCANTESDAÉPOCANACIONALE INTERNACIONAL

FRASES

NÚMEROS

“Ele tem molas nas pernas”(o capitão eslovaco Miloslav Mecir

sobre o veloz Rui Machado)“Não sejas bebé!”

(João Cunha e Silva para o rezingãoGonçalo Loureiro na equilibrada final do

Nacional de cadetes que o seu pupiloacabaria por ganhar)

“Queria tanto fazer-lhe um lob!”(Pedro Sousa sobre o balão que fez sobreo gigante Juan Martin del Potro no fim do

terceiro set do embate entre ambos noEstoril Open e que suscitou risada)

229.281: em euros, comparticipa-ção financeiraanual concedidapelo IDPàFPTparaaexecuçãodo programade enquadramentotécnico154.980: valorbruto anual em eu-ros pago ao técnico responsáveldo Centro de Alto Rendimento,João Cunhae Silva440: os lugares galgados porGastão Elias no ranking ATPem2011, desde o 603.º no dia1 dejaneiro até ao 163.º lugar logradoem novembro211: km/h do mais rápido serviçode um português no Estoril Open,executado porFrancisco FrancoDias no qualifying deste ano198: centímetros do mais altovencedorde sempre do EstorilOpen, Juan Martin del Potro75: minutos daduração damaisrápida final dahistóriado EstorilOpen, com Juan Martin del Potroa trucidarFernando Verdasco7: número de vezes que MartaOliveiraaplicou o parcial 6-0 noscinco encontros que lhe deram otítulo nacional de iniciados1: encontro ganho porFredericoGil em 12 participações em tor-neios do Grand Slam, quebrandofinalmente amalapataem janeirodeste ano, no Open daAustrália0: encontros ganhos porRui Ma-chado em piso rápido no circuitoregular, até vencerdois no Mas-ters do circuito Challenger

amoroso com a vedeta do hóquei nogeloAlexOvechkin.“Fiqueicomonú-merode telemóveldela!”,desabafouoex-campeão nacional de juniores.

DILEMA.Divergências sobre a prepa-ração física de Ana Ivanovic estive-ram na origem da rutura da sua liga-ção com António van Grichen; o téc-nico português queria que ganhassepeso e robustez para aguentar os ter-ceiros sets que estava a perder, en-quanto a sérvia pretendia manter a li-nha esbelta conseguida nos últimosanos. Os resultados menos bons daex-n.º1 provam quem tinha razão.

LUVABRANCA. No Masters MédisCopa Ibérica, João Lagos desistiu nasmeias-finais quando tinha doismatch-points a 7-6, 6-5, 40/15 – foiuma bofetada de “luva branca” aoseu adversário, que se mostrou céti-co relativamente a algumas decisõesde arbitragem. �

Umanopararecordar

D.R.

RECO

RD

“JORNALDOTÉNIS”DESIGNAMELHORESDE2011Internacional NovakDjokovic & Petra KvitovaRevelações Milos Raonic & Petra KvitovaNacional Rui Machado & Maria João KoehlerRevelações João Domingues & Cláudia Gaspar

PALMARÉSPRINCIPALINTERNACIONAL

Open Austrália NovakDjokovic & Kim ClijstersRoland Garros Rafael Nadal & Li NaWimbledon NovakDjokovic & Petra KvitovaUSOpen NovakDjokovic&SamanthaStosurMasters ATP & WTA RogerFederer& Petra KvitovaTaça Davis/Fed Cup Espanha /República Checa

PALMARÉSPRINCIPALNACIONAL

Absoluto João Domingues & Maria João KoehlerJuniores João Domingues & Bárbara LuzCadetes Gonçalo Loureiro & Joana Valle CostaInfantis Tiago Cação & Matilde FernandesIniciados Duarte Vale & Marta OliveiraEstoril Open JM del Potro & Anabel Medina Garrigues

Maria Kirilenko e Francisco Dias

RECORDAÇÃO. Rui Machado diante de Roger Federer na Taça Davis: “o maior desafio da minha carreira”

Juan del Potro com Pedro Sousa

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Page 7: Jornal do Ténis 16 Dezembro 2011

A Médis Copa Ibérica concluiu a temporadade 2011 numa jornada magnífica de competição nos courtsde terra batida do centenário CIF - só possível devido aoapoio inestimável de todos os Parceiros e Jogadores do evento.

Obrigado a todos!

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Page 8: Jornal do Ténis 16 Dezembro 2011

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