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Jornal do Sintesp - nº 206 - Ano 2008 1 Jornal do SINTESP - Ano 2008 - Nº 206 - www.sintesp.org.br - Sede - SP SINTESP REALIZA EVENTO DOS 36 ANOS DO SESMT 6º FÓRUM TÉCNICO DE DEBATE - NR -4 DURANTE A FISP - PÁG. 14 Comissão interministerial toma posse .............................. pág. 14 Legislação ................................ pág 12 Meio Ambiente ......................... pág 15 Detalhes na página 4 Força Sindical Estadual realiza congresso e eleição pág 11 CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃO pág. 16

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Page 1: Jornal do SINTESP - Ano 2008 - Nº 206 - ... · Com base nesse preâmbulo de en- ... há 36 anos carecendo de um grande pac-to entre todos esses segmentos interessa-dos e envolvidos,

Jornal do Sintesp - nº 206 - Ano 2008 1

J o r n a l d o S I N T E S P - A n o 2 0 0 8 - N º 206 - w w w . s i n t e s p . o r g . b r - S e d e - S P

SINTESP REALIZA EVENTO

DOS 36 ANOS DO SESMT

6 º F ÓR U M T ÉC N I C O D E D E B A T E - N R - 4D U R A N T E A F I S P - PÁG. 14

Comissão interministerialtoma posse .............................. pág. 14

Legislação ................................ pág 12

Meio Ambiente ......................... pág 15

D e t a l h e s n a p á g i n a 4

Força Sindical Estadual realizacongresso e eleição

pág 11

CAMPANHA DESINDICALIZAÇÃO

pág. 16

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Nesta edição temos pelo menos qua-tro situações para ponderar em relaçãoao tratamento que as questões da Se-gurança e Saúde do Trabalho, estão re-cebendo por parte dos órgãos compe-tentes no país.

Em relação a primeira quero men-cionar que fizemos a reunião da Comis-são Interministerial dia 13 de agosto,em Brasília, e na oportunidade identi-ficamos que estamos sofrendo uma si-tuação que podemos chamar de “crisede identidade” na área de Segurança eSaúde do Trabalho. Ressalto desta for-ma porque no mundo todo a Saúde eSegurança são vistas como assunto derelação do trabalho e assim deve sertratado, uma vez que o vínculo é maiorcom a OIT – Organização Internacio-nal do Trabalho e, por sua vez, com oMinistério do Trabalho em cada país.

No caso do Brasil, o que se verificaé que há uma certa indiferença do Mi-nistério do Trabalho em priorizar estaárea. Prova disso, é que o Ministériodo Trabalho tem sofrido um desmontegradual nos últimos 18 anos, e uma dasevidências desse desmonte e desinteres-se é que deixou de existir a Secretariade Saúde e Segurança do Trabalho, quese transformou em um departamento eestá jogado às moscas. Verifica-se tam-bém que a SIT - Secretaria de Inspeçãodo Trabalho, através de sua titular, temdemonstrado claramente o desinteres-se em focar essas questões, limitando-se à temática no âmbito do trabalho es-

CRISE DE IDENTIDADE 2 – A SEGURANÇA E SAÚDE DO

TRABALHADOR SÃO PERTINENTES ÀS RELAÇÕES DE TRABALHOcravo e formalização de emprego. Nósentendemos que estas questões são ex-tremamente importantes, mas não jus-tifica o abandono da área de Seguran-ça e Saúde do Trabalho.

A segunda situação é que há umacorrente que defende que a SST é umaquestão de saúde pública, especialmen-te, as autoridades do Ministério da Saú-de. Porém, em assim sendo, deixa de es-tar vinculado diretamente ao MTE e aOIT, tratando a questão de SST focadaespecialmente na vertente assistencial.

Já a terceira situação refere-se aofato de que em alguns modelos de polí-ticas que privilegiam a prevenção te-mos verificado um envolvimento obje-tivo do sistema segurador, que no nos-so caso é a Previdência Social – para aqual cabe a nossa observação positivade que tem tomado grandes e boas ini-ciativas em prol do setor -, na medidaem que o Seguro do Acidente do Traba-lho – SAT deveria ser a fonte de finan-ciamento de prevenção, estimulando asboas práticas e resultados e penalizan-do financeiramente os maus resultados.

Em relação a quarta situação, den-tro dessa linha de falta de definição cla-ra a respeito da problemática, podemosassociá-las a diversos outros Ministé-rios dentro do Governo. Porém, na prá-tica temos como algo concreto que aon-de “todo mundo manda, ninguém man-da nada” e este pano de fundo tem difi-cultado os avanços da política de Saú-de e Segurança do Trabalho.

Por outro lado, temos verificado queninguém, absolutamente ninguém, écontra a valorização da Saúde do Tra-balhador, mesmo assim, temos presen-ciado a ocupação de cargos nas insti-tuições que tem poder de decisão nessesegmento sendo feito por pessoas quenão tem nenhum antecedente, identida-de ou histórico com essa área, trans-formando-a em um verdadeiro labora-tório.

Quero ressaltar com isso, que esta-mos sendo “hospedeiros”, ou seja, aárea de Saúde e Segurança do Traba-lho tem servido de “cobaia” para es-sas aventuras, com pessoas utilizando-se do cargo para atender outros inte-resses políticos e deixando de dar acontribuição que poderia se o mesmofosse ocupado por pessoas que tem co-nhecimento de causa e propostas comesse objetivo.

Com base nesse preâmbulo de en-tendimentos, continuamos nos servindode um modelo de SST que foi implantadohá 36 anos carecendo de um grande pac-to entre todos esses segmentos interessa-dos e envolvidos, especialmente, traba-lhadores, governo e empresários, em queentendemos que o Ministério do Traba-lho não pode se furtar de ser o fomentadordesse pacto dentro das principais açõesmultidisciplinares e transversais, buscan-do fortalecer a identidade do setor, embeneficio do trabalhador.

Armando Henrique - Presidente

Jornal do Sintesp - Nº 206 - Ano 2008

Publicação do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São PauloSede: Rua 24 de Maio, 104 - 5º andar - República - Centro - CEP 01041-000 - Fone (11) 3362-1104

E-mail: [email protected]

DIRETORIA EXECUTIVAArmando Henrique- Diretor PresidenteLaércio Fernandes Vicente- Diretor Vice PresidenteSebastião Ferreira da Silva - Diretor Primeiro SecretarioWagner Francisco de Paula- Diretor Segundo SecretárioMarcos Antonio de A. Ribeiro- Diretor Primeiro Tesoureiro

Rene Alves Cavalcanti- Diretor Segundo TesoureiroHeitor Domingues de Oliveira- Diretor Executivo EstadualDIRETORIA ESTADUALTitulares - Adonai Gomes Ribeiro, Eduardo Neves da Sil-va, Élcio Pires, Francisco Thomé Filho, Laerte dos San-tos, Valdete Lopes Ferreira e Olívio de Oliveira Filho.Suplentes - Helena Aparecida Arcaro Conci, Luiz CarlosLucas Prado Spinelli, Valdirio Antonio Guerra, HomeroTadeu Betti, Cosmo Palasio de Moraes Junior, JorgeGimenez Berruezo e Rogério de Jesus SantosCONSELHO FISCALTitular - Luiz de Brito Porfírio, Milton Perez e Adenias

Santos SilvaSuplente - Altair Teixeira, Valdizar Albuquerque Sil-va e Tânia Angelina dos SantosCoordenação do jornalComunicação e Marketing - Heitor Domingues deOliveiraFotos - Arquivo Sintesp, Armando e Heitor

Jornalista ResponsávelSofia Jussara da Conceição - MTb 28.703

Editoração EletrônicaAnema Editorial (11) 4401-2622

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O auditório do Sintracon-SP – Sindi-cato dos Trabalhadores da ConstruçãoCivil de São Paulo foi palco para umagrande homenagem em razão do aniver-sário de 36 anos do SESMT – ServiçoEspecializado em Segurança e Medicinado Trabalho. Promovido pelo Sintesp –Sindicato dos Técnicos de Segurança doTrabalho do Estado de São Paulo, emparceria com o Sintracon-SP, o evento,que aconteceu no dia 25 de julho de2008, foi patrocinado pela AlpargatasS.A. e contou com as presenças de auto-ridades, lideranças das Centrais Sindi-cais e representantes da classe dos trabalhadores e empreende-dores.

Fizeram parte da solenidade de abertura Antonio Sousa Ra-malho, presidente do Sintracon-SP; Armando Henrique, presi-dente do Sintesp; Lucíola Rodrigues Jaime, superintendenteRegional do Trabalho e Emprego, repre-sentando o Ministro do Trabalho e Em-prego, Carlos Lupi; Jurandir Bóia, presi-dente da Fundacentro; Haru Ishikawa, doSinduscon-SP – Sindicato da Indústria daConstrução Civil; Emílio Alves FerreiraJúnior, presidente da Feticom - Federaçãodos Trabalhadores das Indústrias da Cons-trução Civil e do Mobiliário do Estado deSão Paulo; Cleonice Caetano Souza, se-cretária Nacional da Saúde e Segurançado Trabalho da UGT – União Geral dosTrabalhadores; José Calixto Ramos, pre-sidente da Nova Central Sindical dos Tra-balhadores e presidente da CNTI – Confederação Nacional dosTrabalhadores da Indústria; vereador Cláudio Prado, da Câma-ra Municipal de São Paulo; e Valdemar Pires de Oliveira, re-presentando a CUT de São Paulo.

Aproximadamente 300 pessoas prestigiaram a homenagemque, este ano, destacou as carreiras bem sucedidas em prol daprevenção e qualidade de vida do traba-lhador dos profissionais: Everaldo Inácioda Silva, técnico de Segurança do Traba-lho, que atua na ISS Services Systemcomo gerente corporativo de Segurança eMedicina do Trabalho Brasil; EduardoMilaneli, engenheiro de Segurança doTrabalho, que exerce a função de gerentecorporativo de Segurança do Trabalho naPhilips do Brasil; Zeneide Maria Caval-cante, enfermeira do Trabalho da Philips

SINTESP PROMOVEU UM GRANDE EVENTO EM

COMEMORAÇÃO AOS 36 ANOS DO SESMT

Com proposta de se tornar itinerante a partir de 2008, promovendo a valorização do SESMTnas mais variadas entidades setoriais do Brasil, a comemoração do aniversário de 36 anos do

SESMT, realizado no Sintracon-SP este ano, ressaltou a importância dos profissionais envolvidosneste setor para a consolidação da qualidade de vida no ambiente de trabalho e o

dimensionamento do seu caráter social em todas as esferas da sociedade

do Brasil e Aizenaque Grimaldi de Car-valho, médico do Trabalho, presidente daAssociação Paulista de Medicina do Tra-balho. Os homenageados foram contem-plados com uma placa assinada pelospresidentes do Sintesp e do Sintracon-SP.

O início do SESMT, em 1972, foi ummomento socialmente marcante para ostrabalhadores, de grande valia e que sem-pre é lembrado com muito carinho peloSintesp. Este ano a homenagem possibi-litou a congregação de diversos profis-sionais envolvidos com a questão da saú-

de e segurança no Estado de São Paulo, em especial, pela pre-sença de auditores fiscais do Ministério do Trabalho, integran-tes de entidades representativas no âmbito da segurança e saú-de ocupacional, bem como representantes de quatro das gran-des centrais sindicais do país, a CUT, a UGT, a Nova Central e

a Força Sindical.

VALORIZAÇÃO DO SESMT

Na solenidade de abertura foi passadaa palavra aos componentes da mesa ,sequencialmente, permitindo a manifesta-ção de todos sobre a importância desta datapara a valorização desses profissionais e,consequentemente, em prol do dimensio-namento e fortalecimento do caráter pre-ventivo e social da saúde e segurança dotrabalhador em todo o país.

Em seu pronunciamento, Bóia, da Fun-dacentro, mostrou que a Fundacentro e o SESMT tem em co-mum a missão de promover a saúde e proteger a integridadefísica dos trabalhadores. Ele comentou que no último dia 6 dejulho a Entidade celebrou o 30° aniversário da publicação noDiário Oficial da Portaria que continha as primeiras normasregulamentadoras relativas à Segurança e Saúde do Trabalha-

dor, entre elas a NR 4 que regulamenta asatividades do SESMT.

Em seu discurso Armando Henrique,por sua vez, fez algumas considerações im-portantes sobre este momento de comemo-ração de 36 anos do SESMT. “Temos umsentimento de que o SESMT completa hoje36 anos, porém cometemos alguns errosdurante sua existência e, temos que ter asensibilidade de que quando erramos, po-demos corrigir os rumos da história, utili-

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zando, inclusive os erros do passadopara construir esses novos espaços. Du-rante esses 36 anos ficamos falando pranós mesmos. Vimos comemorando oSESMT muitas vezes dentro dos sindi-catos dos técnicos de segurança, do en-genheiro, do médico, e não tivemos oempenho necessário para socializarmais essa questão, especialmente porentender que a saúde e a segurança dotrabalho é de grande interesse social”,avaliou ele.

Nesse sentido, Armando informouque estava sendo iniciada em conjuntocom o presidente do Sintracon-SP, a adoção de uma nova es-tratégia, comemorando o aniversário do SESMT dentro da casado trabalhador, com o envolvimento dele e, especialmente, comas autoridades e segmentos que tem poder de decisão nessaquestão. Segundo Armando, a intenção éque esse processo seja itinerante e que oano que vem seja realizado em outro sin-dicato, de outra categoria e sempre nesseformato pra que seja cumprido o seu papelsocial.

BOAS PRÁTICASPREVENCIONISTAS

Durante a solenidade, os componentesda mesa citaram várias vezes o exemplobem sucedido do setor da construção civil

na questão da saúde e segurança dos tra-balhadores, pelo fato de que por muitotempo foi considerado um dos recordis-tas em acidentes do trabalho e hoje, comtodo o comprometimento e atuação con-junta da área sindical, governamental epatronal, esse quadro foi mudado e apre-senta um dos cenários mais positivos emtermos de saúde e segurança do trabalho.

No início de seu discurso, Ramalho,presidente do Sintracon-SP, mostrou-sebastante satisfeito pela oportunidade decomemoração dos 36 anos do SESMT nosindicato dos trabalhadores da construção

civil. Citando algumas dificuldades e conquistas ao longo des-ses anos, ele mencionou o papel de cada um dos componentesda mesa em prol do trabalhador brasileiro.

Parabenizando aos homenageados, Ramalho disse que es-ses profissionais, dentre todos os outrosdo setor, se destacaram nessa luta e hojerepresentam a grande caminhada doSESMT nesses anos rumo ao seu suces-so. “Sinto-me muito feliz por esta come-moração e por poder presenciar algunsavanços tecnológicos que estão facilitan-do o dia-a-dia do trabalhador no canteirode obras. Por isso, parabéns aos profissi-onais homenageados e aos que tambémnão puderam ser homenageados hoje, masque, com certeza, contribuem muito paraesses avanços com o seu trabalho”, con-

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cluiu ele.Uma inovação colocada no evento comemorativo este ano

foi a de conceder um Prêmio Destaque para uma empresa nosegmento da construção civil que se destacasse no mercado pelapreocupação com relação a saúde e segurança dos trabalhado-res e pelo trabalho de valorização dos seus profissionais. Naenquête para fazer a escolha foram encontradas diversas em-presas com trabalhos significativos nesta área, e nesta edição aempresa escolhida foi a Even Construtora e Incorporadora S.A.,cuja homenagem foi recebida pelo seu diretor Sílvio Gava, quereferenciou a indicação como sendo graças ao trabalho de umtime. Na seqüência, os representantes da empresa apresenta-ram uma palestra sobre o tema “A experiência do SESMT bemsucedida no Segmento da Construção Civil” na qual mostroutodo o seu processo de boas práticas na área de segurança esaúde do trabalho e sua conciliação com a sustentabilidade.

Para concluir, Armando Henrique ressaltou que este encon-tro foi uma experiência muito rica e que veio pra ficar, ou seja,a de fazer esta homenagem ao SESMT de forma diferente, parabuscar socializar mais essa questão, pois, em sua opinião, istoé um problema social e não só dos membros da categoria deSaúde e Segurança, sendo assim, à medida que o setor consigatrazer pra dentro de um sindicato dos trabalhadores de umacategoria, conseguirá, ao mesmo tempo, envolver mais essacategoria, especialmente, o movimento sindical e o segmentopolítico que tem relação direta com o tema.

“O meu desejo é que essa homenagem seja, realmente, iti-nerante. Sinto que a aceitação foi muito positiva, e a escolhafoi a mais justa possível, uma vez que as pessoas homenagea-das têm realmente todo o mérito para serem congratuladas.Enfim, estou muito satisfeito, como presidente do Sintesp, porsermos alavancadores desse projeto e pela aceitação social dessainiciativa”, concluiu Armando.

Muito emocionados por estarem fazendo parte deste im-

portante momento de lembranças das lutas e conquistas

alcançadas ao longo desses 36 anos de existência do

SESMT no Brasil, em entrevista exclusiva ao Jornal Pri-

meiro Passo, os profissionais homenageados ressaltaram

a contribuição desses serviços na evolução da segurança

e saúde ocupacional no país. Leia a seguir.

DEPOIMENTOS DOS HOMENAGEADOS

NESTE ANIVERSÁRIO DE

36 ANOS DO SESMT

AIZENAQUE GRIMALDI DE CAR-VALHO – especialista em Medicina doTrabalho, presidente da Associação Pau-lista de Medicina do Trabalho, vice-pre-sidente da regional sudeste da Associa-ção Nacional de Medicina do Trabalho,diretor jurídico do Sindicato dos Médi-cos do Estado de São Paulo e professor

dos cursos de pós graduação de Engenharia de Segurançada Unip e da FEI.

“Sou formado em Medicina desde 1985, e em 1989 já ti-nha feito a pós-graduação em Medicina do Trabalho, ou seja,desde a minha formação, eu já trabalhava na área de saúdedo trabalhador, e até hoje a minha dedicação a Medicina doTrabalho é integral.

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Fico lisonjeado com ahomenagem, principalmen-te pelo fato de quando co-meçamos a trabalhar nessesegmento que é dos profis-sionais do SESMT, às ve-zes nos esquecemos dessestítulos, e lembramos so-mente que temos que traba-lhar em equipe para melho-rar as condições e o ambi-ente do trabalho, o que fazcom que nos destaquemosnesse cenário. Eu fico muito contente e emocionado por tersido lembrado pelos outros profissionais e por fazer parte dessegrupo.

Nesses 36 anos, o que tenho visto de muito positivo é aincorporação de diversas competências novas no universo doSESMT, as quais surgem tanto pela necessidade de evoluçãodo processo produtivo e que temos que acompanhar essa mo-dernização, quanto também vem por parte das exigências dostrabalhadores, através da consciência que eles têm adquiridopela ação dos sindicatos, que atuam pró-ativamente para o res-peito aos seus direitos e na cobrança desses direitos. Por isso,nós, que fazemos parte desse grupo de profissionais, temosque defender esses direitos, temos que adquirir novas compe-tências e o que a gente tem visto é isso, uma vez que o SESMTtem mudado bastante pra melhor porque a sociedade tem mu-dado e nós temos que acompanhar essa evolução da sociedadebuscando incorporar essas novas tecnologias, novos concei-tos e nos anteciparmos, sermos pró-ativos no sentido de pre-ver e antever o que pode acontecer com aquele trabalhadornaquele ambiente de trabalho e interferir de maneira eficiente

nesse sentido.Como mensagem, ressalto que não devemos nos acomodar

quando conseguimos algumas vitórias nesse segmento, o qualdeve admitir como máxima uma frase dita no meio sindicalque é “a luta continua”, pois por mais que nós tenhamos vitó-rias, nós sempre teremos lutas novas, e se não tivermos temosque criá-las porque o trabalhador sempre vai precisar de pro-fissionais competentes, de profissionais que se capacitemconstantemente, pra que possam defender seus interesses epara que juntos, trabalhadores e profissionais do SESMT, pos-samos transformar as condições do trabalho, do meio ambi-ente do trabalho, em lugares agradáveis onde realmente o tra-balhador se sinta adequado, se sinta plenamente realizado noexercício de suas atividades”.

ZENEIDE MARIA CAVALCANTE – En-fermeira do Trabalho; especializada em Enfer-magem do Trabalho e Gestão Hospitalar; atuahá 25 anos na área hospitalar e desde 1986 atuana área ocupacional e a partir de 1997 tambémna área educacional. Atualmente trabalha naPhilips do Brasil na Unidade de Iluminação. Édocente do Centro de Educação em Enferma-gem e Nutrição da Unimonte.

“Iniciei minha carreira na década de 80, comoTécnica em Enfermagem, após esse período tra-balhei na área hospitalar e me formei como Enfermeira, me especi-alizando na área da Enfermagem do Trabalho e, desde então, venhoatuando na parte de saúde na área ocupacional, cuidando da saúde dotrabalhador, no setor de segurança e saúde do trabalho, junto com oSESMT.

Sinto-me muito prestigiada em receber essa homenagem. Fiquei

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muito surpresa e a vejo como um reconhecimento por esses 22 anosde dedicação na área de saúde ocupacional. Por isso, estendo essahomenagem a todos os profissionais da área da saúde e segurança dotrabalho que estão dando continuidade a esse serviço, que hoje é muitoimportante, porque os riscos continuam mesmo com todas as tecno-logias e melhoramentos que temos nos dias de hoje, o que faz comque todos precisem de uma orientação, da prevenção da saúde, e atémesmo da parte de manutenção, já que muitas pessoas retornam aoambiente de trabalho por algum problema, seja por auxílio doença,acidente do trabalho, entre outros, necessitando de uma reabilitaçãodentro da empresa, o que exige todo de um acompanhamento da par-te de Enfermagem, que também exerce esse papel dentro das compa-nhias.

As perspectivas para o futuro são boas em relação a essa área,principalmente, na da Saúde, que vem crescendo cada vez mais. Comodocente na área, verifico que a procura dos profissionais tem sidomuito grande, o que, paralelamente, também demonstra que existe aprocura de profissionais interessados em atuar na Saúde ocupacio-nal. Este mercado vem crescendo cada vez mais não só em São Pau-lo, como também em outros estados, principalmente, em termos

de profissionais qua-lificados, pois umadas coisas importan-tes é que não basta sósaber, o profissionaltem que ‘ saber ´ e‘querer fazer´ porquenão é tão fácil traba-lhar na área de Saú-de ocupacional, umavez que existem con-f l i tos , ações , todauma política que pre-

cisa ser atendida, e nem todos gostam disso, mas é importantesaber equilibrar essas duas coisas. Muitas vezes o enfermeiroé o termômetro dentro da empresa, e nem sempre os seus indi-cadores são favoráveis para quem quer, então é outro fatorque temos que administrar.

Essa iniciativa de tornar o evento em homenagem aoSESMT itinerante é muito importante. Os sindicatos têm queentrar na luta, abranger mais a saúde ocupacional, porque elesestão mais envolvidos também em relação ao cuidado com asaúde do trabalhador, principalmente, devido ao grande nú-mero de acidentes do trabalho.

EDUARDO MILANELI – Enge-nheiro Químico, pós graduado em Se-gurança do Trabalho e Recursos Hu-manos na Gestão de Negócios, é pro-fessor em cursos de formação de téc-nicos de segurança, engenheiro de se-gurança e especialização em medicinado trabalho, coordenador do GrupoGESTH atualmente e trabalha no pro-jeto da constituição do SESMT que foiencaminhado para a prefeitura deMauá com sucesso.

“Estou na área de Segurança e Saúde do Trabalho desde1996. Esta homenagem foi uma surpresa muito agradável efiquei muito feliz. Outro aspecto que gostaria de ressaltar éque achei bastante interessante o Sintesp fazer este evento noSindicato da Construção Civil, porque a área de Segurança doTrabalho congrega todas as categorias e essa iniciativa é umamaneira que temos de ganhar, cada vez mais, adeptos na áreada prevenção.

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Em relação ao SESMT, apesar de estamos fazendo 36 anos,ainda temos um caminho grande a percorrer, pois não é possí-vel desvincular do SESMT esta responsabilidade de formarcultura em nossa população e trabalhar a educação das pesso-as para a prevenção. Nós temos que trabalhar na formaçãodessa cultura para daqui talvez 20, 30 anos termos pessoasmuito mais conscientes e mais preparadas com relação a estesaspectos, olhando o trabalhador com uma visão um pouco di-ferente, não só pensando no EPI, em fazer procedimentos, ins-truções, normas, mas trabalhá-lo como um todo, como um serhumano.

As perspectivas em relação as boas práticas no setor de Se-gurança do Trabalho - principalmente em relação ao papel dotécnico e do engenheiro de segurança -, entendo que vivemosnum mundo capitalista e que algumas coisas estão mudando evão mudar cada vez mais, a partir do momento em que a ques-tão financeira começa a pesar mais sobre as empresas princi-palmente. Temos percebido um movimento que o Ministérioda Previdência está fazendo cobrando alíquotas diferenciadas,ou seja, pra quem investe mais em segurança vai pagar me-nos; e quem investe menos e tem indicadores piores vai pagar

mais. Isso faz com quecomecemos a criar umacultura de importânciafazendo com que as em-presas passem a investirmais nessa área e quei-ram ver o seu trabalhadorbem, produzindo mais,com saúde e, por sua vez,comprometido com o su-cesso da empresa nomercado. Eu vejo isso

como um aspecto muito positivo e que vai ser um agente demudança.

A mensagem que deixo é que nós, como técnicos se segu-rança, engenheiros de segurança, enfermeiros, médicos do tra-balho, psicólogos ocupacionais, enfim, todos os envolvidosnesta área, estamos passando por este mundo para deixar al-guma melhor para o futuro. Todos nós trabalhamos em prol deum bem comum que é o bem estar do trabalhador, então o nos-so foco é deixar para os próximos um mundo bem melhor doque nós encontramos”.

EVERALDO INÁCIO DA SILVA – for-mado em Supervisor de Segurança em 1974,milita na área até o dia de hoje. São 34 anosininterruptos neste setor e faz 23 anos queexerce cargo de comando na área de Segu-rança e Medicina do Trabalho como geren-te corporativo Brasil de Segurança e Medi-cina do Trabalho com mais de 100 profissi-onais SESMT sob a sua gerência.

“Fiquei muito lisonjeado com esta home-nagem, muito feliz porque há 34 anos traba-lhando na área de Segurança como técnico é a primeira vez que eurecebo esta homenagem do Sintesp e eu fico feliz porque é a profis-são em que eu me sinto muito honrado e feliz em executá-la.

Ao longo desses anos de atuação afirmo que evolução na área desegurança foi muito grande, em especial, o reconhecimento dos pro-fissionais pelas próprias indústrias, pelo governo, e pela força da le-gislação, que fez com que as empresas, em especial, na área de pres-tação de serviços, sejam mais exigentes fazendo com que a área desegurança do trabalho ganhasse corpo no Brasil.

A contribuição do SESMT na área de segurança do trabalho éfundamental. Comecei há 34 anos nesta área, portanto, bem próximo

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do início do SESMT no Brasil e a mudança foi radical, hoje eu sintoo SESMT como a ferramenta principal para essa redução de aciden-tes que nós tivemos, muito embora, tenhamos ainda um alto índicede acidentes no Brasil.

Ao meu ver, o técnico de segurança é o principal profissional dacomposição do SESMT para o trabalho de campo, ele é o homemdo dia-a-dia que faz o contato diário com o trabalhador, com a che-fia, fazendo as correções, ou propondo correções, treinando os co-laboradores para que tenham a mentalidade prevencionista que hojenós já encontramos nos trabalhadores.

A perspectiva para o futuro são muito positivas. Eu acredito quea segurança do trabalho na progressão que está indo em breve nósteremos um país com muito mais segurados, com um menor índicede acidentes e uma segurança muito mais forte, em especial, com aalteração da legislação que vem ocorrendo dando uma maior ênfasena área.

Sobre a proposta de fazer esse evento comemorativo de formaitinerante a partir deste ano, contemplando todos os setores produti-vos, considero a idéia muito boa. Esta iniciativa do Sintesp é muitolouvável. Sou sócio do Sintesp desde antes da sua existência comosindicato e eu gostaria de agradecer ao Sintesp e a todos que vota-ram em mim, e parabenizá-los por esta iniciativa porque isso valo-riza, não só o profissional, como a empresa que ele trabalha, e acho

que nós devemosmanter esse trabalhopra continuarmos va-lorizando todos osprofissionais da área,e esta iniciativa doSintesp de homena-gear não só os técni-cos de segurança,mas todos os profis-sionais envolvidosno SESMT é muitoimportante”.

Foi realizado no dia 27 de junho o 3º Encontro Técnico doGSO – Grupo de Saúde Ocupacional da Agroindúst r iaSucroalcooleira, no ano de 2008, organizado pelo GSO e Usi-na Pioneiros Bioenergia S.A., na sala interativa da PrefeituraMunicipal de Sud Mennucci.

Considerada expressiva pelos organizadores por ter sidorealizada longe do Pólo Sucroalcooleiro, a reunião, que foiaberta por Mário Márcio dos Santos, presidente do GSO; e Fer-nanda Camargo, da Comunicação e Marketing, que represen-tou a Usina Pioneiros Bioenergia S.A., recebeu aproximada-mente 60 profissionais, em sua maioria, ligados ao setor.

A programação do evento contou com a apresentação doscases: “Importância do Teste de Selagem e a IN 1 de 11/4/94”,cujo expositor foi a engenheira Gláucia Gabas, EngenheiraSenior de Serviços Técnicos - 3M do Brasil, com Formação em“Engenharia Química”, Especialização em Higiene Ocupacio-nal, Membro do CB-32- Comissão de Estudos de Respirado-res, Comissão de Estudos de Protetores Auditivos, Membrorepresentante da ABNT na ISO - Grupo de trabalho Respirado-res; e “Segurança e Saúde no Trabalho e Prestação de Servi-ços”, apresentado por João Augusto Ribeiro de Souza, técnicode Segurança do Trabalho, Assessor de SST - GTseg, DiretorExecutivo do GSO, Vice-Coordenador do Conselho Municipalde Prevenção de Acidentes de Piracicaba -SP.

Com este encontro o GSO, fundado em 1986 com o intuitode capacitar profissionais de Segurança e Saúde no Trabalhoda agroindústria sucroalcooleira, através de encontros técni-cos realizados em Usinas, mais uma vez cumpriu com a suamissão de elevar o conhecimento em Segurança e Saúde noTrabalho - SST dos profissionais das Empresas do SetorSucroalcooleiro através de capacitação técnica e troca de ex-periências e informações.

3º ENCONTRO TÉCNICO DO GSO 2008

Com o objetivo de ampliar conhecimen-tos no campo da prevenção de acidentes e va-lorizar os profissionais de Segurança e Saú-de, a Regional Vale do Paraíba doSintesp, realizou no dia 18 de julho de 2008,nas dependências do SENAC - São José dosCampos, seu 1º encontro técnico, que con-tou com a participação de diversos colegasligados ao SESMT, Estudantes, profissionaisde RH e demais interessados.Este evento, que contou com patrocínio daempresa PROTEVAP e com apoio da Funda-centro, teve como palestrantes: Dr. EuricoSupino, médico do Trabalho, perito chefe doGebin (perícia) do INSS de São José dos Cam-pos, que falou sobe o tema “Nexo TécnicoEpidemiológico”; Wilton Abdalla, técnico Se-gurança do Trabalho, formação em marketing,técnico de desenvolvimento das linhas Mapae Mucambo, especialista em equipamentos deproteção das mãos, que explanou sobre como tema “Metodologia de escolha das luvas aos riscos”; José

SINTESP VALE DO PARAÍBA PROMOVEU O 1º SEMINÁ-

RIO TÉCNICO DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Antonio da Silva, professor e consultortécnico na área de Saúde e Segurança doTrabalho, diretor e instrutor de treinamen-to do Sintesp, que apresentou o tema “Ati-tude de comportamento e o reflexo na se-gurança do trabalho”; e Armando Henri-que, presidente do Sintesp, que abordouo tema “Discussões da nova NR - 4 naComissão Tripartite”.

Para a participação neste evento foi so-licitado aos inscritos a doação de 2 kg dealimentos não perecíveis, entreguepara instituição de caridade sem fins lu-crativos ‘Há uma Esperança em Jesus queatende dependentes Químicos’, sediadana Cidade de Caçapava.

A Regional Vale do Paraíba informaque para o mês de setembro próximo estáprevisto um curso sobre a NR-10, sendoque aos associados em terão descontosde 50 %.

Mais informações no e-mail: [email protected]

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Jornal do Sintesp - nº 206 - Ano 2008 11

A Força Sindical São Paulo pro-moveu, nos dias 31 de julho e 1ºde Agosto de 2008, o seu 4º Con-gresso, com a eleição da nova di-retoria da entidade. O evento, queocorreu no Centro de Integração eValorização do Idoso, em Ameri-cana, SP, contou com a participa-ção de 1030 delegados de Sindica-tos de vários setores da indústria,comércio, serviços, trabalhadoresrurais e servidores públicos, entreoutros.

No encontro, os sindicalistas li-gados à Central debateram o enca-minhamento das lutas por bandei-ras que unificam o movimento sin-dical. Entre elas, jornada de 40 ho-ras, Convenções 151 e 158 da OIT (Orga-nização Internacional do Trabalho) e defi-nição de um índice a ser aplicado no rea-juste de aposentadorias e pensões.

Danilo Pereira, que foi reeleito presiden-te da Força São Paulo durante o 4º Congres-so, ressaltou que o encontro paulista influ-enciou de forma decisiva o congresso daForça nacional, previsto para acontecer em2009. O evento contou com a presença do

FORÇA SINDICAL SÃO PAULO PROMOVEU

4º CONGRESSO EM AMERICANA

secretário-geral da Força nacional, JoãoCarlos Gonçalves, o Juruna.

O congresso estadual também discutiuuma reestruturação interna, com a criaçãode novas secretarias, representação por se-tor produtivo e instalação de escritórios re-gionais, visando o fortalecimento orgânicoe político da entidade. O objetivo das mu-danças é responder à nova realidade abertapela a legalização das Centrais Sindicais.

Outro assunto foi a participação dos tra-balhadores na definição de políticas pú-blicas locais, como a elaboração dos Or-çamentos das prefeituras.

A preparação para o 4º Congressocontou com a realização de quatro ple-nárias, nas cidades de Tupã, com a par-ticipação de 115 delegados de 45 enti-dades; Catanduva, com 142 delegados de72 entidades; Piracicaba, onde estiveram315 delegados de 81 sindicatos e seis fe-derações; e em São Paulo, que contoucom as presenças de mais de 600 dele-gados de 134 entidades da Grande SãoPaulo, Vale do Paraíba e BaixadaSantista.

Por parte do Sintesp, estiveram pre-sentes Armando Henrique, presidente;

Laércio Fernandes Vicente, vice-presiden-te; e os diretores Sebastião Ferreira da Sil-va, René Alves Cavalcanti, Valdizar Albu-querque e Rogério de Jesus Santos.

O Sintesp está fazendo parte da nova di-retoria da Força Sindical São Paulo, inte-grando a Secretaria de Saúde e Segurançano cargo de Secretário Adjunto.

Mais informações sobre o evento podemser acessadas no site: www.fsindicalsp.org.br

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Jornal do Sintesp - nº 206 - Ano 200812

LEGISLAÇÃO

A Superintendência Regional doTrabalho e Emprego do Estado deSão Paulo, em conjunto com aONG Espaço da Cidadania, reali-zou no dia 24 de julho, no auditó-rio da entidade, em São Paulo, SP,o encontro “17º Aniversário da Leide Cotas - Um compromisso pelaresponsabilidade social”. O even-to reforçou o debate sobre as açõesdas diversas entidades envolvidascom o tema para o cumprimento daLei de Cotas e a efetiva inclusãodas pessoas com deficiência nomercado de trabalho.

Na oportunidade, a superinten-dente do SRTE/SP, Lucíola Rodri-gues Jaime, apresentou aos parti-c ipantes um balanço dascontratações de pessoas com defi-ciência no âmbito do Programa deInclusão das Pessoas com Defici-ências no Mercado de Trabalho de-senvolvido dentro do Programa deAção Interinstitucional da Superin-tendência Regional do Trabalho eEmprego. O Programa prevê sen-sibilização e orientação para em-presários, bem como prazos ampli-ados para o cumprimento da Lei deCotas, com monitoramento mensaldas metas de inclusão das empre-sas por parte da Superintendência.

Até abril de 2008, a ação daSRTE/SP já garantiu a inclusão de82.301 pessoas com deficiência nomercado de trabalho em todo o es-

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL

DO TRABALHO E EMPREGO SP

REALIZOU ENCONTRO PARA

COMEMORAR 17 ANOS

DA LEI DE COTAS

tado de São Paulo, o que corres-ponde a um percentual de inserçãode 31,94% do total de 257.686 va-gas destinadas à Lei de Cotas.

“Não buscamos meramente a apli-cação de multas. Neste caso, autua-ção é falta de resultados. Sem deixarde lado nosso papel de fiscais, o quepretendemos com o programa é o for-talecimento do nosso papel de agen-tes de transformação social, com aefetiva inclusão das pessoas com de-ficiência”, destacou Luciola.

Em seguida, Linamara RizzoBatistela, da Secretaria Estadualdas Pessoas com Deficiência, pro-nunciou sobre as vantagens soci-ais das empresas estarem empre-gando pessoas portadores de ne-cessidades especiais.

Além disso, algumas entidades,empresas e sindicatos presentes fa-laram sobre seus programas de in-clusão, contratação e treinamentospara os portadores de deficiência,entre elas, o Serasa, o Senac, oSindusfarma, a Tyssen Krupp, oFrigorífico Bertini, a Gelre, o Sin-dicato dos Comerciários, a Droga-r ia São Paulo , a AssociaçãoLaramara, a Fundação DorinaNowill para cegos, a Schincariol,a Secretaria da Previdênci Social,a OAB, entre outras. O diretor doSintesp Wagner De Paula, repre-sentou o presidente do Sintesp,Armando Henrique, na ocasião.

Nós, da Bancada dos Trabalhado-res, propusemos e houve um acor-do, no último dia 13 de agosto, du-rante reunião da CTTP, em Brasília,de que o assunto a cerca da NR-4,associado à Portaria 17, fosse adia-do com o objetivo de termos umadiscussão mais aprofundada a respei-to, especialmente, a questão da ter-ceirização do SESMT.

Continuando nossas ações pró-ativas para que o setor de Segurançae Saúde do Trabalho conquiste o res-paldo que merece, nós, do Sintesp,vamos fazer um grande debate dia29 de agosto, durante a FISP, comtodos os interlocutores e, após isso,vamos ter uma posição mais concretados trabalhadores com relação ao as-sunto.

NR-4 FOI

ADIADA COM

O OBJETIVO DE

QUE HAJA UMA

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Jornal do Sintesp - nº 206 - Ano 2008 13

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Jornal do Sintesp - nº 206 - Ano 200814

Neste ano, o Sintesp estará participan-do durante a 17ª edição da FISP, em con-junto com o Sindicato dos Metalúrgicosde São Paulo, compartilhando o mesmoestande.

Nesta oportunidade estaremos comfuncionários e diretores do Sindicatoatendendo aos Técnicos de Segurança,estudantes e demais participantes que vi-sitarem a feira, bem como promovendouma ampla divulgação de nossas ativida-des e materiais informativos, como oManual do Técnico de Segurança 2008/2009 e o Jornal Primeiro Passo.

Como já ocorreram em outros anos, oSindicato dos Metalúrgicos, que realizaem conjunto com o Sintesp o Fórum Téc-nico, nesta edição, especialmente, promo-verá, dentro da programação da feira, nodia 29 de agosto (sexta-feira), a partir das17h00 no auditório 1, o 6º Fórum Técni-co de Debates que abordará a NR-4. Vejaa programação completa no estande doSindicato dos Metalúrgicos na Fisp.

PARTICIPAÇÃO DO

SINTESP DURANTE A

XVII FISPRepresentantes dos empresários e dos tra-

balhadores na Comissão Tripartite de Saúdee Segurança no Trabalho encaminharão aogoverno, até o dia 1º de setembro, as indica-ções dos setores econômicos que mais neces-sitam de ações e políticas preventivas de aci-dentes e doenças do trabalho.

A data foi definida na primeira reunião dacomissão, realizada dia 6 de agosto de 2008,no Ministério da Previdência Social, quandoestiveram reunidos membros do governo, dasconfederações empresariais e das centrais sin-dicais.

O trabalho será feito com base nos dadosdo Anuário Estatístico de Acidentes do Tra-balho de 2006, elaborado pelos ministériosda Previdência Social e do Trabalho e Em-prego. Segundo Remígio Todeschini, diretordo Departamento de Saúde e Segurança Ocu-pacional do MPS, foram destacados os nú-meros relativos a óbitos e a incapacidade per-manente decorrentes de acidentes de traba-lho, segundo a Classificação Nacional de Ati-vidades Econômicas (CNAE). Todeschiniafirmou que, a partir dessa base, as entidadesrepresentativas dos empresários e trabalhado-res poderão analisar as informações e acres-centar dados que considerem necessários ao

COMISSÃO INTERMINISTERIAL TOMA POSSEGoverno anuncia medidas de combate aos acidentes e doenças do

trabalho com apoio de empresários e trabalhadores

trabalho a ser realizado pela comissão.Em setembro, o governo irá analisar as

informações repassadas pelos empresários etrabalhadores e estruturar uma proposta demetodologia de trabalho para os próximosmeses. Entre as ações para reduzir o proble-ma, o Governo vai cobrar alíquota maior doseguro de acidente do trabalho das empresascom maior grau de risco. Quem tiver menosacidentes, terá a taxa reduzida em 50%. Amedida começa em janeiro.

Na comissão, o governo tem representan-tes dos ministérios da Previdência Social, doTrabalho e Emprego e da Saúde. Os empre-sários são representados pelas confederaçõesnacionais do Comércio, Indústria, Agricultu-ra e Pecuária, Transporte e Instituições Finan-ceiras e os trabalhadores participam com re-presentações da Central Única dos Trabalha-dores, da Força Sindical, da Central Geral dosTrabalhadores do Brasil, da União Geral dosTrabalhadores e da Nova Central Sindical dosTrabalhadores. A próxima reunião da comis-são será realizada no próximo dia 29 de se-tembro, em Brasília.

Armando Henrique participou como par-te integrante desta comissão representando aForça Sindical.

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Jornal do Sintesp - nº 206 - Ano 2008 15

IBOPE DIVULGA PESQUISASOBRE MEIO AMBIENTE

O IBOPE levantou uma série de informações com o intuito detraçar um perfil da população brasileira quanto às questões ambien-tais. A empresa de pesquisa detectou que 60% da população estariadisposta a mudar seus hábitos e estilo de vida para beneficiar o meioambiente. Apenas 18% dos pesquisados afirmaram não ter interesseem protegê-lo.

Sobre reciclagem, 85% dos entrevistados disseram que a práticaé um dever de todo o cidadão. As questões também envolveram ofator econômico, com 70% afirmando que pagariam mais por umproduto se soubessem que isso beneficiaria o ambiente.

O Instituto ouviu 9.088 pessoas de 12 a 64 anos nas regiões me-tropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba,Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Brasília, nos interioresde São Paulo e das regiões sul e sudeste entre agosto de 2007 e janei-ro de 2008.

AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE O RUMO DAPOLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Em audiência pública sobre o princípio do Poluidor-Pagador, aLogística Reversa e a Integração das Cooperativas de Catadores, re-alizada no dia oito de julho de 2008, o Grupo de Trabalho responsá-vel pela proposta de Política Nacional de Resíduos Sólidos discutiuo futuro da lei e sua atuação.

Entre os palestrantes estavam André Vilhena, diretor executivodo Cempre – Compromisso Empresarial para Reciclagem, e o dire-tor da Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química, Mar-celo Kós, representando a CNI – Confederação Nacional da Industria.

“É preciso destacar o aspecto social, motivador e de capacitaçãode uma população de baixa renda que a Política Nacional de Resídu-

MEIO AMBIENTEos Sólidos pode desempenhar no país”, destacou Vilhena, afirmandoque, atualmente, cerca de 80 mil pessoas vivem de coletar materiaisrecicláveis, com uma renda média de 1 a 1,5 salário mínimo por mês.

Kós, diretor da Abiquim, falou sobre o desafio que a política deresíduos tem em estimular a gestão do assunto em todo o Brasil,estabelecendo responsabilidades entre a sociedade, a iniciativa pri-vada e a administração pública.

O coordenador do Grupo de Trabalho, deputado Arnaldo Jardim,presente na audiência, afirmou que “as experiências apresentadas peloCempre e pela Abiquim-CNI, suas considerações e proposições de-vem embasar as futuras discussões, pois demonstram a viabilidadesocial, econômica e ambiental de ações efetivas em prol da sustenta-bilidade nos meios de produção”.

PREFEITURA E RECICLANIP FIRMAMPARCERIA PARA DESTINAÇÃO DE PNEUS

A Reciclanip, braço ambiental da ANIP – Associação Nacio-nal de Pneumáticos firmou convênio com a Prefeitura de São Pau-lo, em 17 de julho de 2008, para a abertura de cinco novos postosde coleta e destinação de pneus inutilizáveis nas subprefeiturasde Santo Amaro, Butantã, Vila Maria, Vila Guilherme, São Mi-guel e Itaquera. O acordo tem como objetivo evitar a degradaçãodo meio ambiente da cidade.

Com mais esse acordo, a Reciclanip contabiliza 311 postos decoleta em 21 Estados brasileiros. Na parceria, ficou estabelecidoque a Prefeitura oferecerá os locais de recebimento das caçambaspara acondicionamento dos pneus e a Reciclanip os encaminharáà destinação adequada. Os materiais coletados são reutilizadosno co-processamento da indústria de cimento, fabricação de póde borracha, artefatos, asfalto e como matéria-prima para soladosde sapatos.

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Jornal do Sintesp - nº 206 - Ano 200816

Introdução à Gestão Ambiental - Sócio em dia R$ 120,00 – Demais R$240,00 - Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessados –Carga horária 14h – 01 à 04/09/2008 – das 19H00 as 22H30

Psicologia Aplicada em Segurança e Saúde do Trabalho - Sócio em diaR$ 120,00 – Demais R$ 240,00 - Publico Alvo: Técnico de Segurança eDemais interessados – Carga horária 14h – 13/09 e 20/09/2008 – das08H00 as 16H00

Técnicas de Ensino em Segurança e Saúde no Trabalho - Sócio emdia R$ 250,00 – Demais R$ 500,00 - Publico Alvo: Técnico de Segurançae Demais interessados – Carga horária 40h – 08 à 25/09/2008 – das 19H00as 22H30

Instrutor de Ponte Rolante - Sócio em dia R$ 170,00 – Demais R$ 340,00- Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessados – Carga ho-rária 18h – 27/09/2008 – das 19H00 as 22H30 e 04/10/2008 das 08h00 as18h00

Curso de PCMAT - Sócio em dia R$ 120,00 – Demais R$ 240,00Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessados – Carga horá-ria 18h – 29/09 à 02/10/2008 – das 19H00 as 22H30

Perfil Profissiográfico Previdenciário- Sócio em dia R$ 120,00 – De-mais R$ 240,00 - Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessa-dos – Carga horária 18h – 06 à 09/10/2008 – das 19H00 as 22H30

Técnicas de Instrumentos de Medições de Agentes Ambientais- Sócioem dia R$ 170,00 – Demais R$ 340,00Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessados – Carga horá-ria 14h –13 à 16/10/2008 – das 19H00 as 22H30

Elab./Implementação do PPRA – Programa de Prev. De Riscos Ambi-entais- Sócio em dia R$ 120,00 – Demais R$ 240,00Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessados – Carga horá-ria 14h – 20 à 23/10/2008 – das 19H00 as 22H30

Investigação de Acidente – Árvore de Causa- Sócio em dia R$ 120,00 –Demais R$ 240,00 - Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais inte-ressados – Carga horária 14h – 27 à 30/10/2008 – das 19H00 as 22H30*Cursos Sujeitos alterações.

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CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃO

A Diretoria do SINTESP iniciou no mês de Julho de 2008uma intensa Campanha de Sindicalização com o objetivode aumentar o número de sócios da Entidade e resgataros sócios inadimplentes, bem como promover a conscien-tização junto aos profissionais Técnicos de Segurança doTrabalho, no sentido de mostrar a importância de se tor-nar sócio.

A iniciativa visa ressaltar os benefícios e as vantagens,asseguradas aos trabalhadores, a partir do momento emque ele se torna um sócio e passa a fazer parte de umaEntidade forte e que atua pró-ativamente para a promo-ção da qualidade de vida dos profissionais da categoria.

Veja agora alguns dos principais motivos para ser só-cio de um Sindicato como o SINTESP:

1 - Somos uma categoria diferenciada, portanto, o Téc-nico de Segurança do Trabalho deve ter tratamento per-sonalizado, independente do ramo de atividade em quetrabalha;

2 – A força de uma categoria profissional depende dosentimento de união da classe, do seu (e) nível de adesãoe do (ou) número de associados em seu sindicato,

3 – Representa peso político, principalmente nas nego-ciações das convenções coletivas e aprovação do Conse-lho de Classe da Categoria;

4 – O Sintesp tem como alvo a defesa dos Técnicos deSegurança do Trabalho nas relações de trabalho, legisla-ção prevencionista e exercício da profissão;

5 – Usufruir de todos os benefícios, convênios, cursos,palestras técnicas, seminários, biblioteca, assistência ju-rídica, entre outros, oferecidos pela Entidade;

6 – Luta do Sintesp pela conquista e manutenção dopiso salarial da categoria;

7 – Hoje é muito importante manter o número elevadode sócios dentro do novo modelo sindical;

8 – Manutenção de todas as conquistas já alcançadas.A contribuição associativa é anual.Lembre-se: trabalhador forte e consciente é trabalha-

dor sindicalizado. O SINTESP é a nossa força!Veja mais informações no site: www.sintesp.org.br

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Jornal do Sintesp - nº 206 - Ano 2008 17

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Jornal do Sintesp - nº 206 - Ano 200818

TÉCNICA/INFORMATIVA

INTRODUÇÃO

Todos já ouviram falar ou conhecem oPPRPS – Programa de Prevenção de Ris-cos em Prensas e Similares. Ele nada maisé do que o Programa voltado à gestão dotrabalho seguro em máquinas e equipamen-tos, especificamente prensas e similares,definidas no próprio Programa que é o ane-xo II da Convenção Coletiva de Melhoriadas Condições de Trabalho em Prensas eEquipamentos Similares, Injetoras de Plás-tico e Tratamento Galvânico de Superfíci-es nas Indústrias Metalúrgicas no Estado deSão Paulo (CCT de prensas e similares).

Prensas são equipamentos utilizados naconformação e corte de materiais diversos,onde o movimento do martelo (punção) éproveniente de um sistema hidráulico/pneu-mático (cilindro hidráulico/pneumático) oude um sistema mecânico (o movimentorotativo é transformado em linear atravésde sistemas de bielas, manivelas ou fusos).Estas máquinas são classificadas em pren-sas mecânicas excêntricas de engate porchaveta ou acoplamento equivalente; pren-sas mecânicas excêntricas com freio / em-breagem; prensas de fricção com aciona-mento por fuso; prensas hidráulicas e ou-tros tipos de prensas encontradas em me-nor escala.

São considerados equipamentos simila-res aqueles com funções e riscos equiva-lentes aos das prensas, incluídos os que pos-suem cilindros rotativos para conformaçãode materiais. Citamos como exemplo osmartelos de queda, martelos pneumáticos,marteletes, dobradeiras, guilhotinas, tesou-ras e cisalhadoras, máquinas de corte e vin-co, máquinas de compactação, roloslaminadores, laminadoras e calandras,misturadores, cilindros misturadores, má-quinas de moldagem, desbobinadeiras,endireitadeiras e outros.A CCT de prensas e similares, um avançodo sindicalismo na história da proteção aotrabalho com máquinas e equipamentos,trouxe o PPRPS, originou inúmeras e im-portantes ações e se instituiu como verda-deiro paradigma neste contexto para todoBrasil. A CCT de prensas e similares temseu corpo próprio e é constituída de anexosespecíficos: Regimento da Comissão Tri-partite Permanente de Negociação da Indús-tria Metalúrgica no Estado de São Paulo(CPN-IM) - anexo I; Programa de Preven-ção de Riscos em Prensas e Similares(PPRPS) - anexo II; Programa de Preven-ção de Riscos em Máquinas lnjetoras de

PPRPS: UMA REALIDADE NA PREVENÇÃOPlástico - anexo III e Programa de Preven-ção de Riscos Ambientais no TratamentoGalvânico de Superfícies - anexo IV.

A Convenção possui três vertentes ou pi-lares, que podemos resumir: No primeiro,as prensas mecânicas excêntricas do tipoengate por chaveta estão entre as máquinasque mais mutilam mãos e dedos de traba-lhadores. Apesar de ser considerado obso-leto, este tipo de maquinário é ainda larga-mente utilizado no parque industrial brasi-leiro. Estas prensas possuem particularida-des que dificultam sua proteção eficaz, prin-cipalmente em virtude de constante trocade ferramentas, comum para a maioria dasatividades que a utiliza. No segundo, temosas injetoras que, da mesma forma, foramresponsáveis por inúmeras mutilações e atémesmo a morte de trabalhadores. No ter-ceiro pilar estão as empresas de galvano-plastia que, por sua vez, já comprometerama saúde e causaram acidentes graves e fa-tais por falta de controle e uma gestão se-gura. Bem, aqui vamos direcionar os co-mentários em torno da Convenção e priori-tariamente do PPRPS.

Segundo levantamento feito em 1995pelo Sindicato dos Metalúrgicos de SãoPaulo e Mogi, as prensas estavam presen-tes em 53% das indústrias metalúrgicas dacidade de São Paulo. Seria impossível sim-plesmente se pensar no banimento destasmáquinas devido à sua utilização em largaescala no processo produtivo. Nesse senti-do, foi estabelecido como meta, naquelemomento, o princípio de que o trabalhadorjamais colocasse as mãos nos pontos deoperação das referidas máquinas. Iniciou-se aí um trabalho pioneiro de estudo e con-cepção de tecnologia (a custo suportável)na tentativa de impedir a entrada das mãos,dedos e até braço dos trabalhadores nos lo-cais de risco. Foi o início da campanha per-manente “Máquina, Risco Zero... NossaMeta!”, empreendida pelo Sindicato, comapoio da então DRT/SP, da Fundacentro, eparte do patronato. Havia muito a se fazer,apesar da OIT (Organização Internacionaldo Trabalho) tratar do assunto por meio daConvenção 119 (que estabelece proibiçãona venda, locação, cessão a qualquer título,exposição e utilização de máquinas e equi-pamentos sem dispositivos de proteção ade-quados) - ratificada pelo Brasil e com vi-gência nacional desde 16 de abril de 1993,da nossa Constituição Federal - que asse-gura adoção de medidas de proteção contraos riscos inerentes ao trabalho (art. 7°, in-ciso XXII), do artigo 184 da CLT - que de-

termina que todas as máquinas e equipa-mentos devam ser dotados de dispositivosnecessários para a prevenção de acidentesde trabalho e da NR 12 (Máquinas e Equi-pamentos) - da Portaria 3214/78 - que trataespecificamente da proteção de máquinas eequipamentos. Era preciso conscientizartrabalhadores, sensibilizar empregadores,técnicos, autoridades e todos os segmentosda sociedade para a importância e serieda-de do assunto. Tornou-se necessário buscarpor soluções, que de fato pudessem ser apli-cadas nos diversos tipos de máquinas con-sideradas perigosas e geradoras de riscosgrave e iminente. Era o caso das prensas deengate por chaveta que, por estarem aber-tas, em seu ponto de operação, permitiam aentrada dos dedos e mãos, em sua bocamutiladora.

Desta forma, foram estudados, negoci-ados e criados mecanismos e princípios paraa proteção de prensas e equipamentos si-milares, com o desenvolvimento de umasérie de ações, até o nascimento das con-venções coletivas de trabalho específicas(Estado de São Paulo) e da atual Nota Téc-nica n° 16/2005 (que substituiu a Nota Téc-nica 37/2004) do MTE, ambos documentosde referência nacional.

GESTÃO DO TRABALHO SEGUROEM PRENSAS E SIMILARES

Pensando em termos do PPRPS, deve-mos entender como um sistema de gestãofocado ao trabalho seguro com prensas esimilares. O Programa deve ter interaçãocom os trabalhadores representados pelaCIPA e demais setores e programas de pre-venção da empresa. Resumimos algumasconsiderações que acreditamos sejam im-portante ressaltar:

1) A Convenção abrange a todas as in-dústrias usuárias de prensas e equipamen-tos similares, injetoras de plástico e trata-mento galvânico de superfícies. Devem ins-talar em suas máquinas, quando desprovi-das, dispositivos de proteção ao trabalha-dor - especificados nos Programas de Pre-venção de Riscos (anexos II, III e IV daConvenção);

2) A Convenção garante a formação deCIPAS (Comissões Internas de Prevençãode Acidentes) atuantes, especialmente quan-to à implementação e cumprimento dos seuspreceitos. A CIPA indicará um de seus mem-bros eleitos para as atividades específicasda Convenção e seus anexos, sem prejuízode suas atribuições contidas na NR 5 e, na

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hipótese de não haver nenhum trabalhadordos setores de prensas, injetoras e galvano-plastia dentre os cipeiros eleitos, a CIPAindicará um de seus membros representan-tes dos trabalhadores para exercer a função,exclusivamente, nesses setores. Por outrolado, a empresa legalmente desobrigada deconstituir CIPA deverá designar pelo menosum trabalhador e capacitá-Io para tal finali-dade. Estes cipeiros terão tempo de uma horapor semana para, com a liberação de seu pos-to de trabalho e desenvolver suas atividades.Eles também devem participar, junto com osdemais membros da CIPA, da divulgação, daimplantação e do desenvolvimento dos Pro-gramas de Prevenção referidos na Convenção;

3) Outro item importante, é que a Con-venção ratifica o estabelecido no § 2°, Artigo229 da Constituição do Estado de São Paulo,que fala: “Em condições de risco grave ou imi-nente no local de trabalho, será lícito ao em-pregado interromper suas atividades, sem pre-juízo de quaisquer outros direitos, até a eli-minação do risco” e, “os Sindicatos partici-pantes poderão solicitar cópias dos Progra-mas de Prevenção tratados na Convenção”.

4) As empresas devem divulgar os pro-gramas de Prevenção de Riscos entre os tra-balhadores envolvidos nos setores abrangi-dos pela Convenção. Precisam promover oaperfeiçoamento, por intermédio de treina-mento definido nos anexos II, III e IV, en-tre os que atuam em prensas e equipamen-tos similares, injetoras de plástico e trata-mento galvânico de superfície. Devem tra-tar - de forma especial e prevencionista -os acidentes ocorridos. Inclui o envio decópia da CAT (Comunicação de Acidentede Trabalho) às entidades sindicais.

5) Todos os trabalhadores que tenhamenvolvimento com as atividades especificasda Convenção, deverão ser capacitados, atra-vés de cursos específicos (com ênfase à pre-venção), cujos detalhes estão definidos nosanexos da Convenção;

6) Ratificado o pacto de que não sejammais fabricadas e adquiridas prensas mecâni-cas excêntricas de engate por chaveta. Adici-onalmente, as outras máquinas produzidasdeverão conter, em seus manuais de instru-ções, os textos completos da presente Con-venção e seus anexos.

A INTERVENÇÃO NO MAQUINÁRIO

Ferramentas, estampos ou matrizes(ferramental) são elementos que funcionamfIxados no martelo e na mesa das prensas ouequipamentos similares (sem improvisações),tendo como função o corte ou a conformaçãode materiais. As ferramentas devem ser cons-truídas de forma que evitem a projeção de re-barbas nos operadores e não ofereçam riscosadicionais. Além disso, devem ser armazena-

das em locais próprios e seguros.Quanto aos sistemas de alimentação e ex-

tração, tratam-se de meios utilizados para in-troduzir a matéria-prima e retirar a peça pro-cessada. Podem ser: manual, por gaveta, ban-deja rotativa (tambor de revólver), por gravi-dade, mão mecânica, por transportador ou sis-tema de robótica, ou, na forma contínua(automatizada).

Dispositivos de proteção são aqueles ins-talados nas zonas de prensagem ou de traba-lho (áreas de risco em potencial). Podem serconstruídos por malhas de tela metálica, an-teparos de acrílico ou de policarbonato, comfrestas ou passagens que não permitam o in-gresso dos dedos e mãos nas áreas de risco.Outrossim, podem ser constituídos de: prote-ções fixas ou móveis dotadas deintertravamento por meio de chaves de segu-rança, garantindo a pronta paralisação da má-quina sempre que forem movimentadas, re-movidas ou abertas. Além dos anteparosprotetivos, a adoção de ferramenta fechada ede cortina de luz é uma das melhores solu-ções sob o ponto de vista segurança. Contu-do, a cortina de luz, deve ser com redundân-cia e autoteste, classificada como tipo ou ca-tegoria 4, conjugada com comando bimanualcom simultaneidade e autoteste - tipo III C.Havendo possibilidade de acesso a áreas derisco não monitoradas pela cortina, devemexistir proteções fixas ou móveis dotadasde intertravamento por meio de chaves desegurança. O número de comandosbimanuais deve corresponder ao número deoperadores na máquina, e deve ser aplicadoalguns cuidados técnicos importantes (colo-cação de chave seletora de posições tipo yaIeou outro sistema de segurança com função si-milar). A idéia, neste caso, é impedir o funci-onamento acidental da máquina sem que to-dos os comandos sejam acionados. Estes itenssão alvo de estudo e devem ser adequados.

As prensas e equipamentos similares quetêm sua zona de prensagem ou de trabalhoenclausurada, ou utilizam somente ferramen-tas fechadas, podem ser acionadas por pedalcom atuação elétrica, pneumática ou hidráu-lica - desde que instalados no interior de umacaixa de proteção. Não é admitido o uso depedais com atuação mecânica.

Somente nas atividades de forjamento aquente e a morno podem ser utilizadas pinçase tenazes. As pinças e tenazes devem ser su-portadas por dispositivos de alivio de peso,tais como balancins móveis ou tripés, de modoa minimizar a sobrecarga do trabalho.

Outro aspecto importante que norteia aconcepção de segurança nestas máquinas é,por exemplo, a transmissão de força - comovolantes, polias, correias e engrenagens, quedevem ser fixas, integrais e resistentes - con-cebidas por chapa de ferro ou outro materialrígido que impeça o ingresso das mãos e de-

dos nas áreas de risco.Nas prensas excêntricas mecânicas deve

haver proteção fixa - das bielas e das pontasde seus eixos - que resistam aos esforços desolicitação em caso de ruptura. As prensas defricção com acionamento por fuso devem teros volantes protegidos (verticais e horizon-tais), de modo que não sejam arremessadosem caso de ruptura do fuso. Todas as prensase equipamentos similares devem possuiraterramento elétrico. As prensas e similaresde grandes dimensões devem possuir escadasde acesso e plataformas feitas ou revestidasde material antiderrapante, dotadas de guar-da-corpo e rodapé, com dimensões tais queimpeçam a passagem ou queda de pessoas emateriais. Todas as prensas devem possuir umsistema de retenção mecânica – calço de se-gurança - para travar o martelo durante ope-rações de troca das ferramentas, ou em ajus-tes e manutenções. Este deve ser pintado nacor amarela e dotado de interligaçãoeletromecânica, conectado ao comando cen-tral da máquina de forma a impedir, durante asua utilização, o funcionamento da prensa.Nas situações onde não seja possível o usodo sistema, devem ser adotadas medidas al-ternativas que garantam o mesmo resultado.

No momento em que esta matéria era con-cluída, a Convenção passava por processo definalização em seu novo texto e já se inicia-vam preparativos para a assinatura do docu-mento. Os textos estão sendo atualizados pe-los integrantes da Comissão Técnica, que atuadentro da CPN-IM e, como novidade, a atualConvenção poderá vir sem os prazos para ade-quação, norteando que os caminhos da mo-dernidade indicam a negociação dos interes-sados para a melhoria dos ambientes de tra-balho. Os ajustes em relação ao texto atualestão compromissados com a melhoria contí-nua ao processo. Trazem a atualização faceàs normas nacionais e internacionais, a intro-dução de novos conceitos tecnológicos, a in-serção de novos termos, conceitos e critériostécnicos para melhor compreensão do usuá-rio, aliados à experiência dos especialistas queatuam na área.

A título de exemplo, situações considera-das ultrapassadas como a do credenciamentodos profissionais pela CPN-IM, deram lugara critérios mais práticos e específicos como,por exemplo, a definição de profissionais ha-bilitados, com conhecimento em PPRPS e/ouformação na Área de Segurança e Saúde doTrabalho para ministrarem os cursos especí-ficos tratados nos anexos da Convenção.

Adonai RibeiroTécnico de Segurança do Trabalho

Coord. Técnico de Seg. Trab. do Sind.Met. SP e Mogi - Diretor do SINTESP

Membro da Bancada dos Trabalhadoresda Força Sindical na CPN-IM

[email protected]

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