jornal do sindicato dos professores das universidades federais … · 2012-11-14 · de se esperar...

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Florianópolis, 12 de novembro de 2012, n o 779 Jornal do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical) Sindicato promove palestra sobre aposentadoria do servidor público Páginas 4 Floriano Martins, especialista em seguridade social, vai falar sobre as principais regras para a aposentadoria. No mesmo dia serão lançados dois livros sobre o assunto, editados pela Anfip e patrocinados pela Apufsc Juiz afirma que julgamento do mensalão anula reforma da Previdência Emendas da Apufsc ao PL de Carreira são protocoladas na Câmara dos Deputados Página 5 Página 8 Entidades vão intensificar pela inclusão da PEC 555 na Ordem do Dia Página 8

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Florianópolis, 12 de novembro de 2012, no 779Jornal do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical)

Sindicato promove palestra sobre aposentadoria do servidor público

Páginas 4

Floriano Martins, especialista em seguridade social, vai falar sobre as principais regras para a aposentadoria. No mesmo dia serão lançados dois livros sobre o assunto, editados pela Anfip e patrocinados pela Apufsc

Juiz afirma que julgamento do mensalão anula reforma da Previdência

Emendas da Apufsc ao PL de Carreira são protocoladas na Câmara dos Deputados

Página 5 Página 8

Entidades vão intensificar pela inclusão da PEC 555 na Ordem do Dia

Página 8

2 Florianópolis, 12 de novembro de 2012Jornal da Apufsc

OpiniãO

Mitos 1: O Valor da Verdade!Marcelo Carvalho*

Pode alguém justificar racionalmente que sindicatos devam ser ali-nhados com princípios da esquerda? Do contrário, isso não passa de uma crença de que a esquerda é a única ideologia capaz de promover a justi-ça social. Analisando a dinâmica sindical temos vários contraexemplos. O sindicato polonês Solidariedade, na defesa da democracia, foi capaz de derrubar um regime opressor de esquerda e, desta forma, não pode ser visto como sindicato de esquerda. Já na América Latina, é evidente que os sindicatos se tornaram um bom negócio servindo aos interesses de partidos de esquerda e à ambição pessoal de oportunistas que veem na atividade sindical um trampolim para uma carreira política de me-lhor remuneração, de modo que, agindo assim, também não servem aos interesses dos trabalhadores. Já nos países (ditos) democráticos europeus temos os sindicatos que organizam manifestações tanto contra governos ditos de direita, de centro, ou de esquerda. Basta ver as manifestações de ruas na Grécia, iniciadas ainda no governo do “socialista” Papandreou, que privatizou companhias estatais, reduziu benefícios e salários etc. Si-tuação semelhante ocorreu com os “socialistas” em Portugal, Espanha etc. (Obs.: “socialista” europeu = social democratas). Ora, se esses sindicatos se opõem a governos de diferentes ideologias é óbvio que não podem ser classificados nem como sindicatos de esquerda, de centro, ou de direita. Concluímos destes exemplos que os interesses dos trabalhadores não são defendidos necessariamente por sindicatos de esquerda.

Um segundo mito se apresenta sob a dualidade “esquerda x direita” que, do ponto de vista econômico, está relacionada à outra dualidade: “socialismo x liberalismo”. Tal oposição é ilusória, pois os grandes finan-cistas se utilizam tanto do liberalismo quanto do socialismo para instru-mentalizar seu domínio. Isso fica evidente dos escritos de Integralistas como, Plínio Salgado, Gustavo Barroso, Mi-guel Reale, entre outros, já nos anos 30. Veja-mos a análise de um trecho do texto “Duplici-dade e Transação” de Plínio Salgado: “Desde o manifesto de Marx, em 1848, os trabalha-dores de todo o mundo começaram a adqui-rir consciência de classe e a unir-se. Diante do crescimento das organizações sindicais e da larga propaganda anticapitalista, a burgue-sia, sempre acomodatícia, tratou de aderir ao movimento e de dirigi-lo. Era mais uma transação, ao qual deu resultados, pois o socialismo mate-rialista, ou melhor, o socialismo de Marx, passou a ser dirigido e chefiado pelos políticos burgueses. Uma parte da burguesia (a que não afastara ainda de si a fé religiosa) não acompanhou a onda, mantendo suas po-sições nos partidos agnósticos, sustentando os princípios do liberalismo e da democracia política. Ao separar-se o revolucionarismo socialista (III Internacional) do evolucionismo socialista (II Internacional), a opinião pública do mundo ficou assim dividida: (1) Corrente materialista dog-mática: comunismo, socialismo; (2) Corrente agnóstica: democracia po-lítica liberal; (3) Corrente espiritualista: democracia cristã. Sob variadas formas de governo, as correntes do pensamento político no mundo oci-dental e nas regiões por ele influenciadas eram essas”. Ao reinterpretar a dualidade capitalismo x socialismo no sentido de que ambos convergem para o mesmo objetivo (os interesses do grande capital e seus agentes) esse

texto nos induz a pensar em uma nova forma de organização econômica que seja uma alternativa aos modelos liberal e socialista. Talvez as ideias de G.K. Chesterton e Hillaire Belloc basedas na Doutrina Social da Igreja e sintetizadas sob o termo “Distributism” sejam um bom ponto de parti-da. O texto também oferece uma compreensão da origem dos capitalistas da Rússia de agora que, junto ao Brasil, a China, e a Índia, é considerada um dos países que reúne condições objetivas para um crescimento econô-mico vigoroso. Ora, tal crescimento presume a existência de uma classe empreendedora e com razoável acúmulo de capital. Contudo, não faz muito tempo, a Rússia, sob a denominação de URSS, reinava absoluta em boa parte do globo encarnando o regime socialista, portanto, seria de se esperar que tal acúmulo de capitais estivesse nas mãos do Estado. Como então, repentinamente, surgiram esses grandes “capitalistas” rus-sos, capazes de tornar a ex-URSS uma potência emergente? Talvez a res-posta esteja em que esses grandes capitalistas russos já existiam durante os anos da ditadura soviética. Para uma investigação nesta direção talvez seja útil a leitura dos documentos do livro de Anthony Sutton: “Wall Stre-et and the Bolshevik Revolution”.

Um terceiro mito se apresenta sob a forma de material de propaganda doutrinária descompromissado com a verdade e que tem por objetivo corromper a consciência das pessoas, legitimando algo ruim e perverso sob a aparência de algo virtuoso. Analisemos, por exemplo, o vídeo de “hip-hop” revolucionário de autoria de um estudante de serviço-social da UFSC chamado Davi Perez (http://www.youtube.com/watch?v=Ld7BWSqkdVc&feature=relmfu). O vídeo tem a única pretensão de enaltecer o comunismo, por isso não serve para formar uma visão re-alista do que foi a prática do comunismo (ver os documentários: “The

Soviet Story” e “Heaven on Earth: The Rise and Fall of Socialism”). Mesmo como obra de propaganda, este vídeo de Davi Perez fica apenas na superfície, apresentando um conteúdo intelectualmente rasteiro ao conter inverdades da qual analisarei apenas uma, expressa na frase: “Somos a insurreição em Moscou e Petrogrado. O poder da maioria fi-nalmente consolidado”. Poder da maioria???

A fantasia desta assertiva é denunciada pela própria história. Vejamos este trecho do “Livro Negro do Comunismo” pag. 66: “[...] A estratégia de Lenin mostrou-se correta: diante de um fato já consumado, os socia-listas moderados, após denunciarem “a conspiração militar organizada pelas costas dos sovietes”, abandonaram o II Congresso dos Sovietes. Os bolcheviques, a partir de então mais numerosos ao lado de seus únicos aliados – os membros do pequeno grupo socialista-revolucionário de esquerda-, ratificaram o seu golpe de estado junto aos deputados ainda presentes no Congresso, votando um texto redigido por Lenin, que atri-buía “todo o poder aos sovietes”. Essa resolução puramente formal fez com que os bolcheviques tornassem credível uma ficção que iria iludir várias gerações de crédulos: eles governavam em nome do povo no “país dos sovietes”. Rapidamente, multiplicaram-se os equívocos e os conflitos entre o novo poder e os movimentos sociais, que haviam agido de manei-ra autônoma, como forças corrosivas da antiga ordem política, econô-

Os grandes financistas se utilizam tanto do liberalismo quanto do socialismo para instrumentalizar seu domínio

3Florianópolis, 12 de novembro de 2012Jornal da Apufsc

É muito bom estar filiado ao sindicato de uma categoria como a Apufsc, que mantém no seu quadro diretivo o departamento das ques-tões da aposentadoria e, assim, se mantém alerta na defesa de nossa categoria, mesmo depois que estejamos aposentados, sujeitos a inúmeras surpresas causadas pelo nosso siste-ma previdenciário. Meu objetivo, neste artigo, é demonstrar que existe uma parcela da popu-lação idosa com preocupações que vão além das atividades de lazer e que acredita que a au-toestima está intimamente ligada às condições mínimas de conforto e segurança econômica.

O Movimento dos Aposentados e Pensio-nistas do Brasil (MOSAP) é uma forma de organização destes atores. Seu objetivo não se limita a reivindicar a correção e o aumento dos proventos dos aposentados e pensionis-tas dependentes da Previdência Social. Tem como proposta conscientizar politicamente esta parcela da população na luta pelo fim da segregação geracional e contra o descaso das autoridades diante dos baixos proventos pagos à categoria. Estes novos atores estão de-monstrando que sua resistência contra a morte social não se dá apenas âmbito cultural, com reivindicações por oportunidades de lazer e educação. Gradualmente, eles saem da esfera privada e passam a atuar na pública, revelan-do conhecimento e estratégias de resistência nos espaços político, jurídico e econômico.

A organização do Movimento dos Aposen-tados e Pensionistas do Brasil solidificou-se no fim dos anos 70. Foi reflexo da insatisfação dos dependentes da Previdência Social diante dos profundos golpes sofridos nos seus cálculos e reajustes de aposentadoria e pensão.

No momento em que a política econômica se voltava para a inserção da economia brasi-leira no mundo em processo de globalização, as responsabilidades pela desigualdade social não eram imputadas a ninguém, pois a distinção entre governo e sistema político tornou difícil a identificação da esquerda e da direita (cf. Sou-za, 1988:577). No campo social, as desigual-dades se ampliaram e o achatamento dos sa-lários exigia medidas amenizadoras urgentes do governo. Neste período, as políticas sociais funcionaram como tentativa de regulação nas contradições inerentes à economia capitalista.

Em meio à crise inflacionária brasileira, os ventos do neoliberalismo sopraram mais

Aposentado sim, Inativo nãoOpiniãO

fortes, vindos principalmente da Inglaterra (sob o governo Thatcher, em 1979) e dos Esta-dos Unidos (sob o governo Reagan, em 1980). A previdência social foi um de seus principais alvos, reflexo das políticas de enxugamento dos gastos públicos aplicadas em outros países.

O sistema previdenciário brasileiro, corroí-do pela má administração, pela burocratização e pela corrupção, apresentou vários problemas que já vinham se delineando em décadas an-teriores.

Tal situação nos permite perceber que a causa da propalada "crise da Previdência" bra-sileira, tão divulgada pela mídia e pelos órgãos governamentais, não residiu apenas em seu co-lapso econômico e na depressão financeira con-juntural brasileira. Existem questões externas que também têm influenciado no processo de desmonte previdenciário e das políticas sociais, como a adoção de medidas de enxugamento dos gastos públicos tipicamente neoliberais im-portadas de países do primeiro mundo.

Os idosos têm provocado mudanças na sociedade ocidental atual, não apenas porque estão delineando outro perfil demográfico, mas porque estão buscando melhores condições de vida para si mesmos e para as próximas gera-ções, que certamente terão uma expectativa de vida maior do que a atual.

Nas últimas décadas presenciamos uma mudança nos padrões culturais dos idosos – que passaram a reivindicar seus direitos a la-zer, educação, afetividade etc. Tais transforma-ções não ocorreram à parte da esfera política. O Movimento dos Aposentados e Pensionistas no Brasil foi e é uma demonstração de que esta população estava – e ainda está – disposta a participar da esfera pública no papel de atores organizados e combativos.

É difícil prever quais os futuros rumos do movimento, porém as conquistas das décadas de 80 e 90 marcaram uma época e mostraram que os aposentados não estão inativos. São agentes políticos capazes de transformar a re-alidade e resistir à supressão de seus direitos, proposta pelas políticas neoliberais.

Que a greve de fome não seja a única forma de protesto do aposentado!

Luiz Henrique Westphal Verani*

*Professor aposentado

mica e social.” Tendo mostrado, desta análise, a inverdade do conteúdo do vídeo, não creio que ele seja uma sátira ao comunismo, afinal, o próprio autor se identifica como comunista. Também, não pode ser considerado uma fábu-la, já que apresenta fatos reais. Só restam então duas possibilidades: o vídeo é fantasioso como consequência da ignorância do autor sobre fa-tos históricos bem conhecidos, ou evidenciaria certa desonestidade intelectual do autor que, neste caso, estaria deliberadamente omitindo a verdade. Acreditando que este último caso não se aplique, fica a dúvida de como é possível um estudante universitário, convertido ao comu-nismo, ignorar fatos históricos de que deveria estar ciente? A única explicação plausível para este dilema é que o conceito de “verdade” dos fasci-comunistas é uma fantasia que eles mes-mos constroem para justificar suas ações. Neste caso, Davi Perez e seu vídeo apologético da in-fame e abjeta doutrina comunista nos dá uma prova contundente do que consiste a moral fas-ci-comunista: “a verdade é somente aquilo que leva ao comunismo (fascismo)”. Neste sentido, nenhuma ação que leve ao comunismo (fas-cismo) é criminosa. Deste pragmatismo moral se entende o porque do fasci-comunismo ser insuperável no genocídio de milhões de pesso-as, e de como materiais do tipo produzido por Goebbels, Davi Perez, entre outros propagan-distas fasci-nazi-comunistas, quando não tem por finalidade distorcer os fatos para manobrar o povo, são usados para intimidar e propagar ódio contra os que tem uma opinião divergen-te, como mostra um outro vídeo de um ho-mônimo de Davi Perez (http://www.youtube.com/watch?v=9zWtRG3Z3ac&feature=related%E2%80%8F).

Há algo de surreal na propaganda dos fasci--nazi-comunistas. Todos acreditam dotados de uma condição superior que os tornam diferen-ciados em relação aos demais, predestinados assim a transformar a História, não perce-bendo que são geneticamente iguais quanto à perversidade de sua ideologia. Eis o mito que precisa ser combatido. Que ele se origine mui-tas vezes entre estudantes lança dúvidas sobre qual o valor da verdade no meio acadêmico.

*Professor do Departamento de Matemática

4 Florianópolis, 12 de novembro de 2012Jornal da Apufsc

A aposentadoria do servidor público será tema de palestra organizada pelo Sindicato dos Professores das Universida-des Federais de Santa Catarina (Apufsc--Sindical) no dia 19 de novembro. O evento acontece às 16h, no auditório do Sindicato, no campus da UFSC. A palestra será minis-trada por Floriano Martins, vice-presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e coautor dos livros “Servidor Público: Aposentadoria e Pensões, principais re-gras” e “Análise da Seguridade Social”. No mesmo dia serão lançadas edições especiais dos dois livros com patrocínio da Apufsc.

Desde a promulgação da Constituição Federal, em outubro de 1988, as regras para concessão de aposentadorias e pensões aos servidores públicos titulares de cargo efetivo sofreram expressivas alterações. Essas mudanças atingiram todas as formas de benefícios mantidos pelos chamados Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), relativos aos servidores públicos.

No livro Servidor Público: Aposentado-ria e Pensões, Martins fala que o momento da aposentadoria requer uma preparação e deve estar relacionada a um planejamento, pois aquele que irá se aposentar precisa dispor de elementos que o façam gerente do seu projeto de vida, administrando e reavaliando seus desejos e perspectivas em função das suas futuras possibilidades. Segundo ele, a palestra e os livros foram

Palestra abordará aposentadoria dos servidores públicos

elaborados para fornecer aos servidores um instrumento mínimo que lhes permita orientar sobre as novas regras instituídas, auxiliando na sua decisão.

Anteriormente, as regras previdenciárias dos servidores eram simples. A atualização das aposentadorias concedidas com base nas regras anteriores à Emenda nº 20/98 obede-cia à regra da paridade plena, ou seja, tudo o que fosse concedido aos servidores em atividade era estendido aos já aposentados ou aos beneficiários de pensão.

Além das aposentadorias compulsórias, aos 70 anos, e por idade, aos 65 anos para os homens e 60 para as mulheres, havia a aposentadoria por tempo de serviço, que poderia ser proporcional ou integral, e as aposentadorias de legislação especial, como professores, magistrados, entre ou-tros, sem exigência de idade.

As aposentadorias compulsórias, por idade e por tempo incompleto (com até cinco anos a menos de contribuição ou, como era na época, de serviço) eram pro-porcionais. As Emendas nº 20, de 15 de de-zembro de 1998, nº 41, de 19 de dezembro de 2003 e nº 47, de cinco de julho de 2005, alteraram substancialmente as regras de benefícios dos servidores públicos nestes últimos 12 anos.

A Emenda Constitucional nº 20, de 1998, trouxe as seguintes alterações: subs-tituição do tempo de serviço por tempo de contribuição; fim da aposentadoria

proporcional para os novos servidores; adoção de idade mínima de 55 anos para mulher e 60 anos para o homem na regra permanente, com redução de sete anos no período de transição; exigência de pelo menos dez anos no serviço público e cinco anos no cargo; e previsão de adoção, por lei complementar, de previdência comple-mentar para os serviços públicos.

Já a Emenda Constitucional nº 41, de 2003, ampliou mais as exigências, pois além do aumento do tempo de permanência no serviço público, que passou de dez para 20 anos, foram introduzidas as seguintes ino-vações: fim da aposentadoria proporcional; fim da regra de transição da EC 20, de 1998; redutor de pensões; fim da paridade nas aposentadorias; fim da integralidade, com adoção de cálculo pala média; ins-tituição de contribuição de aposentados e pensionistas; adoção de teto e subteto na administração pública; e previsão de previdência complementar acima do teto do INSS, apenas por lei ordinária.

A Emenda Constitucional nº 47, de 2005, com efeitos retroativos a janeiro de 2004, teve a intenção de minimizar os efei-tos da EC nº 41, de 2003, principalmente, em algumas regras de transição, no tocante à paridade e integralidade. Mesmo assim, ampliou o tempo de permanência do serviço público para 25 anos e, na maioria dos casos de pensão, além da aplicação do redutor, acabou com a paridade.

Floriano Martins vai falar sobre o planejamento para a aposentadoria

5Florianópolis, 12 de novembro de 2012Jornal da Apufsc

Ao julgar o caso da viúva de um servidor público estadual que pleiteava reajuste no valor da pensão, um juiz da 1ª Vara da Fazenda de Belo Horizonte decidiu anular os efeitos da reforma da Previdência, de 2003, com base na tese de que a reforma só foi aprovada pelo Congresso mediante compra de votos pelo esquema do mensalão.

Segundo o juiz Geraldo Claret de Arantes, a reforma é "inválida" em razão de "vício de decoro parlamentar". Com a decisão, o magistrado determinou o pagamento do reajuste, mas o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) poderá recorrer.

O juiz afirmou que a decisão vale somente para esse caso específico, mas ele diz acreditar que o Supremo terá de decidir futuramente se a reforma previ-denciária valerá ou não. "Vale só para esse caso específico e está sujeito a recurso, mas acho importante porque vai suscitar discussão sobre a questão de atingirem o direito adquirido anos atrás”, disse.

No julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros entenderam que o mensalão foi um esquema orga-nizado para compra de votos de parla-mentares com o objetivo de assegurar a aprovação no Congresso de projetos de interesse do governo do então presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva. A reforma da Previdência teria sido um desses projetos.

O Supremo não chegou a discutir a nulidade de leis votadas pelos parla-mentares que receberam dinheiro do mensalão. Durante o julgamento, o revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski, chegou a afirmar que, se o STF considerasse que houve compra de votos, deveria, então, anular os efei-tos de leis votadas, como a reforma da Previdência. O ministro Celso de Mello também questionou, em argumentação, a validade das leis votadas. Mas outros ministros, como Gilmar Mendes, Joa-quim Barbosa, Luiz Fux e Rosa Weber, avaliaram que a legalidade das leis não estava em questão.

A decisão do juiz mineiro beneficia a viúva de um servidor público que mor-reu em 2004. De acordo com a decisão, ela passará a receber o valor integral da pensão, previsto na Constituição Federal, que é de R$ 4.827,90. Até então, por causa das mudanças de cálculos promovidas

pela reforma previdenciária, a viúva vinha recebendo o valor de R$ 2.575,71.

Em sua decisão, o juiz Geraldo Cla-ret de Arantes diz que, no contexto do julgamento do mensalão (ação penal 470), foram lançados "holofotes" sobre "o questionamento da validade da Emenda Constitucional 41", que culminou na Reforma Previdenciária.

"O Ministro relator da referida Ação Penal 470, Joaquim Barbosa, em voto histórico, sustentou com veemência que houve compra de apoio político e de vo-tos no Congresso Nacional entre 2003 e 2004, num esquema organizado pelo PT para ampliar a base de apoio ao governo da época, no parlamento nacional", es-creve o juiz no texto de sua decisão.

Segundo o juiz, "a votação da Emenda 41 de 2003 foi fruto da aprovação dos parlamentares que se venderam, culmi-nando na redução de direitos previden-ciários de servidores e a privatização de parte do sistema público de seguridade".

Arantes defende que a emenda cons-titucional não foi votada a partir da

"vontade popular representada pelos parlamentares, mas da compra de tais votos". Assim, conclui o juiz, a emenda torna-se inconstitucional por ser deri-vada de "vício de decoro parlamentar".

Ao longo da decisão, de oito páginas, o juiz também se coloca contra as emendas constitucionais, ao dizer que o Estado não pode, "a seu livre convencimento e suposta conveniência, alterar e confiscar os direitos do servidor, como vem acon-tecendo cada vez mais agressivamente no país, especialmente em relação aos direitos à aposentadoria e à pensão".

Ele diz que ainda que "todo cidadão, ao fazer suas escolhas profissionais, avalia as condições daquele momento, plane-jando minimamente como e com o que serão amparados na velhice, bem como as condições em que serão deixados seus filhos, cônjuge e demais parentes em caso de eventual morte".

Para ele, as emendas à Constituição são "verdadeira violência aos direitos do cidadão" e "desrespeito" ao constituinte. (com informações do G1)

Mensalão anula os efeitos da reforma da Previdência, decide juiz mineiro

A decisão do juiz beneficia a viúva de um servidor público que morreu em 2004. Ela passará a receber o valor integral da pensão, previsto na Constituição Federal, que é de R$ 4.827,90. Até então, ela vinha recebendo o valor de R$ 2.575,71

6 Florianópolis, 12 de novembro de 2012Jornal da Apufsc

No final de 2011 foi lançada pelos orga-nizadores, os professores Waldir Rampinelli e Nildo Ouriques da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), uma coletânea sob o sugestivo título – Crítica à Razão Acadêmica, cuja leitura recomendo, em particular, aos es-tudantes, docentes e técnicos que não tiveram a chance de conhecerem uma outra universida-de pública brasileira. O livro contém, além de artigos dos próprios organizadores, mais cinco contribuições, bastante diversificadas, além da reprodução de uma entrevista, concedida por Maurício Tragtenberg à Folha de São Paulo, em 3 de dezembro de 1978. Esta última, ao ser incluída, parece ser tomada pelos organizado-res como uma espécie de fecho ao livro, por en-tenderem que o entrevistado foi capaz de perce-ber “precocemente o surgimento de uma séria ameaça sobre a vida universitária”; que, em grande parte, está corporificada na “figura do intelectual burocrata, do funcionário intelectu-al, que mais reproduz do que produz conheci-mento próprio”, nas palavras de Tragtenberg.

No espaço relativamente generoso das cinco páginas dedicadas à Apresentação, os organi-zadores introduzem o leitor aos objetivos da coletânea, pois afirmam que:

Este livro pretende ser uma contribuição para que as possibilidades abertas pela cri-se global não se frustrem e que ajudem a um despertar no campus universitário, este mesmo despertar cujas vozes vindas das ruas já se po-dem ouvir.

Apesar da dificuldade em compartilhar o otimismo dos editores quanto às possibilida-des abertas pela atual crise global e quanto ao alcance efetivo de uma publicação como a que ora se apresenta ao público, não há dúvida de que a leitura de vários dos textos, assim reuni-dos, pode contribuir para a análise de alguns dos muitos percalços atualmente postos entre a universidade e sua potencial função social. Por outro lado, permito-me discordar que o livro tenha alcançado o objetivo, também declarado na Apresentação, de “mostrar a função social da universidade pública na sociedade brasilei-ra”. Os textos, à exceção de quatro deles, que, conforme detalharei, tratam de questões mais gerais, partem de situações relacionadas à UFSC, que, se passíveis de extensão às outras

Crítica à Razão Acadêmica

universidades em vários aspectos, conforme advogado pelos organizadores, não tocam essa importante discussão com o necessário grau de abrangência.

Da lista das questões mais gerais, destaco, de saída, o artigo bem-humorado A Liberda-de Sacrificada, de Fábio Lopes da Silva; quem não se perder no emaranhado da competente escrita deste lingüista espirituoso, sairá con-vencido de que nem sempre sabemos usufruir da liberdade, mesmo limitada, que, nas atuais condições de exercício da profissão, ainda nos é concedida. No mínimo, o texto é um convite à reflexão.

Outro texto da mesma lista é o do professor Frank Donoghue, da Universidade Estadual de Ohio; num artigo detalhado, de 20 páginas, nos traz informações, tanto históricas quanto atuais, sobre a Educação Superior nos Esta-dos Unidos, cumprindo, assim, com destaque, o papel a ele atribuído pelos organizadores de contribuir para desfazer a adoração nutrida “por parte da consciência ingênua que orien-ta a atividade universitária na periferia capi-talista latino-americana e, especialmente no Brasil”. Assim, em total contraste com nossa situação local, onde há várias décadas, mais da metade do ensino nesse nível é fornecido por instituições que visam o lucro, de forma aberta ou dissimulada, o autor nos informa que “o último e mais novo tipo de instituição americana de ensino pós-médio é a universi-dade com fins lucrativos. Tendo como pioneira a Universidade de Phoenix, fundada em 1994, [...]”. Afirma, ainda, que, mesmo atualmente, esse setor abrange não mais do que 10% das matrículas, embora se encontre em rápida expansão. Por outro lado, nos é recapitula-do que várias das universidades particulares não lucrativas são muito antigas, como as de Harvard e Princeton, que datam de inícios do século XVII ou Cornell, e Johns Hopkins, com quase século e meio de existência, mas que não absorvem a maioria dos potenciais can-didatos. Contudo, deve ser informação nova para a maioria de nós que o modelo das State Universities – o próprio autor leciona em uma delas - foi instituído também no terceiro quar-to do século XIX e como universidade pública. Estas universidades, desde então, são benefici-

árias de recursos de uma lei federal específica e sempre admitiram determinados segmentos da população, em particular, mulheres. No pós-se-gunda guerra e/ou pós-guerra da Coréia, um segmento importante a ser beneficiado foi o dos militares, então desmobilizados. A legislação (Lei dos G.I.) que propiciou essa inclusão foi responsável por uma rápida expansão das ma-trículas no ensino superior e, já em 1960, essas alcançaram 7,5 milhões nos EUA, número aci-ma das atualmente verificadas em nosso país. Donoghue toma efetivamente essa Lei como responsável pela criação da classe média ame-ricana. Hoje, mais de um quarto de todas as 18 milhões de matrículas no ensino superior nos EUA estão nas State Universities e outro tanto, se não mais, nos Community Colleges, ou seja, Faculdades locais de educação geral de apenas dois anos de duração. Não obstante, Donoghue avalia que o ensino superior, nos EUA, “está em constante declínio”, o “sistema de impostos do país é severamente tendencioso em favor dos muito ricos” e que, “se nada mudar [...] o país simplesmente não será capaz de financiar edu-cação para todos.” Alguma semelhança com a situação por estas nossas paragens?

O artigo de Nildo Ouriques, professor de Economia, toca em questão de extrema rele-vância: a atual submissão do sistema de pós--graduação brasileiro aos ditames de uma agência, a Capes, que, arbitrariamente, esco-lheu o número de artigos, especialmente os pu-blicados em revistas internacionais indexadas, como o melhor parâmetro para a medição da “produção científica”. Argumenta, com toda razão, que não existe tal tipo de revista, elas sempre são produzidas em determinado país, submetidas a, também determinados, interes-ses. Contudo, se é correto concordar com o au-tor que o resultado, afinal, é a alienação cien-tífica, mal disfarçada por justificativas que se valem da suposta meritocracia, quem trabalha nas áreas como Física – que é o meu caso – difi-cilmente há de concordar que toda a produção universitária deva ser mensurada pelo número de patentes. As patentes e outros atos de “ino-vação” são pertinentes a outro espaço, o da tecnologia e da técnica, e estas áreas são, mais corretamente, abrigadas em instituições de intermediação, muito bem representadas pela

OpiniãO

Lighia B. Horodynski Matsushigue*

Reflexão sobre a universidade contemporânea

7Florianópolis, 12 de novembro de 2012Jornal da Apufsc

*professora (aposentada) do Instituto de Física da Universidade de São Paulo

ação, outrora muito mais arrojada, do IPT, em São Paulo, da Embrapa e de outras mais.

Completa a lista dos textos de caráter ge-ral o artigo de Ciro Correia, geólogo, professor e sindicalista que, entre outros vem se debru-çando sobre o desvirtuamento introduzido pelas fundações, ditas de apoio, no seio das universidades brasileiras. Tais fundações são, nas palavras do autor, uma “causa privada a serviço da constituição de patrimônios tam-bém privados, às expensas da credibilidade das instituições públicas às quais se vinculam e dos recursos públicos que a elas deveriam se desti-nar.” Profundamente envolvido com a temáti-ca, tendo ocupado a presidência da Adusp-S. Sind, de 2001 a 2003 e, posteriormente, a do Sindicato Nacional – ANDES-SN -, de 2008 a 2010, Ciro nos brinda com uma análise deta-lhada dos interesses que embasam esse modelo de uso privado de verbas, predominantemen-te públicas, dentro do espaço das universida-des, tanto estaduais quanto federais, também públicas. Cita uma série de exemplos onde os desmandos se tornaram amplamente divulga-dos, como nos casos da USP, da UFSC, UFSM e da UnB. Alerta para as reiteradas iniciativas de dar suporte jurídico ao modelo, cujo passo mais recente é a lei 12.349/10; descreve ações da Justiça, que, contudo, encontraram limita-ções que as situam aquém do que seria neces-sário para coibir, de fato, a atuação dessas fun-dações, ditas de apoio. Seu artigo é um libelo a favor do gerenciamento público, democrático e transparente de nossas universidades.

Por fim, os três longos artigos – todos com da ordem de 30 páginas - que tentam ser a ponte entre o particular, ou seja, acontecimen-tos na UFSC e o geral, no caso os determinan-tes sócio-políticos, têm o mérito de levantar algumas questões cuja relevância extrapola o contexto local. Contudo, poderiam, ao proce-derem a uma confrontação e revisão de conte-údo, muitas vezes repetitivo, ter chegado mais próximo ao objetivo de, por meio da discussão entre os autores, colocar a público um trabalho mais concatenado, conciso e livre de algumas imprecisões. Um exemplo, banal, se encontra no trabalho Movimento Docente na UFSC, ao colocar, por duas vezes, os planos econômicos que assolaram o país na seguinte ordem – Real,

Bresser, Collor, FHC – e, uma vez, numa mais próxima a uma seqüência histórica - Cruzado, Collor, Bresser e FHC.

Os professores, Rampinelli (com o texto A democracia na Universidade Brasileira: si-mulacro ou arremedo?), Célio Espíndola e Marli Auras (Movimento Docente na UFSC – os longos anos oitenta), ao lado da jornalista Elaine Tavares (A Universidade e os Técnicos--administrativos: uma tensão permanente) são todos ligados à Universidade Federal de Santa Catarina e nela se inspiram, mas fazem retros-pectivas mais gerais, muito elucidativas para as novas gerações que vêm construindo seus vínculos com as universidades brasileiras. O primeiro desses textos, recapitula que “o gran-de movimento pela democratização da uni-versidade se deu no final da década de 1950 e início da de 1960.” Efetivamente, para quem adentrou a vida acadêmica em 1959, como eu, na antiga FFCL/USP, na velha Maria Antônia, todas as Reformas de Base, inclusive a Univer-sitária, estavam na esquina, era só contornar mais uma curva...Contudo, não foi bem isso que aconteceu. Tomando Vieira Pinto como guia, Rampinelli explicita seis funções que colo-cam a universidade à serviço das classes domi-nantes, exemplificando-as competentemente por fatos relacionados à UFSC. E, chega à triste conclusão de que, entre outros, “a universidade deseduca sua comunidade na escolha de seus dirigentes”.

Expressando vividamente sua reprovação pelo status quo na universidade, quando parte de seus servidores se submete à “servidão vo-luntária”, até em troca de pequenos privilégios, e docentes frequentemente ainda se ancoram na pretensa divisão entre trabalho intelectual e manual para defender seus pequenos poderes, Elaine descreve os seguidos esforços para cons-truir um movimento conjunto de oposição a esse estado de coisas. Usa sua intensa vivência como sindicalista nessa tarefa. Não obstante, acaba por concluir que o “processo iniciado pelo grupo mais avançado na UFSC, desde os anos 70 [...] voltou ao ponto de partida”.

Os professores Espíndola e Auras, o primeiro economista e a segunda professora aposentada da área de Educação, fazem uma abrangente retrospectiva que, entre outros, liga o papel da

UFSC, nos seus primórdios, ao acordo MEC--USAID, da década de 60; descrevem ações da ditadura militar e apresentam dados que indicam subserviência de dirigentes da uni-versidade a seus desígnios. Em contrapartida, descrevem a ascensão do Movimento Docen-te e sua importância na discussão de questões educacionais e outras de interesse social. Entre-tanto, sinto falta de serem resgatados alguns en-volvimentos importantes da própria APUFSC, por intermédio de vários de seus representan-tes, como, por exemplo, na construção de vários dos Coneds (Congressos Nacionais de Educa-ção), que resultaram na elaboração do PNE da Sociedade Brasileira, em 1997, sendo citado apenas o PEE, de 1983. Mais sérias, nesse texto, por chamar a atenção de quem acompanha o sindicalismo mais de perto, são algumas afir-mações equivocadas, como por exemplo, a de que A Conlutas vence a eleição para a diretoria do ANDES-SN. desse modo, além de confun-dir uma organização, que se construiu como semente de uma Central Sindical e Popular, com o nosso sindicato, a ela filiado, mas não submisso, a frase parece querer indicar que esse deixou de se constituir, como historicamente o é, em entidade autônoma frente a governos, di-reção de instituições e partidos políticos.

Não obstante os deslizes acima indicados, a obra, como um todo, vale a pena de uma leitu-ra atenta e criteriosa, pois é inegável que a uni-versidade brasileira se encontra em um contex-to em que, se não houver um contra-ponto, em curto prazo podem ser completamente reverti-das conquistas devidas aos muitos homens de visão que a habitaram durante sua curtíssima existência. Eu, pessoalmente, apenas para citar alguns, ainda tive a grande chance de ser con-temporânea de Florestan Fernandes, Antônio Cândido - sempre disposto a falar em eventos sindicais, Milton Santos e Mario Schenberg, este citado por Ouriques em seu texto, em feliz escolha, à página 105.

8 Florianópolis, 12 de novembro de 2012Jornal da Apufsc

Publicação quinzenal do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical)

DIRETORIA GESTÃO 2012/2014 PRODUÇÃOJornalista Responsável Clodoaldo Volpato (SC - 2028 JP)

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Impressão Gráfica Rio SulTiragem 3.500 exemplaresDistribuição gratuita e dirigida

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As emendas sugeridas pelo Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical) ao Projeto de Lei 4.368/12, que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreira e Cargos do Magistério Federal, foram protocoladas na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos

Emendas sugeridas pela Apufsc ao PL de Carreira são protocoladas na CTASP

Deputados pelo deputado federal Esperi-dião Amin. O prazo para apresentação de emendas no CTASP encerrou no dia 16 de outubro, quando foram protocoladas 76 proposta ao PL. No dia 20 de novem-bro a Comissão organiza uma Audiência Pública para discutir a matéria.

Depois disso, novas emendas poderão

ser apresentadas durante a tramitação em outras comissões. O PL passará, ainda, pelas comissões de Educação e Cultura; Finanças e Tributação e Constituições Justiça e de Cidadania.

A íntegra das 76 emendas apresentadas estão disponíveis no site da Apufsc.

Nos dias 30 e 31 de outubro, diretores da Apufsc-Sindical estiveram em Brasília, onde participaram da Assembleia Geral do Movimento dos Servidores Aposentados e Pensionistas (Mosap) e, juntamente com outras entidades sindicais, decidiram intensificar o movimento em favor da PEC 555, que acaba com a contribuição previdenciária de 11% sobre o benefício de aposentados e pensionistas que excede o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Até o momento mais de 200 depu-tados já assinaram o requerimento pedindo a inclusão da matéria na pauta de votação da Câmara dos Deputados. Em seguidas, os diretores visitaram os parlamentares catarinenses que ainda não encaminha-ram o requerimento. Eles estiveram nos gabinetes dos deputados Carmen Zanotto , Celso Maldaner, Edinho Bez, Joao Pizzo-latti, Luci Choinacki, Pedro Uczai Valdir Colatto. Todos eles se comprometeram em encaminhar o pedido nos próximos dias. Até o dia seis de novembro, apenas os deputado Edinho Bez, Pedro Uczai e Valdir Colatto não haviam encaminhado pedido de inclusão. Além disso, A Apufsc-Sindical está fazendo um abaixo-assinado eletrônico

Entidades sindicais vão intensificar movimento em favor da PEC 555

solicitando aos deputados catarinenses que encaminhem requerimento para que a matéria seja incluída na Ordem do Dia da Câmara dos Deputados ainda em 2012. O abaixo-assinado pode ser assinado no site da Apufsc (www.apufsc.org.br).

Ainda em Brasília, os diretores estive-ram no Departamento Intersindical de As-sessoria Parlamentar (Diap), onde acompa-nharam a explanação sobre o PL 4193/12, que altera a redação do artigo 611 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) para dispor sobre a eficácia das convenções e acordos coletivos de trabalho. No mesmo encontro foi abordado o PL 4.532/12, que estende aos servidores públicos o direito de negociação coletiva, O projeto busca a democratização das relações de trabalho, o tratamento de conflitos e estabelece as diretrizes básicas da negociação coletiva dos servidores públicos, no âmbito da Administração Pública direta, autárquica ou fundacional dos Poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios.

DEPUTADOS CATARINENSES QUE JÁ PROTOCOLARAM O REQUERIMENTO DA PEC 555

CARMEN ZANOTTO (PPS)CELSO MALDANER (PMDB)DÉCIO LIMA (PT)ESPERIDIÃO AMIN (PP)JOÃO PIZZOLATTI (PP)JORGE BOEIRA (PSD)JORGINHO MELLO (PSDB)LUCI CHOINACKI (PT)MARCO TEBALDI (PSDB)MAURO MARIANI (PMDB)ONOFRE SANTO AGOSTINI (PSD)ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA (PMDB)RONALDO BENEDET (PMDB)

DEPUTADOS CATARINENSES QUE AINDA NÃO PROTOCOLARAM REQUERIMENTO DA PEC 555

EDINHO BEZ (PMDB)PEDRO UCZAI (PT)VALDIR COLATTO (PMDB)