análise proteômica de chromobacterium violaceum: acúmulo … · 2017. 10. 20. · viviane...

24
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Biociências Departamento de Biologia Celular e Genética Laboratório de Biologia Molecular e Genômica Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - RENORBIO Análise proteômica de Chromobacterium violaceum: acúmulo estacionário e diferencial após exposição à luz UVC Aluna: Viviane Katielly Silva Medeiros Orientador(a): Profª Drª Silvia Regina Batistuzzo de Medeiros Área de Concentração: Biotecnologia em Saúde NATAL DEZEMBRO/2011

Upload: others

Post on 26-Jan-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Centro de Biociências

    Departamento de Biologia Celular e Genética

    Laboratório de Biologia Molecular e Genômica

    Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - RENORBIO

    Análise proteômica de Chromobacterium violaceum: acúmulo

    estacionário e diferencial após exposição à luz UVC

    Aluna: Viviane Katielly Silva Medeiros

    Orientador(a): Profª Drª Silvia Regina Batistuzzo de Medeiros

    Área de Concentração: Biotecnologia em Saúde

    NATAL

    DEZEMBRO/2011

  • VIVIANE KATIELLY SILVA MEDEIROS

    Análise proteômica de Chromobacterium violaceum: acúmulo

    estacionário e diferencial após exposição à luz UVC

    NATAL

    DEZEMBRO/2011

    Tese de Doutorado apresentada ao

    Departamento de Biologia Celular e Genética da

    Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    como requisito para a obtenção do título de

    Doutor(a) em Biotecnologia.

    Orientadora: Prof.a Dr.a Silvia Regina Batistuzzo

    de Medeiros

  • VIVIANE KATIELLY SILVA MEDEIROS

    Análise proteômica de Chromobacterium violaceum: acúmulo estacionário e diferencial após exposição à luz UVC

    Tese de Doutorado apresentada ao Departamento de Biologia Celular e

    Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para

    a obtenção do título de Doutor(a) em Biotecnologia.

    Aprovada em: / / ___________________________________________________ Prof.a Dr.a Silvia Regina Batistuzzo de Medeiros (Orientadora) Departamento de Biologia Celular e Genética – UFRN ___________________________________________________ Prof.a Dr.a Lucymara F. Agnez Lima Departamento de Biologia Celular e Genética – UFRN ___________________________________________________ Prof.º Dr.º João Paulo Matos Santos Lima Departamento de Bioquímica – UFRN ___________________________________________________ Prof.º Dr.º Carlos Priminho Pirovani Departamento de Ciências Biológicas, Genética e Bioquímica – UESC ___________________________________________________ Prof.º Dr.º Thalles Barbosa Grangeiro Departamento de Biologia - UFC

  • ii

    Aos meus pais, Louro e Socorro,

    que mesmo distante sempre

    estiveram ao meu lado.

  • iii

    Agradecimentos

    Agradeço à Professora Silvia Batistuzzo pelos ensinamentos, paciência

    e apoio.

    Aos meus anjos de Ilhéus professor Priminho e Ângela. Priminho, um

    exemplo de pessoa e pesquisador que me ajudou no momento em que mais

    precisei e com quem aprendi a ser uma pesquisadora e, acima de tudo, uma

    pessoa melhor. Ângela que me recebeu como uma irmã, me dando força e

    coragem para não desistir frente às inúmeras dificuldades.

    Aos meus amigos do LBMG que tornaram os dias estressantes bem

    mais alegres. Em especial ao grupo prote-chromo (Daniel e Fábio) que me

    recebeu de braços abertos, sempre dispostos a ajudar e a tornar os problemas

    mais fáceis de serem resolvidos. Em especial a Fábio por todo o apoio e

    incentivo, mesmo à distância compartilhou todos os momentos do

    desenvolvimento desta tese, você é meu orgulho!

    Aos colegas do grupo de células-tronco que participaram do primeiro

    projeto da tese, obrigada pela ajuda e pelos bons momentos.

    Aos amigos da UNIVASF Kyria, Luciana Andrade, Rodrigo, Serginho,

    Luciana Macatrão e Karen, sem vocês eu não teria conseguido. Em especial a

    Lu Andrade que mais que uma amiga, é como uma irmã pra mim.

    A Tia Milagres, Ana e Linardo que deram apoio nos momentos mais

    difíceis, vocês são mais que família.

    Aos membros da banca por aceitarem participar desta defesa.

    Ao CNPq pelo financiamento do projeto.

    A FACEPE pela bolsa concedida.

  • iv

    RESUMO

    Chromobacterium violaceum é um bacilo de vida-livre, Gram-negativo

    comumente encontrado no solo e nas águas de regiões tropicais e subtropicais.

    Uma das principais características deste organismo é sua capacidade de

    produzir o pigmento violaceína, o qual apresenta inúmeras atividades

    biológicas. Em 2003, o genoma deste organismo foi completamente

    sequenciado e revelou informações importantes sobre a fisiologia desta

    bactéria. Porém, poucos estudos pós-genômicos tem sido realizados. Este

    trabalho avaliou o perfil proteico de C. violaceum cultivada em meio LB a 28ºC,

    o que permitiu a identificação de proteínas relacionadas a um possível sistema

    de secreção ainda não identificado e caracterizado em C. violaceum, ao

    sistema quorum sensing, a processos regulatórios da transcrição e tradução,

    adaptação ao estresse e ao potencial biotecnológico. Além disso, a resposta

    desta bactéria à radiação UVC foi avaliada. A comparação do perfil protéico,

    analisado por eletroforese 2-D, do controle versus tratado possibilitou a

    identificação de 52 proteínas que surgiram após a indução do estresse. Os

    resultados obtidos permitiram a elaboração de uma via de resposta de C.

    violaceum ao estresse gerado pela luz UVC. Esta via, que parece ser de

    resposta geral ao estresse, envolve a expressão de proteínas relacionada à

    divisão celular, metabolismo de purinas e pirimidinas, choque térmico ou

    chaperonas, fornecimento de energia, regulação da formação de biofilme,

    transporte, regulação do ciclo lítico de bacteriófagos, além de proteínas que

    ainda não apresentam função caracterizada. Apesar da reposta apresentar

    similaridades com a SOS clássica de E. coli, ainda não podemos afirmar que C.

    violaceum apresenta uma resposta SOS-like, principalmente devido a ausência

    da caracterização de um proteína LexA-like neste organismo.

    Palavras-chave: C. violaceum, UVC, T6SS, proteome, resposta SOS, biofilme

  • v

    ABSTRACT

    Chromobacterium violaceum is a free-living bacillus, Gram-negative commonly

    found in water and sand of tropical and subtropical regions. One of its main

    characteristic it's the ability to produce the purple pigment named violacein, that

    shows countless biological activities. In 2003, the genome of this organism was

    totally sequenced and revealed important informations about the physiology of

    this bacteria. However, few post-genomics studies had been accomplished.

    This work evaluated the protein profile of C. violaceum cultivated in LB medium

    at 28ºC that allowed the identification and characterization of proteins related to

    a possible secretion system that wasn't identified and characterized yet in C.

    violaceum, to the quorum sensing system, to regulatory process of transcription

    and translation, stress adaptation and biotechnological potential. Moreover, the

    response of the bacteria to UVC radiation was evaluated. The comparison of

    the protein profile, analyzed through 2-D electrophoresis, of the control group

    versus the treatment group allowed the identification of 52 proteins that arose

    after stress induction. The obtained results enable the elaboration of a stress

    response pathway in C. violaceum generated by the UVC light. This pathway,

    that seems to be a general stress response, involves the expression of proteins

    related to cellular division, purine and pirimidine metabolism, heat chock or

    chaperones, energy supply, regulation of biofilm formation, transport, regulation

    of lytic cycle of bacteriophages, besides proteins that show undefined function.

    Despite the response present similarities with the classic SOS response of E.

    coli, we still cannot assert that C. violaceum shows a SOS-like response, mainly

    due to the absence of characterization of a LexA-like protein in this organism.

    Key-words: C. violaceum, UVC, T6SS, proteome, SOS response, biofilm

  • vi

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Estrutura molecular da violaceína. 10 Figura 2. Estrutura esquemática do sistema de secreção tipo III indicando

    proteínas que formam cada componente 13

  • vii

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Principais categorias de proteínas de membrana relacionadas ao

    transporte anotadas no genoma de C. violaceum 17 Tabela 2. Proteínas relacionadas à resposta SOS em C. violaceum 19

  • viii

    LISTA DE ABREVIATURAS

    DNA: ácido desoxirribonucléico

    EROs: Espécies Reativas de Oxigênio

    MMS: metilmetanosulfonato

    MMC: mitomicina-C

    TTSS: sistema de secreção tipo III

    UVA: radiação ultravioleta A

    UVB: radiação ultravioleta B

    UVC: radiação ultravioleta C

  • i

    SUMÁRIO

    RESUMO iv

    ABSTRACT v

    LISTA DE FIGURAS vi

    LISTA DE TABELAS vii

    LISTA DE ABREVIATURAS viii

    1. INTRODUÇÃO 7

    2. REVISÃO DA LITERATURA 8

    2.1. Breve histórico 8

    2.2. Chromobacterium violaceum: um organismo com alto potencial

    biotecnológico 9

    2.3. A violaceína e suas propriedades 10

    2.4. Patogenicidade 12 2.5. Tolerância ao estresse e adaptabilidade ambiental de C. violaceum 14

    2.6. Proteínas de transporte em C. violaceum 16

    2.7. Sistema SOS e C. violaceum 18

    2.8. Proteômica como ferramenta para o entendimento do metabolismo

    bacteriano 20 3. OBJETIVOS 22 3.1. Objetivo geral 22

    3.2. Objetivos Específicos 22 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23 5. MANUSCRITOS 32

    6. CONSIDERAÇÕES GERAIS 147

    7. PERSPECTIVAS 148

  • 22  

    3. OBJETIVOS

  • 23

    4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    ANTONISAMY, P.; KANNAN, P.; IGNACIMUTHU, S. Anti-diarrhoeal and ulcer-

    protective effects of violacein isolated from Chromobacterium violaceum in Wistar

    rats. Fundamental & Clinical Pharmacology 23(4):483-90, 2009.

    ANTONISAMY, P.; IGNACIMUTHU, S. Immunomodulatory, analgesic and

    antipyretic effects of violacein isolated from Chromobacterium violaceum.

    Phytomedicine. 17(3-4):300-4. Epub 2009 Jul 2, 2010.

    AUGUST, P.R.; GROSSMAN, T.H.; MINOR, C.; DRAPER, M.P.; MACNEIL, I.A.;

    PEMBERTON, J.M.; CALL, K.M.; HOLT, D.; SOSBURNE, M.S.; Sequence

    analyses and functional characterization of the violacein biosynthetic pathway

    from Chromobacterium violaceum. J. Mol. Microbiol. Biotechnol. v.4, pp. 513-519,

    2000.

    BALLANTINE, J.A., BEER, R.J.S., CRUTCHLEY, D.J., DODD, G.M., & PALMER,

    D.R. The synthesis of violacein and related compounds. J. Chem. Soc. p.232–

    233, 1958.

    BARAÚNA, R.A., CIPRANDI, A., SANTOS, A.V., CAREPO, M.S.P.,

    GONÇALVES, E.C., SCHNEIDER, M.P.C. and SILVA, A. Proteomics Analysis of

    the Effects of Cyanate on Chromobacterium violaceum Metabolism. Genes, 2,

    736-747, 2011.

    BATISTA, J.S.S., TORRES, A.R and HUNGRIA, M. Towards a two-dimensional

    proteomic reference map of Bradyrhizobium japonicum CPAC 15: Spotlighting

    ‘‘hypothetical proteins’’. Proteomics 10, 3176–3189, 2010.

    BERGONIZI, C. Sopra un nuovo bacterio colorato. Annuar Soc. Nat. Modena,

    Series 2, v. 14, p. 149-158, 1881.

    BOISBAUDRAN, L. Matière colorante se formant dans la colle de farine. Comp.

    Rend. Acad. Sci. v. 94, p.562-562, 1882.

  • 24

    BRITO, F.A., CARVALHO, C.M.B., SANTOS, F.R., GAZZINELLI, R.T.,

    OLIVEIRA, S.C., AZEVEDO, V. & TEIXEIRA, S.M.R. Chromobacterium

    violaceum genome: molecular mechanisms associated with pathogenicity. Genet

    Mol Res 3(1): 148-161, 2004.

    BILTON, B.D. & JOHNSON, L.W. Recurrent nonfatal Chromobacterium

    violaceum infection in a nonimmunocompromised patient. Infect. Med. 17: 686-

    692 (2000).

    CAO, W.; CHEN, W.; SUN, S.; GUO, P.; SONG, J. & TIAN, C. Investigating the

    antioxidant mechanism of violacein by density functional theory method. Journal

    of Molecular Structure: Theochem. v. 817, p. 1–4, 2007.

    CALDAS, L.R. Photochemistry and photobiology in a virgin land, Photochem.

    Photobiol. V. 26, p 1-2, 1977.

    CALDAS, L.R.; LEITÃO, A.A.C.; SANTOS, S.M. & TYRRELL, R.M. Preliminary

    experiments on the photobiological properties of violacein. Intern. Symp. Curr.

    Topics Radiol. Photobiol. Acad. Brasil. Cienc. Rio de Janeiro, p. 121-123, 1978.

    CALDAS, L.R. Um pigmento nas águas negras. Ciênc. Hoje 11: 56-67, 1990.

    CAMPBELL, S.C.; OLSON, G.J.; CLARK, T.R.; MCFETERS, G.J. Biogenic

    production of cyanide and its application to gold recovery Ind. Microbiol.

    Biotechnol. 26, 134–139, 2001.

    CAREPO, M.S.P.; AZEVEDO, J.S.N.; PORTO, J.I.R.; BENTES-SOUSA, A.R.;

    SILVA BATISTA, J.; SILVA, A.L.C. & SCHNEIDER, M.P.C. Identidication of

    Chromobacterium violaceum genes with potential biotechnological application in

    environmental detoxification. Genetics and Molecular Research. 3(1), p.181-194,

    2004.

    CARVALHO, D.; COSTA, F.; DURÁN N. & HAUN, M. Cytotoxic activity of

    violacein in human colon cancer cells. Toxicology in vitro. v. 20, p.1514–1521,

    2006.

  • 25

    CHATTOPADHYAY, A.; KUMAR, V.; BHAT, N. & PLNG RAO. Chromobacterium

    violaceum infection: A rare but frequently fatal disease. J. Pedriatic Surgery, v.37,

    N.1, p.108-110 (January), 2002.

    CHONG, C. Y. & LAM, M. S. Case report and review Chromobacterium sepsis- a

    gram negative sepsis mimicking melioidosis. Singapore Med. J. v. 38, p.263-365,

    1997.

    CORPE, W.A. Factors influencing growth and polysaccharide formation by strains

    of Chromobacterium violaceum. J Bacteriol 88:1433–1441, 1964.

    CROWLEY, D.J. & COURCELLE, J. Answering the call: coping with DNA damage

    at the most inoppor tune time. J Biomed Biotechnol 2: 66–74, 2002.

    DEMOSS, R.D.; EVANS, N.R. Incorporation ofC14-labeled substrate in to

    violacein, J. Bacteriol. 79: 729–733, 1960.

    DESSAUX, Y.; ELMERICH, C.; FAURE, D. Violacein: a molecule of biological

    interest originating from the soil-borne bacterium Chromobacterium violaceum.

    Rev Med Interne 25: 659-662, 2004.

    DUMPALA, P.R., LAWRENCE, M.L. and KARSI, A. Proteome analysis of

    Edwardsiella ictaluri. Proteomics 9, 1353–1363, 2009.

    DURÁN, N. & FALJONI-ALARIO, A. Bacterial Chemistry – I: Studies of a

    potencial phototherapeutic substance from Chromobacterium violaceum, An.

    Acad. Brasil. Cien. v.52, p.297-302, 1980.

    DURÁN, N.; ANTONIO, R.V.; HAUN, M.; PILLI, R.A. Biosynthesis of a

    trypanocide of Chromobacterium violaceum. World J. Microbiol. Biotechnol. 10:

    686–690, 1994.

    DURÁN, N.; ERAZO, S.; CAMPOS, V. Bacterial chemistry. II. Antimicrobial

    photoproduct from pigment of Chromobacterium violaceum. An. Acad. Bras. Cien.

    55, 231–234, 1983.

  • 26

    DURÁN, N. Violaceína: A descoberta de um antibiótico. Cienc. Hoje 11, 58–60,

    1990.

    DURÁN N, MENCK CFM. Chromobacterium violaceum: a review of

    pharmacological and industrial perspectives. Crit Rev Microbiol. 27:201-222,

    2001.

    EBERHARDT, C., ENGELMANN, S., KUSCH, H., ALBRECHT, D., HECKER, M.,

    AUTENRIETH, I.B., and KEMPF, V.A.J. Proteomic analysis of the bacterial

    pathogen Bartonella henselae and identification of immunogenic proteins for

    serodiagnosis. Proteomics 9, 1967–1981, 2009.

    ERILL, I., CAMPOY, S. and BARBE, J. Aeons of distress: an evolutionary

    perspective on the bacterial SOS response. FEMS Microbiol Rev 31: 637–656,

    2007.

    FENICAL, W. Chemical Studies of Marine Bacteria: Developing a New Resource.

    Chem. Rev. 93(5): 1673, 1993.

    FERREIRA, C.V.; BOS, C.L.; VERSTEEG, H.H.; JUSTO, G.Z.; DURAN, N.;

    PEPPELENBOSCH, M.P. Molecular mechanism of violacein-mediated human

    leukemia cell death. Blood 104,1459-1464, 2004.

    GAO, Y.; XIONG, W., LI, X.; GAO, C.; ZHANG, Y.; LI, H. & WU. Q. Identification

    of the proteomic changes in Synechocystis sp. PCC 6803 following prolonged

    UV-B irradiation. Journal of Experimental Botany, v. 60, n. 4, p. 1141–1154, 2009

    GARRITY, G.M.; WINTERS, M.; SEARLES, D.B. Taxonomic outline of the

    prokaryotic genera, Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology. 2a ed. Springer-

    Verlag, New York, NY, USA, p. 1-39, 2001.

    GOURSON, C.; BENHADDOU, R.; GRANET, R.; KRAUSZ, P.; VERNEUIL, B.;

    BRANLAND, P.; CHAUVELON, G.; THIBAULT, J.F.; SAULNIER, L. Valorization

    of maize bran to obtain biodegradable plastic films. Journal of Applied Polymer

    Science 74: 3040–3045, 1999.

  • 27

    GRANGEIRO, T.B., JORGE, D.M.M., BEZERRA, W.M., VASCONCELOS, A.T.R.

    e SIMPSON, A.J.G. Transport genes of Chromobacterium violaceum: an

    overview. Genet. Mol. Res. 3(1): 117-133, 2004.

    GRIER, D.D.; QIU, J.; RAND, K.; DONNELY, W.H. Phatologic quiz case: a 13-

    year-old boy with a 2–day history of fever, vomiting and mental status changes.

    Chromobacterium violaceum bacteremia. Arch. Phatol. Lab. Med. v.128, p. 131-

    132, 2004.

    HANSMEIER, N., CHAO, T.C., PÜHLER, A., TAUCH, A. and KALINOWSKI, J.

    The cytosolic, cell surface and extracellular proteomes of the biotechnologically

    important soil bacterium Corynebacterium efficiens YS-314 in comparison to

    those of Corynebacterium glutamicum ATCC 13032. Proteomics 6, 233–250,

    2006.

    HAUN, M.; PEREIRA, M.F.; HOFFMAN, M.E.; JOYAS, A.; CAMPOS, V.;

    LIZARDI, L.D.; DE CASTRO, S.; DURÁN, N. Bacterial chemistry. VI: Biological

    activities and cytotoxicity of 1,3-dihydro-2H-indol-2-one derivatives. Biol. Res. 25:

    21-25, 1992.

    HOSHINO, T.; KONDO, T.; UCHIYAMA, T.; OGASAWARA, N. Biosynthesis of

    violacein: a novel rearrangement in tryptophan metabolism with a 1,2-shift of the

    indole ring, Agric. Biol. Chem. 51: 965–968, 1987.

    HUNGRIA, M.; NICOLÁS, M. F.; GUIMARÃES, C. T.; JARDIM, S. N.; GOMES, E.

    A.; VASCONCELOS, A.T.R. Tolerance to stress and environmental adaptability of

    Chromobacterium violaceum. Genet. Mol. Res., v. 3 (1), p. 102-116, 2004.

    JANION, C. Inducible SOS Response System of DNA Repair and Mutagenesis in

    Escherichia coli. Int. J. Biol. Sci., 4: 338-344, 2008.

    JING, H.B., YUAN, J., WANG, J., YUAN, Y., ZHU , L., LIU, X. K., ZHENG, Y. L.,

    WEI, K.W., ZHANG, X.M., GENG, H. R., DUAN, Q., FENG, S.W., YANG, R.F.,

    CAO, W.C., WANG, H. L. AND JIANG, Y.K. Proteome analysis of Streptococcus

    suis serotype. Proteomics 2008, 8, 333–349

  • 28

    KOLKER, E.; PICONE, A.F.; GALPERIN, M.Y.; ROMINE, M.F.; HIGDON, R.;

    MAKAROVA, K.S.; KOLKER, N.; ANDERSON, G.A.; QIU, X,; AUBERRY, K.J.;

    BABNIGG, G.; BELIAEV, A.S.; EDLEFSEN, P.; ELIAS, D.A.; GORBY, Y.A.;

    HOLZMAN, T.; KLAPPENBACH, J.A.; KONSTANTINIDIS, K.T.; LAND, M.L.;

    LIPTOND,M.S.; MCCUE, L.; MONROE, M.; PASA-TOLIC, L.; PINCHUK, G.;

    PURVINE, S.; SERRES, M.H.; TSAPINK, S.; ZAKRAJSEK, B.A.; ZHU, W.;

    ZHOU, J; LARIMER, F.W.; LAWRENCE, C.E.; RILEY, M.; COLLART, F.R.;

    YATES, J.R.; SMITH, R.D.; GIOMETTI, C.S.; NEALSON, K.H.; FREDRICKSON,

    J.K. & TIEDJE, J.M. Global profiling of Shewanella oneidensis MR-1: Expression

    of hypothetical genes and improved functional annotations. PNAS v.102, n.6,

    p.2099-2104, 2005.

    KONZEN, M.; De MARCO, D.; CORDOVA, C.A.S.; VIEIRA ,T.O.; ANTÔNIO,

    R.V.; CRECZYNSKI-PASA, T.B. Antioxidant properties of violacein: Possible

    relation on its biological function. Bioorganic & Medicinal Chemistry. v. 14. p.

    8307-8313, 2006.

    LEAL, A.M.S., Queiroz, J.D.F., Batistuzzo de Medeiros, S.R. and Agnez-Lima,

    L.F. Evaluation of pro-oxidant effects of violacein in cell culture. Chemico-

    Biological Interactions 2011 in submission.

    LEE, J.; KIM, J.S.; NAHM, C.H.; CHOI, J. W.; KIM, J.; PAI, S. H.; MOON, K. H.;

    LEE, K.; CHONG, Y. Two Cases of Chromobacterium violaceum infection after

    Injury in a Subtropical Region. Journal of Clinical Microbiology. v. 37(6), p. 2068-

    2070, 1999.

    LEE, A.Y., PARK, S.G., JANG, M., CHO, S., MYUNG, P.K., KIM, Y.R., RHEE,

    J.H., LEE, D.H. and PARK, B.C. Proteomic analysis of pathogenic bacterium

    Vibrio vulnificus. Proteomics 6, 1283–1289, 2006.

    LICHSTEIN, H.C.; VAN DE SAND, V.F. Violacein, an antibiotic pigment produced

    by Chromobacterium violaceum. J. Infect. Dis. 76, 47–51, 1945.

    LICHSTEIN, H.C.; VAN DE SAND, V.F. The antibiotic activity of violacein,

    prodigiosin, and phthiocol. J. Bacteriol. 52, 145–146, 1946.

  • 29

    MAO, S., LUO,Y., ZHANG, T., LI, J., BAO, G., ZHU, Y., CHEN, Z., ZHANG, Y., LI,

    Y. and MA, Y. Proteome Reference Map and Comparative Proteomic Analysis

    between a Wild Type Clostridium acetobutylicum DSM 1731 and its Mutant with

    Enhanced Butanol Tolerance and Butanol Yield. Journal of Proteome Research 9,

    3046–3061, 2010.

    MARGALITH, P.Z. In Pigment Microbiology; Chapman & Hall: London, 1992.

    MARTIN, J.P.; RICHARDS, S.J. Decomposition and binding action of a

    polysaccharide from Chromobacterium violaceum in soil. J Bacteriol 85:1288–

    1294, 1963.

    MARTINELLI, D.; BACHOFEN, R.; BRANDL, H. Effect of medium composition,

    flow rate, and signaling compounds on the formation of soluble extracellular

    materials by biofilms of Chromobacterium violaceum. Appl Microbiol Biotechnol

    59:278–283, 2002.

    MARTINEZ, R.; VELLUDO, M.A.S.L.; SANTOS, V.R. & DINAMARCO, P.V.

    Chromobacterium violaceum infection in Brazil. A case report. Revista do Instituto

    Tropical de São Paulo. v.42, n.2, p. 111-113, 2000.

    MATALLANA-SURGET, S., JOUX, F., RAFTERY, M.J. and CAVICCHIOLI, R.

    The response of the marine bacterium Sphingopyxis alaskensis to solar radiation

    assessed by quantitative proteomics. Environmental Microbiology 11(10), 2660–

    2675, 2009.

    MELO, P.S.; MARIA, S.S.; VIDAL, B.C.; HAUN, M.; DURAN, N. Cytotoxicity and

    induction of apoptosis in V79 cells. In Vitro Cell Dev. Biol. Anim. 36, 539–543,

    2000.

    MOSTERTZ, J.; SCHARF, C.; HECHER, M.; HOMUTH, G. Transcriptome and

    proteome analysis of Bacillus subtilis gene expression in response to superoxide

    and peroxide stress. Microbiology 150, 497-512, 2004.

    RAVANAT, J.L.; DOUKI, T.; CADET. J. Direct and indirect effects of UV radiation

    on DNA and its components. J. Photochem. Photobiol. B. v. 63, p. 88-102, 2001.

  • 30

    SANCHEZ, C.; BRANA, A.F.; MENDEZ, C.; SALAS, J.A. Reevaluation of the

    violacein biosynthetic pathway and its relationship to indolocarbazole

    biosynthesis. Chembiochem. v. 7, p. 1231-1240, 2006.

    SANTOS, P.M., BENNDORF, D. and SÁ-CORREIA, I. Insights into Pseudomonas

    putida KT2440 response to phenol-induced stress by quantitative proteomics.

    Proteomics, 4, 2640–2652, 200.

    SCHOOK, P.O.P. STOHL, E.A., CRISS, A.K. and SEIFERT, H.S. The DNA-

    binding activity of the Neisseria gonorrhoeae LexA orthologue NG1427 is

    modulated by oxidation. Molecular Microbiology. 79(4), 846–860, 2011.

    SHIRATA, A.; TSUKAMOTO, T.; YASUI, H.; HATA, T.; HAYASAKA, S.; KOJIMA,

    A.; KATO, H. Isolation of bacteria producing bluishpurple pigment and use for

    deyeing. Japan Agric. Res. Quart. 34, 131-140, 2000.

    SILVA, R., ARARIPE, J.R., EDSON RONDINELLI, E. and ÜRMÉNYI, T.P. Gene

    expression in Chromobacterium violaceum. Genet. Mol. Res. 3: 64-75, 2004.

    SOUZA, A.O.; AILY, D.C.G.; SATO, D.N.; DURÁN, N. Atividade da violaceína in

    vitro sobre o Mycobacterium turbeculosis H37RA. Rev. Inst. Adolfo Lutz 58: 59–

    62, 1999.

    SMITH, A.D. & HUNT, R.J. Solubilisation of gold by Chromobacterium violaceum.

    J. Chem. Technol. Biotechnol. 35: 110–116, 1985.

    TI, T.Y.; TAN, W. C.; CHONG, A. P. & LEE, E. H. Nonfatal and fatal infections

    caused by Chromobacterium vioolaceum. Clin. Infect. Dis. v.17, p. 505-507, 1993.

    TOBIE, W. C. The pigment of Bacillus violaceus. III The apparent relation of

    violacein to indigo. Soc. Am. Bacteriolol. 39 th General meeting, p. 11-12, 1934.

    Vasconcelos, A.T.R.; Almeida, D.F.; Hungria, M.; Guimarães, C.T.; Antônio, R.V.;

    Almeida, F.C.; Almeida, L.G.P.; Almeida, R.; Gomes, J.A.; Andrade, E.M.;

    Araripe, J.; Araujo, M.F.F.; Astolfi Filho, S.; Azevedo, V.; Baptista, A.J.; Bataus,

    L.A.M.; Baptista, J.S.; Belo, A.; Berg, C.V.D.; Bogo, M.; Bonatto, S.; Bordingnon,

  • 31

    J.; Brigido, M.M.; Brito, C.A.; Brocchi, M.; Buryti, H.A.; Camargo, A.A.; Cardoso,

    D.D.P.; Carneiro, N.P.; Carraro, D.M.; Carvalho, C.M.B.; Cascardo, J.C.M.;

    Cavada, B.S.; Chueire, L.M.O.; Creczynski-Pasa, T.B.; Cunha Junior, N.C.;

    Fagundes, N.; Falcão, C.L.; Fantinatti, F.; Farias, I.P.; Felipe, M.S.S.; Ferrari,

    L.P.; Ferro, J.A.; Ferro, M.I.T.; Franco, G.R.; Freitas, N.S.A.; Furlan, L.R.;

    Gazzinelli, R.T.; Gomes, E.A.; Gonçalves, P.R.; Grangeiro, T.B.; Grattapaglia, D.;

    Grisard, E.C.; Hanna, E.S.; Jardim, S.N.; Laurino, J.; Leoi, L.C.T.; Lima, L.F.A.;

    Loureiro, M.F.; Lyra, M.C.C.P.; Madeira, H.M.F.; Manfio, G.P.; Maranhão, A.Q.;

    Martins, W.S.; Mauro, S.M.Z.; Medeiros, S.R.B.; Meissner, R.V.; Moreira, M.A.M.;

    Nascimento, F.F.; Nicolas, M.F.; Oliveria, J.G.; Oliveira, S.C.; Paixão, R.F.C.;

    Parente, J.A.; Pedrosa, F.O.; Pena, S.D.J.; Pereira, J.O.; Pereira, M.; Pinto,

    L.S.R.C.; Pinto, L.S.; Porto, J.I.R.; Potrich, D.P.; Ramalho Neto, C.E.; Reis,

    A.M.M.; Rigo, L.U.; Rondinelli, E.; Santos, E.B.P.; Santos, F.R.; Schneider,

    M.P.C.; Seuanez, H.N.; Silva, A.M.R.; Silva, A.L.C.; Silva, D.W.; Silva, R.;

    Simões, I.C.; Simon, D.; Soares, C.M.A.; Soares, R.B.A.; Souza, E.M.; Souza,

    K.R.L.; Souza, R.C.; Steffens, M.B.R.; Steindel, M.; Teixeira, S.R.; Urmenyi, T.;

    Wassen, R.; Zaha, A.; Simpson, A.J.G. The complete genome of

    Chromobacterium violaceum reveals remarkable and exploitable bacterial

    adaptability. Proc. Natl. Acad. Sci. USA v.100, p. 11660-11665, 2003.

    UEDA, H.; NAKAJIMA, H.; HORI, Y.; GOTO, T.; OKUHARA, M. FR901228, a

    novel antitumor bicyclic depsipeptide produced by Chromobacterium violaceum.

    Biosci. Biotechnol. Biochem. 58, 1579–1583, 1994.

    WOOLEY, P.G. Bacillus violaceus manila (a pathogenic organism). Bull John

    Hopkins Hospital v. 16, p. 89-93, 1905.

    ZIMMERMAN, B. Review of Bergonizi on Chromobacterium, Bo. Centralbl. v.4, p.

    1528-1530, 1881.

  • 142

    6. CONSIDERAÇÕES GERAIS

    Os resultados obtidos nos dois manuscritos apresentados auxiliaram no

    entendimento mais detalhado acerca do metabolismo basal de C. violaceum e

    nas mudanças deste metabolismo frente ao estresse gerado pela radiação UV.

    Os artigos são pioneiros no estudo proteômico deste organismo e abre

    possibilidades no que se refere aos estudos pós-genômicos realizados até

    então.

  • 143

    7. PERSPECTIVAS

    Outros experimentos além dos apresentados nesta tese foram

    realizados. Entre eles podemos citar a proteômica de uma cepa mutante no

    operon de síntese da violaceína, exposta ou não a radiação UVC.

    A proteômica desta cepa mutante sem exposição à radiação UVC foi

    realizada com o intuito de auxiliar no entendimento da função deste pigmento

    no contexto fisiológico bacteriano. O gel de referência das proteínas desta

    bactéria mutante apresentou 365 spots. Quando comparado com o gel de

    referência da cepa selvagem (Artigo: Medeiros, et. al., 2011) foram observados

    apenas 165 spots em comum. Os resultados da expressão diferencial na

    ausência da violaceína mostram que este pigmento bloqueia a produção de

    algumas proteínas, todavia na sua ausência surgem 200 spots, os quais já

    foram tripisinisados e estão sendo identificados por MS.

    A exposição da cepa mutante à radiação UVC também foi realizada. No

    controle foram identificados 148 spots e 243 no tratado, onde apenas 81 spots

    foram comuns a ambas. Todos os spots que sugiram após o tratamento foram

    tripsinisados e 73 foram identificados, correspondendo a 57 proteínas

    diferentes. A análise da resposta da bactéria na ausência da violaceína poderá

    ser útil para verificar a existência de um possível papel protetor deste pigmento

    frente ao estresse gerado pela luz UVC.

    Estes resultados possibilitarão a publicação de, pelo menos, mais dois

    artigos científicos oriundos desta tese de doutorado.