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jornal do nikkey SÃO PAULO, 25 DE FEVEREIRO DE 2006 1. Caracterização O tão decantado acidente do trabalho en- contra-se legal e juridicamente caracterizado no artigo 19, da Lei nº 8.213/91. De sua leitu- ra, destacam-se cinco elementos permissivos de sua configuração: a) o acidente do traba- lho decorre do exercício do trabalho (traba- lhadores empregados ou segurados especiais); b) tem por conseqüência lesão corporal ou per- turbação funcional; c) ocorrência das contin- gências morte, ou perda ou redução da capa- cidade para o trabalho; d) que tal incapacida- de seja permanente ou temporária; e) nexo de causalidade entre a contingência e o tra- balho exercido. Esclareça-se, de plano, para melhor acla- rar o cunho protetivo dos desdobramentos oriundos do acidente, que é cláusula implícita do contrato de trabalho o dever do emprega- dor de garantir a integridade psico-física do trabalhador, cuidando por medidas individuais e coletivas de proteção deste último, promo- ção de cursos e informações amiúde acerca dos serviços a executar e produtos a serem ma- nipulados, instrução e uso dos materiais de pro- teção. Permite-se dizer que o acidente do trabalho perfaz-se gênero, do qual são espécimes o aci- dente-tipo, a doença profissional e a doença do trabalho. Perfunctoriamente, acidente-tipo é aquele em que o infortúnio se verifica sumariamente, de uma só vez, de forma instantânea, tal qual uma ocorrência marcial em que o empregado perde a mão ou os dedos em uma prensa des- provida de anteparo. A doença profissional, como reza o inciso I, artigo 20, da Lei nº 8.213/91, é produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho pe- culiar a determinada atividade. Diz respeito, pois, à profissão exercida pelo indivíduo, mani- festando-se de forma paulatina, por vezes im- perceptível, como o caso da lesão por esforços repetitivos (LER) e o distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT). Frise-se que a doença profissional deve assim restar listada oficialmente (Decreto nº 3.048/99, Anexo II). Já a doença do trabalho, de idêntica forma ao anteriormente dito acerca da doença profis- sional, dá-se por atos contínuos, em forma pro- gressiva. Contudo, não decorre da peculiarida- de da profissão exercida, mas sim por condi- ções especiais em que o trabalho é realizado, como o meio-ambiente laborativo em que se encontram agentes agressivos. Demanda tam- bém a observância do Anexo II, do Decreto nº 3.048/99. A Previdência Social deverá ainda conside- rar acidente do trabalho, em caráter excepcio- nal, a doença resultante de condições especi- ais em que o trabalho é executado, e que com ele se relacionem diretamente, mesmo que não esteja o malsinado infortúnio incluído na rela- ção oficial supramencionada. O artigo 21 da lei regente dos planos de benefícios assegurados pela Previdência Soci- al (Lei nº 8.213/91), incisos I a IV e alíneas, preceitua a moldura abstrata daquilo que se deve tomar como acidente do trabalho por equipara- ção, ou, no dizer de Sérgio Pinto Martins, “cau- salidade indireta1 . O inciso I corporifica a denominada teoria da concausalidade. Por sua letra, equipara-se a acidente do trabalho: o acidente ligado ao trabalho que, em- bora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda de sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação”. De acordo com a teoria das concausas, den- tro do nexo de causalidade, o acidente de tra- balho pode não ser a causa única da incapaci- dade, devido a existência anterior, concomitante ou posterior da concausa. Afigure-se os seguin- tes exemplos: a) concausa preexistente ou anterior: traba- lhador que já se submeteu a cirurgia de ponte- de-safena, e que, por erguer elevados pesos em sua atividade, fica incapacitado para a mesma; b) concausa concomitante: trabalhador com vertigem de altura que vem a se acidentar laborando em elevadiço; c) concausa superveniente ou posterior: tra- balhador que sofreu corte com objeto enferru- jado no trabalho, adquirindo posteriormente té- tano, doença que lhe torna inepto temporaria- mente para seus misteres. A indigitada teoria funda-se, assim, no binômio “causa-concausa”. Equipara-se ainda a acidente do trabalho o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo pratica- do por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de tra- balho; d) ato de pessoa privada do uso da ra- zão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior (art. 21, II, da Lei nº 8.213/91). Bem assim, a doença proveniente de con- taminação acidental do empregado no exercí- cio de sua atividade, e os acidentes de trajeto, ainda que sofridos pelo segurado fora do local e horário de trabalho, mas na prestação de serviços à ordem da empregadora ou no tra- jeto para seu estabelecimento, equiparam-se a acidente do trabalho (v. incisos III e IV, “a” a “d”, do artigo 21). Destarte, assim demonstrados, ainda que em perfunctória análise, os elementos ensejadores à caracterização do acidente, as- sentadas as hipóteses legais de sua verifica- ção, insta-se um abreviado relato acerca da acepção negativa do acidente do trabalho, qual seja, as situações que não se desnudam adjetivadas como acidente do trabalho. Felicia Ayako Harada Advogada em São Paulo Integrante do Harada Advogados Associados [email protected] Com colaboração de Diógenes Brito Tavares 1 Martins, Sérgio Pinto. Direito da Seguridade Social, 21ª edição. São Paulo: Atlas, 2004, pg. 434. Do acidente do trabalho e suas principais implicações I ntegrante do Grupo Especial das escolas de samba do Rio de Janeiro, a G.R.E.S. Uni- dos do Porto da Pedra abrirá o segundo dia de desfiles do Carnaval da Cidade Maravilhosa na segunda-feira, a partir das 21 horas. E com o enredo “Bendita és tu entre as mulheres do Brasil” homenageia a “beleza real” das mulhe- res. Diversos nomes fo- ram lembrados, dentre os quais da joalheira Rosa Okubo, falecida aos 102 anos em 18 de junho de 1995. “Quando identifica- mos, tivemos o prazer de conhecer o Mario [Massao, seu neto] mais de perto e reconhecer a senhora Rosa Okubo, que contribuiu muito com o Brasil e foi a pri- meira mulher na década de 50 que pisou e fez negócios na Bolsa de Valores”, afirma An- dré Videira, coordenador de relacionamento empresarial e de comunidade da escola. “Em São Paulo ela é um marco bem como em nível de Brasil, por ter introduzido a pedra cultiva- da no ramo de joalherias. Ela adotou o Brasil como pátria, contribuindo eternamente na área de beleza, quebrando ta- bus e passando por cima de resistências culturais”, com- plementa. Do lado da família, Massao ficou lisonjeado com a lem- brança e não pensou duas ve- zes para contribuir com os pre- parativos da agremiação para o desfile. “Eu gosto muito de Carnaval e o do Rio é o marco brasileiro. Vi que seria uma consagração popular, porque a obachan já recebeu homena- gens da Câmara Municipal, no âmbito federal e também do governo do Japão. Mas a ní- vel popular tem um grande sig- nificado para nós, imigrantes, pois o povo daqui reconhecer isso é algo sensacional.” Para representar a joalheira issei, que transmitia, segundo o neto, “uma imagem glamurosa e chique”, foi escolhido um membro da família que subirá no carro-alegórico ao lado de outras desfilantes que repre- sentarão figuras de destaque, como de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Maria Quitéria, Chiquinha Gonzaga, dentre muitos outros nomes. “O desfile começa com a criação do universo, passa por Maria como mãe e seu sofri- mento, contamos sobre a mis- cigenação, pois sem a presen- ça dela não seria possível ter essa diversidade. Passamos pela cultura com várias artis- tas, as atletas de ouro, o carro Guerreiras do Brasil, um time de parlamentares, os direitos da mulher, que levará questões polêmicas para gerar discus- são e vamos falar da beleza real”, resume Patrícia Videira, que cuida dos recursos da Por- to para o carnaval. Ela explica que a importância será em tor- no da mulher do dia-a-dia, não só as famosas. Na quarta ala do segundo setor, 250 pessoas compõem a ala Miscigenação, que conta- rá com representantes dos imi- grantes que fazem parte da história do País. “Vão ter vá- rios povos que habitaram o Brasil, com sua importância. As pessoas se sentem à von- tade de representar seu povo, que conseguiu mudar a con- cepção do País”, explica Gilson Nunes, diretor geral de Harmonia da escola. E a co- munidade japonesa não pode- ria ficar de fora. Aliás, é a que conta com maior presença, com 35 casais. Todo entrarão na avenida vestidos com as roupas típicas do país de suas raízes – Arábia, Holanda, Chi- na, Itália, Alemanha e Japão. Deste último, tanto o homem quanto a mulher utilização quimonos nas cores azul e branca com a borda em ver- melho. “Acho que vamos poder fazer um toque diferente e aju- dar a escola, porque japonês na avenida não é comum e chama a atenção. A Porto é uma escola da comunidade de samba autêntico, e todos de São Gonçalo, em Niterói, apói- am-na e tem orgulho dela. Na hora de entrar na avenida é o que faz a diferença, com gar- ra”, aprova Massao a sétima colocada de 2005. “É um preparativo para o centenário, vamos dar as mãos para dig- nificar nossos antepassados”; e Videira se mostra de acordo com a proposta: “Essa relação pode ser uma semente a ser trabalhada com outras esco- las”, sugere. São Paulo - “Deixaremos essa expectativa no ar, talvez como idéia para o ano que vem ou 2008”, já diz Emerson Nunes, diretor de imprensa e comuni- cação da G.R.C. Esco- la de Samba Leandro de Itaquera, de São Paulo. A antepenúltima escola do sábado, se- gundo dia no Sambódro- mo do Anhembi, terá na 21ª ala a Colônia Japo- nesa. Com o enredo “A passaragua do samba orgulhosamente apre- senta festas e tradições paulistas sobre as águas de um Novo Tietê”, a Leandro, da Zona Les- te paulistana, traz “uma visão carnavalesca de uma passarela com água, e dentro do Rio Tietê vão passar festas e tradições do calendário cultural do Es- tado”, como a Festa da Uva (de Jundiaí) ou a Festa do Mo- rango (de Atibaia). “Abriremos com o interior, mostrando fes- tas tradicionais e religiosas e terminamos com as obras do Novo Tietê, financiadas pelo banco japonês [Japan Bank for International Cooperation - JBIC].” Oitava colocada do Grupo Especial no ano passado, a Leandro entra nessa ala com 80 fantasias que terão estam- padas a bandeira do Japão com o significado de integra- ção das duas nações. De acor- do com Nunes, a idéia do en- redo que homenageia o rio que corre pela cidade e a lembran- ça aos japoneses foi “mista, do presidente Leandro Alves Martins e de Anderson Paulino, que é o carnavalesco mais novo, com 27 anos, que está conosco há cinco”. Perto do desfile desta madrugada, a escola de samba está confian- te no seu desempenho. “Esta- mos na expectativa de que a Leandro veio para disputar o título; investimento tem e que- remos conclamar a comunida- de que não estará desfilando para que vote na Leandro, que fará uma justa homenagem”, finaliza. CARNAVAL 2006 Escolas do Rio e de São Paulo lembram a comunidade japonesa no Grupo Especial Entre os dias 14 e 17 de março acontece, em Tóquio, uma das maiores feiras de ali- mento da Ásia, a Foodex Ja- pan – Feira Internacional de Alimentos e Bebidas. Pela sex- ta vez participando da Feira, este ano o Brasil será repre- sentado por cerca de 30 indús- trias, que contam com o apoio da Apex-Brasil. O evento será realizado no Centro de Convenções Maku- hari Messe, em Chiba, e conta com a participação de 2.300 empresas expositoras. A ex- pectativa dos organizadores é receber mais de 90 mil visitan- tes dos cinco continentes. Em 2005, a feira recebeu 2.262 expositores, vindos de 76 paí- ses, que apresentaram seus produtos a 92.442 profissionais da indústria da alimentação. NEGÓCIOS Empresas brasileiras participam de feira de alimentos no Japão A Associação Santo Agos- tinho (ASA), entidade sem fins lucrativos e que, entre outras entidades mantém o Lar para Idosos “Santo Alberto”, foi con- templada pelo Programa de As- sistência para Projetos Comu- nitários concedido pelo gover- no japonês. A cerimônia de as- sinatura de contrato de doação, no valor de US$ 93.153, 00, foi realizada no último dia 22, no Consulado Geral do Japão em São Paulo, com as presenças da presidente da ASA, Maria Inês de Paula Eduardo, e o côn- sul geral do Japão, Masuo Ni- shibayashi. Com a cooperação do Japão, a entidade, que atende cerca de 2 mil pessoas nas creches, re- cantos para jovens, lar para ido- sos e cursos profissionalizantes, realizará a reforma do prédio da entidade e irá adquirir equipa- mentos industriais como máqui- na de lavar, secadora e calandra, possibilitando uma melhoria no ambiente e no atendimento aos idosos do lar. PROJETOS COMUNITÁRIOS Associação Santo Agostinho recebe doação do governo japonês A carioca Porto da Pedra realizou ensaio em São Paulo para a ala Miscigenação JORNAL DO NIKKEY Como abertura do 2º Festi- val Internacional de Cantores Amadores da Música Japone- sa, promovido pela Nak do Brasil (Nihon Amatyua kayo Renmei do Brasil), acontece hoje no Hakka Plaza uma tar- de de palestras com japoneses especializados em música. A partir das 16h, falará o professor Ryotaro Konishi, jor- nalista e crítico musical, tam- bém produtor de cantores pro- fissionais como Itsuki Hiroshim, Nakamura Mitsuko e de reve- lações como Nagai Yuuko. De- pois, será a vez do professor Shohei Mozu, conhecido com- positor de letras, que tem entre alguns sucessos “Hagure Kokiriko”, “Hanamati no haha” e “Tsuru no Maihashi”. Ambos são jurados da Nak matriz e aproveitam a rara oportunidade da passagem pelo Brasil para encontrar o público. Para conferir, a entra- da custa R$ 20,00. “Esperamos a visitação de muitas pessoas, tanto na palestra como no evento”, diz Wakayo Shida, da Nak do Brasil. O festival de amanhã, que tem mais de 500 cantores inscritos, será aberto às 7h30. “Primeiro faremos o yosen (seleção entre várias catego- rias), para a classificatória do Gran Prix.” Os organizadores pedem aos interessados que compareçam com antecedên- cia, em razão da lotação do sa- lão. 2º FESTIVAL INTERNACIONAL DE CANTORES AMADORES DA MÚSICA JAPONESA QUANDO: PALESTRAS HOJE, ÀS 16H; FESTIVAL AMANHÃ, A PARTIR DAS 7H30 ONDE: HAKKA PLAZA (SALÃO DO ANDAR), RUA SÃO JOAQUIM, 460, LIBERDADE ENTRADA: R$ 20,00 (PALESTRAS) E GRATUITA AMANHÃ INFORMAÇÕES: 11/2275-8277 OU 9131-1470 KARAOKÊ Nak promove palestras hoje e festival de cantores amanhã

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Page 1: jornal do nikkey - Jornal Nippakção de cursos e informações amiúde acerca dos serviços a executar e produtos a serem ma-nipulados, instrução e uso dos materiais de pro-teção

jornal do nikkeySÃO PAULO, 25 DE FEVEREIRO DE 2006

1. Caracterização

O tão decantado acidente do trabalho en-contra-se legal e juridicamente caracterizadono artigo 19, da Lei nº 8.213/91. De sua leitu-ra, destacam-se cinco elementos permissivosde sua configuração: a) o acidente do traba-lho decorre do exercício do trabalho (traba-lhadores empregados ou segurados especiais);b) tem por conseqüência lesão corporal ou per-turbação funcional; c) ocorrência das contin-gências morte, ou perda ou redução da capa-cidade para o trabalho; d) que tal incapacida-de seja permanente ou temporária; e) nexode causalidade entre a contingência e o tra-balho exercido.

Esclareça-se, de plano, para melhor acla-rar o cunho protetivo dos desdobramentosoriundos do acidente, que é cláusula implícitado contrato de trabalho o dever do emprega-dor de garantir a integridade psico-física dotrabalhador, cuidando por medidas individuaise coletivas de proteção deste último, promo-

ção de cursos e informações amiúde acercados serviços a executar e produtos a serem ma-nipulados, instrução e uso dos materiais de pro-teção.

Permite-se dizer que o acidente do trabalhoperfaz-se gênero, do qual são espécimes o aci-dente-tipo, a doença profissional e a doença dotrabalho.

Perfunctoriamente, acidente-tipo é aqueleem que o infortúnio se verifica sumariamente,de uma só vez, de forma instantânea, tal qualuma ocorrência marcial em que o empregadoperde a mão ou os dedos em uma prensa des-provida de anteparo.

A doença profissional, como reza o inciso I,artigo 20, da Lei nº 8.213/91, é produzida oudesencadeada pelo exercício de trabalho pe-culiar a determinada atividade. Diz respeito,pois, à profissão exercida pelo indivíduo, mani-festando-se de forma paulatina, por vezes im-perceptível, como o caso da lesão por esforçosrepetitivos (LER) e o distúrbio osteomuscularrelacionado ao trabalho (DORT). Frise-se quea doença profissional deve assim restar listadaoficialmente (Decreto nº 3.048/99, Anexo II).

Já a doença do trabalho, de idêntica formaao anteriormente dito acerca da doença profis-sional, dá-se por atos contínuos, em forma pro-gressiva. Contudo, não decorre da peculiarida-de da profissão exercida, mas sim por condi-ções especiais em que o trabalho é realizado,como o meio-ambiente laborativo em que seencontram agentes agressivos. Demanda tam-bém a observância do Anexo II, do Decreto nº3.048/99.

A Previdência Social deverá ainda conside-rar acidente do trabalho, em caráter excepcio-nal, a doença resultante de condições especi-ais em que o trabalho é executado, e que comele se relacionem diretamente, mesmo que não

esteja o malsinado infortúnio incluído na rela-ção oficial supramencionada.

O artigo 21 da lei regente dos planos debenefícios assegurados pela Previdência Soci-al (Lei nº 8.213/91), incisos I a IV e alíneas,preceitua a moldura abstrata daquilo que se devetomar como acidente do trabalho por equipara-ção, ou, no dizer de Sérgio Pinto Martins, “cau-salidade indireta”1.

O inciso I corporifica a denominada teoriada concausalidade. Por sua letra, equipara-sea acidente do trabalho:

“o acidente ligado ao trabalho que, em-bora não tenha sido a causa única, hajacontribuído diretamente para a morte dosegurado, para redução ou perda de suacapacidade para o trabalho, ou produzidolesão que exija atenção médica para a suarecuperação”.

De acordo com a teoria das concausas, den-tro do nexo de causalidade, o acidente de tra-balho pode não ser a causa única da incapaci-dade, devido a existência anterior, concomitanteou posterior da concausa. Afigure-se os seguin-tes exemplos:

a) concausa preexistente ou anterior: traba-lhador que já se submeteu a cirurgia de ponte-de-safena, e que, por erguer elevados pesos emsua atividade, fica incapacitado para a mesma;

b) concausa concomitante: trabalhador comvertigem de altura que vem a se acidentarlaborando em elevadiço;

c) concausa superveniente ou posterior: tra-balhador que sofreu corte com objeto enferru-jado no trabalho, adquirindo posteriormente té-tano, doença que lhe torna inepto temporaria-mente para seus misteres.

A indigitada teoria funda-se, assim, nobinômio “causa-concausa”.

Equipara-se ainda a acidente do trabalho oacidente sofrido pelo segurado no local e nohorário de trabalho, em conseqüência de: a) atode agressão, sabotagem ou terrorismo pratica-do por terceiro ou companheiro de trabalho; b)ofensa física intencional, inclusive de terceiro,por motivo de disputa relacionada ao trabalho;c) ato de imprudência, de negligência ou deimperícia de terceiro ou de companheiro de tra-balho; d) ato de pessoa privada do uso da ra-zão; e) desabamento, inundação, incêndio eoutros casos fortuitos ou decorrentes de forçamaior (art. 21, II, da Lei nº 8.213/91).

Bem assim, a doença proveniente de con-taminação acidental do empregado no exercí-cio de sua atividade, e os acidentes de trajeto,ainda que sofridos pelo segurado fora do locale horário de trabalho, mas na prestação deserviços à ordem da empregadora ou no tra-jeto para seu estabelecimento, equiparam-sea acidente do trabalho (v. incisos III e IV, “a”a “d”, do artigo 21).

Destarte, assim demonstrados, ainda queem perfunctória análise, os elementosensejadores à caracterização do acidente, as-sentadas as hipóteses legais de sua verifica-ção, insta-se um abreviado relato acerca daacepção negativa do acidente do trabalho, qualseja, as situações que não se desnudamadjetivadas como acidente do trabalho.

Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

Integrante do Harada Advogados [email protected]

Com colaboração de Diógenes Brito Tavares

1 Martins, Sérgio Pinto. Direito da Seguridade Social,21ª edição. São Paulo: Atlas, 2004, pg. 434.

Do acidente do trabalhoe suas principaisimplicações

Integrante do GrupoEspecial das escolasde samba do Rio de

Janeiro, a G.R.E.S. Uni-dos do Porto da Pedraabrirá o segundo dia dedesfiles do Carnaval daCidade Maravilhosa nasegunda-feira, a partirdas 21 horas. E com oenredo “Bendita és tuentre as mulheres doBrasil” homenageia a“beleza real” das mulhe-res. Diversos nomes fo-ram lembrados, dentreos quais da joalheiraRosa Okubo, falecidaaos 102 anos em 18 dejunho de 1995.

“Quando identifica-mos, tivemos o prazerde conhecer o Mario[Massao, seu neto] mais deperto e reconhecer a senhoraRosa Okubo, que contribuiumuito com o Brasil e foi a pri-meira mulher na década de 50que pisou e fez negócios naBolsa de Valores”, afirma An-dré Videira, coordenador derelacionamento empresarial ede comunidade da escola. “EmSão Paulo ela é um marco bemcomo em nível de Brasil, porter introduzido a pedra cultiva-da no ramo de joalherias. Elaadotou o Brasil como pátria,contribuindo eternamente naárea de beleza, quebrando ta-bus e passando por cima deresistências culturais”, com-plementa.

Do lado da família, Massaoficou lisonjeado com a lem-brança e não pensou duas ve-zes para contribuir com os pre-parativos da agremiação parao desfile. “Eu gosto muito deCarnaval e o do Rio é o marcobrasileiro. Vi que seria umaconsagração popular, porque aobachan já recebeu homena-gens da Câmara Municipal, noâmbito federal e também dogoverno do Japão. Mas a ní-vel popular tem um grande sig-nificado para nós, imigrantes,pois o povo daqui reconhecerisso é algo sensacional.” Pararepresentar a joalheira issei,que transmitia, segundo o neto,“uma imagem glamurosa e

chique”, foi escolhido ummembro da família que subiráno carro-alegórico ao lado deoutras desfilantes que repre-sentarão figuras de destaque,como de Tarsila do Amaral,Anita Malfatti, Maria Quitéria,Chiquinha Gonzaga, dentremuitos outros nomes.

“O desfile começa com acriação do universo, passa porMaria como mãe e seu sofri-mento, contamos sobre a mis-cigenação, pois sem a presen-ça dela não seria possível teressa diversidade. Passamospela cultura com várias artis-tas, as atletas de ouro, o carroGuerreiras do Brasil, um timede parlamentares, os direitosda mulher, que levará questõespolêmicas para gerar discus-são e vamos falar da belezareal”, resume Patrícia Videira,que cuida dos recursos da Por-to para o carnaval. Ela explicaque a importância será em tor-no da mulher do dia-a-dia, nãosó as famosas.

Na quarta ala do segundosetor, 250 pessoas compõem aala Miscigenação, que conta-rá com representantes dos imi-grantes que fazem parte dahistória do País. “Vão ter vá-rios povos que habitaram oBrasil, com sua importância.As pessoas se sentem à von-tade de representar seu povo,que conseguiu mudar a con-

cepção do País”, explicaGilson Nunes, diretor geral deHarmonia da escola. E a co-munidade japonesa não pode-ria ficar de fora. Aliás, é a queconta com maior presença,com 35 casais. Todo entrarãona avenida vestidos com asroupas típicas do país de suasraízes – Arábia, Holanda, Chi-na, Itália, Alemanha e Japão.Deste último, tanto o homemquanto a mulher utilizaçãoquimonos nas cores azul ebranca com a borda em ver-melho.

“Acho que vamos poderfazer um toque diferente e aju-dar a escola, porque japonêsna avenida não é comum echama a atenção. A Porto éuma escola da comunidade desamba autêntico, e todos deSão Gonçalo, em Niterói, apói-am-na e tem orgulho dela. Nahora de entrar na avenida é oque faz a diferença, com gar-ra”, aprova Massao a sétimacolocada de 2005. “É umpreparativo para o centenário,vamos dar as mãos para dig-nificar nossos antepassados”;e Videira se mostra de acordocom a proposta: “Essa relaçãopode ser uma semente a sertrabalhada com outras esco-las”, sugere.

São Paulo - “Deixaremosessa expectativa no ar, talvez

como idéia para o anoque vem ou 2008”, já dizEmerson Nunes, diretorde imprensa e comuni-cação da G.R.C. Esco-la de Samba Leandrode Itaquera, de SãoPaulo. A antepenúltimaescola do sábado, se-gundo dia no Sambódro-mo do Anhembi, terá na21ª ala a Colônia Japo-nesa.

Com o enredo “Apassaragua do sambaorgulhosamente apre-senta festas e tradiçõespaulistas sobre as águasde um Novo Tietê”, aLeandro, da Zona Les-te paulistana, traz “umavisão carnavalesca deuma passarela com

água, e dentro do Rio Tietêvão passar festas e tradiçõesdo calendário cultural do Es-tado”, como a Festa da Uva(de Jundiaí) ou a Festa do Mo-rango (de Atibaia). “Abriremoscom o interior, mostrando fes-tas tradicionais e religiosas eterminamos com as obras doNovo Tietê, financiadas pelobanco japonês [Japan Bank forInternational Cooperation -JBIC].”

Oitava colocada do GrupoEspecial no ano passado, aLeandro entra nessa ala com80 fantasias que terão estam-padas a bandeira do Japãocom o significado de integra-ção das duas nações. De acor-do com Nunes, a idéia do en-redo que homenageia o rio quecorre pela cidade e a lembran-ça aos japoneses foi “mista, dopresidente Leandro AlvesMartins e de AndersonPaulino, que é o carnavalescomais novo, com 27 anos, queestá conosco há cinco”. Pertodo desfile desta madrugada, aescola de samba está confian-te no seu desempenho. “Esta-mos na expectativa de que aLeandro veio para disputar otítulo; investimento tem e que-remos conclamar a comunida-de que não estará desfilandopara que vote na Leandro, quefará uma justa homenagem”,finaliza.

CARNAVAL 2006

Escolas do Rio e de São Paulo lembram acomunidade japonesa no Grupo Especial

Entre os dias 14 e 17 demarço acontece, em Tóquio,uma das maiores feiras de ali-mento da Ásia, a Foodex Ja-pan – Feira Internacional deAlimentos e Bebidas. Pela sex-ta vez participando da Feira,este ano o Brasil será repre-sentado por cerca de 30 indús-trias, que contam com o apoioda Apex-Brasil.

O evento será realizado no

Centro de Convenções Maku-hari Messe, em Chiba, e contacom a participação de 2.300empresas expositoras. A ex-pectativa dos organizadores éreceber mais de 90 mil visitan-tes dos cinco continentes. Em2005, a feira recebeu 2.262expositores, vindos de 76 paí-ses, que apresentaram seusprodutos a 92.442 profissionaisda indústria da alimentação.

NEGÓCIOS

Empresas brasileiras participamde feira de alimentos no Japão

A Associação Santo Agos-tinho (ASA), entidade sem finslucrativos e que, entre outrasentidades mantém o Lar paraIdosos “Santo Alberto”, foi con-templada pelo Programa de As-sistência para Projetos Comu-nitários concedido pelo gover-no japonês. A cerimônia de as-sinatura de contrato de doação,no valor de US$ 93.153, 00, foirealizada no último dia 22, noConsulado Geral do Japão emSão Paulo, com as presençasda presidente da ASA, Maria

Inês de Paula Eduardo, e o côn-sul geral do Japão, Masuo Ni-shibayashi.

Com a cooperação do Japão,a entidade, que atende cerca de2 mil pessoas nas creches, re-cantos para jovens, lar para ido-sos e cursos profissionalizantes,realizará a reforma do prédio daentidade e irá adquirir equipa-mentos industriais como máqui-na de lavar, secadora e calandra,possibilitando uma melhoria noambiente e no atendimento aosidosos do lar.

PROJETOS COMUNITÁRIOS

Associação Santo Agostinhorecebe doação do governo japonês

A carioca Porto da Pedra realizou ensaio em São Paulo para a ala Miscigenação

JORNAL DO NIKKEY

Como abertura do 2º Festi-val Internacional de CantoresAmadores da Música Japone-sa, promovido pela Nak doBrasil (Nihon Amatyua kayoRenmei do Brasil), acontecehoje no Hakka Plaza uma tar-de de palestras com japonesesespecializados em música.

A partir das 16h, falará oprofessor Ryotaro Konishi, jor-nalista e crítico musical, tam-bém produtor de cantores pro-fissionais como Itsuki Hiroshim,Nakamura Mitsuko e de reve-lações como Nagai Yuuko. De-pois, será a vez do professorShohei Mozu, conhecido com-positor de letras, que tem entrealguns sucessos “HagureKokiriko”, “Hanamati no haha”e “Tsuru no Maihashi”.

Ambos são jurados da Nakmatriz e aproveitam a raraoportunidade da passagempelo Brasil para encontrar opúblico. Para conferir, a entra-da custa R$ 20,00. “Esperamos

a visitação de muitas pessoas,tanto na palestra como noevento”, diz Wakayo Shida, daNak do Brasil. O festival deamanhã, que tem mais de 500cantores inscritos, será abertoàs 7h30.

“Primeiro faremos o yosen(seleção entre várias catego-rias), para a classificatória doGran Prix.” Os organizadorespedem aos interessados quecompareçam com antecedên-cia, em razão da lotação do sa-lão.

2º FESTIVAL INTERNACIONAL DE

CANTORES AMADORES DA MÚSICA

JAPONESA

QUANDO: PALESTRAS HOJE, ÀS 16H;FESTIVAL AMANHÃ, A PARTIR DAS 7H30ONDE: HAKKA PLAZA (SALÃO DO 2ºANDAR), RUA SÃO JOAQUIM, 460,LIBERDADE

ENTRADA: R$ 20,00 (PALESTRAS) EGRATUITA AMANHÃ

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KARAOKÊ

Nak promove palestras hoje efestival de cantores amanhã

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2 jornal do nikkey 25 de fevereiro de 2006

Opsiquiatra e escritorIçami Tiba traz aomercado mais uma

publicação para a educaçãodos filhos dentro de casa. ApósAdolescente: Quem ama,educa, lançado no ano passa-do e que já está em sua 25ªedição, Disciplina: Limite namedida certa (Integrare Edi-tora, 224 pág, R$ 33,90) jápode ser encontrado nas livra-rias, totalmente atualizado erevisado.

“É quase um livro novo,com muitas modificações. Éuma reorganização, pois a idéiabásica está sendo evoluída eresolvi fazer essareformulação”, disse Tiba ementrevista ao Jornal doNikkey. O lançamento do li-vro foi na terça-feira da sema-na passada, e no último dia 16o psiquiatra embarcou a SãoFrancisco, onde participa atéo dia 6 de março de reuniõesda Associação Internacionalde Psicoterapia de Grupo(IAGP), uma instituição inter-nacional que conta compsicoterapeutas de 17 países.

Na volta, já se prepara paraa Bienal Internacional do Li-vro de São Paulo, que ocorreentre os dias 9 e 19 de março.Lá irá lançar mais outra publi-cação: o Ensinar aprenden-do: novos paradigmas, queagora ganha o selo da atual edi-tora, a Integrare.

Em Disciplina, Içami Tibadestaca que a nova geraçãodos filhos mudou muito de dezanos para cá, o que acarretou

numa “atrapalhada” educaçãodos pais. “Eles não sabem nemo que fazer com as crianças.Os adultos viram marionetesnas suas mãos”, diz, mencio-nando que os pais “modernos”não gostam de contrariar seusfilhos, querem poupá-los, e énesse momento que se acha oerro. Segundo sua teoria, émuito importante estabelecerlimites bem cedo e de maneiraclara.

No limite - No livro, divididoem três partes (“Limites e dis-ciplina na família”, “Limites edisciplina na escola” e “Dele-

EDUCAÇÃO EM CASA

Para Içami Tiba, pais devem terautoridade e não permissividade

gar à escola a educação dosfilhos”), ele enfoca várias ques-tões que caminham para “for-mar pessoas que vão pegar pro-fissões”. “A adolescência hojeé bem diferente da de antes, eeles precisam de uma basemuito forte. Disciplina é arcarcom as conseqüências, poisquando falamos em educação,estamos preparando quem vaitomar conta do Brasil”, justifi-ca, falando do embate liberda-de versus responsabilidade.

E é nesse ponto que ele vêa importância da participaçãodos pais na autoridade peran-te os filhos, mas com o lem-

brete de que “não devemospagar em Cruzeiro o que sevende em Real”. Como exem-plo, pode-se citar a evoluçãoda atual geração. Se antes ascrianças brincavam na rua,hoje esses pequenos espertos,conectados à Internet, cedodescobrem as artimanhas datecnologia, ultrapassando ospais no quesito. “As famíliasficaram diferentes e meu inte-resse era mostrar que as pes-soas têm de evoluir, temos denos atualizar e assim, a práti-ca no dia-a-dia se transforma,pois vamos encontrando solu-ções. A cada época o critériode felicidade vai mudando.”

Mas há de se ter um limite.“A primeira geração educouseus filhos de maneira patriar-cal; a segunda, foi massacradapelo autoritarismo dos pais. Natentativa de proporcionar a eleso que nunca tiveram, os pais dasegunda geração acabaramcaindo no extremo oposto daprimeira: a permissividade. Elesestão perdendo autoridade por-que deixam os filhos realizaremseus desejos. E hoje a criançatem autoridade sobre o adulto,mas ela não tem responsabili-dade sobre seu caminho.”

Para isso, sabe que a boaeducação deve prevalecer. “Aidéia do livro é justamente essa,como podemos resolver essaquestão, voltada à formaçãoética”, diz o médico com a ex-periência de mais de 74 milatendimentos a adolescentes esuas famílias em sua clínica.

(Cíntia Yamashiro)

Nas últimas semanas,manchetes estamparam osjornais com notícias de aban-donos e maus tratos aos fi-lhos pequenos. Bebês recém-nascidos encontrados em rio,nas portarias de prédios ouhospitais, mãe que esquentacolher para queimar os filhos,pai que chuta andador esca-da abaixo. Por trás dessashistórias, diversos são os mo-tivos que levam os pais a co-meterem tais atos.

Bem mais do que insani-dade ou falta de informação– e boa formação –, uma dascausas e que atinge a mui-tas mulheres é a depressãopós-parto. Autor de 16 livrospublicados e com mais de 74mil atendimentos realizados,o psiquiatra Içami Tiba falado assunto com delicadeza.“É uma patologia do vínculode relacionamento. A mulheracaba se sentindo incompe-tente; é algo delirante e elaacaba fazendo essas barba-ridades, mas é no sentido deprevenir a criança da loucu-ra da mãe.”

Segundo ele, o “desvio”ocorre por uma série de fa-tores. “É mais por distúrbiodo que por maldade ou po-breza.” A assistente socialAurea Fuziwara, Coordena-dora do Núcleo de Criançae Adolescente do ConselhoRegional de Serviço Social,reforça que esse problemana mãe “é mais de ordempsicológica ou por questãohormonal”. E acrescenta:“Não que justifique, mas temde entender cada caso. Há‘n’ situações, e temos de termuito cuidado, não há comosermos deterministas.”

Atendendo a várias ocor-rências, ela frisa que “a vio-lência doméstica é a queacontece no ambiente famili-ar, e pode ser física, sexual,psicológica e a negligência. Eestá presente em todas asclasses sociais, apenas maisveladas em algumas e expos-tas na população mais pobre,que utiliza a rede pública deserviços, por exemplo”.

Áurea sabe que da mes-ma forma que acompanhacasos tristes de abandono ou

agressões, também vê mo-mentos felizes com as ado-ções. “A criança sendo aco-lhida é um grande avanço, masàs vezes ela precisa de umcuidado especial.” Isso porquepela história que guarda, aquestão da sociabilidade ficacomprometida. “Ela pode terdificuldade de aprendizado naescola e no relacionamentocom amigos. É fundamentalpara a criança se sentir segu-ra, querida e amada”, diz, des-tacando que a visão que tinhados pais, que são um laço desangue, fora distorcida. “E elapode se sentir culpada, mes-mo sendo vítima, pois acha queo adulto sabe das coisas. A in-versão causa confusão na ca-beça dela.”

Prejuízos - “A maior parte daviolência doméstica queacompanhamos são física epsicológica. Na nossa culturase educa com violência, comoo ‘psicotapa’, só um tapinhanão machuca. A lei do maisforte não vai ajudar a agir me-lhor”, lamenta Áurea. “Nãotem razão disso. A criançaestá num patamar de total de-sigualdade. E a comparaçãotambém, se a mãe diz que oirmão é mais inteligente, maso outro tem um outro ladomais desenvolvido; cada ser

é único e tem de ser respeita-das as diferenças.”

Palavras também devemser bem ditas. A assistente so-cial alerta sobre osxingamentos: “Isso afeta aauto-estima e o bem-estaremocional. Os pais são refe-rência – ou outras pessoas quecuidam – e sempre acham queestão educando da melhor for-ma, mas nosso papel é orien-tar o que acontece com as fa-mílias.” Em vez de castigos fí-sicos, outras saídas podem seradotadas para punir a criança,quando se quer repreendê-la.Tirar passeios, demonstrar quea atitude está errada, explican-do-lhe, mostrar que tudo temum custo e servirá para cres-cer com responsabilidade.

“A criança que cresce apa-nhando gera revolta mais tar-de e se vinga. E ela não vivesó com os pais, mas com asociedade”, diz Içami Tiba.Nem sempre também os pe-quenos são benevolentes. Nonovo livro, Disciplina: Limitena medida certa, o psiquiatraaponta que os pais devem es-tabelecer regras dentro decasa. “O comportamento nãotem limites e é a boa educa-ção que vai saber. O filho temde construir com as própriasmãos o que destruiu. A “tira-nia dos filhos”, como nomeia

Áurea, é também resultadodo descuido dos pais, que sesentem de mãos atadas pornão conseguirem dar-lhesatenção necessária pela fal-ta de tempo e companhia,causada por acúmulo de tra-balho. Fazem parte dos da-dos também casos de filhosde dekasseguis, que são dei-xados com outros parentesquando os pais viajam. E navolta, regularizam a guarda.Mas nem sempre as conse-qüências deixam de causarprejuízos. Há de haver res-peito e coerência dos dois la-dos.

Por trás dos números di-vulgados (veja quadro) hámuitas histórias ocultas, eque devem ser delatadas.“Existem muitos centros es-pecializados de atendimentoe a sociedade deve denunci-ar a suspeita ou ocorrênciaao Conselho Tutelar, que iráverificar a situação e buscarjunto com a família medidasque interrompam o ciclo deviolência. Portanto, todosque estão envolvidos com aviolência precisam receberatendimento especializado.O Conselho Tutelar não faráo atendimento especializado,mas encaminhará aos recur-sos adequados”, recomendaÁurea Fuziwara. (CY)

Violência contra filhos atinge a todas as classes

JORNAL DO NIKKEY

Numa promoção do Ban-co Sudameris/ABN AMRO,ex-América do Sul, foi exibi-do, com legenda em portu-guês, o primeiro capítulo danovela “Haru to Natsu” quetanto interesse causou na co-munidade japonesa pela suatemática: imigração japonesano Brasil. Filmada boa parteno Brasil e com a participa-ção de muitos extras nacio-nais, o diretor Mineyo Satopermaneceu meio ano na re-gião de Campinas, cenário dodrama pungente que fez mui-tos chorarem.

Após a exibição cada as-sistente recebeu um exemplardo livro “Haru to Natsu”, tra-duzido para o português. Oevento foi bem elogiado. Pou-cos possuem tevê por assina-tura dado o preço elevado epor isso muitos não puderam

assistir a novela quando foiexibida pela NHK.

Só foram infelizes o títuloadotado e a tradução que foifeita ao pé da letra. Podia ser,por exemplo, Epopéia dosImigrantes, História da Imi-gração Japonesa no Brasil ououtro qualquer, menos nomesde personagens. Indagadosobre essa questão, o diretorMineo, quando esteve filman-do o documentário sobre aColônia Hirano, em Cafelân-dia, disse que como há muitode ficção na novela, não po-deria colocar no título algo quesugerisse ser algo histórico oubaseado na realidade. Ho-nestidade japonesa. Porquenos filmes americanos é to-talmente o oposto, quando arealidade e a ficção se con-fundem.

(Shigueyuki Yoshikuni)

CIDADES/LINS

‘Haru e Natsu’ lota o Bunkyo

Ossamu Matsuo,vice-presidente do Bunkyo de São Paulo, MárciaArumi e Mário Nagamini (diretores) e Orídio Kiyoshi Shimizu,superintendente do Banco Sudameris/ABN AMRO

SHIGUEYUKI YOSHIKUNI

O serviço de DensitometriaÓssea do Hospital Santa Cruzrealizará de 6 a 17 de março a12ª edição da Campanha dePrevenção da Osteoporose. Aosteoporose (fragilidade dosossos) é uma doença que atin-ge sobretudo mulheres comidade superior a 40 anos, devi-do a alterações metabólico-hormonais. Os pacientes comosteoporose têm maiores ris-cos de sofrerem fraturas emeventuais quedas.

A prevenção é a melhorforma de tratar este mal. Di-agnosticar a osteoporosequando a mesma já está emestágio avançado pouco con-tribui para minorar as suasconseqüências. Equivaleria adiagnosticar a pressão altaquando já tivesse ocorrido oacidente vascular cerebral.

Por isso a campanha tem oobjetivo de detectar a doençaem mulheres com idade acimade 40 anos, a partir de examesde ultra-sonometria óssea.

Os exames são gratuitos,mas devem ser agendados an-tecipadamente pelo telefone11/5539-3631 (de segunda asexta-feira, das 9H às 17h).No dia do exame, que aconte-

SAÚDE

Santa Cruz realiza Campanha dePrevenção da Osteoporose

cerá no Serviço de Densitome-tria Óssea, as pessoas inscri-tas devem apresentar o docu-mento de identidade (RG).Somente serão agendados exa-mes para mulheres com idadeacima de 40 anos.

Como nos anos anteriores,a campanha contará com acolaboração do LaboratórioMerck Sharp & Dohme.

O Hospital Santa Cruz ficana Rua Santa Cruz, 398 (pró-ximo ao Metrô Santa Cruz).PABX: 11/5080-2000.

Doação - No último dia 16,aconteceu no Buffet Colonial,em São Paulo, a posse da novadiretoria da AssociaçãoNikkey de Leões do Brasil,gestão 2006. Diversas perso-nalidades da comunidade nipo-brasileira prestigiaram o even-to, entre eles, o cônsul geral doJapão em São Paulo, MasuoNishibayashi.

Na oportunidade, a associ-ação fez uma doação em di-nheiro ao Hospital Santa Cruz,que esteve representado noevento pelos engenheirosFumio Araki e Carlos Ozawa,superintendentes adjuntos dohospital.

A Associação Nikkey de Leões do Brasil faz doação ao HSC

DIVULGAÇÃO

1956 ~ 200650 anos – Prêmio Paulista de Esporte

‘Disciplina: Limite na medida certa’ foi reorganizado por Tiba

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25 de fevereiro de 2006 jornal do nikkey 3

*PAULO YOKOTA

Numa recente reunião noHospital Santa Cruz, o em-presário Raul Takaki (presi-dente do Jornal do Nikkey)expressou sua abalizada opi-nião que urgia implementar oprojeto de residências paraidosos sadios, nas proximida-des da localização hospitalar.É uma tendência universalque chega ao Brasil, notada-mente entre os nikkeis, cujaidade média é superior à dapopulação brasileira.

São pequenos apartamen-tos ajustados às necessidadesdas populações de terceira equarta idade, com pisos anti-derrapantes, evitando-se es-cadas, dependências para aconvivência social e outrospormenores, que facilitem avida dos seus ocupantes, etenha assegurado o fácilacesso aos serviços médico-hospitalares usuais, não inclu-indo necessariamente os seuscustos.

Existem muitos modelosem todo o mundo para estasedificações e alguns exem-plos já estão implantados emSão Paulo e arredores. NoJapão existem milhares des-tes edifícios, normalmente nasregiões onde os hábitos dosmoradores possam ser pre-servados, como de compras,lazer, atividades físicas. Es-

tas populações prezam a sualiberdade de locomoção, e aproximidade dos sistemas demetrô é importante. Na Eu-ropa e nos Estados Unidosapresentam caracteristicasajustadas aos hábitos de vidade suas populações.

O Hospital Santa Cruz,em entendimento com incor-poradores, está acelerando aimplantação destas moradias,que implicam em providênci-as mais simples que num pro-jeto hospitalar. Pensa-se emesquemas que possam con-ciliar com as possibilidadesfinanceiras destas popula-ções, que são diferenciadas,inclusive mantendo entendi-mentos com outras organiza-ções assistenciais da comu-nidade.

São necessidades da po-pulação que ainda estão pre-cariamente atendidas, mesmoem São Paulo, mas as expe-riências que estão sendo acu-muladas proporcionam co-nhecimentos técnicos indis-pensáveis para um bomequacionamento atualizado.Tudo indica que se deve con-tar com muitas alternativas,que possam ser escolhidaspelos seus usuários, dentrodas possibilidades de cadaum.

Paulo Yokota é economista e presi-dente do Hospital Santa Cruz

OPINIÃO

Habitações para idosos sadios

HOJE

Filmes japoneses são alternativaspara quem quer fugir do Carnaval

Realizado pelo Centro Cul-tural São Paulo, com apoiocultural deste Consulado Ge-ral e a Fundação Japão, a mos-tra “O Cinema dos Roteiristas”apresenta hoje (sábado), a exi-bição dos filmes japoneses“Contos da Lua Vaga “ (KenjiMizoguchi) e os “Sete Samu-rais” (Akira Kurosawa).

Ás 18h será exibido Con-tos da lua vaga (Ugetsumonogatari, Japão, 1953,P&B, 94min), dirigido porKenji Mizoguchi com roteirode Matsutaro Kawaguchi eYoshikata Yoda. No elenco.Machiko Kyo, Masayuki Mori,Sakae Ozawa, Kinuyo Tana-ka.

Sinopse – Em 1583, du-rante a Guerra Civil Japonesa,um oleiro e seu cunhado via-jam com a família à capital daprovíncia para vender peçasde cerâmica. Lá, um é seduzi-do pelo fantasma de uma damaaristocrática e o outro se tor-na samurai.

Kurosawa – Às 20h é a vezde Os sete samurais(Shichinin no samurai, Ja-pão, 1954, 208min - suporteVHS). Dirigido pelo mestreAkira Kurosawa com roteiro

de Shinobu Hashimoto, AkiraKurosawa e Hideo Oguni, ofilmes traz no elenco TakashiShimura, Toshiro Mifune, Yo-shio Inaba, Seiji Miyaguchi.

Sinopse – No século 16,durante a era Sengoku, quan-do os poderosos samurais deoutrora estavam com os diascontados, pois eram agora des-prezados pelos seus aristocrá-ticos senhores (samurais semmestre eram chamados de“ronin”). Kambei (TakashiShimura), um guerreiro vete-rano sem dinheiro, chega emuma aldeia indefesa que foisaqueada repetidamente porladrões assassinos. Os mora-dores do vilarejo pedem suaajuda, fazendo com queKambei recrute seis outrosronins, que concordam em en-sinar os habitantes como de-vem se defender em troca decomida. Os aldeões dão boas-vindas aos guerreiros e algu-mas relações começam.

O CINEMA DOS ROTEIRISTASONDE: CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

(RUA VERGUEIRO, 1000)ENTRADA FRANCA (OS INGRESSOS DEVEM

SER RETIRADOS UMA HORA ANTES DE CADA

SESSÃO)INFORMAÇÕES:11/ 3277- 3611

Cena de “Os Sete Samurais”, de Kurosawa, que será exibido hoje

DIVULGAÇÃO

Oministro Luiz Fernan-do Furlan, do Desen-volvimento, Indústria e

Comércio Exterior, ao partici-par de uma palestra aos asso-ciados da Câmara de Comér-cio e Indústria Japonesa doBrasil, afirmou sobre a neces-sidade de incrementar parce-rias nos investimentos emações de incentivo à produçãoe ao desenvolvimento entreempresas brasileiras e japone-sas. O evento foi realizado noúltimo dia 20, em São Paulo.

Para o ministro, essa par-ceria com os japoneses é pri-mordial na integração para oséculo 21. Para isso, comoexemplo recente bem-sucedi-do e concreto, citou como re-ferência a experiência daEmbraer que fabrica aerona-ves utilizando asas montadaspela Kawasaki. “Queremosatrair empresas para favore-cer o adensamento das cadei-as. As oportunidades entre oBrasil e o Japão são inúmeras”,ressaltou.

O ministro Furlan comen-tou sobre a possibilidade doaumento das exportações bra-sileiras ao Japão, e que o maisimportante neste processo se-ria o incremento na venda deprodutos com maior valor agre-gado, pois atualmente, as ex-portações brasileiras àquelepaís se constituem basicamen-te por produtos primários. “Nocomércio bilateral o Brasil ex-

porta produtos pobres em va-lor agregado e importa produ-tos ricos em valor agregado.Não é culpa do Japão, é claro.O grande desafio nesse co-mércio seria o Brasil oferecerprodutos de maior valor agre-gado ao Japão”, disse.

Álcool – O álcool começou ater mais mercado há poucosanos, com a preocupação mun-dial em relação ao meio ambi-ente - Protocolo de Kyoto -, esegundo Furlan, trata-se de um

setor que também podeincrementar o comércio bila-teral. Entre os fatores desta-cou a importância que o gover-no federal está dando ao pro-duto como alternativa energé-tica e recuperação nas vendasde veículos movidos pelo álco-ol, principalmente agora, como lançamento do veículobicombustível e a nova tecno-logia desenvolvida, chamadacélula combustível, geradaatravés de energia, que daquia alguns anos poderá substituir

RELAÇÕES BILATERAIS

Ministro Furlan destaca parcerias comos japoneses em encontro na Câmara

o tradicional motor.O ministro lembrou que o

Japão em 2010 adotaria o ál-cool etanol na sua matriz ener-gética. Recentemente, a notí-cia de que o Japão está banin-do da gasolina o aditivoMTBE, considerado forte po-luente, abriu caminho para, apartir do ano que vem, mistu-rar 5% de etanol como novoaditivo, possibilitando ao Bra-sil ser o maior exportador deálcool do mundo. Neste possí-vel cenário, os empresários ja-poneses demonstraram preo-cupação quanto a ocorrênciado desequilíbrio entre a ofertae a demanda, principalmentena época da entressafra dacana-de-açúcar. Outras áreaspromissoras de parceriaelencadas pelo ministro forama fitoterápica, cosméticos,eletroeletrônicos, medicamen-tos, telecomunicações esoftware.

No evento, que reuniuaproximadamente 150 pesso-as, estavam presentes o em-baixador do Japão no Brasil,Takahiko Horimura, o presiden-te da Câmara, Makoto Tana-ka, o cônsul-geral do Japão emSão Paulo, Masuo Nishibaya-shi, conselheiros e demaismembros da diretoria executi-va da entidade.

(fonte: site da Câmara deComércio e Indústria Japo-nesa do Brasil)

O presidente da Câmara Makoto Tanaka e o ministro Furlan

DIVULGAÇÃO

O Museu Histórico da Imi-gração Japonesa no Brasil e aComissão de Jovens do Bun-kyo promovem, entre os dias4 de março e 13 de maio, comaulas sempre aos sábados, oCurso de Literatura Japonesa– A Cultura Japonesa atravésdos Textos.

O curso foi criado com ointuito de, através de textos degrandes autores da literaturajaponesa, apresentar diversasfacetas da cultura nipônica. Oseu formato é de um ciclo deestudos, em que a cada aula éenfocado um texto, em portu-guês, fornecido aos alunos na

aula anterior. Escritores comoKawabata Yasunari, RyonosukeAkutagawa, Jun´ichiro Tanizaki,Nagai Kafu e Ueda Kinari se-rão temas do curso. Está pro-gramada ainda a exibição dofilme Rashomon, baseado emdois contos de Akutagawa e di-rigido por Akira Kurosawa.

As aulas serão ministradaspor Claudia Acorinte e MinaIsotani, mestrandas do cursode literatura japonesa da Uni-versidade de São Paulo. Ocurso é uma realização con-junta entre o Museu Históricoda Imigração Japonesa noBrasil e a Comissão de Jovens

LITERATURA JAPONESA

MHIJB e Comissão de Jovens do Bunkyo promovem cursodo Bunkyo. No ano passado,essa mesma parceria tevecomo resultado o Curso de In-trodução à História da Imigra-ção Japonesa no Brasil e o ICiclo de Palestras, Filmes eDebates do MHIJB.

A abertura do Curso de Li-teratura Japonesa – A CulturaJaponesa através dos Textose a apresentação da programa-ção detalhada serão realizadasno próximo sábado (4), às15h30, no Bunkyo (SociedadeBrasileira de Cultura Japone-sa). A partir do dia 11 de março,sábado, as aulas acontecemdas 14 às 17h.

CURSO DE LITERATURA JAPONESA – ACULTURA JAPONESA ATRAVÉS DOS TEXTOS

QUANDO: DE 4 DE MARÇO A 13 DE

MAIO (SEMPRE AOS SÁBADOS)HORÁRIOS: ABERTURA E APRESENTAÇÃO

DA PROGRAMAÇÃO: 4 DE MARÇO, ÀS

15H30; DEMAIS AULAS, ÀS 14 HORAS

ONDE: BUNKYO (RUA SÃO JOAQUIM,381 - SALA 14, LIBERDADE)TAXA: R$ 30,00 PARA O PÚBLICO EM

GERAL E R$ 25,00 PARA OS VOLUNTÁRIOS

DA COMISSÃO DE JOVENS E EX-ALUNOS

DOS CURSOS ANTERIORES

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES PELO E-MAIL:[email protected]

(PAGAMENTO À VISTA E EM DINHEIRO NO

ATO DA MATRÍCULA)

EXPOSIÇÃO

Templos e maquetes japoneses estão no Shopping Penha até o dia 2O Shopping Penha apre-

senta até o dia 2 de março naPraça de Eventos, a Exposi-ção Cultural do Japão, mostraque conta com maquetes decastelos e templos japoneses,objetos representando os 12signos japoneses e miniaturasde profissões tradicionaiscomo juiz de sumô, sacerdotexintoísta e marceneiro.

Destaque para os templosjaponeses, símbolos da culturae da identidade nacional. Alémdo aspecto religioso, eles sãopontos turísticos importantes,pois revelam toda a riqueza daarquitetura e arte japonesas.

A maquete do Kinkakuji, ouPavilhão Dourado, localizadona província de Kyoto, retrata

o requinte dos nobres dos tem-pos feudais. Com suas pare-des folheadas a ouro, o templo

Mostra apresenta objetos representando so 12 signos japoneses

DIVULGAÇÃO

foi construído em 1397 a man-do do nobre samuraiYoshiumitsu Ashikaga e

reconstruído em 1955, depoisde um incêndio provocado porum monge que o consideravaostensivo demais.

Outro templo, o Yakushiji,é o resultado de um voto feitopelo Imperador Tenmu, no anode 680, pela recuperação dasaúde de sua esposa. Levoudez anos para ser totalmenteconstruído.

A Exposição Cultural doJapão fica aberta até o dia 2de março, das 10 às 22 horas,na Praça de Eventos doShopping. Entrada Franca. OShopping Penha fica na RuaDr. João Ribeiro, 304, no cen-tro do bairro da Penha. Tele-fone 6942-8222.

www.shoppingpenha.com.br

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4 jornal do nikkey 25 de fevereiro de 2006

P A N O R A M AFotos: Marcus Kiyohide Iizuka

ANTES – Vista do Largo da Pólvora para a Praça da Liberdade. O bairro antes se chamavaBairro da Pólvora. Foto de 1942...

E DEPOIS – ... Vista em 02/2006 em direção à Praça da Liberdade. A construção daRadial Leste afetou e descaracterizou o bairro e o entorno em questões urbanísticas

Depois de quase um ano, a Prefeitura de Santo André liberou a verba e começaram as obras na Casa do Olhar Luiz Sacilloto

A foto inspirada na arte da Casa do Olhar, um dos mais importantes e atuantes equipamentos culturais de Santo André

Uma intervenção artísitica marcou o inícioda reforma: o grafiteiro Melin (acima)...

... e o também grafiteiro Tota participaramdas atividades no dia 18, que reuniu...

... a empolgada aluna da Casa do OlharTereza Nakamura Takagui

Zeca Del Bueno, um dos participantes do evento culturalposa nas asas de um cartaz e....

...a sua obra exposta no mural

A gravadora Lourdes Sakotani também participou daintervenção artística nos tapumes da obra

O poeta Zhô Bertholini posa na poesia concreta em um murode madeira...

... e cenas curiosas com muita interação do desenho com oser humano chamaram a atenção do público