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jornal do nikkeySÃO PAULO, 25 DE FEVEREIRO DE 2006

1. Caracterização

O tão decantado acidente do trabalho en-contra-se legal e juridicamente caracterizadono artigo 19, da Lei nº 8.213/91. De sua leitu-ra, destacam-se cinco elementos permissivosde sua configuração: a) o acidente do traba-lho decorre do exercício do trabalho (traba-lhadores empregados ou segurados especiais);b) tem por conseqüência lesão corporal ou per-turbação funcional; c) ocorrência das contin-gências morte, ou perda ou redução da capa-cidade para o trabalho; d) que tal incapacida-de seja permanente ou temporária; e) nexode causalidade entre a contingência e o tra-balho exercido.

Esclareça-se, de plano, para melhor acla-rar o cunho protetivo dos desdobramentosoriundos do acidente, que é cláusula implícitado contrato de trabalho o dever do emprega-dor de garantir a integridade psico-física dotrabalhador, cuidando por medidas individuaise coletivas de proteção deste último, promo-

ção de cursos e informações amiúde acercados serviços a executar e produtos a serem ma-nipulados, instrução e uso dos materiais de pro-teção.

Permite-se dizer que o acidente do trabalhoperfaz-se gênero, do qual são espécimes o aci-dente-tipo, a doença profissional e a doença dotrabalho.

Perfunctoriamente, acidente-tipo é aqueleem que o infortúnio se verifica sumariamente,de uma só vez, de forma instantânea, tal qualuma ocorrência marcial em que o empregadoperde a mão ou os dedos em uma prensa des-provida de anteparo.

A doença profissional, como reza o inciso I,artigo 20, da Lei nº 8.213/91, é produzida oudesencadeada pelo exercício de trabalho pe-culiar a determinada atividade. Diz respeito,pois, à profissão exercida pelo indivíduo, mani-festando-se de forma paulatina, por vezes im-perceptível, como o caso da lesão por esforçosrepetitivos (LER) e o distúrbio osteomuscularrelacionado ao trabalho (DORT). Frise-se quea doença profissional deve assim restar listadaoficialmente (Decreto nº 3.048/99, Anexo II).

Já a doença do trabalho, de idêntica formaao anteriormente dito acerca da doença profis-sional, dá-se por atos contínuos, em forma pro-gressiva. Contudo, não decorre da peculiarida-de da profissão exercida, mas sim por condi-ções especiais em que o trabalho é realizado,como o meio-ambiente laborativo em que seencontram agentes agressivos. Demanda tam-bém a observância do Anexo II, do Decreto nº3.048/99.

A Previdência Social deverá ainda conside-rar acidente do trabalho, em caráter excepcio-nal, a doença resultante de condições especi-ais em que o trabalho é executado, e que comele se relacionem diretamente, mesmo que não

esteja o malsinado infortúnio incluído na rela-ção oficial supramencionada.

O artigo 21 da lei regente dos planos debenefícios assegurados pela Previdência Soci-al (Lei nº 8.213/91), incisos I a IV e alíneas,preceitua a moldura abstrata daquilo que se devetomar como acidente do trabalho por equipara-ção, ou, no dizer de Sérgio Pinto Martins, “cau-salidade indireta”1.

O inciso I corporifica a denominada teoriada concausalidade. Por sua letra, equipara-sea acidente do trabalho:

“o acidente ligado ao trabalho que, em-bora não tenha sido a causa única, hajacontribuído diretamente para a morte dosegurado, para redução ou perda de suacapacidade para o trabalho, ou produzidolesão que exija atenção médica para a suarecuperação”.

De acordo com a teoria das concausas, den-tro do nexo de causalidade, o acidente de tra-balho pode não ser a causa única da incapaci-dade, devido a existência anterior, concomitanteou posterior da concausa. Afigure-se os seguin-tes exemplos:

a) concausa preexistente ou anterior: traba-lhador que já se submeteu a cirurgia de ponte-de-safena, e que, por erguer elevados pesos emsua atividade, fica incapacitado para a mesma;

b) concausa concomitante: trabalhador comvertigem de altura que vem a se acidentarlaborando em elevadiço;

c) concausa superveniente ou posterior: tra-balhador que sofreu corte com objeto enferru-jado no trabalho, adquirindo posteriormente té-tano, doença que lhe torna inepto temporaria-mente para seus misteres.

A indigitada teoria funda-se, assim, nobinômio “causa-concausa”.

Equipara-se ainda a acidente do trabalho oacidente sofrido pelo segurado no local e nohorário de trabalho, em conseqüência de: a) atode agressão, sabotagem ou terrorismo pratica-do por terceiro ou companheiro de trabalho; b)ofensa física intencional, inclusive de terceiro,por motivo de disputa relacionada ao trabalho;c) ato de imprudência, de negligência ou deimperícia de terceiro ou de companheiro de tra-balho; d) ato de pessoa privada do uso da ra-zão; e) desabamento, inundação, incêndio eoutros casos fortuitos ou decorrentes de forçamaior (art. 21, II, da Lei nº 8.213/91).

Bem assim, a doença proveniente de con-taminação acidental do empregado no exercí-cio de sua atividade, e os acidentes de trajeto,ainda que sofridos pelo segurado fora do locale horário de trabalho, mas na prestação deserviços à ordem da empregadora ou no tra-jeto para seu estabelecimento, equiparam-sea acidente do trabalho (v. incisos III e IV, “a”a “d”, do artigo 21).

Destarte, assim demonstrados, ainda queem perfunctória análise, os elementosensejadores à caracterização do acidente, as-sentadas as hipóteses legais de sua verifica-ção, insta-se um abreviado relato acerca daacepção negativa do acidente do trabalho, qualseja, as situações que não se desnudamadjetivadas como acidente do trabalho.

Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

Integrante do Harada Advogados [email protected]

Com colaboração de Diógenes Brito Tavares

1 Martins, Sérgio Pinto. Direito da Seguridade Social,21ª edição. São Paulo: Atlas, 2004, pg. 434.

Do acidente do trabalhoe suas principaisimplicações

Integrante do GrupoEspecial das escolasde samba do Rio de

Janeiro, a G.R.E.S. Uni-dos do Porto da Pedraabrirá o segundo dia dedesfiles do Carnaval daCidade Maravilhosa nasegunda-feira, a partirdas 21 horas. E com oenredo “Bendita és tuentre as mulheres doBrasil” homenageia a“beleza real” das mulhe-res. Diversos nomes fo-ram lembrados, dentreos quais da joalheiraRosa Okubo, falecidaaos 102 anos em 18 dejunho de 1995.

“Quando identifica-mos, tivemos o prazerde conhecer o Mario[Massao, seu neto] mais deperto e reconhecer a senhoraRosa Okubo, que contribuiumuito com o Brasil e foi a pri-meira mulher na década de 50que pisou e fez negócios naBolsa de Valores”, afirma An-dré Videira, coordenador derelacionamento empresarial ede comunidade da escola. “EmSão Paulo ela é um marco bemcomo em nível de Brasil, porter introduzido a pedra cultiva-da no ramo de joalherias. Elaadotou o Brasil como pátria,contribuindo eternamente naárea de beleza, quebrando ta-bus e passando por cima deresistências culturais”, com-plementa.

Do lado da família, Massaoficou lisonjeado com a lem-brança e não pensou duas ve-zes para contribuir com os pre-parativos da agremiação parao desfile. “Eu gosto muito deCarnaval e o do Rio é o marcobrasileiro. Vi que seria umaconsagração popular, porque aobachan já recebeu homena-gens da Câmara Municipal, noâmbito federal e também dogoverno do Japão. Mas a ní-vel popular tem um grande sig-nificado para nós, imigrantes,pois o povo daqui reconhecerisso é algo sensacional.” Pararepresentar a joalheira issei,que transmitia, segundo o neto,“uma imagem glamurosa e

chique”, foi escolhido ummembro da família que subiráno carro-alegórico ao lado deoutras desfilantes que repre-sentarão figuras de destaque,como de Tarsila do Amaral,Anita Malfatti, Maria Quitéria,Chiquinha Gonzaga, dentremuitos outros nomes.

“O desfile começa com acriação do universo, passa porMaria como mãe e seu sofri-mento, contamos sobre a mis-cigenação, pois sem a presen-ça dela não seria possível teressa diversidade. Passamospela cultura com várias artis-tas, as atletas de ouro, o carroGuerreiras do Brasil, um timede parlamentares, os direitosda mulher, que levará questõespolêmicas para gerar discus-são e vamos falar da belezareal”, resume Patrícia Videira,que cuida dos recursos da Por-to para o carnaval. Ela explicaque a importância será em tor-no da mulher do dia-a-dia, nãosó as famosas.

Na quarta ala do segundosetor, 250 pessoas compõem aala Miscigenação, que conta-rá com representantes dos imi-grantes que fazem parte dahistória do País. “Vão ter vá-rios povos que habitaram oBrasil, com sua importância.As pessoas se sentem à von-tade de representar seu povo,que conseguiu mudar a con-

cepção do País”, explicaGilson Nunes, diretor geral deHarmonia da escola. E a co-munidade japonesa não pode-ria ficar de fora. Aliás, é a queconta com maior presença,com 35 casais. Todo entrarãona avenida vestidos com asroupas típicas do país de suasraízes – Arábia, Holanda, Chi-na, Itália, Alemanha e Japão.Deste último, tanto o homemquanto a mulher utilizaçãoquimonos nas cores azul ebranca com a borda em ver-melho.

“Acho que vamos poderfazer um toque diferente e aju-dar a escola, porque japonêsna avenida não é comum echama a atenção. A Porto éuma escola da comunidade desamba autêntico, e todos deSão Gonçalo, em Niterói, apói-am-na e tem orgulho dela. Nahora de entrar na avenida é oque faz a diferença, com gar-ra”, aprova Massao a sétimacolocada de 2005. “É umpreparativo para o centenário,vamos dar as mãos para dig-nificar nossos antepassados”;e Videira se mostra de acordocom a proposta: “Essa relaçãopode ser uma semente a sertrabalhada com outras esco-las”, sugere.

São Paulo - “Deixaremosessa expectativa no ar, talvez

como idéia para o anoque vem ou 2008”, já dizEmerson Nunes, diretorde imprensa e comuni-cação da G.R.C. Esco-la de Samba Leandrode Itaquera, de SãoPaulo. A antepenúltimaescola do sábado, se-gundo dia no Sambódro-mo do Anhembi, terá na21ª ala a Colônia Japo-nesa.

Com o enredo “Apassaragua do sambaorgulhosamente apre-senta festas e tradiçõespaulistas sobre as águasde um Novo Tietê”, aLeandro, da Zona Les-te paulistana, traz “umavisão carnavalesca deuma passarela com

água, e dentro do Rio Tietêvão passar festas e tradiçõesdo calendário cultural do Es-tado”, como a Festa da Uva(de Jundiaí) ou a Festa do Mo-rango (de Atibaia). “Abriremoscom o interior, mostrando fes-tas tradicionais e religiosas eterminamos com as obras doNovo Tietê, financiadas pelobanco japonês [Japan Bank forInternational Cooperation -JBIC].”

Oitava colocada do GrupoEspecial no ano passado, aLeandro entra nessa ala com80 fantasias que terão estam-padas a bandeira do Japãocom o significado de integra-ção das duas nações. De acor-do com Nunes, a idéia do en-redo que homenageia o rio quecorre pela cidade e a lembran-ça aos japoneses foi “mista, dopresidente Leandro AlvesMartins e de AndersonPaulino, que é o carnavalescomais novo, com 27 anos, queestá conosco há cinco”. Pertodo desfile desta madrugada, aescola de samba está confian-te no seu desempenho. “Esta-mos na expectativa de que aLeandro veio para disputar otítulo; investimento tem e que-remos conclamar a comunida-de que não estará desfilandopara que vote na Leandro, quefará uma justa homenagem”,finaliza.

CARNAVAL 2006

Escolas do Rio e de São Paulo lembram acomunidade japonesa no Grupo Especial

Entre os dias 14 e 17 demarço acontece, em Tóquio,uma das maiores feiras de ali-mento da Ásia, a Foodex Ja-pan – Feira Internacional deAlimentos e Bebidas. Pela sex-ta vez participando da Feira,este ano o Brasil será repre-sentado por cerca de 30 indús-trias, que contam com o apoioda Apex-Brasil.

O evento será realizado no

Centro de Convenções Maku-hari Messe, em Chiba, e contacom a participação de 2.300empresas expositoras. A ex-pectativa dos organizadores éreceber mais de 90 mil visitan-tes dos cinco continentes. Em2005, a feira recebeu 2.262expositores, vindos de 76 paí-ses, que apresentaram seusprodutos a 92.442 profissionaisda indústria da alimentação.

NEGÓCIOS

Empresas brasileiras participamde feira de alimentos no Japão

A Associação Santo Agos-tinho (ASA), entidade sem finslucrativos e que, entre outrasentidades mantém o Lar paraIdosos “Santo Alberto”, foi con-templada pelo Programa de As-sistência para Projetos Comu-nitários concedido pelo gover-no japonês. A cerimônia de as-sinatura de contrato de doação,no valor de US$ 93.153, 00, foirealizada no último dia 22, noConsulado Geral do Japão emSão Paulo, com as presençasda presidente da ASA, Maria

Inês de Paula Eduardo, e o côn-sul geral do Japão, Masuo Ni-shibayashi.

Com a cooperação do Japão,a entidade, que atende cerca de2 mil pessoas nas creches, re-cantos para jovens, lar para ido-sos e cursos profissionalizantes,realizará a reforma do prédio daentidade e irá adquirir equipa-mentos industriais como máqui-na de lavar, secadora e calandra,possibilitando uma melhoria noambiente e no atendimento aosidosos do lar.

PROJETOS COMUNITÁRIOS

Associação Santo Agostinhorecebe doação do governo japonês

A carioca Porto da Pedra realizou ensaio em São Paulo para a ala Miscigenação

JORNAL DO NIKKEY

Como abertura do 2º Festi-val Internacional de CantoresAmadores da Música Japone-sa, promovido pela Nak doBrasil (Nihon Amatyua kayoRenmei do Brasil), acontecehoje no Hakka Plaza uma tar-de de palestras com japonesesespecializados em música.

A partir das 16h, falará oprofessor Ryotaro Konishi, jor-nalista e crítico musical, tam-bém produtor de cantores pro-fissionais como Itsuki Hiroshim,Nakamura Mitsuko e de reve-lações como Nagai Yuuko. De-pois, será a vez do professorShohei Mozu, conhecido com-positor de letras, que tem entrealguns sucessos “HagureKokiriko”, “Hanamati no haha”e “Tsuru no Maihashi”.

Ambos são jurados da Nakmatriz e aproveitam a raraoportunidade da passagempelo Brasil para encontrar opúblico. Para conferir, a entra-da custa R$ 20,00. “Esperamos

a visitação de muitas pessoas,tanto na palestra como noevento”, diz Wakayo Shida, daNak do Brasil. O festival deamanhã, que tem mais de 500cantores inscritos, será abertoàs 7h30.

“Primeiro faremos o yosen(seleção entre várias catego-rias), para a classificatória doGran Prix.” Os organizadorespedem aos interessados quecompareçam com antecedên-cia, em razão da lotação do sa-lão.

2º FESTIVAL INTERNACIONAL DE

CANTORES AMADORES DA MÚSICA

JAPONESA

QUANDO: PALESTRAS HOJE, ÀS 16H;FESTIVAL AMANHÃ, A PARTIR DAS 7H30ONDE: HAKKA PLAZA (SALÃO DO 2ºANDAR), RUA SÃO JOAQUIM, 460,LIBERDADE

ENTRADA: R$ 20,00 (PALESTRAS) EGRATUITA AMANHÃ

INFORMAÇÕES: 11/2275-8277 OU

9131-1470

KARAOKÊ

Nak promove palestras hoje efestival de cantores amanhã

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2 jornal do nikkey 25 de fevereiro de 2006

Opsiquiatra e escritorIçami Tiba traz aomercado mais uma

publicação para a educaçãodos filhos dentro de casa. ApósAdolescente: Quem ama,educa, lançado no ano passa-do e que já está em sua 25ªedição, Disciplina: Limite namedida certa (Integrare Edi-tora, 224 pág, R$ 33,90) jápode ser encontrado nas livra-rias, totalmente atualizado erevisado.

“É quase um livro novo,com muitas modificações. Éuma reorganização, pois a idéiabásica está sendo evoluída eresolvi fazer essareformulação”, disse Tiba ementrevista ao Jornal doNikkey. O lançamento do li-vro foi na terça-feira da sema-na passada, e no último dia 16o psiquiatra embarcou a SãoFrancisco, onde participa atéo dia 6 de março de reuniõesda Associação Internacionalde Psicoterapia de Grupo(IAGP), uma instituição inter-nacional que conta compsicoterapeutas de 17 países.

Na volta, já se prepara paraa Bienal Internacional do Li-vro de São Paulo, que ocorreentre os dias 9 e 19 de março.Lá irá lançar mais outra publi-cação: o Ensinar aprenden-do: novos paradigmas, queagora ganha o selo da atual edi-tora, a Integrare.

Em Disciplina, Içami Tibadestaca que a nova geraçãodos filhos mudou muito de dezanos para cá, o que acarretou

numa “atrapalhada” educaçãodos pais. “Eles não sabem nemo que fazer com as crianças.Os adultos viram marionetesnas suas mãos”, diz, mencio-nando que os pais “modernos”não gostam de contrariar seusfilhos, querem poupá-los, e énesse momento que se acha oerro. Segundo sua teoria, émuito importante estabelecerlimites bem cedo e de maneiraclara.

No limite - No livro, divididoem três partes (“Limites e dis-ciplina na família”, “Limites edisciplina na escola” e “Dele-

EDUCAÇÃO EM CASA

Para Içami Tiba, pais devem terautoridade e não permissividade

gar à escola a educação dosfilhos”), ele enfoca várias ques-tões que caminham para “for-mar pessoas que vão pegar pro-fissões”. “A adolescência hojeé bem diferente da de antes, eeles precisam de uma basemuito forte. Disciplina é arcarcom as conseqüências, poisquando falamos em educação,estamos preparando quem vaitomar conta do Brasil”, justifi-ca, falando do embate liberda-de versus responsabilidade.

E é nesse ponto que ele vêa importância da participaçãodos pais na autoridade peran-te os filhos, mas com o lem-

brete de que “não devemospagar em Cruzeiro o que sevende em Real”. Como exem-plo, pode-se citar a evoluçãoda atual geração. Se antes ascrianças brincavam na rua,hoje esses pequenos espertos,conectados à Internet, cedodescobrem as artimanhas datecnologia, ultrapassando ospais no quesito. “As famíliasficaram diferentes e meu inte-resse era mostrar que as pes-soas têm de evoluir, temos denos atualizar e assim, a práti-ca no dia-a-dia se transforma,pois vamos encontrando solu-ções. A cada época o critériode felicidade vai mudando.”

Mas há de se ter um limite.“A primeira geração educouseus filhos de maneira patriar-cal; a segunda, foi massacradapelo autoritarismo dos pais. Natentativa de proporcionar a eleso que nunca tiveram, os pais dasegunda geração acabaramcaindo no extremo oposto daprimeira: a permissividade. Elesestão perdendo autoridade por-que deixam os filhos realizaremseus desejos. E hoje a criançatem autoridade sobre o adulto,mas ela não tem responsabili-dade sobre seu caminho.”

Para isso, sabe que a boaeducação deve prevalecer. “Aidéia do livro é justamente essa,como podemos resolver essaquestão, voltada à formaçãoética”, diz o médico com a ex-periência de mais de 74 milatendimentos a adolescentes esuas famílias em sua clínica.

(Cíntia Yamashiro)

Nas últimas semanas,manchetes estamparam osjornais com notícias de aban-donos e maus tratos aos fi-lhos pequenos. Bebês recém-nascidos encontrados em rio,nas portarias de prédios ouhospitais, mãe que esquentacolher para queimar os filhos,pai que chuta andador esca-da abaixo. Por trás dessashistórias, diversos são os mo-tivos que levam os pais a co-meterem tais atos.

Bem mais do que insani-dade ou falta de informação– e boa formação –, uma dascausas e que atinge a mui-tas mulheres é a depressãopós-parto. Autor de 16 livrospublicados e com mais de 74mil atendimentos realizados,o psiquiatra Içami Tiba falado assunto com delicadeza.“É uma patologia do vínculode relacionamento. A mulheracaba se sentindo incompe-tente; é algo delirante e elaacaba fazendo essas barba-ridades, mas é no sentido deprevenir a criança da loucu-ra da mãe.”

Segundo ele, o “desvio”ocorre por uma série de fa-tores. “É mais por distúrbiodo que por maldade ou po-breza.” A assistente socialAurea Fuziwara, Coordena-dora do Núcleo de Criançae Adolescente do ConselhoRegional de Serviço Social,reforça que esse problemana mãe “é mais de ordempsicológica ou por questãohormonal”. E acrescenta:“Não que justifique, mas temde entender cada caso. Há‘n’ situações, e temos de termuito cuidado, não há comosermos deterministas.”

Atendendo a várias ocor-rências, ela frisa que “a vio-lência doméstica é a queacontece no ambiente famili-ar, e pode ser física, sexual,psicológica e a negligência. Eestá presente em todas asclasses sociais, apenas maisveladas em algumas e expos-tas na população mais pobre,que utiliza a rede pública deserviços, por exemplo”.

Áurea sabe que da mes-ma forma que acompanhacasos tristes de abandono ou

agressões, também vê mo-mentos felizes com as ado-ções. “A criança sendo aco-lhida é um grande avanço, masàs vezes ela precisa de umcuidado especial.” Isso porquepela história que guarda, aquestão da sociabilidade ficacomprometida. “Ela pode terdificuldade de aprendizado naescola e no relacionamentocom amigos. É fundamentalpara a criança se sentir segu-ra, querida e amada”, diz, des-tacando que a visão que tinhados pais, que são um laço desangue, fora distorcida. “E elapode se sentir culpada, mes-mo sendo vítima, pois acha queo adulto sabe das coisas. A in-versão causa confusão na ca-beça dela.”

Prejuízos - “A maior parte daviolência doméstica queacompanhamos são física epsicológica. Na nossa culturase educa com violência, comoo ‘psicotapa’, só um tapinhanão machuca. A lei do maisforte não vai ajudar a agir me-lhor”, lamenta Áurea. “Nãotem razão disso. A criançaestá num patamar de total de-sigualdade. E a comparaçãotambém, se a mãe diz que oirmão é mais inteligente, maso outro tem um outro ladomais desenvolvido; cada ser

é único e tem de ser respeita-das as diferenças.”

Palavras também devemser bem ditas. A assistente so-cial alerta sobre osxingamentos: “Isso afeta aauto-estima e o bem-estaremocional. Os pais são refe-rência – ou outras pessoas quecuidam – e sempre acham queestão educando da melhor for-ma, mas nosso papel é orien-tar o que acontece com as fa-mílias.” Em vez de castigos fí-sicos, outras saídas podem seradotadas para punir a criança,quando se quer repreendê-la.Tirar passeios, demonstrar quea atitude está errada, explican-do-lhe, mostrar que tudo temum custo e servirá para cres-cer com responsabilidade.

“A criança que cresce apa-nhando gera revolta mais tar-de e se vinga. E ela não vivesó com os pais, mas com asociedade”, diz Içami Tiba.Nem sempre também os pe-quenos são benevolentes. Nonovo livro, Disciplina: Limitena medida certa, o psiquiatraaponta que os pais devem es-tabelecer regras dentro decasa. “O comportamento nãotem limites e é a boa educa-ção que vai saber. O filho temde construir com as própriasmãos o que destruiu. A “tira-nia dos filhos”, como nomeia

Áurea, é também resultadodo descuido dos pais, que sesentem de mãos atadas pornão conseguirem dar-lhesatenção necessária pela fal-ta de tempo e companhia,causada por acúmulo de tra-balho. Fazem parte dos da-dos também casos de filhosde dekasseguis, que são dei-xados com outros parentesquando os pais viajam. E navolta, regularizam a guarda.Mas nem sempre as conse-qüências deixam de causarprejuízos. Há de haver res-peito e coerência dos dois la-dos.

Por trás dos números di-vulgados (veja quadro) hámuitas histórias ocultas, eque devem ser delatadas.“Existem muitos centros es-pecializados de atendimentoe a sociedade deve denunci-ar a suspeita ou ocorrênciaao Conselho Tutelar, que iráverificar a situação e buscarjunto com a família medidasque interrompam o ciclo deviolência. Portanto, todosque estão envolvidos com aviolência precisam receberatendimento especializado.O Conselho Tutelar não faráo atendimento especializado,mas encaminhará aos recur-sos adequados”, recomendaÁurea Fuziwara. (CY)

Violência contra filhos atinge a todas as classes

JORNAL DO NIKKEY

Numa promoção do Ban-co Sudameris/ABN AMRO,ex-América do Sul, foi exibi-do, com legenda em portu-guês, o primeiro capítulo danovela “Haru to Natsu” quetanto interesse causou na co-munidade japonesa pela suatemática: imigração japonesano Brasil. Filmada boa parteno Brasil e com a participa-ção de muitos extras nacio-nais, o diretor Mineyo Satopermaneceu meio ano na re-gião de Campinas, cenário dodrama pungente que fez mui-tos chorarem.

Após a exibição cada as-sistente recebeu um exemplardo livro “Haru to Natsu”, tra-duzido para o português. Oevento foi bem elogiado. Pou-cos possuem tevê por assina-tura dado o preço elevado epor isso muitos não puderam

assistir a novela quando foiexibida pela NHK.

Só foram infelizes o títuloadotado e a tradução que foifeita ao pé da letra. Podia ser,por exemplo, Epopéia dosImigrantes, História da Imi-gração Japonesa no Brasil ououtro qualquer, menos nomesde personagens. Indagadosobre essa questão, o diretorMineo, quando esteve filman-do o documentário sobre aColônia Hirano, em Cafelân-dia, disse que como há muitode ficção na novela, não po-deria colocar no título algo quesugerisse ser algo histórico oubaseado na realidade. Ho-nestidade japonesa. Porquenos filmes americanos é to-talmente o oposto, quando arealidade e a ficção se con-fundem.

(Shigueyuki Yoshikuni)

CIDADES/LINS

‘Haru e Natsu’ lota o Bunkyo

Ossamu Matsuo,vice-presidente do Bunkyo de São Paulo, MárciaArumi e Mário Nagamini (diretores) e Orídio Kiyoshi Shimizu,superintendente do Banco Sudameris/ABN AMRO

SHIGUEYUKI YOSHIKUNI

O serviço de DensitometriaÓssea do Hospital Santa Cruzrealizará de 6 a 17 de março a12ª edição da Campanha dePrevenção da Osteoporose. Aosteoporose (fragilidade dosossos) é uma doença que atin-ge sobretudo mulheres comidade superior a 40 anos, devi-do a alterações metabólico-hormonais. Os pacientes comosteoporose têm maiores ris-cos de sofrerem fraturas emeventuais quedas.

A prevenção é a melhorforma de tratar este mal. Di-agnosticar a osteoporosequando a mesma já está emestágio avançado pouco con-tribui para minorar as suasconseqüências. Equivaleria adiagnosticar a pressão altaquando já tivesse ocorrido oacidente vascular cerebral.

Por isso a campanha tem oobjetivo de detectar a doençaem mulheres com idade acimade 40 anos, a partir de examesde ultra-sonometria óssea.

Os exames são gratuitos,mas devem ser agendados an-tecipadamente pelo telefone11/5539-3631 (de segunda asexta-feira, das 9H às 17h).No dia do exame, que aconte-

SAÚDE

Santa Cruz realiza Campanha dePrevenção da Osteoporose

cerá no Serviço de Densitome-tria Óssea, as pessoas inscri-tas devem apresentar o docu-mento de identidade (RG).Somente serão agendados exa-mes para mulheres com idadeacima de 40 anos.

Como nos anos anteriores,a campanha contará com acolaboração do LaboratórioMerck Sharp & Dohme.

O Hospital Santa Cruz ficana Rua Santa Cruz, 398 (pró-ximo ao Metrô Santa Cruz).PABX: 11/5080-2000.

Doação - No último dia 16,aconteceu no Buffet Colonial,em São Paulo, a posse da novadiretoria da AssociaçãoNikkey de Leões do Brasil,gestão 2006. Diversas perso-nalidades da comunidade nipo-brasileira prestigiaram o even-to, entre eles, o cônsul geral doJapão em São Paulo, MasuoNishibayashi.

Na oportunidade, a associ-ação fez uma doação em di-nheiro ao Hospital Santa Cruz,que esteve representado noevento pelos engenheirosFumio Araki e Carlos Ozawa,superintendentes adjuntos dohospital.

A Associação Nikkey de Leões do Brasil faz doação ao HSC

DIVULGAÇÃO

1956 ~ 200650 anos – Prêmio Paulista de Esporte

‘Disciplina: Limite na medida certa’ foi reorganizado por Tiba

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25 de fevereiro de 2006 jornal do nikkey 3

*PAULO YOKOTA

Numa recente reunião noHospital Santa Cruz, o em-presário Raul Takaki (presi-dente do Jornal do Nikkey)expressou sua abalizada opi-nião que urgia implementar oprojeto de residências paraidosos sadios, nas proximida-des da localização hospitalar.É uma tendência universalque chega ao Brasil, notada-mente entre os nikkeis, cujaidade média é superior à dapopulação brasileira.

São pequenos apartamen-tos ajustados às necessidadesdas populações de terceira equarta idade, com pisos anti-derrapantes, evitando-se es-cadas, dependências para aconvivência social e outrospormenores, que facilitem avida dos seus ocupantes, etenha assegurado o fácilacesso aos serviços médico-hospitalares usuais, não inclu-indo necessariamente os seuscustos.

Existem muitos modelosem todo o mundo para estasedificações e alguns exem-plos já estão implantados emSão Paulo e arredores. NoJapão existem milhares des-tes edifícios, normalmente nasregiões onde os hábitos dosmoradores possam ser pre-servados, como de compras,lazer, atividades físicas. Es-

tas populações prezam a sualiberdade de locomoção, e aproximidade dos sistemas demetrô é importante. Na Eu-ropa e nos Estados Unidosapresentam caracteristicasajustadas aos hábitos de vidade suas populações.

O Hospital Santa Cruz,em entendimento com incor-poradores, está acelerando aimplantação destas moradias,que implicam em providênci-as mais simples que num pro-jeto hospitalar. Pensa-se emesquemas que possam con-ciliar com as possibilidadesfinanceiras destas popula-ções, que são diferenciadas,inclusive mantendo entendi-mentos com outras organiza-ções assistenciais da comu-nidade.

São necessidades da po-pulação que ainda estão pre-cariamente atendidas, mesmoem São Paulo, mas as expe-riências que estão sendo acu-muladas proporcionam co-nhecimentos técnicos indis-pensáveis para um bomequacionamento atualizado.Tudo indica que se deve con-tar com muitas alternativas,que possam ser escolhidaspelos seus usuários, dentrodas possibilidades de cadaum.

Paulo Yokota é economista e presi-dente do Hospital Santa Cruz

OPINIÃO

Habitações para idosos sadios

HOJE

Filmes japoneses são alternativaspara quem quer fugir do Carnaval

Realizado pelo Centro Cul-tural São Paulo, com apoiocultural deste Consulado Ge-ral e a Fundação Japão, a mos-tra “O Cinema dos Roteiristas”apresenta hoje (sábado), a exi-bição dos filmes japoneses“Contos da Lua Vaga “ (KenjiMizoguchi) e os “Sete Samu-rais” (Akira Kurosawa).

Ás 18h será exibido Con-tos da lua vaga (Ugetsumonogatari, Japão, 1953,P&B, 94min), dirigido porKenji Mizoguchi com roteirode Matsutaro Kawaguchi eYoshikata Yoda. No elenco.Machiko Kyo, Masayuki Mori,Sakae Ozawa, Kinuyo Tana-ka.

Sinopse – Em 1583, du-rante a Guerra Civil Japonesa,um oleiro e seu cunhado via-jam com a família à capital daprovíncia para vender peçasde cerâmica. Lá, um é seduzi-do pelo fantasma de uma damaaristocrática e o outro se tor-na samurai.

Kurosawa – Às 20h é a vezde Os sete samurais(Shichinin no samurai, Ja-pão, 1954, 208min - suporteVHS). Dirigido pelo mestreAkira Kurosawa com roteiro

de Shinobu Hashimoto, AkiraKurosawa e Hideo Oguni, ofilmes traz no elenco TakashiShimura, Toshiro Mifune, Yo-shio Inaba, Seiji Miyaguchi.

Sinopse – No século 16,durante a era Sengoku, quan-do os poderosos samurais deoutrora estavam com os diascontados, pois eram agora des-prezados pelos seus aristocrá-ticos senhores (samurais semmestre eram chamados de“ronin”). Kambei (TakashiShimura), um guerreiro vete-rano sem dinheiro, chega emuma aldeia indefesa que foisaqueada repetidamente porladrões assassinos. Os mora-dores do vilarejo pedem suaajuda, fazendo com queKambei recrute seis outrosronins, que concordam em en-sinar os habitantes como de-vem se defender em troca decomida. Os aldeões dão boas-vindas aos guerreiros e algu-mas relações começam.

O CINEMA DOS ROTEIRISTASONDE: CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

(RUA VERGUEIRO, 1000)ENTRADA FRANCA (OS INGRESSOS DEVEM

SER RETIRADOS UMA HORA ANTES DE CADA

SESSÃO)INFORMAÇÕES:11/ 3277- 3611

Cena de “Os Sete Samurais”, de Kurosawa, que será exibido hoje

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Oministro Luiz Fernan-do Furlan, do Desen-volvimento, Indústria e

Comércio Exterior, ao partici-par de uma palestra aos asso-ciados da Câmara de Comér-cio e Indústria Japonesa doBrasil, afirmou sobre a neces-sidade de incrementar parce-rias nos investimentos emações de incentivo à produçãoe ao desenvolvimento entreempresas brasileiras e japone-sas. O evento foi realizado noúltimo dia 20, em São Paulo.

Para o ministro, essa par-ceria com os japoneses é pri-mordial na integração para oséculo 21. Para isso, comoexemplo recente bem-sucedi-do e concreto, citou como re-ferência a experiência daEmbraer que fabrica aerona-ves utilizando asas montadaspela Kawasaki. “Queremosatrair empresas para favore-cer o adensamento das cadei-as. As oportunidades entre oBrasil e o Japão são inúmeras”,ressaltou.

O ministro Furlan comen-tou sobre a possibilidade doaumento das exportações bra-sileiras ao Japão, e que o maisimportante neste processo se-ria o incremento na venda deprodutos com maior valor agre-gado, pois atualmente, as ex-portações brasileiras àquelepaís se constituem basicamen-te por produtos primários. “Nocomércio bilateral o Brasil ex-

porta produtos pobres em va-lor agregado e importa produ-tos ricos em valor agregado.Não é culpa do Japão, é claro.O grande desafio nesse co-mércio seria o Brasil oferecerprodutos de maior valor agre-gado ao Japão”, disse.

Álcool – O álcool começou ater mais mercado há poucosanos, com a preocupação mun-dial em relação ao meio ambi-ente - Protocolo de Kyoto -, esegundo Furlan, trata-se de um

setor que também podeincrementar o comércio bila-teral. Entre os fatores desta-cou a importância que o gover-no federal está dando ao pro-duto como alternativa energé-tica e recuperação nas vendasde veículos movidos pelo álco-ol, principalmente agora, como lançamento do veículobicombustível e a nova tecno-logia desenvolvida, chamadacélula combustível, geradaatravés de energia, que daquia alguns anos poderá substituir

RELAÇÕES BILATERAIS

Ministro Furlan destaca parcerias comos japoneses em encontro na Câmara

o tradicional motor.O ministro lembrou que o

Japão em 2010 adotaria o ál-cool etanol na sua matriz ener-gética. Recentemente, a notí-cia de que o Japão está banin-do da gasolina o aditivoMTBE, considerado forte po-luente, abriu caminho para, apartir do ano que vem, mistu-rar 5% de etanol como novoaditivo, possibilitando ao Bra-sil ser o maior exportador deálcool do mundo. Neste possí-vel cenário, os empresários ja-poneses demonstraram preo-cupação quanto a ocorrênciado desequilíbrio entre a ofertae a demanda, principalmentena época da entressafra dacana-de-açúcar. Outras áreaspromissoras de parceriaelencadas pelo ministro forama fitoterápica, cosméticos,eletroeletrônicos, medicamen-tos, telecomunicações esoftware.

No evento, que reuniuaproximadamente 150 pesso-as, estavam presentes o em-baixador do Japão no Brasil,Takahiko Horimura, o presiden-te da Câmara, Makoto Tana-ka, o cônsul-geral do Japão emSão Paulo, Masuo Nishibaya-shi, conselheiros e demaismembros da diretoria executi-va da entidade.

(fonte: site da Câmara deComércio e Indústria Japo-nesa do Brasil)

O presidente da Câmara Makoto Tanaka e o ministro Furlan

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O Museu Histórico da Imi-gração Japonesa no Brasil e aComissão de Jovens do Bun-kyo promovem, entre os dias4 de março e 13 de maio, comaulas sempre aos sábados, oCurso de Literatura Japonesa– A Cultura Japonesa atravésdos Textos.

O curso foi criado com ointuito de, através de textos degrandes autores da literaturajaponesa, apresentar diversasfacetas da cultura nipônica. Oseu formato é de um ciclo deestudos, em que a cada aula éenfocado um texto, em portu-guês, fornecido aos alunos na

aula anterior. Escritores comoKawabata Yasunari, RyonosukeAkutagawa, Jun´ichiro Tanizaki,Nagai Kafu e Ueda Kinari se-rão temas do curso. Está pro-gramada ainda a exibição dofilme Rashomon, baseado emdois contos de Akutagawa e di-rigido por Akira Kurosawa.

As aulas serão ministradaspor Claudia Acorinte e MinaIsotani, mestrandas do cursode literatura japonesa da Uni-versidade de São Paulo. Ocurso é uma realização con-junta entre o Museu Históricoda Imigração Japonesa noBrasil e a Comissão de Jovens

LITERATURA JAPONESA

MHIJB e Comissão de Jovens do Bunkyo promovem cursodo Bunkyo. No ano passado,essa mesma parceria tevecomo resultado o Curso de In-trodução à História da Imigra-ção Japonesa no Brasil e o ICiclo de Palestras, Filmes eDebates do MHIJB.

A abertura do Curso de Li-teratura Japonesa – A CulturaJaponesa através dos Textose a apresentação da programa-ção detalhada serão realizadasno próximo sábado (4), às15h30, no Bunkyo (SociedadeBrasileira de Cultura Japone-sa). A partir do dia 11 de março,sábado, as aulas acontecemdas 14 às 17h.

CURSO DE LITERATURA JAPONESA – ACULTURA JAPONESA ATRAVÉS DOS TEXTOS

QUANDO: DE 4 DE MARÇO A 13 DE

MAIO (SEMPRE AOS SÁBADOS)HORÁRIOS: ABERTURA E APRESENTAÇÃO

DA PROGRAMAÇÃO: 4 DE MARÇO, ÀS

15H30; DEMAIS AULAS, ÀS 14 HORAS

ONDE: BUNKYO (RUA SÃO JOAQUIM,381 - SALA 14, LIBERDADE)TAXA: R$ 30,00 PARA O PÚBLICO EM

GERAL E R$ 25,00 PARA OS VOLUNTÁRIOS

DA COMISSÃO DE JOVENS E EX-ALUNOS

DOS CURSOS ANTERIORES

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES PELO E-MAIL:[email protected]

(PAGAMENTO À VISTA E EM DINHEIRO NO

ATO DA MATRÍCULA)

EXPOSIÇÃO

Templos e maquetes japoneses estão no Shopping Penha até o dia 2O Shopping Penha apre-

senta até o dia 2 de março naPraça de Eventos, a Exposi-ção Cultural do Japão, mostraque conta com maquetes decastelos e templos japoneses,objetos representando os 12signos japoneses e miniaturasde profissões tradicionaiscomo juiz de sumô, sacerdotexintoísta e marceneiro.

Destaque para os templosjaponeses, símbolos da culturae da identidade nacional. Alémdo aspecto religioso, eles sãopontos turísticos importantes,pois revelam toda a riqueza daarquitetura e arte japonesas.

A maquete do Kinkakuji, ouPavilhão Dourado, localizadona província de Kyoto, retrata

o requinte dos nobres dos tem-pos feudais. Com suas pare-des folheadas a ouro, o templo

Mostra apresenta objetos representando so 12 signos japoneses

DIVULGAÇÃO

foi construído em 1397 a man-do do nobre samuraiYoshiumitsu Ashikaga e

reconstruído em 1955, depoisde um incêndio provocado porum monge que o consideravaostensivo demais.

Outro templo, o Yakushiji,é o resultado de um voto feitopelo Imperador Tenmu, no anode 680, pela recuperação dasaúde de sua esposa. Levoudez anos para ser totalmenteconstruído.

A Exposição Cultural doJapão fica aberta até o dia 2de março, das 10 às 22 horas,na Praça de Eventos doShopping. Entrada Franca. OShopping Penha fica na RuaDr. João Ribeiro, 304, no cen-tro do bairro da Penha. Tele-fone 6942-8222.

www.shoppingpenha.com.br

Page 4: jornal do nikkey - Jornal Nippakção de cursos e informações amiúde acerca dos serviços a executar e produtos a serem ma-nipulados, instrução e uso dos materiais de pro-teção

4 jornal do nikkey 25 de fevereiro de 2006

P A N O R A M AFotos: Marcus Kiyohide Iizuka

ANTES – Vista do Largo da Pólvora para a Praça da Liberdade. O bairro antes se chamavaBairro da Pólvora. Foto de 1942...

E DEPOIS – ... Vista em 02/2006 em direção à Praça da Liberdade. A construção daRadial Leste afetou e descaracterizou o bairro e o entorno em questões urbanísticas

Depois de quase um ano, a Prefeitura de Santo André liberou a verba e começaram as obras na Casa do Olhar Luiz Sacilloto

A foto inspirada na arte da Casa do Olhar, um dos mais importantes e atuantes equipamentos culturais de Santo André

Uma intervenção artísitica marcou o inícioda reforma: o grafiteiro Melin (acima)...

... e o também grafiteiro Tota participaramdas atividades no dia 18, que reuniu...

... a empolgada aluna da Casa do OlharTereza Nakamura Takagui

Zeca Del Bueno, um dos participantes do evento culturalposa nas asas de um cartaz e....

...a sua obra exposta no mural

A gravadora Lourdes Sakotani também participou daintervenção artística nos tapumes da obra

O poeta Zhô Bertholini posa na poesia concreta em um murode madeira...

... e cenas curiosas com muita interação do desenho com oser humano chamaram a atenção do público


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