jornal do bairro ilha do governador - edição nº 19

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lha Número 19 | Abril - 2015 www.jbilha.com.br Distribuição gratuíta /jbilha 97375-5885 JORNAL DO Terreno abandonado traz transtornos para moradores do Galeão Caos atrás do Ilha Plaza está aumentando VIOLÊNCIA PREOCUPA INSULANOS Acúmulo de lixo e de viciados em droga preocupa os moradores, que estão há me- ses sofrendo com esse descaso Página 5 Nos últimos meses, o ambiente bagunçado e sem controle está incomodando quem convive no local . Página 3 As duas faces da Ilha Página 6 EXPERIENTE, O FISICULTURISTA JORLAN VIEIRA ESTÁ FOCADO PARA O ARNOLD CLASSIC, EM MAIO, NO RIO Com larga experiência nas mais diversas competições de fisiculturismo, o atleta vai defender mais um importante título de sua carreira. Página 10

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Jornal do Bairro Ilha do Governador - Edição nº 19

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Page 1: Jornal do Bairro Ilha do Governador - Edição nº 19

lhaNúmero 19 | Abril - 2015www.jbilha.com.br Distribuição gratuíta/jbilha 97375-5885

JORNAL DO

Terreno abandonado traz transtornos para moradores do Galeão

Caos atrás do Ilha Plaza está aumentando

VIOLÊNCIA PREOCUPAINSULANOS

Acúmulo de lixo e de viciados em droga preocupa os moradores, que estão há me-ses sofrendo com esse descaso Página 5

Nos últimos meses, o ambiente bagunçado e sem controle está incomodando quem convive no local . Página 3

As duas faces da Ilha Página 6

aEXPERIENTE, O FISICULTURISTA JORLAN VIEIRA ESTÁ FOCADO PARA O ARNOLD CLASSIC, EM MAIO, NO RIO Com larga experiência nas mais diversas competições de fi siculturismo, o atleta vai defender mais um importante título de sua carreira. Página 10

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A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou a proposta de emenda à Consti-tuição (PEC) que reduz a maio-ridade penal no Brasil, de 18 para 16 anos. Esse é o primei-ro passo para o andamento da proposta na Casa, no qual os deputados irão avaliar se o tex-to está de acordo com a própria Constituição. A mudança permite que jo-vens com idade acima de 16 anos, que cometerem crimes, possam ser condenados a cum-prir pena numa prisão comum.

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

[email protected]

Trânsito Todos os dias, pela manhã, so-mos obrigados à conviver com o mesmo engarrafamento na Estra-da do Galão, sobretudo, saindo da Ilha. Quando esse problema vai acabar? As autoridades não to-mam providência alguma.

Joaquim Lima

Orla da Freguesia É legal ver a Freguesia re-formada, revitalizada. Embora tenha levado mais tempo do que deveria, as obras deixaram o bairro mais charmoso e isso é muito positivo para a região.

Paulo Camargo

Falta de Ônibus A Ilha precisa de mais linhas de ônibus para Bonsucesso. Acabaram com as vans que saem da Ilha e, agora quem pre-cisa ir até Bonsucesso, precisa fi car esperando muito tempo os poucos ônibus oferecidos pelas empresas. É um absurdo e um descaso com a população.

Ana Paula Souza

O jornaleiro Diogo Solchaga trabalha dentro da Revistaria do Extra, há quase 11 anos, e tem um enorme prazer em receber o público, todos os dias, com bom-humor. Tricolor de coração, Diogo afi rma que o Jornal do Bairro da Ilha do Governador é muito procurado pelos fregue-ses do estabelecimento.

Fiocruz Parabéns para a Fiocruz que está realizando um grande trabalho de prevenção contra a dengue, em Tu-biacanga. O bairro precisava dessa iniciativa e dessa atenção.

Marilza Carvalho

Buracos na Ilha A Ilha está repleta de bura-cos. Quando chove, a situação parece piorar ainda mais. Além de danifi car os carros, coloca em risco quem passa nas ruas, pois pode sofrer algum tipo de queda e se machucar. Todos os bairros da Ilha estão sofrendo com isso.

Viviane Amaral

Hoje, qualquer menor de 18 anos, que comete algum crime, é submetido, no máximo, à in-ternação em estabelecimento educacional. O sentimento de impunida-de e o desejo da população de coibir com rigor a violência foi o combustível para esse pro-jeto, porém, estamos indo na contramão de outros países do mundo, no qual 70% tem a maioridade penal aos 18 anos. Nosso país tem uma das cinco maiores populações carcerá-rias do mundo, então, aqui se prende e muito. O problema é que nosso sistema penitenciá-rio é uma verdadeira escola de crimes. Os números pelo mundo com-provam que os países que di-minuíram a maioridade penal, não tiveram redução na violên-cia e não podemos tomar uma decisão tão séria, pelo impulso da comoção popular; devemos debater e muito essa questão para tomar uma decisão certa, mas acredito que a prioridade, hoje, na questão da segurança, seria uma profunda revisão no nosso obsoleto código penal.

Jornaleiro J o r n a l i s t a

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Baderna atrás do Ilha Plaza vem trazendo muitos transtornos

Tumulto e muita desordem. É as-sim que hoje se encontra a parte de trás do Ilha Plaza, onde, defi -nitivamente, a confusão e a falta de respeito está instalada, há muito tempo, e o problema pare-ce não ter fi m, sobretudo, porque não há uma fi scalização rotinei-ra das autoridades, o que gera um verdadeiro caos na região. De acordo com quem reside próximo ao local ou somente circula para entrar ou sair do shopping, o abuso e o descaso no local está cada dia pior e, por mais que reclamações sejam feitas e a Subprefeitura fi que há 150 metros dali, nada parece inibir os fl anelinhas, os camelôs na calçada, os motoboys e as kombis alternativas, que trans-formam o lugar num verdadeiro pardieiro. “É triste ver esse local, que é próximo à uma área residencial estar desse jeito. Está um caos que só piora e as autoridades parecem não estar interessadas em regularizar a situação, por-que há anos convivemos com isso aqui, sem que nada seja me-

Insulano, Paulo Henrique Montez se sagra campeão mundial de frescobol, no México

JB – Como iniciou a prática do frescobol ? Paulo Henrique - Pratico desde os meus 17 anos de ida-de e comecei à competir com 25 anos. Atualmente, tenho 20 anos de competição. Ao longo de minha carreira, fui campeão carioca, brasileiro e, atualmente campeão mundial. Hoje, estou com 45 anos, mas a motivação para competir é a mesma de anos atrás. JB – Como foi essa conquis-ta no México ? Paulo Henrique - Foi um campeonato muito importante para o Brasil, demonstrando o quanto o frescobol é rico de

lhorado, só presenciamos tudo fi car ainda pior, pois não existe fi scalização dos órgão públicos, que deveriam coibir o que acon-tece”, afi rmou Lucio Silva, mora-dor do entorno. Para a médica, Maria Lúcia Carvalho, a situação está cada dia mais crítica no local e pró-ximo aos feriados festivos, a de-sordem piora e muita gente mal consegue transitar pelo local. “É uma falta de respeito o que se tornou esse trecho. Nunca ima-ginei que pudéssemos vivenciar esse caos num local próximo à

uma Subprefeitura, que deveria ser mais ostensiva no combate à essa pouca-vergonha que se tor-nou isso aqui. Flanelinhas mau educados, motoboys, que quase atropelam os pedestres, moto-ristas, que param seus carros como bem entendem e as kom-bis que sempre trazem algum problema, transformaram esse pequeno trecho numa terra sem dono e sem lei”, afi rmou a médi-ca, nascida e criada na Ilha.Até o fechamento dessa edição, a Guarda-Municipal da Ilha não respondeu ao nosso contato.

A desordem está tirando o sossego de quem mora ou passa pelo local

Local muito tumultuado onde camelôs, fl anelinhas e o transporte alternativo agem de forma desordeira, a área vem sendo alvo de constantes reclamações

Praticante do esporte desde muito novo, PH, como é mais conhe-cido, eleva o frescobol da Ilha, fora do país

profi ssionais e o quanto tem seu valor em relação aos outros pa-íses.Ainda precisamos de mais investimentos das empresas pú-blicas ou privadas e também que a mídia divulgue mais o nosso esporte. JB – Como analisa o G-FIG, para o frescobol insulano? Paulo Henrique - Um grupo que faz com que o família fres-cobol da Ilha, não seja esquecida, permanecendo sempre em evi-dência. Atualmente, com tantas conquistas que tivemos esse ano, como o tombamento do esporte e esse mundial que foi realizado no México, creio que o esporte passe a ser mais reconhecido. Gostaria

de agradecer aos meus patro-cinadores pela grande oportu-nidade e aos meus parceiros Camila e Jean, que estiveram ao meu lado nesta conquista única.

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Inscrições para o concur-so do Corpo de Bombeiros

vão até 30 de abril

Universidade Federal Fluminense recruta

professores A Universidade Federal Fluminense (UFF) abriu con-curso público para ingres-so na carreira do magistério superior, Classe A, Professor Adjunto A, nível 1. O valor da remuneração inicial po-derá variar de R$ 2.752,60 a R$ 8.344,64. As atribuições do cargo abrangem a docên-

O Corpo de Bombeiros Mi-litar do Estado do Rio de Ja-neiro (CBMERJ) abriu edital de concurso público para 300 vagas ao cargo de soldado bombeiro militar guarda-vi-das, que exige apenas o ensi-no médio completo e também

haverá formação de cadastro de reserva. O salário inicial é de R$ 2.826,70. As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de abril, através dos sites www.acessopublico.org.br e www.cbmerj.rj.gov.br. A taxa de inscrição é de R$ 110,00.

cia na área do concurso, com participação nas atividades de graduação, pós graduação, pesquisa, extensão e admi-nistração da Universidade. As inscrições podem ser re-alizadas até o dia 15 de abril, pelo site sistemas.uff.br/CPD. O valor da inscrição varia en-tre R$ 75,00 até R$ 230,00.

Zelador

Hospital localizado na Ilha está contratando zelador, com experiência mínima de seis meses na função. A empresa oferece salário compatível mais benefícios, como vale-transpor-te, ticket alimentação, refeição no local e seguro de vida. Os in-teressados devem mandar cur-rículo no corpo do email para [email protected].

Garçom

Renomado restaurante e bar da Ilha está selecionando gar-çom para compor sua equipe de funcionários. Os candidatos de-vem ter ensino médio completo e experiência comprovada. O salário é de R$ 980,00 mais co-missão e vale-transporte. A ali-mentação é no próprio local. Os interessados deverão mandar currículo no corpo do email para [email protected], escrevendo no assunto GAR-ÇOM-ILHA.

Oportunidades

Corpo de Bomebiros oferece oportunidades para quem deseja se tornar guarda-vidas

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Terreno abandonado está trazendo riscos para moradores do Galeão

Pezão diz que mais de 1,8 mil policiais foram expulsos no Rio desde 2007

Não é de hoje que a Rua Curuça, na Freguesia, está ne-cessitando de recapeamento no asfalto onde pelas carac-terísticas locais, por ser resi-dencial e com grande fluxo de vans escolares que circulam diretamente por ali, os riscos de um acidente se tornam cada dia mais presentes, sobretudo, nos dias de chuva, pela ladeira muito íngreme. Morador da Ilha, desde os sete anos de idade e há dois, morador da Curuça, o militar da Marinha, Herson Anderes, há muito tempo vem tentan-do contato com os políticos do bairro, até mesmo mandando emails, mas até agora nada foi

Local onde se acumula lixo e péssimo cheiro, também fi ca repleto de usuários de droga, que assusta quem passa ou reside nas proximidades

Necessitando de um recapeamento no asfalto, a rua se encontra abandonada e com riscos de derrapagens ou de algum motorista perder o controle de seus veículos e causar um acidente grave

Governador afi rma que os maus policiais devem ser punidos e expulsos da Polícia

Localizado na Estrada dos Maracajás, no Galeão, próximo ao Centro de Acolhimento Stella Maris, um terreno abandonado está tirando a tranquilidade de quem é obrigado a passar pelo local, diariamente, devido ao mau cheiro, grande número de mosquitos e ratos e, durante a noite, o local fi ca rodeado de vi-ciados em droga, que, constan-temente, realizam algum furto ou roubo. A situação ainda é pior para quem reside nas pro-ximidades. De acordo com uma morado-ra que prefere não se identifi car, com medo de alguma represália, esses problemas vêm aconte-cendo há muito tempo no local e as autoridades nunca toma-ram nenhuma providência para sanar esse problema e o medo de passar na frente do terreno, sobretudo, à noite, também au-menta. “Esse terreno abandonado é um caos em nossas vidas. To-dos os dias, moscas, mosquitos e ratos invadem as residências e

Em recente entrevista à rádio CBN, o governador Luiz Fernando Pezão afi rmou que desde 2007, mais de 1.800 policias foram ex-pulsos das polícias Militar e Civil do Rio, no início do governo Sérgio Cabral e, segundo Pezão, sempre que forem constatados desvios de conduta, por parte de policiais, os mesmos serão punidos. “Quando o policial errou e erra, a gente nunca deixou de punir. Infelizmente, foram mais de 1.800 policias que nós já mandamos embora. Se aparecer o culpado, se for policial, infelizmente, a gente tem que cortar na carne”, afi rmou Pezão. A assessoria da Polícia Militar

resolvido e nenhum órgão foi verificar a periculosidade que está ocorrendo. “Todos os moradores querem esse recapeamento aqui na nossa rua. É um absurdo esse descaso. Eu acho que como isso não seja do interesse polí-tico deles, não se dedicam para atender as nossas solicitações. Talvez porque na Rua Curuçá, tenha pouco voto para eles, então nem ligam para o nosso problema. Já aconteceram aci-dentes sem gravidade por aqui. Mas do jeito que está, um dia pode acontecer algo grave e aí alguém vai aparecer por aqui para tentar aparecer politica-mente”, explica Herson.

os estabelecimentos comerciais próximos, o que vem revoltan-do todo mundo. Alguém precisa fechar esse terreno, porque os riscos que está trazendo vem aterrorizando quem é obrigado à circular por aqui”, disse a mo-radora. Pela noite, a situação se torna ainda mais perigosa. “De noite, quem mora ou tem que passar por aqui, precisa conviver com o risco de ser as-

afi rma que 1.665 PMs foram ex-pulsos da corporação desde 2007. De acordo com a Polícia Civil, 202 policiais foram expulsos entre os anos de 2007 e 2013. Ainda sobre os problemas re-centes no Complexo do Alemão, o governador falou sobre as instala-ções das bases fi xas. “Estou determinando que a se-gurança pública seja emergência e a gente faça as bases defi nitivas, porque se eu fi car esperando títu-lo de propriedade, registro de imó-veis, licença ambiental, eu vou fi car esperando o resto da vida e o policial trabalhando em condi-ções precárias como está lá”, ga-rantiu o governador.

A politica de segurança pública do Rio não permitirá o abuso policial

Com seu filho no colo, Herson diz que as crianças correm perigo na rua

Morador reclama de descaso com a Rua Curuça, na Freguesia

Ainda segundo Herson, ou-tros problemas como poda de árvores e corte de gramas, que crescem na calçada, também parecem sem solução, pois é realizado os contatos com os órgãos responsáveis, mas nun-ca foram até a rua. Ficamos tristes em saber que pagamos nossos impostos e não recebemos nem um retor-no poder público. A Rua Curu-çá está necessitada de reparos para a segurança de quem re-side aqui e de quem passa por aqui. Hoje, morar e trafegar por aqui é um grande perigo e os políticos não se interessam em resolver o nosso problema”, afirmou o morador.

saltado ou algum outro tipo de violência. O terreno fi ca repleto de viciados em droga, consu-mindo até mesmo crack. Muitos deles frequentam o abrigo Stella Maris, mas acabam voltando para as ruas e fi cam ali, consu-mindo drogas livremente. Tem acontecido assaltos, muitos fur-tos e o policiamento, que quase nunca passa por aqui, não toma nenhuma providência”, con-cluiu a moradora.

O terreno é alvo de muitas reclamações de moradores e pedestres

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Moradores da Ilha estão preocupados com o futuro do seu bairro

Insulanos desejam um bairro mais seguro Todo o Rio vem sofrendo com o problema da violência, fato esse que se estende para todo o Brasil, diariamente. Porém, casos diversos dentro da Ilha do Governador tem causado um pânico muito grande aos moradores, sobretudo, nesse primeiro trimestre, onde ca-sos de sequestros relâmpagos e tentativas de roubo estão se tornando uma rotina. Segundo moradores, uma das possíveis causas do au-mento de casos de violência, é porque bandidos de bairros

próximos estão se deslocan-do para Ilha, com objetivo de cometer seus delitos e, pela proximidade da onde vêm, es-tão se sentindo seguros para cometer seus atos criminosos e fugirem impunemente. Nas ruas, as tentativas de assalto estão tendo um aumento con-siderável e muitos insulanos estão apavorados. “O policiamento na Ilha precisa ser mais ostensivo, principalmente, nos locais de grande movimentação, por conta do comércio e nas áreas

essencialmente residenciais. Esses bandidos estão vindo de fora da Ilha, das comunida-des próximas, já sabendo que cometerão seus crimes e fugi-rão normalmente, na maioria das vezes. Acho que precisa de mais polícia nas ruas, dia e noite”, contou o autônomo, An-dré Matos. Para o delegado titular da 37° DP, Otílio Bezerra, a si-tuação não está grave, como muitos moradores estão recla-mando, pois, além da Polícia ter cumprido todas as suas

metas nesse primeiro trimes-tre, tudo que vem aparecendo na mídia e algumas reclama-ção dos moradores, são apenas casos isolados e, muitos que reclamam, não vão na delega-cia para prestar queixa, o que não ajuda o trabalho de inves-tigação. “Isso tudo que a imprensa está mostrando sobre seques-tros relâmpagos e o que os moradores estão reclamando, de um modo geral, não consta aqui nos nossos registros de ocorrência. Todas as nossas

metas para esses três primei-ros meses do ano foram cum-pridas e está tudo dentro da normalidade nos nossos pa-drões de segurança. Ninguém pode afirmar de onde esses bandidos estão vindo, somen-te uma investigação para con-cluir isso, Peço a todos que sofram qualquer tentativa de sequestro, roubo, furtou ou seja vítima de alguma outra violên-cia, que procure a delegacia para prestar queixa, ajudando o nosso trabalho de investiga-ção”, resaltou Otílio.

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Morador sofre sequestro relâmpago na porta de casa, no Moneró

O carro que os bandidos estavam dirigindo, gravado pela câmera de segurança

O casal Marcio e Monica, na frente da casa. Ainda hoje, o medo deles é muito grande

No último dia 13, o funcioná-rio público Marcio Alves, nasci-do e criado na Ilha, saía de sua casa para trabalhar, às 6h45 da manhã, no Moneró, quando foi abordado por quatro homens armados, que obrigaram ele à entrar no seu próprio carro e o

– levaram para a saída da Ilha, libertando após roubarem di-nheiro, cordão e pulseira da ví-tima, além de levarem o veículo recuperado dias depois, em uma comunidade na Avenida Brasil. “Minha família e eu estamos muito perplexos com essa situ-

ação, sobretudo, com a impuni-dade. Um trabalhador honesto, pai de família, sofrer esse tipo de situação, quando está saindo para trabalhar é muito desuma-no. Aqui na rua agente não vê um policiamento, há muito tem-po, não vemos um carro de po-lícia circulando, então isso cha-ma atenção dessa bandidagem e nos tornamos reféns desses marginais”, disse Marcio. A esposa de Marcio, que pre-senciou tudo, pois estava abrin-do a porta da garagem para o marido, afi rma que cenas como essas são difíceis de serem es-quecidas. “Foi um horror. É um sofri-mento que não desejamos para nenhuma família de bem, por-que é assustador e fi camos sem reação. Passa um fi lme de terror na nossa mente, a preocupação é enorme. Nunca imaginei que passaria por isso um dia e, infe-lizmente, a Ilha está carente de

policiamento. Aliás, acho que todo o Rio está e os bandidos estão se prevalecendo disso”, constatou a professora, Monica Cristina Assunção. Marcio diz que após se apo-sentar, pretende deixar o Rio e ir morar em João Pessoa, na Para-íba, onde a violência não é tão grande, como aqui.

“Faltam três anos para eu me aposentar, então pretendo dei-xar a Ilha. Nasci e me criei aqui, mas pretendo ir para João Pes-soa, que é um lugar que conheço e sei que é muito mais seguro. A Ilha já foi um bairro bom para se viver, mas, hoje em dia, deixou de ser” contou Marcio.

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Rickson, ao lado do lutador do UFC, Ronaldo Jacaré e do médico Bruno Lobo Brandão, após o atleta passar por uma cirurgia

Divulgação/Instagram

Um recente estudo em 171 estudantes universitá-rias sugere que uma boa noite de sono melhora, significativamente, a vida sexual das mulheres, à partir do preenchimento de questionários sobre problemas sexuais, de-pressão e ansiedade. Em seguida, todas as manhãs, durante as duas semanas posteriores, elas preen-cheram questionários so-bre a atividade sexual nas 24 horas anteriores e so-bre a qualidade do sono na noite anterior, incluindo o tempo que levaram para pegar no sono e a dura-

Especialista em cirurgia de ombro, o insulano Rickson Mo-raes é uma referência profi s-sional na sua área de atuação e também no seu trabalho junto ao MMA, quando uniu suas duas grandes paixões, a medicina e as artes-marcias. Sobretudo, porque é faixa-preta de jiu-jitsu e sempre praticou o esporte, até mesmo pela grande ligação de sua família com a modalidade. Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2001, Rickson, que também é pós-graduado em Traumatologia Desportiva, sempre teve como foco associar a ortopedia voltada para atletas. Foi médico do Vas-co da Gama, entre 2008 e 2011, porém, a grande paixão que tem pelas lutas, fi zeram com que ele fosse, posteriormente, assumir a Direção Médica do Jungle Fi-ght, um dos principais eventos de MMA da América Latina, até ser convidado para ingressar na

Dormir bem melhora a saúde sexual das

mulheresção total do mesmo. Cada hora extra de sono cor-respondeu a um aumen-to nos níveis de desejo sexual para as mulheres que tinham um relacio-namento estável e a pro-babilidade de aumento da atividade sexual no dia posterior foi de 14%. As mulheres cujo tempo de sono foi em média maior, relataram níveis superio-res de lubrificação vagi-nal, durante o sexo, em relação às que dormiram em média menos tempo. O estudo foi publicado no periódico Journal of In-ternal Medicine.

Renomado ortopedista, Rickson Moraes fala da importância da medicina no MMA

Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA) “Trabalhar com atletas sempre foi o meu objetivo dentro da orto-pedia. Tenho uma história den-tro do esporte, sou faixa-preta de jiu-jitsu, então, como sempre fui um admirador do MMA, fi co muito feliz em poder associar a medicina com o esporte que verdadeiramente sou fã. Ainda, como diretor-médico do Jungle Fight, eu e minha equipe im-

plantamos um padrão clínico igual ao das Comissões Atléticas dos Estados Unidos, sempre pre-zando pela total integridade dos lutadores, antes e depois das lu-tas”, disse Rickson. Médico da CABMMA, atual-mente responsável pela parte médica do UFC no Brasil e pela arbitragem, Rickson Moraes se diz orgulhoso desse trabalho realizado com muita responsa-bilidade e dedicação de todos que compõem a Comissão, valo-rizando sempre o bem-estar de cada lutador. “A CABMMA tem realizado um trabalho muito positivo, não só com o UFC no Brasil, mas com todos os eventos que são trans-mitidos ao vivo pelo canal Com-bate, precisam estar fi liados com a nossa Comissão. Isso profi ssio-naliza cada vez mais o esporte e a integridade física dos lutado-res, que necessitam que esse su-porte seja de excelência” resal-tou o ortopedista, que também é cirurgião de ombro do Instituto Nacional de Traumatologia e Or-topedia (INTO).

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Jorlan Vieira vai representar a Ilha no Arnold Classic

Com oito jogos e oito vitó-rias, Dunga começa à ganhar a confi ança dos críticos e da população brasileira, depois da fatídica eliminação por 7x1 contra os alemães, a nos-sa seleção volta, aos poucos, à recuperar o respeito, ven-cendo adversários difíceis como Argentina e França, jogando em casa e na prepa-ração para Eurocopa. A base foi mantida, mas o esquema tático mudou, a defesa cada vez mais sóli-da e um contra ataque veloz e arrasador; assim, tem se comportado nossa seleção com alguns nomes que che-garam e se encacharam bem ao time, como o atacante Le-andro Firmino, que tem se revelado uma grata surpresa ao nosso futebol. A primeira competição ofi cial vai dizer se esse time realmente pode levantar a autoestima do torcedor bra-sileiro e vencer a Copa Amé-rica com autoridade será de suma importância para continuação do trabalho. Eu, como brasileiro e amante do futebol, estou torcendo e muito para isso.

Renomado fi siculturista, conhecido no Brasil e em outros países, Jorlan coleciona uma série de conquistas na sua carreira

Há quase 15 anos, se de-dicando ao fisiculturismo, o insulano Jorlan Vieira iniciou na musculação aos 14 anos e, com muita determina-ção, mesmo sem imaginar se tornar um atleta profis-sional, aos poucos, a paixão pelo esporte foi se tornando algo real, as conquistas foram surgindo, e hoje, é uma referência na sua modalidade, sendo conhecido no Brasil e no exterior. De origem humilde, onde todas as dificuldades preci-saram ser contornadas até chegar ao patamar que está atualmente, Jorlan, aos pou-cos, foi conquistando o seu espaço no cenário do fisi-culturismo no Rio, posterior-mente, no Brasil, até a sua primeira competição inter-nacional, em 2003, no Arnold Classic, em Ohio, nos Estados Unidos. Hoje, ostenta um cur-rículo repleto de conquistas nacionais e internacionais. “Meu começo no esporte não foi fácil e acredito que até hoje não é, pois sempre temos que enfrentar muitas barreiras na vida, em todos os aspectos, sobretudo, quan-do somos de origem mais humilde. Graças a Deus, as conquistas foram aparecen-do e, consequentemente, a motivação para continuar foi

Jorlan, em ação, durante uma das inúmeras competições de sua carreira

sempre aumentando e é isso que me move”, disse Jorlan, resaltando que o fisiculturis-mo não é somente músculos, mas necessita também de in-telecto, até mesmo para gerir sua carreira. Atualmente, sendo patroci-nado por importantes marcas do setor, o atleta, que tam-bém tem três documentários gravados sobre sua carreira, sendo um deles exibido no horário nobre da Globo News, acredita que 2015 será um grande ano e muitas outras conquistas surgirão. Jorlan estará em ação no próximo Arnold Classic, em maio, no RioCentro, buscando mais um título para sua extensa cole-

ção. “Como sempre, estou mo-tivado para o Arnold Classic; já fui campeão dessa compe-tição e a minha preparação, junto com a minha equipe, está sendo excelente e isso faz todo o diferencial na car-reira de um fisiculturista. Só tenho que agradecer aos meus amigos, familiares e patrocinadores, pelo apoio e respeito ao meu trabalho, que podem ter certeza que não é nada fácil”, afirmou o atleta. Como dom da oratória, Jor-lan, constantemente, é convi-dado para palestras motiva-cionais em todo o Brasil e diz que a nossa sociedade preci-sa olhar o fisiculturismo com

um outro olhar. “Ainda existe um certo pre-

conceito da nossa socieda-de com o fisiculturismo

no Brasil, diferente-mente, dos Estados Unidos, onde existe um grande respei-to ao esporte. Mas vejo que está me-

lhorando, aos pou-cos e espero que continue

progredindo”, concluiu.

SELEÇÃO DE DUNGA

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O ministro Juca Ferreira de-monstrou muita preocupação, ao declarar que um corte de 30% em um orçamento que já vem caindo ao longo dos anos, pode ser realmente devasta-dor para cultura nacional. Eu acredito que às vezes é preciso dar um passo atrás para dar dois para frente. Nos-sa cultura vive um momento em que o experimental vem sendo deixado cada vez mais de lado, o teatro de rua vem perdendo espaço e talvez esse momento conturbado sirva de estopim para nós artistas sair-mos da nossa zona de confor-to. Podemos crescer e muito numa crise e a necessidade que cria os gênios, foi a distân-cia que motivou a roda.

A crise econômica que vive o nosso país já começa a in-terferir na cultura, com cortes que podem chegar até 30% e já foram anunciados nas esferas federais, municipais e estadu-ais. O momento ruim também abala o setor privado, amea-çando os projetos fi nanciados pelas leis de incentivo. Entre os órgãos federais do Rio, a Biblioteca Nacional já fez os primeiros ajustes, de-mitindo 79 estagiários e redu-zindo seu horário de funcio-namento para economizar na luz. A mesma medida também deve ser tomada na Casa de Ruy Barbosa.

TAUÁ

Conheço a história do meu bairro

A Avenida Paranapuã, sempre muito movimentada

Ano passado, a caminhada reuniu muita gente e esse ano deve reunir ainda mais

Tauá signifi ca, em indíge-na, “barro vermelho” e abar-cou a fábrica de formicidas do Barão de Capanema, no século XIX e essa proprieda-de abrangia o morro do Ba-rão, pegando parte do atual bairro dos Bancários. Ainda no século XX, iniciou-se o processo de urbanização da região, ao longo da estrada da Freguesia, depois, aveni-da Paranapuã e da estrada do Dendê. Na década de 30, três projetos de arruamento co-brem quase toda a área ocu-pada pelo bairro, o primeiro como extensão das ruas do loteamento Jardim Carioca, nas proximidades da rua do Minho; o segundo em torno das ruas Eustáquio Soledade e professor Hilarião da Rocha e o terceiro, junto a rua Maici, com nome de “Jardim Mara-caí”. Dessa forma, o Tauá foi sendo ocupado e seu acesso foi facilitado pela inaugura-ção do bonde elétrico, com a linha Ribeira-Cocotá, em 1922, estendida até o bairro

à partir de 1935, indo até a Fre-guesia, passando pela Avenida Paranapuã. Em 1964, tudo foi substituído por linhas de ôni-bus. Em 69, foi inaugurada uma grande Estação de Tratamento de Esgotos da Cedae,e, em 85, aconteceu a implantação de uma Estação da Light, em faixa próxima ao mar. Podemos des-tacar a Igreja de Santo Antônio, que começou à ser construída

No próximo dia 12, às 9h, na Praia da Bica, acon-tecerá a 2° Caminhada Pela Conscientização e Di-reitos do Autista, que ocorre todos os anos e tem como objetivo apresentar demandas para melho-rias no tratamento e maior reconhecimento das crianças com autismo. O evento será realizado pela ONG Mundo Azul, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Estatísticas apontam que, a cada 100 crianças brasileiras, uma é autis-ta. Com conhecimento é possível garantir um tra-tamento mais adequado e uma vida mais digna para quem sofre da síndrome.

em 1939. Depois de algumas mudanças, a nova igreja foi inaugurada em 2001. O Tauá é majoritariamente residencial e seu comércio é localizado na Avenida Paranapuã.Em 2000, seu Índice de De-senvolvimento Humano (IDH) era de 0,817, o 76º melhor da cidade do Rio de Janeiro. Na próxima edição, conhe-ça a história do Jardim Ca-rioca.

A CULTURA VAI SOFRER COM A CRISE

Ilha promove caminhada em defesa do autismo

Page 12: Jornal do Bairro Ilha do Governador - Edição nº 19

Mulheres Amigas do Lenço são exemplo de amizade e solidariedade

Criado com intuito de ser uma “brincadeira muito séria”, o grupo demonstra que com carinho e atenção, é possível vencer uma doença tão séria, como o câncer

Não é sempre que um grupo de amigas, todas mães que os fi -lhos estudam na mesma escola, têm na amizade, uma forma de criar um movimento muito cria-tivo de se sensibilizar quando uma delas tem o diagnóstico de um câncer, doença tão grave e que necessita tanto de afeto para se alcançar a cura. E foi de uma forma descon-traída, quase o lançamento de uma nova moda, que foi criado as Mulheres Amigas do Lenço. Quando a fonoaudióloga, Natá-lia Parracho, foi diagnosticada com câncer de mama, para que não sofresse sozinha e não mos-trasse aos outros que estaria so-frendo com os efeitos colaterais da quimioterapia, o grupo de amigas se juntou e resolveu que todas usariam lenço junto com ela, assim que os cabelos come-çassem à cair, em função do tra-tamento. A ideia era que nunca deixasse ela usando lenço sozi-nha e todas aderiram ao estilo, usando lenços muito modernos e quem não sabia o que estava

se passando, achava que tudo era apenas mais uma moda. “Temos muito orgulho de ter cria-do esse grupo e isso tudo só uniu a gente ainda mais. É legal ver que pessoas de fora e até nossos fa-miliares começaram à frequentar os nossos encontros e as nossas ações. Isso nos deixa muito feliz, porque a vida é um presente de Deus e sabemos que pequenos ges-tos podem fazer total diferença, até mesmo curar uma doença grave e que traz sofrimento para tantas pessoas”, disse Vera Lucia Vicente, uma das idealizadoras do grupo. Hoje, curada e levando uma vida muito feliz, Natália afi rma que foi de suma importância todo esse ca-rinho demonstrado por suas ami-gas e que o apoio emocional nos momentos mais difíceis podem fazer total diferença, pois permite que não haja um abalo emocional e que não se entregue aos proble-mas. Para minha recuperação e cura foi fundamental essa iniciativa, pois os amigos e familiares são as pessoas fundamentais para nos

Grupo Mulheres Amigas do Lenço reunido, próximo ao colégio onde tudo começou, no Jardim Guanabara

Natália (esquerda) e Vera (direita) segurando um cartaz, que comemora a cura

dar o apoio emocional e nos ajudar nos momentos que pensamos em nos entregar e até desistir. Graças a esse grupo de amizade, passei bem por todo meu tratamento de quimioterapia e radioterapia, e não deixei minha rotina, além de ter momentos de muita alegria, mesmo numa luta difícil, afi rmou Natália. E para quem está passando por esse problema e quiser saber mais sobre o Mulheres Amigas do Len-ço, que ainda hoje continua seus

encontros, basta acessar o face-book do grupo, onde também po-derá conhecer melhor e saber mais detalhes dessa afetuosa iniciativa. “Agora que estou curada, ten-taremos dar o mesmo apoio e suporte emocional para pessoas próximas que e estejam passando pela mesma luta. Temos também a nossa página no facebook, onde as mulheres que estão passando pelo mesmo problema, possam enviar mensagens e se inspirar no nosso grupo”, concluiu Natália.e quem não sabia o que estava pessoas fundamentais para nos um cartaz, que comemora a curaço, que ainda hoje continua seus grupo”, concluiu Natália.