jornal do bairro ilha do governador edição nº 15

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lha Número 15 2ª Quinzena - Janeiro - 2015 www.jbilha.com.br Distribuição gratuíta /jbilha 97375-5885 JORNAL DO Mulher dos Bancários é atacada por pit bull da vizinha Fotolog resgata curiosas histórias esquecidas do passado da região Mudança no dia do des�ile da Acadêmicos do Dendê altera todos os planos da escola Como lidar com as redes sociais e as consequências do uso exagerado Página 3 Página 5 Maria Moura, moradora da Rua Doutor Manuel Marreiros, feriu o antebraço esquerdo e precisou levar cerca de 10 pontos. Página 5 Jaime Moraes posta em seu fotolog fotos raras e an- tigas da Ilha. Ele tem um acervo de mais de mil fotos e cerca de 5 mil recortes de jornais. Em dias de forte ca- lor, os moradores da rua Botocudos, na Freguesia, precisam racionar água para conseguir fazer ati- vidades básicas do dia a dia, como lavar roupa e preparar comida. A par- te de cima da rua íngre- me é a que mais sofre com a falta de água. Vizi- nhos solidários da parte mais baixa da rua doam água para aqueles que não tem em casa. É pre- ciso subir a ladeira, com baldes pesados, para não passar sufoco durante a semana. Páginas 6 e 7 Moradores da rua Botocudos sofrem com a falta de água que já dura mais de 15 dias A ideia de Jaime é reativar a memória dos que viveram por aqui durante a infância e mostrar para os novos in- sulanos as belezas de uma antiga Ilha. Página 11

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Jornal do Bairro da Ilha do Governador

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lhaNúmero 15

2ª Quinzena - Janeiro - 2015www.jbilha.com.br Distribuição gratuíta/jbilha 97375-5885

JORNAL DO

Mulher dos Bancários é atacada por pit bull da vizinha

Fotolog resgata curiosas históriasesquecidas do passado da região

Mudança no dia do des�ile da Acadêmicos do Dendê altera

todos os planos da escola

Como lidar com as redes sociais e as consequências do uso

exagerado Página 3

Página 5

Maria Moura, moradora da Rua Doutor Manuel Marreiros, feriu o antebraço esquerdo e precisou levar cerca de 10 pontos. Página 5

Jaime Moraes posta em seu fotolog fotos raras e an-

tigas da Ilha. Ele tem um acervo de mais de mil

fotos e cerca de 5 mil recortes de jornais.

Em dias de forte ca-lor, os moradores da rua Botocudos, na Freguesia, precisam racionar água para conseguir fazer ati-vidades básicas do dia a dia, como lavar roupa e preparar comida. A par-te de cima da rua íngre-me é a que mais sofre com a falta de água. Vizi-nhos solidários da parte mais baixa da rua doam água para aqueles que não tem em casa. É pre-ciso subir a ladeira, com baldes pesados, para não passar sufoco durante a semana. Páginas 6 e 7

haMulher dos Bancários é atacada

Maria Moura, moradora da Rua Doutor Manuel Marreiros, feriu o antebraço esquerdo e precisou levar cerca de 10 pontos. Página 5

Moradores da rua Botocudos sofrem com a falta de água que já dura mais de 15 dias

Fotolog resgata curiosas históriasesquecidas do passado da região

Jaime Moraes posta em seu fotolog fotos raras e an-

tigas da Ilha. Ele tem um acervo de mais de mil

A ideia de Jaime é reativar a memória dos que viveram por aqui durante a infância e mostrar para os novos in-sulanos as belezas de uma antiga Ilha. Página 11

É CERTO PAGAR COM A VIDA?

O caso do brasileiro Marco Archer, condenado a morte por ter sido preso em fl agrante ten-tando entrar com 13 quilos de cocaína na Indonésia acirrou o debate sobre a pena de morte. A sensação de impunidade que nosso país vive faz com que a população fi que com os nervos à fl or da pele. Não estou aqui defendendo Marco. Acho que ele cometeu um crime, sabendo das leis do país e de tudo que poderia acon-tecer com ele. Assim como acho muito errado grande parte da

[email protected]

Praia da Bica A Praia da Bica está bem movimentada pela manhã. Ve-mos treinamento funcional nas areias, uma galera pegando sol na praia e bastante gente corren-do pelo calçadão. Fazia tempo que não via o bairro tão valori-zado. Espero que as iniciativas, realizadas para melhorar o Jar-dim Guanabara, se estenda para os demais bairros da Ilha.

Adriana Souza

Lazer Queremos aterrar parte da Praia da Guanabara, na Freguesia. Es-tamos fi cando sem faixa de areia. Nossas crianças estão sem espaço para brincar. A Freguesia precisa de uma maior atenção. Lembro que quando era mais jovem, havia uma grande faixa de areia. Socor-ro!

Francisco Dutra

Segurança O policiamento está reforçado na Portuguesa. Além do carro da PM parado perto do chafariz, vejo sempre uma patrulha circulando pela região. Acho ótimo! Estava sempre dando de cara com mo-toqueiros mal encarados na rua Haroldo Lobo. Agora, estou me sentindo mais segura.

Arlete Muniz

Calor Está insuportável fazer com-pras no Assaí. O ar condiciona-do parece estar sempre desli-gado. As caixas transformaram papelão em leque para dribla-rem o forte calor. Os produtos devem estar todos podres por lá, já que não há refrigeração.

Sueli Feliz

Limpeza A Comlurb está de parabéns! Mesmo com o forte calor, os fun-cionários dão duro nas ruas para deixar a Ilha limpa. Apesar dos moradores não terem muita edu-cação e o Cacuia viver imundo, por causa da falta de respeito de alguns, a Comlurb está sempre por lá, esbanjando simpatia.

Deodoro Alves

Árvores As árvores em volta da estátua do Renato Russo estão morren-do e ninguém faz nada. Há dias vejo uma das árvores caída por lá. Quando alguém vai se conscienti-zar que todo este calor é causado pelo desmatamento em massa?

Adriana Lopes

mídia tentar colocá-lo com um surfi sta boa praça e instrutor de vôo, quando na verdade o mes-mo já trafi cava antes mesmo de efetuar o seu último crime. O debate aqui não é sobre este caso e sim se devemos pa-gar com a vida por um crime cometido. Os números fazem cair por terra aquela ideia de que outras pessoas irão temer a morte e não cometerão o mesmo crime. Nos 36 estados americanos que utilizam a pena de morte, o número de assassi-natos a cada 100 mil habitan-tes é maior que o registrado nos outros 14 estados que não adotaram a pena. São mui-tas estatísticas que comprovam a inefi cácia da pena de morte com relação ao fator educacio-nal de uma punição. Acredito que nosso país cla-ma por uma revisão do código penal que é de 1940. Esse é o momento de unir juristas, le-gisladores e profi ssionais da segurança pública para discutir um novo código penal para que o Brasil seja amparado por leis modernas e com punições inte-ligentes e transformadoras.

Redes sociais: ferramentas mobilizadoras ou de isolamento?

Um assunto polêmico que pro-voca muita discussão em família é: quanto tempo o seu fi lho pas-sa ao celular? E, especialmente, nas redes sociais? O que ele faz, como se informa e com quem se comunica enquanto está conecta-do? Estas são questões que estão sobrecarregando as preocupa-ções de pais desta nova geração. Uma pesquisa realizada pela Radar Jovem em 2014, que ma-peou o comportamento de jovens de 18 a 25 anos, durante 80 se-manas, concluiu que, em média, estes internautas passam, no mí-nimo, seis horas por dia em redes sociais no celular. Já outra pes-quisa, feita pela rede acadêmica Passei Direto com mais de 2 mil universitários de todo o país, re-

Saber como utilizar as redes sociais, sem se exceder em tempo online, é fundamental para não prejudicar a vida social fora do mundo digital

Psicóloga insulana fala sobre osproblemas do vício em internet

Os benefícios que a internet oferece são muitos. O acesso à informação e a agilidade de difusão de notícias são alguns deles. No entanto, especialistas alertam que o uso excessivo da internet, especialmente das redes sociais, pode causar pre-juízos psicológicos e compor-tamentais. A psicóloga insulana Marina Corso conversou com o Jornal do Bairro Ilha sobre as consequências do uso exagera-do das novas tecnologias. JB Ilha – Qual a sua opinião a respeito da relação dos jovens com a tecnologia? Marina – A rede social vai

marcando a vida social dos jo-vens. Vivemos em uma sociedade que está feliz o tempo todo nas re-des sociais. Não há espaço para a dor. Por isso, existe o sentimento frequente da frustração. Quem vê a timeline do outro, no Facebook, por exemplo, tem a sensação de que a vida do outro é sempre me-lhor. JB Ilha – Acredita que tantos estí-mulos, em excesso, estão afetando o comportamento? Marina – Sem dúvida! A rede so-cial é sempre bem-vinda, quando não utilizada de forma exagerada. Seu uso em excesso pode reforçar a questão do isolamento. A pessoa

Marina acredita que o uso exagerado da internet pode trazer transtornos futuros

velou que 75% fi cam conectados até os últimos instantes antes de dormir e 62,5% acessam o celu-lar assim que acordam. Mas nem toda forma de exi-bição online é negativa. Emanuel Bilson, insulano que é fotógrafo, grafi teiro e skatista de coração, publica todos os seus trabalhos no Facebook, Instagram e You-tube e é seguido por quase 2.500 pessoas. Ele faz questão de mos-trar as belezas da Ilha de acordo com o próprio olhar e está bom-bando na internet. Em um vídeo no Youtube, no morro do Dendê, que tem quase três mil acessos, por exemplo, Bilson mostra o graffi ti e a vista espetacular da Ilha lá de cima. Além disso, a internet também

se tornou um espaço de debate. Há grupos no Facebook cria-dos especialmente para pensar em soluções para os problemas da Ilha e unir insulanos para colocar em evidência sérias denúncias. É o caso do “Ilha, eu amo, eu cuido”, criado há três anos, e que já conta com 5.500 membros dispostos a pôr a boca no trombone. Os mo-deradores, apaixonados pela Ilha, Teresinha Victorino, Ana Luiza Wiezzer e Diego Janoti afi rmam que a ideia central do grupo é chamar a atenção de um maior número de morado-res para questões que envol-vam a Ilha. Ou seja, é possível utilizar as redes sociais de for-ma saudável!

se desconecta da sua vida, para se conectar na do outro e esquecer de seus problemas.

Integrantes do grupo do Facebook “Ilha, eu amo, eu cuido” e Bilson (à direita) lutam por melhorias na região

Banco Santander abre inscriçõespara programa Jovem Aprendiz

Ministério Público da Uniãoabre concurso público para 2015

Um dos concursos públicos mais esperados de 2015, o Mi-nistério Público da União, abriu edital no dia 14 de janeiro. Há 25 vagas para os cargos de Analista, nível superior, e Técnico, nível médio. Além disso, o concurso formará cadastro reserva. O período de inscrição vai até o dia 11 de fevereiro. A banca organizadora é a Cespe ( www.cespe.unb.br ). Quem for apro-vado para a função de Analista receberá R$ 8.178,06 e o Técni-co, R$ 5,007,82. Os profi ssionais desempenharão jornadas de 40

O programa Jovem Aprendiz é uma oportunidade para o 1º emprego

O Jovem Aprendiz Santander 2015 está com inscrições aber-tas. A ideia é fornecer formação profi ssional de qualidade a jo-vens que procuram o primeiro emprego. Dentre os benefícios estão a carga horária entre qua-tro e seis horas diárias, assis-tência médica e odontológica, vale-transporte e vale-refeição. O programa Jovem Apren-diz do Banco Santander tem duração máxima de dois anos e contrato de trabalho regu-lamentado pelas diretrizes da CLT (Consolidação das Leis

do Trabalho). Como participar? Para participar da seleção é preciso ter idade entre 14 e 24 anos, estar cursando o Ensino Fundamental ou Médio e es-tar com a frequência escolar em dia. Quem está dentro do limite de idade e já concluiu a educação básica também pode concorrer a vaga. Para fazer a inscrição basta acessar o site do Banco Santander no www.santander.com.br e ca-dastrar currículo no “Trabalhe Conosco”.

horas semanais. O valor da ins-crição é de R$ 110 ou R$ 140. As áreas de atividades que exigem nível superior são de Apoio Técnico-Administrativo: Atuarial, Apoio Técnico-Espe-cializado: Finanças e Controle e Perícia: Engenharia Química. Já as funções de nível médio são de Apoio Técnico-Administrativo: Segurança Institucional e Trans-porte. A validade do resultado fi nal do certame é de dois anos, po-dendo ser prorrogada por igual período.

O McDonald’s da Estrada do Galeão, 2.825, está contra-tando funcionários de 16 a 35 anos. O candidato deve estar cursando ou ter completado o Ensino Fundamental ou Mé-dio. Não há necessidade de ter experiência. Esta é uma boa oportunidade para o primeiro emprego. Dentre os benefícios es-tão Seguro de Vida em grupo, Assistência Médica e Odonto-lógica, alimentação no restau-rante, vale-transporte e parti-cipação no lucro da empresa ( 14º salário ). Aqueles que tiverem disponibilidade de trabalhar no período da noite e madrugada poderão receber entre R$ 724 e R$ 1 mil. O interessado deve levar até o endereço citado, Estrada do Galeão, 2.825, currículo. Mais informações no 98305-9657.

Há vagas para ensino médio e superior. As inscrições devem ser feitas até no máximo o dia

11 de fevereiro no site da Cespe

McDonald’s da Portuguesa

contrata funcionários

Mercado de Trabalho

Acadêmicos do Dendê irá des�ilar na segunda de carnaval

Mulher é atacada por Pit Bull nos BancáriosInsulanos sofrem com quedas e oscilações na energia elétrica

A Escola de Samba Acadêmi-cos do Dendê foi surpreendida por uma notícia há cerca de duas semanas que irá desestruturar todo o planejamento do carna-val de 2015: a data do desfi le foi transferida para a segunda-feira de carnaval a pouco mais de 30 dias para a folia. Antes progra-mada para ir à avenida apenas na terça-feira de carnaval, a Acadêmicos do Dendê contaria com a ajuda de boa parte dos componentes da União da Ilha. Agora, sem este auxílio, já que a União desfi lará no mesmo dia, a escola do Dendê luta contra o tempo para não perder pontos por falta de componentes em alas específi cas na avenida. — Isto mexeu com todo o efe-tivo da Escola. Antes já estava certo da gente vir com 60 baia-

Moradora da Rua Doutor Manuel Marreiros recebeu aproximadamente 10 pontos no antebraço esquerdo após ser atacada por cão da vizinhaHá casos em que moradores �icaram por mais

de quatro dias sem luz e precisaram se virar para tentar dormir no calor Maria Nazaré Moura, de 61

anos, foi atacada no dia 10 de janeiro pelo cachorro da vizinha, da raça pitbull, na rua Doutor Manuel Marreiros, nos Bancá-rios. Após levar cerca de 10 pon-tos no antebraço esquerdo, Maria continua com dores e apavorada. De acordo com a vítima, ela estava próximo aos fundos da

Dezenas de moradores da Ilha, de diferentes bairros da região, estão sofrendo com os-cilações no fornecimento de energia elétrica em janeiro, época de forte calor. O caso de Isadora Apostolo, moradora da rua Henrique Lacombe, foi um pouco mais grave. Isadora fi cou sem energia elétrica por mais de quatro dias. E, para piorar ainda mais a situação, sua mãe faz tra-tamento para câncer de pulmão, que exige cuidados especiais. — A energia elétrica da nos-sa casa foi interrompida na sex-

Ao des�ilar no mesmo dia da União da Ilha, a escola terá que se reorganizar para não perder pontos por falta de componentes

nas, todas da União da Ilha, por exemplo. Agora tenho que cor-rer atrás de outros componentes. Sem falar nos ritmistas e no car-ro de som, que também seriam emprestados da União — escla-rece Fabiano Nascimento, presi-dente da Acadêmicos do Dendê. Embora este elemento surpre-sa vá alterar drasticamente o pla-nejamento da escola do Dendê, o desânimo não impera. Fabiano diz já estar correndo contra o re-lógio para solucionar o proble-ma e fazer bonito na passarela do samba. “Carnaval é correria. Se não virar a noite produzindo, não é carnaval”, brinca. Já há fantasias e adereços em fase de acabamento no ate-liê que fi ca no morro do Dendê. Dez meninas, ao comando de Maria Aparecida Teodosio, mais

sua casa, quando o cachorro da vizinha se soltou, e avançou na neta de apenas cinco anos. Para defender a criança, Maria teria se jogado na frente. Foi aí que o animal a atacou. “Precisamos bater na cabeça do cachorro com muita força para ele largar o meu braço. Estou em pânico”, recla-ma.

Maria fez um boletim de ocor-rência e acusou a vizinha Arlete Felício de omissão de cautela na guarda ou condução de animais. A vítima ainda garante que o cão já teria se soltado no dia 30 de dezembro e atacado uma criança de quatro anos. Tamara Pereira, mãe da criança que teria sido mordida nas nádegas, levou a menina imediatamente ao Cen-tro Municipal de Saúde Necker Pinto. No local, a criança foi orientada a tomar sete doses de vacina anti-rábica. Na época, um boletim de ocorrência também foi feito. Arlete, dona do cachorro, as-segura que o animal, que tem um ano e se chama Zeus, é manso e que nunca tinha avançado em ninguém. Ela nega o ataque à criança. E fala sobre o que ocor-reu com Maria Nazaré: “Foi uma fatalidade. Zeus brinca com meus netos naturalmente e nunca atacou ninguém. Foi uma casua-lidade. Irei me mudar ainda neste mês”, diz.

ta-feira (9). Ficar sem luz não é uma opção. Ligamos para a Li-ght, que nos deu um prazo de 10 horas para resolver o problema. Como nada foi feito, tive que le-var a minha mãe para a casa da minha avó. A luz só foi reesta-belecida na quarta (14), por volta das 11h — contou, revoltada, Isadora. Devido as circunstâncias, Isadora garante que entrará com um processo judicial contra a Light. De acordo com ela, mais de 10 ligações foram feitas para solucionar o problema.

Maria Nazaré mostra como fi cou o braço no dia do ataque do pit bull

Parte da turma que dá duro no ateliê todos os dias com o presidente da escola Fabiano Nascimento

Apartamento de Isadora, que fi ca na rua Henrique Lacombe, fi cou sem luz por 4 dias

conhecida como Cida, acordam cedo, às 8h, e começam a confec-cionar, sem hora para terminar, as fantasias. E se engana quem pensa que o presidente cruza os braços e só dá ordens. Fabiano é

responsável pela parte de solda-gem, carpintaria e adereços dos carros alegóricos. “Colocando a mão na massa estou economi-zando cerca de R$ 9 mil. Com isso posso usar este dinheiro em

outras coisas na escola”, explica. E acrescenta: “O nosso enredo é maravilhoso. E temos o Severo Luzardo, como carnavalesco. Temos tudo para fazer um ótimo carnaval”, garante Fabiano.

O problema se intensi�icou logo no verão mais quente dos últimos tempos. Quem relata a falta de abastecimento, economiza água para não passar sufoco

Moradores da rua Botocudos enfrentam falta d’água

Os moradores da rua Bo-tocudos, na Freguesia, vivem um drama: eles precisam en-frentar todo esse calorão sem água. Com o abastecimento comprometido há mais de 15 dias, quem mora por lá faz o possível para tentar economi-zar e não desperdiçar água. O banho, que todo mundo toma várias vezes para se refrescar em dias de forte calor, é li-mitado: no máximo um por dia. Lavar roupa, preparar comida e outras atividades simples do dia a dia ficaram seriamente comprometidas. O jeito é contar com a solidariedade dos vizinhos. E carregar, ladeira acima, pesados baldes cheios de água. Natália Ferrante, mo-radora da parte debaixo da rua, é quem libera a cisterna para que a galera não sofra sem água. “O problema na rua é recorrente. Minha mãe, Maria da Glória, sempre aju-dou o pessoal de cima. Faço o mesmo. Libero a cisterna”, conta, Natália, que tem o co-ração enorme. Marta Regina Araújo de-sabafa que está cansada de fazer reclamações à Cedae. Todo verão Marta lida com o mesmo problema. Desde pouco antes do Natal, dia 23 de dezembro, os moradores da rua deixaram de receber a água, que antes entrava na caixa d’água só uma vez por semana. — A conta chega e a água

não. A rua sempre teve pro-blemas com o abastecimen-to, mas sempre piora no ve-rão. A parte de cima da rua é a que mais sofre. Quando chega água, ela sempre vem com pouca pressão, o que não é suficiente para con-seguir chegar direito até a parte mais alta da rua. É um absurdo. Compro água para beber e fazer comida, tomo apenas um banho por dia nesse calor e preciso ir até o Jardim Carioca, na casa da minha mãe, para poder lavar as minhas roupas — reclama Marta, que não suporta mais a situação. De manhã é a hora de des-cer a ladeira com os baldes para buscar água e tentar continuar levando a vida. Tânia Oliveira, mãe de 11 fi-lhos e moradora da Freguesia há mais de 50 anos, diz que quem não tem como comprar água, por falta de dinheiro, precisa descer a rua em busca de doações. “Utilizo a mesma água que uso na minha louça para lavar o banheiro. E não adianta nada, né? O banheiro continua engordurado. É um sufoco”, conta. A Cedae informou ao Jor-nal do Bairro Ilha que irá mandar técnicos até o local para tentar verificar qual é o problema e determinar o que poderia ser feito para que os moradores não sofram nesta época em que o calor está in-suportável.

Moradores precisam descer a rua com baldes para pedir água aos vizinhos

Tânia lamenta não poder mais se refrescar com banhos de mangueira

Moradora despeja balde de água na caixa d’água para utilizar mais tarde

Algumas crianças ajudam os pais e enchem as garrafas de água no início da rua

Em outubro de 2014, parecia que o fl uxo de água na rua íngre-me estava normalizado. Durante pouco mais de dois meses, não havia mais necessidade de racio-namento de água. Os moradores estavam tranquilos. Na época, Marcello Sobrinho, chefe do de-partamento de água e esgoto da

Medida paliativa em outubro não resolveu o problemaIlha, explicou que a reativação do sistema do reservatório do Barão, nos Bancários, ajudou a regulari-zar o abastecimento de água na rua Botocudos. Mas a alegria dos moradores durou pouco. As reclamações voltaram a ser as mesmas no verão. A água não chega no alto da rua. A conta

aparece, mas a água não. Mozar de Castro Filho, que mora na Freguesia há 64 anos, diz que o problema é antigo. “Já teve mês em que a conta de água chegou a quase R$ 400. E aí? Tenho que pagar, mas não recebo água. Fica difícil”, confessou. Para não passar sufoco, o jei-

to é descer a rua para pedir água aos vizinhos. Como cada um só consegue carregar dois baldes, toda “mão extra” é bem-vinda. E são as crianças que descem la-deira abaixo para tentar ajudar a carregar pesados baldes e galões de água. Tânia de Oliveira, mo-radora de uma das casas da parte alta, desabafa que até o seu fi lho, de 2 aninhos, já conhece o drama da falta d’água: “Ele já desce com uma garrafi nha”, ironiza. Arlete Miranda, moradora há 17 anos da Freguesia, diz que não

é possível tomar vários banhos por dia e que a estratégia é fi -car em frente ao ventilador para tentar suportar o forte calor. De acordo com ela, o abastecimen-to da água foi normalizado em outubro do ano passado, véspera das eleições, após inúmeras re-clamações. “Não demorou mui-to para que o problema voltasse. Pura política. Hoje eu acumulo roupa para lavar. As que podem esperar, deixo para lavar bem de-pois. Todo verão é esse desespe-ro”, diz, irritada.

Alerta: há pesquisas que indicam urina nas águas dos chuveirinhos

Médicos recomentam evitar exercícios ao ar livre entre 9h e 17h

Com o forte calor que está fazendo no Rio, os índices de radiação ultravioleta (UV), que pode causar queimaduras e câncer de pele, estão che-gando a níveis extremos. O valor dos raios UV já alcança-ram 11 pontos em uma escala de 15, segundo o Instituto Na-cional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Por isso, todo cuidado é pouco na hora de praticar atividades ao ar livre em dias de muito sol. Os médicos recomendam evitar atividades de lazer ao ar livre entre 9h e 17h. Só se deve pegar sol em horários

As praias podem esconder perigos invisíveis à saúde. O banhista pode estar exposto à diversas doenças, seja logo na entrada ao pisar na areia ou no chuveirinho, amigo na hora de se refrescar para suportar aque-le calor de 40ºC. O primeiro inimigo já está na areia. Na parte seca, podem existir parasitas e larvas de fe-zes de animais que frequentam as praias. Já em partes mo-lhadas, em certas regiões da praia, pode haver esgoto mal tratado que desemboca no mar. O contato do banhista com as bactérias presentes pode cau-sar náuseas e diarreia. Por isso, consulte as pesquisas que mos-tram os níveis de contaminação das areias das praias. Mas há dados mais alarman-

Intensidade de raios UV chegam a nível

extremode pico quando for extre-mamente necessário. Mas é claro que não é só um verão que irá causar câncer de pele, mas sim o efeito cumulativo no sol. O uso do filtro solar, cha-péu e óculos de sol é essen-cial para ajudar na prevenção do câncer de pele. E quem se exercita ao ar livre deve es-tar atento não só à proteção da pele, mas também à inges-tão de líquidos, a fim de evi-tar uma desidratação. Beber água e isotônicos durante e após a atividade física é ex-tremamente necessário.

Cuidados na praia: descuidos que geram riscos à saúde de banhistas

tes. Um levantamento feito em fevereiro do ano passado pelo Centro de Tecnologia Científi -ca da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) constatou que em mais de vinte chuveiri-nhos das praias do Rio há um nível elevado de fosfato, que é um elemento da urina. De acordo com responsáveis pela pesquisa, as pessoas urinam ao se banharem no chuveiro e, assim, a urina desce pela areia até chegar à bomba que leva aquela água contaminada para ser reutilizada na ducha. O pro-blema não está no contato da água contaminada com a pele e sim na ingestão, sem querer, da água na hora do banho. E, como todos já sabem, todo cuidado é pouco na hora de consumir bebidas e comidas

vendidas na praia. O sanduíche natural, o queijo coalho e ou-tros alimentos merecem aten-ção. Não há como saber a pro-cedência dos alimentos. Como alternativa, melhor levar de casa o seu lanche para não ter dor de cabeça depois.Cuidado com os olhos Também é essencial cuidar dos olhos na praia. Em caso de olhos muito vermelhos, por exemplo, pode ser que a pessoa esteja ou com uma conjuntivite, queimadura de sol ou irritação por causa do fi ltro solar e não é recomentado usar água cor-rente – a não se que caia algum produto químico nos olhos- ou colírio com remédio. Sempre opte por usar soro fi siológico ou lágrima artifi cial para aliviar a irritação.Médicos recomentam evitar exercícios ao ar livre entre 9h e 17h Mas há dados mais alarman- de consumir bebidas e comidas a irritação.

CAMPEONATO MAIS CHARMOSO DO BRASIL

Chegou a hora do campe-onato carioca. Muitos tentam diminuir essa competição, mas se o glamour da disputa foi di-minuído nos últimos anos, uma boa parcela de culpa se deve aos clubes grandes que muitas vezes colocam times reservas e sempre priorizam outras competições, afastando o interesse do torcedor. Tente relacionar os 3 cam-peonatos conquistados por seus clubes que mais marcaram sua vida de torcedor. Certamente os tricolores colocaram na lista o ca-rioca de 95, conquistado com um gol de Renato Gaúcho; os bota-foguenses vão citar o título de 89 com o gol do Maurício; os vas-caínos vão falar de 88 com o gol de Cocada nos acréscimos; e os rubro-negros jamais irão esque-cer do gol do Pet no tri-campeo-nato de 2001. Entenderam agora o charme do Cariocão? O campeonato carioca de 2015 tem tudo para ser um dos me-lhores. Os preços baixaram, as torcidas estão se motivando, os clubes de menor investimento es-tão querendo surpreender e muita coisa boa vai rolar nos gramados do campeonato mais charmoso do Brasil.

Uma nova onda invadiu, há cerca de 5 anos, a Praia da Bica: o futevôlei faz sucesso entre quem busca manter em dia o condicionamento �ísico

Futevôlei movimenta as areias da Praia da Bica

O futevôlei já virou febre nas areias da Praia da Bica. A galera que curte futebol, mas não dispensa a dinâmi-ca do vôlei, marca presença, de segunda a quinta, na es-colinha CT Ilha de Futevôlei que ocupa o espaço próximo ao quiosque do Moreno. São mais de 60 alunos fiéis, que aproveitam para se exercitar durante todas as estações do ano, não só no verão. Já são cinco anos em que a escolinha se concentra em melhorar o condicionamen-to físico e as técnicas com a bola de seus praticantes. Léo Bionde, um dos professores de educação física respon-sáveis por trazer o futevôlei para a Praia da Bica, frisa que as aulas não são recre-ativas e sim fazem parte de um centro de treinamento.

A pessoa interessada preci-sa estar disposta a aprender a dinâmica do esporte, que requer agilidade em quadra para dar passes precisos, fazer rápidas defesas e sur-preender o adversário no ataque. Mas quem ainda desco-nhece as habilidades do fu-tevôlei ou se considera sem coordenação motora tam-bém pode participar. Só há uma única exigência: querer se dedicar a aprender. Hoje, a escolinha conta com três redes de vôlei montadas às segundas, terças, quartas e quintas, das 18h às 21h, e pela manhã, de 7h30 às 10h, somente às terças e quin-tas. Crianças, a partir de 10 anos, podem se inscrever. Há aulas só para mulheres às terças e quintas, às 19h. As Parte da equipe de futevôlei em dia de treino

Alguns dos atletas que participaram do “Desafi o do Futevôlei” em dezembro

demais turmas são mistas. Antes de disputar as par-tidas, que duram entre 10 a 15 minutos, com sets de 18 pontos cada, há todo um pre-paro físico de tirar o fôlego. “Antes de cada aula a gente trabalha a parte física com um circuito e um treino fun-cional, que complementam os trabalhos com a bola”, explica Léo. E é o Lucas de Souza, professor e parceiro há cerca de três anos de Léo, quem coloca essa turma para queimar as gordurinhas nas areias. No dia 27 de dezembro, para comemorar os cinco anos de existência do CT Ilha

de Futevôlei, a galera orga-nizou um evento, o “Desafio de Futevôlei”, que chamou a atenção de quem passava pela praia. Profissionais de futebol, como Diego Souza, foram convidados a disputar partidas contra jogadores de futevôlei. No mesmo dia, os alunos se reuniram para fazer uma comemoração de final de ano. A turma se di-vidiu em equipes e disputou pequenos torneios. Interessados em parti-cipar da escolinha devem comparecer a central de treinamento nos horários das aulas para efetuar a ma-trícula.

União da Ilha – Ensaios de rua, concentração no Posto Ilha, próximo ao relógio do Cacuia,

todas as quartas-feiras, a partir das 20h. Os en-saios comerciais acontecem todos os sábados a

partir das 23h.

Pontapé Beach – Todas as quartas pop e rock com Guilherme Rael, a partir das 20h30. Ribeira. Dia 29, Grupo Carioquice, às 20h. Dia 31, evento Beach Rock Festival, com Bloco do

Rock, Guilherme Rael e banda 4XRock, a partir de 13h.

Provisório – Toda quinta, a partir das 22h, Samba Soul Funk. Praia da Bica. Informações:

2466-0968.

Arena Sport Bar – Toda Quinta, show sertane-jo. Couvert R$ 7. Praia da Bica.

Iate Clube Jardim Guanabara – Sexta (30), show do Capital Inicial com abertura da banda

Suricato, a partir das 22h.

LONA CULTURAL?

Sempre fui um verda-deiro entusiasta do projeto das lonas culturais. Acre-dito que a ideia inicial era realmente fantástica. Mas como quase tudo em nosso país depois de um tempo começam as mazelas. No meu entendimento, as lonas culturais surgiram no intuito de fomentar a cul-tura dos bairros, contem-plados com esse espaço. Porém, o que vemos hoje em muitas lonas é algo que caminha na contramão da concepção inicial.

Grupos teatrais de bair-ros têm dificuldades de se apresentarem nas lonas, mesmo sendo um espaço público para disseminação da arte. São cobradas taxas muitas vezes altas em com-paração a outros espaços culturais da cidade. Ao passar na frente da lona cultural de Jacarepa-guá, vi um cartaz oferecen-do curso de artes marciais como Kickboxing! Não tenho nada contra os es-portes, pelo contrário, mas aquele não é um local para esse propósito. Precisamos urgentemente de uma revisão no trabalho que vem sendo feito nas lo-nas culturais. É preciso de-mocratizar mais. O local carece de con-servação e pode ser muito mais positivo para popu-lação do que vem sendo. Fui um dos que lutou muito para que fosse construída uma Lona Cultural na Ilha do Governador. Desejo que esse espaço dê muitas opor-tunidades a todos os insu-lanos que querem mostrar a sua arte.

Fotolog resgata lembranças perdidas da história da Ilha Antigos moradores da Ilha sem-pre lembram aos mais novos in-sulanos de como a região era pa-radisíaca, com praias com águas transparentes e areias tão brancas que pareciam açúcar. Mas, para alguns, ainda é difícil imaginar tal lugar. Para se certifi car e analisar com os próprios olhos, basta dar uma espiadinha no fotolog do pro-fessor de física aposentado Jaime Moraes. Mais de mil fotos e in-contáveis recortes de jornais já fo-ram postados na rede social a fi m de resgatar a memória do bairro. E haja histórias curiosas para contar. Sempre quando Jaime publica uma foto antiga do seu acervo, guardado cuidadosamente em pastas em sua residência nos Bancários, usuários enriquecem a postagem com comentários e lembranças pessoais. — O objetivo do fotolog é di-vulgar a história do bairro, através de fotos e textos. Com os comen-tários que são registrados a cada dia, que já chegaram a mais de 11 mil, é possível, muitas das vezes, reconstruir parte da história da re-

gião — conta Jaime. Entre as milhares de fotos já postadas, estão imagens da déca-da de 50, incluindo a que mostra um bonde circulando pela Estrada do Galeão, ainda de terra batida. Sem falar nas velhas fotografi as da badalada Praia da Guanabara que registram a sua antiga beleza, com águas claras e uma enorme faixa de areia. Com o encerramento das ati-vidades dos canais de fotolog do Terra em 2013, Jaime se viu obri-

Jaime pretende lançar livro com fatos curiosos da história do bairro

gado a transferir o endereço de seu acervo virtual, o fotolog.terra.com/ilhadogovernador, que des-de sua criação, em 2007, recebia cerca de 2.500 visitas diárias, para o ilhadogovernador.nafoto.net . Confi ra!

União contagia milhares de foliões em ensaio de ruaA União da Ilha mostra toda a sua força de vontade de ser campeã

no carnaval de 2015 durante os seus ensaios de rua, às quartas

A simpatia e a alegria con-tagiante dos componentes da União da Ilha durante os en-saios de rua tem atraído cen-tenas de olhares curiosos de foliões insulanos. A cada novo ensaio, a Estrada do Galeão, próximo ao Posto Ilha, fi ca lo-tada e, em uma só voz, em coro, toda comunidade da Ilha canta, junto, o enredo “Beleza Pura?”, que promete agitar as arquiban-cadas da Sapucaí. O saldo da preparação das alas para o carnaval é positivo. Quase todos os componentes da escola fazem questão de estar presente nos ensaios e enchem o peito de orgulho de dizer que as cores de seus corações são azul, vermelho e branco e que batem na mesma velocidade “nervo-sa” da bateria do Mestre Ciça. De acordo com a diretoria da agremiação, a escola já está praticamente com tudo pronto para surpreender e emocionar o espectador na avenida. Apenas estão sendo feitos os últimos ajustes na harmonia. Quem tem frequentado os ensaios de rua da União não entende por que motivo a rai-nha de bateria Bruna Bruno não

está presente. Bruna está de férias na Europa, mas não abandonou a escola de coração. Ela é presen-ça certa no ensaio técnico no dia primeiro de fevereiro na Marquês de Sapucaí. Faltando menos de um mês para o desfi le, a União já está com quase tudo pronto e não está me-dindo esforços para ganhar este carnaval. São quase quatro mil componentes compromissados com a escola em agitar as arqui-bancadas da Sapucaí. Dos sete carros alegóricos, cinco já estão prontos e dois já estão em fase de adereçamento. A escola ainda conta com dois tripés e uma Co-missão de Frente espetacular. Os ensaios de rua são realiza-dos todas as quartas-feiras, a par-tir das 20h, com concentração no Posto Ilha, próximo ao relógio do Cacuia. Já os ensaios comerciais são aos sábados, às 23h. Mais in-formações no 3396-8169. Convidados especiais A atriz Juliana Paiva irá re-presentar a atriz Marilyn Mon-roe, que foi símbolo sexual de Hollywood, na avenida e o fo-tógrafo e maquiador Fernando Torquatto será o deus da beleza Apolo.