jornal de vila meã

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Diretor: José Ismael Mendes Edição: 176 Preço: 0,60 € fevereiro de 2015 TAXA PAGA 4605 Vila Meã Bombeiros de Vila Meã promovem iniciativa “Come do Porco” PÁGINA 10 PÁGINA 3 A 3 OPINIÃO Alimentação e Cancro PÁGINA 5 ENTREVISTA PÁGINA 6 Junta de Vila Meã avança com o projeto para o Largo da Feira ENTREVISTA Academia de Estudo Gerestudo PÁGINA 8 Empresa Pinheiro & Ribeiro ABRIRAM CANDIDATURAS PARA APOIO AO COMÉRCIO TRADICIONAL INFORME-SE NA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE VILA MEÃ ATÉ AO DIA 23 DE MARÇO Contactos: 255 735 050 email: [email protected]

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Edição de fevereiro de 2015

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Page 1: Jornal de Vila Meã

Diretor: José Ismael Mendes Edição: 176 Preço: 0,60 € fevereiro de 2015TAXA PAGA4605 Vila Meã

Bombeiros de Vila Meã promovem iniciativa “Come do Porco”

PÁGINA 10

PÁGINA 3

PÁGINA 3

OPINIÃOAlimentação e Cancro

PÁGINA 5

ENTREVISTA

PÁGINA 6

Junta de Vila Meã avança com o projeto para o Largo da Feira

ENTREVISTAAcademia de Estudo Gerestudo

PÁGINA 8

Empresa Pinheiro & Ribeiro

ABRIRAM CANDIDATURASPARA APOIO AO

COMÉRCIO TRADICIONAL

INFORME-SE NA ASSOCIAÇÃOEMPRESARIAL DE VILA MEÃ

ATÉ AO DIA 23 DE MARÇO

Contactos: 255 735 050email: [email protected]

Page 2: Jornal de Vila Meã

Diretor: José Ismael Mendes Colaboradores:Maria do Rosário Meneses, Delfina Carvalho, Centro Veterinário de Vila Meã, António José Queiroz, Clínica Medimeã, AlegreContorno, Ana Catarina Teixeira e Vanessa Babo (imagem gráfica).Jornalista: Bruna SilvaPropriedade: Associação Empresarial de Vila Meã Pessoa Colectiva nº: 504 603 949 Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila MeãTelef. 255 735 050 Fax 255 735 051 E-mail: [email protected] no ICS: 123326 . Depósito Legal: 139555/99Tiragem média: 1.000 ex. Impressão: Gráfica do Norte (Amarante) Preço de capa: 0,60 euros

OPINIÃOfevereiro de 2015 - Jornal de Vila Meã2

José Ismael Mendes (*)

Portugal precisa de crescimentotornar-se preponderante, também, a ideia de que a Europa deve evoluir para uma maior presença da activi-dade industrial na formação de rique-za; aliás, o objectivo vigente para a união, ainda que de forma não vincu-lativa para cada país-membro, é o de que a indústria possa representar 20% do PIB da EU em 2020.

Mas o próprio relançamento da actividade industrial- a tão falada ideia de reindustrialização- terá que assentar num conceito de indústria novo, senão mesmo numa indústria nova: de menor intensidade energéti-ca, laboral e ambiental, por um lado; e de maior intensidade tecnológica e de conhecimento, por outro; mas também atendendo a novas estéticas e as novas formas de comercialização e, sem qualquer dúvida, muito mais virada para o mercado global.

O ponto de partida da mensagem que se procura trazer, é o de que, para induzir e sustentar crescimento económico, teremos que aumentar a competitividade.

Os progressos de competititvidade terão que resultar de ganhos de pro-dutividade, de redução do custo dos factores de produção, enfim, conhe-cimento.

Engenheiro (*)

P.S. - No último artigo de Janeiro de 2015, deverá ler-se no título “Economias Criminosas Florescentes” e não “Economistas criminosos florescentes”. Pedimos desculpas pelo lapso.

O desempenho de qualquer econo-mia depende da conjugação do com-portamento de um vasto conjunto de variáveis socioeconómicas, das quais se destacam, pela sua importância, as que estão associadas aos factores pro-dução e à produtividade e, por isso, também à competitividade.

No presente artigo, advoga-se ser essencial o papel da inovação e da Engenharia na evolução de tais fac-tores. Por entre as diferentes visões que se reúnem em torno do vivo debate sobre as opções para o cres-cimento e a melhoria da competiti-vidade, à disposição de uma pequena economia aberta como a portuguesa, pode extrair-se, pelo menos, um traço comum: o relançamento do cresci-mento terá que assentar mais em novos factores de desenvolvimento, do que em contributos mais clássicos, isto é, terá que ser mais baseado no conhecimento e na inovação do que no capital e no trabalho. Começa a

Condição feminina e o Dia Internacional da Mulher

A Revolução Industrial foi um marco importantíssimo na histó-ria da humanidade alterando para sempre o seu normal percurso, não só a nível económico mas sobretudo social.

Nos finais do século XVIII dá-se a substituição da produção de bens de forma artesanal, pela produção industrial. Os artesãos são substituídos por operários e máquinas e a oficina dá lugar à fábrica. Nesta fase de agita- fábrica. Nesta fase de agita-. Nesta fase de agita-ção industrial, a mulher deixa de desempenhar apenas o papel de dona de casa, mãe e esposa para passar também a assumir o papel de operária. Larga a esfera priva-da (casa) para frequentar também a esfera pública juntamente com os homens.

Nesta altura, os operários (incluindo crianças a partir dos 5 ou 6 anos) trabalhavam mais de 12h por dia, com más condi-ções e eram explorados até ao limite. Eram mal remunerados, sobretudo as crianças e as mulhe-res, considerados seres inferio-res. Aos poucos as mulheres sen-tem necessidade de que os seus direitos sejam equiparados aos dos homens e iniciam ondas de revoltas, greves e manifestações que, apesar de inicialmente se apresentarem muito envergonha-damente, foram ganhando terreno

e apoiantes. A Organização das Nações

Unidas assinala, desde 1975, o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher e é também por volta desse ano que a mulher portugue-sa vê os seus direitos cada vez mais próximos dos direitos dos homens. Em 1931, por exemplo, o direito de voto foi concedido apenas às mulheres com um grau universitário ou com o secundário concluído. Por seu lado, os homens podiam votar desde que soubes-sem ler e escrever. Já em 1974, a mulher adquiriu o direito ao voto, à participação ativa na vida cívica e política, ao divórcio, a tratar dos filhos em situação de divórcio, à independência face ao cônjuge ou ao pai, a trabalhar em igualdade de oportunidades e salário e em profissões exclusivamente mascu-linas. Adquiriu também o direito a estudar e a frequentar o ensino superior e a ter a sua independên-cia económica, outrora exclusiva do chefe de família (estatuto abo-lido só em 1977 com a revisão do Código Civil).

Atualmente a nossa Constituição consagra a igualdade de direitos para todos. Mas, na prática, será que a igualdade de oportunidades é já uma realidade?

Marlene Moreira

Page 3: Jornal de Vila Meã

ATUALIDADEJornal de Vila Meã - fevereiro de 2015 3

Junta de Vila Meã avança com o projeto para o Largo da FeiraA Junta de Freguesia de Vila Meã

em parceria com a Câmara Municipal de Amarante está a desenvolver um projeto para o Largo da Feira, em Ataíde, que consiste em dotar o espaço de um café/bar com esplanada e remo-delação de todo o Largo.

A obra está projetada para um investimento de 80.000 euros e “pre-tende valorizar o largo, tornando-o num lugar apelativo para a juventude, onde possam conviver e divertir-se sem ter de sair de Vila Meã”, explica o presidente da junta, Lino Macedo.

O Projeto da Avenida das Oliveira, na freguesia de Oliveira, cujo inves-timento será superior a 60.000 euros está neste momento em fase de apro-vação pela Comissão Fabriqueira de Oliveira e a junta de freguesia preten-de iniciar a obra a seguir à Páscoa.

O presidente da junta salienta que desde o início do ano, a Junta de Freguesia tem vindo a resolver vários problemas que apesar de serem peque-nos afetam o dia a dia dos cidadãos,

Futebol Clube “Os Leões” festeja 50 anos de existênciaO Mancelos F.C. “Os Leões” celebrou

no passado dia 21 de fevereiro o seu 50º aniversário e contou com a presença de cerca de 100 pessoas entre as quais o exe-cutivo da Câmara Municipal de Amarante representado pelo presidente, vice presi-dente e pelo vereador do desporto, pre-sidente da Junta de Mancelos, sócios, simpatizantes e amigos do clube.

Tiago Costa, presidente do clube refe-riu que o F.C. “ Os Leões” só existe por-que existe um conjunto de pessoas que se dedicam a esta coletividade. “Atingidos os 50 anos de existência, a direção decidiu agradecer publicamente a quem tornou possível a subsistência do clube. Assim, foram homenageados os fundadores, todos os presidentes de direção e em nome deles todos os elementos que fizeram parte dos órgãos sociais do clube, ao longo dos anos. Foram também glorificados todos os trei-nadores atuais pela sua dedicação e empe-nho e por fim foi feito um agradecimento público à Junta de Freguesia de Mancelos e à Câmara Municipal de Amarante por todo o apoio que têm dado ao clube, pois sem eles seria impossível o clube manter-se”.

O presidente acredita que o Mancelos F.C. é uma instituição importante para a freguesia pela dinâmica que tem, pela par-ticipação ativa nas atividades lúdicas e cul-turais promovidas pela Junta de Freguesia, pela oportunidade que dá a quem gosta de jogar futebol, nomeadamente aos jovens dos escalões de formação para que possam treinar e experimentar a competição com a participação anual no torneio da Madalena.

Ao longo dos anos o clube tem conse-guido uma evolução sustentada. “Após um período em que competiu nos campeonatos da Associação de Futebol do Porto, regres-sou ao campeonato da FADA. Conseguiu subir à primeira divisão e é atualmente um clube respeitado pelos adversários. Em termos financeiros temos as contas em dia e, fruto de uma gestão rigorosa, con-seguimos no final da época passada fazer algumas obras de melhoria das instalações, com um investimento ainda considerável”, explicou o presidente.

O Mancelos F.C. “Os Leões” construiu ao longo dos últimos 50 anos de existência uma história rica. Foi desde a sua fundação um clube que sempre diversificou as suas

atividades, ao contrário da maioria dos clu-bes amadores. Teve equipas de atletismo que competiram em diversas provas ama-doras, para além de terem sido organizadas algumas provas na freguesia. Possuiu uma secção de pesca e sempre teve equipas de futebol sénior que se notabilizaram nos campeonatos e na taça da FADA.

Na década de 90 conseguiu um percur-

so interessante nos campeonatos distritais amadores da Associação de Futebol do Porto. O Mancelos F.C sempre apostou nos escalões de formação e continua a fazê-lo.

Tiago Costa salienta que futuramente o clube gostaria de voltar a ter mais modali-dades e aumentar os escalões de formação, para além de ser necessárias mais obras de intervenção para melhoria das instalações.

nomeadamente a Rua do Pinheiro Manso, em Real, com a colocação de condutas para Águas fluviais. Para além disso, a junta de freguesia tem neste momento 12 funcionários a pro-ceder à limpeza das estradas nas três freguesias de forma a manter as ruas asseadas.

Informação: Este ano a Freguesia de Vila Meã irá novamen-te participar nas Marchas Populares das festas do junho em Amarante, portanto quem quiser participar tem de se dirigir a Junta de freguesia e fazer a sua inscrição até ao dia 31/03/2015.

Page 4: Jornal de Vila Meã

ATUALIDADEfevereiro de 2015 - Jornal de Vila Meã4

TOPONÍMIA DE VILA MEÃLargo Zé do Telhado

O Largo Zé do Telhado situa-se na freguesia de Ataíde, enquadrado pelas Ruas da Igreja, da Bela Vista e da Calçada. É um dos espaços mais interessantes de Vila Meã sobretudo após as obras de requalificação a que foi sujeito (inauguradas a 27 de Agosto de 1994). É de lamentar, porém, que não tenha havido então (tal como agora) coragem para o transformar, de facto, num jardim, retirando-lhe o estacionamento de automóveis da sua primeira plataforma. Lamenta-se igualmente o estado de abandono (e até de ruína) de algumas das casas aí existentes. Tal como noutras zonas de Vila Meã (Estação e Rua Dr. Joaquim da Silva Cunha, por exemplo), é um triste “postal ilustrado” que se mostra a quem nos visita.

Durante anos designou-se oficialmente, com toda a justiça, Largo Bruno José Taveira, homenageando um dinâmico empresário do ramo metalúrgico. Este prestigiado cidadão vila-ário do ramo metalúrgico. Este prestigiado cidadão vila-. Este prestigiado cidadão vila-meanense foi presidente da Assembleia-Geral do primeiro clube de futebol da nossa terra, o Santa Cruz Sport Club, e integrou a “Comissão de Cavalheiros” aqui constituída para festejar a inauguração da Luz Eléctrica em Vila Meã (18 de Março de 1928).

Bruno José Taveira nasceu em Ataíde, a 3 de Setembro de 1871, e nesta freguesia veio a falecer, no dia 16 de Julho de 1935. Era filho de Lúcio José Taveira e Maria Marinho; neto paterno de Francisco Albino e Maria da Conceição (de Ataíde); neto materno de Manuel Marinho da Mota e Luísa Alves (de Fervença, Celorico de Basto).

A célebre Fundição de que foi proprietário, e que funcionou durante dezenas de anos na Rua 5 de Outubro (no local onde se situa o prédio que alberga a GNR), foi uma verdadeira escola profissional onde se formaram várias gerações de excelentes metalúrgicos. Embora desactivada nos inícios dos anos 70 do século XX, ainda hoje a sua influência se faz sentir, já que os seus últimos trabalhadores foram mestres de alguns metalúrgicos ainda em actividade.

A exemplo do que sucedeu noutros largos e artérias, também neste espaço de Ataíde houve mudança de nome. Pouco consensual, diga-se. Não que tenham sido colocadas reservas ao nome de Zé do Telhado na toponímia vilameanense. Simplesmente este nome podia e devia ter sido dado a outro espaço, evitando assim substituir a placa com o nome honrado de Bruno José Taveira.

O Largo Zé do Telhado recorda o célebre e mítico chefe de um bando de salteadores. Chamava-se José Teixeira da Silva (ou mais simplesmente José Teixeira, como consta da sua certidão de casamento). Nasceu a 22 de Junho de 1818, no lugar do Telhado, freguesia de Castelões de Recesinhos, do então concelho de Santa Cruz de Riba-Tâmega (cuja sede foi em Vila Meã até è sua extinção em 24 de Outubro de 1855). Era filho de Joaquim de Matos (também conhecido por Joaquim Teixeira) e Maria Lentina (ou Maria Leontina); neto paterno de Francisco de Matos e de Maria da Silva (de Castelões); neto materno de Manoel Luís e Maria Lentina (de Caíde de Rei).

Aos 14 anos foi aprender a arte de castrador de animais com seu tio José Diogo, que vivia em Caíde de Rei. E foi nesta freguesia que viria a casar com sua prima Ana Leontina de Campos, filha do dito José Diogo e de Ana Leontina de Campos, no dia 3 de Fevereiro de 1845. Deste casamento houve pelo menos quatro filhos: Maria Josefa (1845), Teresa (1847), Ana (1849) e António (1852).

Bem antes do casamento assentara praça em Lisboa, no Regimento de Lanceiros da Rainha (actualmente Lanceiros 2). Em 1837, durante a chamada revolta dos Marechais, distin-guiu-se em combate (Chão da Feira e Ruivães) integrado nas tropas fiéis ao marechal Saldanha. Nove anos mais tarde, durante a guerra civil (Patuleia), esteve ao lado dos setembristas contra os cabralistas, tendo sido ordenança de Sá da Bandeira, a quem salvou a vida numa batalha, em Valpaços. Num gesto de agradecimento, esse famoso militar terá tirado do peito o colar da Torre e Espada, colocando-o no peito de José do Telhado.

Fisicamente era um homem alto e forte, de olhos e cabelos castanhos. Usava quase sempre uma barba cerrada que descaía em leque, que lhe dava um ar distinto e impunha respeito. Nada fazia prever, pois, que o seu destino viesse a ser o de chefe de salteadores. Foi, porém, isso o que sucedeu, já que a sua vida andou para trás (como costuma dizer-se) após os turbulentos episódios da Patuleia em que teve activa participação.

Com dívidas cada vez maiores e sem trabalho que garantisse o sustento da família, tentou a sorte no Brasil onde esteve efemeramente, regressando ainda mais pobre do que quando partira. Falhada a experiência de emigrante, bem como a “via legal” de sobrevivência em terras lusitanas, sobrava a “outra”, isto é, a do crime, vida que viveu intensamente durante cerca de oito anos, comandando duas quadrilhas a que impôs uma rígida estrutura militar, com um forte sentido da hierarquia: a do Marco, de que faziam parte, para além de um ajudante (o seu irmão Joaquim), quatro chefes de divisão e 20 divisionários, e a de Lousada, com novo ajudante, cinco chefes de divisão (entre os quais seu irmão, um padre e um fidalgo) e 25 divisionários. A todos estes elementos juntavam-se ainda outros, em número indeterminado, o chamado corpo auxiliar (homens e mulheres do povo, que eram uma espécie de olhos e ouvidos da quadrilha em algumas terras desta região).

Robin Hood português, assim tem sido chamado Zé do Telhado, não só pela sua valentia mas sobretudo pela sua generosidade para com os mais pobres, com quem fazia questão de repartir o saque dos assaltos. Eram, pois, fundadas as razões que o levavam por vezes a apresentar-se como “Repartidor Público”.

Dos assaltos associados ao seu nome (Casa de Cadeade, em Santa Marinha do Zêzere - Baião, Casa de Carrapatelo, em Penha Longa - Marco de Canaveses, Casa de Domingos Camelo, em Fervença - Celorico de Basto, Casa de Senra, em Aião - Felgueiras, e à Casa do Padre Albino Pacheco da França, em Unhão - Felgueiras) os factos são conhecidos e sobre eles já muito se escreveu (vejam-se, por exemplo, os livros da autoria de José Manuel de Castro Pinto).

De todos eles, o que permanece ainda no imaginário popular é o que teve lugar em 8 de Janeiro de 1852, na Casa de Carrapatelo, cinco dias após o falecimento do seu proprietário, José Joaquim de Abreu e Lemos, sargento-mor das milícias de Bemviver. Esse assalto ficaria marcado pela morte de um criado, de nome João Carvalho (assassinado por João Ribeiro Peneireiro) e pela sova que Zé do Telhado deu a outro membro do bando, o facinoroso José Pinto, um vendeiro da Lixa conhecido ironicamente por José Pequeno (ele que era um homem de estatura avantajada), que tentou abraçar a jovem D. Ana Amélia, neta do fidalgo falecido. Este seu gesto calou fundo em D. Ana Vitória, a herdeira do solar, viúva e mãe de D. Ana Amélia, que, embora roubada nos seus haveres, nunca deixou de mostrar a sua gratidão (e até uma inusitada e misteriosa simpatia) por Zé do Telhado, como se viu antes e durante o julgamento a que este viria a ser sujeito anos mais tarde.

Quem não lhe perdoou a sova e a humilhação foi José Pequeno, que passou a odiá-lo profundamente, não tardando a delatar as actividades do bando ao administrador de Soalhães, Adriano José de Carvalho e Melo (situação confirmada a partir de 1853). O inevitável confronto entre os dois aconteceria na Lixa, em data indeterminada. Nesse duelo, José Pequeno perderia a vida, alegadamente por um golpe de tesoura com que Zé do Telhado lhe atravessou a garganta. Diz-se que, a seguir, a tesoura serviu para cortar a língua ao reles delator e bandido da Lixa. As autoridades, curiosamente, devem ter ficado satisfeitas com o desfecho do duelo, já que nunca viriam a acusar Zé do Telhado desta morte.

Após ter estado escondido, no Porto, numa residência que pertencia a D. Ana Vitória, que lhe deu guarida), encontrando-se já a bordo da barca “Oliveira”, com destino ao Brasil, Zé do Telhado foi detido a 5 de Abril de 1859 (31 de Março segundo alguns autores), por delação de dois membros do bando, o padre Torcato José Coelho Pereira de Magalhães, de Valteiro (Sousela, concelho de Lousada), e António Ribeiro Correia de Faria, morgado da Magantinha (S. Miguel de Lousada). Não hesitaram em trair o seu chefe, em troca de uma promessa de liberdade feita pelo administrador do concelho de Lousada, Albino Leite Rebelo da Gama.

Levado para a cadeia da Relação do Porto, Zé do Telhado travou conhecimento e fez amizade com Camilo Castelo Branco, que aí se encontrava em virtude do relacionamento amo-roso que tinha com Ana Plácido, uma senhora casada.

Poucos apostariam que conseguisse livrar-se da pena capital, face às acusações constantes do processo (iniciado em 30 de Maio de 1859, com acusação pública em 9 de Dezembro do mesmo ano) e ao seu polémico julgamento em Marco de Canaveses. Iniciado a 25 de Abril de 1861, esse julgamento ficaria marcado por evidentes irregularidades, que começaram logo no critério da constituição do júri (escolha a dedo dos jurados, em vez do habitual sorteio) e continuaram com a subtracção de algumas importantes testemunhas de defesa, situação que contrastava com a indecorosa manipulação de outras testemunhas, as quais, com meias verdades ou falsas afirmações, tinham apenas um único propósito: mandar o réu para a forca.

Mas não foi esse o destino de Zé do Telhado, mercê da brilhante defesa que teve, a cargo do advogado Marcelino de Matos (defesa gratuita, diga-se, feita a pedido de Camilo Castelo Branco). A sentença, do juiz António Pereira Ferraz, datada de 27 de Abril de 1861, condenou-o, porém, na pena de trabalhos públicos por toda a vida, na costa ocidental de África e no pagamento das custas. Esta pena foi mantida pela Relação do Porto, substituindo apenas a expressão «costa ocidental de África» por «Ultramar».

Partiu Zé do Telhado para Angola a bordo do brigue “Pedro Nunes”, dando entrada no Depósito de Degredados, em Luanda (Fortaleza de S. Miguel). Por essa altura havia revoltas entre os indígenas. O passado militar e os actos de bravura de que dera sobejas provas levaram o comandante da fortaleza a pedir-lhe que se alistasse nas suas tropas, o que veio a fazer, partindo para Ambriz, onde se destacou em várias campanhas militares. As febres, porém, fizeram com que regressasse a Luanda, onde o Governador-Geral lhe comunicou que iria propor ao rei a comutação da sua pena.

A mudança na chefia do governo da colónia (quando Zé do Telhado se encontrava em Benguela em nova missão militar) iria, porém, alterar novamente o rumo da sua vida. A mis- Zé do Telhado se encontrava em Benguela em nova missão militar) iria, porém, alterar novamente o rumo da sua vida. A mis-Telhado se encontrava em Benguela em nova missão militar) iria, porém, alterar novamente o rumo da sua vida. A mis-são foi revogada, sendo intimado a regressar ao Depósito de Degredados. É então que decide internar-se no mato, fixando-se em Xissa (hoje Mucari), terra natal de Bandy, um nativo de quem foi inseparável companheiro. Nessa terra, a cerca de uma centena de quilómetros de Malange, passou a dedicar-se ao comércio (borracha, cera e marfim), vivendo com uma nativa, de nome Conceição, de que viria a ter três filhos. Nunca esqueceu, porém, a mulher e os filhos que deixara na sua casa de Sobreira, em Caíde. O dinheiro que mandava é que poucas vezes terá chegado (se é que alguma vez chegou). Daí a miséria da sua família, de que provavelmente nunca terá tido conhecimento.

O indulto régio, de 1863, levou alguém não identificado (Ana Leontina? D. Ana Vitória?) a requerer que também lhe fosse aplicado. Um acórdão do Tribunal da Relação do Porto acabaria por dar provimento ao requerimento feito ao Procurador Régio em 2 de Agosto de 1865. Nesse acórdão, datado de 11 de Agosto, declarava-se “aplicável ao Réu José Teixeira da Silva, vulgo José do Telhado, (…) a disposição do art.º 5 do Decr[eto] de 28 de Abril de 1863, que lhe comuta a sobredita pena na de quinze anos de degredo para a África Ocidental a contar desde a data do sobred[ito] Decreto”.

Zé do Telhado poderia, pois, regressar à Pátria em finais de Abril de 1878. Mas isso nunca chegaria a acontecer porque faleceu três anos. Na notícia da sua morte, dada pelo Diário de Notícias na edição de 16 de Setembro de 1875, dizia-se: “José do Telhado, o célebre bandido que agora faleceu, tinha rasgos de virtude e generosidade no meio do crime…”.

A vida de Zé do Telhado deu origem a uma vasta literatura, popular e erudita (com destaque para o que sobre ele escreveu Camilo Castelo Branco nas Memórias do Cárcere), a três filmes (o de Rino Lupo, realizado em 1929, com interpretação de Carlos Azedo, e os de Armando de Miranda, de 1945 e de 1949 – o último intitulado A volta do Zé do Telhado – ambos com Virgílio Teixeira como protagonista) e a uma peça de teatro de Hélder Costa, levada à cena pela companhia A Barraca, em 1978. Os arranjos musicais desta peça eram de Zeca Afonso. Foram publicados, no ano seguinte, no álbum Fura, Fura. A peça tem sido representada, por várias companhias, um pouco por toda a parte, contribuindo decisivamente para que continue a perpetuar-se o mito do Robin Hood português.

António José Queiroz

Page 5: Jornal de Vila Meã

OPINIÃOJornal de Vila Meã - fevereiro de 2015 5

EsganaSAÚDE ANIMAL

Rafaela TeixeiraMédica Veterinária

Centro Veterinário de Vila Meã

e das próprias mãos. O vírus não sobrevive facilmente no meio ambiente, pelo que uma desinfeção correta e precoce são essenciais no controlo da sua disseminação.

Esta doença caracteriza-se por apresentar picos de febre alternados com períodos de tem-peratura normal, diminuição do apetite, fraque-za e depressão. Os sinais respiratórios incluem a presença de secreções nasais e oculares, tosse e espirros. Quando presente, a sintomatologia digestiva caracteriza-se por diarreia e vómitos. A esgana pode ainda evoluir para uma fase neurológica caracterizada por incoordenação motora, paralisia dos membros, convulsões e contrações musculares generalizadas.

Assim que a esgana for diagnosti-

Devido ao surto de esgana que existe neste momento na região de Amarante e concelhos limítrofes, nesta edição vamos explicar o que é esta doença. A esgana é uma doença vírica extremamente contagiosa que afeta cães e roedores domésticos, especialmente animais jovens não vacinados, e que pode terminar com a morte do animal.

A principal via de transmissão dá-se através de aerossóis expelidos durante a tosse e espirros. O vírus pode ainda ser transmitido por contacto direto, sendo transportado no focinho e nas almofadas plantares de um cão doente. Apesar de o Homem não ser afetado pela esgana, pode funcionar como um veículo de transmissão através do calçado, da roupa

Alimentação e Cancro- Alimentação rica em sal e ali-

mentos salgados;- Obesidade.Por outro lado existem alimentos

que ajudam a prevenir o cancro por auxiliarem na remoção de substân-cias cancerígenas e poderem inibir o crescimento de células malignas. Alimentos diferentes podem comba-

ter o cancro de maneira diferente, por isso a alimentação deve ser variada e equilibrada. Para reduzir o risco de desenvolver cancro:

- Limite o consumo de gorduras saturadas e de alimentos ricos em açúcares e sal. Reduza o consumo de carnes vermelhas, preferindo as car-nes brancas (aves, coelho) e o peixe. Os peixes gordos (sardinha, cavala,

salmão) são fontes de ómega-3, que protegem contra o cancro;

- Evite os alimentos pré-confecio-nados por conterem muito sal. Nos seus cozinhados utilize cebola, alho, ervas aromáticas e especiarias;

- Não reutilize as gorduras e use pouca gordura na confeção de ali-mentos, prefira o azeite;

- Aumente os produtos hortícolas e fruta nas suas refeições. As horta-liças de cor verde escura (espinafres, couves, brócolos) contêm sulfurafa-nos e fibra que protegem contra o cancro. Os legumes de cor vermelha e roxa (tomate, beringela, beterraba) são ricos em licopeno, um potente antioxidante;

- Inclua leguminosas (feijão, ervi-

lha, grão, lentilhas) na sua alimenta-ção;

- Consuma cereais integrais pelo seu alto teor em fibra;

- Tenha especial atenção à preparação dos alimentos: não consuma alimentos total ou parcial-alimentos total ou parcial-mente carbonizados;

- Modere o consumo de bebidas alcoólicas. O consumo excessivo de álcool aumenta o risco de desenvolvi-mento de cancro. Prefira água;

- Mantenha um peso saudável, combata a obesidade;

- Pratique atividade física regular.Alguns números acerca de alimen-

tação e cancro:- 1/3 das mortes por cancro advêm

de maus hábitos alimentares e da ina- hábitos alimentares e da ina-tos alimentares e da ina-tividade física;

- 75 a 80% dos cancros são cau-sados por fatores associados ao estilo de vida;

- 30% dos cancros estão direta ou indiretamente ligados à nutrição;

- 40% dos cancros podem ser evi-tados através de mudanças no estilo de vida.

Feitas as contas, compensa real-mente investir numa alimentação sau-dável e num estilo de vida ativo! Ana Catarina Teixeira

Nutrição e Dieté[email protected]

Comemorou-se, no passado dia 4 de fevereiro o “Dia Mundial da Luta Contra o Cancro”. Apesar de, em muitos casos, a causa do cancro ser desconhecida, existem determi-nados fatores de risco que aumentam a probabilidade de uma pessoa vir a desenvolver esta doença.

Globalmente, os fatores de risco mais comuns para o cancro são o envelhecimento, tabagismo, exposição solar desprotegida, radiação ionizante, determinados químicos e outras substâncias, alguns vírus e bactérias, determinadas hor-monas, álcool, dieta inadequada, falta de exercício físico ou excesso de peso. Apesar de existirem fatores de risco que não podem ser evitados, muitos deles podem, devendo por isso sê-lo sempre que possível (a exposi-ção excessiva à luz solar, o tabaco, o álcool, a falta de exercício físico e os fatores de origem alimentar).

Constituem fatores de risco ali-mentar os seguintes:

- Alimentação rica em gordura saturada: carnes vermelhas, enchidos;

- Consumo excessivo de calorias e açúcares;

- Alimentos tostados;- Consumo excessivo de bebidas

alcoólicas;

cada o animal deverá ficar isolado prevenin-do o contágio de outros animais. Não existe nenhum medicamento antivírico, pelo que o tratamento desta doença é sintomático. Desta forma, deverá ser implementado de imediato um tratamento de suporte, incluindo a fluido-terapia e o controlo de infeções bacterianas secundárias.

O prognóstico da doença é reservado. Em alguns animais verifica-se remissão total da doença, no entanto por diversas vezes o trata-mento é infrutífero, podendo terminar com a morte do animal. É possível ainda que o ani-mal sobreviva mas que permaneçam sequelas da doença, principalmente se a sintomatologia neurológica esteve presente.

Concluindo, a vacinação de rotina contra o vírus é a única forma de prevenção desta doença.

Para qualquer esclarecimento adi-cional não hesite em contactar o seu Médico Veterinário

Page 6: Jornal de Vila Meã

ENTREVISTAfevereiro de 2015 - Jornal de Vila Meã6

A Pinheiro & Ribeiro é uma empresa conceituada na área de materiais de construção que se distingue pelo profissionalismo e acompanhamento personalizado dos projetos.

empresas com mais sucesso na zona norte porque toda a nossa equipa, dá diariamente o seu melhor pelo sucesso da mesma, com dinamismo, profissionalismo e sempre com visão de futuro.

JVM- Quantos funcionários têm atualmente?

JP- 19 colaboradores.JVM- Que tipo de serviços disponibilizam?JP- A P&R disponibiliza todo o tipo de

serviço associado à construção tradicional e modular, assim como à remodelação e decoração.

JVM- Que tipo de produtos vendem?JP- O nosso Core Business incide

essencialmente nas soluções de pavimentos e revestimentos cerâmicos, nos sanitários, complementos de banho e cozinha, soluções de aquecimento, soluções de mobiliário e decoração e ainda mais recentemente nas casas modulares.

JVM- Exportam os vossos produtos para o estrangeiro?

JP- Sim. França, Suíça e Angola.JVM- Qual a importância do mercado

internacional?JP- Com a atual conjuntura, somos

obrigados a cada vez mais apostarmos na internacionalização, por isso neste momento temos a nossa estratégia muito focada na exportação com a abertura de novas lojas de insígnia P&R e exportação das Casas Modelares,

de soluções completas.JVM- A que se deve o crescimento do

negócio?JP- Estamos certos que para além de

trabalharmos com parceiros de notoriedade que nos asseguram alto nível de qualidade e serviço, acreditamos que o cliente reconhece muito, também, os nossos valores que sempre se pautaram por: Excelência no Serviço; Garantia de Qualidade e Segurança dos produtos; Privilégio de relações comerciais que tenham em conta as boas práticas ambientais; Defesa da Legalidade e da Ética Empresarial; Desenvolvimento de pessoas competentes, motivadas e comprometidas e Honestidade.

Sem dúvida que estas vertentes são o motor do nosso crescimento que nos encoraja a abrir fronteiras sempre com o nosso lema presente “Fazemos melhor porque sabemos como”.

JVM- Que tipo de apostas ainda estão por fazer?

JP- Temos em desenvolvimento um outro projeto com casas modulares em parceria com um Gabinete de Arquitetura conceituado da nossa zona onde se pretende implantar nas instalações da P&R uma “aldeia modelar” que servirá de “showroom” para o mercado externo e interno.

não deixando no entanto de alargar a mesma também ao mercado nacional

JVM- Costumam participar em certames nacionais e estrangeiros?

JP- Sim nomeadamente na Fil em Lisboa como expositores e em Itália e Espanha como visitantes.

JVM- Quais foram os progressos mais marcantes desde a abertura da empresa?

JP- Considero que terá sido o facto de termos definido o nosso cliente alvo.

JVM- Quais são as grandes diferenças e trunfos em relação à concorrência?

JP- A Pinheiro & Ribeiro julgo que se distingue da concorrência porque consegue oferecer aos seus clientes uma solução completa que vai dos produtos aos serviços. Aquilo que habitualmente se designa por “trabalho chave na mão”.

Assim como um serviço diferenciado de atendimento. Prestamos aconselhamento e acompanhamento personalizado a cada obra ou projeto.

JVM- O que torna a sua empresa uma referência no mercado?

JP- Mais do que sermos competitivos no preço e qualidade de um simples produto a nossa missão é essencialmente associar à venda um bom serviço, quer no atendimento quer na oferta

Jornal de Vila Meã (JVM) - Há quantos anos existe a empresa Pinheiro & Ribeiro?

José Pinheiro (JP)- A Pinheiro & Ribeiro foi fundada em 1987 tendo portanto 28 anos.

JVM - Como é que tudo começou?JP - A história da Pinheiro & Ribeiro começou

numa pequena pichelaria, no centro de Caíde de Rei, no concelho de Lousada – Porto. Decorria o ano de 1979 e eu , José Pinheiro, e a minha esposa, Maria de Lurdes Ribeiro, fazíamos a exploração desse pequeno espaço comercial. Os anos foram passando e o dinamismo e vontade de fazer mais e melhor, levaram-nos a criar umas novas instalações e uma nova imagem. Surgiu, assim, em 1987, a Pinheiro & Ribeiro – Materiais de Construção Lda, no lugar das Árvores, em Vila Meã, concelho de Amarante. Desde então, o percurso da empresa apresentou sempre uma linha ascendente, com muitos sucessos, aumento de áreas bem como do volume de negócios. Aquela que foi em tempos uma pequena loja de comercialização de produtos de drogaria, pichelaria e sanitários, tornou-se com o passar dos anos uma organização de sucesso que conta já com 20 000 m2 de área comercial. A empresa conta atualmente com a colaboração dos meus dois filhos, na área comercial e financeira, mantendo, por isso, o cariz familiar que sempre nos caracterizou. Somos uma das

“Mais do que sermos competitivos no preço e qualidade de um simples produto a nossa missão é essencialmente associar à venda um bom serviço, quer no atendimento quer na oferta de soluções completas”

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PUBLICIDADEJornal de Vila Meã - fevereiro de 2015 7

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ENTREVISTAfevereiro de 2015 - Jornal de Vila Meã8

O Jornal de Vila Meã falou com Geraldino Oliveira e sua esposa, Joana Ribeiro, dois jovens empreendedores de Vila Meã que são, pelos anos de experiência, um casal conhecido pelo seu dinamismo e sucesso nos negócios que têm criado.

Jornal de Vila Meã (JVM)-Há quantos anos existe a Academia de Estudo Gerestudo em Ataíde?

Geraldino Oliveira (GO)- A Academia de Estudo Gerestudo iniciou a sua ativida-de em setembro de 2006. Desde a sua funda-ção, apresenta-se como um espaço educativo com serviços de educação que se distinguem do modelo comum de centros de explicações pelo método, conceito, espaços e diversidade de serviços que oferece, já é uma referência que se encontra bem presente na nossa região. JVM- Como é que tudo começou?

GO- Eu já tinha uma escola de Música (hoje identificada como Germúsica) e a Joana tinha terminado o curso de Gestão de Empresas recen-temente, questionamo-nos então: porque não criarmos algo de inovador e o nosso próprio posto de trabalho? Ouviu-se um sim, embora existisse um receio de correr um risco, pois eramos os primeiros. E assim surgiu um projeto com raízes artísticas para espicaçar os mais pequenos em várias vertentes: emocionais, afetivas, intelectuais, cognitivas, sensoriais e motoras. A Gerestudo nasceu para intervir na comunidade através da arte e educação.

JVM- Quantos funcionários trabalham na academia?

GO- A Gerestudo é formada por uma equipa multidisciplinar de professores com vasta expe-riência no ensino e no acompanhamento peda-gógico de alunos do ensino básico, secundário e universitário. Neste momento, temos na nossa academia 10 profissionais da área da educação estando três com contrato, mas o mais importante é que este ano temos a “melhor equipa” e a mais qualificada para responder às necessidades de cada aluno.

JVM- Quantos alunos têm atualmente?GO- Na Gerestudo, quantidade nunca foi

entendido como qualidade, mas temos noção que somos uma academia muito procurada, pois a nossa publicidade são os resultados dos nossos alunos. Temos vindo a crescer ano após ano, fazendo médias de cerca de 100 alunos, mas este ano letivo está a superar todos os anos anteriores, pois nesta altura nunca tivemos tantos alunos.

Os resultados falam por si e para que se possa entender em anos anteriores tivemos mais de 85% de sucesso, no ano letivo anterior chegamos aos 99% mas não estamos nada satisfeitos, pois queremos chegar ao máximo de perfeição - 100% de sucesso. Embora consideremos que esta zona esteja superlotada com a oferta destes serviços, acreditamos que esses espaços nos fazem realçar ainda mais, pois tornam os nossos serviços mais fortes e com um maior reconhecimento.

JVM- Que tipo de serviços disponibiliza?GO- A Gerestudo dispõe de serviços de apoio

escolar tais como, acompanhamento escolar diá-rio às disciplinas de estudo, do 1º ao 9º ano de escolaridade; salas de estudo para 1º ciclo, 2º ciclo,

3º ciclo e secundário; apoio na elaboração de trabalhos; preparação de alunos externos; expli-cações individuais ou em grupo às disciplinas de estudo, do 1º ano ao ensino superior; preparação para exames nacionais e exames Cambridge ESOL. Para além dos serviços de apoio escolar e explicações, a Gerestudo dispõe de uma vasta gama de outros serviços e atividades educativas, formativas e lúdico-didáticas que abrangem diver-sas áreas do conhecimento e, cujo objetivo é o desenvolvimento integral do indivíduo.

O conceito multisserviços de educação con-templa, ainda, atividades de ocupação de tempos livres, programa de férias, formações modulares

para adultos, ateliês e workshops, instituto de línguas, traduções, aulas de música, Tai chi chuan - Yôga chinês, psicopedagogia, serviço de trans-porte coletivo para crianças, entre outros.

JVM- Que parcerias têm estabelecidas de forma a aumentar/promover os serviços que prestam?

GO- Na Gerestudo um dos lemas que segui-mos é: “Caminhar sozinho, não é solução!” Mas temos que saber selecionar os melhores, fortale-cendo assim todas as nossas “ramificações”.

As nossas parcerias são feitas principal-mente com professores, profissionais e institui-ções de diversas áreas. Devemos salientar as parcerias com a Associação Empresarial de Vila Meã, Profiforma, Global XXI, Germúsica, Universidade Sénior de Amarante, Knightsbridge, Cambridge Atlético Clube de Vila Meã, nutricio-nistas, papelarias, etc. Assim sendo, ficamos mais credíveis, adquirimos mais segurança, mais sabe-doria, conhecimento e experiência, para assim proporcionar a toda a “família” da academia estar ligada como de uma rede se tratasse - De todos e para todos!

JVM- Quais foram os progressos mais marcantes desde a abertura da academia?

GO- O progresso é todos os dias, todos os anos, toda a vida! Os Grandes resultados não podem ser alcançados imediatamente, devemos estar satisfeitos por avançar na vida como andamos, passo a passo. Se quisermos progredir, não devemos copiar originais, mas sim criar novos.

JVM- Quais são as grandes diferenças e trunfos em relação à concorrência?

GO- Com o saber acumulado de quase 10 anos de experiência, congratulamo-nos por cons-tatar que mais de 1000 alunos das várias escolas

do nosso concelho e de concelhos limítrofes, frequentaram a nossa Academia, ajudamos os alunos a melhorar os seus resultados escolares. Sendo assim, apesar de existirem serviços que se dizem semelhantes, muitos alunos optam pela Gerestudo, onde permanecem durante o seu per-curso escolar, recomendando o nosso centro a familiares, amigos e colegas. A relação com os nossos alunos acaba por ser a nossa mais-valia, os alunos que acompanhamos sabem que isto é uma realidade. Somos profissionais experientes, temos sabedoria, somos referência, mais do que alunos, professores, formadores e auxiliares, tornámo--nos uma grande família – GERESTUDO DE TODOS E PARA TODOS.

JVM- Têm clientes fidelizados desde a abertura?

GO- Fidelizar clientes na nossa Academia significa, criar uma qualidade superior à satisfação pelo uso dos nossos serviços. A Gerestudo sente--se elogiada por ter alunos a frequentarem a nossa academia desde que iniciam o seu percurso esco-lar até o findarem. Não nos cansamos de dizer que somos uma família pois por vezes temos cá três

gerações a frequentar a nossa academia, quer seja em explicações, formações modulares, cursos de línguas ou em atividade lúdico expressivas.

Devemos realçar que temos este ano duas professoras a trabalhar connosco que foram nos-sas alunas, isto mostra que somos parte da vida dos nossos alunos.

JVM- O que motivou a abertura de um novo espaço em Real?

GO- Este é um projeto que já há algum tempo esperávamos concretizar.

Apesar da excelência de todos os serviços, a Gerestudo estava mesmo a precisar de uma remo-delação do espaço existente e acima de tudo de um novo espaço para dar resposta a todos que nos procuram. As salas que temos na Academia em Ataíde tornaram-se insuficientes. A necessi-dade de espaço e o incentivo de muitas pessoas levaram-nos a achar que este era o momento para darmos vida ao nosso projeto.

Ao longo destes anos de trabalho, não obtivemos apenas sucessos e reconhecimento, o gosto por este trabalho, a vontade de influenciar a forma como tantos alunos, pais e professores veem a educação tem-nos motivado a nunca baixar os braços perante grandes desafios. Cada aluno é um desafio e os desafios motivam-nos. JVM- Este novo espaço será um complemen-to da academia em Ataíde?

GO- A Gerestudo tem que ser vista como um todo e não existem complementos, mas sim instalações em locais diferentes.

JVM- Terá os mesmos serviços? E desti-na-se para o mesmo público-alvo?

GO- Atualmente neste novo espaço para além da vasta oferta de serviços que a Gerestudo já oferecia estamos a desenvolver os cursos de lín-estamos a desenvolver os cursos de lín-guas para todas as idades, através da parceria com knightsbridge / Cambridge School; aulas de Tai Chi Chuan ; formações modulares; Workshops, entre outros. Estamos juntos, conectados e, por isso, no caminho certo para que novos projetos surjam e todos os que nos procuram se sintam o máximo satisfeitos!

JVM- Que tipos de apostas ainda estão por fazer?

GO- O importante não é a conquista, mas a disposição e execução de procurá-las. Realizar, empreender, pesquisar, inovar são verbos muito importantes para nós – conquistar é um verbo secundário, pois não existem conquistas sem realizações empreendedoras. É óbvio que sur-girão novos projetos. Projetos estes que irão sempre ao encontro daqueles que confiam e acreditam em nós, temos que estar atentos! Devemos aprender com o passado, orgulhar--nos do presente e planear o futuro. O segredo sempre foi a alma do negócio, e nós já apren-demos isso.

O mundo não para e a Gerestudo acompa-nha o mundo! O melhor ainda está por ser feito!

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REPORTAGEMJornal de Vila Meã - fevereiro de 2015 9

MEDIMARCO“Há muito trabalho a fazer, muitas barreiras a ultrapassar, mas com o Know-how adquirido ao longo destes anos, acreditamos que estamos preparados para continuar a fazer a diferença”.

A Medimarco é um grupo empresarial de referência nas áreas de Segurança e Saúde no Trabalho, situada em Marco de Canaveses, que conta já com 16 anos de experiência no mercado.

Fundada por Álvaro Teixeira a empre-sa começou como Clínica Dentária com um pequeno grupo de colaboradores. Mais tarde, apostou na Medicina e Segurança no Trabalho e posteriormente em diversas especialidades.

Atualmente a empresa desenvolve a sua atividade a nível nacional, traba-lhando nos setores público e privado, nas mais diversas áreas, nomeadamente serviços de Medicina e Segurança no Trabalho, Higiene e Segurança Alimentar (HACCP) e várias especialidades médicas: Podologia, Medicina Dentária, Pediatria, Psicologia, Nutrição, Acupuntura, Ortodontia, Clínica Geral, Medicina Desportiva e realização de todo o tipo de Análises Clinicas.

A Medimarco conta atualmente com a colaboração 26 trabalhadores no qua-dro da empresa e vários prestadores de serviços em diversas áreas, principal-mente médicos, enfermeiros e técnicos, que dispõem de formação contínua de forma a prestar um serviço diferencia-dor. “Todos estes fatores traduzem-se numa qualidade acima da média que procuramos melhorar todos os dias, com

exigências do mercado, designadamen-te ao nível de formações, manutenção de extintores/ proteção contra incêndio, equipamentos de proteção individual, análises de água, entre outros. “A par- “A par-ceria mais recente que fizemos foi com - Medicina Laboratorial Dr. Carlos Torres – a Unilabs Company, para análises clí-nicas”.

O empresário salientou que apesar de existir um número significativo de empresas prestadoras de serviços nas áreas de Medicina e Segurança no tra-balho, a Medimarco presta um serviço personalizado. “Procuramos direcionar a nossa atenção para o cliente, de forma a darmos resposta aos seus problemas e solicitações, estando elas ao nosso

alcance, ou proporcionadas pelos nos-sos parceiros nas mais diversas áreas. Sublinho o facto de estarmos autorizados pela DGS-Direção Geral de Saúde e pela ACT-Autoridade para as Condições do Trabalho, a prestar serviços a empre-sas com risco elevado. Possuímos diver-sos aspetos, que no nosso entender são diferenciadores relativamente a outras empresas da área e o cliente é a nossa mais importante preocupação”.

Desde a sua fundação, a Medimarco, obteve já várias vitórias que permitem acreditar num futuro risonho. O cresci-mento sustentado traduziu-se numa soli-dificação de posição no mercado. “Há muito trabalho a fazer, muitas barreiras a ultrapassar, mas com o Know-how adqui-rido ao longo destes anos, acreditamos que estamos preparados para continuar a fazer a diferença”.

Ao nível de novas apostas a empresa tem já alguns projetos em execução e outros em fase de análise, nomeadamente a conclusão dos processos de certificação de qualidade; a abertura de novas clinicas autorizadas pela DGS para a realização de serviços de Medicina no Trabalho e o serviço de enfermagem ao domicí-lio. Pretendem também adquirir unidades móveis de saúde, devidamente equipa-das, de modo a realizar exames aos tra-balhadores que não se possam deslocar às clínicas, sem por em causa a qualidade do serviço. O objetivo será facilitar o acesso dos funcionários aos serviços de saúde/realização dos exames médicos, reduzin-do o tempo gasto na deslocação de cada trabalhador e mantendo a qualidade.

Nome do proprietário: Dr. Álvaro José TeixeiraIdade: 57 anosExperiência académica e profis-sional: Concluiu a licenciatura em Medicina em 1986. Trabalha como médico de Clínica Geral na Santa Casa da Misericórdia do Marco de Canaveses, desde 1989, sendo perito médico no serviço de verificação de incapacidades do instituto de seguran-ça social (IP), no distrito de Aveiro, desde 1989. Em 2007, concluiu a pós graduação em Medicina Legal Social e do Trabalho. Exerce Medicina no Trabalho com autorização da DGS, desde 13/05/2008. Concluiu a pós--graduação em Medicina do Trabalho, em 2009.

muito esforço, empenho, humildade e dedicação. Sendo o nosso core-business a Medicina e Segurança no trabalho, o crescimento de negócio deve-se também ao nosso leque alargado de serviços em todo o país que nos permitiu a entrada em “novos mercados” e consequente-mente um aumento das áreas e volume de negócio. Trabalhamos com empresas de referência a nível nacional como é o exemplo da Telepizza, que nos confere uma maior visibilidade/ credibilidade”, explica o empresário.

Ao longo do seu percurso, a empre-sa tem estabelecido várias parcerias com empresas, instituições, associações empresariais, misericórdias e entidades formadoras de forma a dar respostas às

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VILA MEÃfevereiro de 2015 - Jornal de Vila Meã10

Bombeiros de Vila Meã promovem iniciativa “Come do Porco”passeio de BTT, no dia 3 de maio, e o passeio de motas e motorizadas, no dia 13 de junho.

De 2 a 7 de março decorreu a semana da proteção civil, uma ini-ciativa aberta a toda a comunidade, sobretudo aos alunos da região, que culminou com uma apresentação de Mass Training de Suporte Básico de Vida, realizada pelo INEM, no dia 7, pelas 15h.

Situação financeira da Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Meã

Após quatros anos de mandato a atual direção conseguiu diminuir o passivo em mais de 750.000 euros. A dívida era superior a um milhão de euros quando tomaram posse e têm atualmente 250.00 euros por liquidar.

Segundo Ricardo Vieira a recuperação económica só foi possível devido ao rigor

financeiro e a um controlo apertado das despe-sas, para além do apoio de toda a comunidade. “Pretendemos continuar a liquidar os planos de pagamentos e os compromissos bancários que ainda temos e acredito que até ao final do ano conseguiremos saldar o passivo restante de 250 mil euros. Há um plano de pagamento que termina em janeiro de 2016, mas o valor é irrisório, 250 euros, comparado com os que temos atualmente. Para além disso, temos a caução da construção do quartel que terá de ser regularizada em fevereiro de 2016 se a empresa que construiu o quartel proceder às obras de requalificação necessárias. Caso isso não aconteça temos uma garantia bancária sobre essa empresa de cerca de 30 mil euros”.

Uma das ambições da direção para o próximo mandato, caso sejam eleitos, é dar melhores condições aos trabalhadores da associação, nomeadamente fardamento e equipamentos.

A médio prazo, um dos projetos que gos-tariam de realizar em Vila Meã era um Lar de Terceira Idade com o objetivo de se tornarem autossuficientes e dotar a região de um equi-pamento que não existe. Para Ricardo Vieira este investimento permitiria usar os recursos da associação humanitária e permitiria esta-belecer protocolos com outras instituições da região de forma a rentabilizar os serviços já existentes.

No passado dia 21 de feverei-ro a Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Meã organizou, pela primeira vez, a iniciativa “Come do Porco” que contou com a presença de cerca de 200 pessoas.

A atividade teve como objetivo angariar fundos para a instituição e estreitar os laços com a população, promovendo o convívio entre todos. “ A adesão da comunidade superou as nossas expetativas. Este é um evento que tem uma margem de progressão bastante elevada e pretendemos repeti--lo”, explicou Ricardo Vieira, presi-dente da associação.

As próximas atividades agendadas serão a caminhada que se realizará no dia 26 de abril, mês de aniversário da associação, a segunda edição do

com a colaboração de 20 trabalhadores que são “incansáveis e a principal razão para o sucesso da instituição”.

Neste momento a taxa média de ocupação das três valências (Centro de Dia, Creche e Serviço de Apoio Domiciliário) situa-se nos 91%. “Na valência Creche tivemos desde a abertura uma procura muito significativa e neste momento não temos qualquer vaga. Durante o ano de 2014 foi pedido o alargamento da capacidade desta valência que estava limitada a 33 crianças tendo sido conferido por parte do Instituto da Segurança Social lugar para mais 7 crianças, mas apesar deste alargamento ainda não é suficiente. Relativamente às valências de Centro de Dia e de Serviço de Apoio Domiciliário ainda temos algumas vagas, mas já não muitas e prevemos a curto prazo que as deixemos de ter”.

Em 2015 a instituição pretende consolidar os serviços que estão a oferecer mantendo sempre a sua qualidade e exigência. Para além das atividades já delineadas no plano anual de atividades irá ser feita a inauguração oficial da instituição, no dia 12 de abril, data que coincide com a escritura de constituição da Associação Emília Conceição Babo.

Desde o início de fevereiro a Associação Emília Conceição Babo (AECB) disponibiliza à população um novo serviço que veio complementar o apoio domiciliário que já era prestado diariamente e que passaram a fornecer também ao fim de semana.

Este serviço pretende melhorar a qualidade de vida dos utentes e famílias, assegurando a satisfação das suas necessidades básicas, tais como cuidados de higiene e alimentação. “Quem necessita de apoio à semana com certeza ao fim de semana continuará a precisar desse mesmo apoio, principalmente aqueles que não têm nenhum cuidador disponível nesse período. Desse modo, este novo serviço complementa e confere um acompanhamento mais efetivo das situações por nós já acompanhadas. Tendo um papel de destaque no combate ao isolamento e retraimento social em que muitos dos nossos idosos vivem, conferindo-lhes ao fim de semana o apoio que de outra maneira não o teriam”.

A direção faz um balanço positivo, passado pouco mais de um ano desde a abertura da AECB, acompanhando neste momento cerca de 100 pessoas, distribuídas por várias freguesias. Para fazer face ao trabalho contam

AECB cria novo serviço de apoio à comunidade

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ATUALIDADEJornal de Vila Meã - fevereiro de 2015 11

Amarante foi representada na Feira Internacional de TurismoO Município de Amarante esteve

presente na 27ª edição da BTL – Feira Internacional de Turismo, que decorreu na FIL, em Lisboa, de 25 de fevereiro a 1 de março e contou com a presença de mais de 70 mil visitantes.

Esta participação foi inte-grada no stand da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa

(CIM-TS), localizado no espaço da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal,

Amarante esteve em destaque no dia 27 de fevereiro, tendo levado a cabo algumas ações promocionais, nomeadamente um Showcooking com Chef Hernâni Ermida que con-fecionou os cogumelos Shiitake, produzidos pela empresa amaran-

tina Floresta Viva. Seguiu-se uma degustação de doces conventuais/regionais que permitiu aos visitantes conhecer umas das especialidades/referências de Amarante, nascidos da sabedoria culinária das freiras clarissas. A ação promocional ter-minou com um concerto propor-cionado pelo Quinteto de Metais da Orquestra do Norte.

Para o presidente da Câmara Municipal de Amarante, José Luís Gaspar, a presença do município no maior evento nacional do setor turístico “resulta de uma estratégia de promoção que visou divulgar aos operadores turísticos e ao público em geral as potencialidades turís-ticas e os recursos endógenos do Concelho de Amarante”.

Inaugurada a Calçada António Teixeira Carneiro No passado dia 28 de fevereiro

foi inaugurada a Calçada António Teixeira Carneiro, situada na mar-ginal do Rio Tâmega, entre a Ponte de S. Gonçalo e a Ponte Nova pelo presidente da Câmara Municipal de Amarante, José Luís Gaspar, e pelo

presidente da União de Freguesas de Amarante (S. Gonçalo), Madalena, Cepelos e Gatão, Joaquim Pinheiro.

Dirigindo-se aos presentes, após o descerramento da placa evocati-va da inauguração, o presidente da câmara referiu que “esta iniciati-

va da União de Freguesias presta uma justa homenagem a António Teixeira Carneiro que teve uma enorme importância para Amarante, não só por ter fundado o jornal Flor do Tâmega, primeiro jornal em Amarante e um dos primeiros jor-

nais a nível nacional, mas também pelas fotografias que nos deixou e que nos permitem perpetuar o regis-to histórico desta paisagem.”

No final e acompanhados pelos bombos de Gatão, os presentes per-correram a calçada.

Empresas até 5 trabalhadores só podem ter 1 estagiárioNa sequência do regulamento

específico que define o regime de acesso aos apoios concedidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no âmbito da Medida Estágios Emprego, o IEFP veio esclarecer que as empresas até 5 trabalhadores só poderão contratar um funcionário em regi-

me de estágio profissional. Mais precisamente, o IEFP pre-

tende clarificar a alínea v, do núme-ro 6.4, do regulamento específico da Medida Estágios Emprego, que determina que “a apreciação das candidaturas deve ter em conta a relação entre o número de estagi-ários e o número de trabalhadores

da entidade promotora”.Deste modo, as empresas até

5 trabalhadores que pretendam contratar um estagiário ao abri-go da Medida Estágios Emprego só o poderão fazer se não tive-rem nenhum estágio profissional a decorrer. A Medida Estágios Emprego visa promover a inserção

de jovens no mercado de trabalho ou a reconversão profissional de desempregados. As candidaturas à medida de Estágios Emprego e a outras medidas ativas de promoção do emprego são realizadas através da plataforma do Net Emprego do IEFP: www.netemprego.gov.pt.

Feira Rural de Vila Chã do MarãoNo próximo dia 15 de março

decorrerá, a partir das 10h, no Centro Comunitário “Fraldas do Marão”, mais uma feira rural.

A atividade organizada pelo Centro Local de Animação e

Promoção Rural (CLAP) con-tará com o apoio da Junta da Freguesia de Vila Chã do Marão.

A feira decorrerá ao longo de todo o dia e tem como objetivo manter um espaço para venda

de produtos locais e, simulta-neamente, mostrar as potencia-lidades da freguesia.

A animação fica a cargo da Gatuna - Tuna de Oldrões.

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