jornal da vila - n17 - fevereiro de 2007

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Jornal da Vila Tibério, bairro da zona oeste de Ribeirão Preto, tiragem de 10 mil exemplares com circulação também na Vila Amélia, Jardim Santa Luzia, Jardim Antártica, e parte do Sumarezinho e do Monte Alegre

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Page 1: Jornal da Vila - n17 - fevereiro de 2007
Page 2: Jornal da Vila - n17 - fevereiro de 2007

2 Fevereiro de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaOpiniãO

Informativo mensal com circulação na Vila Tibério

Tiragem: 5 mil [email protected]

Braga & Falleiros Editora Ltda. MERua Dr. Ary Mariano da Silva, 200

CNPJ 39.039.649/0001-51

Fone: 3011-1321Jornalista responsável: Fernando

Braga - MTb 11.575Impresso na FullGraphics

Ribeirão Preto

Parque da Pedreira O Jornal da Vila, nesta edição,

fala da Pedreira Santa Luzia, que pode se tornar um novo “Curupira”, pois tem belezas naturais com lago e cachoeira, desconhecidos pela maioria da população.

O Jornal da Vila sugere que o futuro parque seja batizado com o nome de José Wilson Toni, numa justa homenagem ao incansável tiberense. Mas antes disso é neces-sário uma mobilização para que o parque seja implantado de fato.

O JV conta a história do Lar Santana e o exemplo de dedicação das Irmãs Franciscanas, aqui em Ribeirão Preto desde 1928.

Relatamos também a injustiça que foi cometida com Madre Maurina Borges da Silveira. Um assunto que algumas pessoas prefeririam que não fosse tocado, mas achamos necessá-ria a publicação para que as novas gerações saibam o que aconteceu e para que episódios assim não se repitam nunca mais.

Zigue zague na Vila (2)

Na via do CaféAndando no contrapé

Sigo na Maracaju Ela é da Caxambu

Foi na Roque NaccaratoDando uma de gaiato

E querendo o seu afago Já na Pereira Lago

Que achei que dava péNa Visconde de Taunay

E foi com cara de muxoxo que pegamos a Catão Roxo

Na rua Machado de AssisSenti que era aprendiz

E que precisava de muita luz Descendo a Marques da Cruz

Viramos a Eduardo PradoQue era do seu agrado

Mas na Guilherme Schmidt Aceitei o seu convite

O coração, a galopes!Os dois na Guia Lopes

Ainda tomei uma pinga Chegando na Piratininga

Mas foi na ConstituiçãoQue mostrei minha afeição

E até virei pirueta Na rua Padre Anchieta

Ela aceitou meu desafioNa rua 21 de Abril

Que é preciso ir ao cerne Mesmo na Monte Alverne

Beijou-me na Dois de JulhoFiquei com muito orgulho

E falou na Jorge Lobato Que’u ainda era o seu gato

Quando vi, a Aurorase transformou em Paraíso

Fernando Braga

Publicamos a brincadeira com as ruas da Vila Tibério,

agora da parte alta

Depois do jogo um torcedor do Paulista saltou o alambrado para agredir Machado. Conseguiu acertar um soco no goleiro

do Botafogo, mas foi dominado pelos jogadores

Há 50 anos, em 10 de fevereiro,

o Botafogo subia para a1ª Divisão

No início de 1957 foram disputadas três partidas para definir o campeão da Segunda Divisão de 1956.

1ª - Botafogo e Paulista jogam em Luiz Pereira. O Pantera vence por 1 a 0 com gol de Paulinho e Machado defende pênalti.

2ª - Em Jundiaí, Amorim coloca o Bota em vanta-

gem, Machado defende novo pênalti, mas, nos minutos finais, o Paulista cresce e vence por 3 a 1.

3ª - Estádio do Parque Antarctica, 10 de fevereiro. Agnelli coloca Ponce na frente para fustigar a defesa de Jundiaí; na meia esquerda Neco para neutralizar as incursões de Alvair; e na direita, colado em Benê, Mário,

o italiano. O gol nasceu com uma cabeçada de Dicão e o Botafogo vence por 1 a 0.

Até que enfim gritavam os torcedores de Ri-beirão Preto, entre risos e abraços, fazendo festa.

Segunda-feira, 11 de fevereiro de 1956, foi ponto facultativo em Ribeirão Preto. O comércio e a indústria paralisam suas atividades a partir do meio dia. Todos correm para o Aeroporto Leite Lopes. Na pista do Tanquinho desce o avião especial da Sadia, conduzindo os heróis da grande jornada. Não havia lugar para mais ninguém. Quando a aeronave desce, a massa rompe os cordões de isolamento e vai bus-car os seus ídolos para carregá-los em triunfo. Com um cortejo impressionante, inicia-se o “Carnaval da Vitória”, o Botafogo estava na Primeira Divisão do futebol paulista. A festa estendeu-se para o centro da cidade e tomou conta da Vila Tibério.

A equipe campeã contava com Machado, Garito, Fonseca, Sula, Julião, Wilsinho, Mario, Gonçalves, Dicão, Oscar, Gil, Noca, Moreno, Ponce, Amorim, Neco, Paulinho, Guina, Fernando, Ladeira e Alcides; José Agnelli, técnico; Mascaro, massagista. Valdomiro Silva era o presidente do Botafogo.

EfEméridE

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3Fevereiro de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila mEiO ambiEntE

Parque da Pedreira Santa Luzia

Área tem lago e cachoeira naturais e pode virar um novo Curupira

Arquitetas projetam centro cultural e esportivo

As arquitetas Fernanda Monteiro Braga e Carolina Prophírio Amador fizeram um projeto em 2005, quando terminavam o curso de Arquitetura no Moura Lacerda, para a construção de um centro cultural e esportivo no parque da Pedreira Santa Luzia, que previa mirante, área cultural, de pes-ca, trilhas, rampas, pedalinhos, pisci-nas, palco para show, quadras, pistas de skate, de ciclismo, de caminhada, além de área para contemplação e relaxamento, com vista para uma cachoeira natural.

Fernanda acredita ser de extrema importância a implantação de um par-que desta categoria na região, porque além da grande preocupação com a qualidade de vida, é notável a falta de um equipamento cultural, esportivo e de lazer na região oeste da cidade. Além disso, a área conta com boa acessibilidade pois várias linhas de ônibus fazem a ligação com a USP e o HC, diz ela, acrescentando que o

As arquitetas Carolina e Fernanda

Ainda protegidos pelo desco-nhecimento de que na área tem um grande lago e até cachoeira a Pedreira Santa Luzia pode se tornar um novo cartão postal de Ribeirão Preto.

O Parque Curupira, com seus 152 mil m2, é o ponto turístico que mais orgulha o ribeirãopretano e pode ser suplantado pelo “Parque da Pedreira Santa Luzia”, que já tem um lago de grande porte, cachoeira e riachos naturais, além da beleza quase selvagem, que

por si justificam a preservação da área de 140 mil m2, pertencente ao Estado e ao município. Como parte do “parque” está nas mãos de par-ticulares, a área total ultrapassaria a do “primo rico” da Ribeirânia.

Em 2001 o projeto do “Parque Municipal da Pedreira Santa Lu-zia”, foi apresentado em solenidade que reuniu autoridades da USP, da Prefeitura de Ribeirão Preto e do Ministério Público. Desenvolvido pela arquiteta Rita Maria de Mar-tin, da Secretaria de Planejamento e

Vista da rua Albert Einstein e, à direita, área do “parque” com o lago no centro, visto pelo Google Earth

grande potencial turístico que o local oferece (lembrando da existência de lago ainda desconhecido por muitos), traria benefícios para a região.

Carolina acredita que fazer um parque na pedreira Santa Luzia vai revitalizar o local, oferecendo melhor qualidade de vida, com lazer, esporte e cultura, integrando os moradores e valorizando a área.

Planta do projeto apresentado no curso de Arquitetura da Moura Lacerda

Gestão Ambiental, o projeto previa trilhas para caminhadas, quadras poliesportivas, lago e um comple-xo de prédios para fins didáticos, culturais, de lazer e ainda uma sede para o MP. Os recursos viriam da Prefeitura, por meio de parcerias com a iniciativa privada.

A pedreira esconde um lago esverdeado que pode ser observado do alto da rua Albert Einstein e uma cachoeira, que pode ser vista pela entrada da usina de asfalto. É uma pedra preciosa a ser lapidada.

Sugestão do JV: a área poderia ser batizada de Parque José Wilson Toni

Parque da Pedreira

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4 Fevereiro de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

Sem defesa e sem perdão

A jornalista Matilde Leone, autora do livro “Sombras da Repressão”, resultado de 12 anos de pesquisa sobre irmã Maurina e a FALN, em Ribeirão Preto, fala em seu

artigo, da inocência de Madre Maurina e de como uma sucessão de fatos levou à uma grande injustiça, cometida em nome da “segurança nacional”, em 1969

Matilde Leone

A história de irmã Maurina Bor-ges da Silveira revela a incompetência e a falta de preparo dos ditadores de plantão da época surrealista do regime militar. Pelos relatos, reportagens e obras publicadas sobre o assunto, constata-se que os opositores e os defensores do regime agiam sem referências seguras sobre o modo de agir, o que fazer, quando fazer e o que realmente estavam defendendo ou condenando. Em resumo: o que estava acontecendo de fato, que Brasil era aquele que se apresentava com seus homens fardados descendo o braço de ferro sobre qualquer ideal contrário. Mas, os piores inimigos não usavam farda e se misturavam à mas-sa comum, espiando, denunciando, julgando, prendendo, condenando e submetendo as pessoas às mais cruéis formas de tortura física e psicológica, amparados pelo silêncio e omissão do poder judiciário. Para que serviam as leis nessa época?

E nesse rol de desprotegidos, esteve a irmã Maurina. Ela saiu de Araraquara para dirigir o Lar Santana, em Ribeirão Preto. Lá, encontrou jovens ligados à Igreja Católica, que utilizavam uma sala para reuniões, palestras e encontros de estudos sobre problemas brasileiros. Um dos com-ponentes do grupo estava engajado na FALN – Frente Armada de Libertação Nacional - movimento de oposição, que tentava organizar um grupo

armado de resistência ao regime. A FALN não tinha nenhuma ligação com o restante do grupo que se reunia no Lar Santana e, segundo relatos de pessoas envolvidas no caso, nenhuma das freiras do Lar tinha conhecimento da existência do grupo armado. Dessa forma, irmã Maurina permitiu que as reuniões continuassem a ser feitas.

Em outubro de 1969, a FALN foi descoberta e começaram as pri-sões. Deu-se ai, então, uma série de acontecimentos que colocaram a irmã Maurina como a principal suspeita e uma das articuladoras do movimen-to armado. Vamos a eles: grupo da FALN planejava seqüestrar o filho de um usineiro e para isso, costuraram um hábito para usar como disfarce e pedir carona na estrada; quando Mau-rina soube, pelos jornais, da prisão de um dos jovens que freqüentava o Lar Santana, mandou arrombar a porta da sala usada por ele. Encontrou panfle-tos, anotações e um rol de nomes de pessoas que ajudavam a patrocinar a impressão de um jornalzinho de opo-sição, O Berro. Não que essas pesso-as estivessem ligadas à FALN, pois o jornal já era distribuído na cidade muito antes de se pensar na criação do grupo armado. Era uma publicação alternativa, feita por estudantes. Foi quando Maurina se deu conta do que poderia estar acontecendo de fato.

Temendo que as anotações ca-íssem nas mãos da polícia, prejudi-cando pessoas inocentes, de acordo com informações da própria Maurina,

ela pediu ao jardineiro do Lar para queimar todos os papéis.

Durante as investigações, quan-do a polícia encontrou o hábito, relacionou-o à madre Maurina. Nos interrogatórios, o nome Lar Santana veio à tona e, ligando os dois fatos, o delegado da época ordenou a prisão da freira. Os nomes que procuravam para engrossar a fila de torturados foram engolidos pelo fogo. Começou, aí, uma sucessão de horrores: sem defesa, ela foi torturada, espancada, humilhada, ferida em sua dignidade de religiosa e taxada de terrorista. Os jornais estamparam a foto de Maurina com manchetes sensacionalistas, tendenciosas e cruéis. Ela nunca con-seguiu provar sua inocência, apesar de todos os integrantes da FALN declararem em depoimentos à “jus-tiça” que nem sequer a conheciam. Maurina foi exilada para o México, onde ficou durante 15 anos, longe da família, dos amigos, com saudade de seu país, do Brasil que ela conheceu antes de 1964. Esta foi uma das inú-meras injustiças praticadas durante um regime comandado por bárbaros e ignorantes, caçadores de livros de capa vermelha, ainda que fossem de matemática ou de histórias infantis.Obs: As informações contidas nesse relato foram obtidas em entrevistas com a própria irmã Maurina, com delegados que trabalharam durante o regime militar e com integrantes da FALN.

História

A revista Época, na edição nº 18 de 21/9/98, publicou matéria sobre a irmã Maurina Borges da Silveira que selecionamos alguns trechos mais significativos:

“Depois de décadas, rompe-se o silêncio em torno da prisão de madre Maurina, única freira torturada pela repressão no Brasil. O que se passou nos cinco meses de prisão da religiosa, a partir de outubro de 1969, quando foi detida, ainda constitui segredo muito bem guardado nos arquivos da ditadura e do Vaticano. Mas o véu de sigilo co-meça a ser levantado. Contribuiu para isso a recente publicação de Sombras da Repressão, resultado de 12 anos de trabalho da jornalista Matilde Leone. Misturando ficção e realidade, Matil-de remontou boa parte do sofrimento vivido pela freira presa e torturada. A prisão de madre Maurina, da Ordem Terceira de São Francisco, talvez tenha sido um dos mais lamentáveis enganos do regime que fez 20 mil perseguidos políticos no Brasil.

Banida para o México em troca da libertação do cônsul japonês Nobuo Okuchi, seqüestrado em 1970, irmã Maurina foi mais que o símbolo de uma época: para seus algozes, que a castigaram de maneira brutal, uma presa rara. Para as organizações de esquerda, envolvidas no confronto armado, uma prenda. Era a prova dos arbítrios da época, que não poupavam nem mesmo uma freira voluntariosa, diretora de um orfanato de crianças carentes em Ribeirão Preto. Capturada, a religiosa padeceu tão cruelmente que o então bispo da cidade, dom Felício, chegou a excomungar dois delegados. Ao tomar conhecimento dos fatos, o cardeal dom Paulo Evaristo Arns, então bispo-auxiliar em São Paulo, arregaçou as mangas da batina e entrou de vez na luta pelos direitos humanos.

Presa e torturada numa delegacia, despiram-na, deram-lhe choques, penduraram-na no pau-de-arara. E o pior: passou por xingamentos, injúrias, ofensas, ameaças, gritos. Madre Mauri-na embarcou para o exílio involuntário no México, a bordo de um Caravelle fretado. Aos companheiros de viagem, reclamou do tratamento verbal. “O que mais lhe doía eram as blasfêmias e os palavrões”, conta Shizuo Ozawa, o Mário Japa, um dos líderes da Vanguar-da Popular Revolucionária (VPR) - or-ganização que comandou o seqüestro do cônsul. Mário Japa foi um dos cinco presos políticos expulsos do Brasil em troca da libertação do diplomata.

No final do ano de 1969, Maurina era a madre superiora do Lar Santana. Seu delito maior, se é que se pode chamar assim, foi ceder uma sala do orfanato para que um grupo de estudan-tes fizesse suas reuniões. Não sabia que eles pertenciam à Frente Armada de Li-

A inocência castigadabertação Nacional (Faln), organização que se propunha combater pela força a ditadura militar. “Sua imprevidência foi abrir a sala para as reuniões. Os estudantes valeram-se de sua boa-fé, mas qualquer pessoa perceberia sua inocência. Menos os policiais”, explica dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo-auxiliar de São Paulo, na época padre em Ribeirão. Com as primeiras prisões, Maurina, por precaução, queimou o material “subversivo” que os jovens deixavam no porão do Lar: a coleção de um jornalzinho mimeogra-fado de nome O Berro e uma lista com alguns nomes de integrantes da Faln. E pagou caro por esse “crime”. Os policiais vieram buscá-la. No cárcere, foi interrogada pelo temido delegado Sérgio Paranhos Fleury, da Operação Bandeirantes, destacado para investi-gar o grupo de Ribeirão.

Foram injustiças demais. Uma das piores, na visão da madre, foi a informação (que até hoje circula) de que teria sido estuprada por um torturador e embarcado grávida para o México. “Essa foi uma das grandes mentiras ditas a meu respeito”, afirma. “Isso me abalou muito, tive uma depressão. Depois aceitei”. Maurina viveu 14 anos no México, cinco dos quais na zona rural, visitando doentes, trabalhando com famílias e promovendo encontros de casais. Voltou ao Brasil depois que a hipófise começou a incomodá-la.

Maurina nasceu em uma família humilde do interior de Minas Gerais. Foi criada na comunidade de Perdizinha, município de Perdizes, entre Uberaba e Araxá, um aglomerado de 50 casas cons-truídas ao redor de uma capela. Havia missa uma vez por mês e reza do rosário todo domingo. Seu pai, Antônio, católico fervoroso, trabalhava como “carapina”, um carpinteiro dedicado à construção de carros de boi. Ao todo, eram 11 irmãos, quatro dos quais se tornaram religiosos. Maurina descobriu sua vocação aos 7 anos de idade, ao ouvir o pai contar a história de São Francisco de Assis, um entusiasta da vida religiosa para mu-lheres. Aos 14 anos, convenceu os pais a levá-la para o convento, em Araxá. E entregou-se à vocação.

A fé da irmã Maurina segue ina-balável. Como nos tempos em que foi presa, continua dispensando o hábito da congregação, mas jamais deixou a vo-cação religiosa. A capacidade de perdão também continua a mesma. Passados 28 anos, acha que sua prisão foi apenas a parte que lhe coube na História.

Hoje, a irmã Maurina segue cui-dando de seu rebanho em Catanduva. Cabelos brancos, olhos azuis e um crucifixo no peito, vai levando a vi-dinha enquanto dribla as intempéries da saúde, já fragilizada por seus 72 anos. “Não gosto de falar sobre isso, já perdoei a todos”.”

Irmã Maurina

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5Fevereiro de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila História

Lar Santana, uma exemplo de dedicaçãoNo dia 12 de novembro de 1926,

segundo ata da fundação em Ribeirão Preto: “a confiança em Deus e as ben-ção dos nossos superiores chegamos em novo terreno. Pedimos ao Imacula-do Coração de Maria, do qual o novo colégio terá o nome, que interceda por nós junto ao seu amado Filho, que a nova fundação se desenvolva para o bem de muitas almas”.

Foi criada uma casa na Paróquia de Vila Tibério, destinada à educação e instrução de meninas.

O bispo D. Alberto José Gonçalves concede licença para as Irmãs Fran-ciscanas da Imaculada Conceição se estabelecerem na cidade.

Chegaram a Irmã Monsueta (su-periora) e a Irmã Anatólia com a Dona Lúcia. Foi alugada uma pequena casa perto da Igreja para guardar a mudança das irmãs, que recebeu dois pianos. Ela tinha duas salas e quartos térreos e no 1º andar quartos que serviram de dormitórios para as Irmãs.

Em abril de 1927, a Diretoria Geral da Instrução Pública autorizou o funcionamento do Colégio Coração de Maria com os cursos, Profissional, Primário e Pré-Primário.

Foi fundada a Sociedade Escola Alemã: As primeiras religiosas, de ori-gem austríaca, que ocuparam o salão da Sociedade Escola Alemã, à Rua Santos Dumont, 43, foram as Irmãs Adolfina, Fortunata, Renata e Leocádia (1ª).

Em fevereiro de 1928 começam as aulas de alemão com 123 alunas, a irmã Renata e Fortunata presidem as aulas.

No dia 11/12/1928 a senhora D. Anna Claudina Villela de Andrade doou o terreno de 6.642 m2, para as Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição construírem o atual Lar Santana, que foi inaugurado em 14 de fevereiro de 1932.

Em 18 de janeiro de 1948, após vinte anos de intenso trabalho pelo ensino, as Irmãs Franciscanas conclu-íram que o Colégio Santana precisava mudar sua finalidade e, assim, passou a Orfanato Santana, acolhendo as crianças pobres do Município.

Hoje, o Lar Santana é uma institui-

ção mantida pelas Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição, tem as portas abertas e procura acolher e cuidar com carinho das crianças e das adolescentes cujas mães estão trabalhando e não possuem recursos para, com segurança, deixar suas filhas em casa. A violência do mundo atual obriga-as a deslocarem suas filhas para uma Entidade onde elas possam receber uma educação mais específica aprendendo a conviver com outras crianças e adquirir uma base para enfrentar os problemas existentes na sociedade em que vivem.

Atualmente são recebidas crian-ças na faixa etária dos 5 aos 9 anos, mas que podem permanecer no Lar enquanto precisarem até os 18 anos, gratuitamente, por meio período, para complementação escolar. As meninas recebem café da manhã, lanche e almo-

ço. Agora, com a reativação do período vespertino, vão receber também café da tarde.

O Lar procura dar for-mação integral e profissio-nalizante. São oferecidos cursos de informática, música, crochê, bordado, além de formação humana e religiosa. Atende cerca de 50 meninas, mas tem capacidade para re-

ceber até 80. Muitas famílias do bairro desconhecem o trabalho do Lar Santa-na, que recebe crianças da Vila Tibério e de bairros adjcentes e até mesmo de alguns mais distantes, como Quintino Facci II, Marincek e Ribeirão Verde.

O Lar conta com duas professoras, uma psicóloga e quatro funcionários, todos remunerados, além do trabalho das irmãs, que são também educadoras.

A instuição recebe verba da man-tenedora, em Araraquara, e tem na comunidade uma forte aliada, que doa alimentos em geral, além de algumas escolas que fazem campanha. Mas isso ainda é insuficiente para o grande trabalho desenvolvido.

Ajude doando alimentos e lem-brando nas gincanas e campanhas que o Lar Santana é uma entidade beneficente.

O prédio do Lar Santana, inaugurado em 1932

Hoje é oferecido até curso de informática

A Congregação foi fundada dia 29 de setembro de 1843, em Graz, na Áustria, pela Madre Francisca Lampel e mais cinco companhei-ras. Elas já pertenciam à Ordem Terceira Secular de São Francisco, orientadas pelos Freis Franciscanos OFM de Graz.

Fiéis à herança da Fundadora, tem por lema: “pretendemos viver no meio do povo, procurando, con-tudo, sempre a constante união com Deus. Queremos servir aos irmãos, sendo instrumentos nas mãos de Deus, para que tornando-nos pe-quenas e humildes, Deus nos tome em suas mãos, agindo Ele por nosso intermédio”.

A Congregação, com sede em Graz, na Áustria, trabalha em vários países como: França, Alemanha, Eslovênia, Montenegro, Kosovo, Croácia e Albânia, na Europa; África do Sul e Costa do Marfim, na África

Província Brasileira - Em março de 1921, padre Estevam Maria Heigenhauser, redentorista do Brasil, estava visitando a Áustria, por ocasião do Capítulo Geral de sua Congregação. Ficou conhecendo a Casa das “Irmãs das Escolas” e entusiasmou a comunidade pelos trabalhos missionários que poderiam assumir em terras brasileiras.

Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição

As irmãs das escolasEm fevereiro de 1922, Madre

Joana Batista Minks, 66 anos, aca-bara de deixar o cargo de Superiora Geral. Sai, então, de sua terra natal, a Áustria, com cinco companheiras, rumo ao Brasil. Em 7 de março de 1922, desembarcam em Santos e seguem para Piracicaba, no estado de São Paulo. Piracicaba torna-se, assim, o berço da nova fundação e, em 19 de março, dia de São José, foi inaugurada a nova casa. Esse dia passou a ser o Dia da Fundação da Província do Brasil.

Hoje atua em Araraquara, São Paulo, Piracicaba, Ribeirão Preto, Barretos, Olímpia, Catanduva, no Estado de São Paulo e em Gaspar, no estado de Santa Catarina.

Hoje, a sede fica em Araraquara e unidas à Casa Geral, em Graz (Áustria), as Irmãs não perdem de vista a missão que têm a cumprir e, fiéis ao ideal franciscano e à he-rança espiritual de madre Francisca Lampel, em todos os campos de trabalhos, procuram levar a proposta de um mundo novo, onde reine a justiça, a paz, o amor e a verdade.

Em Ribeirão, estão as irmãs Ân-gela Vitti (coordenadora), Elza Silva Batista, Maria de Pessato Libardi, Antônia Eleny Perón, Gertrudes Fernandes e Lourença Rodrigues.

Page 6: Jornal da Vila - n17 - fevereiro de 2007

6 Fevereiro de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaGEntE

O escritor e poeta Rodrigo Capella vai lançar, em breve, o livro “Poesia não vende”. A obra está dividida em duas partes. A primeira traz textos de Ivan Lins, Frank Aguiar, Bárbara Paz, Moacyr Scliar, Carlos Reichenbach e Sérgio Ferro. Na segunda parte, o ribeirão-pretano da Vila Tibério, que reside em São Paulo apresenta suas poesias. O livro defende que a arte poética só tem forças porque está associada às outras artes, tais como cinema, teatro, pintura e dança.

A família de Waldemar Reis está feliz com os 82 anos comemorados pelo patriarca. Dona Cida, a esposa, os filhos Maria Virgínia, a Gina, com o marido José Roberto Lucheta e os filhos Isabela e Adriano; Célia, com o marido Flávio Borges e as filhas Carla e Letícia com seus namorados Mauro e Rodolfo; Antônio Carlos, com a esposa Isabel e os filhos Rafael e André com a namorada Janaína; e Maria Tereza, a Maitê.

Família Parpinelli

Vandelei Rossi quer pintura da

caixa d’água

O funcionário público aposentado

Vanderlei Rossi diz que é preciso pintar o reservatório da

Vila Tibério e sugere uma campanha entre as lojas de tintas. Vanderlei, que trabalhou 40 anos na Secretaria de Obras, chegando a encarregado.

Vanderlei não se conforma com a injustiça cometida Ajudou na construção do Mercadão e da av. Zerrener.

contra Condeixa, que não tem nome de rua em Ribeirão. Ele sugere a instalação de semáforos na rua Paraíso com a Aurora e com a Bartolomeu.

O Armazém Parpinelli foi uma das primeiras casas a “vender de tudo”, na Vila Tibério. Antônio Parpinelli, o proprietário, veio da Itália ainda menino e foi com a família morar no morro do Catapani, nos altos do hoje Sumarezinho. Depois mudaram para a Padre Feijó. Quando moço acabou comprando o armazém e a “venda” na esquina da Luiz da Cunha com a Gonçalves Dias, onde ficou até os anos 50, quando o armazém foi comprado pelos Fregonesi.

- Era uma época em que se comprava a prazo,

Davi Noccioli nasceu na Itália e veio com os pais. Tinha uma fábrica de peneiras na Luiz da Cunha. Casou-se com dona Carolina e tiveram 8 filhos. Um deles, Arduíno, teve uma carpintaria onde fica o Maurício Contabilidade e dona Deolinda, casou-se com Camilo Parpinelli.

30 dias na caderneta e o cliente ainda ganhava um presente quando pagava a conta, fala João Parpinelli, neto do patriar-ca e hoje com a fábrica de carri-nhos de mão, ao lado do antigo armazém, na Gonçalves Dias.

Antônio casou-se com Cori-na Noccioli e tiveram 7 filhos. Dona Iolanda Bolivar, com 86 anos, é a úni-

ca filha viva do sr. Antônio e tem três filhos: José Antô-nio, Márcia e Silvana. Outro filho, Camilo, vendedor da Antarctica, casou-se com dona Deolinda e tiveram dois filhos, João Antônio, dono da fábrica de carrinhos e Luiz, que é caminhoneiro.

João Antônio

AntônioParpinelli

O pai, José Velloni, grande expressão política da Vila e o filho, Valério, foram homenageados pelo Rotary Club Ribei-rão Preto em jantar de paletó e gravata na Sociedade Recre-ativa e de Esportes .

Antônio José Donegá, que há 12 anos comandaa Donegá Imóveis com a esposa Maria Luíza,

faz aniversário no dia 23 de fevereiro. Os filhos, Leandro e Francine e os seis netos do casal,

prometem fazer muita festa neste dia especial.

Page 7: Jornal da Vila - n17 - fevereiro de 2007

7Fevereiro de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila ???/saúdE

Dúvidas sobre medicamentos e manipulações podem ser esclarecidas

nas seguintes farmácias da Vila Tibério:

Ana Maria Pavanelli BezzonFarmacêutica - Pharmacos

Orientação Farmacêutica

Que a farmácia perto de sua casa não é só um ponto comercial de vendas de me-dicamentos, mas também um local onde existe um profissio-nal capacitado para atender a uma receita e discutir com o paciente suas dúvidas, anseios e angústias quanto ao trata-mento que está realizando?

Além disso, as farmácias estão se tornando “Procons”, autorizadas a receber e no-tificar queixas da população sobre reações adversas à medicamentos e sobre proble-mas na distribuição de lotes de comprimidos e remédios líquidos. Estas notificações são enviadas para Anvisa (Agência Nacional Vigilância Sanitária) e ao Centro de Mo-nitoramento Internacional da

Você sabia?OMS, na Suécia. O objetivo é melhorar a qualidade dos medicamentos e evitar falhas de industrialização e fraudes.

Ah, e quanto aos seus medi-camentos vencidos? Você sabia que, ao invés de jogar no lixo comum ou no vaso sanitário, o correto é levá-los de volta à farmácia/drogaria onde foram adquiridos, pois nestes locais existe um programa de resíduos de saúde, no qual nos apoiamos para dar “fim” adequado à estes produtos, respeitando inclusive leis ambientais?

Pois é, há um mês come-moramos o Dia do Farmacêu-tico, profissionais que estão tentando mostrar-se cada vez mais um aliado da população e não apenas um “vendedor de remédios”. Aproveite-nos!!

Camomila e Bem-me-Quer - Fone: (16) 3630-3598 - Rua Martinico Prado, 1.181

Flor & Erva - Fone: (16) 3636-8623Av. do Café, 375

Pharmacos - Fone: (16) 3625-5371Rua Conselheiro Dantas, 1.087

Doce Vida - Fone: (16) 3625-8172Rua Bartolomeu de Gusmão, 763

Ética - Fone: (16) 3610-6501Rua Luiz da Cunha, 839

Raines Jeans, a nossa confecção

Moradores da Vila Tibério falecidos de 15/1 a 14/2/2007 atendidos pela Organização

de Luto BaldocciSilvio Morgado - rua Jorge Lobato * 13/6/1941 + 15/1/2007Alan Kardek de Souza - rua Alvares de Azevedo * 20/2/19415 + 25/1/2007Alice Silva Moreno - rua Castro Alves * 31/03/1919 +7/2/2007Ruth Silva Bueno - rua Castro Alves * 23/7/1924 +13/2/2007Antônia Mafalda Locatelli - rua Castro Alves * 2/5/1950 +14/2/2007

ApAreçA nA VilA Tibério

F.: 3011-1321

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A Raines Jeans tinha originalmente como sócios Roberto Approbato, Antonio Mascheto e Inês Maschetto Gagliardi, daí a explicação do nome que usou as iniciais de dois sócios, mais o nome Inês. A confecção havia sido adquirida do alfaiate tiberense João Mattioli.

Foi construído o atual prédio na esquina da Luiz da Cunha com a Isaías Graci e a fábrica começou a funcionar na nova sede em 1988.

O quadro societário foi alterado com a en-trada de Nelson Gagliardi, que comprou a parte dos sócios homens, dividindo o comando com a esposa, dona Inês.

Hoje, a fábrica emprega 22 pessoas e produz cerca de 8 mil peças por mês, embora tenha capacidade de fabricar até 30 mil.

- Estamos esperando o momento certo para po-dermos utilizar todo nosso potencial, diz Gagliardi.

A Raines Jeans confecciona calças, bermudas, vestidos e saias, com uma grande variedade de jeans, que é tramado com poliester, com elastano, chegando ao tensel, que usa fibra de eucalipto e dá uma leveza de seda ao tecido.

Nelson Gagliardi, que também é presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Ribeirão Preto e Região, vê no trabalho informal o maior problema do setor.

- Os atravessadores vendem confecção para o vare-jo sem ter maquinário, nem empregados. Repassam o serviço para costureiras pagando um preço aviltante e, sem recolher impostos, conseguem vender o produto a um preço inferior ao preço de custo de uma confecção legalmente estabelecida, com funcionários registrados e recolhendo seus encargos, afirma Nelson.

Seu Nelson acredita na revitalização do setor, que por empregar muita mão-de-obra, usando da manufa-tura, tem importância fundamental nesta sociedade que caminha para o sentido oposto, no da informatização cada vez maior.

- Já passamos por todas as crises, afirma ele.

Nelson Gagliardi aposta no setor de confecção

Seu Nelson já foi mecânicoNelson Gagliardi nasceu e cresceu na Epitácio

Pessoa, já foi mecânico da Marchesi, se especializou chegando à chefia. Em 1968 montou sua própria oficina, a Dunel, depois uma loja de auto-peças, até entrar como sócio da Raines Jeans.

Casado com dona Inês, tem dois filhos: o Nelson Antônio, que é advogado e tem consultório na Martinico Prado e Heloísa, que trabalha na loja da fábrica.

Page 8: Jornal da Vila - n17 - fevereiro de 2007

8 Fevereiro de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaEspECiaL

Se essa rua fosse minha...Conselheiro Saraiva

José Antônio Sarai-va, o Conselheiro Sarai-va (Santo Amaro, BA, 1823; Salvador, BA, 1895). Foi um advogado e político brasileiro.

Foi deputado pro-vincial, presidente de província, ministro dos Negócios Estrangeiros, ministro da Guerra, ministro da Marinha, ministro do Império, ministro da

Fazenda, senador do Im-pério do Brasil de 1869 a 1889 e da República de 1890 a 1893.

Em 15 de novembro de 1889, chegou a ser no-meado primeiro-ministro no lugar do Visconde de Ouro Preto por Dom

Pedro II, mas o fato sequer foi re-conhecido devido ao golpe militar de 15 de novembro.

Uma rua tranquila no centro da Vila

A Conselheiro Saraiva começa na Maurício de Camargo, numa alça de acesso à Via Norte e rotatória Amin Calil.

É uma rua residencial, com pouco comércio e bares.

Na primeira quadra, de um lado os paredões da Santa Emília, do outro residem as famílias Grizante, Fernan-des e Pezzuto.

Logo com a Joaquim Nabuco temos a Casa do Telhado, onde fun-cionou a Indústria Química Detroit, do João Olaia Paschoal, a Identifixe, a Assistência a Relógios de Ponto VM, a Mecânica São Sebastião, o Bar dos Pezzuto, na esquina com a Luiz da Cunha, a Moda Brasil, do outro lado, a CEF onde funcionou o Cine Marrocos.

Residem as famílias Silva, Costa, Corrêa, Abreu, Almeida, Baroni, Caviolla, Piva e Tiraboschi.

A distrital da ACI - Vila Tibério, o bar do Zenon, onde Antônio dos Santos está há 17 anos, na esquina com a Santos Dumont ficava o armazém do Del Lama, Depois a Eletrical e a Serralheira N.S. Aparecida, o bar da Sandra, há mais de 12 anos e a Martin-graf, quase na esquina da Aurora, onde a Smar APD constrói sua empresa.

O aposentado Antônio Abramovi-cius nasceu e cresceu na Vila Tibério.

Moram as famílias Gerônimo, Ro-drigues, Oliveira, Cabrera, Ribeiro, Peruchi, Santos, Bueno, Zampolo, Anelli, Medeiros, Saraiva, Innocente, Gouveia, Guimarães, Artiolli.

Mora a família do falecido sapatei-

ro Félix Cosenza. Nelli, filha do casal Virgílio e de dona Nita Barbieri, mora no local há mais de 50 anos.

As famílias Figueiredo, Reis, Sou-za, Parpinelli, Secaf, Andrade, Anún-cio, Areco, Agy, Lima, Luiz, Ribeiro, Charamba, Biagi, Goulart, Triga, Lopes, Madurro, Miranda, Cicilini.

Wilson Duarte, aposentado da USP, mora há 42 anos na rua e a família de sua esposa, a família Hagen, há mais de 70.

Belém, Motta, Perianhes, Car-valho, Martins, Seabra, Mossin, Vitória, Dlouhy, Fargnolli, Gomes, Coppola, Camon, Xavier, Almeida, Zeoti, Luciano, Gaviolli, Banial, Daniel, Mastrascose, Ferreira, Negri, Teixeira, Defende, Maia, Borsalo, Grillo, Virgílio, Alves, Braga, Cân-dido, Pucega, Bastos, Pereira, Ricci, Antoníazzi, Marcelli, Costa, Araújo, Torres, Brandão, Marcondes, Toledo, Pereira, Mesquita, Clemente, Cury, Borg, Faria, Cravo, ForIi, Godói, Ziotti, Vasconcelos, PoIlo, Domingos, Quintino, Hortêncio.

Na esquina com a via do Café ficam a Casa da Esfiha e a Casa das Vacinas.

Se alguém não foi lembrado, favor enviar email [email protected]

ou ligar para 3011-1321 e falar com Fernando.

José Carlos Caparelli adotou a VilaJosé Carlos Caparelli gosta de

dizer que sua história é a de um menino que perdeu a mãe aos nove meses, foi criado pela avó e depois de sua morte, pela tia. Gosta de lembrar também que sua sogra, a dona Rafaela Gabriel Lopes acabou virando sua mãe.

Mas a história do radialista vitorioso começa quando veio visitar Ribeirão Preto a convite do então prefeito Costábile Romano, em 1957. Ele que trabalhava no Aeroporto de Congonhas e também era cantor na noite paulistana, se apresentou no auditório da rádio 79 no dia 3 de fevereiro. Cantou

“Molambo” e “Meu ví-cio é você”, um clássico do repertório de Nelson Gonçalves, no programa Pullmann de Luxo 79, apresentado por Domin-gos Isaac.

- Foi um sucesso e me ofereceram o dobro do ganhava em São Pau-lo para cantar. Vim para Ribeirão Preto imediata-mente, lembra Caparelli.

Trabalhou por seis anos na 79 e depois foi para a lendária PRA-7 onde atuou como locutor e cantor. Em 1963 criou, ao lado do jorna-

Moradores da rua 21 de AbrilO casal Célia Regina e Antônio Carlos Silvério. O sr. Ivo Mazu-cato (desde 1971).

José Carlos Caparelli e Guaracy

lista Álvaro Neto, o slogan que o acompanha até hoje: “JC atende você”.

Conheceu dois grandes nomes da rádio que mais tarde fariam fama e fortuna na televisão: o mineiro Moacyr Franco e Rogério Cardoso, nascido em Mococa.

- Eles trabalhavam na PRA-7 e eram ótimos. Tinha mais amizade com o Moacyr, afirma Caparelli.tuou em todas as AMs da cidade e hoje, aos 72 anos de idade e 50 de rádio, trabalha com a mesma vibração.

Família CaparelliJosé Carlos Caparelli conheceu Guaracy, a “Nega”, que era flo-

rista, em um programa de auditório. Filha de Francisco Lopes, que trabalhava no escritório da Mogiana e de dona Rafaela, morava com a família na Barão de Cotegipe quase esquina com a Luiz da Cunha.

Após o casamento, em dezembro de 1958, Caparelli mudou para a Vila Tibério, residindo por quase vinte anos no bairro.

- Casamos na Igreja Coração de Maria, afirma. Aqui nasceram e cresceram seus três filhos. Os dois filhos homens

de Caparelli, o mais velho Carlinhos e o caçula Jairnei, são radialis-tas, além do neto Cássio. A filha Jocely e os netos Juliano, Bianca e Bárbara seguem por outros caminhos.

- Ainda garoto, Carlinhos era porteiro nos meus programas de auditório, afirma o pai cheio de orgulho.

Caparelli apresentou programas de auditório por 24 anos, dez anos com o “saudoso” Silveira Lima e os demais, sozinho. Há quatro anos divide o comando do programa JC Atende Você, na CMN com os filhos. É a Família Caparelli atendendo.

Caparelli gravou um disco com as músicas Gentil Se-nhorita e Cruel Paixão, de Carlos Armando Paschoalim e Armando Bento de Araújo, o Armandinho, que fez muito sucesso nos anos 60.