jornal de sintra informaÇÃo digitdigitdigitalalal · das a populações de risco, nomeadamente,...

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pág. 12 pág. 9 pág. 2 pág. 7 Praia das Maçãs / Colares 2.º Festival do Mexilhão dias 3 e 4 pág. 2 Lazer Marca Active Sintra e Lançamento de ecovias A equipa do Jornal de Sintra, nesta época festiva, deseja a todos uma Páscoa Feliz e solidária Segurança Polícia presente em acções de Páscoa Desporto / Hoquei em Patins Nafarros vence derbi em Sintra INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO DIGIT DIGIT DIGIT DIGIT DIGITAL AL AL AL AL SEXTA-FEIRA, 3 DE ABRIL DE 2015 JORNAL DE SINTRA PRÓXIMA EDIÇÃO EM PAPEL, DIA 10 DE ABRIL Em todas as paróquias do Concelho de Sintra (Agualva; Algueirão – Mem Martins – Mercês; Cacém; Colares; Montelavar; Pêro Pinheiro, Rio de Mouro; São João das Lampas; São Marcos; Sintra (São Martinho, Sta. Maria e S. Miguel e S. Pedro de Penaferrim); Terrugem; Belas; Monte Abraão; Casal de Cambra; Massamá; Mira Sintra; Almargem do Bispo e Queluz) iniciou-se na 5.ª Feira de Paixão, dia 2, o Tríduo Pascal que terminará no Domingo de Páscoa com as cerimónias da Ressurreição de Jesus Cristo. É uma celebração igual em todo o mundo, onde existem países que por motivos da sua Fé os perseguem de forma violenta, conforme alerta o Papa Francisco. No concelho de Sintra, um território com ampla liberdade de culto, a aldeia de Fontanelas, de novo impedida de celebrar as suas festas tradionais. foto js / arquivo Os motores da Páscoa levam bênção e alegria às povoações

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Praia das Maçãs /Colares2.º Festivaldo Mexilhãodias 3 e 4

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LazerMarcaActive Sintrae Lançamentode ecovias

A equipa do Jornalde Sintra,nesta época festiva,deseja a todosuma Páscoa Felize solidária

SegurançaPolíciapresenteem acçõesde Páscoa

Desporto / Hoqueiem PatinsNafarrosvence derbiem Sintra

INFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃODIGITDIGITDIGITDIGITDIGITALALALALAL

SEXTA-FEIRA, 3 DE ABRIL DE 2015JORNAL DE SINTRA

PRÓXIMA EDIÇÃO EM PAPEL, DIA 10 DE ABRIL

Em todas as paróquias do Concelho de Sintra (Agualva; Algueirão – Mem Martins – Mercês; Cacém; Colares; Montelavar; Pêro Pinheiro, Rio de Mouro; São Joãodas Lampas; São Marcos; Sintra (São Martinho, Sta. Maria e S. Miguel e S. Pedro de Penaferrim); Terrugem; Belas; Monte Abraão; Casal de Cambra; Massamá;Mira Sintra; Almargem do Bispo e Queluz) iniciou-se na 5.ª Feira de Paixão, dia 2, o Tríduo Pascal que terminará no Domingo de Páscoa com as cerimónias daRessurreição de Jesus Cristo. É uma celebração igual em todo o mundo, onde existem países que por motivos da sua Fé os perseguem de forma violenta, conformealerta o Papa Francisco.No concelho de Sintra, um território com ampla liberdade de culto, a aldeia de Fontanelas, de novo impedida de celebrar as suas festas tradionais.

foto js / arquivo

Os motores da Páscoalevam bênção e alegria

às povoações

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2 JORNAL DE SINTRA – INFORMAÇÃO DIGITALSEXTA-FEIRA 3 DE ABRIL DE 2015

SOCIEDADE

A Câmara Municipal de Sintra organiza um programa deintercâmbio juvenil com Omura, Japão, destinado a jovensentre os 15 e 18 anos, residentes no concelho de Sintra e operíodo de candidaturas decorre entre 7 de abril e 31 de maio.A Câmara Municipal de Sintra comparticipa com 50% do valorda viagem de avião para os alunos selecionados que, além deoutros requisitos devem possuir um bom nível de inglês ecomprometerem-se a receber alunos japoneses, durante osmeses de julho, agosto altura em que a delegação de Omuravisitará Sintra.Os formulários de inscrição estão disponíveis no site www.cm-sintra.pt e depois de preenchidos devem ser enviados para aCâmara Municipal de Sintra.

Candidaturas paraprograma de intercâmbiono Japão 2015/2016

De acordo com os dados doGabinete de Estudos daAPEMIP – Associação dosProfissionais e Empresas deMediação Imobiliária de Por-tugal, o mercado imobiliárioportuguês revelou um ex-traordinário comportamentoem 2014, com a confiançacriada pelo investimentoestrangeiro a acordar tambémo mercado interno, o que serefletiu nos índices da pro-

Mercado imobiliário português com ‘Comportamento Extraordinário’Lisboa, Cascais, Oeiras e Sintrano topo dos concelhos mais procuradosGabinete de estudos revela dados do mercado imobiliário referente ao último trimestre de 2014

cura, com 55,2% das pes-quisas do último trimestre de2014 dirigidas à compra deimóveis, face a 42,5% noarrendamento.Para Luís Lima, Presidente daAPEMIP, “as empresas demediação imobiliária sentirameste positivismo do mercado,o que revela que as empresasdo setor começam a demons-trar cada vez mais otimismo,confirmando as últimas pro-

A administração do Popularrecebeu a Joteilux, empresade Queluz cliente do bancoque foi recentemente distin-guida como PME Excelênciaem 2014, na gala do IAPMEI.A Joteilux, que vende pe-quenos electrodomésticos ematerial para instalaçõeselectricas é cliente da aqênciade Queluz do Popular. Aempresa, cuja facturação em

Joteilux de Queluz, recebe prémio PME Excelência2013 ultrapassou €1,8 mi-lhões, recebeu a distinçãoPME Excelência 2014, com-provando o seu excelentedesempenho no seu sector. Éuma empresa de familiar dereferência, com actuaçãoprincipalmente no distrito deLisboa, mas também no restodo país. A Joteilux tem tam-bém experiencia na expor-tação.

O encontro serviu para abor-dar temas relevantes para agestão da empresa, assimcomo os seus projectosfuturos.No final do encontro, CarlosAlvares Administrador doPopular mostrou-se “muitosatisfeito por ter uma relaçãode proximidade com osclientes. É com orgulho quevemos os nossos clientes

receber este tipo de distinção,pelo que queríamos tambémexprimir pessoalmente aadmiração que temos peloseu trabalho”O Popular está a promoveruma série de encontros comos seus clientes que foramdistinguidos com a certi-ficação PME Excelência.

2.º Festival do Mexilhão em ColaresO Mercado da Praia dasMaçãs, em Colares, recebe o2.º Festival do Mexilhão, feiragastronómica que se realizanos dias 3 e 4 de abril, das15h00 às 24h00, e que contacom animação musical e é deentrada livre.Dinamizar o turismo local eatrair visitantes à freguesia deColares são os objetivosdeste festival, organizadopela Junta de freguesia deColares, com o apoio daCâmara Municipal de Sintra,do Clube Recreativo da Praiadas Maçãs e comercianteslocais. foto: js / arquiv

jeções efetuadas para aeconomia nacional.” LuisLima acrescentou ainda queo mercado tem espaço paracrescer, um passo que deveser tomado assente numaestratégia de consolidaçãosegura, ressalvando que“não devemos deixar que aeuforia se apodere do nossoestado de espírito, sob penade perdermos o controlonecessário ao equilíbrio do

nosso mercado”.A APEMIP afirma que o setorfinanceiro tem tambémrevelado uma movimentaçãocrescente, que se verificasobretudo nos departamen-tos comerciais da banca, quetêm estado a incentivar aretoma da concessão decrédito direcionado para aaquisição de imóveis nosegmento residencial.

O Comando Metropolitanode Lisboa da PSP, através daDivisão Policial de Sintra deuinício no dia 30 de março àOperação “Páscoa em Segu-rança 2015”, prolongando-sea mesma até 5 de abril.Os principais objetivos paraa Operação são os seguintes:€ Manter a tendência dedescida da criminalidadedenúnciada e sinistralidadena área de jurisdição destaDivisão Policial;€ Combater de forma eficaz cri-mes contra pessoas e furtos,característicos deste período;€ Promover o aumento do

“Polícia presente Páscoa em Segurança 2015”sentimento de segurança dapopulação.Para atingir os objectivospropostos, durante estaOperação, a Divisão Policialde Sintra irá:€ Intensificar a presença emlocais e períodos de maioraglomeração de pessoas, no-meadamente em zonas comer-ciais e terminais de trans-portes públicos; € Intensificaras ações de regularização efiscalização de trânsito sobre-tudo em locais de maioracumulação de tráfego e, con-sequentemente, mais sujeitosà ocorrência de acidentes; €

Manter uma visibilidadepermanente nas zonas ha-bitacionais; € Promover açõesde sensibilização direciona-das para a vertente de auto-proteção (situações de furtocontra pessoas, em habita-ções, roubos e burlas), dirigi-das a populações de risco,nomeadamente, idosos.Apelamos assim a todos osque se deslocarão para asdiversas paragens do País,que sejamresponsáveis e conduzamcom precaução. Sugerimosainda que, antes de se au-sentarem das suas residên-

cias, adoptem alguns cuida-dos simples que podem evitarassaltos.Neste sentido, a Polícia deSegurança Pública, acon-selha:€ Trancar as janelas, portas elimpar as caixas de correio; €Guardar todos os objectos nabagageira do veículo; € Nãoostentar de forma evidenteobjectos de valor; € Nuncatransportar grandes quanti-dades de dinheiro.A Polícia de SegurançaPública deseja a todos umaSanta Páscoa e, se for o caso,umas boas férias!

Ó Sintra dos meus encantosI

Tantas vezes te visiteiQue por ti me apaixoneiÓ minha Sintra adoradaNão foi aqui que nasciMas gosto tanto de tiQue serás sempre por mim lembrada

IIO teu Palácio da PenaDiz que não és tão pequenaQue é uma realidadeSe és Património MundialJá devias ser afinalM vez de Vila, Cidade

IIIÓ Sintra dos meus encantosConheço todos teus encantosDe Monserrate ao Castelo dos MourosMas uma coisa eu seiTantas vezes te visiteiSão tantos os teus tesouros

IVTaxista foi a minha profissãoE dezenas de vezes pelo VerãoVinha ver a tua belezaDe Lisboa só estrangeiros traziaE para eles então diziaQue eras tão linda, e bem portuguesa!

Luís dos Santos Correia, Queluz

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3INFORMAÇÃO DIGITAL – JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 3 DE ABRIL DE 2015

OPINIÃO

A Oeste, algo de novo...João Cachado

U ma coisa é a praia sel-vagem, de aspecto aindaintocado, quase santuá-rio, sem quaisquer estru-turas de apoio, atraindo

interessados que não estão à esperae até dispensam pontos de apoioturístico, de balneário, restauraçãoe quejandos. Felizmente, em Por-tugal, ainda há lugares assim, pro-curados e frequentados por muitosde nós, recantos de costa comaquele fascínio do difícil acesso,apenas possível após uns bons qui-lómetros a pé ou, talvez, com recursoa duas ou quatro rodas de todo oterreno.Outra, bem diferente, é a realidadede uma zona balnear, há dezenas edezenas de anos demandada e fre-quentada por gentes de todos osestratos sociais, a escassa distânciado contíguo litoral de Estoril e Cas-cais, que, por algumas horas, pareciaestarem deslocadas numa qualquerlatitude onde, na maior harmonia, apraia costuma conviver com solu-ções de improviso, da favela pura edura, africana ou sul-americana, nosseus menos recomendáveis contor-nos.Julgo que não teria sido necessárioacrescentar algo mais ao cartel paraa identificação do lugar. Porém –haja Deus! – tudo leva a crer que,finalmente, a Praia Grande está asofrer a grande intervenção quemerece. E, de facto, mesmo muitoantes de atingida pelas intempériesmais recentes, que determinariam aimperiosa necessidade de requali-ficação, já se tornara insuportávelaquele estado de abandono a quefora votada.Não raro, costumo trazer à colaçãouma expressão do nosso vizinho

Jorge Sampaio, o ex Presidente daRepública que, tão frequentemente,Basílio Horta invoca como patronoda sua candidatura à CâmaraMunicipal de Sintra. Refiro-me àproverbial cultura do desleixo que,infelizmente, continua florescentepor todo o Portugal e, naturalmente,também nas sintrenses paragens,dando-nos cabo da qualidade devida.Pois bem, até desmentido em con-trário, vamos deixar de ter esta razãode queixa, de um desleixo que, à beirado nosso sintrense mar Atlântico,esteve plantado até à total degra-dação. Por parte da autarquia,inequívocos são os propósitos:

“(…) A intervenção consiste nacorrecção dos estragos no mantode enrocamento, passeio, escadas,rampas, muros e infraestruturas deiluminação pública e de drenagempara aumentar o grau de protecçãocontra o risco de galgamento oceâ-nico e melhorar a qualidade ambien-tal e urbana, e assim acolher de for-ma sustentável e atractiva as activi-dades económicas e sociais asso-ciadas à frente de praia, cumprindoos regulamentos do Parque NaturalSintra Cascais e do POOC Sintra-Sado, o Plano de Praia e o Plano dePormenor da Praia Grande.A requalificação da área, no valorde cerca de 585 mil euros, é um pro-

foto: sérgio gonçalves

jecto elaborado em articulação coma Agência Portuguesa do Ambiente(APA) e no seguimento da candi-datura ao Programa OperacionalTemático de Valorização do Terri-tório do QREN.” Recomendaria que, ao deslocaremlá abaixo, por via do pascal mexi-lhão, dêem uma espreitadela ao re-boliço reinante que as fotos bemdocumentam. Convém lembrarem-sedas siglas supra, não vão errar noentendimento dos objectivos geraisda obra sem terem em consideraçãoo PNSC, o POOC, a APA e o QREN.Pergunto-me, santo Deus, de quegabinete de comunicação dispõe aCâmara para se permitir incorrer

neste desatino quando, muito sim-plesmente, pretende informar coisatão comezinha…Oxalá, do enquadramento das enti-dades constantes de tão abundantesiglário e de tantos camions, ‘dum-pers’, das mais diversas máquinasem operação, bem como do esforçode denodados trabalhadores, poisque resultem, além da praia orde-nada e com areias saudáveis, tam-bém uma marginal bem pavimentadae devidamente sinalizada, em termosdo trânsito e do estacionamento,com passeios lisos e limpos, dotadade instalações sanitárias, públicase/ou concessionadas, em quantida-de adequada à procura, operacio-nais e civilizadas, sem rodriguinhosmas com equipamento resistente.E, deste cenário, ainda em perspe-ctiva, finalmente, passarei à refe-rência da tão animadora decisãocamarária em relação ao Parque deCampismo da Praia Grande. Perantea ameaça de expropriação, os pro-prietários comprometeram-se à apre-sentação de um projecto de viabi-lização de instalações que satis-façam as necessidades em presença.Será que, em tempo útil, teremos adita de ver concretizada a soluçãoque propuserem?Não tenho a menor dúvida de que,corram as coisas satisfatoriamente,melhor e bem diferente será o usu-fruto da zona. Estamos a um passode poder afirmar que, a oeste háalgo de novo… Por favor, não nosdesiludam!

[João Cachado escreve de acordocom a antiga ortografia]foto: cms

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4 JORNAL DE SINTRA – INFORMAÇÃO DIGITALSEXTA-FEIRA 3 DE ABRIL DE 2015

OPINIÃO

morte de Herberto Helder, aos 84anos, na casa de Cascais ondeviveu décadas representa umaperda de dimensão incalculávelpara a cultura portuguesa cuja

HERBERTO HELDER:RUMO AO INFINITOJosé Jorge Letria

Apoesia tanto enriqueceu com um géniocriador que ninguém conseguia enquadrarem escolas, tendências ou grupos.Herberto construiu à sua volta uma solidãoprotectora de que nunca abdicou e que fezdele um escritor cuja biografia se confundiue esgotou na própria obra, já que a suabiografia foi construída com páginas de quenunca quis falar e sobre as quais só muitofugazmente aceitou escrever. Nascido noFunchal em 1930, partiu para Coimbra aoconcluir o ensino secundário para estudarDireito e depois ainda se inscreveu naFaculdade de Letras de Lisboa, em FilologiaRomântica, curso que também não terminoue que precedeu etapas importantes de umpercurso que o levou a ser tudo o que quisser, desde bibliotecário da Gulbenkian adirector editorial, desde jornalista e locutorradiofónico até trabalhador manual,emigrante e tudo o mais que teve de fazerpara enfrentar os constrangimentos de quemcasou, teve filhos e tinha de lutar pelasubsistência num tempo adverso que nuncadeu facilidades a quem queria viver apenasda literatura. Herberto publicou o seuprimeiro livro em 1958, tornou-se um autorde referência com “Os Passos em Volta” e“Apresentação do Rosto” e nunca maisdeixou de escrever e publicar até à ediçãoem 2014 de “A Morte sem Mestre”. Poucospoetas em Portugal e no mundo conse-guiram construir uma obra e um modelo derelação com essa obra tão protegido, tãoisolado e tão distante das pequenas coisasdo mundo literário. Isolou-se, calou-se,embora dissesse admirávelmente os seuspoemas e nunca aceitou confundir-se coma vida social, cultural e política que ocercava. Não dava entrevistas, não sedeixava fotografar, não emitia depoimentossobre qualquer assunto e por uma rigorosaquestão de princípio não aceitava osprémios que lhe atribuíam, caso do PrémioPessoa, em 1994, que tanto o teria ajudadoa estabilizar a vida de quem decidiu viver emorrer pobre, isto é, sem os recursosfinanceiros que a literatura eventualmenteproporciona a outros escritores. Viveu emorreu sem prémios, coerente com os seusprincípios e com o modo de vida queconstruiu.Recordo-me de em 1970 ter ido à redacçãoda revista “Noticia de Luanda” em Lisboa,chefiada pela grande jornalista Edite Soeiro,e de ter visto numa secretária ao fundo umhomem com cerca de 40 anos, de barba bemdesenhada, do qual me aproximei timida-mente, que cumprimentei e que comigomanteve um diálogo breve, amável e sempalavras em excesso. Tinha ido à “Noticiade Luanda” para tentar conseguir umacolaboração regular e saí dali comovido porter conseguido conhecer pessoalmente o

poeta português vivo que mais admirava.Depois encontrámo-nos muitas vezes emruas de Lisboa, num ou noutro café esobretudo no comboio para Cascais, terraonde nasci e onde ainda morava.Durante os anos em que fui vereador daCultura em Cascais tomei a decisão de orga-nizar um encontro literário anual “A Poesiaem Visita”, que pedi ao Prof. Manuel FriasMartins para coordenar. Receámos desde oinício que Herberto não aceitasse a inicia-tiva. Foi o que aconteceu. Depois da decisãoter sido aprovada por unanimidade pelacâmara, Herberto escreveu-me uma longa eamável carta pedindo-me delicadamentepara suspender essa iniciativa que muitotranstorno lhe causaria. Falei com FriasMartins, autor de um livro sobre o poeta edecidimos cancelar o projecto, por respeitoe admiração pelo Herberto Helder que tantoadmirámos e admiramos.Pouco tempo depois, deram-me a notícia deque Herberto não conseguia continuar aviver no 1º. andar onde sempre residiu, pertodo mercado de Cascais, porque as máquinasde refrigeração no estabelecimento do rés-do-chão emitiam um ruído que não odeixavam escrever e dormir. Foram dadostodos os passos necessários para controlaresse excesso de ruído, cujo a existência nãofoi comprovada e para lhe proporcionar osossego que tanto desejava e merecia. ACâmara chegou a encarar a possibilidade devir a adquirir um apartamento para o instalarem condições mais propicias, hipótese quetambém não se concretizou. De qualquermodo, acompanhei e acompanhámos com amaior atenção e cuidado uma situação quemuito nos preocupava. O importante eraHerberto e a grandeza da sua obra.Embora a sua despedida se tivesse tornadoinevitável e como ele próprio reconhece emalguns dos seus versos luminosos, nuncaesperei ter que escrever esta crónica dehomenagem a um dos poetas que mais memarcaram e me levaram a entrar no universoda poesia com a paixão comovida de quementra para nunca mais partir. Herberto serásempre, para mim, o autor de “OficioCantante”, de “Cobra” ou de “A Morte semMestre”, voz luminosa e absoluta que meacompanhará até à hora da minha despedida.E não posso esquecer que “Os Passos emVolta” era a minha leitura deslumbradaquando em Setembro de 1967 o meu paimorreu subitamente e eu tinha apenas 16anos, idade de deslumbramento e desco-berta que fez com que Herberto tenhaentrado nas minhas preferências maisprofundas, tornando-se um poeta maior queo seu tempo, imenso como a nossa grandepoesia, companheiro distante e próximo deque nunca me quis afastar, por saber quequando o fizesse isso seria já uma forma demorte. Tínhamos Cascais em comum. A mi-nha terra natal e a sua terra de adopção.Numa geografia de afectos que também aju-da a construir a poesia que nos ilumina seeternizar.

O que esperar do Pós-Troika?crescimento na Zona Euro.Afinal, em que ficamos?Não será que os efeitos esperados para a eco-nomia portuguesa têm apenas a ver com acondução de políticas conjunturais, comresultados de curto prazo, e que nos conti-nuamos a debater com a ausência de umaestratégia de médio prazo para o desen-volvimento?Por outro lado, importa regressar às razõesda situação actual. Ora, estas razões têm sidocolocadas, pelo pensamento dominante, dolado do desequilíbrio das finanças públicas edo crescimento da dívida. No entanto, sãotambém cada vez mais os que afirmam quenão é a situação das finanças públicas quetem prejudicado o crescimento económico,mas sim a insuficiência da procura. Acresceque a arquitectura da Zona Euro tem vindo aagravar, se não a impossibilitar, a respostaaos problemas com que nos debatemos, aofavorecer as assimetrias, provocadas pelosdesequilíbrios da balança de pagamentos emregime de câmbios fixos.

Maria Eduarda Ribeiro,26 março 2015

A Areia dos Dias

Comer bem e barato é possívelOu seja, o pescado propor-ciona refeições completas, doponto de vista nutricional, ecom elevados benefícios pa-ra a saúde e para a manu-tenção de um peso saudável.Claro que o peso calórico deuma refeição com peixedepende muito do modo deconfeção. Deve-se privilegiaros cozidos, grelhados e,sempre que se adicionar gor-dura, o azeite deve ser aescolhida!Já sabe, é possível comer beme barato. Se procura uma ali-mentação equilibrada, cortenas calorias, mas não desistado sabor! Descubra tudoaquilo que o mar lhe oferece.Vá ao mercado e deixe-setentar por um peixe diferente.Na secção de congelados,descubra as novidades! Elembre-se que não há só con-servas de atum e sardinha!

Cíntia Machado,Fileira do Pescado

s previsões que têm vindo a serapresentadas para o período pós-programa do ajustamento mere-cem alguma atenção.O FMI, no seu mais recente rela-

Atório sobre Portugal, corrige para baixo asprojecções macroeconómicas do governo etraça um cenário desfavorável para os anosfuturos, caso não se prossiga com as“reformas estruturais”. Em suma, defende acontinuação das políticas de austeridade,como meio para se conseguir obter, a prazo,um crescimento económico mais significativo.O governo tem vindo (quem diria?), mais re-centemente, a contestar as posições do FMI,traçando um quadro de alívio da austeridade,em resultado do “sucesso” do programa deajustamento e dos efeitos positivos da desci-da do preço do petróleo, da desvalorizaçãodo euro e da continuação de taxas de jurobaixas.Do lado da União Europeia, esperam-se resul-tados favoráveis com a implementação peloBCE da “Expansão quantitativa”, destinada alançar liquidez nas economias europeias e aadopção do plano Juncker, desenhado paraincentivar o investimento, cuja debilidade temsido apontada como um dos entraves ao

á quem pense queuma alimentaçãoequilibrada ficacara e que o peixeé um luxo inaces-H

sível para orçamentos maisreduzidos. Apesar de a pro-teína do peixe ser muito maisbenéfica para a saúde do quea da carne, nem todas as fa-mílias a incluem regularmentena lista de compras, poracharem que fica cara. Não éassim!Para ter refeições de peixe,saborosas e nutritivas, nãoprecisa de gastar uma fortuna.Aliás, ao contrário das ideiasfeitas que existem, os peixesmais baratos, disponíveis nomercado e capturados nonosso mar, como a cavala, ocarapau ou a sardinha, são osmais benéficos para a saúde.São muito ricos em ácidosgordos polinsaturados, comoos Ómega 3 e Ómega 6,substâncias muito impor-tantes para a saúde, sobre-tudo ao nível do sistema

circulatório e imunitário.O peixe congelado é outraopção para refeições econó-micas e saudáveis, pois émais acessível que a maioriado pescado fresco, tem osmesmos valores nutricionaise está sempre pronto a pre-parar. A descongelação é umprocesso e deve-se, de pre-ferência, descongelar na em-balagem de compra, no fri-gorífico. Não sendo possível,pode-se usar o micro-ondasou optar pela cozedura sempreviamente descongelar, emalguns casos.Temos também que falar nasconservas portuguesas,acessíveis e versáteis, comque rapidamente se preparauma refeição para toda afamília, a preços controlados.O bacalhau é outra boa opçãopara cortar nos custos, masnão no sabor. Dependendodo seu tamanho, existe nomercado a preços acessíveis,e é um fiel amigo para a saúdee para a carteira.

CORRESPONDENTE/ REPÓRTER

Seja correspondente do Jornal de SintraEnvie-nos as notícias da sua terra/fotos, com o seucontacto para [email protected], ou para amorada, Av. Heliodoro Salgado, n.º 6 – 2710-572 Sintra

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5INFORMAÇÃO DIGITAL – JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 3 DE ABRIL DE 2015

SOCIEDADE

VAT 69 Era depois da morte herbertohelderIa fazer três anos que morrêramostrês anos dia a dia descontados no relógioda torre que de sombra nos cobriu ainfância:rodas no adro — gira a borboleta que seatira ao aro jogo do berlinde o trinta e um pedradasnas cabeças nos ninhos nas vidraçasFoi quando verdadeiramente começoua conspiração dos líquenes cabelos eavencas

na mina onde molhámos nossos jovens pése tirámos retratos pra morrer mais uma vezOs nossos filhos — nós outra vez crianças —comiam e gostavam das laranjas essas mesmas laranjasque mordemos em tempos ao chegar nas férias de natalno quintal que as máximas mãos deixaram já depois abandonadoEra a seguir à morte meu poetaera na meninice havia festa e na sala da entradapensávamos na morte — nunca mais — pela primeira vezTrincávamos cheirávamos maças no muro sobre a praiaroubávamos o balde ou íamos atrás do homem dos robertosEra nas férias havia o mar e íamos à missaouvíamos a campainha e o padre voltava-se pra nós—orate frates — ou íamos ao cemitério apesar do catitinhaEra depois da morte sobre a plana infânciao primeiro natal o cheiro do jornallido na adega ou na casa do fornosentados pensativos sobre a terra húmidaEra na infância o sol caía enquanto água corriaentre os pés de feijão e os buracos de toupeirascalcados prontamente pelas botassoprava o vento e vinha a moinha da eirao cão comia o bolo e morria debaixo da figueirae teria sepultura com enterro e cruz e muitas floresHavia casamentos o meu pai falavae os noivos deitavam-nos confeitos das carroçasE os registos mistério tempo da prenhezEra talvez no outono havia asmahavia a festa da azeitona havia os fritosao domingo havia os bêbados estendidos pelas ruashavia tanta coisa no outono havia o cristovam paviaEra a primavera o rio rápido subiaos barcos navegavam entre a vinhae alastrava a sombra e a tarde adensava-senum espesso e branco nevoeiro de algodãonoite dos candeeiros sombras nas paredese minha mãe pegava na espingarda ia à janelae ouvia-se o chumbo no telhado lá ao longeO leovigildo o marcolino o sítio do miguela sesta a monda das mulheresa queda do bizarro exposto na igrejaisso e o almoço a saber malquando vinham da escola pra saber significadosEram as despedidas de coelhos e galinhas antes das viagensEram as festas era o roubo dos melõesera a menstruação oculta da criadaEra talvez em tempos de tormentahavia ferros entre a palha por baixo da galinhaque chocava os ovos dentro de um velho cestoeram as nossas casa em adobee era o carnaval os bailes os cortejosÍamos para a praia e eu lia camiloouvia o mar bater sem conseguir compreendercomo podia estar ali se tinha estado noutro sítioEra o tempo dos primeiros amoreseu via o pavão adoecia e só muito mais tarde liao trecho que me competia entre as amadas raparigasA casa não ficava muito longe dos montesnão havia a cidade nem os outrospunham ainda em causa o meu reino de deussenhor de tudo o que depois não tiveEra depois da morte ou era antes da morte?Mas haveria a morte verdadeiramente?Lia o paulo e virgínia chorava e perguntavase tudo aquilo tinha acontecidoEra o meu pai era esse sonhador incorrigívelsem nunca mais saber que havia de fazer dos diasEram as folhas novas eram os perdigotossaídos não há muito ainda da cascaEra era tanta coisaSeria realmente após a morte herberto helder

26 de Março – Meninos d’Avólembraram Ruy Belo

s Meninos da Avó voltaram a realizar maisum jantar literário, desta feita dedicado à obrade Ruy Belo, tendo o evento decorrido nodia 26 de Março, no Legendary CaféLegendary, em Sintra, tendo contado com a

Jorge Telles de Menezes

Aspecto geral

Teresa Belo lendo poemas de Ruy

Rui Mário

Fernando Morais Gomes

Opresença de Teresa Belo, sua companheira de vida,senhora de fortíssima personalidade, e conhecedorada obra do poeta.Neste regresso, as tertúlias doMeninos d’Avó são uma co-produção da CaminhoSentido, da Alagamares e do Teatro Tapafuros.A tertúlia decorreu numa semana em que passaram os100 anos da publicação do primeiro número do Orpheue que Herberto Hélder nos deixou. A propósito, umpoema de Ruy Belo dedicado a Herberto Hélder, escritoem 1970.

Texto e fotos: Alagamares

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6 JORNAL DE SINTRA – INFORMAÇÃO DIGITALSEXTA-FEIRA 3 DE ABRIL DE 2015

SOCIEDADE

29 de Março – Visita ao Parquede MonserrateGuiado pelo arquitecto paisa-gista Gerald Luckhurst, tevelugar no dia 29 de Março umavisita da Alagamares ao Par-que e jardins de Monserrate,na óptica ambiental e desco-berta das espécies botânicasaí implantadas. Especialistana matéria, com mais de 25anos de trabalho sobretudonos jardins de Monserrate,foi um momento para redes-cobrir espaços românticos eoutros mais recentes.Recorde-se que o Parque deMonserrate venceu em 2013,em Juechen, na Alemanha, oEuropean Garden Awardatribuído pela EuropeanGarden Heritage Network(EGHN) e a Schloss DyckFoundation. Este prémio, nasua 4ª edição, selecionou oParque de Monserrate comovencedor na categoria “Best

Development of a HistoricPark or Garden” (MelhorDesenvolvimento de um

Parque ou Jardim Histórico).

Texto e fotos: Alagamares

Perante as acusações feitashoje à Câmara Municipal deSintra por parte da empresaque realiza o evento World Press Cartoon, esclarece aautarquia:Não é verdade que a Câmarade Sintra tenha rejeitadoapoios para a realização doWorld Press Cartoon noconcelho.A autarquia sempre reconhe-

World Press Cartoon acusaCâmara Municipal de Sintra defende-se

ceu que o evento prestigiavao município, mas deixou deser possível manter o valor deapoio financeiro direto a umaempresa privada em montan-tes superiores a 180 mil euros,sobretudo numa altura emSintra está a canalizar cadavez mais verbas para o com-bate ao desemprego e açãosocial.As circunstâncias económi-

cas do país e a legislação apli-cável mudaram e atualmenteo município está a fazer umgrande esforço para minimizaros impactos da crise junto dapopulação que reside noconcelho.Ainda em 2013 a organizaçãodo evento contou com verbadireta da câmara na ordemdos 184 mil euros, bem comoapoio indireto na ordem dos

60 mil euros, nomeadamentecom cedência do espaço dagala e das exposições (CentroCultural Olga Cadaval eantigo Museu de Arte Mo-derna) e outros apoios.A Câmara Municipal sempremostrou disponibilidade emcolaborar com a empresa. Aautarquia mostrou disponibi-lidade em manter a totalidadedos apoios indiretos até então

prestados, bem como a ce-dência dos espaços onde aolongo destes nove anos foirealizado o World PressCartoon.A Câmara apelou ainda paraa necessidade de redução decustos do evento, atendendoàs circunstâncias económicase sociais do país, sem que aempresa se tenha mostradodisponível para encarar essa

possibilidade.Perante a intransigência daempresa não restou outraalternativa senão manter acoerência do respeito e dorigor com que esta CâmaraMunicipal de Sintra aplica odinheiro dos contribuintes.

Fonte: CMS

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7INFORMAÇÃO DIGITAL – JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 3 DE ABRIL DE 2015

SOCIEDADE

epois do arranqueno dia 14 de Março,no átrio do MuseuAnjos Teixeira, emSintra, a segunda

Largo Museu Anjos Teixeira e Jardim da Correnteza em Sintra

Rota D’Artes no 2.º e 4.ºsábado de cada mês

A curiosidade leva muitos visitantes ao evento

Rui Vasques durante a palestra sobre construçãoauto sustentável

Dmostra do Rota D’Artes,promovida pela AssociaçãoCultural Voando Em Cynthiano dia 28, destinou-se aos

Produtos Naturais e Bioló-gicos, Artesanato e Artes. Ojardim da Correnteza, tambémconhecido pelo “soldadodesconhecido” reuniu duran-te a tarde, uma dezena deexpositores, a maioria de forado concelho. O evento abriucom uma “oficina” de cons-

trução de mini jardins, comDora Incenso, com muitosturistas e transeuntes a par-ticiparem na iniciativa, curio-sos de saber mais sobre osprodutos da terra e o arte-sanato.Na cafetaria da Casa Man-tero, Rui Vasques dirigiu umapalestra sobre “ConstruçõesSustentáveis: Modelo SocialAuto-Suficiente”, um proje-cto de sua autoria e que temmerecido a atenção de algunsinvestidores que vêm nomodelo apresentado, alterna-tivas ao betão das grandescidades.Tila Franco, da organizaçãoadiantou ao JS que «cadamostra tem para além dosprodutos naturais e bio, arte-sanato e artes, palestras, eoficinas de aprendizagemnestas áreas de actividade.Estamos ainda no início e por

isso precisamos de muitosapoios para que este tipo deiniciativas chegue a todos. ACâmara Municipal de Sintracede-nos o espaço e dá-nosainda apoio logístico. Aindaassim, é insuficiente masacreditamos que vamos ter oêxito que sonhamos».De registar que a RotaD’Artes é dividida pelo 2.º e4.º sábado de cada mês. Para

o próximo dia 11 na Alamedados Combatentes da GrandeGuerra, o programa é o se-guinte: 10h às 18h - Mercado:Produtos Naturais * ProdutosBio * Artesanato * Artes14h30 às 17h - Oficina de CaçaSonhos. 15h - Palestra“Alimentação Saudável”Dia 25 de Abril | Largo doMuseu Anjos Teixeira (Vila deSintra - Volta do Duche); 10h

às 17h30 - Mercado: ProdutosNaturais * Produtos Bio *Artesanato * Artes; 14h30 às16h30 - Oficina de Constru-ção de Mandalas com ele-mentos da natureza; 15h -Palestra “História e Estóriasdo 25 de Abril” com FernandoMorais Gomes.

Ventura Saraiva

Sintra aposta no uso da bicicleta para passear ou desfrutar da paisagemVoo livre uma das muitas ofertas da Active Sintra

Zorb Baal-uma experiência de dar voltas à cabeça

fotos: ventura saraiva

Marca Active Sintra apresentada nos dias 28 e 29 no Largo do Palácio Nacional de Sintra

Iniciativa da autarquia destinada às actividades de aventura

Afotos: ventura saraiva

Câmara de Sintraapresentou no pas-sado fim-de-sema-na (dias 28 e 29),durante a realiza-

ção da “Feira Aventura”, amarca ActiveSintra. O LargoRainha D. Amélia no centrohistórico da Vila Velha foi olocal escolhido e reuniu maisde uma dezena de empresasda área do turismo da nature-za/aventura, especializadasna oferta de actividades nãomotorizadas no concelho,nomeadamente, o parapente,asa delta, “birdwatching”(observação de aves), pedes-

trianismo, escalada, rapel, bi-cicleta de todo o terreno,bicicleta de turismo, surf ebodyboard”.No domingo de manhã, houvelugar o lançamento do pro-jecto “Ecovias de Sintra” eque juntou o presidente domunicípio, Basílio Horta, do“vice”, Rui Pereira, do chefeda Divisão do Desporto eJuventude, João Gonçalves,e clubes do concelho que sededicam à prática do BTT,como o Sintrense, BTT Rio,ou Colarense. Em grupo,experimentaram um percursode bicicleta pelas Ecovias de

Sintra, trajectos que permitempedalar pelos locais maisbelos do concelhoNas Ecovias de Sintra é utili-zada a tecnologia de georre-ferenciação (http://pt.active-sintra.com/circuitos-turiacu-testicos.html) onde é possívelregistar em GPS uma rede decaminhos e estradas secun-dárias existentes, com percur-sos mistos de asfalto e terra.O utilizador pode assim usarum simples smartphone parapercorrer caminhos com in-teresse do ponto de vista na-tural, paisagístico, arquitetó-nico e cultural, permitindo a

criação de roteiros turísticosde interesse histórico paraserem realizados em bicicleta.Releve-se ainda que a marcaActive Sintra está presentena Internet desde Agosto de2014, em www.activesintra.com, e também já foi apre-sentado numa feira interna-cional de turismo de aventura,realizada em Fevereiro desteano, em Los Angeles (EUA),destinando-se segundo osseus promotores “a promovero turismo activo, atraindo eretendo visitantes durantetodo o ano, e por estadiasmais alargadas”. VS

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DESPORTO

Jogadoras do SU Sintrense com fortes razões para sorrirem.Superaram expectativas no campeonato

foto: ventura saraiva

ermina no dia 12 (domin-go), a primeira fase doCampeonato Nacional dePromoção do Futebol Fe-minino, com o Sport União

A oito jornadas do fim da prova, aluta continua renhida entre os doisprimeiros classificados e osúltimos que não querem perder ocomboio e ficar apeados.Nesta 22ª ronda, o líder deslocou -se ao sempre difícil terreno do Tires,e trouxe no bornal apenas um ponto,mercê de um empate a um golo,tendo acabado o encontro com novejogadores. Por seu lado, o Vilafran-quense, em casa bateu o Pêro Pi-nheiro, por 2 -1, e reduziu a desvan-tagem para “cinco pontos”. NaCoutada, o Sporting Lourel, “ba-queou”, por dois golos sem res-posta, enquanto no “derby” sin-trense o Montelavarenses levou amelhor diante o At. Cacém, aovencer por 3-1.

Campeonato Nacional de Futebol Feminino – Série C

Sintrense em PonteFrielas a confirmaro título de “vice”Ventura Saraiva

Sintrense a deslocar-se ao campoda UD Ponte Frielas, já com o títulogarantido de “vice-campeão” daSérie D, uma proeza digna de registo,num projecto de formação que vaino segundo ano de existência. Nãofora, a inacessível União Recreativade Cadima, clube já com perga-minhos na modalidade, experiênciae uma forte estrutura, o Sintrenseseria a grande novidade do principal

Tcampeonato feminino na próximaépoca, mas deixando a sua marca,“ponte” de entusiasmo para o inícioda campanha de 2015/2016.

Mariana Fontes no topodas melhores marcadoras

A uma jornada do final, o Sintrensesoma 48 pontos, mais 7, que a turmade Cadima que apenas consentiu umempate em 19 jogos, contando aindacom o ataque mais realizador (116golos) e a defesa menos batida,tendo “encaixado”, apenas 4. OSintrense com 79 golos é o terceiroataque da prova, ocupando a

mesma posição no que concerneaos golos sofridos;24. Todavia, temno “top” das melhores marcadoras,

a sua avançada, Mariana Fontesque à sua conta “facturou” 29golos, podendo até chegar às três

dezenas se conseguir marcar emPonte Frielas.

Campeonato Distrital “Pró-nacional” da Associação de Futebol de Lisboa

Real Sp. Clube empata em TiresAntónio José

Na 7.ª Jornada do Campeonato Nacional deSeniores-Zona Sul, apuramento da subida,realizada no passado sábado, dia 28 deMarço, o 1.º Dezembro voltou a tropeçar naluta pelos lugares cimeiros da classificaçãoao ser derrotado em São Pedro de Sintra peloCaldas Sport Clube, por 0-2. A equipaorientada por João Sousa baixou ao 6.º lugar(7 pontos), já longe do líder, Desportivo deMafra, que soma 15.Na jornada do dia 12, – viragem para a 2.ªvolta –, joga de novo perante o seu público e

Futsal – 1.ª Divisão da AFLAlbogas sobe ao 3.º lugar

Futsal – nacional da 2.ª Divisão (subida – Zona Sul)Vila Verde vence (5-4) Fabril do Barreiro

Realizou-se no passado dia29 de Março, ajornada 22, do Campeonato Distrital daDivisão de Honra da Associação de Futsalde Lisboa (AFL), com o Grupo União MTBAa receber no pavilhão de Bolembre, a UDArranhó, com o resultado final a saldar-sepor um empate a cinco bolas. Com esteresultado, a equipa das 4 aldeias viu reduzidaa vantagem sobre o segundo classificado-Leões das Furnas- que foi vencer ao redutodo Marista de Lisboa, por 4-5.O “MTBA” soma agora, 56 pontos, e os

Destaque para o triunfo fora deportas do Oeiras no Carregado. Ocampeonato sofre nova paragem nofim de semana, para dar lugar aosjogos da 2ª mão da Taça AF Lisboa.Resultados: Coutada-Sporting Lou-rel, 2-0; Lourinhanense-At. Tojal, 1-1; Montelavarenses-At. Cacém, 3-1; Santa Iria-At. Povoense, 2-0;Carregado-Oeiras, 1-3; Vilafran-quense-Pêro Pinheiro, 2-1; UniãoTires-Real Sport Clube, 1-1; FutebolBenfica-Alverca, 2-2.Classificação: 1.º Real Sport Clube,53; 2.º Vilafranquense, 48; 3.º Oeiras,38; 4.º Lourinhanense, 37; 5.ºs. At.Tojal e Sporting Lourel, 35; 7.º Al-verca, 33; 8.ºs. Santa Iria e At. Po-voense, 31; 10.º Coutada, 30; 11.ºs.At. Cacém e União Tires, 25; 13.ºCarregado, 24; 14.º Futebol Benfica,17; 15º Montelavarenses, 15; 16.ºPêro Pinheiro, 6.

Próxima jornada (23.ª 12. 04. 15).Jogos às 16h00. Pêro Pinheiro-Futebol Benfica; At. Povoense-Vilafranquense; Real Sport Clube -Lourinhanense; At. Tojal-Coutada;Sporting Lourel-Montelavarenses;At. Cacém-Santa Iria; Alverca-Carregado e Oeiras-União Tires.

Taça “AssociaçãoFutebol de Lisboa”(Meias – Finais,2.ª mão)

Realizam-se na 6.ª feira, dia 3, os jo-gos referentes à 2.ª mão da Taça AFLisboa, com os seguintes confron-tos: Oeiras - Lourinhanense (1ª mão,1-4), e At. Povoense-Sporting Lou-rel (2-1).

Campeonato Nacional de Seniores1.º Dezembro perde e Sintrense empata

Futsal – Divisão de Honra da AFLMTBA empata (5-5) em casa com Arranhó

lisboetas, 43. Na terceira posição está o CentroRibamar, com 41. O GSC Novos Talentos foiempatar (2-2) ao recinto da Manjoeira (Loures)e manteve o 5.º posto, com 35.Na 23.ª jornada que se realiza no dia 11, oGrupo União MTBA desloca-se ao reduto doLiberdade AC, penúltimo da classificação,com apenas 13 pontos, e por isso em risco dedescida directa, enquanto o GSC NovosTalentos recebe no pavilhão da Abelheira, oACC-Académico Clube de Ciências, 6.º. com34 pontos.

recebe a AD NogueirenseNa Série G-manutenção/descida-, o Sintrensejogou no Alentejo frente ao União deMontemor e empatou sem golos, mantendo-se na zona de descida automática. É 7.º, com16 pontos, e na próxima jornada (dia 12), voltaa jogar fora, desta feita no campo do GD Covada Piedade.

VS

Realizou-se no sábado, dia 28, a 2.ª jornada da fase final do CampeonatoNacional de Futsal da 2.ª Divisão-Zona Sul (apuramento da subida ecampeão nacional), com o Sporting Vila Verde a receber o Fabril do Barreiroe a vencer por 5-4, rectificando o desaire sofrido na ronda inaugural noreduto do CRC Quinta dos Lombos, por 3-2.Com esta vitória, o Vila Verde “encostou-se” ao grupo que soma 3 pontose na próxima jornada (dia 11), desloca-se a São Domingos de Rana paradefrontar um dos grandes favoritos à subida, “Os Vinhais”. A ronda com-pleta-se com os jogos; Amarense-Portela, e Quinta dos Lombos-Fabril doBarreiro.

A deslocação da equipa de Albogas Futsal a Bucelas, no sábado, dia 28,para defrontar “Os Bucelenses” em partida referente à 6.ª Jornada da 2.ªFase (subida e apuramento do campeão) do Campeonato Distrital da 1.ªDivisão de Futsal da AFL, revelou-se proveitosa, já que ao vencer a equipada casa por 2-3, um dos adversários directos por um dos lugares de promo-ção, trocou de posição na tabela classificativa com o emblema do concelhode Loures. O conjunto alboguense é agora 3.º, com mais um ponto que osbucelenses (27-26), mantendo tudo em aberto quanto aos dois lugaresdisponíveis, uma vez que o Estoril Praia conta já com uma vantagem con-siderável (11pontos) sobre a concorrência. Na próxima jornada, a realizarno dia 11, a formação de Albogas recebe pelas 21h00, o Monte Agraço FC.

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DESPORTO

Pedro Natário encheu o rinque com a sua capacidade de jogar, fazer jogar, e marcar Pedro Lourenço demolidor nos minutos finais do jogo

Patinagem artística apresentada no intervalo do dérbi

fotos: ventura saraiva

U

União de Nafarros vence HC Sintra (6-11) em Monte Santos na 2.ª Divisão Nacional de Hóquei em Patins

Um dérbi também pode ter nota artísticaVentura Saraiva

m dérbi, seja local,regional, ou na-cional, tem sempreuma carga de ri-validade, apon-

A jornada 22, do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins da 2.ª Divisão-Zona Sul, colocou frente-a-frente no pavilhão de Monte Santos, as equipasdo Sintra, e do Nafarros, em mais um dérbi concelhio da modalidade. O jogo realizado no sábado, dia 28, foi seguido por cerca de centena e meia deespectadores que deram por bem entregue o seu tempo. À superioridade da União de Nafarros, respondeu sempre o Hockey Club de Sintra com oentusiasmo dos seus jovens patinadores. Todavia, a experiência de Natário, Lima, Chorincas & Cª., resolveu a partida, depois de ver anulada umavantagem de quatro golos (1-5), com o emblema da casa a chegar ao empate (6-6). Os minutos finais seriam demolidores com a turma nafarrense achegar com facilidade aos 6-11, construindo um resultado mais que justo…

tando para questiúnculasentre adeptos, jogadores, emuitas vezes com a arbitra-gem em ponto de mira. To-davia, existem sempre exce-pções à regra em todos eles.Este realizado no sábado, dia28, levou às bancadas dopavilhão de Monte Santos,cerca de centena e meia deespectadores que vibraramao longo dos 50 minutos dejogo, divido em quatro gran-des períodos; o primeiro,com o forte domínio da Uni-ão de Nafarros que empur-rou a equipa do HockeyClub de Sintra para junto dasua baliza, obrigando oguarda-redes, Pedro Soaresa aturado trabalho. Chegoucom facilidade ao 0-2, num“bis de Pedro Natário (aos 2e 10 minutos) e que aos 18’assistiu com eficácia o seucolega de equipa AndréLima, para o três-a-zero.O segundo; com cinco mi-nutos para jogar até ao des-canso, a formação de Sintra“empertigou-se”, com a en-trada dos jogadores mais jo-vens, comandados pelo ca-pitão Mauro Teixeira quereduziu para 1-3, elevando omoral dos seus companhei-ros. Todavia, aos 23’, Pedro

Natário voltou a mostrar por-que é um dos goleadores docampeonato, e voltou a repora diferença nos três golos (1-4). A um minuto do intervalo,Tiago Pedro teve a oportuni-dade para reduzir na transfor-mação de uma grande penali-dade, mas falharia o alvo. Comtoda a equipa a crescer eapoiada pelo entusiasmo vin-do das bancadas, o segundotempo de jogo prometia novasemoções

Chegar ao empate eacreditar na reviravoltaA entrada do Hockey Club deSintra após o intervalo reveloua aposta do novo treinadordos seniores, Paulo Pantana,no “viveiro” de Monte San-tos. Os juniores, Bernardo Ma-ria, e Diogo Coutinho, faziampar no rinque, com RicardoViegas, e o capitão Mauro Tei-xeira. As jogadas de ataquesucediam-se junto da baliza dePedro Santos, mas seria AndréLima com apenas três minutosjogados que num rápido con-tra-ataque, atirou forte, e acontar. Com o marcador em 1-5, tudo parecia encaminhadopara um jogo fácil da União deNafarros, mas não seria tantoassim. Terceiro ponto: a unida-de dos patinadores do Sintra,com Mauro Teixeira, a reduzirpara 2-5, Vasco Batista (3-5), eDiogo Coutinho (4-5), Ber-

nardo Filipe de permeio afalhar um livre directo, na 10.ªfalta dos visitantes. Com apossibilidade de virar o resul-tado, o conjunto de PauloPantana passou a pressionarainda mais, expondo-se de-masiado ao contra-ataque doshomens de Pedro Feliz. A cha-ve estaria em Bruno Delgadoque chegado ao jogo, marcouo 4-6. Mauro Teixeira de livredirecto, faria de seguida, o 5-6, e o pavilhão ficou ao rubroquando Vasco Batista empa-tou a partida (6-6). Faltavam11 minutos para o final, e nin-guém arriscava um prognós-tico, dada a forma como o jo-go estava (re) lançado peloHockey Club de Sintra, e atédevido à dupla cartolina azula André Lima e a inferioridadenumérica do adversário. Po-rém, todas as expectativasacabariam por cair por terradevido à eficácia, e experiên-cia dos hoquistas de Nafar-ros.

Último ponto:Bruno Delgadoe a chave da vitóriaChegou-se aos cinco minu-tos finais, o empate mantinha-se, e a expectativa aumenta-va. Os nervos tomavam contados jogadores e os errosaconteciam de um lado e deoutro. A dupla de arbitragemtambém entrava em cena com

algumas decisões menosacertadas, e seria NélsonChorincas a desempatar (6-7).Um penalti para Nafarrosfalhado à primeira tentativaacabaria por dar o 6-8, na re-carga (Bruno Delgado), e umsegundo, seria defendido porPedro Soares. Os últimos doisminutos só “deram” BrunoDelgado, responsável pelaobtenção de mais três golos,acabando por ser a chave davitória numa fase em que aquebra física e anímica doHockey Club de Sintra foi pordemais evidente.Na retina dos espectadoresficou a excelente resposta dosjogadores agora sob orienta-ção de Paulo Pantana (asubstituir Rui Vieira que aban-

donou na semana anterior), eos momentos de grandequalidade de Natário, Lima,Chorincas & C.ª, a elevarem anota artística do dérbi, numavitória justíssima da UniãoDesportiva de Nafarros quevingou assim a derrota sofri-da em casa na primeira voltado campeonato.Ficha do jogoPavilhão de Monte Santos,em SintraÁrbitros: Thierry Francisco eJorge Carmona (CRHP Lis-boa)Ao intervalo: 1-4. Resultadofinal: 6-11Marcadores:HC Sintra: Pedro Soares;Ricardo Viegas, Vasco Batis-ta, Mauro Teixeira, e Diogo

Carrilho (cinco inicial); Ber-nardo Maria, João Abrantes,Diogo Coutinho, Tiago Pe-dro, e Frederico Borges (gr).Treinador: Paulo PantanaUDC Nafarros: Pedro San-tos; Nélson Chorincas, BrunoDelgado, André Lima, e PedroNatário (cinco inicial); AndréMartins, Pedro Albino, PedroLourenço, Edgar Morais, eRui Carvalho (gr).Treinador: Pedro FelizClassificação: 1.º Física, 52pontos; 2.º Tomar, 51, 3.ºBenfica B, 49, 4.º HCPGrândola, 37, 5.º Salesiana, 34(…), 7.º Nafarros, 33, 9.º HCSintra, 26…Próxima jornada (18 Abril): SCTomar-Nafarros. Folga HCSintra.

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DESPORTO

Bernardo Maria de pontaria afinada.Uma mão cheia para contar

Diogo Coutinho em mais um,dos muitos lances ofensivos dos sintrenses

Equipa, treinador, e dirigentes da equipa de juniores do Hockey Club de Sintrano jogo frente aos leirienses

Exibição do guarda-redes João Lopessusteu ataque visitante

fotos: ventura saraiva

om uma excelenteorganização defen-siva, a turma da re-gião de Leiria apre-sentou-se no pavi-

Hockey Club de Sintra vence “Os Águias” por 5-1 e lidera nacional de juniores – Zona Sul C

A tarde inspirada de Bernardo Mariavale uma mão cheia de golosVentura Saraiva

Na viragem para a segunda volta do Campeonato Nacional de Juniores (sub 20), o Hockey Club de Sintra recebeu no final da tarde de domingo, dia29, no pavilhão de Monte Santos, a equipa do Clube Recreativo e Cultural “Os Águias da Memória” e venceu por 5-1, mantendo assim a liderançaisolada da Zona Sul C, com mais 6 pontos (à condição) que o 2.º classificado-HC Mealhada) que adiou o seu jogo com o Sporting.O jogo de Monte Santos ficou ainda marcado pela enorme exibição do guarda-redes sintrense João Lopes, e da veia goleadora de Bernardo Maria queapontou os cinco golos da sua equipa.

lhão de Monte Santos dis-posta a rectificar o desaire daprimeira volta, apesar domaior favoritismo do emblemade Sintra, orientado por JoãoAbrantes, líder da prova, ecom um dos ataques mais rea-lizadores. Os minutos iniciaisderam para perceber que “OsÁguias” apostava numa de-fesa em bloco, não dando es-paços aos avançados doHockey Club de Sintra. Foramraríssimas as vezes em que fi-caram em desvantagem nu-mérica, com dois/três joga-dores na linha da bola, tapan-do com eficácia os caminhospara a sua baliza e jogandoem contra-ataque. As jogadasde perigo junto aos postes deJoão Lopes eram uma cons-tante, com o guardião sintren-se em grande plano, defen-dendo tudo, e mantendo a suabaliza inviolada.Perante esta estratégia, JoãoAbrantes decidiu fazer aprimeira alteração na equipasensivelmente a meio do pri-meiro tempo de jogo, trocan-do Tiago Lourenço por Antó-nio Pulguinhas. A equipapassou a ganhar nos duelosindividuais e levar mais perigoà baliza defendida por MiguelAntunes. Mas só a dois minu-tos do final, e depois de novatroca, desta feita com a saída

do banco para apontar comêxito e assim marcar à suaconta uma mão cheia degolos.

Ficha do jogoPavilhão de Monte Santos emSintraHC Sintra: João Lopes;Diogo Coutinho, Tiago Lou-renço (cap), Bernardo Maria,e Rodrigo Amaro (cincoinicial); António Pulguinhas,Herlânder Lopes, David Se-queira, Henrique Martinho, eFrederico Borges (gr).Treinador: João AbrantesCRC “Os Águias”: MiguelAntunes; Martin Ferreira,Bruno Simões, João PedroMarques, e Sérgio Santos(cinco inicial); Nuno Jorge,João Marques, e Bruno Góis(gr).Treinador: Jaime SantosAo intervalo: 2-0. Resultadofinal: 5-1Marcadores: Bernardo Maria(5) pelo HCS; Martin Ferreira(Os Águias).Classificação: 1.º HC Sintra,15 pontos (6 jogos); 2.º HCMealhada, 9 (5j), 3.º Sporting,8 (5j), 4.º “Os Águias”, 7, 5.ºHC Turquel (5j), 6.º Olivei-rense, 0 (5j).Acerto da 6.ª Jornada: Dia 3,Mealhada-Sporting; dia 4,UD Oliveirense-Sporting7.ª Jornada (dia 12): “OsÁguias-Mealhada; Sporting-Oliveirense; Turquel-HCSintra.

do ainda juvenis, RodrigoAmaro, por Herlânder Lopes,é que os sintrenses acabariampor marcar, num grandeapontamento de Herlânderque assistiu na perfeição Ber-nardo Maria para inaugurar omarcador. E quando o cronó-metro avançava vertigino-samente para o “gong” final,eis que Bernardo de meiadistância envia a bola para ofundo das redes de Antunes,elevando para 2-0, vantagemcom que o Hockey Club de

Sintra foi para intervalo.

Final demolidorleva sintrensesa uma vantagemmais dilatada

O início do segundo tempode jogo não trouxe novidadesà forma de jogar das duasequipas. João Abrantes faziaa rotação do “cinco” com assuas unidades disponíveis no

banco, entre elas, dois patina-dores de idade ainda de sub15 (juvenis); Rodrigo Amaro,e David Sequeira. Do outrolado, o técnico Jaime Santostinha mais dificuldade, umavez que tinha apenas doisjogadores de campo disponí-veis e o guarda-redes, BrunoGóis que acabaria por renderAntunes a dois minutos emeio do final, e já com o resul-tado em 4-0 a favor dos sin-trenses. Bernardo Maria ele-vou a contagem aos 44 mi-

nutos de jogo, repetindo aos46’. A um minuto do final, oconjunto visitante beneficioude uma grande penalidade,que no primeiro remate nãoacertaria no alvo e na recarga,Martin Ferreira acabaria porreduzir para 4-1. Com 16 se-gundos ainda para jogar,novo penálti para “OsÁguias”, e João Lopes aopor-se com êxito, e mesmoem cima da hora, castigomáximo, mas para o Sintra,com Bernardo Maria a saltar

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11INFORMAÇÃO DIGITAL – JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 3 DE ABRIL DE 2015

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TEATROSintra – “Os 3 Mosqueteiros”,pela byfyrcação TeatroQuando: Sábados e domingosàs 16h, até 31 de MaioOnde:Auditório da Quintada RegaleiraContacto: 219 106 650

Monte Abraão/Queluz– “-desgraçador!”Pelo teatroesferaQuando: De 11 e 12 abrile de 24 abril a 10 maio,sextas e sábado às 21h30,domingos, às 16h.Reservas: 214303404

Sintra – “Vitrais e Vidros:Sintra – Winx ao Vivo -Concerto de Páscoa

MÚSICA

VIP8, às 15.30h, 18.30h, 21.30h,00.20h.“Tal Pai, Tal Mãe”, na sala 1,às 21.55h.“Tal Pai, Tal Mãe”, na sala 3,às 20h, 00.15h.“Tal Pai, Tal Mãe”, na sala 4,às 11.30h, 13.50h, 15.35h.“Home: A Minha Casa”, VP,na sala 2, às 11.49h, 13.45h,15.50h.“Home: A Minha Casa”, VP,na sala 4, às 17.20h.“Home: A Minha Casa”, VP,na sala 7, às 19.45h.“Home: A Minha Casa”, VP3D, na sala 7, às 11.15h, 13.20h,17.45h.Curta Frozen Fever +Cinderela VP, na sala 3, às 13h;15.20h, 17.40h.Curta Frozen Fever +Cinderela VP, na sala VIP 8, às11.20h.Curta Frozen Fever +Cinderela VO, na sala 5K, às11.15h, 13.25h, 15.40h, 19.50h,00.25h.

“Samba”, na sala 3, às 21.45h.“Samba”, na sala 4, às 19.25h.“Kingsmamn: ServiçosSecretos”, na sala 4, às 21.45h.“Focus”, na sala 4, às 00.25h.“O Meu Nome é Alice”, na sala5K, às 17.50h.“Chappie”, na sala 5K, às 22h.“Paddington” VP, na sala 6, às11.25h, 13.30h, 15.25h, 17.25h.“O Segundo Exótico MarigoldHotel”, na sala 6, às 19.20h,21.40h, 00.10h.“Insurgente”, na sala 7, às15.20h, 21.50h, 00.30h.

Sintra – “Desenhos de mestreArtur Anjos Teixeira”Onde: Museu Anjos TeixeiraContacto: 21 923 88 27

Sintra – “Interiores”Exposição de Pedro ValdezCardosoOnde: MU.SA - Museu dasArtes de SintraQuando: Até 20 de maioContacto: 965233692

Mira Sintra – “11 Algarismo”Exposição de pintura de RonnieVenâncioQuando: Até 24 de maioOnde: Casa Cultura de MiraSintraContacto: 219128270

Um gosto de D. Fernando II”Onde: Palácio da PenaInformações: Parques de Sintra -Monte da LuaTelf. 21 923 73 00

Sintra – “Sintra Arte PúblicaXI”, com trabalhos de 18 escul-tores de várias nacionalidadesOnde: Volta do DucheQuando: Até junho 2015

Sintra – “The Man Witha Mark”,Exposição de fotografiade Catarina PiresOnde: Galeria Municipal - CasaManteroQuando: Até 10 de abrilContacto: 219236148Sintra – “O Triunfodas Plantas - Além das NovasFronteiras do Mesozoico”Onde: Sala de Exposições Tempo-rárias do Museu de HistóriaNaturalQuando: Até 3 de MaioContacto: 219238563

Winx em concerto – A Buscados Poderes Sirenix é umespetáculo musical infantil,repleto de música, energia,diversão que culmina com avitória do Bem sobre o Mal.Quando: 11 Abril – 17H00Onde: Centro Cultural OlgaCadaval

JORNAL DE SINTRAHá 81 anos a Informar e a PHá 81 anos a Informar e a PHá 81 anos a Informar e a PHá 81 anos a Informar e a PHá 81 anos a Informar e a Participararticipararticipararticipararticipar

8anos1934 – 20151934 – 20151934 – 20151934 – 20151934 – 2015

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Semana Santa une cristãos de todo o MundoA Páscoa significa a cele-bração da ressurreição deCristo conforme nos narra oNovo Testamento.É uma das festas mais anti-gas e importantes do Cris-tianismo.É composta pelo Tríduopascal, ou seja a Quinta Feira,dia em que se comemora aÚltima Ceia e o Lava-Pés quea antecede; Sexta Feira Santa,dia que invoca a crucificaçãode morte de Cristo e o Sábadoda aleluia; e finalmente oDomingo de Páscoa ou daRessurreição.Nesta época de festa é invo-cada em todo o Mundo aperseguição aos Cristãos,sobretudo na Síria, Iraque,Nigéria e Paquistão.Segundo o último relatóriosobre liberdade religiosa daFundação Ajuda à Igreja queSofre (há mais de 200 milhõesde Cristãos perseguidos em

A Última Ceia, de Leonardo da Vinci

Algueirão e Mem Martins.Nas paróquias de Agualva;Algueirão – Mem Martins –Mercês; Cacém; Colares;Montelavar; Pêro Pinheiro,Rio de Mouro; São João dasLampas; São Marcos; Sintra(São Martinho, Sta. Maria eS. Miguel e S. Pedro de Pe-naferrim); Terrugem; Belas;Monte Abraão; Casal deCambra; Massamá; MiraSintra; Almargem do Bispo eQueluz vão-se realizar ascerimónias religiosas comunsaos restantes cristãos domundo inteiro, cujos prin-cipais actos religiosos sãoofício de Leituras e Laudes,Via Sacra pelas artérias dealgumas freguesias (MonteAbraão-Massamá, Agualva,Algueirão Mem Martins,Pero Pinheiro/Montelavar,),Vigília Pascal e Celebração daMissa Pascal.

Idalina Grácio

fonte: Wikipédia

todo o mundo por causa dasua Fé).O Papa Francisco renovourecentemente o seu apelo à

solidariedade da comunidadeinternacional e pede para quese reze para por fim “àintolerável brutalidade de que

os Cristãos são vítimas”.No concelho de Sintra a FestaPascal é celebrada em todasas paróquias relevando-se o

já tradicional Compasso nasfreguesias de Montelavar ePêro Pinheiro que este anoalarga a sua passagem a

Um dos momentos significativos dacaminhada de Fé para a Páscoa deu-se na Sexta-feira dia 27: a Procissãodo Sr. Dos Passos e o Sermão doEncontro quando chegou o andorde Nossa Senhora das Dores juntodo Andor do Sr. Dos Passos. Foium momento belo e emocionante.Apesar do frio, o calor dos Passosfoi entrando pelos olhos dos queacompanharam as meditações decada Passo da Paixão de Jesus.O Santo Tríduo começa Quinta-feiraàs 21:00, na Igreja Matriz, celebra-mos a Missa da Ceia do Senhor. EstaMissa tem dois momentos significa-tivos: a apresentação dos SantosÓleos - trazidos da Missa Crismalpresidida pelo Eminentíssimo Car-deal Patriarca: o óleo dos Catecú-menos - que é usado nos Baptismos

Padre Alberto dá notícias sobre a Páscoa na Paróquia de S. João das Lampase assinala os novos filhos da Igrejaagregando-os ao Povo de Deus; oóleo dos Enfermos - que fortalece ocorpo e a alma dos que estão fragi-lizados pela doença e o Óleo doCrisma que santifica os Cristãos eos suporta no testemunho da Fé.Também nesta Missa (memorial daÚltima Ceia de Jesus com os SeusDiscípulos) se realiza o tradicionalRito do Lava-pés - o Sacerdote lavaos pés a 12 Homens escolhidos daAssembleia traduzindo o Amorserviçal de Jesus. No final da Euca-ristia é transladado o SantíssimoSacramento para uma Capela pre-parada para o efeito, sendo depo-sitado o Santíssimo numa urnaprópria. Neste local faz-se algumtempo de oração e Adoração diantede Jesus. Sexta-feira não há Euca-

ristia, pois celebra-se a morte deJesus. De manhã, às 10:30 haveráos ofícios solenes (oração do ofíciode leituras e Laudes); às 15:00h -Celebração da Paixão e Adoração daSanta Cruz e às 21:00h encena-se oAuto do Descimento da Cruz,seguido da Procissão do Enterro doSenhor até a Ermida do EspíritoSanto. Sábado de Manhã, às 10:30h-Ofícios Solenes. Às 23:00h celebra-mos a Solene Vigília Pascal - estáMissa é a Mãe de todas as Missas,pois nela, pela liturgia da Palavra,se percorre toda a história daSalvação; acende-se o círio pascal,onde, durante o ano se acenderãoas velas dos que são Baptizados ebenze-se a água baptismal que vaiservir durante o ano para Mergulharna Fé os novos filhos da Igreja pelo

Baptismo. No Domingo de Páscoacelebramos Missa Solene Pascal às11:00h com benção Pascal (benzem-se as chaves da porta de casa, donegócio, do carro, etc.). Entretanto,a boa maneira transmontana,preparei uns folares transmontanospara deleite dos meus paroquianos.É típico, na Páscoa, lá em Chaves,fazer-se o folar para dar aosafilhados. Este folar feito de umamassa fofa por causa da abundânciade ovos e manteiga leva carnes defumeiro no recheio (linguiça,salpicão, presunto e toucinho). Nasorigens, o folar era sinal da alegriada Páscoa acontecida na vida dosque tinham sido baptizados. Porisso, os afilhados ofereciam o ramodo Domingo de Ramos aos Padri-nhos e, estes, davam o folar aos afi-

lhados. É apenas uma gracinha, mascheia de significado Pascal. Votosde uma Páscoa repleta de bênçãos.

Pe. Alberto de Oliveira/ S. João das Lampas