jornal de saúde pública, maio de 2013

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www.newsfarma.pt Próxima edição junho Este Jornal é parte integrante da edição do Expresso n.º 2114, de 4 de maio de 2013. Venda interdita. MKT 20-02-13 | toLife – Produtos farmacêuticos, S.A. | Av. Forte, 3 | Edif. Suécia III | Piso 1 | 2794-093 Carnaxide | Portugal | T +351 214 342 700 | F +351 214 342 709 | [email protected] | NIPC 506 698 599 | C.R.C. Cascais, sob nº 16 316 | Capital Social 2.436.740,00 euros partilhamos o gosto pela Vida www.tolife.pt PUB SAÚDE JORNAL de Pública Uma doença que leva à cegueira A DMI surge depois dos 50 anos. Quan- to mais velha for a pessoa maior a pro- babilidade de ter a doença. Além da idade, a história familiar, a carga ge- nética e o tabaco são outros fatores de risco comprovados. Fumar faz mal aos olhos e, especificamente nesta doença, aumenta o risco de cegar. Pág. 5 7 DE MAIO: DIA MUNDIAL DA ASMA Falta de ar e cansaço são sintomas de doença Quase 50% dos portugueses são hipertensos Pág. 3 Pág. 2 news farma Edições Degenerescência macular da idade (DMI) PUB PUB www.newsfarma.pt www.minisom.pt

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Jornal de Saúde Pública, maio de 2013

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www.newsfarma.pt

Próxima edição junho

Este Jornal é parte integrante da edição do Expresso n.º 2114, de 4 de maio de 2013. Venda interdita.

MKT 20-02-13 | toLife – Produtos farmacêuticos, S.A. | Av. Forte, 3 | Edif. Suécia III | Piso 1 | 2794-093 Carnaxide | Portugal | T +351 214 342 700 | F +351 214 342 709 | [email protected] | NIPC 506 698 599 | C.R.C. Cascais, sob nº 16 316 | Capital Social 2.436.740,00 euros

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SaúdEJornal de

Pública

Uma doença que leva à cegueira

A DMI surge depois dos 50 anos. Quan-to mais velha for a pessoa maior a pro-babilidade de ter a doença. Além da idade, a história familiar, a carga ge-nética e o tabaco são outros fatores de risco comprovados. Fumar faz mal aos olhos e, especificamente nesta doença, aumenta o risco de cegar.

Pág. 5

7 de maio: dia mUndial da asma Falta de ar e cansaço são sintomas de doença

Quase 50% dos portugueses são hipertensos

Pág. 3

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Degenerescência macular da idade (DMI)

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Quase metade dos portugueses tem a tensão arterial demasiado alta. De acordo com um estudo realiza­

do pela SPH, em conjunto com a Univer­sidade Fernando Pessoa, 42,2% dos por­tugueses têm hipertensão arterial, o que equivale a mais de três milhões de pes­soas. No entanto, na última década, a percentagem de doentes tratados (medica­dos) praticamente duplicou e mais do que triplicou o nú­mero dos que têm a doença controlada (casos em que a medicação é eficaz).

“É na população mais jovem (menos de 35 anos) que o desconhecimento da hipertensão é maior, sen­do também entre os mais

novos muito menor a adesão ao trata­mento e, consequentemente, menor o grau de controlo”, aponta o presidente da SPH.

Fernando Pinto adverte para a im­portância de reforçar a necessidade de avaliar a pressão arterial em todas

as visitas ao médico, inde­pendentemente do mo­tivo de consulta e da es­pecialidade, para que se possa despistar precoce­mente a tensão arterial ele­vada. “Sabemos que uma única medição não faz o diagnóstico, mas uma me­dição anormal despoleta o processamento de várias medições para confirmar o diagnóstico”, indica.

E acrescenta: “A pressão arterial deve ser medida pelo menos uma vez por ano em pessoas saudáveis e com a pres­são previamente normal e com mais frequência nos portadores de doenças crónicas.”

O estudo revela também que o Alen­tejo e o Algarve são as regiões com mais hipertensos. Os motivos que justificam estas diferenças regionais serão ana­lisados com mais detalhe num futuro próximo. Porém, o presidente da SPH avança que provavelmente estarão rela­cionados com dois fatores: a idade e o consumo excessivo de sal.

O responsável alerta ainda para a im­portância da adoção de estilos de vida saudáveis, principalmente as pessoas com hipertensão, que devem incluir na sua rotina medidas como uma alimenta­ção equilibrada, reduzir o consumo de sal, manter o peso ideal, exercício físico regular, evitar o álcool e o tabaco, além do tratamento farmacológico.

Frequentemente, não prestamos atenção suficiente aos nossos pés. Eles são fundamentais no equilí­

brio e locomoção do ser humano.A saúde e o bem­estar dos pés pode

afetar o nosso dia­a­dia. Cerca de 80% da população ociden­

tal sofre durante a sua vida algum pro­blema nos pés, sendo 50% deles graves e devendo ser avaliados por ortopedis­tas.

Os joanetes são provavelmente a pa­tologia mais conhecida e frequente ao nível do pé.

Hallux valgus ou hálux valgo, popu­larmente conhecido como joanete, é um desvio do primeiro dedo do pé.

É mais frequente na mulher do que no homem (9 em cada dez casos) e afeta

cada vez mais jovens. Não é um proble­ma da terceira idade.

Um médico, geralmente, consegue diagnosticar o joanete só de olhar, mas um raio x do pé pode mostrar um con­junto de dados relevantes a um melhor tratamento.

Procure uma consulta com um orto­pedista se o joanete: continuar a causar dor, mesmo após cuidados tomados, como o uso de sapatos folgados; impe­dir a realização das suas atividades ro­tineiras; tiver qualquer sinal de infeção (como vermelhidão ou inchaço), princi­palmente se é diabético.

Se as queixas com o joanete piora­rem, a cirurgia para realinhar o dedo e removê­lo pode ser eficaz, havendo dife­rentes técnicas cirúrgicas de tratamento.

Atualmente, há uma abordagem menos agressiva, denominada cirurgia mini­invasiva ou percutânea do pé, com muitas vantagens para o doente.

A cirurgia mini­invasiva ou percutâ­nea do pé é possível, agora, pela utili­zação de novas tecnologias e instru­mentos especificamente concebidos e aprovados para o efeito.

Esta técnica permitirá o tratamento de uma parte significativa das deformidades do pé, atuando apenas sobre a zona afe­

tada, através de pequenas incisões. Este método reduz­se a um ou dois orifícios minúsculos, através dos quais se fazem as devidas correções, quer a nível ósseo, quer ao nível dos tendões.

• Vantagens da cirurgia mini-invasiva ou percutânea:

1. Sem internamento: regresso ao do­micílio no dia da operação.

2. Anestesia local (troncular).3. O doente sai da sala de operações

caminhando.4. Pós­operatório confortável, pouco

doloroso.5. Alteração menor da atividade diária.6. Incisões mínimas, reduzindo a

ocorrência de complicações.7. Tratamento simultâneo das defor­

midades.8. Sem colocação de parafusos, fios

metálicos ou outros materiais.9. Cicatrizes mínimas ou invisíveis.

Ao contrário da cirurgia mini­invasi­va ou percutânea, a cirurgia tradicional é efetuada com anestesia geral ou ra­qui­anestesia, exigindo internamento.

As incisões são de maior tamanho, intervenção óssea mais agressiva, com um pós­operatório mais prolongado e

potenciando o aparecimento de com­plicações.

O doente não anda de imediato e ne­cessitará de auxiliares da marcha (mule­tas/canadianas), que utilizará por algum tempo, mais ou menos longo.

Este artigo tem o apoio:

2 | Jornal de Saúde Pública | 4 de maio 2013

Este ano, o Dia Mundial da Hipertensão assinala-se em todo o mundo sob o lema

“Pressão arterial saudável, batimento cardíaco saudável”. Em Portugal, a SPH vai registar a efe-méride com a realização de múltiplas iniciati-vas, que vão desde rastreios, ações de formação (incluindo palestras e demonstrações de cozi-nhar com pouco/nenhum sal e provas de pão com baixo teor de sal, mas com todo o sabor) e distribuição de panfletos informativos à popu-lação em geral. Em Santa Maria da Feira (capital das comemorações deste ano), os jovens serão o principal público-alvo das atividades.

SPH assinala Dia Mundial com diversas iniciativas

Dr. Fernando Pinto

A população deve medir a pressão arterial com regularidade

Dr. Manuel AzevedoMédico ortopedista, Hospital da Lapawww.hospital dala­pa.com

SeM Dor, neM cicatrizeS

PreSSão arterial Deve Ser MeDiDa Pelo MenoS uMa vez Por ano

Joanetes com solução cirúrgica mini-invasiva

Quase metade dos portugueses são hipertensos

A cirurgia mini-invasiva

ou percutânea do pé é

possível, agora, pela

utilização de novas

tecnologias e instrumentos

especificamente

concebidos e aprovados

para o efeito.

A pressão arterial ótima deve situar-se nos 120/80 mm Hg, mas 42,2% dos portugueses têm valores acima dos considerados normais (140/90 mm Hg), ou seja, são hipertensos. Em vésperas do Dia Mundial da Hiperten-são, assinalado a 17 de maio, o Dr. Fernando Pinto, presidente da Socieda-de Portuguesa de Hipertensão (SPH), chama a atenção para a importância de medir a tensão arterial com regularidade.

17 de maio

Dia Mundial da

Hipertensão

Nos países ocidentais, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte. Níveis elevados

de colesterol no sangue são um dos grandes responsáveis pelo desenvol-vimento destas doenças. Os dados em Portugal não são animadores. Sabe-se que cerca de 70% da população portu-guesa adulta tem o colesterol elevado, ou seja, duas em cada três pessoas têm o colesterol elevado.

A boa notícia é que reduzir o coles-terol total e o mau colesterol é mais fácil do que imagina. Atualmente, a ali-mentação tem um lugar de destaque no campo da prevenção deste tipo de doenças. Exemplo disso são os esteróis vegetais. Está cientificamente compro-vado que os esteróis vegetais reduzem ativamente o colesterol total e o coles-terol LDL. Os alimentos enriquecidos com esteróis vegetais são considerados alimentos funcionais.

Estes são idênticos aos seus congé-neres tradicionais, têm a mesma função, contudo, têm efeitos benéficos com-provados cientificamente por um grupo de investigadores da E.F.S.A. (European Food Safety Agency) e posteriormente aprovados pelas entidades reguladores da União Europeia. Mais de 85 estudos clínicos avaliaram a eficácia e a seguran-

ça dos esteróis vegetais na redução do colesterol.

Os alimentos enriquecidos com este-róis vegetais são adequados para todos os que necessitem de reduzir o coleste-rol total e o colesterol LDL (mau coleste-rol) e ficou comprovado que os alimen-tos enriquecidos com esteróis vegetais reduzem ativamente o colesterol, de 7 a 10%, em 2 a 3 semanas. Estudos de-monstram que esta redução pode ser bastante superior se estes alimentos forem consumidos no âmbito de uma alimentação variada e equilibrada e de um estilo de vida saudável.

Os esteróis vegetais não têm qual-quer interação com os medicamentos, mesmo com aqueles que são indicados para a redução do colesterol. De qual-quer forma, neste caso, deverá aconse-lhar-se com o médico, de forma a ajus-tar as doses.

O reconhecimento destes alimentos funcionais na redução do colesterol e do mau colesterol é unânime e são larga-mente recomendados pelos profissio-nais de saúde. Várias instituições, a nível mundial, como a Federação Mundial do Coração, e europeu, como a Sociedade Europeia de Cardiologia, recomendam o seu uso destes alimentos.

A Organização Mundial de Saúde estima que 80% das doenças cardio-vasculares podem ser prevenidas com a

adoção de uma alimentação equilibra-da e um estilo de vida saudável. Fazer a escolha correta dos alimentos, apos-tar na variedade e adotar estilos de vida mais saudáveis são temas que estão na ordem do dia e em especial no Mês de Maio, conhecido pelo Mês do Coração.

Aproveite este Mês de Maio para de-dicá-lo ao seu coração!

De acordo com uma pesquisa coor-denada pelo Dr. Mário Morais de Almeida, presidente

da SPAIC (Sociedade Por-tuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica), as ta-xas por 100 mil habitantes têm descido cerca de 19%, em 10 anos. Tal não se ve-rifica na população mais jovem onde, aliás, é notória uma estabilização. Um dos últimos estudos indica que a asma atinge 12% dos me-nores.

O arsenal terapêutico, assim como as medidas não farmacológicas, “permitem o contro-lo em mais de 90% dos doentes, resti-tuindo-lhes a qualidade de vida e evitando os elevados custos sociais e económi-cos associados à asma mal controlada”, afirma o imu-noalergologista Dr. Rodri-go Alves.

Mas o especialista indi-ca que estudos nacionais demonstram que menos de 60% dos doentes têm a doença controlada. Ou seja, nas suas palavras, “cerca de 300 mil portu-gueses com asma ativa carecem, ainda, de melhor intervenção para controlar a sua doença”. Este facto é consequência do subdiagnóstico e do subtratamen-to, mais frequentes nos grupos etários pediátricos e geriátricos, nos asmáticos com excesso de peso, nas classes socio-económicas mais desfavorecidas e com menor grau de escolaridade.

Depois de efetuada a avaliação do doente alérgico, o correto programa de abordagem para controlar a doença deve ir além da prescrição de medica-mentos. “É importante identificar e evi-tar a(s) causa(s) das queixas”, frisa Mário Morais de Almeida.

Dá como exemplo os alergénios do

ambiente exterior ou interior dos edi-fícios. “Para o doente alérgico, existem

outras razões para os sin-tomas se manifestarem, agravando a problemática destas afeções, ou seja, existem sempre respostas específicas e outras razo-avelmente inespecíficas, como é o caso do tabaco ou da atividade física, de-sejável, mas por vezes difí-cil, se a patologia não esti-ver controlada”, acrescenta o presidente da SPAIC.

Por isso, Rodrigo Alves considera importante dar

ao doente um plano onde constem me-didas gerais (evicção de irritantes como

o tabaco ou agentes ocupa-cionais e de alergénicos), a terapêutica de agudização e o tratamento de controlo. E salienta que a Norma de Orientação Clínica da Dire-ção-Geral da Saúde (DGS) sobre “Abordagem e con-trolo da asma” foi recente-mente revista, refletindo as regras do seu tratamento. Segundo o documento da DGS, “no seguimento do doente asmático, em todos

os grupos etários, tem que ser feita uma avaliação do controlo clínico correspon-dente às últimas quatro semanas antes da consulta”.

Há alimentos que reduzemeficazmente o colesterolem apenas 3 semanas

300 mil portugueses necessitam de melhor intervenção para controlar a doença

4 de maio 2013 | Jornal de Saúde Pública | 3

Alimentos podem ser verdAdeirAs “ArmAs” pArA A sAúde

7 de mAio: diA mundiAl dA AsmA

Helena CidNutricionista

A falta de ar e o cansaço são dois sintomas característicos da asma. O su-cesso do tratamento desta doença inflamatória das vias respiratórias, que afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo, depende da prevenção precoce ditada por um diagnóstico também precoce. Segundo o Inquéri-to Nacional de Prevalência e Controlo da Asma, em Portugal, atinge mais de um milhão.

Dr. Mário Morais de Almeida

Dr. Rodrigo Alves

4 | Jornal de Saúde Pública | 4 de maio 2013

www.encontrosdaprimavera.com

É português, foi conce-bido por portugueses, mas está disponível em

qualquer parte do mundo, à distância de um clique. Basta aceder a www.encon-trosdaprimavera.com para obter um sem número de in-formações fidedignas sobre cancro, sendo estas dirigidas tanto a leigos como a enten-didos num assunto que é um tanto ou quando delicado. É por isso que a distorção ou omissão de alguns aspetos pode fa-cilmente induzir em erro, logo a decisões precipitadas.

Lançado durante os En-contros da Primavera 2013, o portal resulta num espa-ço de partilha, interação, reunião de saberes e expe-riências, tendo sido apre-sentado de forma simples, criteriosa, prática e positi-va.

“Na Internet, existem mui-tos sítios e muita informação sobre o tema, no entanto, muitas vezes, encontra-se dispersa, pouco adaptada à

necessidade do cidadão comum e nem sempre é rigorosa do ponto de vista cien-tífico. O tipo, qualidade, quantidade e

adaptação da informação disponível são críticas para a obtenção do efeito positivo que se quer atingir com a disponibilização da informação”, comenta Sérgio Barroso, presidente do evento que se realizou en-tre 18 a 21 de abril, em Évora.

“Acreditamos que uma população mais informada será uma população melhor tratada e esta é uma contri-buição nesse sentido”, afirma Sérgio Barroso, adiantando ser essencial, para que a dita contribuição seja bem con-seguida, a colaboração de profissionais qualificados, ligados a diversas áreas de conhecimento e especializados na área da saúde e comunicação com o doente.

Numa fase inicial, foi pensado para ajudar a dar respostas às questões do dia-a-dia de quem, de forma direta ou indireta, lida com a doença onco-lógica. Mas a ambição com este proje-to, que é definido por Sérgio Barroso como “ambicioso e determinado”, vai mais além. Ou seja, o objetivo será tornar-se numa referência na área do cancro, sempre numa lógica de “infor-mar para melhor cuidar”, assim como estimular o doente a ser mais ativo em prol da sua saúde. Para isso, o presi-dente dos Encontros da Primavera frisa a importância de todos, nomeadamen-te através de opiniões, ideias, críticas e dúvidas.

congresso encontros da primavera

Dirigindo-se aos participantes dos Encontros da Prima-vera, o presidente deste evento dedicado à Oncologia, Sér-gio Barroso, sublinhou o alargamento dos horizontes. Disse tratar-se agora de um novo espaço que engloba o congresso e o portal, no qual são depositadas enormes expectativas.

Este encontro foi marcado pela multidisciplinaridade, não tivesse o objetivo de contribuir para a excelência da prática oncológica em Portugal, fomentando a formação dos profissionais do ponto de vista científico, profissional, pessoal e ético.

O programa abrangente, na vertente médica e de enferma-gem, foi elaborado de modo a facilitar a interação de conheci-mentos e a criação de ligações entre os intervenientes, funda-mentais para a prática e o desenvolvimento da Oncologia.

Integrou, assim, temas atuais, consensuais e inovadores com outros menos comuns e controversos. Alguns dos te-

mas abordados foram: imunologia do cancro, terapêutica da dor, cuidados de suporte e cuidados paliativos e diversos tipos de cancro (mama, pulmão, pele, cancro do ovário, rim, próstata, pâncreas e colorretal, entre outros).

novo portal sobre cancro para público e profissionais da saúdeO novo portal www.encontrosdaprimavera.com congrega informação detalhada sobre cancro. Apresentado de forma simples, criterioso, prático e positivo, está acessível a todos os cibernautas interessados, ao nível pessoal ou profissional, na área oncológica.

- O que é o cancro- Informação estatística- Como lidar com a doença- Qualidade de vida - Como lidar com a dor - Alimentação- Exercício físico - Aspetos psicológicos e emocionais - Sexualidade - Papel da família, dos cuidadores e da socie-dade

- Cuidados paliativos- Reabilitação e Vida após a doença- Direitos e deveres- Perguntas frequentes sobre cancro

Áreas do portalencontros da primavera

Dr. Sérgio Barroso

De acordo com o oftalmologista, a visão distorcida é um sinal muito impor-tante e que deve alertar para esta doença (linhas retas que ficam onduladas e ima-gens deformadas). “Deve-se avaliar um olho de cada vez”, diz, advertindo que uma pessoa com mais de 50 anos que note a visão distorcida num dos olhos deve consultar o seu oftalmologista.

Existem dois tipos de DMI (exsudati-va ou húmida e atrófica ou seca) e cada um deles tem distintas formas de evolu-ção. A idade (mais de 50 anos), a história familiar, a carga genética e o tabaco são os principais fatores de risco. “Fumar faz mal aos olhos e especificamente nes-ta doença aumenta o risco de cegar”, alerta, sublinhando que as formas mais

graves da DMI são, sem dúvida, mais fre-quentes em fumadores.

Só as formas mais graves de DMI dão perda de visão. “Uma pessoa, nessas cir-cunstâncias, pode perder, por completo, a visão central, ficando apenas com uma perspetiva periférica e desfocada do mundo”, menciona.

Rufino Silva salienta que quando os dois olhos são afetados, situação que pode suceder em cerca de 50% dos ca-sos mais graves, o doente pode ficar im-

pedido de realizar tarefas quotidianas como ler, escrever, conduzir, distinguir os rostos das outras pessoas, ver as ho-ras ou os números de telefone.

“Em Portugal, existem cerca de 300 mil pessoas com as formas precoces da doença (na maioria, sem sintomas) e com formas avançadas (visão muito re-duzida ou cegueira de leitura) teremos cerca de 70.000”, adianta o oftalmolo-gista, mencionando que estes números resultam da extrapolação de dados in-ternacionais (Holanda, EUA e Austrália).

Está a decorrer, atualmente, um es-tudo epidemiológico, “o primeiro a ser realizado em Portugal”, na zona Centro do país (concelhos de Mira e Lousa), que possibilitará a existência de dados por-tugueses de prevalência da DMI.

A DMI, degenerescência macular da idade, é, de acordo com a Organiza-ção Mundial de Saúde, a principal causa de cegueira depois dos 50 anos, nos países desenvolvidos. Em Portugal, existem cerca de 300 mil pessoas com as formas precoces da doença e 70 mil com formas avançadas (com risco de cegar).

DMI é principal causa de cegueira depois dos 50

4 de maio 2013 | Jornal de Saúde Pública | 5

DegenerescêncIa Macular Da IDaDe

Deixar de fumar é, segundo Rufino Silva, a medida mais importante para diminuir o risco de DMI. A exposição aos raios UV, o consumo exagerado de alimentos ricos em gorduras saturadas e colesterol ou o desprezo por uma alimentação rica em frutas e legumes poderão, de acordo com o especialista, “ter também algum papel no aparecimento da doença”.

Adicionalmente, acrescenta, “o oftalmologista poderá prescrever vitaminas e antioxidantes em doses que reduzam o risco de vir a ter a doença nas suas formas mais graves”. Uma dieta rica em vegetais, fruta e peixe é fundamental. São alimentos recomendados, por exemplo, a couve, bróculos, espinafre, alface, kiwi, citrinos, sumos de fruta, tomate, cavala e atum.

como diminuir o risco de DMI?

“Em Portugal, todos os anos sur-gem cerca de 3000 novos ca-sos de DMI exsudativa (a forma

mais grave) que deveriam ser tratados”, alerta o Prof. Rufino Silva, chefe de ser-viço no Centro Hospitalar e Universitá-rio de Coimbra e professor convidado da Faculdade de Medicina da Universi-dade de Coimbra.

Segundo explica o oftalmologista, a DMI é uma doença que afeta a mácu-la – um tecido fino e sensível à luz que se encontra na parte central da retina e que nos dá a visão de pormenor para

podermos, por exemplo, ler, ver televi-são ou conduzir.

Rufino Silva indica que os sinais da DMI são detetados pelo oftalmologista quando observa a retina. “Os sintomas podem estar ausentes nas formas pre-coces da doença (a maioria dos casos)”, afirma, acrescentando, contudo, que estas formas podem evoluir para outras

mais graves, muitas vezes de “maneira súbita”. “No espaço de dias ou sema-nas, o doente pode deixar de ler ou, por exemplo, ver televisão com o olho afe-tado.”

O Prof. Rufino Silva frisa que o doente pode ficar impedido de realizar tarefas quotidianas

nova opção terapêutica para formas graves da doença

Só o médico oftalmologista poderá efetuar o diagnóstico de DMI, sendo que poderão ser realizados vários exames para caracterizar a doença e selecionar o tratamento.

Rufino Silva refere não existir ain-da tratamento para a atrofia geográfica (uma das duas formas graves da doença). Para as formas exsudativas ou húmidas (as mais graves), o oftalmologista refere que as injeções intravítreas de antiangio-génicos continuam a ser o tratamento de “eleição”.

O especialista salienta, porém, que o aparecimento do aflibercept, um novo medicamento antiangiogénico introdu-zido recentemente para o tratamento das formas graves exsudativas, “poderá permitir espaçar mais os tratamentos sem diminuir a sua eficácia, reduzindo o número de deslocações dos doentes e a sobrecarga dos serviços”.

Por outro lado, poderá possibilitar, igualmente, “o tratamento de doentes com má resposta a outros antiangiogé-nicos”.

a DMI pode originar perda da visão central

Visão normal Visão desfocada

A alimentação é um dos fatores que mais influenciam o bem-estar fí-sico e psicológico. Nesta altura do

ano, intensificam-se algumas práticas alimentares, com o objetivo de retificar os erros cometidos ao longo do ano. As ideias erradas sobre a alimentação são exploradas por vários meios, pelo que se torna necessária a sua desmistifica-ção.

É importante ter noção de que uma alimentação equilibrada e saudável é aquela em que devemos comer de tudo, sem excessos nem carências. As repre-sentações gráficas, quer da roda dos alimentos, quer da pirâmide, são alguns bons exemplos práticos.

Principais mitos alimentares:

Hidratos de carbono e perda de peso

O arroz, a batata, a massa e as legu-minosas são considerados hidratos de carbono ou glúcidos de absorção lenta, isto é, a sua digestão é realizada lenta-mente, o que produz uma sensação de saciedade por mais tempo. Estes são fundamentais num plano alimentar saudável e que vise a adequada perda de peso, contudo, devemos comê-los em quantidades moderadas, pelo que a sua eliminação do dia-a-dia não é reco-mendada.

pão, bolacHas e tostas só integrais

A fibra é fundamental numa ali-mentação equilibrada -- esta ajuda a regularizar o trânsito intestinal e a dar saciedade. A maioria dos produtos ri-cos em fibra é tão ou mais calórica do que os considerados “normais”. O pão com adição de sementes e frutos secos é mais rico em fibra e gordura, sendo esta uma gordura saudável, contudo, pode elevar o valor calórico do mesmo. No caso das bolachas e tostas, a esco-lha das “ricas em fibra” pode significar mais gordura (e, na maioria das vezes, pouco saudável) e, seguramente, mais calorias.

os produtos ligHt emagrecem

A maioria poderá ser um engano e, por outro lado, podemos ser levados a pensar: ”Como é light, posso comer à vontade…” Desengane-se e esteja atento aos rótulos, a comparação lado a lado de produtos normais e light é

fundamental para fazer a escolha mais acertada. Esteja atento à quantidade de açúcar, de gordura e de calorias.

Esteja especialmente atento às bo-lachas e aos iogurtes. As primeiras, por terem maior quantidade de fibra (“inte-grais”) ou afirmarem não ter açúcar, têm quase sempre maior quantidade de gor-dura (saturada, que promove o aumen-to do nível do colesterol), e continuam a ser uma fonte de outros açúcares, no-meadamente de mel, frutose, maltose, galactose, xaropes, entre outros, que também fornecem as mesmas calorias que o açúcar tradicional – a sacarose. E os segundos que, apesar de serem 0% de gordura, puderam ser uma fonte de açúcar, pelo que não se espante de en-contrar iogurtes com cerca de 4 pacotes de açúcar…

o melão tem muito açúcar

O consumo diário de fruta é muito importante, devemos optar pelas fru-tas frescas e da época. As frutas são, de facto, uma fonte de açúcar, vitaminas, minerais e fibra. Estas agrupam-se de acordo com o seu teor de açúcar, as mais açucaradas são as uvas, os diós-piros, as bananas e os figos, sendo que a meloa e o melão são frutas com um teor baixo em açúcar e logo também de calorias.

a água e os refrigerantes/sumos

A água não tem valor calórico e deve ser a nossa bebida de eleição. Esta deve ser ingerida diariamente, pois, é essen-cial à vida. Os refrigerantes com ou sem gás, ou os sumos são, na maioria das vezes, uma fonte de açúcares simples, aditivos e calorias.

o azeite não engorda

O azeite é uma gordura saudável, contudo, engorda tanto como as outras gorduras, pelo que deve ser utilizada em quantidades moderadas. Uma co-lher de sopa de azeite fornece cerca de 90 calorias!

Este artigo tem o apoio:

Mitos e nutrição

Patrícia Almeida NunesDietista. Coordenadora do Serviço de Dietética e Nutrição do Hospital de Santa Maria

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JORNAL do CONGRESSO

SAÚDEJORNAL de

Pública

WOMEN’SMEDICINE

“Muitas das situações de surdez podem ser pre-venidas ou trata-

das com sucesso, evitando a progressão para sequelas tar-dias”, adverte Jorge Spratley, sublinhando que o rastreio auditivo é uma ferramenta muito importante na dete-ção precoce do problema e consequente intervenção médica.

O especialista avança que, no Hospital de São João, no Porto, em média, dois em cada mil bebés nascem com surdez congé-nita. Nas crianças que nascem com outros problemas médicos graves, a incidência é ainda mais elevada (2 em cada 100).

Na população em geral, não existem dados específicos sobre a incidência da surdez em Portugal. Contudo, indica, “sa-

bemos que, tal como acontece com outras funções do nosso organismo, com o enve-lhecimento, há uma perda progressiva de

audição, denominada pres-biacusia”.

Ora, segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2001, já havia 16% de cida-dãos com idade superior a 65 anos, com tendência para du-plicar até 2050 o que revela “a magnitude do problema”.

Os profissionais que traba-lham em ambientes ruidosos fazem parte dos grupos de risco, nos quais a prevenção da agressão acústica é pri-

mordial. Contudo, “a exposição recreativa a níveis sonoros elevados, como a audição de música com auscultadores ou a uti-lização de armas de caça sem proteção, podem, do mesmo modo, ser altamente traumáticos”.

Existem também situações de surdez

hereditária em que, explica, “as pessoas nascem com uma audição normal, mas, fruto de um determinado gene que se vai manifestar ao longo do tempo, há uma degradação auditiva progressiva”. Há ain-da casos de perda auditiva adquirida por processos inflamatórios do ouvido, as oti-tes, que, sendo muito comuns na infância, podem originar sequelas imediatas no de-senvolvimento da criança ou, mais tardia-mente, no adulto.

O grau de surdez pode variar entre o li-geiro e o profundo. Quanto ao tipo, pode classificar-se como neurossensorial, em que o órgão interno da audição (cóclea) está afe-tado, podendo surgir no período neonatal, com o envelhecimento ou através da expo-sição a traumatismos acústicos, entre outras causas. Chama-se surdez de transmissão quando a mesma está relacionada com uma obstrução do canal auditivo externo ou com as doenças do ouvido médio, como é o caso já mencionado das otites.

A surdez neurossensorial pode ser cor-rigida através de próteses auditivas. Em casos mais severos e selecionados, Jorge Spratley indica que “pode fazer-se uma escalada terapêutica e avançar para dis-positivos auditivos implantados no ouvido médio, ou até os implantes cocleares, uma técnica muito sofisticada, em que as fun-ções das células do ouvido interno passam a ser substituídas por um elétrodo que é colocado dentro da própria cóclea”. Já nas situa ções de surdez de transmissão resul-tantes de otite média o tratamento é médi-co-cirúrgico e habitualmente muito eficaz.

A audição desempenha um papel fundamental na comunicação hu-mana. Contudo, algumas pessoas nascem surdas ou, numa fase mais tardia da vida, desenvolvem sur-dez. O Prof. Jorge Spratley, regente de Otorrinolaringologia da Facul-dade de Medicina da Universidade do Porto, alerta para a importância do diagnóstico precoce da surdez.

Muitos casos de surdez podem ser prevenidos ou mesmo tratados

4 de maio 2013 | Jornal de Saúde Pública | 7

Prof. Jorge SPratley aPela ao diagnóStico Precoce

O Hotel Porto Palácio é o cenário escolhido para a realiza-ção do 60.º Congresso da SPORL e o 2.º Congresso da Acade-mia Ibero-Americana de ORL (AIAORL), que se realiza de 15 a 18 de maio. O evento, onde são esperados entre 500 a 600 congressistas, será, segundo o presidente da Sociedade Por-tuguesa de Otorrinolaringologista e Cirurgia Cervicofacial (SPORL-CCF), Dr. António Sousa Vieira, que este ano termina o seu mandato, “um congresso extremamente abrangente”, onde se procurará focar todas as áreas da Otorrinolaringolo-gista (ORL) atual, “sem privilegiar nenhuma em particular”.

Porto acolhe congresso de orl

Prof. Jorge Spratley

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Dr. António Sousa Vieira

Em média, dois em cada mil bebés nascem com surdez congénita

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