jornal de missões - edição 30

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Radicais Latinos ajudam a revitalizar igreja no Paraguai Pág. 15 Ano VI | Nº 30| Novembro • Dezembro | 2009 Brasil Geral Mundo Novos obreiros de Missões Nacionais são enviados ao campo Para levar vida à África Radical Brasil abre inscrições para Rio e São Paulo Pág. 4 Pág. 14 Págs. 18 e 19 Drogas Uma experiência transformadora Luta contra as drogas Com a doação de imóvel em Campos dos Goytacazes, RJ, Missões Nacionais dá início ao projeto de centro terapêutico para mulheres dependentes químicas. Pág. 7 Caravana de Voluntários Voluntários testemunham impacto da caravana ao Haiti em suas vidas. Pág. 23 Órgão Oficial das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da Convenção Batista Brasileira M ISSÕES JORNAL DE Missionários colhem frutos da Campanha Nacional de Evangelização de Crianças Pág. 6 Pág. 5 Há esperança para os romeiros S ob o clima quente de Belém do Pará, homens, mulheres e crianças se aglomeravam para participar de uma das maiores romarias da América Latina, o Círio de Nazaré. Por outro lado, um pequeno exército foi ao encontro dos fiéis para apresentar o verdadeiro autor de milagres: Jesus Cristo. A cena resume as experiências vividas pelos 320 voluntários da Tenda da Esperança, que aconteceu entre os dias 3 e 13 de outubro. Foram dias intensos. De manhã aconteciam evangelismos de impacto nos bairros de Belém e, simultaneamente, atendimentos sociais na lona de circo montada próxima ao Seminário Batista Equatorial. Nas madrugadas, um grupo marcava presença na BR 316, uma das principais vias de acesso ao Círio, e apresentavam, por meio de um evangelho contextualizado, um evangelho transformador. Com a realização da Tenda da Esperança, 850 vidas tomaram decisão por Cristo, além de 983 atendimentos sociais realizados. Batismos animam obra na Itália Pág. 12 E m outubro, oito pessoas foram bati- zadas durante culto em Milão, por ocasião da visita dos pastores Sócrates Oliveira de Souza (Diretor Executivo interino de Missões Mundiais) e Lauro Mandira (Gerente de Missões da JMM). Um casal, que fazia parte desses batizan- dos, testemunhou sobre as mudanças que Deus operou em suas vidas. Eles, que viviam juntos, oficializaram seu matri- mônio antes de passarem pelas águas. Os batismos animam ainda mais a obra naquele país europeu tradicional- mente católico, mas onde o ocultismo tem sido o verdadeiro adversário do Evangelho. Pesquisas realizadas indi- cam que mais de 100 mil feiticeiros dão consultas em tempo integral em várias regiões da Itália, um número expressiva- mente maior que o de sacerdotes cristãos (católicos e evangélicos) no país. Missionário Pr. Fernando Pasi (à dir.) na cerimônia de batismo em Milão JORNAL-30.indd 1 JORNAL-30.indd 1 18/11/2009 14:36:55 18/11/2009 14:36:55

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Publicação das Juntas de Missões NAcionais e Mundiais

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Page 1: Jornal de Missões - Edição 30

Radicais Latinos ajudam a revitalizar igreja no Paraguai

Pág. 15

Ano VI | Nº 30| Novembro • Dezembro | 2009

Brasil

Geral

Mundo

Novos obreiros de Missões Nacionais são enviados ao campo

Para levar vida à África

Radical Brasil abre inscrições para Rio e São Paulo

Pág. 4

Pág. 14

Págs. 18 e 19

Drogas

Uma experiência transformadora

Luta contra as drogas

Com a doação de imóvel em Campos dos Goytacazes, RJ, Missões Nacionais dá início ao projeto de centro terapêutico para mulheres dependentes químicas. Pág. 7

Caravana de VoluntáriosVoluntários testemunham impacto da caravana ao Haiti em suas vidas.

Pág. 23

Órgão Ofi cial das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da Convenção Batista BrasileiraMISSÕES

JORNAL DE

Missionários colhem frutos

da Campanha Nacional de

Evangelização de Crianças

Pág. 6

Pág. 5

Há esperança para os romeirosSob o clima quente de Belém do

Pará, homens, mulheres e crianças se aglomeravam para participar de

uma das maiores romarias da América Latina, o Círio de Nazaré. Por outro lado, um pequeno exército foi ao encontro dos fi éis para apresentar o verdadeiro autor de milagres: Jesus Cristo. A cena resume as experiências vividas pelos 320 voluntários da Tenda da Esperança, que aconteceu entre os dias 3 e 13 de outubro.

Foram dias intensos. De manhã aconteciam evangelismos de impacto nos bairros de Belém e, simultaneamente, atendimentos sociais na lona de circo montada próxima ao Seminário Batista Equator ial . Nas madrugadas , um grupo marcava presença na BR 316, uma das principais vias de acesso ao Círio, e apresentavam, por meio de um evangelho contextualizado, um evangelho transformador. Com a realização da Tenda da Esperança, 850 vidas tomaram decisão por Cristo, além de 983 atendimentos sociais realizados.

Batismos animam obra na Itália

Pág. 12

Em outubro, oito pessoas foram bati-zadas durante culto em Milão, por

ocasião da visita dos pastores Sócrates Oliveira de Souza (Diretor Executivo interino de Missões Mundiais) e Lauro Mandira (Gerente de Missões da JMM). Um casal, que fazia parte desses batizan-dos, testemunhou sobre as mudanças que Deus operou em suas vidas. Eles, que viviam juntos, oficializaram seu matri-mônio antes de passarem pelas águas.

Os batismos animam ainda mais a obra naquele país europeu tradicional-mente católico, mas onde o ocultismo tem sido o verdadeiro adversário do Evangelho. Pesquisas realizadas indi-cam que mais de 100 mil feiticeiros dão consultas em tempo integral em várias regiões da Itália, um número expressiva-mente maior que o de sacerdotes cristãos (católicos e evangélicos) no país.

Missionário Pr. Fernando Pasi (à dir.) na cerimônia de batismo em Milão

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Jornal de MissõesNovembro/Dezembro • 2009 2

Editorial Palavra do Diretor

O JORNAL DE MISSÕES é uma publicação bimestral das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da CBB.JORNALISTAS RESPONSÁVEIS: Sérgio Dias 25.944/DRT-RJ (JMM)Marize Gomes Garcia 41.487/DRT-RJ (JMN)

MISSÕES MUNDIAIS: Rua Senador Furtado, 71Praça da Bandeira, Rio de Janeiro - CEP: 20270-021, RJ Tel.: (21) 2122-1900 - Fax: (21) 2122-1911 E-mails: [email protected]; [email protected] Portal: www.jmm.org.brDIRETOR EXECUTIVO (Interino): Pr. Sócrates Oliveira de Souza GERENTE DE COMUNICAÇÃO E MARKETING: Pr. Luiz Cláudio Marteletto REDATORES: Ailton de Faria Figueiredo,Márcia Pinheiro, Sérgio DiasPROJETO GRÁFICO: Joatan de SouzaEDITORAÇÃO: Rosimar Costa

MISSÕES NACIONAIS: Rua Gonzaga Bastos, 300Vila Isabel CEP: 20541-000 - Rio de Janeiro, RJTel.: (21) 2107-1818 | Fax: (21) 2107-3851E-mail: [email protected]: www.missoesnacionais.org.br DIRETOR EXECUTIVO: Pr. Fernando BrandãoGERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA: Pr. Davidson Freitas REDAÇÃO: Tiago MonteiroREVISÃO: Adalberto Alves de SousaCOORDENAÇÃO DA PRODUÇÃO EDITORIAL: Gerson Daminelli RibeiroDIAGRAMAÇÃO: Wellington Nunes • Oliverartelucas

Exped iente

TIRAGEM: 170.000 exemplares

Ações que transformam o Brasil

Para Missões Nacionais, o segundo semestre não é marcado unicamente pela Campanha Anu-al, que tem mobilizado as igrejas ao redor do país, mas sim por um conjunto de acontecimentos que mostram que é possível ao povo de Deus mudar a realidade do Brasil quando se une para trabalhar sob a orientação do Espírito Santo.

Deus tem aberto portas onde não poderíamos ver e mostrado que Ele mesmo está na direção das ações de Missões Nacionais orientadas para o resgate, transformação e edifi cação de vidas que vagavam perdidas em meio à confusão causada pela idolatria, pelas drogas, pela prostituição e por tantos outros fenômenos que são realidade em nossa sociedade.

Louvamos a Deus pelos voluntários oriundos de 18 estados que foram até Belém, PA, para trabalhar nas ações da Tenda da Esperança. Vidas ali foram salvas pela graça de Deus por meio da disponibilidade do povo que atendeu ao chamado divino para esta obra. Ainda louvamos ao Senhor pelas vidas dos vocacionados que se apresentaram para irem ao campo missionário, compondo o exército sustentado pelos batistas brasileiros.

Outro motivo de gratidão é a aquisição de uma nova sede para o Projeto Reviver, em Muriaé, MG. Ao longo dos últimos meses temos orado por isso, por um imóvel capaz de receber as instalações deste Projeto. Deus ouviu as nossas orações e nos deu uma propriedade muito melhor do que imaginávamos. Entendendo a necessidade de uma outra instalação para atendimento às mulheres vítimas da de-pendência química, uma família doou à Junta de Missões Nacionais uma propriedade na cidade de Campos dos Goytacazes, RJ, onde será inaugurado um centro terapêutico para mulheres.

Nesta edição você encontrará notícias e testemunhos que demonstram que podemos avançar juntos, confi antes no poder do nosso Deus, que abre as portas que precisam ser abertas e nos direciona para que somente a sua boa, agradável e perfeita vontade seja uma realidade em nosso ministério. Ao ler o Jornal de Missões, desejamos que seu coração seja motivado a fazer parte deste mo-mento especial que o Senhor preparou para cada um de nós.

Pr. Davidson FreitasGerente Executivo de Planejamento e Estratégia da JMN

Compaixão e Graça

Não podemos fechar os olhos e o coração para o grave problema das drogas no Brasil. Todas as cidades pequenas, médias

e grandes sofrem com o avanço das drogas. As crianças, os adolescentes e os jovens são os princi-pais alvos da destruição, embora adultos também sofram com este avanço. As famílias estão sofrendo e acuadas diante do gravíssimo problema. Conju-gada às drogas, a violência faz outro estrago nesta geração, ceifando vidas tão jovens. É importante ressaltar que todos nós somos vítimas das drogas. Ninguém está livre do raio destruidor e perverso que as drogas impõem aos cidadãos deste país.

O assunto é extremamente complexo e não pode ser tratado com superfi cialidade. As soluções dependem de todos: da família, do Estado, da so-ciedade e também da igreja. Não é fácil tratar desta questão. Mas não podemos fi car alheios. É preciso agir. Mas o que podemos fazer? Como ajudar? A primeira coisa é encarar o problema e buscar, na dependência do Espírito de Deus, sabedoria para agir com amor e compaixão.

Nesta direção a Junta de Missões Nacionais criou o Ministério Compaixão e Graça, que tem como objetivo auxiliar igrejas e famílias e, também, ajudar de alguma forma aqueles que são vítimas das drogas. Já estamos trabalhando em alguns projetos em parceria com igrejas, associações e convenções. Trabalharemos em três direções: primeiro, enviando missionários e equipes para ministrar em áreas cha-madas de Cracolândia; segundo, criando uma rede de comunidades terapêuticas para dependentes

químicos; e terceiro, realizando seminários nas igrejas sobre como criar grupos de apoio aos dependentes químicos.

Muito temos por fazer e é urgente que façamos, se não quisermos perder mais esta geração. Não podemos fi car omissos, isolados pelas paredes de nossos templos, permitindo que vidas sejam ceifadas, direta ou indiretamente, pelo avanço das drogas em nossa Pátria. Nós, fi lhos do Deus Altíssimo, precisamos nos unir para ministrar a compaixão e a graça com as quais fomos alcançados quando, igualmente, vagávamos em trevas. Este compro-misso não pode ser apenas da agência missionária. É necessário que cada irmão(ã) busque em Deus de que forma pode assumir este desafi o de resgatar das trevas para a maravilhosa luz aqueles que se afundam nas drogas.

Você pode orar por mais obreiros, por recursos que possibilitem a ampliação deste ministério, pelo resgate e salvação dos que perecem. Pode contribuir fi nanceiramente para que avancemos. Pode também se dispor, dentro de sua igreja ou como missionário para descer ao fundo do poço e resgatar vidas, preciosas aos olhos do Pai. São muitas as possibilidades para sua participação. Você só não pode permanecer omisso, indiferente a este mal que afl ige toda a nossa nação.

Por Fernando BrandãoDiretor Executivo de Missões Nacionais

Nossas palavras são de gratidão a Deus que tem nos usado como instrumentos Seus para alcançar pessoas nos conti-

nentes onde estão os missionários das igrejas da Convenção Batista Brasileira – Américas, Ásia, África e Europa. De igual modo agradecemos a cada crente que tem, de forma muito especial, se empenhado nesta missão determinada pelo Nos-so Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Somos a agência missionária dos batistas brasileiros a serviço do Reino de Deus, alta-mente integrada com as igrejas e os campos missionários. Missões Mundiais atua em todo o sistema de missões, desde a mobilização e inspi-ração das igrejas em nosso país, passando pelo despertamento de vocacionados e sua capaci-tação para atuarem no contexto transcultural, até a colheita dos convertidos a Jesus além das nossas fronteiras.

Os batistas brasileiros, através de Missões Mundiais, alcançam hoje 62 países, com desafi os e singularidades específi cas em cada um. E, pela misericórdia de Deus, temos avançado sem inter-rupções à proclamação do Evangelho.

A equipe JMM é formada por pessoas capa-citadas que respondem aos desafi os da obra mis-sionária. Conferimos vital importância ao nosso capital humano, tanto os missionários, como o pessoal da Sede, os Representantes e outros que direta ou indiretamente estão envolvidos no tra-balho de Missões Mundiais.

O cuidado do Senhor não permitiu desequilíbrio nas fi -nanças nestes tempos de crise global. E Deus tem mandado o sufi ciente para a Sua obra. Temos seguido um estilo de administração na linha de crescimento maduro, com reserva e sem dívidas. Nosso compromisso é o de sempre trabalhar com total controle fi nancei-ro, priorizando a redução de custos, mas sem com-prometer a qualidade e a intensidade da missão.

Um grande desafi o que temos pela frente é a ampliação da sustentação fi nanceira da obra missio-nária. De acordo com institutos de pesquisas mis-siológicas internacionais, os cristãos contribuem com apenas 0,11% para missões. O islamismo está avançando e cada fi el muçulmano contribui com 27% de sua renda anual. Missões se faz com joelhos que se dobram, com mãos que contribuem e com pés que anunciam as boas-novas do Evangelho.

A nossa oração é para que, muito em breve, seja nomeado o Diretor Executivo efetivo de nos-sa querida Junta de Missões Mundiais, de modo que este possa dedicar tempo integral e exclusi-vo a esta tarefa que tanto demanda dedicação e ação. E, para este tempo, rogamos para que Deus continue a nos usar para a salvação de vidas entre muitas nações e povos.

Pr. Sócrates Oliveira de SouzaDiretor Executivo (interino) de Missões Mundiais

Palavras de Gratidão

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BrasilPor ti, Darei Minha Vida

Batistas se mobilizam para dar respostas aos desafi os da Pátria

Todos os anos chegam a Missões Na-cionais informações dos resultados do período de campanha missioná-

ria nas igrejas batistas brasileiras. Em todo o país, irmãos foram edifi cados com testemu-nhos, vídeos e publicações cuja temática in-citava os batistas a darem a vida por Cristo e, consequentemente, pelo Brasil.

Uma das grandes parceiras de Missões Nacionais, a Primeira Igreja Batista de Atibaia, SP, mais uma vez manteve sua tradição na re-alização de uma campanha forte. Ela, que no ano passado havia sido responsável pela maior oferta do Dia Especial, dá sinais de que neste ano poderá manter a posição, estimulando a oferta missionária em classes de faixa etária, por família e de forma individual. No culto de encerramento da campanha, “ninguém fi cou sentado e o pastor precisou orientar as fi las para evitar congestionamento”, como afi rmou o pastor Antônio Mendes Gonçales.

Para alcançar o alvo, a PIB de Atibaia re-alizou desde as atividades tradicionais, como cantinas e bazares, a novas estratégias, tal como a venda de CDs com hinos, de domí-nio público, do Cantor Cristão. Além disso, cultos especiais potencializaram ainda mais as ofertas individuais e geraram a mobiliza-

Campanha de Missões Nacionais amplia consciência missionária de igrejas

vem a oportunidade de trabalhar novamen-te em novas campanhas. Tudo para honra e glória do Senhor, sempre!”, ressaltou. Já Feli-pe Almeida, que também doou-se para o crescimento da obra missionária na Pátria, “participar da Equipe de Missões signifi cou, para mim, participar do crescimento da visão missionária da Igreja”.

Na Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca, RJ, as ações em prol da campanha anual de Missões Nacionais, encerradas no dia 25 de outubro, com uma feira mis-sionária, resultaram na arrecadação de R$ 25.000,00. Mas a idéia é continuar batalhan-do para o crescimento da oferta através de bazares, chás, etc. Além do alvo, a Igreja tem um comprometimento de R$ 3.500,00 mensais de apoio a campos missionários. Para aquecer a chama missionária da PIB da Barra, a gerente executiva de Ação Social da JMN, Alice Carolina Barbosa Cirino, e a coordenadora do Ministério com Surdos, Marilia Moraes Manhães, visitaram a igreja, apresentando os desafi os da Nação e incen-tivando os irmãos a continuarem investindo na salvação de vidas em todo o Brasil.

ção necessária, despertando os que ainda permaneciam à mar-gem da consciência missionária comunitária.

No período de campanha, os obreiros de Missões Nacio-nais mais uma vez marcaram presença nas igrejas. Foram 30 dias intensos de muito trabalho, alcançando o maior número de igrejas possível. Segundo a coor-denadora da Junta de Missões Nacionais para o Espírito San-to, Fabiola Molulo Tavares, essa aproximação da organização

missionária com as igrejas foi bastante posi-tiva. “Alcançamos todas as 18 Associações do estado (ES), e cada missionário leva na baga-gem o carinho e a certeza de que tem valido a pena o envolvimento nessa obra. Nós não estamos sozinhos!”

A Segunda Igreja Batista de Feu Rosa (ES), pastor Lino Pope, foi uma das que re-ceberam a visita dos missionários. A igreja, que é parceira do pastor Delton Pereira, do Rio Grande do Sul, fi cou extremamente surpresa com a presença do obreiro. “Foi sem dúvida uma experiência muito gra-tifi cante... Nunca imaginaram que teriam oportunidade de receber o missionário que adotam”, confi rmou Fabiola.

A visita dos missionários também serviu para ampliar a visão do Reino de algumas igrejas, aumentando o grau de envolvimen-to dessas com a comunidade onde estão inseridas. A Igreja Batista Rocha Eterna, em Ceilândia, DF, foi impactada com a vi-sita do casal Marcos e Graciely Chaves, que atua no Oiapoque, AP. Ao perceber como o trabalho social da frente missionária no Amapá abriu portas para a evangelização, agendaram uma clínica de capacitação, onde mulheres aprenderam a transformar

garrafas pet em arranjos fl orais. “A presen-ça dos missionários aqui resgatou em nós o desejo de trabalhar para o Senhor e, com tantas oportunidades ao nosso redor, nossa igreja não fi cará parada, usaremos o máxi-mo de potencial que temos para abençoar a nossa comunidade”, concluiu o pastor da igreja, Jucimar Novais.

Outra grande parceira de Missões Na-cionais, a Igreja Batista Memorial da Tijuca, no Rio de Janeiro, envolveu seus membros na proposta missionária através de informações dos campos, feiras e cultos especiais. No en-cerramento da campanha Por Ti, Darei Mi-nha Vida, a igreja preparou um Culto Cantado, usando a literatura de cordel que deu um toque regional à programação. A feira missionária também foi responsável pelo recolhimento de um expressivo alvo para Missões Nacionais, além de promover comunhão, alegria, gerar esforço e desprendimento por parte dos ir-mãos que doaram voluntariamente para Mis-sões. Após a feira, as crianças realizaram sua programação pró-missões, onde entregaram os cofrinhos com valores arrecadados durante todo o período da campanha. Como parte das ações dedicadas a Missões Na-cionais, a IB Memorial da Tiju-ca também enviou dois irmãos ao Projeto Tenda da Esperança, em Belém. Estes retornaram com muitas experiências mo-tivadoras para a igreja.

Para Juliana Fernandes, que integrou a equipe de pro-motores da Memorial da Tiju-ca, divulgar a obra missionária é motivo de grande alegria. ”A oportunidade de participar da Campanha de Missões Na-cionais de 2009, foi resposta de oração para mim. Que Deus me conceda ano que

Missões Nacionais marca presença em Feira Missionária da PIB da Barra

Crianças da Igreja Batista Memorial da Tijuca, RJ

Em 2009, Missões Nacionais também contou com uma novidade: a campanha Vamos Inva-dir o YouTube. As igrejas enviaram vídeos que

apresentavam as programações especiais desenvolvidas em se-tembro, além de projetos missio-nários e ações evangelísticas em todo o país. Se usarmos as pala-vras-chave “Por ti, darei minha vida”, encontraremos mais de 80 vídeos que possuem relação di-reta com a campanha deste ano. Este novo canal também funcio-nou como um mural de recados, expondo a alegria de pessoas e

igrejas impactadas pelo avanço do evangelho na Pá-tria. “Nós, da Igreja Batista do Centenário-Registro,SP, fomos tremendamente abençoados com a vinda do

missionário Luiz dos Passos. Deus seja louvado por sua vida e minis-tério. Somos realmente gratos a Deus”, dizia uma das postagens do site da JMN no YouTube.

Louvamos a Deus pelas igre-jas que investiram na promoção da obra missionária no Brasil. Nosso desejo é que a consciência dos campos brancos para a ceifa possa ter reforçado nos batistas brasileiros o desejo de avançar.

Envio de Ofertas a Missões NacionaisJunto ao material da campanha 2009 de Missões Nacionais,

sua igreja recebeu 4 boletos bancários que servirão para o en-vio de ofertas do dia especial. Caso não tenha recebido, entre em contato conosco e peça a 2ª via. Lembramos que a contri-buição por boleto bancário é a melhor forma de identifi carmos sua oferta, mas, se preferir realizar depósito bancário, não se esqueça de enviar uma cópia do comprovante de depósito com o nome da igreja depositante. A cópia deve ser enviada pelo fax (21) 2107-3852.

As ofertas computadas até dezembro de 2009 constarão do Caderno de Gratidão da próxima campanha. Para corrigir possí-veis divergências entre valores identifi cados e enviados, será pu-blicado um relatório na edição de janeiro da revista A Pátria Para Cristo. Caso identifi que erros, entre em contato pelo telefone (21) 2107-1818 ou pelo email [email protected] .

Campanha na Internet

Vídeos postados no Youtube mostram ações de campanha nas igrejas

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Jornal de MissõesNovembro/Dezembro • 2009 4

BrasilVinte novos obreiros seguirão aos

campos de Missões Nacionais

Nordeste, Sudeste e Sul recebem novos

missionários

Respostas rápidas frente à urgência da evangelização do Brasil. Essa tem sido uma meta desafi adora

para Missões Nacionais, que há dois anos tem dinamizado a presença dos batistas nos campos para que em 2012 consiga concretizar a proposta das 5 mil frentes missionárias. Sendo assim, a JMN apre-sentou mais 20 obreiros no culto de co-missionamento realizado no dia 18 de outubro, na Igreja Batista de Barão da Ta-quara, RJ.

Dando início à programação, o ge-rente executivo de Evangelização e Disci-pulado, pastor Nilton Antônio de Souza, apresentou o grupo que seguirá aos cam-pos, a equipe da sede presente ao evento e agradeceu a Deus pela visão missionária da igreja que sediou o culto de comissio-namento.

O gerente executivo de Expansão Mis-sionária, pastor Samuel Moutta, também falou aos presentes, citando os desafi os da obra e ressaltando que, para desenvolvê-la são necessários mais obreiros e igre-jas que orem e apoiem fi nanceiramente os projetos missionários. Pastor Samuel também destacou a presença de vários grupos étnicos no país e a necessidade de alcançá-los para Cristo. Como resposta a esse desafi o, mostrou o posicionamento de Missões Nacionais, alcançando chine-ses, ciganos, árabes e, agora, japoneses – com o casal Alexandre Takao Katayama e Alécia Nomura, que seguirá para Assaí, no norte do Paraná, onde cerca de 80% da população (estimada em torno de 16.000) é japonesa ou descendente.

Alexandre e Alécia, descendentes de japoneses, conhecem bem o desafi o de levar Cristo aos orientais. Em 1993, Ale-xandre foi para o Japão, junto com um ir-

Batistas comissionam a 11ª turma que seguirá aos campos da Pátria

Novos obreiros de Missões Nacionais

Alexandre e Alécia levarão Cristo à comunidade japonesa de Assaí, PR

CANDIDATOS DESTINO UF POPULAÇÃOJosé Lourenço de Almeida Barbacena e Pinheiro Grosso MG 122.377Sueli Gomes de Mello AlmeidaEguinomar Bezerra de Souza Catolé do Rocha PB 27.548

Luis Carlos Magalhães Curitiba – Ministério em Presídios PR 1.797.408

Alexandre Takao Katayama Assaí PR 18.000Alécia Nomura João Batista Vieira Fronteiras PI 11.054Rosa Inácia Santos BatistaGivaldo Pereira Santos, pastor Inhuma PI 14.973Claudeny Maria Viana Santos

Dario Sabino Fonseca de MouraPortalegre RN 6.855

Pâmela Patrícia de Carvalho Mota Fonseca

Vagner da Luz Rhodes Nova Prata RS 22.257João Camilo de Oliveira

Osasco SP 701.012Maria Lêda Camilo de Oliveira

João Pedro Valladão dos Santos, pastor São Paulo – Anália Franco SP 10.886.518Gerson Gabriel de Assis Machado São Paulo – Cracolândia SP 10.886.518Manoel Brás de Oliveira Neto Brejo Grande SE 7.760Thiago Barros Queiroz Muribeca SE 7.225Alani Marcela de Souza Lima Barros

OBS: Estes missionários estão em busca de apoio fi nanceiro para seguirem aos campos. Se você deseja susten-tar essa obra, entre em contato através do telefone (21) 2107-1818 ou e-mail [email protected] . Seja um Parceiro na Ação Missionária!

Veja a relação dos novos obreiros e seus respectivos campos de atuação

mão e um tio. Permaneceu lá por 15 anos, ao todo. Foi solteiro, trabalhou na cons-trução civil. No Japão, encontrou Alécia, que estava lá com a família. Namoraram, casaram-se, tiveram ambos os fi lhos no Japão: Alex e Alan.

Em 2000, conheceram uma frente ba-tista e tomaram decisão por Cristo. No

ano seguinte foram batizados. “Ali Deus começa a escrever uma nova história para nós. Fomos ensinados na Bí-blia, participamos da igreja japonesa e como foi crescendo, começamos uma congregação e aí sentimos a chamada de Deus para este ministério”, lembra Alexandre. O pri-meiro passo foi dado quando o evangelis-ta que dirigia a con-

gregação batista precisou voltar ao Brasil e a igreja votou que Alexandre e Alécia dessem continuidade ao trabalho.

Em 2008, foi a vez de Alexandre e Alé-cia retornarem ao Brasil, indo morar em Sertanópolis, SP. Lá conheceram a Primei-ra Igreja BatistaFiladélfi a e, participando de uma das reuniões da Associação Batista do Norte do Paraná, conheceu a necessidade da cidade paranaense Assaí. “Tudo se con-fi rmou quando a gente participou de um congresso em Ponta Grossa, no norte do Paraná, e encontramos o pastor Altair, lá do Japão, conversando com o pr. Samuel (gerente executivo de Expansão Missio-nária da JMN). Ele (Samuel) informou que estava precisando de obreiros para Assaí. Para nós, foi confi rmação de Deus.”

No culto de comissionamento, o pas-tor Carlos Novaes – da IB de Barão da Taquara, destacou a importância de Mis-sões Nacionais para os batistas brasileiros ao apresentar o mensageiro da noite, o di-retor executivo da JMN, pastor Fernando Brandão. Este, em sua palavra, reafi rmou a necessidade de perseverança e determi-nação. Dois ingredientes decisivos para a evangelização da Pátria, já que outras religiões têm investido pesado na expan-são de suas crenças. Aos missionários, lembrou: “Vocês vão com a autoridade de Jesus, comissionados pela igreja de Jesus. Não temam, Deus irá prover todas as ne-cessidades”.

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Jornal de MissõesNovembro/Dezembro • 2009 5

BrasilVoluntários se unem para levar o evangelho aos romeiros

Esperança aos romeiros de BelémMissões Nacio-

nais realizou, entre os dias 3

e 13 de outubro, mais uma edição do projeto Tenda da Esperança em Belém do Pará. A ação missionária, que alcançou moradores e romeiros participantes do Círio de Nazaré, contou com a disposição de 320 voluntários que proclama-vam a verdade do evan-gelho movidos por com-paixão pelas almas. Como resultado do comprome-timento dos batistas na Tenda, mais de 850 vidas tomaram decisão por Cris-to. Além disso, foram 983 atendimentos sociais reali-zados por profi ssionais das áreas de saúde e jurídica. Júlia Langer, que prestou atendimento odontológico a dezenas de pessoas, reco-nhece a nobreza do projeto e a aprovação de Deus. “É propósito de Deus que sua criação tenha qualidade de vida... como um estrategista perfeito, Ele me capacitou como dentista para alcançar vidas e isso, verdadeiramente, aconteceu na Tenda.”

Além dos cultos e atendimentos na Tenda, os voluntários atuaram em impac-tos evangelísticos nos bairros de Belém e

no posto de atendimento a romeiros na BR 316. Luciana Rodrigues, da Primeira Igreja Batista do Pará, viveu grandes ex-periências no trabalho de evangelização na rodovia federal. Lá atendeu um senhor que há 20 anos participava do Círio de Nazaré. Segundo ele, “apenas por tradi-ção”. Após ter seus pés massageados – uma das atividades estratégicas de evan-

gelização na BR –, disse que voltaria para casa, afi rmando: “não aguento mais”. Esse trabalho, para Lucia-na, é um dos mais im-pactantes do projeto por conta da proximi-dade com a romaria e do enfrentamento direto com as trevas, “pois é muita batalha espiritual”.

A Tenda da Espe-rança também tem despertado vocações.

Haniele Laurindo, fi lha do pastor José Laurindo, da Pri-meira Igreja Batista de Nite-rói, RJ, conta que, em 2008, ao participar da Tenda, sen-tiu o chamado de Deus para fazer missões, trabalhando de maneira específi ca com crianças. Em 2009, retornou para mais uma vez apresen-tar a verdadeira alegria aos pequeninos. “O incrível da Tenda é porque é um circo.

Todo espetáculo é voltado para procla-mar nossa verdadeira alegria: Jesus! Ao passar estes dias aqui, a minha sensação é de que não poderia estar em outro lugar neste tempo e por isso sinto uma comple-ta paz de Deus”.

Líderes também foram contagiados com a visão do pro-jeto. O pastor Hélio Francisco Inácio, da PIB Parque Impe-rial, SP, comentou: “A Tenda me ajudou a abrir a visão sobre a necessidade do cam-po”. Ao se deparar com a visão do Círio, ele afirmou que nun-ca tinha encontrado tanta gente iludida, “com uma fé errônea”. A imagem da multi-dão lutando por um lugar à corda tam-bém mexeu com o voluntário Ronivon de Jesus, do Pará. Ao abordar uma senho-ra para falar sobre o evangelho, recebeu a seguinte resposta: “Se eu soubesse que era para falar de Deus, eu não teria para-do”. Priscila Proença, também do Pará, de-finiu bem a sensação

de estar no Círio: “O mais estranho, ao retirar-me daquele local, é que tive a impressão clara de que eu estava indo para o céu e aquelas pessoas estavam indo em direção contrá-ria, para o inferno”.

Grandes são os desafi os de Belém do Pará. Mas os frutos da Tenda testifi cam a efi cácia do projeto. Van-ja Maria Silva, uma das responsáveis pelo acom-panhamento das crianças que foram alcançadas pelo projeto sabe bem o que é isso. Todos os sábados, trabalha com o grupo, ali-mentado-o com a Palavra. “Algumas das famílias des-tas crianças já vão à igreja, outros estão na classe de batismo e vão à EBD”, co-mentou. Neste ano, Vanja reuniu as crianças para

uma apresentação em um dos cultos da Tenda, mostrando que há esperança para os romeiros de Belém.

Para mais informações sobre a Tenda da Esperança, acesse o site www.missoesnacionais.org.br .

Compadecidos, voluntários da Tenda assistem ao Círio e intercedem pela conversão dos romeiros

Pr. Valdir Soares, gerente regional da JMN, evangelizando na BR 316

Atendimento social na Tenda

Realidade do Círio de Nazaré

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BrasilCampanha de evangelização de crianças

é sucesso nos campos missionários

Crianças para Jesus é sucesso nos campos

de Missões Nacionais

Em outubro, mês da criança, frentes de Missões Nacionais estiveram engajadas na propos-

ta da Campanha Nacional de Evan-gelização de Crianças - CNEC. Mis-sionários do Nordeste e Sul do país informaram as maravilhas que foram feitas por meio da estratégia da JMN e União Feminina Missionária Batista do Brasil.

Na Bahia, a frente missionária de Barra da Estiva, em parceria com a Pri-meira Igreja Batista em Itamaraju, rea-lizou no dia 12 uma programação in-fantil que reuniu mais de 1100 pessoas, das quais 926 eram crianças. Brinca-deiras e peças teatrais fizeram parte da programação. Cerca de 80 crianças aceitaram a Cristo como Salvador. “In-vestir na evangelização das crianças foi, sem dúvida, uma das melhores es-

tratégias da União Feminina e da Junta de Missões Nacionais”, afirmou o pas-tor Marcos Azevedo, missionário em Barra da Estiva. No fim da programa-ção, foram distribuídos brinquedos e produtos de higiene bucal.

Em Ibicoara, também na Bahia, os missionários pastor Renato e Juliana Fagundes, apoiados pelos membros da congregação, realizaram a 2° Festa das Crianças, que teve grande recep-tividade por parte dos pequeninos. A festa também alcançou as crianças do assentamento Pai Inácio, a 8 km de Ibi-coara. Uma equipe de jovens da con-gregação distribuiu brindes, promoveu brincadeiras e comunicou o amor de Deus não só a meninos e meninas, mas aos pais que estavam presentes. “Foi uma grande oportunidade que Deus nos deu para falarmos às crianças e a

seus pais do amor de Cristo”, comentou o missionário.

Em Sergipe, a missionária Vanes-sa Costa, sendo apoiada pela Terceira Igreja Batista em Aracaju, realizou, nos dias 10 e 11, programações infantis que contaram com a participação de mais de 150 crianças. Os eventos fo-ram realizados no povoado de Oiteiro e na frente missionária de Gararu.

A CNEC também foi um sucesso no Rio Grande do Sul. A campanha Crianças para Jesus chegou a frentes de Sapiranga , Porto Alegre, São Leo-poldo e Nonoai. Na primeira, dezenas de crianças ouviram um evangelho contextualizado e três decidiram se-guir a Cristo. A programação, coorde-nada pelos missionários Walter e Nair Azevedo, contou com o apoio de uma caravana da Igreja Batista Vila Entre

as. O dia foi bastante animado, como comenta o missionário: “As crianças tiveram brincadeiras, pinturas na pele, muita música, fantoches, histórias, as-sistimos a um filme em projetor e mui-to lanche, o que não pode faltar”.

Os indígenas da tribo kaingang, em Nononai, também festejaram o Dia da Criança à luz do evangelho de Cristo. Foram mais de cem crianças e adultos presentes à programação. “O dia começou com histórias bíblicas, dramatização feita pelos indiozinhos que participam dos estudos, cânticos, versículos e muita diversão”, contou o casal missionário Ray Miller e Lucia-na da Conceição. O evento recebeu o apoio da irmã Ana Beneton, da Pri-meira Igreja Batista de Campinas, que doou mais de 300 doces e lanches. Os pais também tiveram oportunidade de

Crianças se rendem a Cristo em Barra da Estiva

Crianças fazem a festa em Ibicoara

Rios, de Belford Roxo, RJ, que na oca-sião realizava uma viagem missionária a Sapiranga.

Em Porto Alegre, mais de 150 crianças estiveram reunidas na Igreja Batista Viva, liderada pelo casal pastor Joacyr e Rosângela Magioli. Foi uma festa. “Membros de nossa igreja se ves-tiram de palhaço e alegraram bastante a criançada. A missionária Rosângela compartilhou para as crianças maio-res o amor de Deus por meio de um folheto com história em quadrinhos que tem como título ‘Você conhece o caminho para o Céu?’”, lembrou o pas-tor Magioli.

Na frente batista de São Leopoldo, liderada pelo missionário Gilnei Silva, a CNEC mobilizou mais de 300 pesso-

Crianças para Jesus em Sapiranga

ouvir e alguns, que estavam desanima-dos na fé, saíram felizes e desejosos de voltar para Jesus. Ao fim, todas as crianças aceitaram o convite de rece-ber Cristo em suas vidas.

O mês de outubro acabou, mas as igrejas que participaram da Cam-panha Nacional de Evangelização de Crianças continuam com a responsa-bilidade de discipular as pequenas vi-das que se comprometeram com Cris-to. Não apenas isso, como também deverão ampliar o rol das pequenas ovelhas, elaborando estratégias que colaborem com o resgate dessa faixa-etária. “Deixai vir a mim as crianças”, disse Cristo. Que esse imperativo en-coraje os batistas brasileiros a perma-necerem nessa visão.

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BrasilMissões Nacionais convoca mato-grossenses para ação evangelística em Cuiabá

Lutando contra as drogas Missões Nacionais adquire sede para Reviver e inaugura

centro de apoio a mulheres dependentes químicas

O trabalho de reabilitação de de-pendentes químicos mantido pela Junta de Missões Nacionais

(JMN) passa por uma fase de expansão. O projeto Reviver, em Muriaé, MG, após sete anos funcionando em um imóvel alugado, fi nalmente terá sua sede própria, com capacidade para realizar quase o do-bro dos atendimentos feitos atualmente. Além disso, a JMN abrirá outro centro de apoio a usuários de drogas, dessa vez, des-tinado a ajudar mulheres que enfrentam o vício.

A nova sede do Reviver foi adquirida no dia 19 de outubro, quando, na sede de Missões Nacionais, o diretor executivo, Fernando Brandão, acompanhado pelos gerentes executivos, assinou o contrato de transferência da propriedade. No imóvel há uma casa com capacidade para aten-der 25 pessoas, campo de futebol, piscina e local para horta.

A aquisição da nova sede do Reviver foi resultado do envolvimento de igrejas batistas e organizações parceiras do pro-jeto. Pastor Nélio Monteiro, da Igreja Ba-tista do Parque Safi ra, foi um dos grandes mobilizadores, incentivando a Associa-ção das Igrejas Batistas da Zona da Mata de Minas Gerais, que levantou 56% do valor da nova propriedade. Durante as negociações para a compra desse imó-vel, houve uma oferta inicial no valor de R$ 135.000,00. Porém foi reduzida,

chegando a R$ 90.000,00. A redução da oferta aconteceu quando Paulo Antonio Rodrigues do Prado, proprietário, soube que o imóvel se transformaria em um centro de apoio a dependentes químicos. “De coração... o que Deus tem feito para mim é muito maior do que isso e tenho certeza que Ele vai me abençoar”. Paulo, que estava desviado, disse ainda que está retornando para o evangelho.

Além do Reviver, que atende residen-tes do sexo masculino, Missões Nacionais tem agora um centro de apoio a mulheres dependentes químicas. Com inauguração prevista para o dia 30 de novembro, o Centro Terapêutico Élcia Barreto Soares nasceu da doação de um imóvel em Cam-

pos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. O nome foi uma homenagem à primeira es-posa do doador, pastor Ebenézer Soares Ferreira, membro da Primeira Igreja Ba-tista de Niterói, “sempre simpático ao tra-balho de centros terapêuticos”, conforme compartilhou pastor Fernando Arêde, o qual foi benefi ciado por uma bolsa inte-gral no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, quando pastor Ebenézer era reitor, justamente por trabalhar em um centro terapêutico.

O novo centro de reabilitação feminino também terá a coordenação do pastor Fer-nando Arêde e a atuação das missionárias Airtes Silva e Rosangela Maria das Dores, comissionadas em agosto de 2009. Com

funcionamento diário e um programa de cuidados intensivos com regime de inter-nação, a casa atenderá mulheres acima de 16 anos, assistindo-as nos âmbitos espiri-tual, psicológico, terapêutico e social.

O imóvel de Campos dos Goytaca-zes passa por obras de ampliação em sua estrutura, que ganhará uma cozinha e lavanderia. A construção conta com o apoio de igrejas e voluntários que, por meio de mutirões, somam forças nesse nobre projeto. “Essa é uma grande bên-ção!”, afi rma a gerente executiva de Ação Social da JMN, Alice Carolina Barbosa Cirino. “Convidamos você a orar por esse projeto e pela transformação das vidas que ali serão atendidas”, conclui.

Os batistas mato-grossenses espe-ram com grande expectativa a realização da Cruzada Evange-

lística por ocasião da 90ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, a ser reali-zada em janeiro em Cuiabá, MT.

Diferente do que aconteceu em Brasí-lia, a cruzada Jesus para Mato Grosso será realizada em duas etapas. A primeira acon-tecerá entre os dias 16 e 18 de janeiro (de sábado a segunda-feira), quando será alcan-çado o interior do estado. Para esta etapa, os conferencistas precisam chegar a Cuiabá no dia 15 ou na manhã do dia 16 de janeiro. Aqueles que forem para o interior do estado receberão hospedagem e alimentação até o

Centro terapêutico abrirá suas portas no final de novembro Vista parcial da nova sede do Reviver

Jesus para Mato Grossodia 19 de janeiro (terça-feira). “A Conven-ção Batista Centro América e as igrejas do interior, havendo necessidade, e na medida do possível, poderão ajudar nas despesas de viagem de Cuiabá até as cidades do interior”, informa o geren-te executivo de evangelismo e discipulado de Missões Na-cionais, pastor Nilton Antonio de Souza. Se-gundo o pastor, apesar de exi-gir um grande

esforço dos conferencistas, será de grande bênção para igrejas e irmãos do interior.

A segunda etapa será no domingo (dia 24), na Grande Cuiabá, nos mesmos mol-des que aconteceu em Brasília em 2009,

como destaca pastor Nilton: “Foi uma grande bênção a ação dos convencio-nais na distribui-ção de folhetos, na participação das conferências nas igrejas e na aquisição e distri-

buição de, pelo menos, 10 evangelhos de João ao preço de R$ 0,50 cada um. Com as orações e a efetiva participação de todos, poderemos fazer ainda melhor em todo o estado de Mato Grosso”.

Para as duas etapas, entre no site da JMN (www.missoesnacionais.org.br) e faça a sua inscrição, ou envie e-mail para [email protected] ou ligue para (21) 2107-1818.

Alertamos que as inscrições devem ser feitas o mais rápido possível, ajudando na organização da cruzada. De corações unidos e de mãos dadas com os batistas mato-grossenses, vamos levar “Jesus para Mato Grosso”!

abá até as cidades do interior,en-dee

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BrasilDoe seu talento e ajude

a construir o novo Lar Batista F.F. Soren

Precisa-se de trabalhadoresApesar de as obras da constru-

ção do novo Lar Batista F. F. Soren estarem em pleno anda-

mento, Missões Nacionais se preocupa com o prazo da conclusão da primeira fase. É necessário terminar quatro ca-sas para as crianças e adolescentes, a casa do diretor e o bloco administra-tivo antes do início do ano letivo, para não atrapalhar as atividades escolares.

Atualmente trabalham nas obras sete pedreiros e cinco ajudantes. Há também o trabalho de voluntários de igrejas da região, realizado nos fins de semana, a cada 15 dias. No fim de ou-

com [email protected]. Missões Nacionais poderá ajudá-lo com sua passagem até Palmas.

Se você não é um profissional na área de construção, mas quer cola-borar com o avanço das obras, pode também fazer uma oferta financeira para que mais trabalhadores sejam contratados. Para ter uma ideia, um pedreiro cobra a diária de R$ 60,00 e um ajudante o valor de R$ 30,00. Com quantas diárias você pode colaborar para a construção do sonho de meni-nas e meninos que aguardam ansiosos o momento da mudança?

tubro, foi realizado o oitavo mutirão, considerando também o mutirão dos executivos, quando o diretor e qua-tro gerentes executivos de Missões Nacionais foram a Palmas ajudar na construção. Cada um deles custeou suas próprias passagens de ida e volta a Palmas, onde estiveram por dois dias, coordenados pelo missionário volun-tário Cláudio Márcio Rodrigues de Je-sus, que afirma: “Muito há que se fazer para que possamos trazer as crianças na segunda quinzena de janeiro, mas se tivermos mais apoio de mão de obra (pedreiros, eletricistas, encanadores e

pintores), podemos continuar a man-ter a esperança de atingir a meta”.

Muitos voluntários da região já têm se apresentado, oferecendo seus dons para acelerar as obras, concretizando o sonho das crianças e adolescentes, mas ainda precisamos de mais obreiros. Se você é um profissional qualificado para a realização de tarefas, como ser-viços hidráulicos, elétricos, colocação de portas e janelas, revestimento nas paredes de banheiros e cozinhas, colo-cação de piso e forro nas casas, e pos-sa doar seus serviços por pelo menos 15 dias de trabalho, entre em contato

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Institucional

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MundoA missionária Veralúcia

desenvolve seu ministério junto às mulheres

no Mali

A equipe missionária na Colômbia acaba de receber mais dois refor-ços. Chegaram a Cartagena de Ín-

dias, no Norte do país, as missionárias Eula Maria Gonçalves e Ana Lúcia Ferreira, para apoiarem os trabalhos já desenvolvidos pelo casal Pr. Melquisedeque e Evangilene Moraes nos projetos Compassion (jovens em situação de risco) e PEPE (Programa de Educação Pré-Escolar) e na Igreja Batista no bairro Paraíso.

A missionária Eula poderá colocar em prática, agora na Colômbia, tudo o que viveu na África como Voluntária Sem Fronteira e participado, durante dois anos, do Projeto Radical Luso-Africano. Por enquanto ela está em adaptação ao novo

Reforçando o time em Cartagena, na Colômbiacampo e espera aprender o quanto antes as prioridades do ministério local.

Ana Lúcia Ferreira deixou Medelín re-centemente, onde atuou como missionária temporária, e também seguiu para Carta-gena. Ela já está integrada no ministério do casal Moraes na IB em Paraíso e atuando com os projetos PEPE e Compassion, que atende cerca de 70 jovens. A missionária tem atuado como uma “ponte” entre a igreja e as famílias dos jovens e das crian-ças do PEPE, anunciando-lhes o amor em Cristo através do ministério do cuidado. Ela e a missionária Eula estão responsáveis pelo PEPE na ilha de Boca Chica (Boca Pe-quena), que passa difi culdades estruturais e conta com 50 crianças.

A missionária Ana Lúcia visitou um vilarejo distante de Cartagena. O acesso ao lugar, onde há 15 pessoas convertidas, é difícil. Mesmo assim, ela tem visitado os irmãos naquele vilarejo, encorajando e discipulando-os. Foi constatada a gran-de necessidade do trabalho missionário ali: mais vocacionados. “Para chegar ao vilarejo tenho que atravessar um rio, e o resto do caminho é feito num moto-táxi. Os irmãos estão com desejo de organizar uma congregação, pois muitas vezes se encontram embaixo de uma árvore. Mas, para ter uma congregação ou um ponto de pregação, precisamos de duas coisas: alugar um local e mais pessoas para apoiarem o trabalho. A obra clama por vocacionados”,

fi naliza, com um desafi o, a missionária Ana Lúcia Ferreira.

Missionária Eula na chegada à Colômbia

Ensinando para transformar vidas

O Mali viveu recentemente mo-mentos de tensão por causa de uma rebelião de extremis-

tas muçulmanos, com manifestações públicas de repúdio aos cristãos. Os sequestros contra cidadãos estrangeiros ganharam força nos últimos meses no norte do país. Em junho, por exemplo, um refém britânico foi assassinado após os extremistas acusarem o Governo de Londres de não responder a suas rei-vindicações para libertá-lo. No mesmo

Tensões e vitórias no Malimês, um confronto entre integrantes de um outro grupo fundamentalista e o Exército malinês deixou 20 mortos. Mas nenhuma ameaça foi tão grande quanto o poder de Deus para impulsionar a obra missionária naquele país do Noroeste da África. A missionária de Missões Mundiais, Veralúcia Ferreira da Rocha, testemunha dia a dia as vitórias con-quistadas, para a glória de Deus, naquela região, especialmente no ministério com as jovens malinesas e no atendimento

ambulatorial às mulheres, que ocupam posição submissa na sociedade.

Preocupada com a repressão sofrida pelas malinesas, a missionária Veralúcia organizou, em outubro, um acampa-mento para moças. O evento teve o apoio de uma irmã que é médica na França. Ela enviou uma oferta que co-briu todas as despesas do acampamento. “Quelle grâce! (Que Deus Maravilhoso!) Foram momentos de alegria com jogos, estudos e brincadeiras, tudo no seu tempo. Tenho certeza de que Deus foi glorificado”, diz a missionária.

Outro motivo para se render glórias ao nosso Senhor é a construção da ma-ternidade em Bancumanan. O objetivo é prestar atendimento não apenas físico às malinesas, mas sobretudo espiritual diante da triste realidade do quadro religioso que aponta um índice inferior a 3% do número de cristãos no país.

País de colonização francesa, o Mali é uma das nações mais pobres da África. Quase 70% da população é analfabeta e 80% dela vive no campo. Diante destes problemas e de outros, como o aumento da perseguição aos estrangeiros, princi-palmente aos cristãos, a missionária pede orações pelo presidente do país, Amadou Toumani Touré, para que Deus lhe dê sabedoria. Segundo ela, o presidente já tem demonstrado bastante equilíbrio. Veralúcia Ferreira está adaptada à vida e aos costumes do Mali

Outra importante estratégia na obra missionária no Mali é o

investimento em educação. Em Kayes há uma unidade do PEPE – Progra-ma de Educação Pré-Escolar – que funciona no terreno de uma igreja evangélica. O programa tem a adesão de cerca de 40 crianças, a maioria de origem muçulmana. Um dos pais chegou a dizer que sentia-se muito satisfeito com tudo o que o filho es-tava aprendendo com a missionária e seus voluntários. Veralúcia acredita que, num futuro não muito distante, a semente plantada hoje nos corações daquelas crianças brotará, formando homens e mulheres segundo o cora-ção de Deus.

Educação para o futuro

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MundoA tradução de trechos da Palavra de Deus para os idiomas nativos é um ministério importante dentro da obra missionária mundial

O povo kalanga, segundo maior grupo étnico de Botsuana, África, recebeu recentemente o Novo

Testamento e o livro de Salmos traduzi-dos para a sua língua. O Pr. Girlan Silva, missionário de Missões Mundiais e pastor da Igreja Batista de Sebina, participou do lançamento das obras com alguns irmãos kalangas. “Foi uma celebração emocio-nante, de muita alegria. O tema foi: Dama

A equipe de obreiros de Missões Mundiais em São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, forma-

da pelo casal Pr. Levi e Lúcia Godinho e a missionária Rosângela Batista, segue trabalhando para a expansão da obra mis-sionária naquele país africano. Entre seus ministérios no país, destaca-se o trabalho evangelístico realizado na Cadeia Central de São Tomé, onde vidas têm sido trans-formadas pelo Evangelho.

Uma dessas vidas é a do jovem Bonfi m Augusto Fernandes, detento que, após ter ouvido os missionários falarem da Palavra de Deus, há pouco mais de um ano e meio, reconheceu Jesus como seu Senhor e Sal-vador. Bonfi m chegou à cadeia em abril do ano passado. Sua vida, até então marcada por roubos, mentiras e prostituição, foi profundamente marcada pela experiência de receber o Evangelho. “Eu vivi 23 anos escravizado, praticando todas as obras que não agradam a Deus . Mas dou graças a Ele por ter planejado tudo, mesmo sendo esse

Transformação em cadeia de São Tomé e Príncipe

“Deus também fala em kalanga”

um caminho tortuoso. Passados alguns meses após a minha prisão, tive um encon-tro com Jesus e tudo se fez novo na minha

vida. Ao fi nal de 2008 já tinha feito duas leituras bíblicas de Gênesis a Apocalipse”, conta o irmão Bonfi m, que atualmente é o responsável pelos cultos e pela direção dos estudos bíblicos com os outros presos.

Para o missionário Pr. Levi Godinho, frutos como esse são o que motiva a equipe a seguir adiante na obra de evan-gelização em São Tomé e Príncipe, não só na Cadeia Central mas em todos os ministérios que dirigem (PEPE, Escolinha de Futebol e as igrejas em São Tomé e na Achada de São Filipe). “Louvamos a Deus pelo testemunho do irmão Bonfi m, pela alegria que ele demonstra em servir a Cristo e compartilhar com os outros detentos. Sua vida é fonte de inspiração e um grande testemunho do poder de Deus. O Evangelho tem chegado àqueles que estão em prisões e louvamos a Deus pela sua participação em oração e no sustento fi nanceiro dos missionários em São Tomé e Príncipe e nos confi ns da Terra”, fi naliza o missionário da JMM.

Uma biblioteca com mais de 800 li-vros, em sua maioria cristãos, fun-

ciona numa cela desativada da Cadeia Central de São Tomé, fruto da inicia-tiva da igreja local, através da missio-nária Rosângela Batista, e em parceria com a direção do presídio. A bibliote-ca serve como apoio aos detentos que desejam estudar e, também, como fer-ramenta de evangelismo.

Auxílio no crescimento espiritual

usarem suas habilidades a fi m de presentear os povos com a tradução da Bíblia para seus idiomas. “Para os kalangas, Deus ‘começou a falar’. É um grande prazer experimentar a simplicidade do Evangelho no meio de pessoas simples, de valores morais ainda intactos. Eles são pedras a serem lapidadas pela Palavra de Deus, agora traduzida em sua própria língua”, diz o Pr. Girlan.

Outro motivo de celebração para o missionário e os irmãos da Igreja Batista em Sebina é a instalação de energia elétrica no templo que, entre outras facilidades, contribuiu com a estruturação do culto. “Esta igreja pode agradecer a Deus, pois além da tradução de trechos da Bíblia para o kalanga, agora temos energia elétrica! Os ir-mãos estão felizes com as possibilidades de melhoria no culto e, consequentemente, do louvor e adoração a Deus. Agora podemos evangelizar usando projeções, fi lmes e mú-sicas sem precisar de geradores que, muitas vezes, acabavam queimando equipamentos sensíveis às variações da corrente elétrica”, conta o missionário de Missões Mundiais, que aproveitou para agradecer às igrejas e crentes do Brasil pelas ofertas enviadas. “Agradecemos a Deus e aos irmãos brasi-

leiros por nos ajudarem, fi nanceiramente e nas orações, na aquisição da eletricidade na Igreja Batista de Sebina”.

Segundo dados da Aliança Batista Mundial, oficialmente, Botsuana possui 17 igrejas e um total de 657 membros nas igrejas ligadas à Convenção Batista de Bot-suana. Missões Mundiais precisa de mais parceiros para atender ao clamor desta nação africana, que tem cerca de 2 milhões de habitantes, dos quais apenas 12,5% se di-zem evangélicos. Se você tem um chamado de Deus para ir ao Sul da África, entre em contato com Missões Mundiais através do e-mail: [email protected].

Irmão Bonfi m (à esq.) e um dos seus alunos na cadeia

Pr. Girlan Silva (à direita) com líderes da etnia kalanga da igreja em Botsuana

Missionário compartilha a Bíblia em kalanga

le Ndzimu vula ye butjilo – Deus também fala minha língua”, conta o missionário. Mas, segundo ele, o desafio ainda não foi concluído, pois falta traduzir o Antigo Testamento.

A tradução de trechos da Palavra de Deus para os idiomas nativos é um ministé-rio importante dentro da obra missionária mundial. Ela tem levado vocacionados a seguirem aos campos, como Botsuana, para

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MundoAs atividades esportivas

são fortes aliadas da obra missionária em Portugal, e são muito bem aceitas pela

comunidade

O Torneio “Taça da Liberdade”, realizado no mês de outubro, em Lisboa, foi mais uma oportunida-

de para o casal de missionários de Missões Mundiais, Pr. Milton e Patrícia Sanches, falar de Jesus Cristo através do esporte. Esse torneio de futebol, organizado pela Comunidade Batista do Parque das Nações, teve a participação de 60 jogadores e ajudou a fortalecer os laços de amizade dos missio-nários com a comunidade lusitana e ainda recolheu cerca de 30 quilos de alimentos que foram doados ao Banco Alimentar Contra a Fome, uma instituição particular de solidariedade social, membro da Fede-ração Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

O capelão internacional de Atletas de Cristo e missionário de Missões Mundiais, Pr. Ezequiel Batista da Luz, o Pr. Zick, presti-

O Diretor Executivo (Interino) de Missões Mundiais e Diretor Executivo da Convenção Batista

Brasileira, Pr. Sócrates Oliveira, e o Gerente de Missões Mundiais, Pr. Lauro Mandira aproveitaram a viagem à Itália (para re-solver questões administrativas junto à Convenção Batista Italiana) e batizaram novos irmãos em Cristo.

A cerimônia aconteceu na Igreja Batista de Casarote Primo, cujo líder é o missio-

Batismos animam obra na Itália

Aobra dos batistas brasileiros na Itália é cada vez mais reconhecida

e respeitada pelas autoridades locais, principalmente através dos projetos sociais – sempre de cunho evangelístico. Em outubro, o missionário de Missões Mundiais na cidade de Cesena, Pr. Fabia-no Nicodemo, foi convidado a participar de um encontro com o prefeito Paolo Lucchi. O pastor e centenas de pessoas dos setores político, de associações e ou-tros conheceram o programa de governo para os próximos cinco anos.

Acompanhado de um irmão da igre-ja, o pastor conversou com o prefeito sobre um futuro terreno para a igreja de Cesena. Ele recebeu a promessa de que o novo plano de urbanização, que deverá ser aprovado ainda em novembro, prevê um terreno para os batistas. Este terreno deverá ser comprado, mas desde já o pastor vê como Deus tem preparado o momento para que cada passo seja dado na direção certa.

“Peço que agradeçam ao Senhor, pois vejo que estamos no lugar certo, na hora certa e principalmente para fazer a coisa certa, que é levar Cristo aos moradores de Cesena”, diz o Pr. Fabiano Nicodemo.

Obra missionária respeitada por

prefeitura italiana

Esporte é ponte para o Evangelho em Portugal

nário de Missões Mundiais, Pr. Manoel Florêncio. Além dos pastores Sócrates e Lauro Mandira, o culto de batismos teve ainda como mensageiros os missionários dos batistas brasileiros na Itália Caio Bot-tega, Fabiano Nicodemo, Fábio Pêgas e Fernando Pasi.

“Foi um culto maravilhoso, houve o convite e vários irmãos aceitaram o desafi o de orar e contribuir com a obra missionária e alguns até se dispuseram a ser enviados

giou o evento juntamente com o ex-jogador do Sporting e da Seleção Portuguesa Luís Vidigal, que doou exemplares do Novo Testamento para serem distribuídos entre os jogadores das seis equipes participantes.

As atividades esportivas são fortes aliadas da obra missionária em Portugal, e são muito bem aceitas pela comunidade. Elas ajudam os missionários a ganhar a confi ança e a amizade dos competidores e do público, criando uma aproximação maior para se compartilhar as boas novas do Evangelho. Só neste ano o Pr. Milton Sanches organizou várias atividades que mobilizaram centenas de pessoas no Par-que das Nações, entre elas o Kids Games, capoeira e torneios de futebol.

Ore pela semente lançada, através dos missionários, no coração dos participantes que ainda não reconheceram a Jesus como

aos campos”, revela o Pr. Fernando Pasi.Ao todo, oito pessoas desceram às

águas. Um casal, que fazia parte desses ba-tizandos, testemunhou sobre as mudanças que Deus operou em suas vidas. Eles, que viviam juntos, ofi cializaram seu matrimô-nio antes de passarem pelas águas.

Esta é mais uma vitória naquele país, tradicionalmente católico, mas onde uma pesquisa recente revelou que o ocultis-mo tem sido o verdadeiro adversário do Evangelho na Itália. O estudo diz que 100 mil feiticeiros dão consultas em tempo integral, um número três vezes maior que o dos sacerdotes católicos. E no norte da Itália o satanismo já é uma prática comum. Interceda ao Pai por esses novos irmãos em Cristo e para que ajudem a expandir a Palavra que liberta junto aos italianos.

Pastores Sócrates (à esq.) e Lauro (à dir.) com os candidatos ao batismo

Missionários Pr. Zick (à esq.) e Milton Sanches (à dir.) recebem ex-jogador português

Missionário Fabiano Nicodemo (à dir.) traduz a mensagem do Pr. Sócrates

Senhor e Salvador de suas vidas. Interceda, também, pela equipe missionária no Parque

das Nações, um dos grandes desafi os à evan-gelização em Portugal.

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Jornal de MissõesNovembro/Dezembro • 2009 13

MundoAo fi nal do culto um rapaz, novo convertido, aproximou-se e disse: “Pastor, quero lhe dar uma oferta. Não é muito, mas quero que a aceite”

O culto ainda não havia começado na pequena casa de dois cômodos, que mal cabia a própria família do

obreiro da terra no Sul da Ásia. A sala, que à noite se transformava em quarto da família, não possuía sequer uma cadeira, apenas coloridas esteiras indianas que cobriam o piso, já gasto pelo uso.

O pequeno grupo começava a che-gar para o culto. Todos os sapatos eram deixados do lado de fora. Ninguém se preocupava com eles, pois sabiam que, ao término, estariam no mesmo lugar. Por mais que a casa estivesse cheia, tudo estava muito bom para os irmãos, pois sabiam o quanto era difícil para o nosso obreiro da terra encontrar um imóvel que abrigasse sua família, e consequentemente os cultos, com um pouco de dignidade.

Aquela noite era bem especial para ele e sua família, pois me receberia em sua casa para uma visita e para o culto. Ele avisou a todos, o que garantiu a lotação de sua casa, e até comprou garrafas de água mineral e biscoitos especiais!

As mulheres e crianças amontoavam-se

O missionário Pr. Khalil Samara, Coordenador Estratégico e Pasto-ral para o Oriente Médio, esteve

recentemente na região para acompanhar os trabalhos dos obreiros da terra e dos mis-sionários enviados por Missões Mundiais àquela região. Ao regressar para o Brasil, trouxe na bagagem boas notícias vindas daquele lugar onde Deus está fortalecendo a obra.

No Líbano, a crise social está abalando o país. A instabilidade no governo tem permitido ao Hezbollah – organização de resistência a Israel – levar a nação a uma guerra civil. O medo provoca mazelas e muitas empresas estrangeiras têm deixado o país, causando desemprego, cujo índice está acima de 34%. Apesar disso, os cinco obreiros da terra, espalhados em cinco re-giões daquele país, seguem colhendo frutos, trabalhando e clamando pelas estabilidades política, social e religiosa. “Líderes de outros segmentos cristãos, além de muçulmanos, ameaçam e perseguem os nossos obreiros. Mas louvamos ao Senhor que os conforta e capacita para suportar as lutas em amor e colher os frutos nos campos. Porém, ainda há campos brancos para a ceifa. Rogamos ao Senhor para que envie mais obreiros ao Líbano”, afi rma o Pr. Khalil.

Lutas e vitórias no Oriente MédioA obra missionária na Síria segue através

dos quatro obreiros da terra que atuam no país. Apesar do constante monitoramento aos missionários, eles conseguiram plantar três igrejas e uma congregação. Se por um lado as conquistas animam o coração dos que amam e apoiam esta obra, por outro causa preocupação o rigoroso controle que o governo sírio tem feito às atividades dos obreiros da terra e, principalmente, ao Pr. Khalil Samara em suas visitas. “Na Síria o governo controla todas as coisas. É comum para mim, durante as entradas e saídas do país, ser levado por policiais para interro-gatórios. Além desse controle, os radicais islâmicos têm nos perseguido. Há dois meses queimaram o carro de um obreiro da terra que era usado para viajarmos até a sua região de trabalho, cujo acesso é difi cíli-mo”, diz o missionário. Porém, mesmo em meio às lutas, o Pr. Khalil segue treinando e capacitando novos líderes a cada visita. “Estou treinando mais cinco obreiros a fi m de enviá-los para outras regiões do país. Louvado seja Deus, pois mesmo com toda difi culdade a mão do Senhor está sobre a vida de todos os obreiros e suas famílias, guardando, abençoando e fazendo que suas vidas sejam luz e sal nesta região”, conta.

No Iraque, segundo o Pr. Khalil, o tra-

balho missionário na região Norte sofreu um duro golpe. Por causa das perseguições, o obreiro da terra deixou o país. “Nos últimos dois meses, nosso obreiro e sua família foram ameaçados de morte várias vezes. Eles já mudaram de casa três vezes, mas à medida que o proprietário descobre que são usadas para cultos evangélicos, os ameaçam de despejo. Durante cinco anos o nosso obreiro suportou toda essa pressão, especialmente por causa dos novos conver-tidos que hoje somam mais de 50 pessoas. No início de outubro ele não aguentou a pressão e foi para o Líbano com a família.

Ore pela obra batista no Iraque”, convoca o Pr. Khalil.

O Pr. Khalil Samara faz um desafi o: que os brasileiros orem pelo trabalho e pelos obreiros que estão no Oriente Médio e clamem para que a igreja seja despertada a apoiar a obra de missões naquela região. “Essa tarefa foi confi ada a nós e temos a responsabilidade de levá-la adiante nos sete países árabes, mesmo com as difi culdades. Deus procura pessoas, igrejas, líderes, famí-lias que compreendam o interesse maior de Deus, nosso Pai: vidas convertidas e salvas nos campos”, fi naliza..

Apenas 10 rúpias...Pr. Jônatas Caldeira – missionário no Sul da Ásia

em um canto da sala e sussurravam umas com as outras. Os homens, como sempre, conversavam bastante. Tão logo cheguei, usando minha roupa típica, a tradicional “curta”, todos sussurravam e diziam que parecia um deles. Que bom, pois sempre foi assim.

O culto logo começou. A precária iluminação não permitia que os olhares

daqueles irmãos, cansados e carentes, pu-dessem ser vistos claramente. Curiosos, que passavam na rua, davam uma olhada, com certeza se perguntando qual seria o deus que estava sendo adorado. Infelizmente não pude pregar, o que chamaria muito a atenção dos vizinhos. Afi nal, ouvir alguém falando em inglês e sendo traduzido para o hindi seria “entregar o ouro” muito facil-

mente. Tive “somente” a oportunidade de fazer a oração fi nal, o que, para o contexto, já foi muito bom.

Ao final do culto um rapaz, novo convertido, aproximou-se e disse: “Pastor, quero lhe dar uma oferta. Não é muito, mas quero que a aceite”. Sorri, dei-lhe um abra-ço e, meio constrangido, aceitei a preciosa oferta com o coração pesaroso, pois sabia quão pobres são aqueles irmãos.

Depois que saí da casa, tirei a nota do bolso e percebi que era de 10 rúpias, ou seja, o equivalente a 50 centavos de real. Foi difícil controlar as lágrimas. Com certeza aquele rapaz não conhecia a história da viúva, pois era muito novo na fé, mas ele ofertou, cheio de alegria, o seu máximo, exatamente como ela. Senti-me minúsculo diante de Deus e apenas agradeci a Ele pelo que vivi.

Ainda tenho a preciosa nota, de “apenas” 10 rúpias, dada com amor. Coloquei-a em um quadro, que fi cará entre as minhas, di-gamos, “coisinhas do coração”. Ao olhar para ela lembrarei que, um dia, coloquei as mãos no arado, e ainda tenho muito a fazer...

Apesar das perseguições, crentes iraquianos adoram a Deus em animados cultos

Crentes indianos reúnem-se para cultuar a Deus com alegria mesmo em ambientes pequenos

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MundoO cristianismo e o islamismo,

com respectivamente 34% e 28%, também fi guram entre

as principais religiões na Costa do Marfi m

CHADE

A República do Chade é um país do centro-norte da África e faz fron-teira com Sudão, Níger, Nigéria,

Líbia, Camarões e República Centro-Afri-cana. É considerada como a “ponte” entre as Áfricas árabe (ao norte) e negra (centro-sul). Dos mais de 11 milhões de habitantes, 900 mil vivem na capital Ndjamena. O idioma ofi cial é o francês, mas o árabe, res-quício da islamização do século 16, também é falado. Além disso, o país abriga mais de duzentos grupos étnicos e linguísticos. O Chade é um Estado laico, com liberdade religiosa, mas o islamismo tem conquista-do posições importantes no governo, no comércio e no exército nacional. O islã possui 54% de seguidores, enquanto 24% dos chadianos (cerca de 2,5 milhões) são adeptos do cristianismo. Porém, somente 11,2% são cristãos protestantes ou evangé-licos. De acordo com dados da Associação das Igrejas Batistas do Chade, fundada em 1921 por missionários americanos, existem ofi cialmente mais de 400 igrejas batistas no país e cerca de 90 mil membros fi liados (média de 225 por igreja).

Assim como várias nações africanas, o Chade vive sob o convívio, nem sempre pacífi co, de grupos étnicos e suas culturas, idiomas e costumes diferentes em seu ter-

ritório. A “partilha” da África foi defi nida na Conferência de Berlim, em 1885, e con-templou os interesses dos colonizadores e não dos grupos étnicos africanos. Com isso, muitos dos “novos” países tornaram-se cenários de guerras – por vezes étnicas, e em outras fi nanciadas pelos próprios colo-nizadores. No Chade, acirrou-se a disputa de poder entre as regiões norte e sul. As etnias do norte, islamizadas e apoiadas pela vizinha Líbia, são separatistas e as do sul, cristianizadas e animistas, acreditam ser delas o direito de governo sobre a terra. Além disso, a guerra em Darfur, no vizinho Sudão, já enviou mais de 230 mil refugiados para o Chade, estremecendo as relações diplomáticas entre os dois países.

Vida ao “coração morto da África”Das quatro repúblicas africanas que um

dia formaram a antiga África Equatorial Francesa (Congo, Gabão e a República Centro-Africana), a do Chade continua a ser a mais pobre, e ao mesmo tempo a mais populosa. As principais atividades econômicas são da agricultura e pecuária de subsistência, mas produzem-se também, em quantidades relativamente limitadas, o algodão, o amendoim e o tabaco, para ex-portação. Recentemente foram descober-tas reservas de petróleo, cuja exploração,

a partir de 2003, começou a ter impactos profundos sobre a economia e a política do país. Devido a sua distância do mar e seu clima predominantemente desértico, o país é por vezes referido como o “coração morto da África”.

O trabalho batista no Chade sofreu um duro revés quando, na década de 1970, o governo do país determinou que os rituais tribais fossem respeitados e expulsou os missionários americanos, além de perseguir os cristãos no país e executar 13 pasto-res como “exemplos” para a população. Entretanto, atualmente o país desfruta de liberdade religiosa. Para levar Jesus, a vida eterna, ao coração morto da África, é preciso levar ao Chade a tradução da Bíblia para os idiomas do país, o treinamento de líderes, o evangelismo de jovens e crianças e a exibição do fi lme Jesus em árabe, francês e dialetos, além da reabertura de igrejas que permanecem fechadas.

COSTA DO MARFIMA República da Costa do Marfi m tam-

bém fi ca na África, mas no lado oeste do continente, fazendo fronteira com Guiné, Libéria, Mali, Burquina Fasso e Gana. Possui duas capitais: uma administrativa (Yamoussoukro) e outra (Abidjan) onde está a sede do governo. O idioma ofi cial do país é o francês, mas os dialetos diula e baulê são muito falados entre a população. Dos mais de 19 milhões de habitantes, cerca de 3,5 milhões vivem na capital Abidjan. Em Yamoussoukro, com sua moderna arquitetura, vivem pouco mais de 300 mil marfi nenses.

As crenças tradicionais animistas são as mais populares na Costa do Marfi m, com 37% de adeptos, tornando-a “religião” ofi -cial do país. O cristianismo e o islamismo, com respectivamente 34% e 28%, também fi guram entre as principais religiões. Porém, o sincretismo é muito presente nessas religiões e é impossível precisar quais

Mais dois países africanos estão em destaque nesta edição do Jornal de Missões. Chade e Costa do Marfi m são metas do Planejamento Estratégico de Missões Mundiais para os próximos quatro anos, e dependem do envio de vocacionados para se tornarem campos das igrejas da CBB.

Por Sergio Dias

adeptos são, genuinamente, cristãos ou muçulmanos. O trabalho batista no país surgiu na década de 1960, fruto do envio de obreiros da Junta Internacional de Missões (Junta de Richmond) da Convenção Batista do Sul dos EUA. De acordo com dados da Aliança Batista Mundial, existem cerca de 100 igrejas batistas no país, e mais de 10 mil membros.

Foco nos povos não-alcançadosO nome Costa “do Marfim” é uma

referência ao grande número de elefantes que existia na região e que hoje vivem, preservados, no Parque Nacional Comoé, patrimônio natural da humanidade. O país é um dos mais prósperos do oeste africano graças à agricultura, sobretudo café e cacau – fruta da qual a Costa do Marfi m é a maior produtora mundial. Entretanto, alguns gru-pos étnicos do país fazem comércio ilegal do marfi m e abastecem países europeus. Mais de 60 etnias (entre eles bauleses, betes, senufos, mandingas), a maioria seguidora do animismo, convivem no mesmo terri-tório. Esta pluralidade étnica e religiosa foi a grande causadora da recente guerra civil que durou cinco anos (2002 a 2007). Além das diferenças religiosas e dos confl itos pela exportação ilegal do marfi m, os grupos ét-nicos marfi nenses também têm em comum o fato de serem não-alcançados pelo Evan-gelho ou possuírem trabalhos missionários incipientes e que 15% da população está com vírus da AIDS.

Atualmente, a obra missionária na Costa do Marfi m está direcionada para o ensino e preparo das lideranças, a tradução da Bíblia para os dialetos locais e a exibição do filme Jesus. Contudo, são muitas as possibilidades de crescimento da evan-gelização dos marfi nenses. Como o país desfruta de liberdade religiosa, apesar do avanço do islamismo e das crenças tradi-cionais, a chegada de pastores e professores de Teologia contribuirá na formação das lideranças e com a pregação do Evangelho genuíno, distante do sincretismo com as crenças tradicionais. Outras alternativas são os trabalhos assistenciais nas áreas da saúde, com a plantação de clínicas médicas, da educação, através de escolas de ensino fundamental, e do esporte, com escolinhas de futebol e outros esportes.

Fontes: Almanaque Abril 2009, Aliança Batista Mundial, Wikipédia e Livro Intercessão Mundial –

edição século 21

Para levar vida à África

Mercado Central de Ndjamena é uma das atrações do Chade

Comércio ilegal movimenta a Costa do Marfi m

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MundoEm sete anos, o Projeto Voluntários Sem Fronteiras já enviou 201 jovens aos campos missionários da África e da América do Sul

Érica Lopes, uma das integrantes da coordenação do Projeto Radical – Voluntários Sem Fronteiras, visitou

39 jovens do projeto nos campos missio-nários, entre os dias 20 de agosto e 22 de setembro. Ela passou por cinco países do

Os Voluntários Sem Fronteiras que estiveram recentemente no Para-guai, integrantes da quarta equipe

do Projeto Radical Latino-Americano, foram usados por Deus para ajudar na reabertura da Igreja Batista no bairro de Calleí, na capital Assunção.

Assim que chegou ao Paraguai, a equipe formada por Ynes Guadalupe Arce (Peru), Dienne Klay Reis (Brasil), Jennifer Aguilar (Peru) e Salomon Man-tilla (Equador) foi desafiada pelo casal missionário da JMM Pr. Elbio e Adilene Marquez, coordenadores do Radical Lati-no, a arregaçarem as mangas e recuperar a igreja. Em parceria com uma outra igreja batista de Assunção, a IB Villa Mora, que adotou o projeto como mantenedora, os Voluntários Sem Fronteiras trabalharam incansavelmente. “Em julho, quando esta equipe chegou ao Paraguai, começamos ‘do zero’ a revitalização. Eles limparam, consertaram e pintaram tudo. Mas, o principal para a reabertura da igreja fo-ram as inúmeras visitas, os discipulados, as exibições de fi lmes, as aulas de futebol e de teclado e o Kids Games, além das reuniões com idosos que fi zeram em prol desta obra”, diz Adilene Marquez.

Radicais Latinos recuperam igreja

Na data da reabertura, 11 de outubro, a equipe não estava mais no Paraguai, mas o fruto do trabalho fi nalmente aparecia: cerca de 50 pessoas reunidas para o culto, que naquele dia também celebrou 13 batismos. “Este dia (da reabertura) entrará para a his-tória, pois vimos o que antes era um lugar

abandonado tornar-se uma igreja animada, viva, com aproximadamente 50 membros, que agora fi carão sob a responsabilidade de um pastor nacional preparado. Deus quer dar tudo novo pra você, é só confi ar e abrir a porta e a janela para que a chuva de bênção possa cair”, fi naliza a missionária da JMM.

Uma visão do trabalho na África

noroeste da África, levando incentivo aos voluntários e conhecendo suas necessida-des. Mas, principalmente, viu um ministé-rio abençoador.

A viagem começou pela República da Guiné. Érica fi cou satisfeita com o treina-

mento dos seis Radicais para a tradução de histórias bíblicas do inglês para o dialeto sussu. Em seguida, seguiu para o Mali e esteve com a equipe de Kayes que atua com esportes, informática e educação. Os jovens Radicais também fundaram um PEPE (Programa de Educação Pré-Escolar) na região e capacitaram professores.

Os Voluntários Sem Fronteiras optam por viver nos vilarejos, porque precisam se contextualizar à realidade da comuni-dade. A casa de uma equipe no Mali, por exemplo, é toda feita em barro, como as demais do local. Porém, se destaca das outras por causa do colorido das fl ores e plantas que são cultivadas ao seu redor, dando um bom testemunho da alegria de se viver com Cristo.

Do Mali, Érica seguiu para o Níger, onde presenciou o trabalho com as crianças, que são as mais interessadas em ouvir a Palavra e participar das atividades. Ainda no Níger, conheceu a história de um jovem que viajou durante quase um dia para perguntar aos Radicais o que precisava fazer para aceitar

a Jesus. O moço se converteu e hoje é um líder, que viaja para outras aldeias pregando o Evangelho como Salvador.

A equipe África 6, que está no Senegal e concluiu o processo de imersão cultu-ral, recebeu a visita de Érica com muita alegria. Eles falam o francês muito bem e, em breve, seguirão para seus campos defi nitivos.

Em sua última visita, a Cabo Verde, Érica Lopes encontrou os cinco jovens Radicais e fi cou surpresa com a rápida adaptação ao contexto social e cultural do país. Eles estão trabalhando na PIB da Praia, na capital do país, juntamente com o Pr. Emanuel Monteiro (associado da JMM), e na Igreja Batista na Achada de São Filipe. Os Radicais apoiam as ativida-des nas igrejas e no PEPE, além de atuarem na alfabetização de adultos e no projeto da escolinha de futebol.

Em sete anos, o Projeto Voluntários Sem Fronteiras já enviou 201 jovens aos campos missionários da África e da Amé-rica do Sul.

Mais uma equipe de Radicais Latino-Americanos encerra seu período

nos campos de Missões Mundiais. No dia 24 de outubro, em Curitiba/PR, aconte-ceu o “Culto da Vitória” na Igreja Batista Sião, no bairro Cajuru, onde os Radicais puderam testemunhar um pouco dos ministérios que desenvolveram no Pa-raguai, no Uruguai e na Bolívia. “Foi um culto de gratidão pelo que conseguimos, para a glória de Deus, nos campos mis-sionários. Cantamos, nos emocionamos e fi camos felizes em perceber que nosso trabalho foi duro, mas prazeroso”, conta uma das Radicais.

Na semana seguinte, o grupo foi para Assunção, capital do Paraguai, para com-pletar o período do Projeto. No dia 1º de novembro, os missionários seguiram para seus países de origem. Em 2010, a quinta turma, que já está em formação, seguirá para Colômbia, Venezuela e Equador. Antes, porém, fará o treinamento no Rio de Janeiro e seguirá para Manaus, no Amazonas, para o evangelismo durante o carnaval na cidade.

Fim de mais uma etapa

Viver como as comunidades locais é uma das características dos Voluntários Sem Fronteiras

Radicais Latinos (à esq.) e irmãos da igreja recuperada

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Artigo

A Reforma Protestante desenca-deada com as 95 teses de Lutero divulgadas em 31 de outubro de

1517 foi sobretudo eclesiástica em um momento em que todos os olhares se vol-tavam para a reestruturação daquilo que a Igreja cria e vivia. Renasceram assim os dogmas evangélicos. A Sola Scriptura de-fendia uma Igreja centrada nas Escrituras, Palavra de Deus; a Sola Gratia reconhecia a salvação e vida cristã fundamentadas na Graça do Senhor e não nas obras huma-nas; a Sola Fide evocava a fé e o compro-misso de fi delidade com o Senhor Jesus; a Solus Christus anunciava que o próprio Cristo estava construindo sua Igreja na terra sendo seu único Senhor e a Soli Deo Gloria enfatizava que a fi nalidade maior da Igreja era glorifi car a Deus.

A Missão da Igreja, sua Vox Clamantis, não fez parte dos temas defendidos e pre-gados na Reforma Protestante de forma direta. Isto por um motivo óbvio: os refor-madores como Lutero, Calvino e Zuínglio

A Reforma e MissõesA Presença da Igreja como agente de expansão da Palavra pregada

Palavra de Deus pregada e ouvida em toda a sua pureza... não há dúvida de que existe uma Igreja de Deus ”. O grande esforço mis-sionário para a tradução bíblica resulta dire-tamente dos ensinos reformados.

b) A Reforma reavivou o culto onde todos os salvos, e não apenas o sacerdo-te, louvavam e buscavam a Deus. E Lu-tero em uma de suas primeiras atitudes colocou em linguagem comum os hinos entoados nos cultos. Esta convicção de que é possível ao homem comum louvar a Deus incorporou na Igreja pós-Reforma o pensamento multiétnico onde “o desejo de levar o culto a todos os homens” como disse Zuínglio não demorou a ressoar na Igreja culminando com o envio de mis-sionários para o Ceilão pela Igreja Refor-mada holandesa no século XVII, que dis-parou um progressivo envio missionário e expansão da fé Cristã nos séculos que viriam. Um culto vivo ao Deus vivo foi um dos pressupostos reformados que in-duziu a obra missionária a levar este culto

a todos os homens transpondo barreiras linguísticas, culturais e geográfi cas.

c) A Reforma trouxe a Glória de Deus como motivo de vida da Igreja e isto defi niu o curso de todo o movimento missionário pós-Reforma onde o estandarte de Cristo, e não da Igreja, era levado com a Palavra proclamada entre outros povos. Os mo-rávios já testifi cavam isto quando o conde Zinzendorf, ao ser questionado sobre seu real motivo para tão expressivo e sacrifi cial movimento missionário, responde: “estou indo buscar para o Cordeiro o galardão do seu sacrif ício”. John Knox na segun-da metade do século XVI escreveu que a Genebra de Calvino era “a mais perfeita escola de Cristo que jamais houve na terra desde a época dos apóstolos”. O centro das atenções, portanto era Cristo e nascia ali um modelo cristocêntrico de pregação do evangelho que marcaria o curso da história missionária nos séculos posteriores.

Confi ra a versão completa desse arti-go no site www.missoesnacionais.org.br

possuíam em suas mãos o grande desafi o de reconduzir a Igreja à Palavra de Deus e assim todos os escritos foram revestidos por uma forte convicção eclesiológica e sem uma preocupação imediata com a missiologia. Isto não dilui, entretanto, a profunda ligação entre a Reforma e a obra missionária por alguns motivos:

a) A Reforma levou a Igreja a crer que o curso de sua vida e razão de existir deve-riam ser conduzidos pela Palavra de Deus (submetendo o próprio sacerdócio a este crivo bíblico) e foi justamente esta ênfase escriturística que despertou Lutero para a tradução da Palavra na língua do povo e inspirou posteriormente centenas de tra-duções populares em diversos idiomas fomentando posteriormente movimentos como a Wycliff e Bible Translators com a vi-são da tradução das Escrituras para todas as línguas entre todos os povos da terra. Hoje contamos com a Palavra do Senhor tradu-zida para 2.212 línguas vivas. João Calvino enfatizava que “... onde quer que vejamos a

Por Ronaldo A. Lidório, Teólogo, mestrado em missiologia e doutorado em antropologia cultural na Universidade de Londres

Nem sempre o atual enfoque dado a missões preenche todo o seu dinamismo bíblico enquanto

ação da Igreja de Cristo. Este aspecto dinâmico da obra missionária faz com que o seu conceito esteja em constante devir e tenha que ser redefinido a cada geração, seguindo o dinamismo da pró-pria obra missionária e do progresso. Ainda que o conteúdo da mensagem missionária não mude, nossos conceitos precisam ser ampliados de acordo com as novas compreensões e aplicações dos princípios bíblicos da missão, feita em diferentes momentos históricos e em diferentes contextos.

Ainda que o conceito básico de mis-sões seja o de enviar uma pessoa, esta ação é cheia de significado pelo fato de ter um propósito definido. Esta lição objetiva nos é dada pelo próprio Deus,

quando envia o seu Filho ao mundo. Je-sus não foi simplesmente enviado, mas tinha um propósito definido: “buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10). Da mesma forma, os apóstolos de Jesus, bem como a sua igreja, não foram simplesmente enviados ao mundo, mas enviados com um propósito tríplice: fa-zer discípulos, batizar e ensinar (Mateus 28.19,20).

A obra missionária que não se imbui desta objetividade está fadada a falhar, pois o missionário não é aquele que simplesmente é enviado a algum lugar por alguém. Seu envio deve cumprir o propósito objetivo dado à Igreja de Cris-to, em geral, e à testemunha de Cristo, em particular. Esta tarefa objetiva se torna não somente a base da obra missionária, mas também a sua razão de ser. A tarefa objetiva de pregar o Evangelho é dada,

exclusivamente, para a igreja. Nenhuma outra instituição, divina ou humana, re-cebeu do Senhor esta tarefa específica.

A missão da igreja precisa estar vin-culada às atividades que dizem respeito ao Reino de Deus, seu estabelecimento e expansão no mundo. São necessárias ações concretas, em práticas estrategicamente defi nidas. Os que são enviados para cum-prir a tarefa da igreja nos campos missio-nários precisam ser equipados com as fer-ramentas básicas para a obra. Assim se faz necessário o treinamento daqueles que são enviados aos campos, para preencherem os reclames da obra missionária da igreja no mundo. Somente quando o missionário sai com uma consciência clara e defi nida daquilo que pode e deve realizar no campo ele pode realmente envolver-se na obra de maneira específi ca e prática. Missionários que vão ou são enviados sem objetividade

Por Sebastião Lúcio Guimarães – ex-missionário de Missões Mundiais na África do Sul

Um conceito dinâmico de missões

no seu trabalho estarão sempre fadados a não saber o que fazer no campo.

A dinâmica da Missão começa no seu próprio conceito bíblico. Não existe missão sem a ideia de movimento. É preciso inco-modar-se. O ato de enviar ou ser enviado não precisa necessariamente cobrir grande ex-tensão geográfi ca, mas sair de um lugar para outro, podendo ser tanto da sua casa para a casa do seu vizinho, quanto da sua casa para o outro lado do mundo. A comissão é a mesma. A verdade é que, se ouvimos sobre o desafi o da missão, não podemos continuar os mesmos, nem no mesmo lugar. A Missão sempre reclama uma atitude de movimen-tar-se, de incomodar-se, de mexer-se, de sair de onde estamos para alcançarmos os outros e, a partir daí, chegarmos os confi ns da Terra levando a mensagem de salvação no nome precioso de Jesus. Sem isto não pode haver missões.

(continuação)

Ainda que o conceito básico de missões seja o de enviar uma

pessoa, esta ação é cheia de signifi cado pelo fato de ter um

propósito defi nido

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Institucional

w w w . j m m . o r g . b r

O evento de Missões Mundiais em 2010

Vem aí!

Acesse e confi ra a relação completa dos eventos:

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GeralCartas

Envie sua carta ou e-mail com experiências com a obra missionária. Sua opinião sobre o nosso trabalho, e o conteúdo do Jornal de Missões, é muito importante. Escreva para [email protected] ou [email protected].

ESCREVA-NOS CONTANDO SUAS EXPERIÊNCIAS COM MISSÕES

OraçãoAmei o tema e a divisa deste ano! Que Deus continue movendo o coração de Missões Nacio-

nais para continuar obedecendo a Deus! Agradeço a Deus pela vida do nosso diretor, Fernando Brandão, sua família e toda a equipe! Que Deus abençoe a todos! Lembrarei de todos em minha oração! Sede fi rmes e constantes, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor!!!!

Carol MonteiroPIB Vila de Cava

Campanha JMNCampanha forte, tocou muito os líderes de missões de minha Igreja. Lindo tema, mú-

sica, tudo lindo...Vinicius

IB Nova Aliança em Governandor Valadares, RJ

AvançoQue o Senhor continue abençoando a JMN, fazendo prosperar seus projetos. Contem

com a 1ª IB em Catanduva e seu pastor, Jorge Araujo.Pr. Jorge Araújo da Silva

SonhoTio Fernando, Saiba que nós estamos orando por todos vocês de missões! Estamos

orando também pelo nosso novo Lar, para que a construção ande mais rápido e nosso sonho se realize!

Agradeço a Deus pela sua vida e de sua família.Juliana

Lar Batista F. F. Soren

Novo LarPr. Fernando Brandão e equipe,Em nome de todas as meninas, eu, Josileide, venho agradecer pelo esforço, empenho,

garra que vocês têm tido para a construção de um novo Lar para a gente. ... Que Deus os revista de forças, saúde e a alegria do Senhor! Agradecemos:

Pelo alimento gostoso e tudo o que recebemos no Lar de Itacajá; pela tia Alice sempre querendo o melhor para nós; pela vida da tia Haydée; pelo pr. Robson e tia Judite – ama-mos muito eles; pelas casas que estão em construção; por outros projetos que teremos em Palmas; pela psicóloga que está conosco nestes dias.

Enfim, obrigada, pr. Fernando e demais irmãos, pela perseverança em realizar o sonho de todos nós: um novo Lar!

JosileideLar Batista F. F. Soren

Há 10 anos como adotanteSou sempre abençoada por adotar um missionário nesses dez anos, aproximadamente,

pois cada carta que recebo me serve de estímulo e a certeza do agir de Deus.Nadia Valeria Gonçalves Batista

IB Memorial em Camorim, Angra dos Reis/RJ

Fiel nas ofertas e nos dízimosLogo no início da minha contribuição pelo PAM fiquei desempregado e tinha muitas

contas para pagar. Porém, eu e minha esposa decidimos manter nossas ofertas e o dízimo. Nunca faltou nada em nosso lar, apesar das lutas. Hoje estou novamente empregado, mi-nhas ofertas para o PAM aumentaram e Deus tem sido fiel conosco.

Juliano Almeida de Oliveira, Caucaia/CE

Intercedendo por missões Agradeço a Deus pelo maravilhoso trabalho de todos que fazem parte da Junta de

Missões Mundiais. Trabalho este, que vem a cada dia despertando o desejo de ajudar na obra do Senhor Jesus Cristo. Não tenho como ajudar financeiramente, mas com as minhas orações intercedo por cada um que está envolvido na obra do Senhor.

Josielma dos Santos Silva de Lima, Natal/RN

Apesar de estar iniciando a planta-ção de uma igreja no bairro Alto

da Bola, em Salvador, BA, a missionária Lídia Cerqueira já conta com a partici-pação de 30 pessoas nas programações. No domingo 4 de outubro, os membros da congregação foram desafiados a

participar do discipulado, dando início à estratégia de fortalecimento dos fiéis. Sobre o assunto, Lídia pede o apoio de seus parceiros de oração. “Ore para que eles continuem firmes nos estudos... para que venham a crescer em suas vidas cristãs”.

Fortalecimento da fé

O”Projeto Filme Jesus”, em Angola, tem rendido frutos. O casal Pr. Gil-

berto e Jaqueline Campos, missionários de Missões Mundiais, utiliza esta estra-tégia de evangelismo e tem conseguido, além de vidas convertidas, plantar novos trabalhos por todo o país; atualmente, quatro projetos estão em funcionamento. Em um deles, cerca de 20 pessoas, a maio-ria jovens, convertidos após a exibição

do “Filme Jesus”, estão frequentando um grupo de estudos bíblicos e preparam-se para o batismo. A expectativa do mis-sionário é organizar como igrejas, em breve, os quatro novos trabalhos. “Todos os locais já possuem líderes que estão em fase fi nal de preparação, e inclusive os trabalhos já possuem terreno para o futuro templo. Ore por isso”, convoca o Pr. Gilberto Campos.

Filme Jesus em Angola

Na Aldeia Salto, os índios xerentes es-tão descobrindo a alegria de pregar

o evangelho. A igreja indígena instituiu, além dos cultos dominicais, um culto de evangelismo aos sábados para alcançar as

Pregadores indígenasaldeias adjacentes e os irmãos afastados. Além disso, após a realização de um curso sobre como preparar mensagens bíblicas, os índios tiveram a iniciativa de organizar uma escala de pregação. Um dos prega-dores, Valci Sinã, ao ler a passagem de 2 Timóteo 4. 1-8, comentou: “Entre nós está acontecendo a mesma coisa. O pastor Rinaldo (de Mattos) já está fi cando velho. Um dia Deus vai levá-lo e somos nós que devemos continuar pregando o evangelho para o nosso povo”. O missionário Rinaldo completou: “Pois bem. Não fi quei muito satisfeito por ter sido chamado de ‘velho’, mas fi quei muito feliz pela visão dele. Era justamente isso que vínhamos esperando há muito tempo...”.

Pr. Rinaldo, missionário entre os xerentes

Em todo o tempo

e em todo o lugar os mis-s i o n á r i o s de Missões Mundiais se empenham em expan-

dir o Evangelho. No Uruguai o casal Pr. Daniel e Clélia de Oliveira investe num local estratégico para evangelismo: a

feira-livre. Aos sábados, eles montam sua barraca com literatura evangélica e objetos antigos, muito comuns nas feiras uruguaias. Certo dia, o Pr. Daniel recebeu um folheto de campanha das mãos do candidato ao Senado, Rafael Michelini. O pastor, imediatamente, retribuiu o político com um folheto evangelístico e um Novo Testamento. A oração do casal missionário é para que esta e outras vidas tenham o coração receptivo à Palavra que liberta e salva.

Evangelismo na feira-livre

Casal missionário no Uruguai

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GeralMédico da Alegria

Seguindo o método de Patch Adams, a Frente Missionária de Barra da Es-

tiva, BA, decidiu levar alívio e alegria às crianças internadas no Hospital Católico Susy Zanfreitta. As portas da instituição foram abertas após a realização da Cam-

panha Nacional de Evangelização de Crianças. O projeto, ainda em fase inicial, acontecerá às segundas, quartas e sextas-feiras e, em breve, alcançará um abrigo para idosos administrado por espíritas kardecistas.

A Junta de Missões Nacionais abriu ins-crições para o Radical Brasil 2010. O

projeto dará continuidade às ações missio-nárias na Cracolândia paulista, mas também formará uma equipe que atuará na capital do Rio de Janeiro. Serão 30 vagas, divididas entre os dois estados. As turmas serão pre-

paradas no Centro Integrado de Educação e Missões - CIEM, no Rio de Janeiro. O treinamento tem início previsto para feve-reiro de 2010, com duração de três meses. Após esse período, os radicais seguirão para o campo missionário, onde permanecerão até dezembro do mesmo ano.

Radical Brasil 2010

O número de irmãos na Missão de Carpenisu, na Romênia, tem crescido

tanto que o espaço onde eles se reúnem já não comporta tanta gente. E no verão os cultos costumam ser realizados do lado de fora. Em média, a frequência é de 40 parti-cipantes, a maioria crianças e adolescentes. Segundo o Pr. Gérson Tomaz, missionário

de Missões Mundiais no país, um novo salão de culto começou a ser construído. Mas a obra foi interrompida pelas autoridades da cidade, que identificaram algumas pen-dências na documentação. O missionário pede orações para que Deus permita que a construção seja concluída antes do inverno, que começa neste fi nal de ano na Europa.

Missão cresce na Romênia

A Frente Missionária de Pelotas, RS, liderada pelos missionários pastor

Fernando e Dagmar de Oliveira, rece-beu, entre os dias 23 e 28 de setembro, a visita do pastor Dener Geraldo Correa Gomes, da PIB de Interlagos, ES, que visitou irmãos da igreja, orou pelos moradores e conheceu as necessidades do bairro Areal. Após essa aproximação, firmou uma parceria para ajudar no

sustento da obra missionária. Com esse apoio, será mais fácil implantar projetos sociais e manter a infraestrutura neces-sária para a proclamação do evangelho. “Louvado seja Deus por essa parceria no bairro Areal. Este apoio proporcio-nará condições para que a mensagem redentora do Senhor Jesus Cristo seja levada ao povo da cidade de Pelotas”, disse pastor Fernando.

Parceria

Mais de 25 mil pessoas já receberam suas bíblias no Sul da Ásia através

do trabalho realizado pelo casal missionário de Missões Mundiais na região, Pr. Lian e Ana Godoi. Eles têm feito diversas viagens, fechando acordos com amigos para a distri-buição da Palavra de Deus e discipulando outros que já receberam suas bíblias. O povo por lá está sedento do Evangelho. Numa de suas viagens, o casal missionário

foi surpreendido por líderes locais que tinham organizado um treinamento com cerca de 20 pessoas. Ao fi nal, eles pediram ao missionário tópicos específi cos de trei-namento e seu retorno, juntamente com outros pastores, para ordenar líderes locais. Eles não têm pessoas ordenadas naquela lo-calidade. O Pr. Lian Godoi espera organizar esta viagem de ordenação e treinamento o mais breve possível.

Distribuição de bíblias

Após pouco mais de um ano de inten-sos trabalhos, o Programa Esportivo

Missionário (PEM) em Pozo Almonte, no Norte do Chile, dirigido pelo casal William e Márcia Carrilho, de Missões Mundiais, foi consolidado naquela lo-calidade e passou a ser liderado pelos nacionais Daniel, Abraão e Moisés. “Eles

estão realizando um ótimo trabalho. A igreja comprou mais bolas e, em outu-bro, foram realizados dois retiros para os alunos do projeto: um para os menores e outro para os maiores. O objetivo é espi-ritual e evangelístico, buscando começar o discipulado com alguns deles”, conta o casal missionário.

Nacionais dirigem PEM no Chile

Nos dias 24 e 25 de outubro, alunos do Centro Integrado de Educação

e Missões (CIEM) realizaram evangelis-mo pessoal e atividades com crianças do morro da Mangueira, na cidade do Rio de Janeiro. A ação aconteceu em apoio ao Projeto Esperança na Praça, que está sob a coordenação dos missionários pr. Fábio e Tatiana de Moura. Os ciemis-tas foram liderados pelo missionário evangelista Wagner Oliveira, que é fruto do Esperança na Praça na Mangueira e hoje integra o projeto. Ele foi o condutor dos alunos pelos becos da comunidade tomada pelo tráfi co de drogas. “Foi uma

Esperança na Mangueira

bênção e esperamos que estas parcerias missionárias continuem a acontecer”, concluiu pastor Fábio.

Wagner e ciemistas nos becos da Mangueira

O dia 25 de outubro foi uma data especial para a Frente Missioná-

ria do Pacaembu, em Uberaba, MG,

Batismoquando realizaram o batismo do jovem Fernando. Após três anos de trabalho pessoal e constante, em que foi ajudado a vencer as barreiras da dependência química, Fernando finalmente passou pelas águas. “É mais uma vitória de Cristo Jesus. Resultado do trabalho missionário em Uberaba. Oremos para que Deus lhe dê condições de ser, agora, instrumento para trazer outros aos pés de Cristo”, afirmou pastor Jonas Coelho da Silva. Além de desfrutar a nova vida em Cristo, Fernando casou-se com uma das jovens da igreja, dando início a uma família com bases sólidas no evangelho.

Pr. Jonas conduz Fernando às águas

O Centro Médico Batista de Assunção, no Paraguai, entidade com 56 anos de

experiência na área de saúde naquele país, está disponibilizando, em parceria com a UBLA (União Batista Latino-Americana), o Curso Internacional de Formação e Edu-cação em Clínica Pastoral, entre os meses de janeiro e março de 2010. Os interessados devem entrar em contato com o Centro pelo e-mail: [email protected]. É importante frisar que, como se trata de uma instituição paraguaia, o idioma a ser usado no e-mail deve ser o espanhol.

Curso de capelania no Paraguai

Após 20 anos dedicados à obra missio-nária, Rosa Lúcia de Freitas deixa o

campo. Nos últimos quatro anos a missio-nária esteve envolvida na plantação de uma igreja no Parque das Nações, bairro de classe alta em Lisboa. Rosa Lúcia trabalhou no arquipélago dos Açores, onde lecionou no Seminário Batista e dirigiu o departamento de Missões da Associação Batista Açoreana por 10 anos. Outro privilégio foi passar a direção da Igreja Batista da Praia da Vitória para um obreiro da terra. Ela deixa o campo para cuidar de seus pais que se encontram

Despedida em Portugalem idade avan-çada, com a es-perança de que outros vocacio-nados se levan-tem para dar continuidade à evangelização de Portugal . “Foram os 20 anos mais bem investidos e gratifi cantes. Vou continuar fazendo mis-sões de outra forma até o fi nal da minha vida”, diz a missionária.

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Mobilização MissionáriaMais igrejas são

impactadas através do Desperta pelo

Brasil

Congressos incentivam batistas à realização da obra missionária

No mês de outubro, os congressos Desperta pelo Brasil chegaram à região Sudeste, impactando igre-

jas do Rio de Janeiro e Minas Gerais. As edições fl uminense e carioca acontece-ram em Campos dos Goytacazes e na Ilha

do Governador, onde milhares de pesso-as foram levadas a uma refl exão profunda sobre o que é dar a vida pelos perdidos. Já

a mineira foi realizada em Belo Horizon-te, em clima de grande regozijo pelo que Deus tem feito na Pátria.

Recuar jamaisEm Minas Gerais, o Desperta pelo

Brasil foi sediado na Igreja Batista do Barro Preto. A programação

aconteceu nos dias 16 e 17 de outubro, sendo baseada no tema Por ti, darei mi-nha vida. Na ocasião, os participantes

foram incentivados à prática do evange-lismo pessoal, contribuindo assim para a conquista da Pátria. Pr. Fernando Bran-dão, em sua mensagem, defendeu a má-xima “avançar sempre” e justifi cou: “O evangelho não chegou a muitos lugares a

que as drogas, por exemplo, já chegaram. Precisamos vencer esta guerra”.

Os apelos dos campos também che-garam aos pequeninos. De maneira con-textualizada, a Igreja Batista do Barro Preto realizou o Desperta infantil. Sob a

coordenação da irmã Miriam Lemos e o animado grupo musical “Turma do Lu”, as crianças tiveram plantado nos corações um espírito missionário para que, desde já, possam testemunhar acerca da salva-ção, aprimorando valores cristãos.

Imersão missionária

Igreja repleta no Desperta em Campos dos Goytacazes

O Desperta pelo Brasil em Campos dos Goytacazes aconteceu nos dias 2 e 3 de outubro, na Segun-

da Igreja Batista de Campos – pastor Éber Silva. Após um momento de celebração e testemunhos missionários, pastor Fernan-do Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, desafi ou os batistas a “marcha-rem, avançarem, seguirem avante rumo à conquista” de almas para Cristo. Alertando os presentes sobre os cuidados necessá-rios para o progresso do Reino, disse que a obra missionária só poderá ser realiza-da pela dependência total de cada crente do Espírito Santo. No café da manhã com

pastores, realizado no sábado, o diretor mostrou a importância de um posiciona-mento estratégico da liderança para que a denominação avance. Mais de 80 pastores marcaram presença nesse dia.

Ao fi m da programação, o gerente re-gional de Missões Nacionais para o RJ, pastor Cleber Souza, comentou que “os congressistas saíram glorifi cando a Deus pelas palavras motivadoras que ouviram”. O pastor Éber Silva, agradecendo a Deus pelos dias de imersão missionária, con-cluiu: “Estamos ainda impactados por vivermos tamanha alegria, grandes desa-fi os, excelentes informações da obra mis-

sionária e pelo fato de sabermos que tudo isso aconteceu por intermédio de uma ministração com gente nossa, gente do nosso time denomina-cional, gente de primeira linha e que está na li-nha de frente da evangelização da nossa Pátria”.

Despertando para a Ação SocialApesar da chuva que caía, a Igreja

Batista de Tauá – pastor Josué Valandro – recebeu nos dias 10

e 11 de outubro um bom número de pes-soas interessadas em conhecer as neces-sidades dos campos. Os testemunhos e mensagens comoveram os participantes, fazendo com que houvesse uma tomada de decisão por missões, como foi o caso de uma irmã de Fortaleza, que esteve no congresso. Após ouvir o apelo feito pelo gerente executivo de Planejamento e Es-tratégia, Davidson Freitas, foi à frente, confi rmando sua chamada missionária.

Os apelos também proporcionaram respostas rápidas às necessidades dos campos. Após participar da ofi cina de Ação Social do Desperta pelo Brasil, um

Estevão apresenta equipamentos doados ao Esperança na Praça Apoteose no Desperta da IB de Tauáirmão viabilizou a doação de equipamen-tos odontológicos ao projeto Esperança

na Praça, no Rio de Janeiro. As doações vieram da IB da Freguesia, que enviou,

entre outros objetos, uma cadeira odon-tológica e um condicionador de ar.

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Mobilização MissionáriaCearenses são desafi ados à prática de evangelização e discipulado de surdos

O Ministério com Surdos da Junta de Missões Nacionais realizou, nos dias 09 e 10 de

outubro, em Fortaleza, CE, o Congres-so de Evangelização e Discipulado de Surdos. A programação, que nasceu do desejo de motivar as igrejas a evan-gelizar e discipular surdos da região, aconteceu no Colégio Batista Santos Dumont.

O evento, que contou com o apoio logístico da Convenção Batista Cea-rense (CBC), reuniu membros de 10 igrejas evangélicas da região. A pa-lavra de boas-vindas ficou por conta da liderança da CBC – representada pelo presidente pastor Paulo Sérgio de Souza, o executivo, pastor Párme-nas Pereira Coelho e a coordenadora de Missões e Ensino da CBC, Sâmia Oliveira de Castro. A direção ficou a cargo dos voluntários surdos de Missões Nacionais, que conduziram a programação de maneira peculiar à cultura da comunidade surda. Na ocasião, o missionário Esdras Paixão testemunhou sobre as maravilhas que Deus tem feito aos surdos de Itabaia-na, SE.

Segundo Sâmia, o congresso che-gou em boa hora, já que as igrejas ba-tistas cearenses estão desejosas em aprofundar-se na evangelização dos surdos. “Hoje em nossas celebrações e nas demais atividades missionárias, já

temos um grupo de irmãos que sem-pre estão dispostos a interpretar o cul-to e apresentar peças evangelísticas em Língua de Sinais”, diz. Ela aponta ainda que receber o congresso era um sonho antigo, já que percebia o quan-to as igrejas precisavam de uma estra-tégia direcionada. Essa necessidade pôde ser comprovada no congresso, por meio de depoimentos de jovens que estudavam a Língua Brasileira de Sinais, mas não sabiam como iniciar um ministério com surdos.

Para o pastor Pármenas Coelho, o congresso foi uma ferramenta de des-pertamento de líderes para esse traba-lho específico. Segundo ele, o congres-so foi um desafio feito por Deus para assumirem um compromisso de “nos empenhar intercedendo, contribuin-do e enviando pessoas para trabalhar nesta seara”. “Deus com certeza será engrandecido por intermédio dos mis-sionários em Libras que surgirão no nosso estado e agradecemos a Ele por essa experiência que nos foi propor-

cionada”, comentou. Pastor Paulo Sér-gio completou a palavra do executivo, afirmando que a programação abriu os olhos para “a carência por missionários treinados, ao mesmo tempo a realida-de de milhares de almas no estado do Ceará sedentas do amor de Deus, dis-criminadas por não serem ouvintes, muitas excluídas por falta de compre-ensão, atenção e carinho”, e frisou que não há como tomar outro rumo senão o de atender o chamado de Deus, al-cançando os surdos.

Segundo a coordenadora do Minis-tério com Surdos de Missões Nacio-nais, Marília Moraes Manhães, há mais de 71.400 surdos em Fortaleza e, diante desse índice, os cearenses deram uma resposta positiva. “No último culto tive-mos a resposta da maioria dos congres-sistas tomando uma decisão para fazer esta obra missionária”, comentou.

O congresso, somado a outras clíni-cas de capacitação e o Alcance Surdos em Juazeiro, previstos para o próximo ano, farão parte da estratégia da JMN e CBC para o avanço de plantação de igrejas que trabalhem com metas in-clusivas para surdos, formando líderes que assumam esse trabalho. “É cons-cientizar a todos que o surdo também precisa do evangelho e que necessita urgentemente ser acompanhado, dis-cipulado e ser mais um na propagação do evangelho”, finalizou Sâmia.

Congresso incentiva batistas a investirem no ministério com surdos

Participantes consagram suas vidas para a obra de evangelização de surdos

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Mobilização MissionáriaJá foram visitadas

mais de 20 igrejas, em cerca de 10 cidades,

e foram treinadas centenas de pessoas

Em comemoração ao seu 2º aniversário, a Igreja Batista Orla Rio, Zona Sul do Rio

de Janeiro, realizou, no dia 25 de outubro, no Aterro do Flamengo, várias atividades esportivas e evangelísticas para crianças. O evento contou com a parceria de alu-nos do curso de Formação Missionária no Seminário Batista do Sul do Brasil, e foi dirigido pelo missionário Pr. Marcos Gra-va, coordenador do Programa Esportivo Missionário (PEM).

O evento, denominado Kids Games Rumo a 2016, alusivo às olimpíadas que acontecerão no Rio de Janeiro, foi o primeiro desse tipo realizado na cidade. Foram cadastradas cerca de 60 crianças e, embora o número pareça inexpressivo quando comparado a outras comunidades, para aquela região foi uma grande assis-tência. As crianças, após receberem uma

A Associação Batista Primeiro Cen-tenário, que reúne igrejas de Nova

Iguaçu e Belford Roxo, municípios da Baixada Fluminense, enviou um grupo de 24 voluntários, incluindo seis pastores, para participar da Campanha Evangelísti-ca Hay Vida em Jesús (Há Vida em Jesus) promovida pela Associação de Igrejas Batistas Unidas em Cristo do Paraguai. A viagem aconteceu no período de 14 a 20 de setembro.

De acordo com o Pr. Carlos Henrique de Carvalho Medeiros, um dos líderes da caravana e pastor da PIB Jardim Boa Espe-rança em Nova Iguaçu/RJ, a campanha de evangelização alcançou a marca de 1.375 conversões a Cristo, para a honra e glória de Deus. “Foi um grande desafi o para nós, levar um grupo de brasileiros nesse projeto missionário; muitos, com medo da Gripe H1N1 (ou “Suína”), não viajaram. Porém

A Igreja Batista Missão Vida em Taboão da Serra, São Paulo, tem

apoiado o trabalho de igrejas batistas em Oruro, Potosi e Cochabamba, na região andina da Bolívia, através do Projeto de Apoio à Igreja (PAI). Victor Hugo Ra-mallo é o pastor da igreja em Taboão da Serra e criador do projeto, que tem por objetivo levar pastores brasileiros para ministrar treinamentos aos líderes batis-tas bolivianos.

Em 2005, o Pr. Victor, que é fi lho de

pulseira, foram separadas por faixa etária, em delegações, carregando a bandeira de seu respectivo país. O plano de salvação foi apresentado aos pequeninos pelos missio-nários e, ao fi nal, o Pr. Tiago Lincoln, pastor da IB Orla Rio, orou agradecendo a Deus pelo maravilhoso encontro.

A partir de agora, as famílias das crian-ças serão contactadas e trabalhadas pela equipe da IB Orla Rio que, nas manhãs de domingos, se reúne em um salão de convenções na Praia de Botafogo, também na Zonal Sul carioca. Segundo pesquisas, somente nesse bairro, apenas 1,5% dos moradores são evangélicos, sendo uma verdadeira “Janela 10/40” no Rio de Janeiro! “Mais uma vez foi confi rmado que o Evan-gelho, proclamado através do esporte, tem a capacidade de atrair pessoas”, fi naliza o Pr. Tiago Lincoln.

Kids Games no Aterro do Flamengo

Igrejas fl uminenses visitam o Paraguai

o Senhor de missões falou ao meu coração para não desanimarmos. E os resultados comprovam que valeu a pena enfrentar os desafi os”, diz o Pr. Carlos.

Viagens missionárias como essa são rotina para os membros das igrejas daquela Associação. Em 2007, um grupo com repre-sentantes de quatro igrejas associadas esteve no Paraguai para a organização de uma igre-ja. “Temos apoiado, nos últimos anos, a obra missionária no Paraguai. Através de quatro igrejas da nossa Associação (PIB Jardim Boa Esperança, PIB Santa Rita, Igreja Batista em Rancho Fundo e PIB Jardim Corumbá), em dezembro de 2007 organizamos a Primeira Igreja Batista em Arroyos e Esteros no Paraguai. Nossos laços fraternais e apoio missionário têm aumentado ao longo dos anos”, fi naliza o Pr. Carlos Medeiros, que é 2º Vice-Presidente da Associação Batista Primeiro Centenário.

bolivianos, sentiu o desejo de levar a men-sagem do Evangelho aos patrícios daquela nação. Reuniu-se com sua família e a igreja que pastoreava na época e decidiram criar um projeto que ajudasse o ministério das igrejas na Bolívia. A partir daquele ano, o Pr. Victor passou a contatar a liderança da União Batista Boliviana. Junto com o executivo do Ministério de Evangelismo e Missões daquela convenção, Pr. Jhonny Orozco, foi esboçado o rascunho das atividades e o cronograma de execução.

Entre as ações, uma caravana de líderes brasileiros para iniciar o treinamento e a capacitação dos líderes das igrejas batistas bolivianos.

Anualmente, desde 2006, a igreja ministra treinamentos em diversas áreas às lideranças batistas bolivianas. Já foram visitadas mais de 20 igrejas, em cerca de 10 cidades, e foram treinadas centenas de pessoas. A previsão da igreja ainda para este ano é, além de atender as três cidades citadas, alcançar o sul da Bolívia.

Igreja apoia trabalho na Bolívia

Irmãos da Associação Batista Primeiro Centenário que foram ao Paraguai

Evento da IB Orla Rio atraiu muitas crianças

Pr. Victor Hugo (de óculos) coordenador do Projeto PAI

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Mobilização MissionáriaA PIB de Dois Unidos, em Recife/PE, realizou torneio de futebol para agitar a Campanha da JMM na igreja

Uma caravana com 40 voluntários brasileiros seguiu para o Haiti, entre o fi nal de junho e o início

de julho deste ano, a fi m de apoiar a obra missionária no país e também para prestar atendimentos nas áreas de saúde, educa-ção, esportes, entre outras. Durante 12 dias o grupo coordenado pelos pastores Mayrinkellison Wanderley (Coordenador dos missionários da JMM para as Amé-ricas) e Marcos Grava (Coordenador do PEM – Programa Esportivo Missionário) visitou e ajudou o trabalho de igrejas na capital Porto Príncipe e em algumas cida-des do interior, contabilizando mais de mil contatos e uma centena de conversões.

Contudo, a maior conquista de quem esteve no Haiti foi constatar a transfor-mação de suas próprias vidas após aquela experiência. Passados alguns meses desde a viagem, os voluntários, de várias denomi-nações, demonstram que a mudança foi, de fato, profunda e, também, para as igrejas onde congregam, que apoiaram a viagem missionária.

Sua igreja é uma “igreja missionária”? Daquelas que enviam vocacionados aos campos ou apoiam viagens mis-

sionárias a países onde atuam missionários brasileiros através da Junta de Missões Mundiais? Os líderes estão preocupados em passar aos membros as necessidades dos povos que não conhecem a Cristo? O Departamento ou Ministério de Missões atua durante todo o ano e não somente nos períodos de campanha?

Se a sua igreja vive Missões intensa-mente, escreva para Missões Mundiais

Uma experiência transformadoraFoi o que aconteceu com a voluntária

Rita de Cássia Garcia, da igreja Ministério Internacional Torre Forte, em São Paulo. Assim que retornou do Haiti, Rita partici-pou de um congresso missionário em sua igreja e, com seu testemunho, relatando o que viveu naquela viagem, ajudou a des-pertar sua igreja. “A cada igreja haitiana que visitávamos era possível notar a sede das pessoas por Deus. Na última, vi uma menina de 10 anos louvando ao Senhor com tanta alegria que, confesso, chorei copiosamente. Que possamos, a cada dia mais, ser embaixadores de Cristo, tocando nações com nossos pés e nossas orações”, diz a voluntária.

Nathália Pacheco, membro da PIB de Ribeirão Preto, em São Paulo, nunca havia participado de um projeto missionário desse porte. E muito menos em um con-texto como o do Haiti, um país envolto na miséria tanto material quanto espiritual. Mesmo assim, a voluntária garante que as marcas que trouxe de volta ao Brasil trans-formaram para sempre a sua vida. “O que

mais me tocou foi sentir o Senhor usar a minha vida para transmitir o Seu amor por aquele povo”, relata, ressaltando ainda que havia estudado francês durante três anos, sem muito propósito. “Achava o idioma bonito, mas hoje vejo que, na verdade, o Senhor já havia preparado tudo para a viagem ao Haiti. Esta viagem representou um amadurecimento espiritual para mim e foi um divisor de águas; não posso me preocupar apenas com a minha salvação e decidi que levarei a amor de Deus aos confi ns da Terra”.

Os propósitos de Deus para a vida da voluntária Luana Paula, da Igreja do Evan-gelho Quadrangular em Parque São Bento, no Rio de Janeiro, fi caram, segundo ela, mais claros após a viagem ao Haiti. Inclu-sive seu chamado missionário. “Creio que esse tempo foi mais uma forma de Deus confi rmar o meu chamado, e mostrar o quanto tem que ser feito pelo Haiti. Após a viagem, meus laços com aquela nação

se fi zeram cada vez mais fortes, nascendo assim uma proposta de voltar ao Haiti em 2010, para passar um ano como voluntária temporária”, conta Luana. Assim que o convite foi formalizado, ela reuniu-se com seu pastor e ambos aceitaram o desafi o. “A resposta dele foi ‘Arrume as malas e vá para o Haiti em 2010’! Algumas pessoas me chamam de louca por estar feliz em passar um ano em um lugar feio, sujo e ainda por cima satanista. Mas eu respondo que não tem importância, pois caso morra estarei fazendo o que eu gosto: servir a Cristo com minha vida”, fi naliza, emocionada, a voluntária.

Estes e muitos outros testemunhos de voluntários, que compuseram a caravana ao Haiti e para outros países em 2009, ser-vem de ilustração do agir de Deus através dessa estratégia e inspiram muitos outros que, indecisos sobre o que fazer, necessitam de um incentivo para entregar suas vidas em favor da obra missionária.

Queremos mostrar as “igrejas missionárias”contando suas experiências e testemunhos missionários. Envie relatórios de viagens aos campos, fotos de campanhas, depoi-mentos marcantes... Aproveite a chegada de mais uma Campanha de Missões Mun-diais e conte, aqui no Jornal de Missões, o que a sua igreja está fazendo para levar Cristo aos confi ns da terra.

Escreva para [email protected] ou para Rua Senador Furtado, nº 71 – Praça da Bandeira – Rio de Janeiro/RJ – CEP: 20270-021, aos cuidados da Redação.

Parte da equipe que esteve no Haiti

Voluntários esbanjam animação no embarque para a missão no Haiti

A PIB de Dois Unidos, em Recife/PE, realizou torneio de futebol para agitar a Campanha da JMM na igreja

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Jornal de MissõesNovembro/Dezembro • 2009 24

Institucional

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