jornal da frente #todos pela democracia

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A Frente #TodosPelaDemocracia é for- mada por todos que têm interesse em de- fender a legitimidade da democracia. O lançamento da frente aconteceu no dia 14 de julho em um ato suprapartidário que contou com a participação da CUT,CTB, CMP, Consulta Popular, FLM, UMM, juris- tas, estudantes, artistas, intelectuais e lí- deres religiosos. Entre os partidos políticos presentes estavam: PC do B, PT, PCO e PDT. A característica da frente é plural e ampla e visa dialogar com a sociedade sobre a im- portância de estarmos unidos e engajados em prol da defesa do Estado democrático de direito e da legitimidade do processo elei- toral. A ideia é unir todos em prol do que foi conquistado com muita luta e garantir que a redemocratização do país, conquistada há apenas 30 anos, seja mantida. Todos brasileiros estão convidados a par- ticipar das atividades da frente que estarão disponíveis nas redes sociais. O ato em defesa da Democracia, o even- to de lançamento da frente aconteceu no auditório da Uninove Vergueiro e contou com mais de mil pessoas. Em agosto a frente realizará uma jornada de atividades cham- ada “Agosto Pela Democracia”. O grande ato de rua acontecerá no dia 20 de agosto. Programe-se!!! Todos Pela Democracia A democracia está em risco! Direita não aceita derrota e quer ganhar no tapetão ELES SÃO CONTRA O GOLPE. E VOCÊ? Desde quando foi anunciado o resultado da eleição que consagrou a vitória da presidenta Dilma Rousseff, a direita, capitaneada pelo PSDB de Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, com apoio da mídia, bombardeia diariamente sua casa com notícias de que o país está à beira de um caos. Quando aparece na tv, rádio, whatsapp aquelas mensagens que o convidam para passeatas sobre impeachment, você já pensou o porquê querem derrubar a presidente? Quem está por traz do golpe que está armado? É a turma do quanto pior a situação brasileira, melhor. A turma dos que não têm propostas para a crise econômica que afeta dezenas de países e quer que você acredite que essa é uma crise da esquerda, dos partidos que apoiam a presidente Dilma, dos sindicatos e dos movimentos sociais. Por mais bonzinhos que eles, PSDB e sua turma (que tem gente da mídia, do judiciário e banqueiros), tentão parecer, na verdade eles querem o impeachment. Assim terão o caminho livre para impor à população o que o governador Beto Richa fez no Paraná, quando tirou sangue dos professores e servidores públicos ao colocar a polícia para reprimir brutalmente os trabalhadores que lutavam por seus direitos. É essa a democracia que eles querem. Defendem a privatização da Petrobrás, como já comprovou o senador José Serra, que quer alterar o modelo de exploração do Pré-Sal para que empresas estrangeiras possam enfiar as mãos em nosso petróleo. Querem que o governo faça mais ajuste fiscal, como foi pronunciado por diversos deputados, dizendo que “essas medidas econômicas são pífias e que o ajuste deve ser maior”. Querem que o Brasil se torne o paraíso dos banqueiros e dos rentistas que não geram emprego e vivem de juros. Querem que o trabalhador não tenha vez. Que a precarização e retirada de seus direitos paguem a conta de se enfrentar uma crise que é mundial. O que realmente incomoda o PSDB e a elite golpista é saber que 80% dos 35 milhões de brasileiros que ascenderam socialmente na última década são negros, que o acesso à universidade passou a ser realidade para milhões de jovens da periferia através do Prouni, que andar de avião não é só para os ricos, que aumento real de salários é bom pra economia e não causa inflação, que pode, sim, financiar casa própria para o trabalhador. O golpe não é por conta da crise econômica ou por combate à corrupção. O golpe é contra a emancipação social e econômica do povo brasileiro. A nossa democracia é muito nova. Há apenas 30 anos estávamos ocupando as praças e ruas levantando a bandeira das Diretas Já!. Continuamos nas ruas para defender o Estado Democrático de Direito, mas acima de tudo, defender o Brasil. Vem com a gente! Dia 20 de agosto, às 17h, no Largo da Batata em Pinheiros. LECI BRANDÃO PEDRO CARDOSO GILBERTO GIL JOSÉ DE ABREU PAULO BETTI MARIETA SEVERO

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A Frente #TodosPelaDemocracia é formada por todos que têm interesse em defender a legitimidade da democracia em nosso país. O lançamento da frente aconteceu no dia 14 de julho em um ato suprapartidário que contou com a participação da CUT, CTB, CMP, Consulta Popular, FLM, UMM, juristas, estudantes, artistas, intelectuais e líderes religiosos. Entre os partidos políticos que estiveram presentes estavam o PT, PCdoB, PCO e PDT. A característica da frente é plural, ampla e visa dialogar com a sociedade sobre a importância de estarmos unidos e engajados em prol da defesa do estado democrático de direto e da legitimidade do processo eleitoral que elegeu nossa presidente. A ideia é unir todos em prol do que foi conquistado com muita luta e garantir que a redemocratização do país, conquistada há 30 anos, seja mantida. Todos (as) brasileiros estão convidados (as) a participar das atividades da frente que estarão disponíveis nas redes sociais.

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Page 1: Jornal da Frente #Todos Pela Democracia

A Frente #TodosPelaDemocracia é for-mada por todos que têm interesse em de-fender a legitimidade da democracia.

O lançamento da frente aconteceu no dia 14 de julho em um ato suprapartidário que contou com a participação da CUT,CTB, CMP, Consulta Popular, FLM, UMM, juris-tas, estudantes, artistas, intelectuais e lí-deres religiosos. Entre os partidos políticos presentes estavam: PC do B, PT, PCO e PDT.

A característica da frente é plural e ampla e visa dialogar com a sociedade sobre a im-portância de estarmos unidos e engajados em prol da defesa do Estado democrático de direito e da legitimidade do processo elei-toral. A ideia é unir todos em prol do que foi conquistado com muita luta e garantir que a redemocratização do país, conquistada há apenas 30 anos, seja mantida.

Todos brasileiros estão convidados a par-ticipar das atividades da frente que estarão disponíveis nas redes sociais.

O ato em defesa da Democracia, o even-to de lançamento da frente aconteceu no auditório da Uninove Vergueiro e contou com mais de mil pessoas.

Em agosto a frente realizará uma jornada de atividades cham-ada “Agosto Pela Democracia”. O grande ato de rua acontecerá no dia 20 de agosto. Programe-se!!!

Todos Pela Democracia A democracia está em risco! Direita não aceita derrota e quer ganhar no tapetão

ELES SÃO CONTRA O GOLPE. E VOCÊ?

Desde quando foi anunciado o resultado da eleição que consagrou a vitória da presidenta Dilma Rousseff, a direita, capitaneada pelo PSDB de Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, com apoio da mídia, bombardeia diariamente sua casa com notícias de que o país está à beira de um caos.

Quando aparece na tv, rádio, whatsapp aquelas mensagens que o convidam para passeatas sobre impeachment, você já pensou o porquê querem derrubar a presidente? Quem está por traz do golpe que está armado?

É a turma do quanto pior a situação brasileira, melhor. A turma dos que não têm propostas para a crise econômica que afeta dezenas de países e quer que você acredite que essa é uma crise da esquerda, dos partidos que apoiam a presidente Dilma, dos sindicatos e dos movimentos sociais.

Por mais bonzinhos que eles, PSDB e sua turma (que tem gente da mídia, do judiciário e banqueiros), tentão parecer, na verdade eles querem o impeachment. Assim terão o caminho livre para impor à população o que o governador Beto Richa fez no Paraná, quando tirou sangue dos professores e servidores públicos ao colocar a polícia para reprimir brutalmente os trabalhadores que lutavam por seus direitos. É essa a democracia que eles querem.

Defendem a privatização da Petrobrás, como já comprovou o senador José Serra, que quer alterar o modelo de exploração do Pré-Sal para que empresas estrangeiras

possam enfiar as mãos em nosso petróleo. Querem que o governo faça mais ajuste

fiscal, como foi pronunciado por diversos deputados, dizendo que “essas medidas econômicas são pífias e que o ajuste deve ser maior”.

Querem que o Brasil se torne o paraíso dos banqueiros e dos rentistas que não geram emprego e vivem de juros.

Querem que o trabalhador não tenha vez. Que a precarização e retirada de seus direitos paguem a conta de se enfrentar uma crise que é mundial.

O que realmente incomoda o PSDB e a elite golpista é saber que 80% dos 35 milhões de brasileiros que ascenderam socialmente na última década são negros, que o acesso à universidade passou a ser realidade para milhões de jovens da periferia através do Prouni, que andar de avião não é só para os ricos, que aumento real de salários é bom pra economia e não causa inflação, que pode, sim, financiar casa própria para o trabalhador.

O golpe não é por conta da crise econômica ou por combate à corrupção. O golpe é contra a emancipação social e econômica do povo brasileiro.

A nossa democracia é muito nova. Há apenas 30 anos estávamos ocupando as praças e ruas levantando a bandeira das Diretas Já!. Continuamos nas ruas para defender o Estado Democrático de Direito, mas acima de tudo, defender o Brasil.

Vem com a gente! Dia 20 de agosto, às 17h, no Largo da Batata em Pinheiros.

LECI BRANDÃO

PEDROCARDOSO

GILBERTOGIL

JOSÉ DE ABREU

PAULO BETTI

MARIETASEVERO

Page 2: Jornal da Frente #Todos Pela Democracia

Os “panelaços” de ontem e hoje

No passado, era o povo pobre lutando contra a carestia que esvaziava as panelas na ditadura. Hoje muitos estão de barriga cheia batendo panelas ‘gourmet’, mas nem sabem o motivo...

No período da ditadura, o “milagre econômico” do regime militar fez a indústria brasileira crescer, mas sem distribuição de renda e à custa de muito dinheiro emprestado no exterior, deixando o país endividado, com custo de vida altíssimo e inflação de até 80% no final dos anos 1970.

Vendo suas famílias sem sequer ter condições de se alimentar, um grupo de mulheres criou, em 1975, o Movimento do Custo de Vida, transformado em Movimento contra a Carestia em 1979, e elas iam às ruas engajando a população para protestar contra a panela vazia.

Hoje, o Brasil mudou e o “panelaço” também. Muitos dos paneleiros são pessoas de barriga cheia que protestam contra o governo federal, outras vão às ruas

20 de Agosto - Ato de Rua em defesa da Democracia com a população.Participam: CUT, CTB, CSB, CMP, FLM, MST, MTST, UMM, UNE, UBES, UJS, JPT, AJR, CONAN, PT, PCdo B, PDT, PCO e outros A partir das 17 horas Concentração: Largo da Batata - Pinheiros

07 de Agosto - Plenária do Fórum dos Movimentos Sociais.Análise de Conjuntura com o líder do MST João Pedro Stédile e com a deputada estadual Leci Brandão

16 de Agosto – Jornada pela DemocraciaHorário: 13h às 20hLocal: Quadra do Sindicato dos Bancários End: Rua Tabatinguera, 195Próximo ao Metrô Sé

24 de Agosto - Congresso Nacional do PDT - Movimento Sindical; Movimento de Memória, Cultura e Sociedade - e da Juventude Socialista.(mais informações em breve)

01 de Setembro - Lançamento do Memorial da Democracia (promovido pelo Instituto Lula)Local: Sindicato dos metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo. (mais informações em breve)

07 de SetembroGrito dos Excluídos(mais informações em breve)

Acompanhe a agendaatualizadaem nossa página:facebook.com/todospelademocracia

AGENDA AGOSTO PELA DEMOCRACIA

O ano de 2015 faz lembrar uma data redonda: 30 anos do fim da ditadura militar e o início da reconstrução da democracia pelos brasileiros. Em 1985 assumiu o primeiro presidente civil, depois de um regime autoritário que, durante 20 anos, privou nosso povo da liberdade de opinião e manifestação, concentrou renda nas mãos dos mais ricos, desmantelou o ensino público, perseguiu opositores nos sindicatos, na imprensa, na igreja, nas universidades, censurou a criação artística e cultural e o livre pensamento, arrochou salários, e mentiu, sequestrou, torturou e assassinou covardemente.

Nada disso impediu que muitos, ao custo do exílio, do sofrimento pessoal e familiar, alguns com o sacrifício da própria vida, tenham resistido. Ao mesmo tempo, vale recordar que, no ano passado, o golpe militar de 64 e o início do pesadelo da ditadura completaram 50 anos. Temos, assim, duas datas muito significativas que obrigam a pensar seriamente no tempo presente. No Brasil que temos e no Brasil que queremos. Afinal, o que esses fatos e períodos mais ou menos distantes têm a ver com a gente nos dias de hoje? Infelizmente, tem tudo a ver. Em 1964 havia também muita confusão política, protestos e denúncias de todo tipo.

Havia muita gente de boa fé que, como hoje, saem às ruas para se manifestar desejando, sinceramente, o melhor para o País. Mas também, como hoje, havia muitos outros mais poderosos e influentes que, pegando carona na insatisfação alheia, queriam virar a mesa, calar a então jovem democracia brasileira, impedir os avanços sociais e políticos. Deu no que deu: o então presidente eleito João Goulart foi derrubado pelos militares e a ditadura se instalou por 20 anos.

Hoje, vivemos numa sociedade democrática, com meios de comunicação sofisticados, com redes sociais que não existiam naquela época que funcionam (para o bem e para o mal), com a liberdade que somente a democracia garante. Mas os interesses em jogo não são tão diferentes assim de 50 anos atrás. Há os que querem mais liberdade, justiça, bem-estar e direitos sociais. E há os que querem exatamente o contrário, inconformados com um Brasil no qual todos votam e decidem livremente o que é melhor para a maioria. Defender a democracia nos dias atuais não significa desconhecer abusos, tolerar eventuais crimes ou passar a mão na cabeça de corruptos. Quem errou, se errou, que seja julgado e pague, dentro da lei. Aliás, como deve ser feito e tem sido feito até

e nem sabem o motivo, e as manifestações viraram micaretas, num carnaval fora de época que só prejudica a nação.

Tem até patrão levando empregada para bater panela gourmet! Deve ser para não cansar o braço da patroa, não é mesmo?

É fato que mudanças são necessárias para que o país continue no caminho do desenvolvimento e para que a política – e os políticos – representem mais a vontade da população. Mas é preciso reconhecer que é graças à estabilidade econômica, com mais justiça social e distribuição de renda, que o Brasil tomou o rumo do crescimento – tudo conquistado nos últimos 12 anos, e não por governos do passado que só afundaram o país e nunca encheram as panelas do povo.

Vale lembrar que nossa liberdade de expressão para protestar e bater panela, cheia ou vazia, só é possível porque conquistamos, com muita luta, algo fundamental em qualquer nação: a democracia. Por isso, golpismo não!

Avançar mais 30 ou recuar 50?

agora; e, como sempre, é bom lembrar, não era feito em governos anteriores recentes. Muita coisa precisa ser mudada. Resta saber se essas mudanças que todos nós queremos passam por aprofundar e aperfeiçoar o regime democrático, sem abrir mão de nada do que foi construído nos últimos 30 anos ou, por outro lado, recuar 50 anos como querem aqueles que defendem, de forma descarada ou disfarçadamente, o autoritarismo e a intolerância.

Por isso, acima de partidos e de pessoas, de preferências e de opiniões, devemos dizer não a qualquer tentativa de golpe.