jornal chapa1 historia uff 2014

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Jornal Chapa 1 | Pág. 1 CHAPA 1 AqUi DoIs PaPoS NÃO Se CrIa NeM FaZ HiStÓRiA Olá Historiadoras e Historiadores, É chegada a hora de mais uma eleição do nosso Centro Acadêmico. É no calor dos debates que cerceiam esse momento que nos apresentamos a vocês. A chapa “Aqui dois papos não se cria nem faz história” surge da for- ma mais horizontal, a partir de rodas de conversas abertas que aglutinaram es- tudantes – dos mais calouros aos mais veteranos – que pensaram e formula- ram juntos um projeto de gestão para o CAHis. Aqueles que se reúnem em torno de nossas ideias buscam a ma- nutenção de um Centro Acadêmico aberto, construído com muita mobiliza- ção e sintonizado com a realidade dos estudantes e das lutas. Com autono- mia para lutar por nossos interesses, não possuímos nenhum atrelamento com departamentos, governos e reito- rias. COMO FUNCIONA O MODELO DE GESTÃO QUE DEFENDEMOS? Entendemos que a melhor forma de gestão é aberta, pois acreditamos que assim se garante a democracia direta e irrestrita, onde todos os estudantes te- nham o direito à voz, voto e participação em todos os fóruns do Centro Acadêmi- co de História. Esse modelo de gestão implica na au- to-representação dos estudantes do curso e funciona através da organiza- ção dos Grupos de Trabalho (GT’s). Os GT’s são estruturados de forma horizontal para garantir a participa- ção de qualquer estudante que queira contribuir na organização de atividades ao longo da gestão, proporcionando o dinamismo das atividades a serem construídas. Desse modo, temos como ponto de convergência entre os grupos as reuniões do Centro Acadêmico. QUEREMOS TRABALHAR PARA QUE OS ESTUDANTES PARTICIPEM CADA VEZ MAIS DO CAHIS! Nesse sentido, listamos abaixo os GT’s que construímos e incentivamos: GT de Cultura e Esporte – para arti- cular iniciativas de eventos esportivos, organização de choppadas, saraus de poesia, etc. ChApA 1 – ElEiçõeS CeNtRo AcAdêmIcO dE HiStórIa – GeStão 2014-2015 ElEiçõeS - 6, 7 e 8 dE mAiO

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Jornal Chapa1 Historia UFF 2014

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Jornal Chapa 1 | Pág. 1

CHAPA 1AqUi DoIs PaPoS

NÃO Se CrIa

NeM FaZ HiStÓRiA

Olá Historiadoras e Historiadores,É chegada a hora de mais uma eleição do nosso Centro Acadêmico. É no calor dos debates que cerceiam esse momento que nos apresentamos a vocês. A chapa “Aqui dois papos não se cria nem faz história” surge da for-ma mais horizontal, a partir de rodas de conversas abertas que aglutinaram es-tudantes – dos mais calouros aos mais veteranos – que pensaram e formula-ram juntos um projeto de gestão para o CAHis. Aqueles que se reúnem em torno de nossas ideias buscam a ma-nutenção de um Centro Acadêmico aberto, construído com muita mobiliza-ção e sintonizado com a realidade dos estudantes e das lutas. Com autono-mia para lutar por nossos interesses, não possuímos nenhum atrelamento com departamentos, governos e reito-rias.COMO FUNCIONA O MODELO DE GESTÃO QUE DEFENDEMOS?Entendemos que a melhor forma de gestão é aberta, pois acreditamos que assim se garante a democracia direta e irrestrita, onde todos os estudantes te-

nham o direito à voz, voto e participação em todos os fóruns do Centro Acadêmi-co de História.

Esse modelo de gestão implica na au-to-representação dos estudantes do curso e funciona através da organiza-ção dos Grupos de Trabalho (GT’s). Os GT’s são estruturados de forma horizontal para garantir a participa-ção de qualquer estudante que queira contribuir na organização de atividades ao longo da gestão, proporcionando o dinamismo das atividades a serem construídas. Desse modo, temos como ponto de convergência entre os grupos as reuniões do Centro Acadêmico.

QUEREMOS TRABALHAR PARA QUE OS ESTUDANTES PARTICIPEM CADA VEZ MAIS DO CAHIS!Nesse sentido, listamos abaixo os GT’s que construímos e incentivamos:

GT de Cultura e Esporte – para arti-cular iniciativas de eventos esportivos, organização de choppadas, saraus de poesia, etc.

ChApA 1 – ElEiçõeS CeNtRo AcAdêmIcO dE HiStórIa – GeStão 2014-2015ElEiçõeS - 6, 7 e 8 dE mAiO

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GT de Comunicação e Organização – para melhorar a comunicação com os estudantes; administrar o perfi l do face-book; divulgação de nome e telefone no mural do CAHis de membros da gestão que estarão em cada GT; para melhorar o contato entre os estudantes que de-sejam participar e os que já estão par-ticipando de algum GT; organização de um boletim informativo do CAHis com os informes de cada GT e do curso; estímulo da produção autônoma dos estudantes de materiais (como jornais, revistas etc.).

GT de Finanças e Administração – para que tenha prestação de contas regularmente e que possa comprar o que for necessário para o Centro Aca-dêmico.

GT de CINEHIST – Para dar continui-dade às atividades de fi lme e debate, chamando convidados, e fazendo des-se um projeto de expansão para inte-gração entre universidade e sociedade.

GT de Currículo e Mundos do Traba-lho – As diretrizes e essência do currí-culo do curso de História precisam ser debatidas e acumuladas entre os estu-dantes. Defendemos o protagonismo e apropriação dos alunos nesse debate e propomos a criação deste GT para tal. Em relação ao Mundo do Trabalho, pro-pomos discussões sobre a educação e condições de trabalho e valorização do docente.

GT de Representação – para acom-panhar as plenárias do departamento e suas comissões internas, organizar horários e atividades de acordo com as demandas dos estudantes e discutir as demandas de área para professor no curso. Este GT, assim como todos os outros, só defende propostas e posi-

ções tiradas em reuniões prévias, aber-tas para todos os estudantes do curso.

GT de Eventos e Atividades Acadê-micas – para aglutinar e expandir as iniciativas de organização de eventos acadêmicos discentes.

GT de Combate às Opressões – para tocar atividades relacionadas às ques-tões de sexualidade, gênero, etc. e or-ganizar a luta contra o machismo, racis-mo, homofobia ou qualquer outro tipo de opressão vivenciada no curso e na universidade.

UM POUCO DE NOSSA ÚLTIMA GES-TÃO...

É preciso resgatar as realizações e lutas tocadas pela última gestão (2013-2014).

ESPAÇOS DE REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL - O centro acadêmico esteve sempre presente em todos os âmbitos da representação estudantil. Acompanhamos de perto as reuniões departamentais, intervindo em defesa dos estudantes, através das proposi-ções tiradas no GT de Representação. Participamos das comissões do depar-tamento (Comissão Acadêmica, Co-missão de Pessoal, etc.), onde obser-vamos os processos internos do curso e lutamos para que esses fossem ao encontro de nossas demandas. No últi-mo período, realizamos, com uma par-ticipação ativa dos representantes dis-centes e dos estudantes, o Seminário de Auto Avaliação da Graduação, que tirou importantes conclusões e encami-nhamentos para a melhoria de nosso curso. Além disso, estamos envolvidos ativamente na organização do Seminá-rio de Currículo que ocorrerá nos dias 12 e 13 de maio.

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CULTURA & ESPORTE E COMBATE A OPRESSÕES - As atividades culturais e esportivas foram tocadas, a exemplo das tradicionais choppadas feitas no campus, sempre politizadas e acessí-veis. Entretanto, no ultimo período se intensifi cou a proibição, por parte da reitoria, às festas nos campi. Também tivemos casos graves de violência den-tro da UFF, com estudantes (sobretudo mulheres e LGBTs) sofrendo ataques gratuitos, fruto da falta de uma seguran-ça bem preparada e voltada para nos-sa proteção. Ainda assim, a resistência pela ocupação cultura do campus conti-nua, seja com nossas choppadas, seja com a retomada do ICHF (Instituto de Ciências Humanas e Filosofi a) ou fes-tas no bloco E (Serviço Social). Durante o período, viemos nos articulando com os outros cursos do Instituto para bus-car soluções para o problema da segu-rança.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - Na par-te acadêmica foram realizados, com apoio efetivo do CAHis, os Encontros Discentes de História Contemporânea, como também de Antiga e Medieval. Na mesma linha, organizamos a II Sema-na de História da UFF, gerida exclusi-vamente pelos estudantes, envolvendo a participação de alunos da graduação e pós-graduação de todo o Brasil e de fora do país. Tais atividades constituí-ram um espaço importantíssimo para a iniciação acadêmica dos estudantes pela apresentação de seus trabalhos e a troca dos conhecimentos produzidos.

O MOVIMENTO ESTUDANTIL NACIO-NAL - Mantivemos relação com outros centros acadêmicos de história do Bra-sil nos encontros regionais e no Encon-tro Nacional dos Estudantes de História (ENEH). Estivemos presentes em reu-niões da FEMEH (Federação do Movi-

mento Estudantil de História), pautando que essa seja organizada pela base e combativa. Na mesma linha, estivemos participando do FENEX (Fórum Nacio-nal de Federações e Executivas de Cur-so).

ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇOS DE DEBATES - Princípio de nossa gestão, o Centro Acadêmico sempre esteve aberto para quaisquer propostas de de-bates. E foi sob esse preceito que or-ganizamos uma série de debates para participação de toda a comunidade aca-dêmica – ENADE, Currículo, Opressões (Dia da mulher), etc.No entanto, não é só nesses espaços ofi ciais do curso e do Movimento Estu-dantil e nas discussões acadêmicas que um Centro Acadêmico deve atuar. Mui-to pelo contrário! Acreditamos que seu principal papel é mobilizar os estudan-tes para lutarmos, juntos, dentro e fora da universidade. E essa foi a marca do nosso CAHis desde que foi refundado: uma entidade combativa e autônoma, cujo objetivo é lutar pelo interesse dos estudantes. É baseado nesse princípio que atuamos em todos os espaços do movimento estudantil, como os conse-lhos de CA’s e DA’s, assembléias dos estudantes de História e da UFF. Para além, tocamos, junto com outros DA’s a retomada do ICHF, e, nas ruas, com as manifestações de junho e o movimento de greve dos profi ssionais de educação do Estado e Município do Rio de Janei-ro. É por esse lindo passado de lutas que aqui, em nosso curso, dois pa-pos não se cria e nem faz história!

A NOSSA VISÃO SOBRE A UNIVER-SIDADE - Falar da situação da univer-sidade pública hoje passa, necessaria-

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mente, pela discussão do que foi – e é – o REUNI (Projeto de Reestruturação e Expansão das Universidades Fede-rais). Num rápido resgate, trata-se de uma reforma universitária elaborada pelo governo Lula (PT) e aprovada em 2007, na UFF, sem nenhum diálogo ou participação dos três setores que cons-tituem a comunidade acadêmica – pro-fessores, alunos e funcionários.

A UFF foi a última universidade do Bra-sil a aprovar o REUNI, sob forte repres-são aos estudantes, com a reunião do Conselho Universitário fora dos campi institucionais e contando com a forte in-tervenção da Polícia Militar para barrar a entrada dos conselheiros contrários.

Em todo o processo de resistência o CAHis teve um papel protagonista. No entanto, apesar da UFF ser a última a aprovar o projeto, hoje é uma das uni-versidades mais afetadas pela precari-zação trazida por esse modelo de ex-pansão.

Se em nosso pólo muitos cursos sofrem com a ausência de uma assistência estudantil que garanta nossa perma-nência – com poucos bandejões, cerca de 300 vagas na moradia estudantil e ínfi mas bolsas –, nos pólos do interior a situação é ainda mais alarmante. Lá a situação é extremamente preocupante, onde muitos estudantes assistem aulas em contêineres e, na maioria das ve-zes, não possuem nenhuma política de permanência, assim como a ausência de estrutura pedagógica (professores, técnicos, bibliotecas, laboratórios, etc).

Esse projeto também implicou para as universidades federais a duplicação do número de alunos em troca de, no má-ximo, 20% de aumento nas verbas. São diversas as condições/metas a serem

atingidas: dobrar a quantidade da rela-ção professor-aluno, lotando as salas de aula e diminuindo a qualidade da for-mação. Contudo, lutamos por um novo projeto para a Educação que contemple mais e com melhor qualidade a maioria da população! Por isso, em articulação com professores, servidores, movimen-tos sociais e demais estudantes, nos posicionamos:

- Contra o modelo de expansão preca-rizada do REUNI! Queremos expandir nossa universidade, mas com quali-dade! Expansão de qualidade sempre foi pauta dos movimentos sociais, sin-dicatos e órgãos representativos dos estudantes! Não queremos só expandir o número de vagas de estudantes em 100%, mas garantir professores e suas condições de trabalho, infra-estrutura, pesquisa e assistência estudantil pro-porcional a esse aumento, que ainda não foram feitos.

- Defendemos um projeto de Educa-ção 100% Pública e de qualidade, sem cursos pagos, fundações públicas de direito privado, sem fi nanciamento do Santander (aliás, sua carteirinha da fa-culdade é um cartão de banco, sabia?) e privatização do Hospital Universitário, porque quem paga a banda escolhe a música. A autonomia universitária deve ser preservada em todos os sentidos!

- Defesa irrestrita da atual luta dos servidores da UFF em greve e apoio à mobilização da categoria docente.

COMBATE ÀS OPRESSÕES!Temos como princípio a luta contra qualquer tipo de opressão, dentro e fora das universidades. Em tempos de nú-meros estarrecedores, com homicídios envolvendo homossexuais, altíssimo índice de mulheres estupradas todos

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os dias, de jovens negros sendo execu-tados sumariamente na favela ou acor-rentados em postes da zona sul cario-ca, esta luta se mostra cada vez mais urgente! Como citado acima, na própria UFF tivemos casos gravíssimos de violência nos campi no último período. Casais homossexuais foram agredidos e ocorreram casos de estupro e violên-cias variadas, sobretudo contra as mu-lheres. Por isso, nos articulamos com outros centros acadêmicos e coletivos e levantamos a bandeira de uma guarda universitária concursada e bem prepa-rada, com paridade de gênero, diferente da atual segurança que é terceirizada e apenas patrimonial.

No que se refere a nossa composição interna do Centro Acadêmico, também buscamos conseguir a paridade de gê-nero nas instâncias de representação. Hoje, na Representação Estudantil, te-mos mais mulheres do que homens.Outro ponto a ressaltarmos é a nossa relação com os Trotes Opressores: so-mos contrários a práticas machistas, racistas e homofóbicas nestes espaços.Por fi m, também entendemos que é possível e apoiamos, dentro do espaço do Centro Acadêmico de História, atra-vés do GT de Combate às Opressões, a auto-organização dos estudantes ne-grxs, LGBTs e mulheres para debater estes temas importantes, seja no curso, seja fora dele.

É nos organizando, resistindo e lutando que juntos iremos desconstruir qualquer vestígio de machismo, racismo e homofobia!

CURRÍCULOComo foi apresentado, estamos próxi-mos ao seminário de currículo, construí-do de forma paritária pelos estudantes e professores na Comissão Acadêmica,

hoje dividida em grupos de trabalho abertos que estamos acompanhando. A discussão de currículo, mais uma vez, se encontra entre as de maior relevân-cia. Pra começar, na esteira do proces-so precarizante pelo qual nossa univer-sidade passa, nossa graduação sofreu recentemente o que consideramos um grave ataque: trata-se da dissociação – imposta pelo MEC – do curso de Gra-duação em História, separando- os em licenciatura OU bacharelado, colocado em prática desde o semestre 2012.1. Nesse sentido, consolida-se a exis-tência de dois cursos, mas somente um currículo. Destacamos que, mesmo com essa imposição, é de fundamental importância a continuidade da defesa do princípio da indissociabilidade en-tre ensino, pesquisa e extensão. Isto é, todo professor deve ser necessaria-mente um pesquisador, um produtor de conhecimentos, e todo pesquisador deve socializar seus estudos pela prá-tica docente. Apesar da dissociação formal, foi atra-vés da luta dos estudantes junto ao departamento que mantivemos, na prática, a dupla formação proporciona-da por nosso currículo atual. Esse surgiu em 92, sendo completamente inovador, por introduzir pesquisa na gradua-ção. Nos mais de 20 anos de exercício desse currículo, algumas modifi cações foram feitas e ainda hoje defendemos que melhorias podem ser discutidas e elaboradas. No próximo Seminário de Currículo, que está por vir, faremos a defesa irrestrita da principal carac-terística deste currículo: a indisso-ciabilidade entre ensino, pesquisa e extensão por ele proporcionada. Acreditamos que o desafi o está em manter a fl exibilidade deste currícu-lo, com seus eixos temáticos e grande oferta de disciplinas, e fazer com que as ementas sejam formuladas e postas em

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prática pelos professores.

NOSSA REPRESENTAÇÃO ESTU-DANTIL NO DEPARTAMENTOContemplando o modelo de gestão aberta, a representação estudantil se dá por meio da democracia direta. Realizamos uma reunião aberta do GT de representação antes de alguma ple-nária departamental ou algum outro es-paço que demande nosso voto enquan-to representantes dos estudantes da História e é nesse espaço que tiramos o posicionamento da representação a ser levado para a Plenária. Tais atividades no departamento até parecem questões administrativas e de organização do curso à primeira vista, mas na verdade, são questões políticas sérias. E é por isso defendemos uma representação estudantil autônoma a governos, de-partamentos e reitorias. Trata-se de um espaço onde são debatidas e votadas questões importantes do nosso curso, que também podem interferir na política geral da Universidade.

Entretanto, hoje, diferentemente das reuniões do CA, as plenários de de-partamento não funcionam de forma inteiramente democrática. Os estudan-tes têm direito a apenas oito represen-tantes com voto e voz. Mais que isso, são oito estudantes que se dividem em várias comissões internas que de-mandam muitas atribuições e tempo. Ao contrário do que alguns do departa-mento pensam, não somos prestadores de serviço! Somos estudantes, muitas vezes trabalhadores, que se esforçam e se dedicam pelo compromisso político com a coletividade. Por isso, defende-mos a ampliação da democracia desse espaço com o aumento da participação dos estudantes e funcionários afetados diariamente pelas decisões lá tomadas.

Reconhecemos, também, que a con-quista pelo atual número de represen-tantes e pela nossa inserção nas comis-sões é fruto de árdua luta de gerações de estudantes de História organizados no CAHis. Contudo, acreditamos que precisamos avançar ainda mais!

Passamos por um momento em que essa luta se faz ainda mais urgente. No último Seminário de Auto-Avalia-ção do curso aprovamos, por ampla maioria dos presentes, o aumento da representação estudantil de 20% (8), para 25% (12) em relação aos profes-sores. Porém, esta decisão deverá ser homologada no espaço desigual e anti-democrático da plenária departamental. Reiteramos nossa luta pelo aumento da representação estudantil e desde já convocamos os estudantes para ocupar as plenárias departamentais e fazer va-ler a deliberação do seminário.

A PARTIR DO QUE FOI APRESENTA-DO E FRUTO DA NOSSA REFLEXÃO, CONCRETAMENTE PROPOMOS A COMUNIDADE ACADÊMICA:

1. Uma gestão autônoma, que conti-nue a promover um maior elo entre as demandas dos estudantes no seio da Área de História e na Uni-versidade como um todo;

2. A promoção dos Grupos de Tra-balho, componentes essenciais do nosso Centro Acadêmico, onde todo e qualquer estudante pode ex-pressar sua opinião com direito ao voto;

3. Continuar tocando a luta pela libe-ração de festas nos campi. A atua-ção do GT de cultura e esporte se dá na organização dessa resistên-cia, seja ela através de Choppadas, Retomada do ICHF,Saraus, etc;

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4. Promoção de diversas atividades culturais, como campeonatos es-portivos, choppadas, festas, etc;

5. Ampliar a comunicação entre a gestão e os estudantes: manuten-ção do perfil do CAHis no FB, as-sim como os boletins informativos e o blog e reestruturar o mural do C.A.;

6. Frequente prestação de contas do financeiro do CAHis, vista nosso auto-financiamento;

7. Ampliar os debates sobre o nos-so currículo, esses já iniciados em 2013;

8. Defender os interesses dos estu-dantes de História nas reuniões departamentais, assim como levar aos mesmos os debates que ocor-rem nesse espaço, através do GT de Representação;

9. Continuar fomentando atividades de cunho acadêmico e organizado pelo corpo estudantil, como a Se-mana de História;

10. Promover debates e atividades so-bre o combate as mais variadas formas de opressão – GT de com-bate a opressões;

11. Participar dos espaços políticos e representativos do Movimento Estudantil: FEMEH (Federação do Movimento Estudantil de História) e FENEX (Fórum Nacional de Fe-derações e Executivas de Curso), sempre discutindo pautas em as-sembléias gerais dos estudantes de história ou em reunião do Cen-tro Acadêmico;

12. Ampliar o debate, iniciado em 2013, sobre ENADE e avaliações externas;

13. Elevar às discussões sobre a Uni-versidade e o processo de expan-são pela qual vive: na luta por edu-cação pública de qualidade, sem precarização e privatizações!

14. Defesa irrestrita da nossa concep-ção de currículo: pesquisa, ensino e extensão devem ser indissociá-veis!

15. Apoiar e incentivar iniciativas dos estudantes para a confecção e construção de materiais comunica-tivos, como revistas e jornais;

16. Ampliar as movimentações para o melhoramento da estrutura física do C.A. Lembramos que já existe um projeto em curso!

17. Promover debates sobre as con-sequências da realização da Copa do Mundo no Brasil, principalmente para a periferia das cidades;

18. Discutir através de espaços amplos a Comissão da Verdade do Estado do Rio e da nossa Universidade;

19. Estimular a realização de aulas pú-blicas para estimular a associação entre ensino, pesquisa e extensão, base do tripé Universitário.

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