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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . newsletter Ano 6 - Setembro 2011 - N°29 - Publicação ABD - Associação Brasileira de Designers de Interiores Fernando Jaeger revela como atuar na profissão sem prejudicar a natureza. | pág 3 | Entrevista | | Varejo | Confira como valorizar a emoção dos consumidores nesses tipos de projetos. | pág 7 | Associados | Como deixar seu projeto mais sustentável e destacar essa importância para o cliente? | pág 8 Constante expansão de mercado atrai profissionais Impulsionados pela estabilidade da economia, shopping centers se espalham pelas cidades do interior e se consolidam como frente de trabalho para Arquitetos e Designers de Interiores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Produção de pautas, entrevistas e reportagens para o jornal mensal da Associação Brasileira de Designers de Interiores.

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newsletterAno 6 - Setembro 2011 - N°29 - Publicação ABD - Associação Brasileira de Designers de Interiores

Fernando Jaeger revela como atuar na profi ssão sem prejudicar a natureza. | pág 3

| Entrevista | | Varejo |Confi ra como valorizar a emoção dos consumidores nesses tipos de projetos. | pág 7

| Associados |Como deixar seu projeto mais sustentável e destacar essa importância para o cliente? | pág 8

Constante expansão de mercado atrai profi ssionais

Impulsionados pela estabilidade da economia, shopping centers se espalham pelas cidades do interior e se consolidam como frente

de trabalho para Arquitetos e Designers de Interiores.

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Comemoração: Dia do Designer de Interiores

A ABD MG preparou algumas atividades para celebrar o dia do Designer de Interiores. No dia 27 de outubro será feita uma visita orientada a exposição “ROMA – A VIDA E OS IMPERADORES”, que apresenta a história e vida dos imperadores e do povo de Roma, através da arte, arquitetura, conquistas e opulência do Império. Após a visita, todos os associados podem participar da palestra “Arte e poder”. Ministrada por Paolo Liverani, da Universidade de Florença, que abordará a arte romana e sua função política durante o período imperial.

Design no Brasil é visto pelo mundo

A Espasso, galeria em Nova York de Carlos Junqueira, é especializada em design brasileiro e realiza até o fi nal de outubro uma exposição dedicada à produção recente e aos modelos clássicos da marca Etel, pela celebração das várias gerações do design nacional. O evento con-ta com a presença de Arthur Casas, Isay Weinfeld, Jorge Zalszupin, Etel Carmona entre outros. Após a mostra, as peças mais importantes serão movidas para a coleção permanente da galeria, que pretende contar a história do design moderno brasileiro.

A arte do design

O Museu de Arte de Tel Aviv, em Israel, inaugura em novembro um novo espaço: a galeria Herta & Paul Amir Building. Dedicado ao modernismo e em formato espiral, o projeto foi idealizado pelo ar-quiteto norte americano Preston Scott Conhen que soube utilizar ao máximo o espaço com cerca de 19.000 m², mesmo sendo irregu-lar. Painéis triangulares de concreto formam de maneira geométrica seis andares pivotantes, encobertos por um alto telhado de vidro e um átrio central. Para a sua abertura, a galeria receberá uma ex-posição do pintor e escultor Anselm Kiefer.

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| Agenda ABD | | Conexão ABD |

Outubro Palestra ABD: Como projetar clínicas odontológicas04/10 – Curitiba18/10 – Belo Horizonte

Encontro ABD:Coletivo MUDA e a transformação de áreas antes abandonadas em espaços lúdicos e alegres04/10 – Rio de Janeiro

Morar Mais Por Menos06/10 a 15/11 – Curitiba26/10 a 04/12 – Brasília

Palestra: Rocco, Vidal + Arquitetos: Arquitetando19/10 – São Paulo

Palestra: ABC Design Inspira com Javier Mariscal24/10 – Curitiba26/10 – São Paulo27/10 – Rio de Janeiro

Conferência Façades Brazil25 e 26/10 – São Paulo

1º Design Fórum InovaçãoA potencialização do seu negócio26/10 – São Paulo

Congresso Internacional de Arquitetura e Design (CAD)27 e 28/10 – Porto Alegre

Palestra: ABC Design na prática com Javier Mariscal28 e 29/10 – Rio de Janeiro

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Muita coisa mudou no cenário do design brasileiro. Há pouco tempo o que vinha de fora era mais valorizado. Quais foram suas as maiores difi culdades no início da carreira?

As maiores difi culdades ainda são as mesmas: desenvolver design e produzir no Brasil. Embora o design brasileiro seja mais valorizado atualmente, não são todos os profi ssionais que conseguem produzir em escala. Muitas vezes a produção é artesanal, de poucas peças e a preços elevados. Em outros casos, os produtos são industrializados no exterior.

Qual o grau de importância em contextualizar os profi ssionais de Design de Interiores em re-lação às questões sociais e econômicas do Bra-sil? Ao se deparar com questões como o cres-cimento do poder aquisitivo da classe C, por exemplo, o que muda em um projeto de Design?

O crescimento da classe C já proporcionou refl exos no en-foque de várias redes de lojas de decoração, sem dúvida. Agora precisamos desenvolver um design de melhor quali-dade para ela, o que não signifi ca necessariamente produ-tos caros, mas sim produtos bonitos, de boa qualidade e que cumpram bem sua função.

Em sua opinião, a que se deve a crescente procura pelo curso de Design de Interiores?

Temos um boom imobiliário e pessoas valorizando mais o “morar bem”. Antigamente montava-se a casa uma vez, para toda a vida, mas hoje em dia as pessoas gostam de renovar

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Fernando Jaeger revela como não agredir o meio ambiente

suas moradias com frequência. Temos também inúmeros blogs, sites e revistas de decoração fomentando esse mercado.

Recentemente, você expôs algumas peças no Museu Belas Artes, com o tema “Cor, materi-alidade e sustentabilidade”. De que forma o projeto de Design de Interiores pode ser eco-logicamente correto?

Temos hoje que repensar vários conceitos, como por exem-plo, não nos deixar levar por modismos. É muito comum se eleger certos materiais e soluções que são usados em ex-cesso e que cansam logo. O projeto logo fi ca “datado”, perde valor rapidamente, e logo têm-se que reformar o ambiente, gerando desperdício. Também é muito importante criarmos ambientes agradáveis, com boa circulação, fazer uso de ven-tilação e iluminação natural, e escolher materiais duráveis e não descartáveis. O Brasil possui recursos naturais diversifi cados. Qual a melhor forma de utilizá-los em um pro-jeto de design, sem agredir o meio ambiente?

Pensando em projetar produtos que sejam duráveis, fazen-do uso racional das matérias primas e evitando desperdí-cios. Além disso, é preciso procurar utilizar matérias primas renováveis, como madeira de refl orestamento e de manejo sustentável, e economizar nos processos, gerando economia de energia, água, combustível etc.

A utilização de matérias primas renováveis e o reuso de itens descartados no processo de fabricação são algumas formas de contribuir para a preservação de recursos naturais. Confi ra uma entrevista exclusiva com o designer Fernando Jaeger, re-conhecido pelos traços limpos e enxutos, aliados a um modelo artesanal de produção que prioriza o uso de diversos tipos de madeiras de refl orestamento e outras técnicas de sustentabi-lidade. Jaeger é formado em Desenho Industrial pela UFRJ e já recebeu premiações importantes da área, como o “Prêmio Planeta Casa 2008”, com a Poltrona Theo, a “Menção Ibama Profi ssional” (2006), do Salão Design Movelsul, com a Pol-trona Trama, o prêmio “Brasil Faz Design“ (2002), “Movesp/Ibama” (1992) e o “Movesp Design” (1991).

Fernando Jaeger

Aumento do consumo x Design sustentável

| Entrevista |

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Um mercado em constante expansãoShopping Centers se espalham pelo interior do Brasil

Histórico

O primeiro shopping inaugurado no Brasil, em 1966, foi o Iguatemi em São Paulo. Desde então, esse setor invadiu capitais e cidades do interior e apresentou um crescimen-to impressionante em termos de Área Bruta Locável (ABL), faturamento e empregos gerados (720 mil funcionários). O número de shoppings existentes no Brasil é de 416, totali-zando uma ABL de 9.733.304 m². A participação desse setor representa aproximadamente 18% do volume de vendas do mercado de varejo, indicador ainda baixo, se comparado aos percentuais de 70%, nos Estados Unidos, e 35% na Europa.

Mais espaços, mais trabalho

Os grandes centros de compras atraem tantas pessoas pela possibilidade de reunir, em um só local, tudo que eles pre-cisam. Lojas de roupas, jóias e calçados. Bancos, cinemas e restaurantes. O consumidor aproveita para fazer compras enquanto passeia por corredores cada vez mais aconchegan-tes e arborizados.

Segundo Virgínia, para o sucesso do projeto é necessário que o cliente expresse muito bem o programa, as áreas necessárias para cada tipo de operação comercial e as etapas em que pretende construir. “As diversas áreas: arquitetura, estrutu-ra, instalações, iluminação, paisagismo, impermeabilização, tráfego, ambientação interna, precisam estar compatíveis ente si. Desta forma os profi ssionais devem se reportar fi el-mente ao coordenador da equipe, procurando o conjunto”.

Com a indústria e varejo de shoppings em pleno cresci-mento, graças à estabilidade da economia e à preferência de lojistas e empreendedores em investir neste mercado, Arquitetos e Designers de Interiores têm novas frentes de trabalho a agregar em suas carreiras. Fachadas, vitrines, quiosques, iluminação. São inúmeras as oportunidades de um mercado que não para de crescer.

Até 2012, 56 novos shoppings devem ser inaugurados no país, segundo a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers). Desse número, 36 estarão em cidades com menos de 1 milhão de habitantes, que se tornam atrativas diante da falta de terrenos amplos e baratos nos grandes centros, e do crescimento de consumidores com o avanço da classe C. De acordo com o censo realizado pelo Ibope a pedido da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), até 2013 es-tão previstos 16 novos empreendimentos em Bauru, Jundiaí, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Sorocaba e Taubaté, contra nove unidades na capital paulista.

De acordo com Virgínia Portugal (RJ) arquiteta com MBA em Gestão de Shopping Centers, é necessário ter experiência para atuar nesse setor. “Cada metro quadrado precisa ser rentabilizado, ao mesmo tempo o cliente do produto fi nal deve se sentir acolhido para retornar sempre. O projeto deve ser de forma que seu custo operacional seja compatível com o valor de condomínio que os lojistas podem arcar”.

| Mercado |

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Conforme Alessandra Souza (RJ), arquiteta, a principal eta-pa é a concepção do projeto, quando se defi ne o padrão do empreendimento. Para isso o profi ssional deve estar atento às inovações de mercado em vários aspectos, como ilumi-nação e design. “Podemos apontar como um erro fatal a concepção de uma loja sem o conhecimento profundo sobre a funcionalidade exigida pelo tipo de negócio, ou mesmo a idealização de um espaço sem respeitar os limites fi nan-ceiros do cliente – o que pode gerar a execução incompleta do projeto ou, até mesmo, torná-lo inviável”.

O arquiteto Renan Medau (SP) tem em seu portfólio proje-tos para lojas de shoppings, como por exemplo: Timberland do Shopping Unicenter (Buenos Aires) e da Timberland do Shopping Alto Las Condes (Santiago), além dos projetos das lojas da marca Pólo Ralph Lauren. Com essa experiência, ele descreve as etapas de realização desse tipo de projeto: “Conhecimento das necessidades do cliente, elaboração de estudos preliminares, aprovação do projeto pelo cliente e pelo shopping, encaminhamento do projeto de arquitetura para os projetos complementares de elétrica, ar condicio-nado etc. Após esta etapa de projetos, vem a execução da obra e o acompanhamento pelo arquiteto”.

O marketing das vitrines Se os shopping centers são lugares de compras, as lojas devem atrair consumidores para essa fi nalidade. De acordo com o arquiteto Américo Parlato (SP), para elaborar o projeto de uma loja é fundamental um conhecimento básico de mar-keting e merchandising. “O projeto ajuda a expor e vender um produto e a arquitetura tem um papel importante na fi xa-ção e valorização da marca. Uma questão fundamental é a exposição dos produtos, portanto o design dos expositores e a iluminação devem ser tratados de maneira muito cui-dadosa, alinhados com a dinâmica de vendas. A exposição da marca também deve ser tratada com o mesmo cuidado com letreiros e luminosos atraentes e bem distribuídos”, diz.

Renan Medau - Loja Pólo Ralph Lauren do Shopping Jardim SulO arquiteto desenvolveu todos os projetos dessa franquia no Brasil entre 1988 e 2001. O estilo adotado foi o inglês, com bastante uso de madeira, materiais nobres no piso, como mármore italiano e iluminação com luzes de tom quente, incandescentes e dicróicas.

Américo Parlato - Loja Éden do Shopping Anália Franco A área de vendas conta com 100 m² e um mezanino de 33 m², que acomoda o estoque e uma área de atendimento para aplica-ção de maquiagem. O design é clean para que as embalagens e as imagens promocionais compusessem o visual com uma tex-tura de cores impactante.

Alessandra Souza – Loja Versuz do Boulevard São Gonçalo ShoppingO arquiteto desenvolveu todos os projetos dessa franquia no Brasil entre 1988 e 2001. O estilo adotado foi o inglês, com bastante uso de madeira, materiais nobres no piso, como mármore italiano e iluminação com luzes de tom quente, incandescentes e dicróicas.

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Um caso de sucesso

Há 16 anos, Virgínia Portugal e seu escritório Viável Arquite-tura, com sede no Rio de Janeiro, desenvolvem o projeto do Shopping Center Uberaba. Quando o primeiro empreendedor a procurou, ainda não tinha fechado as parcerias que viabi-lizariam fi nanceiramente a empreitada. Então, foi elaborado o primeiro estudo para que ele convencesse os sócios a in-vestirem. Com o grupo de investidores formado, em 1999 foi inaugurada a primeira etapa com 19.000 m². Em 2005 foi implantada a segunda etapa, com mais 7.000 m² e no fi nal de 2011 será inaugurada a terceira etapa, que totalizará 37.000 m², com mais 14.000 m² de subsolo para estacionamento.

Segundo ela, os empreendedores consideram o projeto tão bem sucedido que não querem mexer em nada, contudo a ambienta-ção deve ser renovada a cada cinco anos para que os clientes percebam as novidades e se sintam mais atraídos.

“Trabalhamos com o estilo contemporâneo que se adapte bem à localidade. Cada região tem sua cultura e infl uência arquitetônica e, por isso, devemos analisá-la para que os futuros clientes se sintam confortáveis e familiarizados dentro do prédio”, completa.

Virgínia Portugal

1997

2005

2011

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Arquitetura de Interiores no varejo: valorizar a emoção dos consumidores

| Varejo |

Sentar-se em um sofá para descobrir se é confortável ou não. Experimentar o toque de um tecido. Sentir o efeito de uma ilu-minação. Nada substitui o contato direto do consumidor com o produto quando o assunto é decoração.

A Internet será mais uma mídia para informação e seleção de marcas. Mas, para decidir a compra, o consumidor vai querer ver, ouvir e sentir tudo sobre o produto desejado.

Quando um Arquiteto ou Designer de Interiores projeta uma loja, deve buscar proporcionar uma experiência estimuladora para os consumidores. Uma loja com arquitetura ambiental adequa-da apresenta características bem defi nidas:

a) Seus ambientes devem ser criativos e sugestivos.

b) O projeto precisa facilitar a troca constante dos produtos expostos.

c) A tecnologia da informática está cada vez mais presente aju-dando a dar vida aos espaços imaginados pelos clientes. Uma imagem do ambiente a ser decorado, muita imaginação e a ajuda de um consultor são elementos fundamentais. A infor-mática permite visualizar as soluções.

Essa necessidade de experimentar transforma o processo de decisão de compra que será ainda mais lento. Mas as pessoas querem investir tempo em pesquisar alternativas.

O perfi l da Loja de sucesso

ObjetivoProporcionar uma experiência agradável para seus visitantes,

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que podem ser classifi cados como: iniciantes, experimenta-dores ou que buscam a convivência.

AmbienteVisitar uma loja é um programa. Nela, a exposição de produ-tos e a interatividade com imagens permitem que os clientes troquem experiências e recebam orientações.

O vendedor agora é um consultor, um animador, um estimulador.

A organização das lojas obedece a um perfi l associado aos comportamentos de compras dos clientes. As lojas de deco-ração, por exemplo, podem ser divididas em três grandes gru-pos: tradicional, fashion e vanguarda. Esse posicionamento determina muitos aspectos do projeto.

Tradicional• Produtos mais seriados• Variação mínima• Bom acabamento• Produtos com muito conforto• Design clássico ou contemporâneo

Fashion• Baixos volumes• Muita diferenciação• Design atual e jovem• Forte apelo para o natural e o tecnológico

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| Associados |

ABD Newsletter é uma publicação mensal da Associação Brasileira de Designers de Interiores para seus associados. Al. Casa Branca, 652 - cjs 71 e 72 - São Paulo - SP - Cep 01408-000 - Tel/Fax: (11) 3064-6990. Editado pela Ricardo Botelho Marketing S/C Ltda. Jornalista Responsável: Ricardo J. Botelho (Mtb 12.525). Redação: Andressa Luz e Joyce Cristina. Direção de Arte: Felipe L.M. Lenzi.

Sustentabilidade: um desafi o contemporâneo

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Qual a importância de especifi car produtos ecologicamente corretos e conscientizar clientes para que isso se torne uma prática constante?

Um tema atual e bastante discutido. A sustentabilidade é o conjunto de práticas que diminuem os impactos das atividades prejudiciais ao meio ambiente. Segundo Marília Chamoun (ABD-ES), essa tendência é irreversível. “Cada vez mais os consumidores conscientes forçam as empresas a fabricarem produtos adequados, em alguns países os consumidores até mesmo boicotam produtos que degradam o meio ambiente”.

Algumas atitudes podem mudar um projeto de design e ade-quá-lo a essas necessidades. De acordo com Priscila Iglesias (ABD-SP), a preocupação com o meio ambiente é uma das responsabilidades do Designer de Interiores. “O acesso que temos às informações técnicas dos produtos, através dos for-necedores e prestadores de serviços, nos permite especifi car materiais e acabamentos ecologicamente corretos”.

“É melhor mexer no projeto do que na obra”

Com essa declaração, Gabriella Saback e Ana Paula Munhoz (ABD-GO) destacam a importância de pensar “verde” antes de o projeto sair do papel, para evitar desperdícios no presente e no futuro. “Buscamos fugir de modismos, de materiais que possam fazer o cliente enjoar rápido do ambiente. Nossos projetos são atemporais e sempre de fácil manutenção, para que não sejam casas descartáveis e sim para a família durante toda vida”.

Aplicando o conceito

O profi ssional tem à disposição algumas formas de harmonizar o projeto com a natureza, tais como: uso de materiais re-ciclados, de alta durabilidade e de empresas certifi cadas, energia solar, irrigação, aproveitamento da água da chuva e da iluminação natural, lâmpadas de led, válvulas de descarga com fl uxo duplo e tintas à base d’água – que deixam o ambiente naturalmente mais claro. Mas, também é preciso especifi car produtos de fácil manutenção e limpeza, para deixar o dia a dia da casa sustentável. “De nada adianta ter essa atitude, se na hora da limpeza for preciso utilizar materiais agressivos em dosagens absurdas”, dizem Gabriella e Ana Paula.

O conjunto de ações em prol do meio ambiente é vital para o equilíbrio do planeta e “representa um verdadeiro dever cívi-co e um real exercício de cidadania. A conscientização dos nossos clientes é uma consequência necessária e natural desta postura”, revela Alberto Sauro (ABD-SP).