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24 Dezembro/ 2015 / nº Sindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção no Estado do Rio Grande do Sul EM PAUTA RETROSPECTIVA Argileu de Souza Barboza comandará o sindicato a partir de 2016 Veja os principais momentos da entidade em 2015 e nas últimas gestões página / 3 páginas / 6, 7 e 9 pós seis anos de muita dedicação como presi- dente do Sindicer/RS, o empresário Jorge Ritter encerra o seu mandato à frente da entidade, com o compromisso de auxiliar a nova diretoria. Um dos destaques desse período foi a ampliação do número de empresas associadas: foram 76 adesões, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2015. Só nos últimos três anos, houve um incremento de 40% no quadro social do sindicato. A grande marca das gestões dirigidas por Ritter foi a capacitação gerencial dos empresários. Com este foco, foram realizados cursos, palestras, eventos, ampliação de convênios e de outros projetos, como o Ceramista Empreendedor Gaúcho, que contribuem diretamente para a qualificação da gestão das empresas. Ao longo das duas gestões, Ritter se manteve próximo aos empresários ceramistas por meio de reuniões periódicas em di- ferentes partes do Estado, visando mostrar as ações do sindicato, levar informações sobre mudanças nas leis e apresentar projetos. Em média, foram realizados anualmente seis encontros regionais nos municípios de São Sebastião do Caí, Arroio do Meio, Cristal, Pelotas, Venâncio Aires, Candelária, Farroupilha e Ipê. Nessas ocasiões, as empresas participantes apontaram dificuldades e a necessidade de soluções para reivindicações antigas, como a falta de incentivos para a modernização das empresas. Ao longo de 2013 e 2014 foram realizadas articulações com o Governo do Estado. Tratativas com lideranças locais possibilita- ram um encontro com o ex-governador Tarso Genro, secretarias da Fazenda, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento do Estado, além do BRDE, Badesul e Banrisul. Em carta aberta, a entidade expôs as suas principais dificuldades: falta de fiscalização na fronteira com SC, benefício tributário, incentivo à qualidade, A JORGE RITTER ENCERRA SEU MANDATO À FRENTE DA ENTIDADE Gestões 2010-2015, comandadas por Jorge Ritter, foram marcadas por diversas conquistas para o setor, combate à concorrência desleal e valorização do produto, entre outras iniciativas Fechamento autorizado – pode ser aberto pela ECT linhas de crédito e licenciamento ambiental. Neste ano, esforços conjuntos da entidade com a Secretaria Estadual da Fazenda e o Inmetro resultaram na Operação Telhado de Vidro. “Conseguimos levar as principais reivindicações para o governo do Estado, além de qualificarmos as empresas e conquistarmos mais associados”, resume Ritter. Confira nesta edição o balanço mais detalhado destas e outras iniciativas que contribuíram para o desenvolvimento do setor. Fotos: Sindicer/RS

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24Dezembro/ 2015 / nºSindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção no Estado do Rio Grande do Sul

EM PAUTA RETROSPECTIvA

Argileu de Souza Barboza comandará o sindicato a partir de 2016

Veja os principais momentos da entidade em 2015 e nas últimas gestões

página / 3 páginas / 6, 7 e 9

pós seis anos de muita dedicação como presi-dente do Sindicer/RS, o empresário Jorge Ritter encerra o seu mandato à frente da entidade, com o compromisso de auxiliar a nova diretoria. Um dos destaques desse período foi a ampliação do

número de empresas associadas: foram 76 adesões, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2015. Só nos últimos três anos, houve um incremento de 40% no quadro social do sindicato. A grande marca das gestões dirigidas por Ritter foi a capacitação gerencial dos empresários. Com este foco, foram realizados cursos, palestras, eventos, ampliação de convênios e de outros projetos, como o Ceramista Empreendedor Gaúcho, que contribuem diretamente para a qualificação da gestão das empresas.

Ao longo das duas gestões, Ritter se manteve próximo aos empresários ceramistas por meio de reuniões periódicas em di-ferentes partes do Estado, visando mostrar as ações do sindicato, levar informações sobre mudanças nas leis e apresentar projetos. Em média, foram realizados anualmente seis encontros regionais nos municípios de São Sebastião do Caí, Arroio do Meio, Cristal, Pelotas, venâncio Aires, Candelária, Farroupilha e Ipê. Nessas ocasiões, as empresas participantes apontaram dificuldades e a necessidade de soluções para reivindicações antigas, como a falta de incentivos para a modernização das empresas.

Ao longo de 2013 e 2014 foram realizadas articulações com o Governo do Estado. Tratativas com lideranças locais possibilita-ram um encontro com o ex-governador Tarso Genro, secretarias da Fazenda, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento do Estado, além do BRDE, Badesul e Banrisul. Em carta aberta, a entidade expôs as suas principais dificuldades: falta de fiscalização na fronteira com SC, benefício tributário, incentivo à qualidade,

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jorge ritter encerra seu mandato

à frente da entidade

Gestões 2010-2015, comandadas por Jorge Ritter,

foram marcadas por diversas conquistas para o setor,

combate à concorrência desleal e valorização do

produto, entre outras iniciativas

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linhas de crédito e licenciamento ambiental. Neste ano, esforços conjuntos da entidade com a Secretaria Estadual da Fazenda e o Inmetro resultaram na Operação Telhado de vidro.

“Conseguimos levar as principais reivindicações para o governo do Estado, além de qualificarmos as empresas e conquistarmos mais associados”, resume Ritter. Confira nesta edição o balanço mais detalhado destas e outras iniciativas que contribuíram para o desenvolvimento do setor.

Foto

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indi

cer/

RS

Jorge Romeu RitterPresidente do Sindicer/RS

InfoceR | dezembro 2015 | número 24

EDITORIAl

notíciasPágina 2

Olá, amigos! É com grande satisfação que encerro mais uma gestão do Sindicer/RS. Foram seis anos de muito trabalho e dedi-cação em prol do setor, em que muitas vezes foi necessário abdi-car de compromissos pessoais e

da minha empresa para representar a categoria em eventos, reuniões e outras atividades.

Desde a indicação do então presidente, Juan Roberto Germano, passei por muitos desafios à frente da entidade. Creio que a grande marca destas duas gestões foi a busca da qualificação dos produtos cerâmicos gaúchos, além do aprimora-mento da gestão de nossas empresas. Um exemplo disso, cujos resultados trazemos com muito orgulho nesta edição, é o projeto Ceramista Empreendedor Gaúcho. A parceria com o Sebrae-RS e a Anicer tem sido muito positiva e sem dúvida é uma grande contribuição que deixaremos.

As articulações políticas que mantivemos ao longo desses seis anos também deram muitos frutos. Com o apoio de empresários e outras lideranças, conseguimos retormar o diálogo com o governo do Estado. Nas audiências públicas e outras reuniões realizadas, pudemos levar as nossas principais rei-vindicações, buscando sempre a melhoria de nossas fábricas. Esperamos que a operação conjunta das autoridades e Inmetro seja apenas o começo de ações que reforcem a fiscalização, contribuindo para o combate à concorrência desleal de pro-dutos vindos de outros estados.

Boas festas e um forte abraço!

PReSIdente: Jorge Romeu Ritter

VIce-PReSIdente:

Antônio Cristóvão KipperdIRetoR SecRetáRIo:

Evandro Zini Cherubinidiretor tesoureiro:

Juan Carlos leite Germano

dIRetoReS efetIVoS:

Fernando Werner vogellino Marcon

Fernando Roberto Bruxel

Produção e execução:

edição: Fernanda Reche – MTb 9474textos: Cláudia Boff, ludmila Cafarate

e Nathália CardosoRevisão: www.pos-texto.com.bredição de Arte: Edurado Mello Pré-impressão, ctP e impressão:

Gráfica Odisséiatiragem: 1.200 exemplares

Sindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção no Estado do Rio Grande do Sul

Av. Assis Brasil, 8787 Bloco10/ 3ºandarCEP 91140-001 – Porto Alegre – RS – Brasil Fone: (51) 3347-8755| Fax: (51) [email protected] / www.sindicerrs.org.br

dIRetoReS SuPlenteS:

Paulinho Antonio MenegottoNelson Iedo Grasselli

Roberto Tailor da Cruz CorreaJacson Orlando lange

luís Fernando Ritter Argileu de Souza Barboza

Ernane Waldow

conSelho fIScAl efetIVo: Jerson luiz Eckert

Juan Roberto GermanoCláudio vogel Filho

conSelho fIScAl SuPlente: Paulo Roberto dos Santos Soares

José Renato Soster Marcos Elvo Wolke

delegAdoS RePReSentAnteS

junto à fIeRgS

efetivos: Juan Roberto Germano e Jorge

Romeu RitterSuplentes:

Antônio Cristóvão Kipper e Jerson luiz Eckert

novas empresas associadasAs cerâmicas Ipê, de Pelotas; Burg, de Bom Princípio; Mattiuz, de Feliz,

e Olaria Danenberg, também de Pelotas, fazem parte do quadro social do Sindicer/RS desde o 2º semestre de 2015. As novas empresas asso-ciadas contam com produtos e serviços exclusivos, descontos em ensaios no laboratório do Senai-RS, vantagens em diversos projetos, notícias em primeira mão, seção no informativo e site do sindicato (www.sindicerrs.org.br). Interessados podem entrar em contato com a entidade pelo telefone (51) 3347-8755 ou no e-mail [email protected].

sindicer/rs no facebook

Um novo espaço online para divulgações de notícias do setor e do Sindicato está disponível para os empresários cerâmicos. Acesse a página da entidade em Facebook/Sindi-cer/RS e fique por dentro!

Devido às férias coletivas da Fiergs, o Sindicer/RS não funcionará de 21/12/15 a 3/01/16. Haverá plantão pelos contatos da entidade.

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em pautaPágina 3

Sind

icer

/RSempresário Argileu de Souza Barboza,

diretor da cerâmica Santo Antônio, de Alvorada, é o novo presidente do Sindicer/RS. A eleição da nova diretoria ocorreu em 26 de novembro, durante assembleia geral da entidade no espaço Rio-Grandense da Fiergs, em Porto Alegre. Ele substituirá Jorge Romeu Ritter, diretor da Cerâmica Ritter ltda., que ocupa o cargo por seis anos. A aprovação da chapa única inscrita foi de 100% dos votos válidos.

Barboza se diz lisonjeado em ser o escolhido para lide-rar os caminhos da indústria cerâmica: “Este voto de confiança me traz muito orgulho”. Ele comenta que dará o seu melhor durante a gestão e que acredita no poder do setor: “Tentarei dar sequência ao ótimo trabalho desenvolvido por Ritter. Será uma longa caminhada, com muito a ser feito, mas acredito em um período de melhorias, inovações e muita parceria para o setor”. A posse da nova diretoria ocorrerá em 2016, com duração até 2018.

Na sequência, a gestora do Sebrae-RS na região Sinos, Caí e Paranhana, Carolina Strack Rostirolla, apresentou os resultados do projeto Ceramista Empreendedor Gaúcho e as ações previstas para 2016 (saiba mais na página 4). Também foi estabelecida a política salarial e aprovada a previsão orçamentária para 2016. No encerramento, Ritter recebeu uma homenagem especial da diretoria e sua equipe pelos seis anos de dedicação e trabalho à frente do Sindicer/RS.

Oeleita a nova diretoria do sindicer/rs

oi eleita, em 2 de dezembro, a nova diretoria da Anicer para o triênio 2016-2019. A eleição aconteceu durante a 4ª As-

sembleia Geral da Anicer, na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e contou com a presença de presidentes de sindicatos, diretores, entidades associadas e demais sócios filiados à Anicer. Natel Hen-

Fgaúchos integram diretoria da anicer

o dia 1º de dezembro foi realizada a 7ª reunião da Co-missão de Estudo Especial de Cerâmica vermelha (ABNT/

CEE-179). O encontro discutiu a revisão da norma ABNT NBR 8545 – Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos e também a revisão da norma ABNT NBR 15270 – Componentes cerâmicos. Representando o Rio Grande

Ncomissão de cerâmica debate norma

rique Farias de Moraes do Sindicer-MS foi eleito o novo presidente da Anicer, e seu vice-presidente será João Gomes de Andrade Neto, do Sindicer-PB. Integram também a diretoria da Anicer os empre-sários cerâmicos gaúchos Jorge Romeu Ritter, eleito diretor da área ambiental, e Juan Carlos Germano, diretor de Marketing.

Presidente: Argileu de Souza Barboza

vice-Presidente: Jorge Romeu Ritter

diretor secretário: Antônio Cristóvão Kipper

diretor tesoureiro: Juan Carlos leite Germano

diretores efetivos: André luiz de Souza Barboza, lino Marcon,

Fernando Roberto Bruxel

suplentes: Paulinho Antonio Menegotto, José Francisco

Cardoso Gil, Claudir Marin Fachinetto, Jacson Orlando lange,

luís Fernando Ritter, Fernando Werner vogel, José Martins Gil

conselho fiscal: Jerson luiz Eckert, Juan Roberto Germano,

Eduardo vogel

suplentes: Paulo Roberto dos Santos Soares Junior,

Marcos Elvo Woke

delegados representantes junto à fiergs:

Argileu de Souza Barboza, Jorge Romeu Ritter

suplentes: Antônio Cristóvão Kipper, Juan Roberto Germano

nova diretoria (gestão 2016-2018)

do Sul na reunião que ocorreu na sede da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), no Rio de Janeiro, estiveram presentes o presidente do Sindicer/RS, Jorge Romeu Ritter, os diretores do sindicato Juan Roberto Germano, Argileu de Souza Barboza e lino Marcon e o analista de serviços técnicos do Centro de Educação Profissional (CEP) Senai de Construção Civil, luiz Carlos Tubino.

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Página 4

panorama

Sind

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/RS

Fonte: Diário Oficial da União

om 100% da meta concluída, a fase piloto do projeto Ceramista Empreendedor Gaúcho – uma iniciativa do

Sindicer/RS, em parceria com a Anicer e com o Sebrae-RS – ter-minou em novembro na região vale do Sinos, Caí e Paranhana. Ao longo de 2015, foram realizadas oficinas e workshops sobre a Norma Regulamentadora 12 (NR-12), que estabelece regras para a segurança do trabalho, sobre planejamento financeiro, formação de preço dos produtos e gestão de pessoas. Além disso, ocorreram consultorias in company, realizadas por téc-nicos da Anicer, para preparar e auxiliar as cerâmicas gaúchas a conquistarem o certificado do PSQ e melhorar a produtivi-dade das micro e pequenas empresas do segmento. As visitas técnicas avaliaram os processos de produção, verificaram o aproveitamento do rendimento máximo das máquinas e fizeram treinamentos para a adaptação de 14 empresas a uma nova rotina de fabricação.

A gestora do Sebrae-RS nessas localidades, Carolina Strack, destaca que as consultorias foram importantes para identificar os problemas de cada cerâmica e criar soluções personalizadas. “As empresas tinham dificuldades diferentes. Assim, o atendimento foi realizado de acordo com as necessidades de cada uma”, explica. Nos 10 meses da primeira etapa foram realizadas 31 horas de capacitações, 880 horas de consultorias do PSQ e 96 horas de orientações gerenciais (18 delas relacionadas a finanças, 36 horas focadas em RH e 42 horas sobre marketing), além de 208 horas de consultorias tecnológicas. “A fase piloto foi um sucesso, representando uma ótima parceria com o Sindicer/RS e a Anicer”, avalia. A formatura ocorreu no dia 3 de dezembro, no Restau-rante Di variani, em São Sebatião do Caí, onde foi entregue o certificado de participação aos representantes das empresas. Em seguida houve um jantar promovido pelo Sindicer/RS.

Portaria Interministerial n° 812, de 29 de setembro de 2015, publicada pelos Ministérios da Fazenda e do

Meio Ambiente, atualizou os valores das Taxas de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA) do Ibama. Elas têm abrangência nacional e servem para monitorar atividades potencialmente poluidoras e que utilizem recursos naturais. A portaria incide

C

A

Piloto do ceramista emPreendedor gaúcho na fase final

Portaria atualiza as taxas ambientais do ibama

Para 2016, a proposta é focar em inovação tecnológica, eficiência energética, gestão estratégica e marketing e qualifi-cação de produtos no PSQ – Programa Setorial da Qualidade. Todas as consultorias contemplam curso e oficina referente a norma de desempenho.

atividades ainda seguem na zona sulNa região Sul do Estado, 67% das consultorias de qua-

lificação do PSQ estão concluídas, com finalização prevista para janeiro de 2016. A gerente regional Sul do Sebrae-RS, luciana Mello Fonseca, conta que as formações superaram as expectativas: “Além dos cursos regulares, os empresários foram convidados a participar de outras capacitações oferecidas pelo projeto nas áreas de recursos humanos, finanças, gestão e mar keting”. No total, nove empresas da região participaram das atividades.

Formatura dos empresários da região do vale do Sinos, Caí e Paranhana

sobre práticas que envolvam fauna e flora, licenciamentos e renovações. As empresas devem pagar a TCFA trimestralmente. Ela é definida pelo cruzamento entre o grau de poluição e a utilização de recursos naturais com o porte da empresa. Se o empresário realiza mais de uma atividade, deve pagar apenas por aquela de maior valor. Confira os novos preços:

grau de poluição e utilização

de recursos naturais

Pequeno

médio

alto

microempresas

r$ 128,80

empresa de

pequeno porte

r$ 289,84

r$ 463,74

r$ 579,67

empresa de

médio porte

r$ 579,67

r$ 927,48

r$ 1.159,35

empresa de

grande porte

r$ 1.159,35

r$ 2.318,69

r$ 5.796,73

Divu

lgaç

ão/P

lani

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aÇÕes para o setorPágina 5

ealizado pela Anicer, em parceria com o Sindicer/RS e o Sebrae Nacional, o projeto Cerâmica Sustentável é + Vida

foi criado para promover a sustentabilidade nas micro e pequenas indústrias de cerâmica vermelha. A iniciativa conta com um con-junto de ações para implementar uma nova gestão empresarial, a promoção da inovação tecnológica, a eficiência energética e licenciamento ambiental. No Rio Grande do Sul, o Monitoramento Ambiental é executado pela Planigeo, que presta orientações às empresas sobre as legislações federal, estadual e municipal, com base na documentação disponível.

Todas as empresas gaúchas que participam das consultorias ambientais do projeto receberam visitas técnicas em suas ins-talações. A iniciativa atende a 101 empresas do Estado e atua na qualificação da gestão dos empreendimentos, melhorando a qualidade dos produtos oferecidos. Segundo a consultora Sandra Gazen, o trabalho foi focado nas licenças ambientais, além de tabelar o que se usou de matéria-prima e averiguar o destino dos resíduos das fábricas. “Tentamos passar a ideia de que se deve usar o máximo do que a natureza oferece, evitando a degrada-ção do meio ambiente”, ressalta. As orientações repassadas aos empresários cerâmicos, segundo ela, foram fundamentais para o sucesso do trabalho: “Já prestamos serviços para o Sindicer/RS há algum tempo, mas foi a primeira vez – através da parceria com a Anicer – que conseguimos ir a todas as empresas e fazer um trabalho contínuo com elas”.

O diretor da Cerâmica veber, de Faxinal do Soturno, Mau-rício veber, diz que as consultorias se refletiram na postura da empresa em relação à sustentabilidade: “Com certeza foi um ótimo trabalho. Ajudou-nos muito a entender como fazer a ex-

Rfinalizadas visitas técnicas das consultorias ambientais Piloto do ceramista emPreendedor gaúcho na fase final

tração da argila com responsabilidade e como tratar os nossos resíduos”. Para o gerente comercial da Cerâmica Soares, de viamão, Júnior Soares, o trabalho foi muito positivo: “Fazemos um acompanhamento com a Planigeo há algum tempo. As consultorias ambientais são importantes para continuarmos trabalhando de maneira sustentável”.

De acordo com a Anicer, até novembro de 2015 foram re-alizadas cerca de 371 consultorias em todo o Brasil, e mais 53 estão em andamento até o fim do ano. Na avaliação do gerente técnico da Anicer, Bruno Frasson, o Cerâmica Sustentável é + Vida foi um sucesso no Estado: “As orientações nas empresas gaúchas trouxeram muita prosperidade. Em alguns casos, as empresas aumentaram sua produtividade em mais de 70% depois de par-ticiparem da iniciativa”. Ele também ressalta a importância do en-volvimento das entidades gaúchas. “As consultorias da região Sul representaram mais de 50% dos atendimentos de todo o projeto. Temos muito a agradecer às entidades envolvidas nesse trabalho, especialmente ao Sindicer/RS”, comemora Bruno Frasson.

s projetos de engenharia e arquitetura no âmbito das operações de financiamento habitacional do Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deverão corresponder à Norma de Desempenho e demais regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), assim como às exigências do Progra-ma Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). As novas medidas fazem parte da Resolução 735 do Conselho Curador do FGTS, cujos projetos deverão ser elaborados por empresas certificadas pelo Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas e Serviços e Obras da Construção Civil (SiAC). A resolução inclui também a obrigatoriedade da aquisição de ma-teriais qualificados pelos PSQs do PBQP-H, além de estimular o uso de tecnologias inovadoras, testadas e aprovadas pela Norma de Desempenho. A adequação das empresas deve começar a partir de 31 de janeiro de 2016.

OSindicer/RS alerta todas as empresas do setor que o prazo de pagamento da contribuição sindical patronal 2015 se

encerra no dia 29 de janeiro (último dia útil do mês). A modali-dade é obrigatória e abrange os empregadores industriais e os profissionais autônomos organizados em empresas atuantes no setor. Confira a tabela:

Ocontribuição sindical 2016fgts terá que se adequar às

normas técnicas e ao PbqP-h

1

2

3

4

5

6

classe de

capital social (r$)

de 0,01 a 14.070,17

de 14.070,18 a 28.140,34

de 28.140,35 a 281.403,35

de 281.403,36 a 28.140.335,29

de 28.140.335,30 a 150.081.788,20

de 150.081.788,21 em diante

alíquota

(%)

mínima

0,8

0,2

0,1

0,02

máxima

valor a

adicionar (r$)

112,56

168,84

450,25

22.962,51

52.978,87

Font

e: C

NI

linh

a

postagem nas redes sociais, camiseta e um selo para ser aplicado em notas fiscais e demais documentos da empresa.

encontro nacional no rsepois de 18 anos, o Encontro Nacional da Indústria de Ce-râmica vermelha voltou a ser realizado no Rio Grande do

Sul. Em sua 44ª edição, o evento, promovido pela Anicer com o apoio do Sindicer/RS, reuniu 1.697 pessoas, no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, de 16 a 19 de setembro. O encontro contou com seis clínicas tecnológicas, seis minicursos e dois fóruns empresariais, totalizando 872 participantes. Os principais temas abordados foram a qualificação dos processos cerâmicos, a importância de um bom líder, práticas sustentáveis, segurança no trabalho e oportunidades econômicas. Além disso, foram realizadas visitas técnicas às cerâ-micas Pauluzzi, de Sapucaia do Sul, João vogel e Kaspary – ambas de Bom Princípio –, com a presença de mais de 250 pessoas.

A qualidade das cerâmicas gaúchas também foi reconhecida no evento. Três empresas do Estado conquistaram o certificado do Programa Setorial de Qualidade (PSQ). Na categoria blo-cos, as contempladas foram as cerâmicas Santo Antônio, de Alvorada, e a Imperial, de Campo Bom. A Cirilo vogel, de Bom Princípio, garantiu o PSQ-Telhas.

Paralelamente ao Encontro Nacional, foi realizada a 18ª Exposi-ção Internacional de Máquinas, Equipamentos, Automotivos, Servi-ços e Insumos para a Indústria Cerâmica (ExpoAnicer), que contou com aproximadamente 100 marcas do Brasil e de países como Itália, Espanha, Estados Unidos e Grécia. De acordo com a Anicer, foram R$ 34,5 milhões de negócios gerados pelos expositores.

mudanças na nr-12urante todo o ano, os empresários e representantes do setor cerâmico lutaram para garantir mais direitos para o

segmento, aumentando a sua competitividade. Em 25 de junho, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou a portaria 857/2015 alterando a norma regulamentadora n° 12 (NR-12). A modificação foi elaborada dentro do trabalho da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), formada por representantes dos setores produtivo e governamental, além de trabalhadores. As principais mudanças foram: simplificação das regras para micro e pequenas empresas, dispensando-as da obrigação de inventário de máquinas e equipamentos e tornando a capacitação de cola-boradores mais simples; substituição do conceito falha segura por estado da técnica (as empresas podem realizar uma análise de riscos considerando as suas próprias características operacionais) e flexibilização dos sistemas de acionamento em extrabaixa tensão.

negociações coletivasdefesa de direitos também foi garantida em 2015 através das negociações com representantes da classe trabalhadora

de diversas regiões gaúchas, com o objetivo de encontrar soluções que agradassem tanto aos empresários como aos colaboradores. Elas foram encerradas em Porto Alegre, após a realização de duas reuniões em novembro. A comissão de negociações é assessorada pelo advogado Guilherme Guimarães e os diretores do sindicato luís Fernando Ritter e Argileu de Souza Barboza.

campanha para valorização do produto cerâmico

Sindicer/RS lançou a campanha de valorização do produto cerâmico

gaúcho. A ação tem por objetivo mostrar a qualidade e excelência do produto fabricado no Rio Grande do Sul perante os concorrentes, além de apresentar aos consumidores as vantagens de utilizar telhas, tijolos e outros itens de qualidade fabricados nas cerâmicas gaúchas. Para divulgação da campanha, o sindicato desenvolveu a elaboração de um folder institucional, banners para distribuição e

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Sindicer/RS, mesmo com a crise econômica, contabilizou muitas vitórias para a indústria cerâmica gaúcha. Se mobilizou juntamente com os empresários para ampliar a fiscalização de produtos vindos de outros estados, promoveu o projeto Ceramista Empreendedor Gaúcho, que garantiu a qualificação da gestão cerâmica, e em parceria com a Anicer também promoveu o 44º Encontro Nacional da Indústria da Cerâmica vermelha, além de disponibilizar diversos serviços exclusivos às empresas associadas. Acompanhe as principais ações da entidade, noticiadas ao longo deste ano no Infocer – informativo que está em seu quarto ano de existência.

ações de fortalecimento da indústria cerâmica gaúcha marcam 2015

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retrospectiva 2015

Sind

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ações de fortalecimento da indústria cerâmica gaúcha marcam 2015

D

D

PProjetos

ara garantir a qualificação do setor cerâmico gaúcho, o Sindicer/RS conta com o Programa Setorial de Qualidade

(PSQ). A iniciativa é promovida pela Anicer, responsável pela im-plementação, gerenciamento e manutenção dos PSQs de blocos e telhas, através do Programa Brasileiro da Qualidade e Produti-vidade do Habitat (PBQP-H), que é desenvolvido pelo Ministério das Cidades. Os programas têm o objetivo adequar o setor às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Com o intuito de estimular que mais empresas se qualifiquem no PSQ, o Sindicer/RS, em parceria com a Anicer e com o Sebrae-RS, desenvolveu ao longo do ano o Projeto Ceramista Empreen-dedor Gaúcho. A iniciativa contou com cursos, workshops e con-sultorias in company. No total, foram atendidas 23 empresas.

Outro projeto que beneficiou as cerâmicas gaúchas foi o Cerâmica Sustentável é + vida, que consistiu em consultorias de planejamento ambiental da Planigeo. Em todo o Brasil, foram realizadas cerca de 371 consultorias. No Rio Grande do Sul, 101 empresas foram atendidas.

tratativas com o governoevido aos reflexos negativos às empresas trazidos pela en-trada de material cerâmico de fora do Estado, o Sindicer/RS

reivindicou, em 2015, maior fiscalização das fronteiras gaúchas. Em março a diretoria do sindicato se reuniu com o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, para discutir melhores con-dições para o setor. Esta iniciativa resultou na operação conjunta da Receita Estadual, Superintendência do Inmetro/RS, Tesouro

do Estado e o Batalhão Fazendário da Brigada Militar, chamada Operação Telhado de vidro III, que visava à investigação da entra-da de produtos irregulares vindos de outros estados, acarretando assim na concorrência desleal sofrida pelas cerâmicas gaúchas.

A ação conjunta aconteceu no posto da Receita Estadual, em Torres, no litoral norte gaúcho, e emitiu 193 termos de coleta de amostras de blocos cerâmicos, havendo reprovação em 78% dos testes formais feitos pelo Inmetro.

As licenças ambientais, um desafio crescente para o setor, foram a pauta da audiência de representantes do Sindicer/RS com a secretária estadual do Meio Ambiente, Ana Pellini, em reunião realizada em abril, quando se discutiram as adversidades

encontradas pelos ceramistas. Também foram discutidas as leis ambientais e a demora na análise das solicitações pela Fepam.

eventose 10 a 14 de março, foi realizada a 21ª Feicon Batimat – Salão Internacional da Construção, no Pavilhão de Ex-

posições do Anhembi, em São Paulo. O evento teve como pauta a economia de água, energia e também discutiu os sistemas construtivos industrializados. Ainda em março, de 12 a 14, foi a vez da Feira de Negócios e Arena de Conhecimentos para a Indústria da Cerâmica vermelha (Anfamec), realizada no Expo Dom Pedro, em Campinas.

voltada especialmente para o mercado gaúcho, a 18ª Cons-trusul atraiu mais de 68 mil pessoas de 5 a 8 de agosto, na Fenac, em Novo Hamburgo. O 3º Seminário de Inovação e Tecnologia da Construção, promovido pelo Sinduscon-NH, contou com a abertura do presidente do Sindicer/RS, Jorge Ritter.

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-RS

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consulta pública

projeto de revisão da norma ABNT NBR 14859, partes 1, 2 e

3 – elaborado pela Comissão de Estudo Especial de laje Pré-Fabricada, Pré-laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas (ABNT/CEE-094) –, já está disponível para Consulta Nacional, no site da ABNT, até 17 de outubro. Nesta etapa, qualquer pessoa ou entidade interessada no tema pode en-viar comentários e sugestões ou então re-comendar a sua desaprovação, devendo, neste caso, apresentar as objeções técnicas que justifiquem sua manifestação. Acesse o projeto em http://www.abntonline.com.br/consultanacional.

Desde 2008, o projeto está em discussão na CEE-094. A indústria de cerâmica vermelha do RS esteve presente em diver-sas reuniões através do representante Marcos Dittmar Kopsch, técnico em cerâmica, e empresários do setor. A ABNT NBR 14859, sob o título geral Lajes pré-fabricadas de concreto, tem previsão de conter cinco partes. Apenas as partes 1, 2 e 3 estão sob Consulta Nacional, que tratam dos requisitos para vigotas,

Onorma de lajes Passa Por consulta

minipainéis e painéis (Parte 1); requisitos para elementos inertes para enchimento e forma para lajes pré-fabricadas (Parte 2), e requisitos de armadura treliçada eletrossoldada para lajes pré-fabricadas (Parte 3). O projeto não tem valor norma-tivo, e nesse ínterim continuam em vigor as normas anteriores relativas ao objeto da normalização.

Os produtos de cerâmica estão inseridos na parte 2 da NBR 14859, que especifica os requisitos para recebimento e utilização dos elementos inertes a serem empregados

na execução de lajes pré-fabricadas nervuradas, para qualquer tipo de edificação. O item Tipos de elementos pré-fabricados não estruturais, constituído de materiais caracterizados por ruptura frágil ou dúctil, define as características geométricas da lajota cerâmica, do suporte cerâmico e de outros elementos. A norma e seus ane-xos apresentam ainda os requisitos de dimensões e tolerâncias, a resistência característica, defeitos, condições de fornecimento e encomenda, inspeção, amostragem e ensaios, entre outros.

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balanço da gestão 2010-2015

Confira outras ações das duas últimas gestões (2010-2015), comandadas pelo empresário cerâmico Jorge Romeu Ritter:

criação do infocer – veículo de comunicação oficial do Sindicer/RS foi concebido em 2012 para levar novidades, informações e notícias sobre o setor a diferentes regiões do Estado. Ele é bimestral e busca estreitar o relacionamento com as empresas da área e demais parceiros.

Projeto ceramista empreendedor gaúcho – oferece assessoria técnica, consultorias e qualificações para as olarias e cerâmicas do Estado. O projeto-piloto se iniciou em 2015 e terá continuidade no próximo ano, com novas atividades e regiões.

cursos e palestras – diversas capacitações foram realizadas, com a Anicer, Fiergs/CNI e Fiergs/Copemi abordando temas como NR-12, gestão de crises e fiscalização de trabalho, entre outros. Além disse, foram viabilizados os cursos técnico em cerâmica (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Feliz) e de gestão tecnológica (Instituto de Materiais Cerâmicos – Núcleo Universitário vale do Caí).

convênios – ampliação de descontos com o laboratório Cerâmica Senai-RS, parceria com a Anicer para realização de consultorias na área ambiental e incorporação de resíduos através da Planigeo junto ao projeto Cerâmica Sustentável é + Vida. Também houve aumento do subsíduo do Sebrae-RS às micro e pequenas empresas no Bônus Metrologia (30% para 80 %).

normas da abnt – participação ativa nas reuniões de revisão da Normas ABNT de lajes, tijolos maciços e NBR 15.270

combate a não conformidade – acompanhamento das ações executadas pela Anicer, gestora do PSQ, que verificou se a comercializa-ção de produtos cerâmicos está em conformidade com as normas vigentes. Foram analisados 22 ensaios pelo laboratório de Cerâmica do Senai-RS (o índice de aprovação do RS foi de 15,38% e o de SC, 11,11%).

eventos – apoio e a participação em eventos, como as feiras Internacional Ceramitec Alemanha, Construsul e Expocever, encontros Nacional da Indústria e da Anicer, entre outros, para troca de experiências de empresas associadas e parceiras.

avaliação da indústria de blocos e telhas do rio grande do sul e santa catarina e seus impactos na economia gaúcha – Estudo desenvolvido pela Ufrgs em 2013, a pedido do sindicato. A iniciativa mostrou às autoridades a necessidade da melhoria de condições ao setor.

70 anos do sindicer/rs – realização de almoço comemorativo na Fiergs, homenagem aos ex-presidentes, publica-ção alusiva ao aniversário, lançamento do vídeo institucional da entidade, além da distribuição de brindes e bótons.

44º encontro nacional da indústria de cerâmica vermelha – em 2015 o maior encontro nacional do setor foi realizado no Rio Gran-de do Sul, com o apoio do Sindicer/RS. O momento foi de integração e troca de experiências com empresários e ceramistas de outros estados, além da qualificação e apresentação de novas tecnologias.

campanha de valorização do produto cerâmico gaúcho – as ações envolveram a elaboração de um folder institucional, banners, camiseta e um selo para ser colocado em notas fiscais e demais documentos da empresa.

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obrigação de decorar a casa somente com cerâmicos lisos em tons de bege e marrom ficou para trás. Atualmen-

te, o mercado ceramista apresenta inúmeras novidades, como impressões em alta definição e em 3D, produtos antipichação e texturas capazes que reproduzir com perfeição qualquer pai-sagem do mundo. As mudanças também se estendem para a área das cores, que, cada vez mais, apresenta diferentes opções de escolha para os clientes.

De acordo com a arquiteta Fabiana Müller, a tendência em relação às cores na cerâmica é a utilização de tons com a aparência envelhecida e a variação de tonalidades entre uma peça e outra. Para combinar mais de uma cor no mesmo espaço, Fabiana aponta

Acores dão vida à cerâmica

que é preciso considerar o tipo de ambiente que está sendo decorado: “Para ambientes mais agitados pode-mos criar uma sobreposição de cores opostas, como azul e amarelo. Para apartamentos, o mais fácil é trabalhar com sobreposições de tons diferentes da mesma cor, como preto e cinza”.

Apesar de não influenciarem mui-to nas propriedades da cerâmica, as cores escuras tendem a ter uma resistência menor à abrasão. Além disso, as cores mais vibrantes costumam ser mais caras.

retrospectiva gestÕes 2010-2015

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artigo

ela sexta vez o governo federal adiou o cronograma de implantação do Sistema de escrituração digital das

obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas (eSocial), prorrogando para setembro de 2016 a obrigatoriedade de prestação de informações por meio do eSocial daquelas empresas com faturamento no ano de 2014 acima de R$ 78 milhões. A partir de janeiro de 2017, essas empresas serão obrigadas a prestar informações referentes à tabela de ambientes de trabalho, comunicação de acidente de tra-balho, monitoramento da saúde do trabalhador e condições ambientais do trabalho.

Os demais empregadores, incluindo-se as microempresas e empresas de pequeno porte, como o empreendedor indivi-dual com empregado, o empregador doméstico, o pequeno produtor rural, o contribuinte individual equiparado à em-presa e o segurado especial que possua trabalhadores que lhes prestem serviços, deverão enviar as informações sobre os seus empregados por meio do novo sistema a partir da competência de janeiro de 2017. Já os eventos relativos ao ambiente de trabalho devem ser enviados pelos demais entes utilizando o eSocial a partir da competência julho de 2017.

Inevitavelmente a integração e informatização das informações relacionadas ao trabalhador serão efetivadas por parte do governo, custe o que custar. Cumpre observar que recentemente a matéria relacionada ao eSocial esteve em voga pelo episódio envolvendo os empregadores domésticos e a emissão das referidas guias de contribuições previdenciárias e fiscais. Foram inúmeros relatos e inclusive vivências de empregadores domésticos que passaram horas em frente a um sistema que, notoriamente, não possuía estrutura técnica para organização e emissão de simples guias de pagamento. Tal realidade que se avizinha aos demais empregado-res, sejam eles grandes, médios ou pequenos, possivelmente não

Pgoverno federal altera cronograma de imPlantação do esocial

terá final diferente daquela vivenciada pelos domésticos.

Isso porque a sequên cia de prorrogações transcende apenas os aspectos políticos. O processo da informatização e do desenvolvi-mento técnico estatal sabidamente não acompanhou a realidade de muitas empresas, motivo pelo qual tais prorrogações não decorrem de mera liberalidade. Ademais, assim como ocorreu com o processo de informatização da receita federal brasileira ao longo das duas últimas décadas, o eSocial parece trilhar o mesmo caminho. A organização das informações trabalhistas e previdenciárias, em tese, tende a ser revolucio-nária, garantindo não apenas o controle e cruzamento de tais informações ao governo, mas a segurança ao empregador de que contribuições recolhidas e dados estão em um único sistema, evitando-se extravio ou perda de documentos.

Ainda, de acordo com o que promete o novo sistema, ha-verá a simplificação da prestação das informações referentes às obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, de forma a reduzir a burocracia para as empresas. A prestação das informações ao eSocial substitui o preenchimento e a entrega de formulários e declarações separados a cada ente.

Por fim, independentemente de quaisquer outras alterações no calendário, a figura de implantação e efetivação do eSocial ocorrerá, cabendo aos empregadores o assessoramento prévio seja no âmbito técnico quanto jurídico. Em outras palavras, este é o momento de organizar-se com o objetivo de evitar maiores impactos quando da sua definitiva implementação.

Douglas Pereira de Matos advogado trabalhista do escritório silveira advogados

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noviDaDes

presidente do Sindicer/RS, Jorge Ritter, e a executiva do sindicato, Cristine Anversa, estiveram presentes no 10°

Encontro Nacional da Indústria (Enai), promovido pela Confe-deração Nacional da Indústria (CNI) entre os dias 11 e 12 de novembro. O evento ocorreu no Centro Internacional de Con-venções do Brasil, em Brasília, e discutiu os desafios da política e da economia em um cenário global de pós-crise.

Com o tema Brasil: ajuste e correção de rota, o Enai teve diversas palestras e painéis que abordaram as perspectivas para o futuro econômico brasileiro. O Ministro da Fazenda, Joaquim levy, senadores e deputados do Congresso Nacional, o presi-dente do Conselho da J&F Investimentos, Henrique Meirelles, o sócio-diretor da McKinsey Brasil, vijay Gosula, o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, foram alguns dos palestrantes do encontro. O encerramento contou com a palestra magna do 42º presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, que com uma visão otimista afirmou que em cinco

workshop Gestão de Crise, realizado pelo Conselho da Pequena e Média Empresa (Copemi) da Federa-

ção das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), aconteceu no dia 5 de novembro. Em um encontro, que foi das 14 às 18 horas no Centro de Eventos da Fiergs, 35 empresários debateram a desmitificação dos aspectos legais da gestão de crise, juntamente à governança corporativa. O evento teve o apoio do Sindicer/RS, e contou com a presença do presidente

residentes de sindicatos da indústria cerâmica se reuniram nos dias 15 e 16 de outubro, em Cuiabá, para debater os

desafios do setor. Durante o 2º Intercâmbio de lideranças Setoriais da Indústria Cerâmica, realizado na sede do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), foram apresentadas as boas práticas do segmento. No primeiro dia do evento, o presidente do Sindicer/MT apresentou o projeto de ge-

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sindicer/rs Presente no 10° enai

debate sobre gestão de crise reúne 35 emPresários na fiergs

2º intercâmbio de lideranças discute fortalecimento do setor

anos a crise econômica terá sido superada pelo Brasil. Ele ainda garantiu que os EUA necessitam dessa recuperação, pois o Brasil é o seu principal parceiro comercial no hemisfério sul.

renciamento de resíduos sólidos. Ainda no período da manhã, os presidentes, representando cada estado da federação, revisaram os desafios e propostas definidas no 1º Intercâmbio, realizado no ano passado. À tarde, eles elaboraram um plano de ação das novas propostas que surgiram para serem implementadas nos estados. No segundo dia do encontro, o grupo conheceu de perto algumas indústrias cerâmicas e a extração mineral da “Coopencer” (primeira cooperativa de extração mineral de cerâmica do Brasil, fundada em 2002). O 2º Intercâmbio de lideranças Setoriais da Indústria Cerâmica é organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), em parceria com as Federações. Foi proposto a criação de uma câmara da Cerâmica vermelha junto à CNI para apresentação de projetos junto aos órgãos federais, aumentando a defesa do setor, a articulação política e integração dos interesses setoriais.

da entidade, Jorge Romeu Ritter, e do vice-presidente, Antônio Cristóvão Kipper.

A primeira palestra foi ministrada pelo consultor Domingos Ricca e discutiu a governança corporativa e a gestão de crise nas empresas familiares. Depois foi feita a demonstração do vídeo da Construtora Zagonel, apresentada como um case de sucesso. Para finalizar, ocorreu a palestra Reestruturação e recuperação judicial de empresas, com o advogado Roberto Martins, especialista na área.

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ReMetente: Av. Assis Brasil, 8787 Bloco10 / 3ºandar CEP 91140-001 – Porto Alegre – RS – Brasil

empresa associaDa

ntes mesmo de a cidade de Alvorada ser um município, em 1963, Belmiro lindolfo Fauth fundou a cerâmica no

distrito de Passo do Feijó, na época parte de viamão. Devido a problemas de saúde, seus filhos, Magno, Belmiro João e Jonas, criaram a Empresa Fauth e Irmãos em 1966, logo após a emancipação do distrito e criação do município de Alvora-da. Em 1983, Magno Fauth se tornou o único proprietário da cerâmica, e assim a empresa altera a sua razão social para MJ Fauth & Cia ltda., e assumindo o nome fantasia Olaria Alvorada. Em 2004, Genaro Fauth, filho de Magno, ingressou na administração da empresa, e em 2013, ele e sua irmã, Denise Fauth lucchese, arrendaram a empresa. Além de sócia, Denise é gerente administrativa da empresa.

Segundo ela, desde o início da sua história, a Olaria Alvo-rada é especializada na fabricação de tijolos furados, também conhecidos por blocos cerâmicos de vedação. O produto inicial, em meados da década de 60, foi o bloco de vedação de 4 furos, hoje já ultrapassado. Atualmente, o carro-chefe da empresa é o bloco de vedação 9cm x 14cm x 19cm, tijolos de 6 furos. O

Aorgulho de suas raízes

empreendimento também produz mais sete tipos de blocos de vedação de medidas diversas, entre 8 e 9 furos.

A Olaria Alvorada tenta se manter antenada nas novidades do mercado para melhor atender os seus clientes, visando sempre ao desenvolvimento de produtos de qualidade, para atender o mercado nacional com aplicações na construção civil. “Fazemos uma adequação contínua, com novos equipamentos, tecnologias e produtos. Não podemos nos manter estagnados, pois o mercado se apresenta acirrado”, afirma Denise. Ela também ressalta que seus produtos primam pela satisfação do cliente, combinada ao cuidado com o meio ambiente, tudo isso com uma atuação sistêmica e atendimento personalizado.

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Arquivo pessoal