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ASSIM QUE SE FAZ Na EM Atenas, a turma consulta o alfabeto na parede para conferir a grafia correta das letras. Foto: Gilvan Barreto

Pendurado na parede desde o primeiro dia de aula, ele ocupa uma posio central na classe - de preferncia, acima do quadro, no campo de viso de todos os alunos. Material de apoio precioso para um ambiente alfabetizador na Educao Infantil e nas sries iniciais do Ensino Fundamental, a ele que os pequenos recorrem quando querem encontrar uma letra e saber como graf-la. Se sabem que "gato" se escreve com G, mas esqueceram o jeito dele, s caminhar pela sequncia de letras at encontr-lo. Se na hora de escrever "mar" bater a dvida de quantas perninhas tem o M, a resposta tambm est l. O alfabeto da classe um companheiro permanente para quem ensaia os primeiros passos no universo da escrita. No espanta o consenso de que um alfabeto, organizado em cartazes ou painis de tamanho razovel, deve estar presente em toda - sim, em toda - sala de alfabetizao inicial. Afinal, ele um precioso instrumento de consulta para as situaes de escrita, uma das quatro situaes didticas mais importantes nesse processo (as outras trs so a leitura pelo professor, a leitura pelo aluno e a produo oral com destino escrito, quando o professor atua como escriba). Se voc leciona para pr-escola, 1 ou 2 ano, precisa dominar essas prticas. Para que o alfabeto realmente ajude na compreenso do funcionamento da escrita, preciso saber us-lo. Isoladamente, ele no nada alm de uma lista de letras. Apenas mandar a garotada ler a sequncia de A a Z no faz ningum avanar na alfabetizao. "Memorizar a ordem das letras importante, mas esse saber deve ser acionado pelas crianas durante atividades de reflexo sobre a escrita", afirma Cllia Cortez, formadora do Instituto Avisa L, em So Paulo.

O que escrita pelo aluno na alfabetizao inicial1

Envie Imprima Uma situao didtica imprescindvel no ensino da lngua escrita A escrita pelo aluno na alfabetizao inicial uma situao didtica em que o professor cria condies para que o aluno escreva, antes mesmo de dominar completamente o funcionamento do sistema alfabtico. Os principais exemplos dessa situao so as atividades de escrita de textos memorizados (poemas, parlendas, canes, trava-lnguas) e de listas de palavras ou expresses de um determinado campo semntico familiar ao aluno (nomes dos colegas da turma, ingredientes de uma receitas, ttulos de histrias conhecidas etc). O registro desses textos pode ser feito com letras mveis ou com lpis e papel, a depender do conhecimento que a criana possui sobre o alfabeto e sua grafia. Nessas situaes, os alunos so convidados a pensar sobre as relaes grafofnicas e as peculiaridades da lngua escrita. A inteno fazer com que eles investiguem quais letras, quantas e onde us-las para escrever. Nesse contexto, as intervenes dos professores so fundamentais para provocar a reflexo nos alunos. preciso fazer questionamentos diversos para ajudar a criana a pensar. Alguns exemplos de perguntas carregadas de intencionalidade: a palavra que voc vai escrever comea com que letra? Termina com qual? por meio de reflexes desse tipo que as crianas entendem a ligao entre os sons e as possveis grafias. Isso no significa que a nica interveno possvel a pergunta e que os alunos precisam descobrir tudo sozinhos. O professor precisa perceber o limite dos alunos e deve fornecer informaes, conforme enfatiza a pesquisadora argentina Ana Maria Kaufman " importante que o professor, seja como for, ensine. Porque erros muito srios foram cometidos pensando assim: ah, se isso uma construo, a psicognese, h que se ver como a criana avana, temos de deix-la... No, o professor sempre deve ensinar, ler e escrever com as crianas e propor situaes de leitura e escrita e fornecer informao." Ateno: a situao de escrita pelo aluno no a nica atividade da alfabetizao inicial. Ela precisa ser articulada a outras trs situaes didticas fundamentais: a leitura pelo aluno, a leitura em voz alta pelo professor e a produo de texto oral com destino escrito (tambm conhecida como ditado para escriba). Confira abaixo quando esses roteiros sero publicados:

Por que ensinarEnvie Imprima

Porque mesmo as crianas no-alfabetizadas possuem hipteses sobre o sistema de escrita O trabalho de escrita pelo aluno durante a alfabetizao inicial necessrio, pois essa situao faz com que a criana coloque em jogo tudo o que pensa sobre a escrita. Ela reflete sobre suas hipteses, confrontando-as com as dos colegas e com as informaes oferecidas pela professora e pelo ambiente. Esses confrontos fazem com que o aluno reforce ou reelabore seus conceitos, avanando na compreenso do sistema alfabtico de escrita. Somente por meio dessa reflexo que a criana ter condies de compreender a relao grafofnica entre o que se escreve e o que se l. Trata-se, portanto, de um esforo intelectual, de reflexo, e no de um exerccio mecnico, de repetio ou memorizao, como se acreditava at pouco tempo atrs. Os alunos primeiro repetiam inmeras vezes as slabas j formadas (ba, be, bi, bo, bu) e depois tentavam formar palavras e frases utilizando as slabas que j haviam aprendido ("O burro corria para o correio", "Ivo viu a uva" e outras sem sentido algum). S depois de guardar todas as possibilidades, as crianas eram autorizadas a produzir pequenos textos. H ainda uma ltima justificativa para realizar essa situao didtica em sala de aula: ao escrever por conta prpria, os alunos tornam observveis suas ideias. Em outras palavras, por meio da escrita do aluno que se pode ter acesso s concepes elaboradas pela criana sobre o sistema alfabtico. A interpretao dessas escritas possibilitar ao professor conhecer melhor seu aluno, o que essencial para planejar boas situaes didticas, melhores intervenes e parcerias mais produtivas entre as crianas. Teste: voc sabe interpretar as hipteses de escrita dos seus alunos?

Parceiros em ao na alfabetizaoAgrupar as crianas uma estratgia importante na alfabetizao, j que a troca de conhecimentos leva reflexo sobre a escrita e faz todas avanaremTarso Augusto ([email protected]) Compartilhe

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ESCOLHA AS DUPLAS A parceria produtiva quando rene alunos com hipteses diferentes, porm prximas, para que haja troca entre eles.Fotos: Gilvan Barreto

A turma de Ana Cleide Souza parece estar em guerra. Ela tem 25 alunos de 1 ano na EM CAIC Alfredo Coelho de Magalhes, em Canind, a 126 quilmetros de Fortaleza. As crianas, reunidas em grupos, falam ao mesmo tempo, em alto e bom som. A algazarra to grande que a professora da sala em frente fecha a porta. Mas Ana garante: "No tem briga. Apenas barulho e muito debate. E o tema da conversa de todos a atividade proposta". Tudo que os pequenos discutem desse jeito acalorado sobre ler e escrever, sobre a posio da letra "p" ou o som da letra "m" numa determinada palavra. No combate. alfabetizao em grupo. O uso de atividades coletivas na sala de aula comeou a ganhar corpo aps a educadora argentina Ana Teberosky publicar no incio dos anos 1980 o livro Construo de Escritas Atravs da Interao Grupal, no qual defende que as crianas no chegam ao 1 ano sem saber nada de leitura e escrita, mas com hipteses sobre a construo dessa linguagem e que essas hipteses mudam quando elas interagem em situaes de escrita. "O desdobramento disso que a simples troca de ideias entre elas ajuda a desenvolver a compreenso sobre o funcionamento da escrita", diz a pedagoga Cristiane Pelissari, formadora do programa Ler e Escrever, da Secretaria Estadual de Educao de So Paulo, e selecionadora do Prmio Victor Civita - Educador Nora 10. Desde ento, a ideia de organizar grupos nas aulas evoluiu bastante, tornando esse tipo de atividade cada vez mais eficiente para a alfabetizao.

Mudanas de paradigmasO trabalho em grupo pressupe uma verdadeira mudana de paradigma, no apenas para os alunos mas tambm para os professores, que tm de rever valores. Na abordagem clssica, a interao entre estudantes costuma ser vista como um fator problemtico, com impacto negativo sobre a aprendizagem, pois atrapalha a velha frmula em que apenas o adulto dono de um conhecimento, que ele deve transmiti-lo e cabe aos alunos receb-lo. Na nova abordagem, tudo muda. "No se aprende a ler e escrever com memorizao, mas com reflexo sobre a lgica da linguagem, um processo de construo em que a troca importante", diz Cristiane.

preciso construir os chamados agrupamentos produtivos. Os melhores sempre so heterogneos, pois as diferentes opinies sobre o sistema de escrita deixam o debate mais rico e as possibilidades de confronto e troca aumentam. Quando o grupo homogneo, no h ningum que desestabilize, e a atividade se torna pouco produtiva. "Na hora de escrever determinada palavra, um aluno pr-silbico pode colocar uma grande quantidade de letras. Se ele est com um colega que tambm pr-silbico, fica por isso mesmo. Mas se est com um silbico, esse pode dizer que est errado e falar 'aqui vai o A ou o E e no precisa mais dessas outras letras'. Essa provocao faz o primeiro rever o aspecto quantitativo, enquanto o segundo refora o que sabe sobre o sistema de escrita ao ter de explic-lo", diz Ana Cleide.

INCENTIVE A REFLEXO importante oferecer sempre espao para que os estudantes possam refletir sobre o sistema de escrita enquanto escrevem.

Por outro lado, a distncia entre o conhecimento dos integrantes do grupo no pode ser muito grande. Muitas vezes, os professores juntam um aluno pr-silbico com um alfabtico em busca de um resultado final mais correto. Nesse caso, o mais avanado vai simplesmente se impor e o que ainda no domina o sistema vai continuar onde est, pois as elaboraes so muito diferentes. Na alfabetizao, o ideal costuma ser agrupar alunos de hipteses prximas. Alunos pr-silbicos se agrupam com silbicos, e silbicos tambm podem ir com silbico-alfabticos, que por sua vez funcionam bem com alfabticos. "Se o grupo for muito heterogneo, pode ser que um aluno fique para trs ou algum mais adiantado leve os outros nas costas. Isso tem de ser evitad", refora Carolina Monteiro, professora de 1 ano do Colgio Pedro II, no Rio de Janeiro. preciso planejar o tamanho mais adequado dos grupos de acordo com a atividade, sempre evitando juntar mais de cinco alunos. Quanto maior eles forem, maior a probabilidade de algum no participar. Para Carolina, o ideal no trabalho de alfabetizao so as duplas. NOVA ESCOLA acompanhou o trabalho dela em sala. Na atividade proposta, os alunos tinham feito uma pesquisa sobre sapos, em casa, com a ajuda dos pais. Na classe, cada um apresentou seus

resultados, contando o que tinha aprendido. Depois, ela formou duplas. O objetivo era redigir um texto de algumas linhas sobre os bichos. Enquanto um bolava o texto oralmente, o outro deveria escrev-lo, embora os dois pudessem discutir vontade tanto o ditado como a forma de redigir. Gustavo, silbico-alfabtico, ditou para Ana Beatriz, alfabtica: "A fmea maior que o macho". Ela escreveu o "a", um espao e o "f". Gustavo continuou: - "M". - No, tem outra letra, seno no faz o som de "fe". Gustavo pensou um pouco. - Coloca um "e", ento. - Isso, um "e"... Ana Beatriz completou com "m-i-a, espao, ", ("A femia ..."). Gustavo acompanhou e continuou soletrando: - "m-a". - Ainda falta... Um colega da dupla ao lado soprou: - "i-o-r". Os dois se olharam, concordaram e seguiram em frente, completando o "do" ("A femia maior do..."). - A vem "q" com "e". - No, est faltando uma letra - reclamou Ana Beatriz. - Um "a"? - No! - Ento no sei... - Para mim comea com um "q" e depois tem um "u"...

Gustavo escutou, olhou para o papel e disse: - Mas tem um "e". Ento ele vem depois do "u". - Isso! - E Ana escreveu "q-u-e". Gustavo ento soletrou: - "O, espao, m-a-x-o". - Terminou. No trabalho da dupla houve a interveno de um integrante de outra, mas a "conversa paralela" foi voltada para a atividade. E os dois discutiram a construo da frase, letra por letra, cada qual com seu conjunto de ideias, assimilando e opondo a opinio do outro de acordo com a prpria para produzir um resultado. Vale observar que o objetivo, como dito antes, no chegar frase "correta" do ponto de vista ortogrfico, mas promover a reflexo sobre como escrever. "O importante colocar a interao a servio da reflexo. No s a servio do resultado", diz Cristiane. "O momento mais difcil costuma ser em agosto, quando j h muitos alfabticos, que passam a cantar as respostas para os outros, que por sua vez no gozam seu momento de aprendizagem", afirma Ana Cleide. E aqui entra uma tarefa muito importante : planejar tambm atividades diferenciadas para os no-alfabticos e para os alfabticos, que precisam avanar e aprender ortografia, por exemplo. As atividades em grupo podem dar a falsa impresso de que o professor ter mais tempo livre, mas, quando todos os paradigmas mudam, pode ser que o trabalho seja mais difcil, principalmente no comeo, quando ainda preciso se adaptar. Voc talvez fale menos, mas vai precisar planejar exaustivamente cada atividade e cada agrupamento. A estrutura das aulas deixa de ser construda em cima de seu prprio conhecimento para ser baseada no que os alunos sabem. Isso requer uma avaliao constante e especfica de cada um. Por isso, a chave falar menos e observar mais, prestar ateno na conversa dos estudantes e tomar nota de comportamentos e percepes que sero importantes para reorganizar os grupos se necessrio.

Troca de papel

PLANEJE A ATIVIDADE O trabalho em grupo produtivo quando as crianas tm autonomia e no precisam da direo constante do professor Foto: Gilvan Barreto

Uma das maiores dificuldades do alfabetizador a forma de intervir, quando sua participao solicitada durante uma atividade. "Os alunos aprendem em interao, o que no quer dizer que a interveno do professor no seja importante", explica Cristiane. O educador no deve sonegar informao, nem entreg-la de mo beijada. Mas, como os grupos so heterogneos entre eles e dentro deles mesmos, encontrar o ponto certo em cada situao para garantir que todos participem e possam raciocinar com base na colaborao do professor uma verdadeira arte. A interveno do professor no visa ensinar um produto - por exemplo, necessariamente soletrando a resposta. O que se quer levar o aluno a avanar nas ideias de forma que ele possa integrar as novas informaes. E, como os professores costumam estar muito ligados ao resultado, mudar a abordagem em relao a isso um desafio especial no trabalho. importante entender quando a interao aluno/aluno pode ser mais produtiva que a interao professor/aluno. Enquanto a conduo do professor representa uma autoridade, entre si os alunos dialogam de igual para igual. "Se eu digo que algum est errado, ele bloqueia e no escreve mais. Porm, quando vem do colega, o confronto o faz repensar suas hipteses", diz Ana Cleide. Vencidos os desafios, as vantagens do trabalho em grupo aparecem no fim do ano. A turma de Ana Cleide chegou a dezembro com 100% de alfabetizados. A turma de Carolina comeou com oito pr-silbicos, dois silbicos, sete silbico-alfabticos e sete alfabticos e terminou 2008 com apenas um silbico, um silbico-alfabtico e 22 alfabetizados. O trabalho em grupo ainda desenvolve a socializao e o esprito de cooperao. "Isso uma lio que as crianas carregam para a vida toda, dentro e fora de sala", ensina Carolina.

Leitura pelo aluno para aprender a ler na EJAEnvie por email Imprima

Objetivos- Estabelecer correspondncia entre a pauta sonora e a pauta escrita do texto - Refletir sobre o funcionamento do sistema alfabtico de escrita - Refletir sobre a lngua escrita e a lngua falada

Contedo- Leitura na alfabetizao inicial de jovens e adultos

Anos1 e 2

Tempo estimado1 aula

Material necessrioCpias do refro da msica "Mulher Rendeira", de Z do Norte, e cpias da letra completa (ou de uma outra cano que todos os alunos da turma saibam cantar o refro). Se for possvel, providencie uma verso da prpria msica para ser ouvida na sala de aula.

Desenvolvimento1 etapa Inicie uma conversa com a turma sobre a msica "Mulher Rendeira". Quem conhece o refro? Para que os leitores no convencionais participem da atividade e aprendam com ela, imprescindvel que todos conheam de memria o refro da cano que ser trabalhada. Convide-os a cantar: "Ol, mulher rendeira / Ol, mulher rend / Tu me ensina a fazer renda / Que eu te ensino a namorar". 2 etapa Distribua uma cpia do refro para cada um dos alunos. Puxe novamente a cantoria, pedindo que os jovens e os adultos acompanhem com o dedo cada palavra cantada. Em seguida,

problematize: onde est escrita a palavra "renda"? Como vocs descobriram? Com que letra comea? Faa essa e outras questes que os faam refletir sobre a escrita das palavras. 3 etapa Pea para que encontrem e circulem a palavra "mulher", mas no escreva na lousa a palavra. Deixe que os alunos busquem suas prprias estratgias para cumprir a tarefa. Pergunte em que linha est a palavra "mulher". Uns diro na primeira, outros diro na segunda e outros ainda diro que ela aparece nas duas linhas. Confirme esta informao e pea para que todos encontrem a palavra "mulher" nas duas primeiras linhas. Agora, pea para que expliquem como encontraram a palavra solicitada. Pea sempre que justifiquem as escolhas ("Por que voc acha que esta a palavra?"), pois essa interveno convida os alunos a explicitarem o procedimento adotado para descobrir o que estava escrito. Em geral, os alunos adultos (e tambm as crianas) em fase inicial da alfabetizao podem identificar o que est escrito por meio de ndices grficos, como o tamanho da palavra, a letra inicial ou final. 4 etapa Volte palavra "mulher" e pergunte aos alunos se eles j ouviram pessoas falando esta palavra de outras formas, como "mui" ou "mul". Discuta com eles sobre as diferenas entre a lngua falada e a lngua escrita. 5 etapa Distribua as cpias da letra completa. Se for possvel, oua a cano e convide os alunos a cantar. Caso contrrio, leia a letra em voz alta e pea para que eles acompanhem a leitura, tentando ajustar o falado ao escrito. Conclua a atividade conversando sobre o tema tratado na cano. Avaliao Registre suas observaes sobre a participao dos alunos: quais foram as pistas utilizadas para ler? Recorreram a palavras ou partes de palavras conhecidas, como por exemplo, o nome dos colegas da classe? Como justificaram as escolhas?

49 ESTRATGIAS PARA ALFABETIZAO