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JOGOS E BRINCADEIRAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA:

INSERÇÕES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Professora PDE: Rosimeri Gehlen Rocha Gricolo Professora Orientadora: Vânia Rosczineski Brondani

Resumo

Este é um artigo científico cujos objetivos nortearam-se em resgatar os jogos e

brincadeiras infantis antigas, principalmente as praticadas pelos pais dos alunos do

ensino fundamental, para proporcionar a devida socialização e também, a um novo

significado dos jogos no contexto escolar, em especial às aulas de Educação Física.

É um estudo que se baseia na pesquisa bibliográfica e de campo, sendo o objeto e

alvo de estudo os alunos da 6ª série do ensino fundamental do Colégio Estadual

Presidente Arthur da Costa e Silva, no município de Mariópolis. Estudar-se-á sobre a

função dos professores no ambiente escolar nas atividades a serem praticadas nas

aulas de Educação Física, a importância do lúdico para a formação do processo de

aprendizagem dos alunos e, por fim, os jogos e brincadeiras que os pais, avós e

demais familiares vivenciaram na sua infância. Os resultados foram obtidos por meio

da aplicação do Projeto de Intervenção Pedagógico, em que os alunos participaram

de tudo o fora proposto pelo professor. Concluiu-se que, apesar da resistência

inicial, os alunos aceitaram as atividades propostas pela professora, a qual logrou

êxito e sucesso nessas aplicações.

Palavras- chave: Educação Física. Lúdico. Educação Básica.

1 INTRODUÇÃO

Os jogos e brincadeiras estão presentes em todas as fases da vida dos

seres humanos. De alguma forma o lúdico acrescenta um ingrediente indispensável

no relacionamento entre os alunos, possibilitando que a criatividade aflore, para que

o educando, ao brincar ou jogar sinta prazer em estar em companhia de outras

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crianças, interagindo com elas, deixando de lado a rivalidade e disputa, que muitas

vezes gera conflitos, causando transtornos nas aulas de educação física como

também para a escola.

O mundo informatizado trouxe muitos benefícios para a humanidade, mas

o que se observa é que as crianças estão deixando de brincar em pátios e ruas para

ficar em frente aos jogos de computadores e muitas vezes jogos que induzem a

violência, esquecendo-se de ter uma vida social, inclusive.

As brincadeiras vividas pelas pessoas de mais idade aos poucos foram

esquecidas, pois a era da globalização trouxe para dentro das casas várias

tecnologias, tais como: televisão, vídeo-game, aparelhos de som e por finalmente os

computadores. No desejo de verem os filhos ocupados ou entretidos com alguma

coisa, muitos pais abordam estratégias de distração para que os mesmos não

percebam sua ausência, além de se tratar também, de uma forma de segurança.

Jogando e brincando o aluno pode ter a oportunidade de desenvolver

habilidades indispensáveis para ter um bom relacionamento quando se tornar um

adulto e, principalmente, com as pessoas com quem convive. Essas habilidades

podem ser: atenção, afetividade, concentração, cooperação, companheirismo, etc.

A finalidade desse trabalho se resume ao resgate e valorização dos jogos

e brincadeiras infantis, principalmente os mais antigos, de modo a proporcionar uma

socialização aos educandos e também a resignificação dos jogos no contexto

escolar.

Com o surgimento dos vídeos-game e computadores, e pelo fácil acesso

e modo de aquisição, as pessoas passam a maior parte do tempo em frente às

máquinas, esquecendo-se de serem crianças e não desenvolvem o brincar e tão

pouco não processa a aprendizagem.

Mostrar para elas que há um espaço fora de casa, onde eles podem

correr, pular amarelinha, jogar bolita, pular tábua, aprender a disputar de modo

saudável, enfim, desenvolver a criatividade ao criar seus próprios brinquedos.

Há algumas indagações que se fazem pertinentes para o presente

estudo: De que modo a inversão social influencia nas atitudes dos educandos,

tornando-os agressivos e individualistas no ambiente escolar? O que o ambiente

escolar, pode trazer de benefícios para o aluno a partir da ludicidade nas aulas de

Educação Física? Como estimular o gosto dos alunos por jogos e brincadeiras, já

que a grande maioria somente se interessa pelo esporte?

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Possui como objetivo geral, analisar como o processo de aprendizagem

em Educação Física nas escolas públicas, pode sensibilizar o educando para outras

de formas de atividades, valorizando a área da ludicidade. E, como objetivos

específicos: Implantar jogos e brincadeiras antigas; Incentivar que o aluno pesquise junto aos seus

familiares como eles brincavam; Estimular a convivência em grupo com menos individualismo e

agressão; Incitar a criatividade e a flexibilização para aceitar outros tipos de jogos e brincadeiras;

Ensinar que se deve respeitar a opinião dos outros colegas.

Este estudo será realizado por meio de pesquisa bibliográfica. Será objeto

de estudo uma turma de 6ª série, cujo propósito é analisar como ocorre o processo

lúdico na formação dos educandos do ensino fundamental, de modo a resgatar,

conhecer, vivenciar e valorizar os jogos e brincadeiras infantis.

O procedimento de coletas será feito em fontes de papel, visto, pois que

são estudos bibliográficos e documentais. Além da pesquisa bibliográfica, pretende-

se fazer uma pesquisa de campo, onde os alunos serão alvo de pesquisa para

compor o texto deste estudo, pois a pesquisa de campo é o “lugar natural onde

acontecem os fatos e fenômenos. A pesquisa de campo é a que recolhe os dados in

natura, como percebidos pelo pesquisador” (SANTOS, 2002, pág. 28).

Trata-se de um trabalho investigativo e de intervenção a ser realizado na

perspectiva da pesquisa exploratória, com aporte bibliográfico. Os propósitos

motivadores do presente trabalho, situam-se na busca de conhecer a realidade do

processo de colonização desencadeado pela etnia italiana e sua influência na

transmissão da cultura da dança folclórica, com os alunos do Ensino Médio do

Colégio Estadual Presidente Arthur da Costa e Silva.

Será bibliográfica para a obtenção de dados e informações que servirão

de base para a pesquisa que é de cunho qualitativo e quantitativo descritivo,

segundo Cervo “qualquer espécie de pesquisa, em geral supõe e exige uma

pesquisa bibliográfica prévia, quer para o levantamento do estado da arte do tema,

quer para fundamentação teórica ou ainda para justificar os limites e contribuições

da própria pesquisa” (2002, p 65).

É do tipo exploratória, pois visa proporcionar ao pesquisador uma maior

familiaridade com o problema em estudo. Para Malhotra (2001), o objetivo principal é

possibilitar a compreensão do problema enfrentado pelo pesquisador. A pesquisa

exploratória é usada em casos nos quais é necessário definir o problema com maior

precisão e identificar cursos relevantes de ação ou obter dados adicionais antes que

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se possa desenvolver uma abordagem. Como o nome sugere, a pesquisa

exploratória procura explorar um problema ou uma situação para obter critérios e

compreensão.

Serão explicados sobre a função dos professores no ambiente escolar,

onde será resumido o papel da ludicidade nas aulas de Educação Física, como os

jogos e brincadeiras podem trazer benefícios na aprendizagem do aluno e

apresentar-se-ão os jogos e brincadeiras que os pais dos alunos, brincavam e

jogavam no seu tempo de criança, com os respectivos históricos.

E, por fim será apresentado um relatório das atividades exercidas nas

aulas de Educação Física, bem como depoimentos de professores de outras

disciplinas para saber se houve de fato o desenvolvimento da criatividade e atenção

por parte dos alunos.

2 JOGOS E BRINCADEIRAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA:

INSERÇÕES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

No ambiente escolar tem-se falado muito entre os educadores em mudar

os métodos de ensino, mas pouquíssima coisa – quase nada – é feito para se

resolver a questão. As queixas é que as crianças têm passado tempo demais em

frente de computadores e televisão e que não realizam as tarefas passadas pelos

professores, ou quando vão para a escola, na disciplina de educação física, somente

querem praticar esportes, como jogar futebol ou voleibol.

A concentração e atenção dos alunos está ficando prejudicada pela era

da globalização. Mas a quem se deve culpar? Aos pais por não terem tempo

suficiente para passar com seus filhos, ou aos professores que estão diariamente

cumprindo com seu papel como educador e formadores de opinião.

O processo de educação de crianças de ensino fundamental, na área de

educação física, tem que estar relacionado ao momento de aprendizado por meio da

recreação desses alunos, focado no desenvolvimento tanto físico, quanto mental das

crianças, além de proporcionar a interação social entre os alunos. A escola é um

ambiente em que o educando utiliza para passar o tempo livre, com horas de estudo

e recreação. Nesse sentido, ao praticar algum jogo ou brincadeira, a criança passa a

ser mais responsável por sua ação, “nos limites de suas responsabilidades de

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desenvolvimento e dos recursos mobilizados pelos processos de aprendizagem”

(MACEDO, PETTY e PASSOS, 2005, pág. 9)

Por essa razão, Santos e Cruz (1999) explicam que, por intermédio da

ludicidade, a criança tem a oportunidade de socializar-se com outros colegas,

desenvolvendo a comunicação e expressão do conhecimento adquiridos em sala de

aula.

Froebel apud Almeida (2000) entende que a pedagogia precisa apreciar o

aluno como um ser que pensa, como uma atividade criadora, imaginativa, dotada de

sentimentos e, os professores devem estimulá-los a desenvolver essas qualidades.

A necessidade de valorizar o lúdico no processo de ensino-aprendizagem

nas escolas públicas trará benefícios aos alunos, pois os mesmos incorporam as

atividades aprendidas na escola e agregam com elementos vivenciados em suas

casas.

Nas palavras de Froebel apud Almeida (2000, p. 23) “(...) o grande

educador faz do jogo uma arte, um admirável instrumento para promover a

educação para as crianças”.

O professor de educação física mostrará outros benefícios aos alunos,

porque com o lúdico, o aluno ainda poderá ter maior rendimento em outras

disciplinas, pois a capacidade de pensar, de raciocinar e de memorizar estarão

evoluídos, além dos benefícios para a saúde mental e física e ainda, na sua

convivência com outros colegas. (ALMEIDA, 2000)

Enquanto pessoa, o professor de educação física pode proporcionar aos

educandos momentos de recreação, o qual deve ser aproveitado para que a criança

vivencie experiências novas, onde este busca por momentos de diversão e de

prazer, ensina Awad (2010).

Para Murcia (2005, p. 91) a missão do professor de Educação Física é

elaborar uma programação de aula adequada para obter com êxito a utilização da brincadeira como conteúdo essencial do currículo no ensino fundamental e como fio condutor e ferramenta obrigatória para a obtenção da aprendizagem significativa, globalizadora e interdisciplinar.

O professor precisa passar um objetivo a ser alcançado pelo aluno, de

modo que as atividades elaboradas não sejam apenas mais uma atividade,

proporcionando valores conceitos e conteúdos que serão incorporados pelo aluno,

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pois acredita-se que os mesmos irão descobrir entre outros, habilidades até então

desconhecidas.

2.1 JOGOS E BRINCADEIRAS E O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO

Os jogos e brincadeiras nem sempre foram vistos como métodos de

recreação pelos pais. Antigamente, quem tinha condições financeiras, preparava o

filho para que tivesse um bom futuro (economicamente falando), e os pais pobres,

somente esperavam que seus filhos tivessem certa idade para que começassem a

trabalhar e poder ajudar no sustento da casa, sem tempo para brincar. Assim, os

jogos e brincadeiras eram vistos como futilidades, que não trariam nenhum beneficio

à criança.

Entende-se que

Cada época e cada cultura têm uma visão diferente de infância, mas a que mais predominou foi a da criança como ser inocente, inacabado, incompleto, um ser em miniatura, dando à criança uma visão negativa. Entretanto, já no século XVIII, Rousseau se preocupava em dar uma conotação diferente para a infância, mas suas idéias vieram a se firmar no início do século XX, quando psicólogos e pedagogos começaram a considerar a criança como uma criatura especial com especificidades, características e necessidades próprias. (SANTOS e CRUZ, 1999, pág. 19)

Mas com o passar do tempo, os psicólogos e pedagogos começam a

considerar que as crianças realmente teriam necessidades e características

próprias, fortalecendo a idéia de que a recreação pelo lúdico poderia ser eficiente,

porque é considerada, conforme explica Santos (1999), como uma atividade natural

do ser humano, onde a criança possui o direito de brincar e se divertir de maneira

saudável.

Como crianças aprendem rápido e têm muita curiosidade, a vontade de

explorar algo novo as tornam sujeitas ativas, por isso que as atividades tem que ser

construtivas para elas, retirando-lhes o medo de interagir com outras crianças e

aproveitando-se o tempo ao invés de ficar em frente a um computador. “as

atividades propostas devem basear-se em uma organização do espaço e na oferta

de materiais de forma a possibilitar a iniciativa, a ação independente e a imaginação

das crianças”, explicam Abramowicz e Wajskop. (1999, pág. 13)

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E completam que ao brincar, a criança experimenta sensações novas, por

meio das repetições, aprende a ter outras formas de pensar e de compreender o que

está se passando no mundo real, mas para isso, “as crianças precisam de espaço

para movimentar-se, correr, esconder-se, olhar-se, engatinhar, andar, saltar, pular,

experimentar, mexer, descansar”. (ABRAMOWICZ E WAJSKOP, 1999, pág. 30).

Trata-se então de uma atividade social, imaginativa e interpretativa, onde existem

regras de convivência e regras imaginárias que podem ser negociadas pelas

crianças.

No dicionário Aurélio, encontra-se as seguintes definições: a) Brincar:

“divertir-se infantilmente. (...) Entreter-se, fingindo certa situação (pág. 188)”; b)

Jogar: “Fazer mover-se de um lado para o outro. (...) Disputar partida”. (pág. 497)

É importante que se conheça as diferenças entre brincar e jogar. Para

Macedo, Petty e Passos, (2005) o brincar tem que ter atenção, concentração e

criatividade. Jogar é como se fosse uma brincadeira organizada onde se tem regras

a serem seguidas e outros elementos fundamentais.

Brincar fornece à criança a possibilidade de construir uma identidade autônoma, cooperativa e criativa. A criança que brinca adentra no mundo do trabalho, da cultura e dos afetos pela via da representação e da experimentação. A brincadeira é um espaço educativo fundamental da infância. (ABRAMOWICZ E WAJSKOP, 1999, pág. 56)

Não se pretende desmerecer a prática de esportes na educação física, ao

contrário, Macedo e Petty (2005) enfatizam que, por meio das brincadeiras a criança

desenvolve o intelecto, outras habilidades e pensamentos. Pelos jogos aprendem a

desenvolver o respeito mútuo além de que aprendem a dividir tarefas e desafios

seguindo regras e padrões já definidos. Desenvolve também a habilidade estratégica

e raciocínio para a solução dos diversos problemas propostos pelos jogos.

E ainda, nos jogos1, os alunos têm a oportunidade de movimentar

livremente, mas respeitando os limites impostos pelas regras do jogos ou pelo grupo.

Essa questão de limites, apresenta um aspecto importante, porque os pais têm

errado ao não impor certos limites aos seus filhos. Ao rever os limites, os pais

1“O jogar é o brincar em um contexto de regras e com um objetivo predefinido. (...) no jogo, as delimitações

(tabuleiro, peças, objetivos, regras, alternância entre jogadores, tempo, etc.) são condições fundamentais para sua

realização. Nas brincadeiras, tais condições não são necessárias”, explicam MACEDO e PETTY (2005, pág. 14)

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incentivam que a criança crie hábitos de obediência e de respeito as regras, mas

quando falham, tal papel passa a ser interpretado como obrigação do professor.

Assim, os jogos e brincadeiras podem ser implementados de acordo com

o costume e cultura da região, de modo a ampliar “a percepção e interpretação da

realidade, além de intensificarem a curiosidade, o interesse e a intervenção dos

alunos envolvidos nas diferentes atividades”. (COLETIVO DE AUTORES, 2008, pág.

67)

A criança brinca porque sente prazer em brincar. Ela não tem noção de

que suas atividades a estejam preparando para alguma coisa, tornando as

brincadeiras uma atividade atraente e gostosa porque não sabem dos objetivos das

mesmas. Tais atividades correspondem às experiências vividas da criança, levadas

para a imaginação com o seu sentido da vida.

2.2 LÚDICO NO COTIDIANO ESCOLAR O processo de aprendizagem dos alunos pelo lúdico tende a ser uma

atividade prazerosa, onde se aprenderá brincando, investigando e re-descobrindo

antigas brincadeiras e jogos que aos poucos, vão caindo no esquecimento.

Froebel apud Almeida (2000, p. 23) entende que a pedagogia precisa

apreciar o aluno como um ser que pensa, como uma atividade criadora, imaginativa,

dotada de sentimentos e, os professores devem estimulá-los a desenvolver essas

qualidades. Nas palavras do autor “(...) o grande educador faz do jogo uma arte, um

admirável instrumento para promover a educação para as crianças”.

O conteúdo do brinquedo não irá, em hipótese alguma definir a

brincadeira da criança. É o ato de brincar, jogar, o fato da criança participar das

atividades em que o conteúdo do brinquedo será revelado.

Para Santos (2009) os jogos tradicionais, representados pela ludicidade,

influenciarão no equilíbrio entre o real e o imaginário das crianças. Quando o

brinquedo é criado pela criança, ela entende que, pelo fato de se estar

confeccionando algo, já está brincando.

Quando “as crianças participam de atividades variadas que permitam o

desenvolvimento de suas funções cognitivas, perceptivas, psicomotoras e

lingüísticas”, na verdade elas estão se preparando “para o mundo da leitura, da

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escrita, das operações matemáticas e para o domínio de conhecimentos numa fase

posterior”. (ALMEIDA, 2000 p. 90)

O trabalho escolar, na concepção de Almeida (2000) resulta-se em

procurar um equilíbrio entre a vida real e o imaginário dos alunos, pois é na escola,

nas aulas de Educação Física que a criança aprenderá valores sociais e culturais

enquanto está se desenvolvendo e se preparando para o “trabalho real”. O autor

ainda fala que, ao induzir a criança aos jogos e brincadeiras que depois pode ser

utilizados para o “trabalho real”, ter-se-á um jogo bem-sucedido relacionando-o com

o aprendizado, onde as crianças aprenderão brincando sem ao menos notar que

estão sendo preparadas para o mercado de trabalho.

De acordo com Santos (2009) as brincadeiras podem ser facilmente

identificadas pelas crianças, claro que, com a evolução dos tempos, o objetivo

permanece o mesmo, somente a forma de se brincar é que se modifica.

As atividades recreativas precisam de objetivos quando aplicadas nas

aulas de Educação Física, para que possam contribuir de modo significativo no

desenvolvimento do aluno, caso contrário “é o jogo pelo jogo, a brincadeira pela

brincadeira, a atividade pela atividade, sem uma finalidade clara que possa

caracterizá-las como lúdico-educativa”. (AWAD, 2010, pág. 24)

O lúdico nas aulas de Educação Física servirá como base para que os

alunos retomem os hábitos de seus pais pelo ato de brincar e jogar.

Em sua obra, Kishimoto (1998, p. 7) define que a “análise do jogo é feita a

partir da imagem da criança presente no cotidiano de uma determinada época”, ou

seja, depende muito da época e da região em que as brincadeiras e os jogos serão

implementados nas escolas, onde a educação adquirida dos pais interferem na

convivência social dos alunos.

Desde tempos remotos os jogos e brincadeiras acompanham o cotidiano

das crianças, e “pelo ato lúdico, a infância carrega consigo as brincadeiras que se

perpetuam e se renovam a cada geração”. (Kishimoto, 1998, pág – 11)

Alguns fatores estão diretamente conectados à vida da criança,

impedindo-a de concentrar sua atenção em algumas atividades que são propostas.

O fator mais determinante é a ansiedade.

De acordo com Lopes (2000, p. 38), a ansiedade é uma característica

marcante e pode variar em “grau de intensidade e que influencia sobremaneira na

capacidade de atenção concentrada, nos relacionamentos interpessoais, na auto-

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estima, prejudicando a aprendizagem por parte da criança e dificultando o trabalho

do professor”. A autora ainda ressalta que, se existir na sala de aula, duas ou três

crianças ansiosas, estas podem comprometer todo o aprendizado do restante da

turma, “pois as características desse distúrbio são: inquietação motora, dificuldades

de atenção e concentração, falta de controle emocional, baixa tolerância e

frustrações” (Lopes, 2000, pág. 38).

Além da dificuldade de atenção, os alunos podem apresentar dificuldades

ao realizar atividades que exigem maior concentração, como por exemplo,

confeccionar peças pequenas, distinção de dimensões e espaços, não observa bem

os detalhes. Contudo, se o professor se preparar e criar novos hábitos para os

alunos, essas dificuldades aos poucos vão sendo amenizadas, pois pela repetição

dos exercícios, a criança percebe que precisa se concentrar.

Devido às grandes transformações sociais, a brincadeiras deixam de ser

realizadas no ambiente doméstico e passam a ser desenvolvidas nas escolas, e é

importante lembrar o pensamento de Almeida (2000, p. 37) onde relata que o

“brinquedo faz parte da vida da criança. Simboliza a relação pensamento-ação e,

sob esse ponto, constitui provavelmente a matriz de toda a atividade lingüística, ao

tornar possível o uso da fala, do pensamento e da imaginação”.

No entendimento de Lopes (2000, p. 37) com a procura e “oferta de

brinquedos eletrônicos e os atraentes jogos e brinquedos à disposição no mercado

desmerecem o artesanato, colocando no lugar da satisfação de criar o gosto pelo

consumo exacerbado, trocando-se os valores entre o ter e o fazer”.

Por essa razão, o incentivo dos pais de irem à escola, demonstrar como

eram as brincadeiras e jogos antigos, é fundamental para a transmissão de cultura.

Através dos jogos a competitividade aflora na criança, que aprende que existem

regras que não podem ser quebradas. É demonstrado também, o respeito e a

consideração pelas idéias de outros colegas. Como disse Lopes (2000, p. 40) as

crianças são “obrigadas a se enquadrar em determinadas regras para realizar algo,

aprendendo a respeitar para ser respeitado, e a situação lúdica é transposta para

outras situações da vida”.

De acordo com Kishimoto (1998, p. 15) o “jogo tradicional guarda a

produção espiritual de um povo em certo período histórico. Essa cultura não oficial,

desenvolvida sobre tudo pela oralidade, não fica cristalizada. Está sempre em

transformação, incorporando criações anônimas das gerações que vão se

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sucedendo”. Assim, quando os pais passam aos filhos um pouco de sua história,

percebem como o tempo mudou, pois antigamente era muito comum brincar nas

ruas em frente as casas, e hoje, não se percebe mais isso. Kishimoto (1998, p. 15)

ainda ressalta que o “jogo tradicional infantil assume características de anonimato,

tradicionalidade, transmissão oral, conservação, mudança e universalidade”, onde se

deve fazer uma pesquisa sobre as raízes folclóricas responsável pelo seu

surgimento. Percebe-se que a cultura das brincadeiras e jogos está se perdendo,

pois a tecnologia tem tomado cada vez mais espaço e tempo das crianças.

Para Almeida (2000, p. 37) “para uma criança, quanto mais atraente ou

sofisticado for o brinquedo, mais distante estará de seu valor como instrumento de

“brincar” – quanto mais aperfeiçoados, à semelhança do real, tanto mais se desviam

da brincadeira viva”, tal como ocorre com os jogos de simulação virtual, em que a

vida real é imitada com caracteres que são montados pela criança.

Quanto mais a criança se desenvolve, mais os jogos de RPG tornam-se

atrativos, pois representam a libertação do ser. Nas aulas de Educação Física, com

a “livre manipulação de materiais variados ela (a criança) passa a reconstruir

objetos, reinventar as coisas, o que já exige uma “adaptação” mais completa”, dos

jogos e brincadeiras já existentes, explica PIAGET apud ALMEIDA (2000, p. 25).

Segundo Lopes (2000) as dificuldades do processo ensino-aprendizado

acontecem porque as crianças não tiveram a oportunidade de explorar o seu

verdadeiro potencial, não perceberam, ainda, que são capazes de criar, inventar

coisas que tenham alguma utilidade e por isso, não conseguem valorizar o que foi

feito com as próprias mãos.

A educação lúdica sempre esteve presente em todas as épocas, e por

isso é “contexto de inúmeros pesquisadores, formando, hoje, uma vasta rede de

conhecimentos não só no campo da educação, da psicologia, fisiologia, como nas

demais áreas do conhecimento”, explica Almeida (2000 pág. 31).

O lúdico estimulará o aluno para a vida social saudável, desenvolverá o

psicológico da criança, despertará o interesse pelas atividades, os aproximará mais

de seus pais.

2.3 JOGOS E BRINCADEIRAS JÁ!

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No entendimento de Lopes (2000, p. 37) com a procura e “oferta de

brinquedos eletrônicos e os atraentes jogos e brinquedos à disposição no mercado

desmerecem o artesanato, colocando no lugar da satisfação de criar o gosto pelo

consumo exacerbado, trocando-se os valores entre o ter e o fazer”.

Para Almeida (2000, p. 37) “para uma criança, quanto mais atraente ou

sofisticado for o brinquedo, mais distante estará de seu valor como instrumento de

“brincar” – quanto mais aperfeiçoados, à semelhança do real, tanto mais se desviam

da brincadeira viva”, tal como ocorre com os jogos de simulação virtual, em que a

vida real é imitada com caracteres que são montados pela criança.

Quanto mais a criança se desenvolve, mais os jogos de RPG tornam-se

atrativos, pois representam a libertação do ser. Nas aulas de Educação Física, com

a “livre manipulação de materiais variados ela (a criança) passa a reconstruir

objetos, reinventar as coisas, o que já exige uma “adaptação” mais completa”, dos

jogos e brincadeiras já existentes, explica PIAGET apud ALMEIDA (2000, p. 25).

Segundo Lopes (2000) as dificuldades do processo ensino-aprendizado

acontecem porque as crianças não tiveram a oportunidade de explorar o seu

verdadeiro potencial, não perceberam, ainda, que são capazes de criar, inventar

coisas que tenham alguma utilidade e por isso, não conseguem valorizar o que foi

feito com as próprias mãos.

Os jogos e brinquedos tradicionais são aqueles que por suas

características de fácil assimilação, desenvolvimento de forma prazerosa, aspectos

lúdicos e função em seu contexto, foram aceitos coletivamente e preservados

através dos temos, transmitidos oralmente de uma geração a outra.

3. RESULTADOS DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

A aplicação do projeto de intervenção pedagógica foi desenvolvida com

18 alunos da 6ª série do Colégio Estadual Presidente Arthur da Costa e Silva, sendo

que houve a realização de entrevistas com os parentes com o propósito de descobrir

quais eram os jogos e brincadeiras que estes praticavam quando eram crianças.

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Houve alunos que não apresentaram muito interesse para participar das

atividades, mas também houve aqueles que participaram de maneira entusiasmados

e que gostaram de praticá-las.

A participação dos entrevistados foi melhor nos questionários aplicados

do que na aplicação das atividades em sala de aula, pelo motivo de que muitos

precisam trabalhar e não dispõem de tempo para ir ao colégio do filho. Compareceu

no colégio uns 15 entrevistados dentre eles 2 avós que não chegaram a brincar, mas

demonstravam como eram as brincadeiras de sua época. Entre os pais, percebeu-se

que havia disputa com as crianças, em que o sentimento era recíproco.

Nos trabalhos elaborados pelos alunos, foram entrevistados, vizinhos

mais velhos, pai, mãe, tios, avós, bisavós, padrasto, primos. Pelos masculinos os

jogos e brincadeiras mais realizadas eram jogar bola, bolinha de gude, brincadeiras

de roda, caçador, esconde-esconde, pique, de carrinho com rodas de sabugo de

milho, amarelinha, bola de pano, carrinho de madeira, balanço de cipó, peteca de

palha, pular no elástico, polícia e ladrão, carrinho de rolimã.

Pelos femininos, era pular corda, tábua, valeta, jogar vôlei e brincar de

cachorro louco, de boneca (de pano e de milho para as bisavós), amarelinha, pique,

esconde-esconde, brincadeiras de roda, balanço de cipó, casinha de folha de

bananeira, cobra-cega, ovo choco, dança, fazer casinhas, estatua, queimada.

Os locais eram sempre em lugares amplos e abertos, como campo,

gramado da escola, potreiros, terreiros, no pátio de casa, e a frequência variava

entre todos os dias e finais de semana.

Percebeu-se que era uma época totalmente diferente, em que as pessoas

mais velhas tinham que inventar os seus brinquedos, muitas vezes por não terem

condições financeiras, mas o que importa é que desenvolviam melhor a criatividade,

uma vez que os objetos de recreação eram fabricados por eles mesmos.

As atividades mais bem aceitas pelas crianças e jogadas com os pais foi

bolinha de gude com maior interação entre pais e filhos e a mais disputada foi o jogo

de caçador.

Não houve necessidade de negociação, as aulas de educação física eram

divididas em aulas normais e aulas que tinham a aplicação do projeto, sendo

promovidos debates sobre as brincadeiras para depois serem exercitadas no

ginásio.

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Há interesse de continuar aplicando o projeto, apesar de que todo início é

complicado, uma vez que há a ideia de que aula de educação física é somente para

descontração e jogar bola. Houve interesse de outras turmas em participar das

atividades e por isso, há o estímulo para dar prosseguimento.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Resgatar valores sociais e culturais em mundo em que a tecnologia está

cada vez mais presente no cotidiano das crianças é um desafio a ser enfrentado

pelos professores.

Ao tentar distrair seus filhos, muitos pais compram aparelhos eletrônicos

que possam satisfazer a sua ausência enquanto estão trabalhando ou estudando.

Por isso a criança tem ficado cada vez mais em frente a televisores, computadores e

vídeo-games, atraídos pelas diversidades tecnológicas sem ter tempo para soltar a

imaginação com a criação de novos jogos e, cada vez mais isolada da sociedade.

A aproximação dos pais com os filhos na esfera escolar é muito

importante para os filhos, e os pais, passam a ter conhecimento do comportamento

dos filhos quando estão na escola.

Ocorre que, em casa, muitas vezes, os pais não possuem tempo

suficiente para acompanhar o rendimento escolar de seus filhos, e a criação e

educação pode ficar debilitada, onde muitos pais não conseguem impor limites aos

filhos. Esse fator é prejudicial à criança, pois esta precisa saber que há regras a ser

cumpridas, caso contrário, quando vão para a escola, o relacionamento com

colegas, professores e demais funcionários se torna difícil.

Nos jogos e brincadeiras, os alunos têm a oportunidade de se movimentar

de explorar melhor os espaços e horários de recreação, estimulando a atividade

intelectual, que trará em longo prazo muitos benefícios, dentre eles a interação

social.

É na escola, nas aulas de Educação Física que a criança aprenderá

valores sociais e culturais enquanto está se desenvolvendo e se preparando para o

“trabalho real”. As atividades recreativas precisam de objetivos quando aplicadas

nas aulas de Educação Física, para que possam contribuir de modo significativo no

desenvolvimento do aluno.

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Percebeu-se que os jogos e brincadeiras possuem diferentes significados

para cada ser. A individualização desse significado é muito importante e está repleto

de histórias contadas pelos mais velhos, pode-se perceber também, que existe uma

certa dose de sentimento e de saudade daquela época.

Conclui-se, portanto que, os jogos e brincadeiras são fundamentais para

que a criança tenha uma infância considerada saudável, e o resgate das

brincadeiras e dos jogos, proporcionou maior interação entre pais e filhos.

8. REFERENCIAS

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NEGRINE, Airton. Aprendizagem & Desenvolvimento Infantil – Perspectivas Psicopedagógicas. Porto Alegre: PRODIL, 1994. SANTOS, Santa Marli Pires dos (org.) CRUZ, Dulce Regina Mesquita da. O Lúdico na Formação do Educador. 3ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.