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Jornal da Manhã Recuperar produtividade da cana-de-açúcar é meta para 2013 pág. 7 SUÍNOS Cotações perdem o ritmo Valorização do animal e da car- ne tem demanda abaixo do es- perado. pág. 6 Produtores buscam começar 2013 com quantidade menor de animais prontos para abate. pág. 4 Empresa dá assistência a produtores rurais. pág. 7 Produção de açúcar tem crescimento Consultec Olivicultura gaúcha em debate durante feira na Espanha Hidroponia é opção para grandes propriedades pág. 8 pág. 3 www.jmijui.com.br Ijuí, 24 de dezembro de 2012 jm_rural_pg1.indd 1 26/12/2012 09:55:55

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Edição do caderno JM Rural

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Page 1: JM Rural 24.12.2012

Jornal da Manhã

Recuperar produtividade da cana-de-açúcar é meta para 2013 pág. 7

SUÍNOSCotações perdem o ritmoValorização do animal e da car-ne tem demanda abaixo do es-perado. pág. 6

Produtores buscam começar 2013 com quantidade menor de animais prontos para abate. pág. 4

Empresa dá assistência a produtores rurais. pág. 7

Produção de açúcar tem crescimento

Consultec

Olivicultura gaúcha em debate durante feira na Espanha

Hidroponia é opção para grandes propriedades pág. 8

pág. 3

www.jmijui.com.br Ijuí, 24 de dezembro de 2012

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Por que querem quebrar a safra brasileira de soja?

Seu fartura Getúlio

Os volumes de celulose e papel produzidos de janeiro a novembro permaneceram estáveis, frente ao mesmo período de 2011. A produção de celulose totalizou 12,7 milhões de toneladas, enquanto a de papel somou 9,3 milhões de toneladas.

A receita de exportações apresentou recuo de 8,9% de janeiro a no-vembro, somando US$ 6,0 bilhões. No mesmo período de 2011, a receita de exportações totalizou US$ 6,6 bilhões.

Desde que foi detectada, no final de 2003, até agora, dezembro de 2012, a infecção causada pelo vírus H5N1 da Influenza Aviária atingiu, conforme relatos feitos à Organização Mundial de Saúde (OMS), 610 pes-soas, 360 das quais morreram em consequência da doença.

É, sem dúvida, um número bem menos representativo que o da infecção pelo vírus H1N1 surgida em 2009, no México, e que em poucos meses atingiu mais de 100 mil pessoas em todo o mundo.

O grupo executivo para planejamento da Campanha de Vacina-ção contra a Febre Aftosa iniciou, nessa quarta-feira, os trabalhos em reunião na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa). “A ideia é trabalhar para aproximar o serviço de defesa sanitária do produtor, criando uma noção de responsabilidade compartilhada com todos”, explica Rogério Kerber, presidente do Fundesa.

A Eletrosul inaugura nesta sexta, dia 21, a Hidrelétrica Passo São João, entre os municípios de Roque Gonzales e Dezesseis de Novembro (RS). Com investimento de R$ 600 milhões, a usina viabilizada pelo Pro-grama de Aceleração do Crescimento (PAC), vai gerar energia suficiente para abastecer aproximadamente 580 mil habitantes. O empreendimen-to faz parte de um conjunto de investimento da Eletrosul de mais de R$ 4 bilhões na região Sul.

Em Sant’ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, a estatal im-plantou seu primeiro empreendimento eólico, o Complexo Cerro Chato, com 90 megawatts (MW) de capacidade.

O governo prorrogou, mais uma vez, os descontos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, que acabariam em dezembro. Em vários casos, a alíquota começará a subir a partir de janei-ro até junho de 2013. No entanto, para os caminhões, ela será mantida em zero por cento por tempo indeterminado.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a manutenção da taxa zero ocorrerá porque esses veículos são considerados bens de capital (usados na produção) e o governo pretende continuar a desone-rar os investimentos.

Uma parceria com a Europa transformou a realidade dos produto-res de laranja do município de Liberato Salzano, próximo a Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul. A oportunidade de exportar suco con-centrado para um determinado mercado dobrou o preço pago e motivou a ampliação dos investimentos na fruta em 2013.

O início da operação de uma indústria de sucos no município, no segundo semestre de 2011, motivou a Associação dos Citricultores de Liberato Salzano, na época com 92 associados, a buscar uma certificação – conquistada em maio deste ano – que possibilita a venda do produto no mercado internacional.

ARTIGO

Glauber Silveira é produtor rural, engenheiro agrônomo, presidente da Aprosoja Brasil.

Segundo dados do IBGE de ju-nho de 2012, o Valor Bruto da Produção (VBP) dos principais produtos agrícolas do Brasil foi de R$ 213,5 bilhões, sendo a soja res-ponsável por R$ 57 bilhões. Como podemos ver, é crescente a impor-tância da agricultura para o Brasil, mas isto parece não ser notório principalmente por órgãos do governo, como o Ibama que, sem estudos contundentes e razões questionáveis, proibiram a pulve-rização aérea de alguns inseticidas às vésperas da safra.

O Ibama tomou tal medida bus-cando proteger as abelhas, pois do total de 115 culturas geridas pelo homem, 87 apresentam de-pendência de polinização, sendo a abelha o mais importante poli-nizador, restando 28 culturas que não dependem das abelhas - e a principal a soja.

É preciso chamar atenção para os dados de produção de mel do Sebrae de 2011 que mostram que o Brasil duplicou o volume pro-duzido na última década. Somos o nono produtor mundial de mel com 38 mil toneladas, sendo o Norte responsável por 2,12% da produção, Nordeste 38,6%, Sudes-te 13,91%, Sul 42,57% e Centro-Oeste 2,8%, ou seja, a produção de mel está concentrada nas regi-ões onde as culturas são propícias à apicultura, não sendo o caso do Centro-Oeste.

A proibição dos inseticidas Imi-dacloprido, Tiametoxam, Fipronil e Clotianidina, por aplicação aérea, ou seja, aplicados pela tecnologia da aviação agrícola, tem amplo impacto nesta safra, especialmen-te no caso do Tiometoxam, o úni-

co disponível para o controle de percevejos da soja. Esses insetici-das, embora somem 10% do total de defensivos comercializados no Brasil, são, sem sombra de dúvida, responsáveis pelo maior volume de aplicação para as principais culturas cultivadas no país. Nós estamos falando de algo em torno de sete milhões de litros de inse-ticidas.

Um dos grandes problemas é que a medida restritiva do Ibama

foi publicada às vésperas da safra, quando os produtores já haviam adquirido seus inseticidas e não existia a menor possibilidade de substituição, afinal, se eles eram os mais comercializados não há

como imaginar que a indústria teria estoques de sete milhões de litros de outros produtos menos comercializados, mas isto parece que o Ibama não quer enxergar.

Fica sempre a impressão para a sociedade de que os produtores gostam de pulverizar suas lavou-ras. Quem, em sã consciência,iria querer gastar dinheiro com de-fensivos agrícolas? Seria perfei-to fazer só agricultura orgânica, mas isto ainda não é possível. Os produtores clamam por produtos mais eficientes e menos tóxicos, mas dependemos da pesquisa e dos registros, ou seja, o próprio governo que restringe deveria ser mais ágil na liberação de novas moléculas.

O Brasil tem um clima tropi-cal, o que faz que tenhamos mais pragas que outros países, apesar disso usamos menos defensivos por hectare que muitos países da Europa. É preciso criar regras re-gionais de acordo com a caracte-rística local.

A pergunta que fica é: quem vai pagar a conta do produtor que planta mil hectares e que se tiver um ataque de pragas, se estiver chovendo todo dia não conseguir entrar com a pulverização terres-tre e tiver um dano de 10 sacas por hectare? Estamos falando de um prejuízo de 10 mil sacas, isso significa R$ 500 mil ao produtor. Se isso ocorrer nos oito milhões de hectares de soja serão, no mí-nimo, quatro bilhões, e quem vai

Quem vai pagar a conta do produtor

que planta mil hectares e que se tiver um ataque

de pragas, se tiver chovendo

todo dia não conseguir

entrar com a pulverização

terrestre e tiver o dano de

10 sacas por hectare?

AÇÕES DE DEFESA SANITÁRIA NO RS

MENOS CASOS DE GRIPE AVIÁRIA

CRESCEM VENDAS DE CELULOSE E PAPEL

ELETROSUL INAUGURA HIDRELÉTRICA NO RS

REDUÇÃO DE IPI PARA CAMINHÕES

EXPORTAÇÃO VALORIZA PRODUÇÃO DE LARANJA

2 Jornal da Manhã | Ijuí, 24 de dezembro de 2012

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Os alunos e professores da Universidade Jaén, na Espanha, Master Expert em Azeite de Oliva Virgem, buscam em seus países os melhores azeites produzidos em cada um deles para passar por avaliação no curso durante as sessões de análise sensorial.

Neste curso, já foram analisa-dos azeites do Marrocos, Portu-gal, Argentina, Turquia, Espanha, entre diversos outros. Na pri-meira quinzena de novembro, uma safra dos melhores azeites da Espanha passou pelo proces-so de avaliação, e junto a es-ses azeites estiveram os azeites gaúchos produzidos este ano pela Propriedade Cerro dos Oli-vais, utilizando-se da mais alta técnica de elaboração.

Pela primeira vez na Espanha e no melhor curso do setor, que prepara profissionais para traba-

Azeites gaúchos são avaliados em curso da Espanha

Carnes respondem por mais de 16% das exportações

Mais de 24 milhões de toneladas de soja foram processadas entre fevereiro e outubro

lhar na área, foi feita a análise de azeites gaúchos e brasileiros. Foram avaliados 9 azeites.

Essa avaliação consiste em analisar se os azeites não pos-suem defeitos negativos, e, se os têm, quais são, e também, qual sua intensidade. Após essa avaliação, passa-se para a aná-lise dos atributos positivos: se o azeite é frutado, se é amargo, se é picante e qual a intensidade desses atributos.

A próxima fase trata-se de dar as respectivas notas desses e outros atributos. Um azeite é considerado extravirgem com nota igual ou superior a 7. Daí em diante classifica-se em qua-lidade com notas superiores a essa.

Um azeite é considerado de concurso quando sua nota é su-perior a 7,5, feita através de ou-

tros dados que são apurados e agregados aos dados iniciais de identificação do azeite. A ava-liação clássica do setor é a ava-liação feita pelo compêndio de dados e pelo prêmio Mário So-linas, que foi o pesquisador que criou a gama de classificação utilizada. Esta é a maior premia-ção que um azeite pode ter no segmento.

Esse prêmio é muito concor-rido e dá aos azeites que são classificados nesse concurso um valor agregado muito grande.

Os azeites gaúchos Cerro dos Olivais - Arbequina e Cerro dos Olivais – Koroneiki, tiveram as notas 7,8 e 7,5, respectivamen-te. Ficando o azeite arbequina em 3º lugar e o koroneiki em 5º lugar.

É a primeira vez que azeites gaúchos e brasileiros são avaliados na Espanha e no melhor concurso do segmento

Os dados compilados pelo Ministério da Agricultura junto à SE-CEX/MDIC apontam que embora o volume de carnes exportadas pelo Brasil nos 11 primeiros meses do ano tenha aumentado 3,7%, a receita cambial por elas gerada ficou negativa (queda de 0,6%) devido a uma queda generalizada no preço médio do produto exportado.

O interessante, aqui, é que não se pode imputar a este ou àque-le produto a responsabilidade pela receita cambial menor, pois, consideradas apenas as carnes in natura (mais de 90% do total exportado), as perdas no preço médio foram mais ou menos simi-lares – de 5% na carne de frango; de 6,4% na bovina; de 8,4% na suína; e de 7,1% na de peru.

De toda forma, por corresponder à maior parcela das carnes exportadas (pelos dados da tabela, mais de 60% do volume e 45% da receita cambial), a de frango acabou ocasionando o retrocesso da receita cambial global, porquanto neste ano apenas repetiu o volume embarcado nos mesmos 11 meses de 2011 (ou seja, a expansão foi igual a “zero”), sendo a única a registrar evolução ne-gativa da receita tanto com o produto in natura como com os in-dustrializados (a outra exceção foram os industrializados de carne de peru, mas a queda registrada não influenciou a receita total).

Apesar da quase estagnação na receita, as carnes aumentaram ligeiramente sua participação nas exportações globais brasileiras, respondendo por cerca de 6,5% da receita cambial de US$222,8 bi acumulada no período. Nesse percentual, a participação do fran-go ficou em quase 3%. E consideradas apenas as exportações do agronegócio, as carnes foram responsáveis por mais de 16% da receita cambial obtida.

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As alternativas de controle, na prática, são relativamente poucas

Período da Piracema amplia restrições de pesca em usinas

Cresce a produçãode açúcar

Financiamento de máquinas bate recorde

Cresceu a expectativa para a produção total de açúcar no Brasil referente à safra 2012/2013 - período compreendido de abril de 2012 a março de 2013 -, segundo dados divulgados em dezembro no Terceiro Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar, feito pela Compa-nhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com o órgão, o uso da cana em maior quantidade para a produção de açúcar é justi-ficada pelo preço do produto, que atualmente está mais rentável que o etanol.

Segundo as estimativas da Conab, a fabrica-ção de açúcar deverá aumentar 4,72%, totali-zando 37,6 milhões de toneladas. Já a produ-ção de etanol deve chegar a 23,6 bilhões de litros.

No total, a Conab espera que sejam planta-das 595,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2012/2013, 6,5% a mais do que na de 2011/2012, quando foram plantadas 560,3 milhões.

Com aumento de 44% em apenas um mês nos financiamentos adquiridos para aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) registrou recorde entre julho e novembro deste ano de R$ 3,6 bilhões. Em outubro, esse valor foi de R$ 2,5 bilhões.

Cai o ritmo de embarque de milho

Até a segunda semana de de-zembro, o Brasil embarcou 1,65 milhão de toneladas de milho grão , segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A média até então foi de 165,7 mil toneladas do grão embarcadas por dia. Este volu-me é 15,3% menor que a média diária exportada em novembro, quando foi registrado recorde.

Se este desempenho persis-tir nas próximas semanas, as exportações de milho somarão 3,3 milhões de toneladas em dezembro, frente as 3,9 mi-lhões de toneladas exportadas em novembro.

Esta coluna era escrita pelo meu amigo e ex- colega de trabalho veterinário, Otaliz de Vargas Montardo, que por vá-rios anos escreveu sobre os te-mas mais importantes da área de produção leiteira, esclare-cendo dúvidas, colocando pon-to de vista, questionando mé-todos, dando para os técnicos e produtores parâmetros para melhorar o setor leiteiro.

Com o licenciamento, acei-tei o convite do Jornal para substituí-lo, mesmo sabendo que a missão será muito difícil. Quero dizer que usarei essa co-luna para falar de “Sementes”, produção, comercialização, pesquisa, aspectos históricos das mais antigas espécies cul-tivares no mundo até os dias de hoje. Vou tentar com textos sucintos fazer relatos do mun-do das sementes, os ciclos his-tóricos do alimento mais im-portante da cadeia produtiva, que tem o papel de multiplicar pães, fundamental para subsis-tência de 7bilhões de habitan-tes e animais do planeta.

Vamos ver na cadeia produ-tiva quais espécies de semen-tes foram as mais importantes para a humanidade, como eram cultivadas, ver a produtividade por ha, e vamos colocar por ciclos a evolução do setor se-menteiro do RS, Brasil, Merco-sul e pelo mundo a fora.

Quero também falar sobre legislações antigas e vigentes, sobre leis que disciplinam a produção nos dias de hoje, às mesmas estaduais, federais, desse mercado que movimenta bilhões no mundo todo.

Tenho pesquisas de cultivos há mais de três mil anos com milho no Peru, pelos Maias, Astecas, dando indicação que o Milho é uma das principais espécies cultivadas na era pós-extrativista, que se intercala-ram entre o extrativismo e al-gumas culturas já cultivadas.

Pesquisas revelam que o mi-lho, além de ser uma das cul-turas mais antigas que se têm notícias, também se sabe que foi um dos alimentos mais im-portantes das culinárias anti-gas, pelo seu teor de nutrientes e também pela diversidade de uso do grão, para algumas es-pécies de animais domésticos que começaram a surgir, mas com certeza pela importância que tem essa cultura, vamos fazer relatos históricos em va-rias colunas para chegarmos ao milho nos dias de hoje. Sua importância na economia mun-dial cresce a cada década.

Historiador e técnico em agricultura

Auri Braga

Desde o dia 1º de outubro até 31 de janeiro de 2013 ocorre o perí-odo defeso referente a Piracema, nas bacias hidrográficas brasileiras, o que inclui a bacia do rio Uruguai. O fenômeno natural popularmen-te conhecido como ‘Piracema’, é o momento em que ocorre o movi-mento migratório dos peixes, no sentido contrário à correnteza do rio, com fins de reprodução.

Durante o período da Piracema são impostas algumas restrições à pesca, permitindo assim a reprodu-ção dos peixes, garantindo a conti-nuidade da vida nos rios. “A Ceri-luz tem dentro de seus princípios de trabalho a sustentabilidade, ou seja, ao mesmo tempo que utiliza dos recursos hídricos para gerar energia elétrica, procura cuidar dos rios. Uma das questões respeitadas é a proibição da pesca nas usinas”, afirma a bióloga da Cooperativa, Sara Corbelini Enéas. Nesta fase a proibição torna-se mais abran-gente. Enquanto que durante o restante do ano a pesca próxima a qualquer estrutura das usinas da Ceriluz - José Barasuol, RS-155, ambas no rio Ijuí, ou a Nilo Bonfan-ti, no rio Buricá – é proibida a 200 metros de distância, neste período ela está proibida em uma distância de 1.500 metros. “O peixe se tor-na mais vulnerável, uma vez que busca uma forma de transpor a barragem, circulando na sua base”, explica Sara. Para possibilitar o deslocamento dos peixes nas suas usinas, a Ceriluz opta pelo uso das chamadas escadas de peixes.

Também pensando na preser-vação dos peixes, a Cooperativa mantém uma estação telemétrica

na Usina RS-155, aderindo ao pro-grama Peixes Migradores da Bacia do Rio Ijuí, solicitação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O objetivo desta propos-ta é permitir entender o desloca-mento destes animais e suas rotas, para propor estratégias de mane-jo e conservação para as espécies e para quem vive da pesca. “Além da usina da Ceriluz, as usinas São João e São José (Eletrosul), tam-bém aderiram à proposta, sendo que alguns peixes liberados na-quelas usinas já foram detectados pela estação em Ijuí, comprovan-do um deslocamento rio acima de mais de 200 quilômetros”, lembra a bióloga. Um significativo núme-ro de peixes com transmissores de rádio foram soltos no rio Ijuí, nas piracemas de 2011/12 e 2012/13. A última soltura na usina da Ceriluz aconteceu no dia 10 de novembro.

Restrições à pesca – Não é ape-

nas nas usinas onde ocorrem mo-dificações nas regras de pesca, mas em toda a extensão dos rios. A fiscalização no rio Ijuí é feita pela 2ª Companhia Ambiental de Cruz Alta, que possui também pelotões em Santo Ângelo e em Santiago. O sargento Britto esclarece algumas dúvidas sobre as restrições na Pi-racema. “Eu quero deixar bem cla-ro, que neste período a pesca não é proibida, mas tem muito mais restrições do que nos períodos normais”, disse, listando as princi-pais regras: 1) devem ser utilizadas apenas embarcações sem motor; 2) é proibida a pesca a uma distância de 1.500 metros de confluências de rios e estruturas de usinas; 3) é proibido o uso de redes, boia louca e espinhéis, podendo ser utilizados apenas linha de mão, caniços ou varas com carretilhas ou moline-tes, sendo apenas um apetrecho por pescador; 4) a tolerância é de

cinco quilos de pescado. O sargen-to lembra que a polícia ambiental faz fiscalizações durante todo o ano, contudo, aumenta o rigor nes-te período, com patrulhamentos mais intensos, por água ou terra. Ele acrescenta que, com freqüência, são feitas denúncias, especialmente por parte de pescadores profissio-nais, que sempre são averiguadas. Com relação às punições, o sargen-to Britto acredita que a legislação ambiental é uma das mais eficazes da constituição brasileira, uma vez que define punições nas esferas ad-ministrativa, cível e penal, cabendo a apreensão dos apetrechos e mul-tas, a indenização à sociedade e a reclusão do infrator (1 a 3 anos).

Acompanhe a entrevista comple-ta do sargento, no site www.ceriluz.com.br, no informativo de rádio do dia 16 de novembro.

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Chegar ao fim de um ano faz com que lancemos um olhar para os dias passados e tam-bém para os que virão. Para nós, produtores de alimentos, o ano de 2012 já se tornou his-tórico. Alcançamos grandes e esperados feitos, e nossas con-quistas aconteceram para além das perspectivas mais otimis-tas.

O ano de 2012 foi um ano es-pecial para a produção de soja e milho, alcançando uma pro-dução histórica para as duas culturas. Aliado a isso, tivemos um ano com bons preços no mercado internacional, puxa-do, sobretudo, pela demanda aquecida no consumo mundial.

Estes resultados são frutos da união de famílias, que de-dicam ou dedicaram suas vidas à arte de plantar e colher. Ho-mens e mulheres que têm as mãos calejadas pelo trabalho na lavoura e ajudam o mundo a se manter mais nutritivo, vivo e sustentável.

A aprovação do Código Flo-restal, em sua mais atualizada versão, também merece ser citada. Após anos de debates com todos os representantes da sociedade, classe política, pesquisadores e ambientalis-tas, o setor pode, enfim, vis-lumbrar de maneira concreta a tão sonhada segurança ju-rídica, com regras mais claras para a atividade produtiva com sustentabilidade. Apesar de não termos conseguido levar as propostas do setor produti-vo na íntegra para o texto final, não há como compararmos as legislações que tínhamos antes e a atual. O avanço foi consi-derável e daqui para frente te-mos condições mais honestas e justas para nos mantermos na atividade.

O ano 2012 também foi o ano em que reforçamos nos-sas formas de comunicação e relacionamento com nossos associados e colhemos resulta-dos satisfatórios nos projetos e programas que desenvolve-mos. Por isso tudo só temos a agradecê-los. Nossa função é representá-los nos temas mais estratégicos, principalmente nas ocasiões em que ele não pode estar. Afinal, vem dele nossa razão de ser, nossas me-tas e as prioridades que temos a desenvolver.

Sabemos que os desafios ainda são grandes. Continua-remos com o foco voltado para projetos e ações que respon-dam aos anseios dos nossos associados.

Carlos Fávaro

Conquistas, a gente produz juntos

COMO

PLANTAR TOMATE

Demanda menor faz com que frigoríficos diminuam volume de animais abatidos

As exportações de couros so-maram US$ 1,89 bilhão de janeiro a novembro, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em rela-ção ao mesmo período do ano pas-sado, o faturamento foi 0,4% maior, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. Em 2011, a receita no intervalo foi de US$ 1,88 bilhão.

O resultado do período foi me-nor apenas que o de 2007, quando o montante exportado atingiu US$ 2 bilhões nos primeiros 11 meses.

As cotações do suíno vivo, que vinham apresentando aumentos semanais cada vez menores, per-deram o ritmo. Em algumas regi-ões, já foram verificadas variações negativas nesta semana, segundo levantamentos do Centro de Estu-dos Avançados em Economia Apli-cada (Cepea).

Para atender a maior demanda de final de ano, muitos frigoríficos formaram estoques em períodos

Volume de negociações cai no mercadode reposições

CAFÉ registra produção recorde

Parceria com empresa de biodiesel melhora rentabilidade de produtores

Condições climáticas afetam produção de verduras

SUÍNO: valorização do animal e da carne perdem o ritmo

Nesta semana, houve queda no volume de negociações no mercado de reposição na maioria das praças pesquisadas pela Scot Con-sultoria.

No Rio Grande do Sul, o garrote e as fêmeas eradas estão com melhor demanda. Machos erados têm melhor oferta e demanda mais len-ta. Este cenário é devido à falta de chuvas nas últimas semanas, que tem prejudicado a situ-ação das pastagens nativas no Estado, o que desanima o produtor a procurar esta categoria, que apresenta maior consumo de forragem.

A produção da safra 2012 de café beneficiado no Brasil fe-chou em 50,83 milhões de sa-cas, resultado que representa um crescimento de 16,9% se comparado com a safra anterior, que foi de 43,48 milhões de sa-cas de 60 kg. Em confronto com o último levantamento, realiza-do em setembro, o aumento foi de 0,07%. O resultado foi anun-ciado na quinta, dia 20, pela Companhia Nacional de Abas-tecimento (Conab).

A produção de biodiesel está melhorando a rentabilidade dos pequenos e grandes produtores da região de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, que firmaram parcerias com uma empresa de ponta instalada no município. A indústria tem a soja como principal fonte de extração de óleo.

O vapor se espalha. É o sinal de que a produção de biodiesel está em ritmo acelerado em uma indústria da cidade. As instalações modernas, com tecnologia de ponta e controle rigoroso garantem a qualidade do produto e a intensidade dos trabalhos.

A produção anual da empresa, somando as duas unidades – uma em Passo Fundo e a de Marialva (PR) – é de aproximadamente 300 milhões de litros de biodiesel. A soja é de longe a principal fonte de matéria-prima, responsável por cerca de 75% deste volume.

Calor excessivo, chuva constante e rajadas de vento têm se tornado os principais inimigos dos produtores de verduras. As con-dições climáticas extremas, principal-mente nas regiões Sul e Sudeste do país, estão afetando a qualidade e a pro-dutividade das plan-tações.

Crescem exportações de couro

anteriores, mas têm alegado que a demanda pela carne está abai-xo do esperado. Assim, muitas unidades têm reduzido o volume de animais abatidos. Além disso, nas próximas semanas, alguns frigoríficos entram em férias co-letivas.

Produtores, por sua vez, bus-cam começar 2013 com uma quantidade menor de animais prontos para abate.

O tomate pode ser plantado o ano todo, desde que em regiões onde o clima é ameno. Temperaturas muito baixas, como geadas, ou calor em excesso, prejudicam o desenvolvimento e a produção do tomateiro. Em lo-cais frios, o cultivo deve ser realizado entre os meses de agosto e janeiro. Plante de março a maio em áreas com temperaturas elevadas.

Mãos à obra

1. Para cultivar o tomate, o terreno deve ser profundo, solto, permeável, bem drenado, areno-argiloso e com pH entre 5,5 e 6,5. O espaçamento entre plantas pode variar de 50 a 60 centímetros e, entre os sulcos, de um a 1,20 metro.

2. Mantenha o terreno sempre úmido. Irrigue as plantas a cada dois ou três dias. Boa incidência de sol também é re-comendado, pois evita o desenvolvimento de plantas finas e quebradiças.

3. Inicie o plantio do tomateiro pelo sistema de mudas produzidas em bandejas de isopor. Coloque as sementes, que podem ser compradas em lojas de produtos agropecu-ários, nas células preenchidas com um substrato comercial. Evite o excesso, porém molhe diariamente as mudas nessa fase inicial. Mantenha as bandejas em ambiente protegido, para impedir ataque de pragas e insetos transmissores de doenças, como traça-do-tiro, ácaros, mosca branca, tripes, pulgões e burrinho.

4. As plantas são transplantadas para o local definitivo assim que as mudas atingirem de quatro a cinco folhas, ou de sete a dez centímetros de altura. Sem apertar muito as hastes, amarre varas de bambu ou madeira de dois metros de altura em cada planta.

5. Com muitos ramos e caule flexível, o tomateiro tem sua colheita depois de 90 a 100 dias do início do transplante. Como o tomate continua amadurecendo fora do pé, pode ser colhido ainda não maduros.

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Dezembro finda com forte queda nos preços do arroz

Ao concluir seus 20 primeiros dias, o mês de dezembro registra a mais forte baixa dos preços do arroz ao produtor desde que foi iniciada esta trajetória em outubro. O Indicador do Arroz em Casca Esalq/Bol-sa Brasileira de Mercadorias-BM&F Bovespa para o Rio Grande do Sul (58x10 / 50kg – à vista) caiu 4,95%, fechando nesta quinta-feira com a cotação de R$ 35,70. Pelo câmbio do dia, uma saca de arroz equivale a US$ 17,31.

A aceleração da queda nos preços se deve, basicamente, ao anúncio de oferta de 100 mil toneladas em leilão da Conab, no próximo dia 3 de janeiro, que as entidades representativas estão tentando suspender pela via política e setorial. O aumento das importações no segundo semestre e a proximidade da safra (60 dias para as primeiras lavouras serem colhidas) com as grandes indústrias estocadas, também influen-ciam na queda. A previsão de uma safra igual ou maior do que a pas-sada, também afeta os preços.

Assim, a comercialização é lenta e se resume basicamente às peque-nas e médias indústrias. A tendência é da queda nos preços se acentuar até, pelo menos, o anúncio do resultado do leilão da Conab (se for confirmado). Nos próximos 10 dias, a comercialização deverá pratica-mente parar, com as indústrias retomando as compras só após a virada do ano.

A Consultec é uma empresa especializada em consultoria e planejamento agronômico, sob propriedade dos engenheiros agronômos César Pettenon e Tho-más Paulo Kazmirski.

Tendo como objetivo oferecer aos clientes o serviço de acom-panhamento técnico dirigido a propriedades rurais, a empresa disponibiliza consultoria e pla-nejamento técnico de atividades agropecuárias, juntamente com a elaboração de projetos técnicos agrícolas “custeios, investimentos e pecuários”.

Sua missão é ser uma empresa inovadora no setor do agrone-gocio, trabalhando para o de-senvolvimento sustentável de seus clientes, através da criação e implementação de soluções baseadas no conhecimento agro-nômico, auxiliando o produtor na tomada de decisões, através da consultoria e do planejamento técnico das suas atividades. Tendo o foco no cumprimento do papel do engenheiro agronômo, pro-porcionando crescimeno e renta-bilidade aos produtores.

Consultec: mais nova opção regional de assistência a propriedades rurais

A Consultec localiza-se no mu-nicípio de Ijuí – RS, próximo a ma-triz do Banco do Brasil, na Rua 20 de Setembro Nº45, Térreo, Centro. A empresa está a disposição dos

produtores para contatos através 55 9925 3388/9939 3398 e e-mail: [email protected] / [email protected]

A missão da Consultec é ser uma empresa inovadora no setor agronômico

A empresa está situada na Rua 20 de Setembro, próximo à ma-triz do Banco do Brasil

Recuperação da produtividade da cana-de-açúcar é meta para próximo ano

Promover a expansão da oferta de matérias-primas para a produ-ção do etanol a fim de atender a capacidade industrial alcooleira instalada. Esta é uma das medi-das prevista para as ações a serem implementadas em 2013 no setor sucroalcooleiro. Para atingir esta meta, o governo federal pretende recuperar a produtividade de par-te do canavial com média abaixo da ideal, o que corresponde às canas de 6º corte ou mais, com um adicional de 15% da cana de 5º corte. Outra medida é atender a ociosidade média estimada das usinas de aproximadamente 16%.

Para a Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento, também fazem parte do elenco das prioridades para o próximo ano, a organização e a capacitação da cadeia produtiva canavieira, investimento em pes-quisas de matérias-primas para a produção de etanol, com resulta-dos previstos para 2020. E ainda desenvolvimento de sistemas de cultivo de sorgo sacarino para a produção complementar de eta-nol, tendo como meta 100 mil hectares plantados no ano que vem.

O setor canavieiro do Brasil tem o desafio de atender a crescente demanda doméstica por etanol.

De acordo com estudos da Empre-sa de Pesquisas Energéticas (EPE), para responder a essa demanda, o Brasil precisará atingir uma pro-dução, em 2020, de 1,2 bilhão de toneladas de cana-de-açúcar e 72,5 bilhões de litros de etanol. Para fins de referência, na safra 2012/13, a produção esperada de cana-de-açúcar deverá alcançar 595,13 milhões de toneladas, que produzirão 23,6 bilhões de litros de etanol e 37,66 milhões de to-neladas de açúcar.

Espera-se que a representativi-dade do consumo do etanol no total da frota de veículos leves re-tome o patamar observado antes das recentes crises de safra cana-vieira. Para atingir os compromis-

sos assumidos pelo País com rela-ção à Convenção sobre Mudança do Clima, será essencial abastecer boa parte da frota de veículos do Ciclo Otto, com etanol, consoli-dando este biocombustível como principal fonte usada em substi-tuição à parcela de gasolina.

Já para o setor do biodiesel, o desafio é a produção de matérias-primas em quantidade suficien-te para responder às demandas estipuladas no Plano Decenal de Expansão de Energia para 2013, sem que haja competição com a produção de alimentos.

São estratégicos os investimen-tos em pesquisas de matérias-pri-mas para a produção de biodiesel.

Para atingir esta meta, o governo pretende recuperar a produtividade de parte do canavial com média abaixo do ideal

Dezembro registra mais forte baixa nos preços de arroz

Jornal da Manhã | Ijuí, 24 de dezembro de 2012 7

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Hidroponia de tomate, uma opção para pequenas propriedades

O preço da ureia agrícola caiu 1,4% em dezembro, na comparação com novembro. Desde setembro a queda é de 5,8%.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, a tonelada do fertili-zante está cotada, em média, em R$1.219,35, sem o frete. O menor valor encontrado foi R$1.165,00 por tonelada.

Para os adubos potássicos e fosfatados os recuos em dezembro foram, respectivamente, de 1,5% e 0,7%, em relação ao mês anterior.

A pressão de baixa é em função da menor demanda por adubos neste final de ano.

Na Hortisul você encontra o melhor em estufas agrícolas e sistemas hidropônicos

Meio rural estimula idosos

Cultivo desperta o interesse de vários produtores da região

Fertilizantes mais baratosUma das metas centrais do

trabalho de assistência técni-ca e extensão rural é contri-buir para a qualidade de vida no campo. Mais uma vez, ela é reafirmada como uma das principais motivações para a permanência no meio rural, em estudo realizado com ido-sos do interior de Tucunduva, no Noroeste do Estado.

Formanda em Psicologia pela Sociedade Educacional Três de Maio, Joice Laíse Fronza, de 22 anos, filha de agricultores fa-miliares da localidade de Bela Harmonia, interior de Tucun-duva, sentiu-se estimulada a pesquisar acerca do tema a partir de um estágio na área de Psicologia, realizado no Sindi-cato dos Trabalhadores Rurais

de Três de Maio, onde prestou atendimento principalmente a idosos.

Com a proposta de compre-ender a perspectiva de enve-lhecimento de moradores do meio rural, a jovem pesqui-sadora buscou entender, em especial, as implicações do ambiente em que vivem no processo de envelhecer.

ma com a murchadeira do toma-te, alta produtividade, com peso de 30% a mais do fruto em rela-ção ao cultivo convencional, sa-nidade de plantas, facilidade no uso de armadilhas para capturar os insetos, e, o mais importan-te, que tem a venda garantida, em função da alta qualidade do fruto e sabor diferenciado. Além disso, tem a opção de cultivo de inúmeras variedades, como to-mate gaúcho, tomate cereja, to-

mate salada, entre outros tipos. E para completar existe a possibi-lidade de produção por mais de um ano contínuo.

Na Hortisul Produtos Agríco-las você encontra o melhor em estufas agrícolas e sistemas hi-dropônicos. Rua Jorge Leopoldo Weber, 617. Telefone: 55 3333 8039/9919 5692/ 9919 5691. Site: www.hortisulrs.com.

A Hidroponia representa uma nova opção de cultivo para pro-dutores, supermercados, proje-tos sociais, e demais segmentos que procuram produtos de alta qualidade além de uma maior produtividade.

O sistema hidropônico signi-fica cultivo em água, ou seja, as plantas não entram em contato com o solo, sendo alimentadas por uma solução nutritiva que passa entre as raízes das plantas, contendo todos os nutrientes necessários para o seu desenvol-vimento. Este sistema pode ser aplicado em grandes e pequenas

propriedades, proporcionando uma produção mais intensiva, sendo uma técnica que pode ser aplicada em meios urbanos, so-los fracos, ou com inclinações.

O cultivo hidropônico de fru-tos, tais como pepino, pimentão, morango e tomate desperta o interesse por vários produtores da nossa região. Estes produ-tores viram nestas culturas uma excelente opção para cultivo em pequenas propriedades, com o intuito de diversificar os seus ne-gócios, visando melhorar a ren-da.

A cultura que mais chamou

atenção foi o tomate, pelo alto valor agregado e pela enorme aceitação no mercado local e re-gional, uma vez que tradicional-mente não há histórico de pro-dutores de tomate com grande expressão na região e pela gran-de procura do produto pelos su-permercados.

O cultivo de tomate no sistema hidropônico tem várias vanta-gens, tais como: não há neces-sidade de preparação de cantei-ros, trabalho leve e a diminuição considerável do uso de agroquí-micos. Uma planta bem nutrida adoece menos, não tem proble-

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