jesus e o dinheiro

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Escrito por Pr. Adilson Guilhermel LIÇÃO 10 - JESUS E O DINHEIRO Texto Áureo: Lucas 18.24 E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Leitura Bíblica em Classe: Lucas 18.18-24 COMO USAR O DINHEIRO, BENS E POSSES SEGUNDO CRISTO. I. SEU USO NA PERSPECTIVA SECULAR E CRISTÃ 1. O materialismo na perspectiva secular é endeusado e o espiritual é ignorado - Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Mateus 6:21 2. O materialismo na perspectiva cristã é suplantado e o espiritual é priorizado - Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:33 II. SEU USO NO JUDAÍSMO DO TEMPO DE JESUS 1. No judaísmo ou alguém era rico ou era pobre e o pobre era oprimido pelos ricos - Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não vos oprimem os ricos, e não vos arrastam aos tribunais? Tiago 2:6 2. No judaísmo a generosidade e prosperidade eram atos exteriores não interiores - Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. Mateus 6:1 III. SEU USO SEGUNDO OS ENSINOS DE JESUS 1. A riqueza endeusada pode se tornar um obstáculo no caminho de quem serve a Deus - Lucas 18.24 E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! 2. A riqueza endeusada gera sensação de segurança e de independência de Deus - E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Lucas 12:19 IV. SEU USO CONFORME A MORDOMIA CRISTÃ 1. É a atitude do nosso coração que Deus avalia na questão de doar ou ofertar - Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento. Marcos 12:44 2. É a atitude de entesourar no céu que Deus abençoa, pois nada aqui é nosso - Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Mateus 6:20 Entendendo e Aplicando a História do Jovem Rico - por Filipe Luiz C. Machado - Nosso texto: Mateus 19.16-23 Nosso texto de hoje é uma narrativa bem conhecida de todos os crentes. Muitos de nós já devem ter ouvido esse relato bíblico uma dezena de vezes - talvez

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Comentário sobre o dinheiro

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Escrito por Pr. Adilson Guilhermel

LIO 10 - JESUS E O DINHEIROTexto ureo: Lucas 18.24 E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quo dificilmente entraro no reino de Deus os que tm riquezas!

Leitura Bblica em Classe: Lucas 18.18-24

COMO USAR O DINHEIRO, BENS E POSSES SEGUNDO CRISTO.

I. SEU USO NA PERSPECTIVA SECULAR E CRIST

1. O materialismo na perspectiva secular endeusado e o espiritual ignorado - Porque onde estiver o vosso tesouro, a estar tambm o vosso corao. Mateus 6:21

2. O materialismo na perspectiva crist suplantado e o espiritual priorizado - Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justia, e todas estas coisas vos sero acrescentadas. Mateus 6:33

II. SEU USO NO JUDASMO DO TEMPO DE JESUS

1. No judasmo ou algum era rico ou era pobre e o pobre era oprimido pelos ricos - Mas vs desonrastes o pobre. Porventura no vos oprimem os ricos, e no vos arrastam aos tribunais? Tiago 2:6

2. No judasmo a generosidade e prosperidade eram atos exteriores no interiores - Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; alis, no tereis galardo junto de vosso Pai, que est nos cus. Mateus 6:1

III. SEU USO SEGUNDO OS ENSINOS DE JESUS

1. A riqueza endeusada pode se tornar um obstculo no caminho de quem serve a Deus - Lucas 18.24 E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quo dificilmente entraro no reino de Deus os que tm riquezas!

2. A riqueza endeusada gera sensao de segurana e de independncia de Deus - E direi a minha alma: Alma, tens em depsito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Lucas 12:19

IV. SEU USO CONFORME A MORDOMIA CRIST

1. a atitude do nosso corao que Deus avalia na questo de doar ou ofertar - Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento. Marcos 12:44

2. a atitude de entesourar no cu que Deus abenoa, pois nada aqui nosso - Mas ajuntai tesouros no cu, onde nem a traa nem a ferrugem consomem, e onde os ladres no minam nem roubam. Mateus 6:20

Entendendo e Aplicando a Histria do Jovem Rico - por Filipe Luiz C. Machado - Nosso texto:Mateus 19.16-23Nosso texto de hoje uma narrativa bem conhecida de todos os crentes. Muitos de ns j devem ter ouvido esse relato bblico uma dezena de vezes - talvez voc seja um desses. No entanto, pode ser tambm que voc apenas a ouviu uma nica vez, mas j cr que conhece todo ensinamento que tais palavras querem ensinar ao corao. No importando em qual das qualificaes voc se encaixe, a palavra de Deus nos sempre til e necessria para nossa transformao imagem e semelhana do Senhor (2 Tm 3.16,17), visto que somos pecadores e somente em Cristo precisamos buscar nossa conformidade com Seus preceitos. No texto que acabamos de ler, Mateus bastante especfico com relao pessoa que conversava com o Senhor; enquanto o evangelho de Marcos o chama apenas de "homem" (Mc 10.17), e Lucas, de "prncipe", o evangelista Mateus d uma caracterstica importante para tal indivduo: ele era um jovem. No nos dito qual a idade de tal homem, talvez pudesse ser bastante jovem, ou talvez nem tanto. No somos informados da onde viera para se encontrar com Jesus, porm, nos dito que era um jovem. No sabemos quem so seus pais, se era casado e/ou se possua filhos, no entanto, era um jovem. Se assim a descrio de Mateus, ento precisamos dar valor para essa qualificao, pois todo cristo precisa entender que no h sequer uma palavra sem sentido nas Escrituras, absolutamente todas elas, desde a mais "bela" at a mais "estranha", todas tem um significado especial e que contribui para nosso crescimento. A palavra de hoje de Mateus nos informa: um jovem veio falar com o Senhor Jesus, o Messias salvador. Os versculos anteriores nossa narrativa descrevem Jesus dizendo:"Deixai os meninos, e no os estorveis de vir a mim; porque dos tais o reino dos cus" (Mt 19.14). Todos os trs evangelistas parecem desejar ligar um acontecimento ao outro. Marcos enftico ao registrar que logo aps essas palavras de Jesus,"correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" (Mc 10.17) - um homem jovem correu at o Senhor. Esse jovem talvez estivesse vendo e ouvindo Jesus tomando as crianas em seu colo e as abenoando pelo Seu poder soberano. Esse jovem muito provavelmente estava nesse local, observava as atitudes do Mestre, via-o proferir palavras de bno crianas to pequenas e aparentemente indefesas. Ento esse jovem deve ter pensado: "Esse homem que dizem ser o Messias, o libertador de Israel, est abenoando criancinhas que sequer sabem talvez falar e precisam ser levadas por seus pais at Jesus... creio que tambm chegar a minha vez, pois logo os jovens devem ir at Ele". Porm, se o jovem assim pensou, logo viu-se em frustrao, pois to logo Jesus acabara de abenoar os pequeninos, "partiu dali" (Mt 19.15). Mas o nosso personagem da narrativa no era um senhor idoso ou algum com problemas de sade: ele era um jovem. Como bom jovem, logo se ps a correr em direo a Jesus que estava deixado o local, afinal, muito provavelmente estava nos ao redores enquanto Jesus tinha as crianas consigo e as tratava de forma muito bondosa e carinhosa. Alcanando a Jesus, nosso jovem pergunta: "Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?" (Mt 19.16). Talvez, perplexo por ter Jesus abenoado somente as crianas e no ter chamado tambm os mais crescidos, nosso jovem pergunta o que ele deve fazer para tambm ter a vida eterna assim como Ele havia-a dado quelas crianas de pequena idade (a palavra em grego paracrianas, nessa narrativa, denota crianas de colo, gente de muita pouca idade). Jesus ento lhe responde: "Por que me chamas bom? No h bom seno um s, que Deus" (Mt 19.17), como querendo dizer: "Por que achas que eu sou bom? Eu no afirmo constantemente que sou o enviado de Deus? No lhes digo que sou o Filho do Pai? Tambm j no sabem vocs que Eu e o Pai somos um? Por que ento dizes que sou bom? Acaso achas que Eu sou diferente de meu Pai que est nos cus? Meu jovem, Eu sou Deus, no sou um homem pecador - quem v a mim, v a Deus (Jo 14.9); voc est vendo e falando com o prprio Senhor". Jesus ento continua dizendo ao jovem: "Se queres, porm, entrar na vida, guarda os mandamentos." Nosso Salvador comunica ao jovem que caso quisesse ter a vida eterna - conforme havia questionado-o - deveria guardar os mandamentos do Senhor. Esse um ponto muito importante, pois Jesus poderia ter dito que bastaria a "f" n'Ele e tudo estaria resolvido; que para herdar o reino dos cus precisaria somente de algumas boas obras na terra e viver de maneira politicamente correta; que sendo uma pessoa na sociedade (ou nas palavras de Lucas, um bom "prncipe") e agindo conforma a moralidade da poca exige, j se estaria satisfazendo os requisitos para a salvao. No entanto, Jesus afirma que preciso guardar os seus mandamentos. Agora, depois de ouvir tais palavras de Jesus, nosso jovem questiona:"Disse-lhe ele: Quais?" (Mt 19.18). O jovem sabia quais eram mandamentos, ele conhecia as ordenanas de Jesus - no era um ignorante. Como sei disso? Veja que aps Jesus enumerar os mandamentos, nosso jovem diz que "Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade" (Mt 19.20). Ningum consegue guardar (obedecer) um mandamento que no conhece, no h quem possa buscar viver uma vida reta diante do Senhor se no conhece a Lei do Senhor - certamente esse jovem as conhecia. Agora, Jesus passa a lhe apresentar os 6 mandamentos referentes ao prximo: "No matars[x 20.13], no cometers adultrio[x 20.14], no furtars[x 20.15], no dirs falso testemunho[x 20.16]; Honra teu pai e tua me[x 20.12], e amars o teu prximo como a ti mesmo[x 20.17]" (Mt 19.18, 19). Como vimos, o jovem responde afirmativamente a esses mandamentos, dizendo que a todos eles havia cumprido; que vivia de modo diligente e centrado em seu propsito de no ferir os mandamentos do Senhor; que era piedoso em suas tarefas, afinal, jamais havia matado, adulterado, furtador, dado falso testemunho, deixado de honrar pai e me e sempre sendo amoroso para com o prximo - aqui, aparentemente temos o relato de um jovem puro, ntegro; um exemplo para a sociedade israelita. Mas, como que no entendendo as palavras de Jesus, aps afirmar ser exmio cumpridor dos mandamentos, pergunta: "que me falta ainda?". Essas palavras ecoam o seguinte pensamento de nosso jovem: "Mas Mestre, quando eu fui ter com o Senhor, lhe havia perguntado como ter a vida eterna; lembro-me ento que foi apresentado os mandamentos. Pois bem, aqui estou a professar que pratico todos eles e que de fato tenho-os guardados desde a mais tenra idade - o que me falta ento para ter a vida eterna, haja vista que j sou cumpridor dos mandamentos? Acaso o Senhor est querendo dizer que j tenho a vida eterna?" Jesus ento lhe responde: "Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e d-o aos pobres, e ters um tesouro no cu; e vem, e segue-me" (Mt 19.21). Ao contrrio do que o jovem esperava, Jesus lhe d 4 diretrizes de como deveria proceder caso quisesse de fato cumprir todo o requerido pelo Senhor e ento ter a vida eterna.Emprimeiro lugar, a ordem foi: "vai, vende tudo o que tens". Jesus sequer questionou aquele jovem se ele estaria de acordo em vender tudo o que possua ou se teria condies de viver sem as posses que havia adquirido (ou ganho por herana). Jesus simplesmente no questiona, no argumenta, no senta com o pecador e tenta firmar um contrato bom para ambas as partes - Jesus no esse tipo de pessoa. O chamado "bom Mestre" to somente coloca as cartas na mesa e diz: "Meu jovem, desejas ser perfeito? Se sim, comece vendendo tudo o que tens". Observemos que esse o padro de Jesus: justo, direto, certeiro - mas com amor. A maioria das palavras de Jesus so registradas como sendo "direto ao ponto", sem rodeios ou desculpas esfarrapadas; Ele simplesmente diz o que deve ser feito e pronto - no h dilogo para poder questionar o decreto divino.

Emsegundo lugar, aps ouvir sobre que deveria vender seus bens, o jovem ouviu: "ed-o aos pobres". No uma regra, mas a maioria dos ricos e possuidores de muita posse trata com desdm os pobres - ou quando muito, veem neles apenas um potencial para lucrarem ainda mais. Entretanto, independente dessa regra ter sido vlida para nosso jovem, o Senhor o admoesta a entregar tudo o que tem. Para quem deveria entregar? Ao sumo sacerdote? Aos levitas? Aos administradores da poca? A algum fundo de investimento para que gere rendimentos futuros? No. Dever-se-ia ser entre aos pobres, queles que esto margem da sociedade e padecem de todo tipo de dificuldade financeira. nesse momento que o jovem toma um tiro em sua conscincia; pois como pode ser "justo", pensa ele, "trabalhar durante algum tempo ou ainda receber como herana muitas propriedades e altas quantias em dinheiro e da noite para o dia ter de entregar tudo aos pobres e miserveis que no fizeram coisa alguma para ganhar o que lhes estou dando?" Jesus nem ao menos disse que deveria dar sua riqueza a um nico pobre, para talvez alegrar o jovem rico fazendo-o pensar que ao menos algum ficaria rico em seu lugar e daria continuidade sua riqueza, mas sim, mando-o dar aos pobres, isto , dividir com quem encontrasse e que fosse necessitado.

Emterceiro lugar, caso fizesse tudo isso, Jesus lhe afirma: "e ters um tesouro no cu". O jovem agora ouve um consolo e percebe que h esperana para ele. Apesar de ter de vender seus bens e d-los aos pobres, ouve que ter um tesouro nos cus - isso certamente chamou-lhe a ateno. No incomum que ao falarmos com pessoas sobre os tesouros no cu, a cidade celestial feita de ouro, os diamantes mais belos e formosos refletindo a luz que a todos ilumina, elas no ficarem encantadas. No h quem fique indiferente essa viso de Joo em Apocalipse, pois todos, de algum modo, so atrados por algum tipo de riqueza e regalia. Assim tambm se deu com nosso jovem. Vocs conhecem o final da histria - ele ir negar a Cristo; mas por qu? Porque no entendeu o significado das palavras de Jesus. Quem sabe ao medir suas riquezas de terras, contar as somas gigantescas de sua fortuna e as comparar com "umtesouro no cu", isto mesmo, apenas um, seu corao j deve ter-se posto em tristeza e lamentao, pois no entendia como poderia ser mais benfico trocar "tudo" o que tinha, por apenas "um" tesouro, e que ainda no estava na terra, mas sim nos cus, um lugarinalcanvelpelas mos.

Emquarto lugar, no bastasse tudo o que o jovem j tinha ouvido e pensado, o Senhor se pronuncia com a sentena final: "e vem, e segue-me". Aquele jovem completamente estarrecido em seu corao, que talvez a poucos minutos atrs (antes de ir falar com Jesus) pensava que poderia ter a vida eterna numa breve conversa com o "bom mestre", e continuaria ento a poder desfrutar da beleza e o sustento que suas riquezas lhe proporcionavam, agora se v obrigado, alm de vender, doar tudo aos pobres e ter ouvido que teria um nico tesouro num lugar supostamente inalcanvel, tambm inquirido para que passe a seguir Jesus por onde quer que ele fosse. Em outra narrativa e ocasio de Mateus, Jesus havia dito:"As raposas tm covis, e as aves do cu tm ninhos, mas o Filho do homem no tem onde reclinar a cabea" (Mt 8.20). O que levaria um jovem a largar toda sua riqueza e seguir um homem que sequer tinha uma casa prpria ou um lugar adequado para banhar-se? As faculdades mentais do jovem lhe diziam: "No siga esse conselho, ele no bom e lhe levar a perder tudo o que voc tem". Por outro lado, lembremos que o jovem era desejoso de ter a vida eterna, o que tambm deve t-lo levado a pensar: "Mas ainda que eu perca tudo, o 'bom Mestre' ofereceu-me a vida eterna e era justamente isso que eu queria!" - nosso jovem estava confuso.A narrativa bblica ento encerra com as lamentveis palavras do jovem e tambm com um aviso do Senhor: "E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possua muitas propriedades. Disse ento Jesus aos seus discpulos: Em verdade vos digo que difcil entrar um rico no reino dos cus" (Mt 19.22, 23). Por fim, desejo-lhes expor algumas verdades e aplicaes dessa passagem para nossas vidas.

1. Ele era um jovem.Essa qualidade j comentada no incio precisa ficar clara para ns. Marcos nos diz que era um homem, e Lucas, que era um prncipe - da entendermos que ele era um homem, prncipe e jovem. Grave muito bem essa qualificao, pois dela depende muito do entendimento dessa passagem. No nos dito que era um idoso, ele era jovem; no recebemos a informao de que era uma criana de colo, era um jovem; no estava doente ou passava por dificuldades fsicas, era um jovem saudvel, disposto e que buscava andar na direo daquilo que desejava. No entanto, atente para isso: mesmo sendo jovem, ele morreu. No morreu fisicamente, no isso que o texto nos diz, porm, morreu prematuro, pois decidiu seguir os prazeres desse mundo em lugar do tesouro nos cus. Algum de vocs j se identificou com nosso jovem? Voc j teve atitudes semelhantes a dele? J parou, ficou ouvindo o Senhor falar s crianas e ento correu at Ele? Se isso lhe familiar, como voc recebeu as palavras de Jesus, "vai, vende tudo o que tens e d-o aos pobres, e ters um tesouro no cu; e vem, e segue-me"? Se voc um jovem, sua responsabilidade dupla nesse dia. Primeiro porque nossa narrativa fala de um jovem, e assim voc o . Segundo, porque Cristo censurou nosso jovem, o que deveria levar voc a temer por sua idade, pois apesar de jovem, voc pode perecer e morrer afastado de Cristo.

2. O jovem correu.Nosso jovem expressou o vigor que caracterstico de sua idade: ele correu. E notemos nesse momento: ele correu at Jesus. O texto nos informa que quando Jesus saiu daquele lugar, o jovem correu, pois queria saber como poderia obter a vida eterna; no entanto, ouviu as duras palavras de Jesus. Note ainda outro detalhe: a Bblia no nos revela que ele voltou correndo para o mundo, mas sim que "retirou-se triste, porque possua muitas propriedades" (Mt 19.22). Um homem triste no corre mais, no vai atrs daquilo que lhe d prazer, suas foras logo acabam, sua esperana atacada pelos ladres do desespero e em breve o mximo que voc ir desejar a morte. Meus amados, vocs podem correr muito nessa vida. Podem ir a muitos retiros "cristos", podem sair com seus amigos cristos e ficar at a alta madrugada conversando sobre qualquer assunto. Assim como nosso jovem da histria, voc pode correr, mas tambm pode perder a vida eterna. No nos sem motivo que as Escrituras descrevem esse homem como uma pessoa que correu, mas que, no entanto, retornou chorando. Quantos so os homens e mulheres que num primeiro momento vo at Cristo, correm at Ele, dizem ter entregado suas vidas ao Salvador, leem a Bblia, oram, buscar estar com os irmos da Igreja, mas nunca "venderam tudo o que tinham e seguiram o Senhor". Nosso jovem bastante semelhante ao filho prdigo - foi para a cidade distante com grande alegria, jubiloso de que iria encontrar a verdadeira felicidade, mas to logo acabaram suas economias e o "fogo do momento", que se viu obrigado a trabalhar com porcos e at mesmo ser alimentado como um deles. Ou ainda, se posso dar outro exemplo, lembre-se de Judas: provavelmente um homem de meia idade, saudvel, responsvel pelas ofertas recebidas, participante das atividades juntamente com Cristo e seus discpulos, mas que considerou suas 30 moedas de prata (Mt 26.15) mais valorosas que o "tesouro nos cus" descrito e prometido pelo Senhor.3. Ele era rico.Voc j percebeu: nosso jovem, alm de disposto, era rico. Isso importante para ns, pois a riqueza na vida de um jovem um faca de dois gumes. De um lado ele tem diante de si toda fora, energia e disposio para serem gastas, do outro, uma enorme riqueza que pode lhe trazer sucesso, fama e ainda mais dinheiro. Nosso jovem no cuidou, no raciocinou conforme os mandamentos que Jesus lhe havia dito. Talvez para ele, suas riquezas eram sinnimo da bno de Deus, pois ao mesmo tempo em que obedecia ao Senhor em todos os mandamentos apresentados, tambm enriquecia e de nada tinha falta. Mas atente para isso: no nos informado a quantia de sua riqueza e de que espcie ela era. Talvez nosso jovem tivesse grandes quantias de terra e muitos barcos pesqueiros, ou talvez fosse dono de grandes quantias em moeda, de modo que as comercializava e dali retirava seu lucro. Mas, independente disso, o Senhor lhe disse: "vende tudo o que tens". Aqui, as palavras de Jesus no nos ensinam a vender literalmente tudo o que temos, mas, no entanto, nos alertam para um grande perigo: pode ser que at mesmo suas pequenas moedas estejam lhe fazendo errar o alvo e seguir o caminho largo. Nenhum de ns como esse jovem rico em sua riqueza, no entanto, todos ns temos alguma riqueza e Cristo nos chama a "vend-las" e no mais nos apegarmos a elas. Se a presente narrativa se fizesse presente em nossos, talvez Cristo diria: "Venda sua casa luxuosa que lhe traz uma falsa sensao de segurana, compre uma menor, distribua parte do dinheiro entre os pobres e siga-me; venda seu carro da ltima gerao, pois vejo que ele o est levando a largos passos em direo ao inferno, e ento, siga-me; venda aquele instrumento musical que tira seu tempo de orao, leitura e at mesmo toma grande quantia de seu dinheiro mensal, e siga-me; largue sua banda que o faz ficar orgulhoso e no ter tempo para mim, e siga-me; deixe seu computador e seu videogame de lado, e siga-me; pare de ser um mau mordomo do tempo que Deus lhe deu, aplique todo ele nas obras do Senhor, e siga-me". Meus queridos, ao escutar essas supostas palavras de Cristo, voc resistiu a alguma delas? Talvez voc tenha pensado que foram um pouco exageradas. Pois bem, lembre-se que o jovem rico tambm pensou o mesmo que voc. Ele achou que Jesus havia dito algo "muito pesado", difcil de ser digerido, que foi alm da prudncia racional, que desejou tirar a sua "liberdade" e juventude, que desejou ceifar sua alegria da terra, que quis apenas lhe trazer alguns desprazes, que intentou lev-lo a ser ridicularizado por seus amigos... em meio a esses pensamentos de rebeldia, tema e lembre-se de nosso jovem e de qual foi o seu fim.

4. Ele era pobre.No, no pense que h contradio. De fato a Bblia nos revela que o jovem era rico, mas no pense voc que Deus via-o dessa maneira - "porque o SENHOR no v como v o homem, pois o homem v o que est diante dos olhos, porm o Senhor olha para o corao" (1 Sm 16.7). Nosso jovem achava-se que era muito rico, mas Jesus se pronunciou dizendo que era muito pobre. Era muito pobre porque quando admoestado a deixar tudo nesse mundo e seguir a Cristo, teve por bem que suas riquezas eram mais satisfatrias e poderiam comprar um bem maior que a cidade celestial - este jovem era muito pobre. Uma pessoa que no troca suas bijuterias por ouro puro, algum muito tolo; aquele que est diante do Mestre e tem sua frente um "tesouro no cu", mas prefere agarrar-se ao esterco da vida largar tudo o que julga possuir, o mais tolo e miservel de todos os homens. Esse jovem trocou a riqueza pela pobreza; a sade pela doena; a eternidade ao lado de Cristo pela eternidade de tormento; a felicidade pela tristeza; o amor pelo dio; o tesouro por uma poro de terra. Mesmo o prprio Messias estando diante dele e testificando de que deveria ter poucas posses nessa terra caso quisesse adquirir a maior de todas as riquezas que um homem poderia alcanar, o jovem no captou a mensagem. E voc, j a entendeu? Voc entendeu que o sentido das palavras de Jesus eram para que o jovem entendesse sua pobreza espiritual, mesmo em face da sua riqueza material? Voc compreende que, ou Cristo vem em primeiro lugar na sua vida e voc cessa de gastar o tempo nesse mundo com festas, idas inteis a casas de amigos mundanos (e at mesmo supostos crentes), pra de bisbilhotar a vida de seus amigos na internet (levando-o a quebrar o dcimo mandamento [sim, esse mesmo que o jovem rico deveria tambm cumprir] que diz: "No cobiars a casa do teu prximo... nem coisa alguma do teu prximo" (x 20.17)) e dedica sua vida inteira, cada minuto e segundo na obra do Senhor ou em breve voc se retirar como nosso jovem, triste, pesaroso, sem mais esperana de ter a vida eterna, tudo porque julgava que as paixes materiais lhe eram mais prazerosas do que o Senhor? Voc realmente compreendeu isso?

5. Podemos ser ainda piores que o jovem rico.Se voc at aqui tem se identificado com nosso jovem, deixarei abaixo uma exortao a voc. No entanto, se voc julga estar vivendo de maneira mais superior que nosso jovem, preciso lhe orientar e dizer que talvez voc esteja sendo pior do que ele. Observe essas palavras:"E Jesus disse: No matars, no cometers adultrio...Disse-lhe o jovem:Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade" (grifo meu). Quem sabe voc at aqui se vangloriou e pensou: "Obrigado, Senhor, pois no sou como esse jovem - amo mais a Tua palavra do que as riquezas desse mundo". Porm, o texto de hoje lhe faz uma ltima pergunta: voc tem obedecido aos mandamentos do Senhor? Em nossos dias o professar do cristianismo se tornou algo normal e corriqueiro. J no incomum encontrarmos algum "de repente" e ouvirmos que recentemente passou a frequentar uma igreja ou que iniciou a leitura de um novo livro religioso. Todavia, assim como nosso jovem foi advertido de seu proceder, ns tambm o somos, pois lemos:"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrar no reino dos cus,mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que est nos cus" (Mt 7.21 - grifo). Note a ligao: obedecer aos mandamentos, fazer a vontade de meu Pai e ento ter um tesouro nos cus. Voc que julgou-se superior ao nosso jovem, avalie em seu corao se fato voc pode dizer como ele: "Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade". Voc talvez afirmou confiar no Senhor e agradeceu a Ele por no ser semelhante ao jovem, mas voc segue os mandamentos? Nosso jovem rico ao menos cumpria todos os mandamentos com relao ao prximo - voc o imita ao menos nessa conduta? Sua vida ecoa as palavras do salmista que afirma ter, "o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite" (Sl 1.2)?Nosso texto de hoje nos mostrou que no h idade para nos afastarmos do Senhor. At mesmo o mais disposto dos homens da terra pode escutar o Senhor, correr at Ele e ouvir as severas palavras de reprovao. Se h algum que tem vivido semelhante ao nosso jovem, isto , achando-se rico, tendo a presuno de que est cumprindo os mandamentos, cr ser um crente fiel e desejoso da vida eterna, mas que na verdade nunca renunciou suas "riquezas" e desejos, lhe digo: olhe para a cruz - sim, para a cruz. Aquela armao grotesca de madeira sustentou o salvador de Seus filhos. A cruz que foi escndalo para os judeus, pode ser vida para voc. No julgue ser to sbio como nosso jovem achou ser. No creia, assim como ele fez, que as riquezas desse mundo so mais agradveis que o tesouro eterno, por favor, no faa isso. Olhe somente para Cristo e deixe essas palavras cravarem em seu corao:"Ento disse Jesus aos seus discpulos: Se algum quiser vir aps mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre sia sua cruz,e siga-me" (Mt 16.24). Jesus afirma: uma cruz, um peso muitas vezes nada confortvel, doloroso, difcil, mas glorioso. "Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e d-o aos pobres, e ters um tesouro no cu; e vem,e segue-me" (Mt 19.21).Cristo vos abenoe.Amm. http://2timoteo316.blogspot.com.br/2012/03/entendendo-e-aplicando-historia-do.htmlTexto extrado do Livro de Urantia Documento 1654. A Partilha da Herana(1821.1) 165:4.1 Enquanto os apstolos batizavam os crentes, o Mestre falava queles que tinham ficado. E um certo jovem disse a ele: Mestre, o meu pai morreu deixando muitas propriedades para mim e para o meu irmo, mas o meu irmo recusa-se a me dar o que meu. Poderias, ento, pedir ao meu irmo que divida essa herana comigo? Jesus ficou compassivamente indignado por esse jovem de mente materialista ter trazido discusso uma questo de negcios; mas continuou a usar a ocasio para ministrar outras instrues. Disse Jesus: Homem, quem me encarregou de repartir as vossas coisas? De onde foi que tiraste a idia de que eu dou ateno aos assuntos materiais deste mundo? E ento, voltando-se para todos que estavam em torno de si, ele disse: Tende cuidado, mantendo-vos afastados da cobia; a vida de um homem no consiste da abundncia das coisas que ele possa possuir. A felicidade no vem do poder da fortuna, nem a alegria brota de riquezas. A fortuna, em si mesma, no uma maldio; mas o amor pelas riquezas, muitas vezes, conduz a uma tal devoo s coisas deste mundo, que a alma se torna cega para as belas atraes das realidades espirituais do Reino de Deus na Terra, e para as alegrias da vida eterna no cu. (1821.2) 165:4.2 Vou contar-lhes a histria de um certo homem rico cuja terra produzia com abundncia; assim, quando se tornou muito rico, comeou a pensar com os seus botes, dizendo para si: O que farei com todas as minhas riquezas? Agora, possuo tanto que no tenho nem lugar onde colocar a minha fortuna. E depois de meditar sobre esse problema, disse: Farei o seguinte: derrubarei meus silos e construirei outros maiores, e assim terei espao suficiente para estocar os meus frutos e mercadorias. Ento poderei dizer minha alma: alma, tu tens bastante fortuna acumulada para muitos anos; descansa agora; come, bebe e regozija-te, pois s rica e os teus bens s aumentam.(1821.3) 165:4.3 Esse homem rico, entretanto, era tambm um tolo. De tanto prover os bens materiais para a sua mente e o seu corpo, ele deixara de acumular tesouros no cu para a satisfao do esprito e salvao da sua alma. E, assim, no chegaria a desfrutar do prazer de consumir as suas riquezas acumuladas, pois naquela mesma noite a sua alma lhe foi pedida. Naquela noite bandidos invadiram sua casa para mat-lo e, aps saquear os seus armazns, queimaram o que restou. E quanto s propriedades que escaparam dos ladres, os seus herdeiros brigaram por elas. Esse homem armazenou tesouros para si prprio na Terra, mas no era rico perante Deus.(1821.4) 165:4.4 Jesus tratou desse modo quele jovem e sua herana, porque sabia que o seu problema era a cobia. E, ainda que no tivesse sido esse o caso, o Mestre no teria interferido, pois nunca se intrometia com os assuntos temporais, nem mesmo com os dos seus apstolos, e menos ainda com os dos seus discpulos.(1821.5) 165:4.5 Quando Jesus terminou a sua histria, outro homem levantou-se e perguntou a ele: Mestre, sei que os teus apstolos venderam as suas posses terrenas para seguir-te, e que eles tm todas as coisas em comum como tm os essnios; e gostarias tu que todos ns, que somos os teus discpulos, fizssemos o mesmo? um pecado possuir bens honestos? Assim respondeu Jesus a esta pergunta: Meu amigo, no um pecado ter riquezas honradamente; todavia um pecado transformar as riquezas de posses materiais em tesouros capazes de absorver teu interesse desviando toda a tua afeio da devoo das buscas espirituais do Reino. No h pecado em ter posses honestas na Terra, desde que teu tesouro esteja no cu, pois onde est o teu tesouro l tambm estar o teu corao. H uma grande diferena entre a riqueza que leva cobia e egosmo, e aquela que mantida e repartida, no esprito da camaradagem, por aqueles que tm, em abundncia, bens deste mundo, e bondosamente contribuem para sustentar os que devotam todas as suas energias ao trabalho do Reino. Muitos dentre vs, que estais aqui sem dinheiro, pudestes ser alimentados e alojados, nesta cidade de tendas, porque homens e mulheres generosos e de posses deram fundos ao vosso anfitrio, Davi Zebedeu, com essa finalidade.(1822.1) 165:4.6 Mas nunca esqueais, alm de tudo, de que a riqueza no duradoura. O amor pela riqueza, muito freqentemente, obscurece e at mesmo destri a viso espiritual. Nunca deixeis de reconhecer o perigo de que a riqueza se converta na vossa dona, em vez de converter-se na vossa serva.(1822.2) 165:4.7 Jesus no ensinou nem apoiou a imprevidncia, a ociosidade, a indiferena em cuidar das necessidades fsicas da prpria famlia, nem a dependncia de esmolas. Mas ensinou que o material e o temporal devem estar subordinados ao bem-estar da alma e ao progresso de natureza espiritual no Reino do cu.(1822.3) 165:4.8 Ento, enquanto o povo descia at o rio para presenciar os batismos, aquele jovem viera, em particular, at Jesus, para falar da sua herana, pois achava que Jesus o havia tratado duramente; e, depois de t-lo ouvido de novo, Jesus respondeu: Meu filho, porque perdes a oportunidade de alimentar-te do po da vida em um dia como este, apenas para satisfazer a tua tendncia cobia? Acaso no sabes que a lei judaica da herana ser ministrada com justia, se fores com a tua queixa ao tribunal da sinagoga? No podes ver que o meu trabalho consiste em assegurar-me de que saibas sobre a tua herana celeste? No leste as escrituras: H aquele que fica rico por precauo e por muitas privaes, e a parte da recompensa que lhe cabe que ele possa dizer: encontrei descanso e agora poderei comer continuamente com os meus bens. Ainda assim, todavia, ele no sabe o que o tempo lhe reserva nem que, tambm, deve deixar todas essas coisas para outros quando morrer. No leste o mandamento: No cobiars. E ainda: Eles comeram e se fartaram e engordaram, e ento se voltaram para outros deuses. Acaso leste nos Salmos que o Senhor abomina aqueles que cobiam, e que o pouco que um homem reto tem melhor do que as riquezas de muitos malvados. Se as riquezas aumentam, no ponhais o vosso corao nelas. Leste o que Jeremias disse: Que o homem rico no se vanglorie das suas riquezas; e Ezequiel falou a verdade quando disse: Das suas bocas eles fazem uma boa demonstrao de amor, mas os seus coraes esto centrados nos seus ganhos egostas .(1822.4) 165:4.9 Jesus despediu o jovem, dizendo a ele: Meu filho, de que te valer ganhares todo o mundo, se perderes a tua prpria alma?(1822.5) 165:4.10 Outro ouvinte, que se encontrava por perto, perguntou a Jesus como seriam tratados os ricos no dia do julgamento, e ele respondeu: Eu no vim para julgar os pobres nem os ricos, pois as vidas que os homens vivem os julgar a todos. Qualquer coisa, alm de tudo, que possa eu dizer a respeito dos ricos, no julgamento, ao menos trs perguntas devem ser respondidas por todos que adquirem grande fortuna, e estas perguntas so:(1822.6) 165:4.11 1. Quanta riqueza acumulou?(1822.7) 165:4.12 2. Como conseguiu esta riqueza?(1822.8) 165:4.13 3. Como usou sua riqueza?(1822.9) 165:4.14 Ento Jesus foi at a sua tenda, para descansar por um momento antes da refeio da noite. Quando os apstolos concluram os batismos, tambm eles vieram; e teriam conversado com ele sobre a riqueza na Terra e o tesouro no cu, mas Jesus estava dormindo.https://divulgandoascensao.wordpress.com/2014/10/02/bens-materiais/39. Ajuntai tesouros no cu

I - Introduo

1. Mateus 6: 19-21: No acumuleis para vs outros tesouros sobre a terra, onde a traa e a ferrugem corroem e onde ladres escavam e roubam; mas ajuntai para vs outros tesouros no cu, onde traa nem ferrugem corri, e onde ladres no escavam nem roubam; porque onde est o teu tesouro, a estar tambm o teu corao.

a) Comentrio Bblico Adventista em espanhol, Vol. 5, pg. 339: Jesus indica aos que querem ser cidados de seu reino que a posse de riquezas materiais um motivo de ansiedade mais que um meio de livrar-se dela. O cristo no se angustia pelas necessidades materiais da vida porque confia em que Deus as conhece e lhe dar o que lhe falta.

b) Idem, pg. 340: Tesouros no cu. Tais tesouros so permanentes e no so afetados pelos inimigos dos tesouros terrenos nem pelos estragos do tempo. Os investimentos que se fazem em tesouros celestiais vo valorizando-se com o tempo, enquanto que os investimentos feitos em tesouros terrenos inevitavelmente se depreciam.

II - Tesouros na Terra

O Que Deus Tem de Melhor para Minha Vida, 04 de agosto: O que fizermos com o tesouro terreno determinar o nosso tesouro celestial.

O que Jesus quis dizer quando falou: ... no acumuleis para vs outros tesouro sobre a terra ... ?

( Jesus est interessado aqui no tanto pelas nossas possesses, irias pela nossa atitude em relao a essas possesses.

( No est em evidncia, aqui, o que uni homem porventura possua, mas antes, o que ele pensa sobre seus bens materiais.

( Jesus trata aqui com pessoas cuja principal ou total satisfao nesta vida, derivam de coisas que dizem respeito somente a este mundo.

( Jesus nos alerta que a pessoa corre o perigo de limitar suas ambies, seus interesses e suas esperanas a esta vida.

Todos ns temos tesouros de uma espcie ou de outra:

( O nosso tesouro talvez no seja dinheiro.

( No est em pauta somente o amor ao dinheiro, mas tambm o amor honra pessoal, o amor posio social, o amor ao cargo obtido, o amor a qualquer coisa que comece e termine aqui mesmo, nesta vida e neste mundo.

( Estudos no Sermo do Monte, pg. 365: A promoo tem produzido prejuzos interminveis na Igreja de Deus, atingindo homens que so perfeitamente honestos e sinceros, mas que no se mantiveram em guarda no tocante a esse perigo. que tais indivduos tm amealhado seus tesouros na terra sem perceb-lo. Um rico homem de negcios de Londres fez certa vez uma oferta no jornal, prometendo quatro mil dlares a qualquer que conseguisse fazer uma lista de quatro coisas desejveis que o dinheiro no pode comprar. O leitor que ganhou o dinheiro, deu a seguinte lista:

1. O sorriso de um beb.

2. A juventude que se foi.

3. O amor de uma boa pessoa.

4. Entrada no cu quando a vida terminar.

Certo homem de fortuna que se esquecera de Deus, recebeu a visita de seu antigo pastor. Este convidou-o a olhar pela janela, e a dizer o que via. Ele respondeu que via pessoas andando pelas caladas, em baixo. O pastor convidou-o ento a olhar a um espelho, e a dizer o que via. Naturalmente, o rico se viu a si mesmo. Ento o pastor disse: Quando o senhor olhou pela vidraa, viu o povo; mas assim que um pouco de prata foi acrescentado ao vidro, o senhor nada viu seno a si mesmo. O mesmo acontece com os homens que tm permitido que a prata e o ouro obscuream a face de Deus e as necessidades do prximo. So os que ajuntam tesouros terrenos!

III - Tesouros no cu

1. I Pedro 1:4: Para uma herana incorruptvel, sem mcula, imarcescvel, reservada nos cus para vs outros.

2. Dar Viver, pg 25.- Quando algum ganha dinheiro, ou torna Deus participante ou perde a sua alma.

3. Para acumularmos tesouros no cu devemos ser possuidores de um correto ponto de vista da vida.

( Nesta vida, somos meros peregrinos.

( Estamos caminhando neste mundo debaixo dos olhos atentos do Senhor.

( Devemos andar como quem v aquele que invisvel.

( Somos estrangeiros e peregrinos sobre a terra.

( Devemos viver como quem espera a cidade que tem fundamentos, da qual Deus o arquiteto e construtor.

( Devemos desejar uma ptria superior, isto , a celestial.

( Devemos pensar em ns mesmos como mordomos que tero de prestar contas a Deus.

( Devemos saber que com Deus que teremos de encontrar-nos um dia.

4. Estamos armando a nossa tenda, a cada dia que passa, um pouco mais perto do nosso lar celestial?

( Devemos viver neste inundo para o propsito Divino e no para o nosso.

( As coisas materiais no podem ocupar o centro da minha vida e da minha experincia crist.

5. Estudos no Sermo do Monte, pg. 369: Se porventura ansiamos por acompanhar esse mesmo cortejo de grandes personagens da f, se ansiamos por gozar dessa mesma glria, ento faramos bem em ouvir a exortao de nosso Senhor: No acumuleis para vs outros tesouros sobre a terra... mas ajuntai para vs outros tesouros no cu...

6. Leila educou, praticamente sozinha, seus filhos. Todos menos um tem sua casa prpria. Ela aprecia bastante quando eles vm visit-la, mas no consegue entender uma preocupao que quase todos expressam em relao a ela:

- Me, a senhora est dando dinheiro demais para a igreja. Lembre-se que a senhora recebe apenas uma pequena penso, e claro Deus no exige de ningum um segundo dzimo!

Outro dia, uma filha de dona Leila voltou a dizer: Me, no preciso dar tanto para a igreja. A me imediatamente respondeu: 'Talvez eu esteja dando mais do que Deus espera; mas no estou passando necessidades; tenho onde morar e sou capaz de cuidar de mim mesma. E, tem mais, como Deus honesto, seu eu lhe der demais, claro que Ele vai me devolver.

IV - Concluso:

Lucas 21:34 - Acautelai-vos por vs mesmos, para que nunca vos suceda que os vossos coraes fiquem sobrecarregados com conseqncias da orgia, da embriaguez deste mundo, e para que aquele dia no venha sobre vs repentinamente, como um lao. Um criador de gado, um dia, foi muito feliz e alegre ao dar a notcia sua esposa e filhos, que a sua melhor vaca dera luz dois bezerros, um vermelho e outro branco. E acrescentou: Vou dedicar ao Senhor um desses dois bezerros. Cri-los-ei juntos, e, quando chegar o tempo certo, venderei um dos bezerros e ficarei com o dinheiro; e ento venderei o outro e doarei o dinheiro para ser usado na obra do Senhor. A esposa perguntou: Qual dos dois bezerros ele dedicaria ao Senhor? Ele replicou: No h necessidade de nos preocuparmos com isso, por enquanto; mas os tratarei do mesmo jeito, e ento, chegado o tempo prprio, farei conforme disse. Alguns meses depois, aquele homem disse esposa; Tenho ms notcias para dar-lhe. O bezerro do Senhor morreu. Todavia, a mulher observou: Mas voc ainda no havia decidido qual dos dois bezerros seria consagrado ao Senhor! Ele retrucou: Sim. Eu j havia resolvido desde o princpio que o bezerro branco seria do Senhor, e foi o bezerro branco que morreu. O Bezerro do Senhor est morto. No deixemos o bezerro do Senhor morrer! Ajuntemos tesouros no cu, sendo fiis dizimistas e fiis pactuantes!

http://ministeriosdaigreja.com.br/biblioteca/sermoes/43-sermoes/mordomia-crista/150-39-ajuntai-tesouros-no-ceuPobres e Ricos - Cu e Inferno

Escrito por Jorge Lordello Qua, 06 de Julho de 2011 22:27

Na antiguidade havia um senhor feudal demasiadamente rico e avarento. Seu prazer era acumular bens e propriedades. Um amigo de infncia, que tambm tinha boa situao financeira, resolveu fazer voto de pobreza. Embora comovido com tal atitude do companheiro, h muito tempo tinham perdido contato. Certo dia, resolveu ir ao seu encontro. Ao adentrar em uma simples choupana, onde ele estava, expressou sua admirao e respeito, dizendo: "Puxa, a quantas coisas boas voc renunciou nesta vida! A resposta proferida foi impressionante: "Mas voc renunciou a muito mais"! A indignao foi imediata: "Do que voc est falando? S pode estar brincando"! O homem, que havia se convertido ao cristianismo, explica pacientemente: "No, no estou. Eu renunciei apenas a este mundo visvel. Voc est renunciando ao mundo vindouro". Certa vez, um discpulo indagou ao mestre: "Senhor, refleti bastante e cheguei a seguinte concluso: aqueles que optam pela riqueza dos bens materiais esto fadados ao fogo do inferno. Estou certo?" O sbio respondeu: "Claro que no! Sabemos que as riquezas no impedem a entrada no cu e que tampouco a pobreza abre os portes celestes. Essa a concluso superficial dos que pensam que o sofrimento neste mundo ser compensado por alegrias no cu. No entanto, o amor incondicional pelos bens terrenos e a prioridade dada ao que material e temporrio, so srios obstculos para muitos".

Em Lucas, 16:13-31, encontramos a seguinte parbola: "Havia um homem rico que se banqueteava magnificamente todos os dias. Havia tambm um pobre mendigo chamado Lzaro, que vivia coberto de lceras porta do rico, e que bem quisera saciar-se com as migalhas que caam da mesa deste, mas ningum lhas dava. Ora, aconteceu que o mendigo morreu e foi transportado pelos anjos ao seio de Abrao. O rico morreu tambm e teve o inferno por sepultura. Quando o rico levantou os olhos e ao longe viu Lzaro no seio de Abrao, disse em gritos estas palavras: "Pai Abrao, tem piedade de mim e manda-me Lzaro para que, molhando n'gua as pontas dos dedos, me refresque a lngua. Abrao, porm, lhe respondeu: Filho, lembra-te de que recebeste bens em tua vida e de que Lzaro s teve males; por isso, ele agora consolado e tu s atormentado. Replicou o rico: Pai Abrao, eu te suplico, ento, que o mandes casa de meu pai, onde tenho cinco irmos, para lhes dar testemunho destas coisas, a fim de que eles no venham a cair neste lugar de tormentos. Abrao lhe retrucou: Eles tm Moiss e os profetas; que os escutem. No, Pai Abrao, insistiu o rico, se algum dos mortos lhes for falar, eles faro penitncia. Se no escutam nem a Moiss nem aos profetas, retorquiu Abrao, no acreditariam, do mesmo modo, ainda que algum dos mortos ressuscitasse".

http://www.cronicasdolordello.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=170:pobres-e-ricos-ceu-e-inferno&catid=57:acao-e-reacao&Itemid=134DEUS NO COBRA PEDGIO PARA SUA ENTRADA NO CU

de fcil percepo observar nos discursos religiosos caractersticas de uma relao com Deus baseada em prticas meritrias, de tal forma que o agir divino condicionado por aquilo que eu fao. Isso chamado doutrina da retribuio, podendo ser encontrada at nas Sagradas Escrituras, e, ultimamente, tem ganhado fora a principal de suas vertentes: a teologia da prosperidade. Beno-maldio, recompensa-castigo, felicidade-destruio: a justia divina realizada conforme as prticas terrenas. Certa vez uma pessoa disse: se Deus no serve voc, ento para que serve esse Deus?. O contexto de sua fala era justamente a splica por bens materiais. Diante do fato, lembrei-me de J. Mesmo sendo justo, ele foi acometido de inmeros sofrimentos. A afirmao tradicional de que o fiel cumulado de prosperidade pela experincia contradita. Ento, o que dizer daqueles que so retos e, no entanto, sofrem? Teriam sido malditos por Deus? Fidelidade implica em retorno material? O sentido de bno de acordo com o que alcano na minha vida terrena? Que pena! Onde iremos chegar? Quando se olha a relao com Deus como causa e efeito, e produz-se sobre isto um mecanismo retributivo, resulta que determinada ao gerar sempre uma conseqncia, e assim, inviabiliza outra forma do agir divino, como se Deus estivesse tendencioso a tomar uma atitude porque assim estava no esquema determinado por esse sistema. Pensar assim deveras prejudicial, pois torna Deus limitado aos parmetros humanos, buscando fundar-se em uma garantia de que Ele assim realizar o bem ou mesmo o mal. Ao conhecermos Jesus Cristo, essa lgica cai por terra. A gratuidade divina exclui a ao meritria do homem ao se tratar de recompensa. Posso sofrer vrios empecilhos, posso ser privado de bens materiais, e mesmo assim, ser repleto da beno de Nosso Senhor em minha vida. claro que preciso cooperar com o projeto de Salvao para a minha vida, mas eu no posso manipular Deus s minhas vontades, baseando minha relao com ele numa troca constante de atitudes com fins previamente determinados. Quando Deus se torna livre em seu agir comigo, meu relacionamento com Ele muda. A sim, poderei ter uma relao como seu servo ou como Cristo afirmou, seu amigo. E, por conseguinte, ser baseada na gratuidade.

Indicao do Caminho para o Reino do Cu

Santo Inocncio, Bispo do Alasca

Traduzido por Novia Vasilisa (Lesna)/ Natalia J. MartynenkoPrefcio

Em vrias ocasies, tentei escrever um artigo sobre a vida Crist, que falasse sobre a essncia do que um Cristo deve saber e fazer de uma forma compacta, mas que ao mesmo tempo seja completa e inspiracional. Apesar de muitas partes deste tpico terem sido previamente pensadas e desenvolvidas, a maneira de como eu poderia consolidar tudo isto em um curto formato me iludiu. Foi da que encontrei um livrinho chamado "Indicao do Caminho para o Reino do Cu," escrito pelo "Apstolo do Alasca" - Santo Inocncio Veniaminov. Aps l-lo, entendi que eu no poderia escrever nada melhor. Tudo neste livrinho excelente: o contedo, o estilo e a forma de apresentao. Portanto, com muita alegria que eu reimprimi o sermo dele, fazendo mnimas mudanas. O Bispo Inocncio ( Ivan Popov-Veniaminov), nasceu em 1797 na vila de Achinsk, na provncia de Irkutsk na Sibria . Ainda na infncia, tendo perdido o seu pai, ele cresceu sob o cuidado de Deus. Ele mesmo aprendeu a ler e a escrever, e quando completou sete anos j lia os Salmos e as Epstolas. Os paroquianos da igreja convenceram a suame para que ele fosse escola, e Inocncio foi admitido para fazer o seminrio em Irkutsk, pago pelo governo, se formando com excelncia. Quando casou em 1821, foi ordenado padre. Em 1823 foi enviado a ser um missionrio no Alasca, onde foi com sua esposa. Foi l que com grande abnegao e sucesso, pregou os ensinamentos de Cristo entre os nativos das ilhas Aletes. Ele compilou o primeiro alfabeto e gramtica da lngua dos Altes e traduziu tambm a Sagrada Escritura, sermes e os servios religiosos .Aps muitos anos vividos na Amrica, Inocncio viajou a So Petersburgo para obter assistncia ao seu trabalho missionrio, do Snodo. Enquanto estava l, foi informado da morte de sua esposa, depois do que, ele seguiu a vida monstica. Em 1840, foi sagrado bispo e designado a exercer suas funes (de bispo) nas regies da Kamchatka, Kuril e Alete e o seu trabalho missionrio se expandiu bastante. Vinte e oito anos depois, ele foi transferido para a S de Moscou como Metropolita. Faleceu em 1879. Em fevereiro de 1994, Metropolita Inocencio(Veniaminov) foi canonizado (como um Santo), na Catedral da Alegria dos que Sofrem, em So Francisco na Califrnia, juntamente com o Arcebispo Nicolau, o Apstolo do Japo.

Bispo Alexandre (Mileant).

Introduo

As pessoas no foram feitas para viver somente aqui na terra como os animais que desaparecem depois da morte, mas unicamente para viver com Deus, e no foram feitas para viver cem ou mil anos, mas para viver eternamente. Qualquer pessoa tem o instinto de se esforar para ser feliz. Esse desejo foi implantado na pessoa pelo prprio Criador, por isso no pecado. Contudo, preciso saber que nesta vida temporria impossvel encontrar a perfeita felicidade porque ela encontra-se apenas em Deus, e sem Ele no pode ser atingida. O que diz respeito aos bens materiais, eles nunca nos podem satisfazer totalmente. Realmente sabemos por experincia que quando desejamos algo isso s nos agrada enquanto no o possumos e que quando o recebemos, rapidamente nos fartamos. O exemplo mais notvel disso o rei Salomo. Ele era to rico que todos os utenslios domsticos nos seus palcios eram de puro ouro. E era to sbio que outros reis e pessoas de terras longnquas vinham para o ouv-lo. Tinha tanta glria que os seus inimigos tremiam a mera meno do seu nome. Ele podia satisfazer facilmente qualquer um dos seus desejos e parecia no haver nada que no possusse ou que no tivesse possibilidade de obter. Mas apesar de tudo at ao fim da sua vida ele no conseguiu achar a total felicidade. Essas suas buscas de felicidade e as inconstantes interruptas decepes, ele descreveu no livro Eclesiastes, que comea com as seguintes palavras: "Vaidade de vaidades tudo vaidade'' (Ecl.1:2). Muitas outras pessoas sbias e que tiveram sucesso na vida, chegaram a mesma concluso. Provavelmente, na profundidade do nosso subconsciente, algo nos quer lembrar que ns estamos aqui na terra apenas de passagem e, que a nossa verdadeira felicidade no est aqui, mas l no outro mundo melhor que nos conhecido como paraso ou Reino dos Cus. Mesmo que uma pessoa possua todo este mundo e tudo o que h nele, isso s o entreter temporariamente, e que a sua alma imortal tendo sede de uma verdadeira comunicao com Deus continuar insatisfeita. Jesus Cristo veio a este mundo para nos devolver a vida eterna que perdemos e, a genuna felicidade. Ele revelou s pessoas que todo o nosso mal vem dos nossos pecados e que nunca ningum com o seu prprio esforo conseguir superar o mal que tem em si e obter a comunho com Deus. O pecado que est enraizado em nossa natureza como se fosse uma alta parede que se encontra entre ns e Deus. Se o Filho de Deus pela Sua misericrdia no tivesse descido a terra, assumindo a natureza humana e, com a Sua morte no tivesse vencido o pecado, toda a humanidade estaria perdida para sempre! Porm, graas a Ele, quem quiser pode livrar-se do mal, voltar a Deus e obter a felicidade no Reino dos Cus. disso que ns vamos falar agora mais detalhadamente, e veremos:

1.Que benefcios nos concedeu Nosso Senhor Jesus Cristo.

2.Como viveu Jesus Cristo aqui na terra e o que sofreu por ns.

3.Qual o caminho que nos leva ao Reino dos Cus.

4.Como Jesus Cristo nos ajuda a caminhar ao longo do caminho da Salvao.

Os Benefcios que Nos Concedeu Nosso Senhor Jesus Cristo

Para avaliar os bens concedidos por nosso Senhor Jesus Cristo, lembremos as bnos que tinha o primeiro homem, Ado, antes de ter pecado e as desgraas que ele teve que sofrer em conseqncia do pecado. O primeiro homem, tendo sido criado pela imagem e conforme a semelhana do seu Criador, tinha a mais vital e intima relao com Ele, e por isso desfrutava de uma total felicidade. Sendo imortal, Deus concedeu a Ado essa imortalidade; sendo Todo-puro Deus fez Ado puro e sem pecado; sendo eternamente feliz, Deus criou Ado feliz e essa felicidade ou beatitude deveria aumentar a cada dia. Como nos diz o livro de Gnesis, Ado vivia num maravilhoso jardim (chamado Eden ou paraso), plantado por Deus. A ele desfrutava de todas as bnos da vida, no conhecia doenas nem sofrimento e no tinha medo de ningum, todos os animais lhe obedeciam como ao seu mestre. Ado no sentia frio nem calor e, quando trabalhava, tratando das plantas do paraso, fazia isso com prazer. A sua alma tinha conscincia da presena de Deus e de amor a Ele, ele estava sempre tranqilo e feliz, no conhecia desgraas nem preocupaes. Todos os seus desejos eram puros e ntegros. A sua memria, mente e todas as outras capacidades de sua alma eram perfeitas. Sendo inocente e puro ele permanecia sempre com Deus e conversava com Ele como com o seu prprio Pai, e Deus amava-o como a seu prprio filho. Resumindo, Ado estava no paraso e o paraso estava dentro de Ado. Se Ado no tivesse pecado, ele continuaria santificado para sempre, e os seus descendentes teriam desfrutado a felicidade. Foi para isso que o Senhor criou o homem. Porm dando ouvidos ao tentador-diabo, Ado transgrediu a lei do Criador, e provou do fruto proibido. Quando Ado pecou, apareceu-lhe Deus, mas ele em vez de se arrepender e prometer obedincia, colocou a culpa na sua mulher. A mulher colocou a culpa na serpente. Mas o pior no era a transgresso da lei, mas sim o fato de que o pecado afetou profundamente a natureza humana. Em conseqncia disso no se podia manter mais a anterior comunicao vital com o Criador e juntamente com isso desapareceu a felicidade. Perdendo o paraso que tinha em si, Ado no merecia mais o paraso que o rodeava e por isso foi expulso dele. Depois do pecado, a alma de Ado escureceu, os seus pensamentos e desejos ficaram confusos, sua memria e imaginao comearam a nublar. Em vez de sentir alegria e paz na alma ele comeou a sentir tristeza, preocupaes e outros sentimentos desagradveis. Ele teve que conhecer o trabalho duro, a pobreza, a fome e a sede, e depois de muitos anos de dificuldades insuperadas a idade e a doena comeou a oprimi-lo e a morte se aproximou. Mas o pior de tudo que o perpetuador de todo o mal, atravs do pecado tornou-se hbil de influenciar Ado e afasta-lo de Deus. Os elementos da natureza: o ar, o fogo, e os outros, que serviam anteriormente a Ado como meios para a sua satisfao, tornaram-se hostis. Ado e os seus descendentes comearam a sofrer de frio, de calor, da mudana dos ventos e do mau tempo. Os animais tornaram-se ferozes com os homens e comearam a olhar para eles como para os seus inimigos ou presas. Os descendentes de Ado comearam tambm a sofrer de doenas que com o tempo se tornavam mais numerosas e mais severas. As pessoas esqueceram-se de que eram prximas e comearam a lutar entre si, odiar, mentir, atacar, martirizar e a matar uns aos outros. Por fim, depois de muito trabalho e tribulaes, deveriam morrer e sendo pecadoras, deveriam ir para o inferno e a sofrer eternamente. Nenhuma pessoa, nem mesmo a mais genial e poderosa, nem a humanidade toda junta, poderia, nem pode restabelecer o que Ado perdeu quando pecou no Eden. O que seria de ns e de toda a humanidade se pela Sua misericrdia Jesus Cristo no tivesse vindo para nos salvar? O nosso Pai Celeste que tem piedade de ns e ama-nos muito mais do que somos capazes de amar a ns prprios, mandou-nos o Seu Filho Jesus Cristo para nos livrar do poder do diabo e nos guiar ao Reino do Cu. Com o Seu ensinamento Jesus Cristo dispersou a escurido da ignorncia e das iluses iluminando todo o mundo com a luz do Evangelho. Agora quem quiser pode saber a vontade de Deus e o caminho para o Reino do Cu. Pelo seu modo de vida, Cristo nos mostrou como viver para obter a Salvao. E com o Seu mais puro sangue lavou os nossos pecados, livrando-nos da escravatura do diabo e das paixes e nos tornou filhos de Deus. O martrio que nos esperava pela transgresso da lei de Deus, Ele suportou por ns e com a Sua morte livrou-nos da morte eterna. Jesus Cristo com a Sua ressurreio destruiu o inferno, tirando a satans do poder e, vencendo a morte abriu para todos as portas do paraso. Por isso a partir desse momento a morte deixou de ser algo trgico, pelo contrrio, para as pessoas que tm f a morte passou a ser uma passagem de uma vida de vaidades e tristeza para uma vida de luz e felicidade. Com a Sua ascenso aos cus, Jesus Cristo glorificou a natureza humana concedendo-lhe a imortalidade. impossvel descrever todos os bens que Ele nos preparou, podemos apenas dizer que quem seguir os Seus mandamentos ser digno de viver no paraso, com os anjos, os santos e os justos e de ver Deus. Sentir uma pura alegria, sem preocupaes, sem cansao e nem tristeza. Esses bens no so dados apenas a alguns escolhidos mas sim a todos que os queiram receber. O caminho para a salvao foi indicado, organizado, limpo e nivelado o melhor possvel. Mais que isso, Jesus Cristo ajuda-nos durante o caminho, podemos at dizer que Ele nos leva pela mo. A nica coisa que nos resta fazer, entregarmo-nos Sua vontade sem nos opormos. Vejam como nos ama Jesus Cristo e que grandes benefcios nos d! Imaginem agora Jesus aparecendo na nossa frente e nos perguntando: "Meus filhos, ser que vocs Me amam por tudo que fiz por vs, e ser que vocs do valor aos bens que Eu vos dou?" Quem entre ns no lhe responderia: "Sim, meu Deus eu Te amo e Te agradeo!" Por isso, se realmente amamos Jesus Cristo, se isso no s da boca para fora, devemos fazer o que Ele nos ordena. Porque quando uma pessoa ama realmente o seu benfeitor, demonstra a sua gratido fazendo tudo o que lhe agrada.

Como viveu Jesus Cristo aqui na terra e o que sofreu por ns

A base da vida o amor: "e amars o Senhor teu Deus com todo o teu corao, e com toda a tua alma, e com todo o teu entendimento... amars o teu prximo como a ti mesmo" (Marcos 12:30-31). Porm, devido ao fato da natureza humana estar manchada pelo pecado, ainda no houve pessoa que fosse capaz de amar da maneira perfeita como amou Jesus Cristo. O Seu infinito amor pode ser visto em cada palavra e em cada gesto. Sendo o Filho do Criador e o verdadeiro Deus, Jesus Cristo, com piedade de ns desceu dos Cus e tomou em Si o corpo e a alma humana, tornando-se em tudo semelhante a ns excluindo o pecado. Sendo o Senhor do universo, perante quem temem os anjos, tornou-se uma simples pessoa. Possuindo todos os tesouros do mundo, Ele nasceu em condies de pobreza e Se deitou na manjedoura de uma gruta escura e mida. Sendo o Legislador Supremo Jesus Cristo durante toda a Sua vida terrestre cumpria humildemente a lei de Moiss. Assim, no oitavo dia, Ele Se submeteu a circunciso e no quadragsimo dia a Sua Me O trouxe ao templo e l pagou por Ele, o Resgatador do mundo, a taxa de redeno. Desde criana Ele ajudava o Seu dito pai, e sendo adulto Ele tinha respeito aos ancios e lderes judeus, e aos governadores romanos, e pagava os impostos exigidos. Ele viveu em pobreza de livre vontade e quando pregava no tinha sequer lugar onde encostar a cabea. Jesus Cristo, a quem toda a criao obedece, servia as pessoas e at lavou os ps aos seus discpulos que eram simplesmente pescadores. Jesus Cristo rezava constantemente ao Seu Pai Celeste, e at noite quando as outras pessoas dormiam. Aos Sbados, Ele tomava partido das oraes comunais e da leitura da Bblia numa sinagoga da sua regio. Nas grandes festas, Ele ia ao templo de Jerusalm. Jesus Cristo cumpria com todo amor e dedicao a misso para a qual fora enviado pelo Seu Pai Celeste e dedicava tudo glria de Deus. Ele sentia piedade de todas as pessoas, nunca recusou ajuda e estava disposto a suportar tudo para aliviar os que sofriam. Ele agentava todo o tipo de insultos e ofensas da multido com a maior mansido e pacincia, nunca se irritava com aqueles que o humilhavam e armavam intrigas contra Ele. Alguns chamavam-No de pecador e transgressor da lei, outros diziam que Ele, sendo filho de um carpinteiro, era uma pessoa vazia, outros ainda diziam que Ele era camarada dos bbados e das pessoas vis e pecadoras. Vrias vezes, tentavam apedrej-Lo ou lana-Lo do topo de uma montanha. Os escribas judeus diziam que o Seu divino ensinamento era falso, e quando Ele curava doentes, ressuscitava mortos ou expulsava demnios, explicavam esses milagres como a ao do esprito do mal. Alguns diziam abertamente que Ele estava possudo pelo demnio. Sendo Deus e Todo-Poderoso, Jesus Cristo poderia destruir a todos com uma nica palavra, mas Ele tinha pena deles, desejava o bem e rezava pela sua salvao. Resumindo: desde que nasceu at sua morte, Jesus Cristo serviu as pessoas fazendo- lhes o bem. Porm, ao invs de receber gratido, suportava freqentemente angstia e dor. Ele era especialmente odiado pelos ancios judeus, sacerdotes e escribas, que eram aqueles que tinham como misso ensinar o bem e guiar as pessoas f. Pelo contrrio, tentavam impedir as pessoas de acreditar em Jesus Cristo, modificando o sentido das profecias que falavam a respeito da vinda do messias. Todas as palavras e atos Dele, explicavam s pessoas num sentido negativo. Porm, Jesus Cristo no se afligia tanto pelo fato deles malquistarem contra Ele mas sim pelo fato de se apressarem cegamente para a perdio e arrastarem o povo consigo. Pouco antes da Sua morte, Jesus Cristo fez um grande milagre: Ressuscitou Lzaro que estivera sepultado durante quatro dias e j tinha comeado a se decompor. Esse milagre aconteceu perante a famlia de Lzaro e uma grande multido. Isso teve um grande efeito no povo e muitos dos que no confiavam em Cristo acreditaram que Ele era o Messias. Mas os sacerdotes e escribas tiveram inveja da Sua glria e juntando-se resolveram, sem demora, matar Cristo e Lzaro que Ele ressuscitou. Sabendo que os seus dias de vida na terra estavam contados, Jesus Cristo juntou os Seus discpulos num quarto perto do monte Cio para uma ceia misteriosa que se chamou a ltima ceia, onde Ele instituiu o Mistrio da Santa Comunho e se despediu deles. Depois disso, acompanhado pelos discpulos, Jesus Cristo foi para o jardim de Getsmani, onde suportou o Seu pior martrio interior. Sua angstia era to grande que o Seu suor parecia como gotas de sangue caindo sobre a terra. Nesse tempo a alma do nosso Salvador esteve emergida numa tremenda escurido pelo insuportvel peso dos nossos pecados que Ele tomava em Si para os lavar com o Seu mais puro sangue, - pela enorme quantidade de crimes de bilhes de pessoas, comeando por Ado e incluindo todas as geraes futuras. Oprimido com o peso do mal de todo o mundo Jesus Cristo exclamou: "Minha alma est numa tristeza mortal" (Mat.26:38). Ningum capaz de compreender o que sentiu realmente a pura alma do Deus-homem no jardim de Getsmani. Podemos apenas imaginar que perante a Sua viso interior se revelou toda a infamidade dos pecados humanos. Cristo sabia que apenas uma pequena parte das pessoas daria valor ao Seu sofrimento e ao Seu infinito amor e, que a maioria se afastaria indiferentemente, muitos teriam dio ao Seu ensinamento e perseguiriam cruelmente os que crerem Nele, sabia que entre aqueles que O seguissem ia haveria hipcritas que iriam transformar a religio num meio para ter lucro, sabia que iam aparecer falsos professores que iriam distorcer a verdade do Seu ensinamento e devido cobia e ao orgulho iriam arrastar muitos crentes para seitas, sabia tambm que iriam aparecer falsos pastores que pela sua ambio criariam revoltas e separaes na igreja. Cristo disse que muitos dos cristos, em vez de amarem Deus se entregariam a crimes e vcios ao ponto de se tornarem piores que pagos pelos seus pecados, e que em conseqncia disso a religio crist seria rebaixada. Por um lado, durante esse difcil sofrimento, o sentimento de justia e lealdade a Deus Pai, exigia que Jesus Cristo destrusse a ingrata e pecadora humanidade; mas por outro lado a piedade pelas pessoas perdidas despertavam Nele a necessidade de sofrer por ns, livrando-nos do poder do mal e da maldio eterna. Enquanto Jesus ainda estava rezando, entrou no jardim uma multido com paus e tochas acompanhada de soldados que foram enviados pelos ancios judeus. Eles amarraram Jesus Cristo como se Ele fosse um malfeitor, e O levaram para ser julgado. Entretanto, os Seus amados apstolos que Ele tinha tornado to prximos de si, deixaram- No covardemente e fugiram. Os ancios judeus juntamente com todo o sindrio na casa do sumo sacerdote, levantaram muitas acusaes ridculas contra Jesus Cristo. Contudo nenhuma delas era suficiente para conden-Lo pena de morte. O sumo sacerdote exigiu que Jesus respondesse se Ele era o prometido Messias, o Filho de Deus. Aps Jesus ter afirmado que era Ele, o sindrio O acusou de blasfmia e O condenou morte. Em seguida, os membros do conselho, incapazes de segurar mais o dio por Jesus, rodearam-no e com muitos insultos O espancaram. Como o Sindrio tinha sido privado pelos romanos do poder de se condenar, na manh seguinte, Sexta-feira, na vspera da Pscoa, os ancios judeus levaram Jesus Cristo para um novo julgamento, ao governador romano Pilatos, com o objetivo de que ele assegurasse a deciso deles. Pilatos compreendeu que Jesus Cristo estava sendo acusado por inveja, e queria solt-Lo mas os sacerdotes ameaaram fazer queixa dele ao imperador romano. No querendo por em perigo a sua carreira, Pilatos resolveu dirigir-se ao povo que se tinha juntado l, lembrando-lhes que na vspera da Pscoa se havia o costume de soltar um dos prisioneiros. Ele perguntou qual dos dois deveria soltar: Barrabs ou Cristo, (Barrabs estava preso por ter cometido um crime). Enquanto as pessoas se decidiam entre si, os ancios convenceram a maioria a pedir que soltassem Barrabs e que Jesus Cristo fosse crucificado. As pessoas esqueceram-se das inmeras bnos de Cristo; de quantos Ele expulsou demnios, quantos livrou da lepra, cegueira, paralisia e outras doenas incurveis, quantos Ele converteu para o bom caminho e a quantos desesperados Ele devolveu a esperana. Entretanto, os soldados romanos bateram cruelmente em Jesus Cristo, gozaram Dele e por fim vestiram-Lhe um manto prpuro e colocaram na cabea Dele uma coroa de espinhos. Quando Ele foi posto todo ferido perante o povo, as pessoas comearam a gritar exaltadamente "Crucifica! Crucifica-O!" A Pilatos lavou covardemente as mos como sinal de no estar metido na acusao de um homem inocente, e soltando Barrabs entregou Jesus Cristo a disposio dos ancios judeus. Os soldados deram a Jesus Cristo a cruz de madeira na qual Ele seria crucificado, e O obrigaram a carreg-la at ao lugar da execuo que se chamava glgota (lugar da caveira). A eles tiraram a roupa exterior de Cristo e O prenderam na cruz, crucificando com Ele dois ladres. Assim, num lugar vergonhoso, como se fosse um malfeitor, foi crucificado aquele que dispersou a escurido dos erros humanos com a luz do Seu divino ensinamento, e que com o amor destrua a maldade. Meu Deus! Quo cegas e cruis podem ser as pessoas. Apesar de tudo, os inimigos de Cristo no conseguiram saciar a sua maldade. Insultavam o sofredor j agonizante e zombando pediam-lhe um milagre. Quando Dele teve sede e lhes pediu gua, deram-lhe uma esponja ensopada em vinagre. Assim, abandonado por todos, coberto de feridas, se esvaindo em sangue e sentindo uma sede insuportvel, Aquele que outrora expirou a vida no primeiro homem tem agora a mais cruel das mortes. Mesmo a insensvel natureza se estarreceu com um tamanho crime: o sol escureceu e a terra tremeu. Por quem, ento sofreu dessa maneira o Salvador do mundo? Ele sofreu por todas as pessoas, pelos Seus inimigos e atormentadores, por aqueles que tendo recebido dele inmeras bnos se esqueceram de Lhe agradecer. Ele sofreu por cada um de ns, pecadores e obstinados, que diariamente O ofendemos com a nossa indiferena, ingratido, dio, mentiras e com todas as aes impuras. Dessa maneira como se O crucificssemos novamente. Para sentirmos mais profundamente o amor ilimitado de Jesus Cristo e termos realmente a conscincia de quo grande foi o Seu sacrifcio por ns, devemos tentar compreender quo grande o Seu poder, e quanta a nossa insignificncia. Jesus Cristo o verdadeiro Deus igualmente ao Deus Pai e ao Esprito Santo. Ele permanece numa luz inacessvel, o Criador do universo, o Rei imortal perante Quem permanecem tremendo legies de anjos. Ele a fonte da vida eterna, o Senhor de todos os seres visveis e invisveis e o tremendo Juiz dos vivos e dos mortos. Foi esse mesmo Jesus Cristo que sofreu por ns, criaturas pecadoras e ingratas. Quem poder entender o mistrio do amor de Deus e Lhe dar o digno valor?

O caminho para o Reino do Cu

O caminho para o Reino do Cu foi feito pelo nosso Senhor Jesus Cristo, apenas aquele que O segue chegar ao Reino do Cu. Qual ento a maneira de O seguir? - Vejamos o que diz acerca disso o prprio Salvador: "Se algum me quer seguir, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" (Marcos 8:34). As palavras "quem quer" significam que Jesus Cristo no obriga ningum a segui-Lo. Ele no quer involuntrios, mas quer que cada pessoa decida livremente se quer ou no seguir pelo Seu caminho, e estar com Ele. Lgicamente, no Reino do Cu s entraro aqueles que escolheram livremente seguir o caminho que nos foi indicado pelo Salvador. Cristo! Salvao ou perdio, isso est inteiramente nas tuas mos. O Senhor pela Sua misericrdia te d a liberdade de escolher, e jamais te vai tirar essa liberdade. Por isso se quiseres ir aps Jesus Cristo, Ele vai te mostrar o caminho e em cada passo vai te ajudar. Se no quiseres a escolha tua, mas toma cuidado para no desprezares a misericrdia de Deus. Jesus Cristo bate na porta do teu corao durante muito tempo, com pena de ti, para que tu enfim te queiras salvar. Mas ai de ti se Ele cansado de esperar, te deixe como fruto da perdio. Nessa situao, ningum, nem santo, nem mesmo um anjo tero possibilidade de te ajudar! Por isso muito importante criares dentro de ti o desejo necessrio e tomares a deciso definida de seguir o caminho da salvao. Para que esse desejo aparea e a deciso se torne firme, temos que aprender onde nos leva o caminho indicado por Cristo e como se deve caminhar por ele. Essa questo to importante que necessrio discuti-la em detalhes. 1. Em primeiro lugar, um cristo tem que estudar as origens da religio Crist. Para isso preciso comear a ler regularmente os livros da Bblia Sagrada, especialmente o Evangelho e as Epstolas dos apstolos. No chega saber apenas o seu contedo, preciso desenvolver o interesse em saber sua origem e por quem e quando foram escritos, como foram preservados at chegarem aos nossos dias, e por que que se chamam Divinos e Sagrados. Tens que estudar os livros sagrados com simplicidade de corao, sem preconceito e sem demasiada curiosidade, sem te esforares por compreender aquilo que mistrio de Deus, mas dando ateno a aquilo que diz respeito a nossa salvao. Tudo o que necessrio sabermos a cerca da nossa salvao, est revelado na Escritura muito claramente e em detalhes.

Tambm importante para um cristo estudar bem a religio crist, porque quem no conhece a sua religio, torna-se frio relativamente a ela e pode cair facilmente no ensinamento de alguma heresia ou de outra religio. to grande o nmero de cristos que se perdem apenas pelo fato de no se interessarem pelo contedo da sua religio. Tendo acesso luz eles vagam na escurido.

O estudo da religio deve se conformar tambm com a mentalidade e as capacidades de cada pessoa. Por exemplo, uma pessoa erudita deveria tomar conhecimento das obras dos pais santos da igreja, e tambm de outros livros histricos e teolgicos escritos por autores ortodoxos. Esses livros vo lhe dar possibilidade de conhecer melhor e mais profundamente a sua religio, o que na sua altura lhe dar a possibilidade de assegurar religiosamente outras pessoas que no tm acesso aos livros.

2. Tendo a certeza de que a nossa religio se baseia na Sagrada Escritura e no nas invenes das pessoas, e de que a Sagrada Escritura a verdadeira palavra de Deus que nos foi transmitida pelo Esprito Santo atravs dos profetas e dos apstolos, recebe-a com confiana de todo o corao. Cr sem teres dvidas nem ds lugar a invenes em relao ao que diz a Sagrada Escritura, e no ds ouvidos as explicaes herticas. Se receberes humildemente a verdade de Cristo, a tua f ficar forte e te conduzir a salvao.

3. Por fim, tenta nutrir em ti o zelo de seguir aquilo que nos diz a Sagrada Escritura. Se no encontras em ti esse zelo, dirige-te ao nosso Salvador Jesus Cristo e numa sincera orao pede-lhe que te doe um desejo zeloso de viver segundo os Seus mandamentos. Quando a beno de Deus te comear a conduzir pelo caminho da salvao, segue-a dedicadamente, repelindo as armadilhas do diabo que se esfora por te desviar desse caminho.

O que aqui foi dito sobre o caminho para o Reino do Cu, podemos ilustrar com o seguinte exemplo: imagina que, de repente, s o nico herdeiro de um parente teu muito rico. Esse parente antes de morrer, deixou-te uma manso magnfica no topo de uma montanha. Como ele gostava de solido, no fez nenhuma estrada para a sua manso, ele prprio chegava l por uma trilha. Para te ajudar a tomar posse da manso, ele deixou-te o mapa da montanha onde marcou a trilha certa. A montanha tem muitas outras trilhas que no vo chegar na manso, mas acabam em becos sem sada ou em precipcios. Por isso, para alcanares a manso, tens que seguir exatamente a trilha que te marcou no mapa o teu amado parente.A tua prudncia diz que antes de comear a viagem, deves compreender bem o mapa da montanha, te abasteceres de tudo que pode ser necessrio para a escalada e at para passares l a noite. Deves perguntar a um guarda florestal com o que deves tomar cuidado e que sinais te ajudaro a no perderes a trilha correta. certo que qualquer pessoa que tem bom senso tome todas as providncias antes de comear um novo caminho. Algo semelhante espera-nos, caso queiramos chegar ao Reino que nosso Senhor Jesus Cristo nos preparou no cu. Devemos ver bem qual o caminho que vai l dar, com o que devemos tomar cuidado para no nos perdermos, e etc. O nosso mapa a Sagrada Escritura e a literatura ortodoxa; os guardas florestais so os pastores da igreja cujo dever ajudar os crentes e gui-los em direo ao paraso, as provises so as bnos de Deus que nos reforam espiritualmente. possvel que a trilha que nos leva ao Cu em certas partes se torne estreita, cheia de arbustos e difcil de passar, enquanto outros parecero mais largos e cmodos. Porm, melhor no confiar nas aparncias. Nosso Senhor Jesus Cristo e os Seus apstolos avisaram-nos mais do que uma vez que apenas aquele caminho que est revelado no Evangelho, nos leva ao Reino do Cu. Todos os outros caminhos no vo dar em lugar nenhum, enquanto que o caminho largo e cmodo vai dar na perdio. Agora vamos rever com mais ateno o caminho que nos indicou Jesus Cristo. Ele disse: Quem deseja vir comigo precisa:1. Negar a si mesmo2. Pegar a sua cruz3. Seguir-meDessa forma, quem segue Jesus Cristo, tem que comear a negar a si mesmo. Isso quer dizer que devemos deixar todos os maus costumes, livrar o nosso corao da afetuosidade a todas as coisas materiais, (dinheiro, luxo, fama, poder, etc). no desenvolver em si desejos impuros, silenciar os maus pensamentos, evitar as situaes que levem a pecar, no fazer nada por teimosia ou amor prprio, mas fazer tudo pelo amor a Deus e em glria do Seu Santssimo nome. Resumindo, segundo as palavras do apstolo Paulo, negar-se quer dizer - estar morto para o pecado e vivo para Deus (Rom. 6:11). Da, o discpulo que segue Jesus Cristo deve pegar a sua cruz. Como cruz entende-se aqui, todas as dificuldades e tristezas que esto relacionadas com a vida crist. As cruzes podem ser internas ou externas. Tomar a cruz quer dizer, suportar tudo sem se lamentar, por mais desagradvel que seja. Por isso se algum te faz mal, se ri de ti, aborrece-te, ou tu ajudaste algum, e ele em vez de te agradecer inventou intrigas contra ti, ou por exemplo queres fazer uma boa ao e no consegues. Se te acontecer alguma desgraa ou algum da tua famlia ficar doente, ou depois de muito esforo e trabalho sofreres fracasso, ou alguma outra coisa te oprime - deves suportar tudo isso com pacincia no penses que sendo castigado injustamente mas agenta tudo com uma confiante esperana em Deus. Carregar a cruz, no significa apenas, suportar as dificuldades que no dependem de ns, mas tambm, esforar-se para a perfeio espiritual, como as Escrituras nos ensinam. Por exemplo, podemos e devemos fazer algo til para o prximo como: ajudar na igreja, visitar quem est doente ou preso, ajudar os pobres, juntar recursos para os ajudar, contribuir para a divulgao do esclarecimento espiritual. Ou seja, devemos procurar ocasies que contribuam para a salvao e o bem do prximo e depois fazer esforo nesse sentido com pacincia e amabilidade atravs das aes, das palavras, das oraes ou de conselhos. Se te surgir o pensamento orgulhoso de que tu s melhor e mais inteligente que os outros, expulsa-o rapidamente, porque esse pensamento vai estragar todas as tuas virtudes. Abenoado aquele que leva a sua cruz com prudncia e humildade, porque o Senhor no deixar que ele se perca, e lhe dar o Esprito Santo que o vai ajudar e fortalecer. Seguindo Jesus Cristo no suficiente levar a sua cruz externa. No so s os cristos que carregam essas cruzes, porque no mundo no h pessoa que no esteja a sofrer por algum problema. Quem quer ser um verdadeiro discpulo de Jesus Cristo, deve carregar tambm a sua cruz interna. A cruz interna pode se encontrar mais rapidamente do que a externa, basta olhares para a tua alma com um sentimento de arrependimento, e observando-a bem, vers muitas cruzes. Por exemplo: pensa, como que vieste a este mundo, e para que que aqui ests? Ser que vives segundo o ensinamento da religio crist? Pensa bem nisso e vais perceber que foste criado por Deus para multiplicar o bem, glorificando assim o Seu Santo nome. Porm, em vez de dares glria, tu ofendes a Deus com os teus pecados. Pensa tambm naquilo que te espera para alm da morte, e em que lado ficars na hora do ltimo julgamento, com os santos ou com os pecadores? Refletindo acerca disso, vais chegar a concluso de que poderias ter evitado muito daquilo que fizeste ou disseste, vais ter vergonha e arrependimento, isso ser o princpio da tua cruz interior. Se observares a tua alma ainda com mais ateno, vais imaginar o horror do inferno, no qual raramente pensavas e com indiferena, e vais ver como realmente o Paraso que o Senhor te preparou no qual pensavas apenas de passagem, ou seja, vais ver o lugar da pura e eterna alegria, da qual te privas com a tua indiferena e com os teus pecados. Contudo, apesar de estares a sofrer no interior com esses pensamentos, se resolveres decididamente te arrepender e te corrigires, em vez de te distrares com as satisfaes da vida, e se rezares pela tua salvao entregando-te totalmente a vontade de Deus, o Senhor vai te mostrar mais claramente o teu estado interior, para que fiques inteiramente curado. O fato que a nossa doena interna se encontra escondida por baixo de uma grossa camada de amor-prprio e de paixes; aquilo que s vezes, graas a nossa conscincia vemos, so as maiores e as mais visveis feridas. O diabo, inimigo da nossa salvao, sabe que saudvel saber o estado da nossa doena moral, por isso utiliza todos os meios para nos impedir de v-la e fazer-nos pensar de que est tudo em ordem. Quando o diabo v que a pessoa est realmente preocupada em se corrigir, e que com a ajuda de Deus j comea a melhorar um pouco, ele utiliza um meio ainda mais cruel, ele mostra a nossa doena interior numa situao to pavorosa e desesperada, que uma pessoa se desorienta e fica to aterrorizada, que perde qualquer esperana de recuperao. Se o Senhor deixasse o diabo utilizar este ltimo meio, poucos de ns resistiriam perante o desespero. O Senhor um mdico experiente, e mostra-nos as feridas da alma aos poucos, encorajando-nos conforme a recuperao. Assim, quando o Senhor comear a iluminar a tua viso espiritual, vais comear a perceber mais claramente que o teu corao est abalado e que as paixes te impedem a aproximao de Deus. Vais tambm comear a perceber que at o pouco que tens de bom est afetado pela tua vaidade e pelo orgulho. A ficars abatido, o temor e a tristeza se vo apoderar de ti. Temor, do perigo de te perderes para sempre; Tristeza, por teres desviado durante tanto tempo o teu ouvido da amvel voz do Senhor que te chamava para o Reino do Cu e por teres feito to pouco de bom. Contudo, mesmo que a tua cruz interior parea difcil, no te desesperes, e no penses que o Senhor te deixou. No! Ele est sempre contigo e invisivelmente te d foras, mesmo quando te esqueces Dele. Ele no mandar tentaes para alm das tuas foras. No tenhas medo de nada, mas agenta e reza com toda a fidelidade, porque Ele o mais bondoso Pai que algum pode desejar. Mesmo que s vezes Ele deixe cair em tentao aquele que lhe fiel, apenas para lhe mostrar a sua fraqueza, limpando completamente o corao onde Ele quer habitar, juntamente com o Filho e o Esprito Santo. Quando ests triste no procures consolao nas pessoas. A maioria das pessoas no so experientes em problemas espirituais, por isso no so bons conselheiros. O Senhor que seja o teu ajudante, tutor e consolador, deves procurar ajuda unicamente Nele. As pessoas para quem o Senhor manda mgoas so centuplicadamente abenoadas, porque elas curam; ou seja - as mgoas so uma especial misericrdia de Deus, so um sinal da Sua preocupao com a salvao da pessoa. Se tu levares a tua cruz com fidelidade vontade do Senhor, e no procurares outra consolao para alm Dele, pela Sua misericrdia o Senhor nunca vai te deixar sem consolao, mas vai te tocar no fundo do corao comunicando os dons do Esprito Santo. A vais sentir uma inexplicvel doura, uma paz maravilhosa e uma alegria que nunca sentiste, vais tambm, sentir uma afluncia de foras espirituais, a tua orao ficar mais leve, a tua f mais forte e o teu corao vai se encher de amor a Deus e ao prximo. Tudo isso so dons do Esprito Santo. Se o Senhor te conceder esse dom, no o consideres como uma recompensa pelo teu esforo, nem penses que atingiste a perfeio. Essas idias nascem do orgulho que entrou bem fundo na nossa alma, e que pode aparecer mesmo quando a pessoa est apta a fazer milagres. Essas consolaes no so recompensa, mas sim misericrdia. O Senhor d-te a provar as bnos que Ele preparou aos que o amam, e so para que tu procures mais zelosamente o Reino do Cu. Enfim, um discpulo de Jesus Cristo deve segui-lo. Isso quer dizer que em todas as tuas tarefas e aes, deves tentar agir como Ele agia. Devemos viver da mesma maneira que viveu Jesus Cristo. Por exemplo: Jesus Cristo agradecia freqentemente a Seu Pai e sempre Lhe rezava. Ns tambm, devemos fazer o mesmo, em qualquer situao da vida, prspera ou difcil devemos agradecer a Deus e rezar-Lhe. Jesus Cristo honrava a Sua Santssima Me, e obedecia as autoridades. Por isso ns devemos honrar os nossos pais e educadores, devemos ter respeito as nossas autoridades e obedecer a lei em assuntos que no se opem a lei de Deus. Jesus Cristo realizava com amor e dedicao a misso para a qual Ele veio ao mundo. Da mesma maneira, devemos realizar as obrigaes que nos so impostas por Deus e pelas autoridades civis. Jesus Cristo amava e benfazia a todos, ns tambm, devemos amar ao nosso prximo e fazer o bem atravs de aes, palavras e de pensamentos. Jesus Cristo dava todas as Suas foras para a salvao das pessoas, por isso para fazermos bem ao prximo, no devemos poupar o nosso esforo e nem a nossa sade. Jesus Cristo sofreu voluntariamente e morreu por ns. Por isso no devemos nos queixar quando temos problemas, devemos aguent-los com humildade e fidelidade Deus. Jesus Cristo perdoava tudo aos Seus inimigos e desejava-lhes o bem, ns tambm, devemos perdoar aos nossos inimigos, fazer coisas boas a quem nos fizer mal e abenoar a quem nos ofende. Jesus Cristo, o Rei do Cu e da terra, viveu em pobreza, e trabalhando ganhava o essencial para a vida. Ns tambm, devemos ser trabalhadores e nos contentar com o que Deus nos mandou. No devemos ter inteno de enriquecer, porque segundo as palavras do Senhor, " mais fcil passar um camelo pelo fundo de um agulha, que entrar um rico no Reino dos Cus" (Mat.19:24). Jesus Cristo era sereno e humilde de corao, por isso no se esforava para ser elogiado e direcionava tudo para a glria de Deus. Seguindo o Seu exemplo, no devemos nos colocar a frente dos outros. Se ajudas ao prximo, ds esmola aos pobres ou tens uma vida mais pia do que os que te rodeiam; se s mais inteligente do que os teus conhecidos; ou em qualquer outra qualidade s melhor do que os outros, - no te orgulhes disso, nem na frente das pessoas, nem perante ti mesmo, porque tudo o que tu tens de bom e que pode merecer, se for elogiado no te pertence, um dom de Deus. Teus, so apenas os pecados e as fraquezas. Seguir Jesus Cristo quer dizer: receber com f e realizar tudo o que Jesus Cristo disse com simplicidade de corao e sem duvidar de nada. Quem atende as palavras de Jesus Cristo Seu discpulo, e quem realiza tudo o que foi dito por Ele com a total devoo, o Seu verdadeiro e amado seguidor. isto que quer dizer negar a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir Jesus Cristo. Este o nico caminho direto ao Reino dos Cus. Foi por este caminho que passou Jesus Cristo e por este caminho que devemos seguir! Nunca houve nem haver outro caminho alm deste. Ao princpio ele parece muito estreito e difcil, contudo, no por ele ser assim realmente, mas porque a nossa noo de beno e felicidade est distorcida. Recebemos o que amargo como se fosse doce, e o que doce como se fosse amargo. Porm, conforme a nossa aproximao de Deus, muito do que antes nos parecia difcil se torna fcil e agradvel, e o que antes nos divertia, vai nos parecer aborrecido e prejudicial. claro que haver momentos difceis, quando o caminho de ascenso vai te parecer realmente custoso. Nesse caso, devemos ter em mente que por cada passo que fazemos nos so preparadas milhares de recompensas. Os sofrimentos durante este caminho so momentneos, enquanto que a recompensa por eles ser eterna. No tenhas medo do caminho de Cristo, porque o caminho liso e largo conduz ao inferno, enquanto que, o caminho estreito e espinhoso conduz ao Cu. Contudo, porque que Deus no fez o caminho para o Reino dos Cus fcil e agradvel? - Deus infinitamente sbio e sabe o que melhor para ns. Estando aqui em baixo, vemos s uma pequena parte da nossa vida, enquanto Ele l de cima v toda a nossa vida numa perspectiva de eternidade. Alm disso devemos considerar o seguinte:

1. O Reino dos Cus - a mais alta felicidade e uma riqueza inesgotvel. Se aqui na terra, para receber um pouco de riqueza necessrio muito esforo e trabalho, como seria possvel sem nenhum esforo prprio receber um tamanho tesouro?

2. O Reino dos Cus a recompensa mais desejada. Onde que as recompensas so dadas por nada? Se ns devemos nos esforar para receber uma recompensa temporria, mais esforo ser preciso para receber a recompensa eterna.

3. Devemos levar a nossa cruz, porque queremos estar com Cristo e participar na Sua glria. Se Jesus Cristo, o nosso Professor e Mestre obteve a glria divina sofrendo, no seria vergonhoso compartilhar da Sua glria, tendo evitado covardemente qualquer esforo ou tristeza.

4. A cruz da vida no uma ventura apenas dos cristos. Cada pessoa possui a sua cruz, tanto quem cristo como quem no , e tanto um crente como um pago. A diferena que para um, a cruz serve para receber o Reino dos Cus, mas para o outro no tem valor algum. Para o cristo, de tempo em tempo a cruz torna-se mais leve e alegre, mas para o outro a cruz torna-se cada vez mais pesada e penosa. Por que assim? Porque uma pessoa leva a cruz com f e devoo a Deus, enquanto a outra a leva com murmurao e aborrecimento. Por isso, cristo, no chega apenas no evitar a cruz, tens que agradecer a Jesus Cristo por Ele te ter dado a oportunidade de O seguires. Se Jesus Cristo no tivesse sofrido e no morresse, nenhum de ns, por mais que sofresse, poderia entrar no Reino dos Cus. Porque deveramos sofrer desesperadamente como transgressores da vontade de Deus, mas agora sofremos pela nossa salvao. Senhor misericordioso! Quo grande o amor que tens por ns! O prprio mal, Tu transformas para o nosso bem e para a nossa salvao. Cristo, apenas a gratido ao teu benfeitor Jesus Cristo, obriga-te a segui-Lo. Foi por ti que Jesus Cristo, desceu na terra. ser que vais preferir algo deste mundo a Ele? Jesus Cristo bebeu o clice cheio de sofrimento, Ser que vais recusar de sofrer um pouco por Ele?

5. Jesus Cristo resgatou-nos com a Sua morte, por isso, pertencemos-Lhe pelo direito de redeno e temos que realizar tudo o que Ele ordena. A nica coisa que Jesus Cristo deseja que atinjamos o Reino dos Cus.

6. Enfim, no podemos evitar esse estreito caminho para o Reino dos Cus, porque em cada pessoa existe pecado, e o pecado uma ferida que por si mesma sem remdios fortes no se pode curar. O sofrimento - o remdio com o qual Deus cura as nossas almas. Quando uma pessoa est doente, onde quer que se encontre, mesmo que esteja no mais maravilhoso palcio, vai sofrer. Da mesma maneira um pecador, onde quer que o instales, at se for no paraso, ele vai sofrer porque tem o inferno dentro de si. Porm, uma pessoa justa sente-se feliz tanto numa casa pobre como num palcio. O fato que: quando o corao de uma pessoa est preenchido pelo Esprito Santo, onde quer que ela se encontre vai haver alegria, porque o paraso est dentro dela. Por isso irmos, se queremos atingir a salvao, no h maneira de evitarmos o caminho que Jesus Cristo seguiu e que seguiram com Ele os profetas, os apstolos, os mrtires, os santos e os inmeros justos e no existe outro. Alguns podem contestar dizendo: como que ns fracos e pecadores podemos imitar os santos? Vivemos em sociedade, temos famlia e diferentes obrigaes ... irmos! Isso um maldoso pretexto, e uma ofensa ao nosso Criador. Justificar dessa maneira a sua prpria negligncia significa reprochar o Criador, de que Ele no nos soube fazer. Os santos, ao princpio, no estavam livres do pecado, ocupavam-se com assuntos sociais, tinham diferentes obrigaes e tinham famlia. Mas apesar de tudo, eles no esqueciam o mais importante, e vivendo nas mesmas condies que ns, direcionavam o seu caminho ao Reino dos Cus. Portanto, se ns realmente quisermos, podemos ser bons cidados, esposos fiis, pais amveis e, ao mesmo tempo, sermos verdadeiros cristos. A nossa f no vai nos incomodar, pelo contrrio, vai nos ajudar a ter sucesso em cada bom comeo. A essncia do cristianismo - o amor puro e generoso, que nos dado pelo Esprito Santo. Por isso, irmos, se vocs querem chegar o Reino dos Cus, sigam o caminho de Jesus Cristo. o