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JESUS É DEUS (Evidências que confirmam a Divindade de Jesus)
Muitas pessoas se confundem a respeito de quem é Jesus Cristo. É bem comum que
alguns o apontem como um profeta, um mártir, um revolucionário, porém, a Bíblia diz muito
mais a respeito de Jesus! Diz que Ele é Deus! O objetivo desse artigo é demonstrar na simples
exposição da Bíblia Sagrada, as evidências claras a respeito da veracidade da divindade de
Cristo. Não tenho a intenção de fazer uma exposição exaustiva do assunto, mas, de forma
simplificada, demonstrar que Jesus Cristo é sim Deus de acordo com a Bíblia Sagrada.
Jesus Cristo é Deus?
É interessante notar que no Antigo Testamento, escrito centenas de anos antes do
nascimento de Cristo, temos algumas fortes pistas que nos apontam para a divindade de Jesus.
Vejamos alguns textos:
“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu
um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele.”
(Daniel 7.13). Vemos que esse ser (O Filho do Homem) tinha características que não se
enquadram em um mortal e nem mesmo em um ser celestial. São características que cabem
apenas e exatamente ao próprio Deus. Obeserve: “Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino,
para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio
eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.” (Daniel 7.14). O mais
interessante é que o título “Filho do Homem” era o preferido de Jesus. Foi registrado 29
vezes em Mateus, 13 vezes em Marcos, 26 vezes em Lucas e 12 vezes em João. É bem clara
a ligação de Jesus Cristo com o Filho do Homem visto por Daniel. Uma prova clara de sua
divindade já no Antigo Testamento!
Um dos textos proféticos mais falados acerca da vinda do Messias é Miqueias 5.2.
Nesse texto vemos uma marcação do local de nascimento do Salvador, mas não apenas isto:
“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que
governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”
(Miqueias 5.2). Vemos aqui, claramente, que o Messias é alguém que “cujas saídas são desde
os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Isso mostra com clareza que esse Messias só
pode ser Deus! A quem mais poderia se enquadrar essa descrição, já que o texto trata
exatamente sobre o nascimento do Messias?
O texto de Isaías 9.6 esbanja ainda mais clareza, mostrando claramente que o Messias
é Deus: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus
ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,
Príncipe da Paz”. Os nomes do Messias esclarecem muito sobre ele! Uma de suas designações
é “Deus forte”. Outra é “Pai da Eternidade”. Quem poderia ser o Pai da Eternidade e o Deus
forte? Somente Deus! Então, como o texto descreve o Messias, logo, esse Messias é Deus!
Esses são apenas alguns textos que confirmam já no Antigo Testamento a divindade
do Messias, muitos anos antes de sua vinda.
No Novo Testamento vemos ainda mais clareza, pois o próprio Jesus Cristo se
identifica como sendo o Messias prometido no Antigo Testamento, atestando tudo que se
profetizou Dele no passado, inclusive Sua divindade: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis
que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então,
Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que
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to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 16.15-17). Se Jesus não fosse o
Messias (Cristo em grego) teria corrigido Pedro de imediato. Porém, pelo contrário, confirmou
a palavra dita por Pedro e deu autoridade a ela como uma palavra vinda do próprio Deus.
Quando Jesus aparece a Tomé e critica a incredulidade do mesmo, vemos que Tomé
faz uma declaração única: “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” (João 20.28).
Alguns debatem que essa expressão tenha sido apenas uma expressão de espanto de Tomé
[Como nós dizemos, por exemplo: “Meu Deus”], mas, o texto bíblico mostra que Tomé se
dirigiu diretamente A Jesus! Na cultura judaica não se brincava com Deus através de
expressões de espanto! Tomé declarou a realidade. Prova disso é que Cristo não o censurou
(o que provavelmente faria caso Tomé fosse leviano ou blasfemo em suas palavras).
Na descrição do Apóstolo João a respeito de Jesus Cristo, ele diz claramente que Jesus
é Deus! “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele
estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele,
nada do que foi feito se fez.” (João 1.1-3). Esse “Verbo” descrito no texto é Jesus Cristo.
Observe que o texto o coloca na posição de Deus, como Criador. Além disso, João diz
claramente que o “o Verbo era Deus”, evidência clara do apontamento da divindade de Jesus
Cristo.
Um outro texto que lança ainda mais luz sobre essa questão é At 20.28: “Atendei por
vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para
pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue”. Quem
comprou a igreja com o próprio sangue? Jesus Cristo, que o derramou na cruz! Ele é chamado
de Deus neste verso. E a igreja é colocada como sendo Dele. Claramente Jesus é indicado
como Deus.
(01) Jesus Cristo é Deus e, por isso, é o Criador e sustentador de
todas as coisas:
“Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado
por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.” (Colossenses
1.16 -17)
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava
no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito
se fez.... Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.” (João
1:1-3,10)
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais,
pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, A quem constituiu herdeiro de
tudo, por quem fez também o mundo.” ( Hebreus 1:1,2)
1Todos estes textos e muitos outros concordam que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o
Criador de todas as coisas.
Podemos então declarar:
1 http://cplenitude.blogspot.com.br/2010/09/jesus-cristo-o-criador-do-mundo.html
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(1º) Que todas as coisas foram feitas por Ele
Jesus Cristo foi quem colocou a mão na massa. Ele é o Criador Supremo de
todas as coisas. Quem formou os céus, a terra e tudo o que neles há foi a pessoa de Jesus
Cristo. Com o poder da Sua palavra todas as coisas vieram a existir.
O Deus relatado em Gênesis 1 e 2 é a pessoa de Jesus Cristo: “No princípio
criou Deus os céus e a terra” – Jesus não é Deus? Claro que sim! No princípio Jesus criou os
céus e a terra. TODAS AS COISAS FORAM FEITAS POR JESUS!!!
(2º) Todas as coisas foram criadas Nele
Quando a palavra nos revela que tudo foi criado Nele isto mostra a infinitude
de Deus. Em Jeremias 23:24 está escrito: “Não encho eu os céus e a terra? Diz o Senhor”. Isto
mostra a infinitude de Deus.
Em todas as coisas podemos ver Deus: Na amplitude da natureza, nos inúmeros
tipos de animais, na complexidade do corpo humano: Tudo o que existe nos céus e na terra
são extremamente detalhados e ímpar: Tudo isso existe dentro de Deus; a criação é fruto do
interior do seu Criador: Isto é infinitude.
Deus não cabe dentro da Sua criação, mas a Sua criação é finita dentro da Sua
infinitude. Em I Reis 8:27 está escrito: “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que
os céus, até o céu dos céus, te não poderiam conter...”.
Deus é antes de tudo, e tudo existe dentro de Deus.
O universo, cientificamente, é considerado infinito. A ciência tenta a cada dia
desvendar os mistérios do universo, mas a cada tentativa, se distanciam cada vez mais da
verdade, pois não podem compreender a riqueza e a infinitude que existe no universo.
Mesmo o universo sendo “infinito”, é fruto da Sabedoria de Deus, ou seja, a
infinitude do universo é limitada e insignificante diante da infinitude de Deus.
Tudo foi criado dentro de Deus. O universo não contém a Deus: Deus é quem
contém o universo. Deus não está no mundo: o mundo está em Deus. Deus abrange todas as
coisas. Tudo foi criado em Deus.
(3º) Todas as coisas subsistem por Ele
A palavra subsistir é o mesmo que continuam a existir: “Todas as coisas
continuam a existir por Ele”. Morrem pessoas, nascem pessoas; morrem animais e nascem
animais; todos os dias nascem e morrem flores. E as estrelas? Como elas se mantêm fixas no
Firmamento? Como que a Terra gira em torno do Sol, todos os dias, no mesmo período de 24
horas/dia, sem atraso algum?
Nada para, mas todas as coisas são sustentadas pela palavra do seu poder
(Hebreus 1:3). Cristo não é só o Criador: Ele é o Criador e o Sustentador de todas as coisas.
CRISTO É A VERDADEIRA FORÇA POR TRÁS DAS LEIS DA NATUREZA. É ELE
QUEM SUSTENTA TODAS AS COISAS. ELE É JESUS.
(4º) Todas as coisas foram criadas para Ele
Tudo o que existe, tanto no mundo visível como no mundo invisível, foi criado
para Jesus. A criação é para a glória do seu Criador. Por que um Deus tão maravilhoso
precisaria criar alguma coisa? Para revelar a Sua grandeza, para trazer a existência a Sua
grandeza, para manifestar a Sua grandeza.
Uma vez que Jesus Cristo cria o mundo, o seu desejo maior é que todas as
coisas convivessem harmoniosamente bem, todas sustentadas pela grandeza do seu poder.
O Criador é aquele que ama, que cuida, que ensina, que demonstra, que tem
prazer naquilo que faz, e uma vez que Ele cria todas as coisas é para manifestar sobre os
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mesmos a excelência do Seu grande amor. Cristo nos criou pó um único motivo: Nos amar de
todas as maneiras, privilegiando-nos com a manifestação de sua graça infinda.
Eu e você fomos criados para Ele.
Resumindo: Nós fomos feitos por Jesus, fomos criados em Jesus, Ele é
Sustentador das nossas vidas, por isso que nós somos para Ele. JESUS É O NOSSO
CRIADOR! ALELUIA!
(02) Jesus Cristo é Deus e, por isso, Ele tem autoridade para perdoar
pecados
Jesus Cristo é Deus, por isso, tem autoridade para perdoar pecados e fazer milagres:
“Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar
pecados — disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa.”
(Mateus 9.6 cf. Marcos 2.5-11)
“Marcos 2.5-12
“E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: filho, perdoados estão os teus pecados”
(v. 5).
Jesus perdoou os pecados daquele homem. Quem mais pode perdoar pecados senão
Deus? Esta pergunta que ecoa de forma surpreendente foi a mesma que os escribas fizeram a
Jesus (v. 7). Sem dúvidas, esta é uma das grandes declarações de Cristo quanto à sua
divindade. E Ele foi além, pois perdoou os pecados (v.5), exortou os escribas (v. 8-10) e curou
o homem de sua enfermidade (v. 11), o que foi motivo de grande glorificação (v. 12).
Lee Strobel, no livro “Em Defesa de Cristo”, entrevistou Donald A. Carson, doutor em NT,
especialista em diversas áreas teológicas, incluindo o estudo do Jesus histórico. Para Carson,
uma das grandes evidências da divindade de Cristo é o perdão de pecados:
“De todas as coisas que Ele fez, a que mais me surpreende é o perdão de pecados (…).
Se você faz alguma coisa contra mim, tenho o direito de perdoá-lo. Todavia, se você faz algo
contra mim e aí vem uma pessoa e diz ‘eu lhe perdoo’, que ousadia é essa? A única pessoa
capaz de pronunciar genuinamente essas palavras é Jesus, porque o pecado, mesmo se
cometido contra outras pessoas, é, antes de tudo e principalmente, um desafio a Deus e às suas
leis (…). Aparece então Jesus e diz aos pecadores: ‘os seus pecados estão perdoados’. Os
judeus imediatamente viram nisso uma blasfêmia. Eles reagiram dizendo: ‘quem pode perdoar
pecados, a não ser somente Deus?’”
As palavras do Dr. D.A. Carson são perfeitas para explicação do contexto do texto
citado. Jesus exerceu sua autoridade divina, perdoando os pecados daquele homem, logo, fica
claro que Jesus, através de tal afirmação, declara que é Deus. C.S. Lewis soube expressar
muito bem esta questão, pois considera também que tal atitude (perdoar pecados) só pode ser
tomada por Deus, pois o perdão de pecados – de todos pecados – só a Deus pertence:
“Contudo, foi exatamente isso que Cristo fez: dizia às pessoas que os pecados delas estavam
perdoados, sem se deter um só momento a perguntar aos que efetivamente tinham sido
prejudicados por esses pecados se estavam de acordo (…). Na boca de qualquer outra pessoa
que não fosse Deus, essas palavras significariam algo que me parece uma estupidez e uma
vaidade.”2
“Só a pessoa ofendida pode perdoar ou não ao ofensor. E como sabemos, o pecado é
uma ofensa, primeiramente a Deus. Assim sendo, só Deus pode nos perdoar. O perdão de
2 Apologia da Divindade de Cristo, pp. 22,23; João R. Weronka; NAPEC
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Deus não pode ser concedido por nenhuma criatura. Sim, pois é lógico que Deus não outorgou
a criatura alguma o poder de perdoar as dívidas de seus devedores (Sl 103.3; Is 43.11).
Entretanto, a Bíblia diz que Jesus perdoa pecado (Mc 2.10). Esta é, pois, mais uma prova da
Deidade do Senhor Jesus”.3
Jesus realizou diversas obras que, segundo a crença judaica, somente Jeová podia
fazer. O perdão dos pecados é um exemplo disso (Salmo 103.1-3). Assim sendo, quem
evocava para si o poder para perdoar pecados incorria no grave pecado da blasfêmia. Contudo,
Jesus perdoou os pecados de várias pessoas (Lucas 7.48,49)
“E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus
pecados.” (Marcos 2:5). Pense um pouco no que isso significa. Visto que foi o próprio Deus
Jeová quem recebeu as nossas ofensas e, uma vez que foram as leis de Jeová que foram
desobedecidas, SOMENTE ELE é quem pode perdoar os pecados. Foi exatamente por isso
que os judeus consideraram como blasfêmia a atitude de Cristo. A Bíblia afirma que só Jeová
tem poder para perdoar pecados (Isaías 43.25). Se, como ensinam as Testemunhas de Jeová,
Jesus não é Deus, mas uma criatura de Deus, jamais poderia agir no lugar de Jeová para
conceder perdão. Assim, temos duas opções: (1°) Se ele, sendo criatura, perdoou pecados,
então cometeu pecado de blasfêmia [O que seria um absurdo, visto que Ele nunca cometeu
pecados – I Pedro 2.22]; (2°) Se Ele mostrou que, de fato, tem poder para perdoar pecados,
Ele é Deus.
(03) Jesus Cristo é Deus e, por isso, Ele concede a vida eterna
Jesus é o verdadeiro Deus e a vida eterna: “Também sabemos que o Filho de Deus é
vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no
verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (1 João
5.20)
Tanto a vida temporal como a vida eterna são dádivas de Deus: “Jeová tira a vida e
preserva a vida; Ele faz descer à Sepultura e dela faz subir.” (Tradução do Novo Mundo)4
Se Jesus fosse um ‘deusinho” ou [um] deus, jamais poderia dizer: “Eu sou a
Ressurreição e a Vida” (João 11.25), ou então, “...Eu o ressuscitarei no último dia” (João 6.54
cf . 14.6). A Bíblia ensina que quem irá ressuscitar os homens é Deus: “Ele acabará com a
morte para sempre. E o Soberano Senhor Jeová enxugará as lágrimas de todos os rostos.”
(Isaías 25.8 - TNM5). A vida eterna depende da fé em Cristo (João 3.16,36; 6.47). Jesus ensina
que: “...assim como o Pai levanta os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a
quem ele quer.... Digo-vos com toda a certeza: Vem a hora, e agora é, em que os mortos
ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que tiverem prestado atenção viverão. Pois assim como
o Pai tem vida em si mesmo, assim concedeu também ao Filho ter vida em si mesmo... Não
fiquem admirados com isto, pois vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais
ouvirão a sua voz e sairão: os que fizeram coisas boas, para uma ressurreição de vida; e os
que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento ” (João 5.21,25,26,28,29-
TNM)
3 Análise da Cristologia das Testemunhas de Jeová, p. 102; Joel Santana, MAB, Rio de Janeiro 4 https://www.jw.org/jw-tpo/publicacoes/biblia/nwt/livros/1-samuel/2/ 5 TNM = Tradução do Novo Mundo
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(04) Jesus Cristo é Deus e, por isso, Ele irá julgar o mundo
Segundo a Bíblia somente Deus é juiz com poder julgar e condenar: “Há somente um
que é Legislador e Juiz, aquele que é capaz de salvar e de destruir. Mas tu, quem és tu para
julgar o teu próximo?” (Tiago 4.12 – TNM).. O Salmo 96.13 Declara de modo claro que Jeová
virá executar o julgamento: “Perante Jeová, pois ele vem; Ele vem para julgar a terra. Ele
julgará a terra habitada com justiça. E os povos com a sua fidelidade.” (TNM). Contudo,
Jesus é apresentado nas Escrituras como Aquele que há de julgar os vivos e os mortos:
“Quando o Filho do Homem vier na sua glória, e com ele todos os anjos, então se sentará no
seu trono glorioso. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará as pessoas
umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E porá as ovelhas à
sua direita, mas os cabritos à sua esquerda. (Mateus 25.31-33 - TNM). O apóstolo Paulo
afirma que: “...todos nós compareceremos perante o tribunal do Cristo, para que cada um
receba a sua retribuição de acordo com as coisas que fez enquanto esteve no corpo, sejam boas
ou sejam más.” (II Coríntios 5.10 - TNM). Jesus Cristo declarou que: “...o Pai não julga
ninguém, mas confiou todo o julgamento ao Filho... E deu-lhe autoridade para julgar, porque
ele é o Filho do Homem.” (João 5.22,27 - TNM).
Jesus é Deus que julga a todos, se fosse apenas uma criatura de Jeová, não poderia
assumir essa prerrogativa. No julgamento final “todas as coisas ocultas” serão reveladas, e
para isso é necessário o atributo divino da onisciência: “Pois o verdadeiro Deus julgará todas
as ações, incluindo todas as coisas ocultas, e determinará se são boas ou más.” (Eclesiastes
12.14 – TNM).
(05) Jesus Cristo é Deus e, por isso, Ele recebe adoração
Jesus é adorado como Deus: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe
deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho,
nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para
glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.9 -11)
Durante o seu ministério terreno, Jesus recebeu e aprovou a adoração dirigida a Ele
(Mateus 2.2,11; 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 20.20; 21.9,15,16; 28.9,17; Marcos 15.19; João 9.38;
Hebreus 1.6; Apocalipse 5.12,13). Se Jesus não fosse Deus, ao receber adoração indevida, foi
responsável pelo pecado de idolatria cometido por todos aqueles que O adoraram.
“Adorar a Jesus é idolatria” de acordo com a Sociedade Torre da Vigia [STV]. Em um
artigo publicado na revista Despertai, p. 27, ano 2000, sob título: “É correto adorar a Jesus?”
Encontramos as seguintes afirmações: “...a Bíblia deixa bem claro […] que a adoração — no
sentido de reverência e devoção religiosas — deve ser dirigida unicamente a Deus. Moisés o
descreveu como ‘um Deus que exige devoção exclusiva’” Observe que de acordo com as
Testemunhas de Jeová, render adoração a Jesus Cristo seria uma violação desse princípio, e,
portanto, um ato de idolatria. Na concepção da STV, Jesus é digno da nossa homenagem, mas
não da nossa adoração, afinal, apenas Jeová é digno de adoração. 6“Na obra Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 46, parágrafo 29, as
TJ dizem: “...Apenas Jeová deve ser adorado...” Esta frase, quando proferida por um
trinitariano, não exclui a pessoa de Jesus; mas quando procede das TJ, equivale a dizer que
adorar a Jesus é errado. Essa doutrina, porém, não é corroborada pela Bíblia, a qual mostra
Jesus sendo adorado por homens e anjos (Mt 2.2, 11; 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 20.20; 28.9; Jo
9.38; Hebreus 1.6). Em todas estas referências bíblicas, encontramos o Senhor Jesus sendo
adorado. Das 10 referências acima citadas, a última é uma ordem dada aos anjos, para que
6 Análise da Cristologia das Testemunhas de Jeová, pp. 31,32; Joel Santana, MAB, Rio de Janeiro
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estes adorem a Jesus. E as demais, registram seres humanos prestando adoração ao Senhor
Jesus. Em todos estes casos, o verbo grego para “adorar” (PROSKUNÉO) pode, realmente,
ser traduzido por reverenciar ou homenagear, dependendo do contexto. Por este motivo, como
os líderes das TJ não creem na Divindade de Jesus, sempre que proskunéo aparece na Bíblia,
referindo-se a Jesus, eles “traduzem” por homenagear. Na TNM antiga, só Hebreus 1.6
mandava adorar a Jesus. Certamente isto se deu por um “descuido” do Corpo Governante,
visto que nas edições mais recentes esse “erro” já foi “corrigido”. Hebreus 1.6 na TNM de
1967 diz: “... E todos os anjos de Deus o adorem”. Mas, na TNM de 1986 reza o seguinte:
“... E todos os anjos de Deus lhe prestem homenagem”
Uma vez que proskunéo pode ser vertido para o Português como adorar ou
homenagear, como traduzi-lo, quando ele se aplica a Cristo? A resposta deve ser a seguinte:
uma vez que Jesus disse que devemos honrá-lo tal qual honramos o Pai (João 5.23), adorar é
a tradução correta.
Tanto o apóstolo Pedro (Atos 10.25, 26), quanto o anjo (Apocalipse 22.9), rejeitaram
ser adorados. Mas Jesus nunca disse aos seus adoradores: “Levantai-vos, porque eu também
sou homem. Adorai a Deus.”
Na revista A Sentinela de 15/01/1992. Página 23, o Corpo Governante diz que a
adoração que os anjos prestam a Jesus, mencionada em Hebreus 1.6, é uma adoração relativa,
isto é, eles adoram a Deus por intermédio de Cristo. Senão, vamos às transcrições: “... De
modo que qualquer ‘adoração’ que os anjos prestem ao Filho de Deus é relativa e, por
intermédio dele, é dirigida a Jeová.” Aqui, porém, temos dois problemas: primeiro, por que
os anjos adorariam a Deus através de Cristo, quando podem adorá-lo diretamente? Essa
adoração a Jeová, via anjo (eles dizem que Jesus o é), é algo estranho às Escrituras. A Bíblia
não contém um só exemplo de adoração relativa. Segundo, com esta declaração concorda o
Corpo Governante, pois incoerentemente disse: “Não existe um único caso nas Escrituras em
que fiéis servos de Jeová tenham... se empenhado numa forma de adoração relativa...”
(Estudo Perspicaz das Escrituras, volume 2, página 364). A final há, ou não há, a tal de
adoração relativa?”
“Nenhuma religião no mundo mudou tanto as suas doutrinas como as testemunhas de
Jeová... Um dessas mudanças é em relação à de Jesus. Quando a TNM foi lançada em 1950,
a Torre de Vigia ensinava que Jesus deveria ser adorado. Essa crença vinha desde Russell:
“Sua posição é contrastada com a de homens e anjos, desde que é Senhor de ambos,
tendo todo o poder no céu e na terra. Desde que assim é dito, ‘que todos os anjos o
adorem’ (isto inclui Miguel, o chefe dos anjos, o que significa então que Miguel não
é o Filho de Deus) e a razão está em que ele tem alcançado nome mais excelente do
que o deles” (A Sentinela, edição americana, novembro de 1879, página 48)
Posteriormente a Torre de Vigia publicou nos seguintes termos outra matéria ensinando a
adoração de Jesus:
"Sim, cremos que Nosso Senhor Jesus enquanto esteve na terra foi realmente
adorado e corretamente assim procedido" (A Sentinela, edição americana, julho de
1898, pagina 4).
A primeira edição da TNM traduziu Hebreus 1.6 da seguinte forma: "E todos as anjos
de Deus o adorem", Essa passagem era um problema para a organização, Como a Torre de
Vigia mudou mais uma vez a sua crença proibindo a adoração de Jesus, e por causa disso, na
edição da sua versão oficial, revisada em 1984, ela mudou o sentido da mensagem, traduzindo
o texto sagrado por: “prestar homenagem". Veja que cada vez que a organização muda suas
crenças, altera também suas escrituras.
O texto de Hebreus 1.6 parcialmente tirado de Deuteronômio 32.43 no texto grego da
Septuaginta, combinando com o salmo 97.7: "que os anjos de Deus o adorem". A Torre de
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Vigia sustentava que o escritor aos Hebreus estava se referindo ao salmo 97, que a adoração
ali era a Jeová e que em Hebreus se aplica a Jesus:
"É verdade que o Salmo 97, que o apóstolo evidentemente cita em Hebreus 1.6, se
refere a Jeová Deus como sendo aquele que diante de quem 'se curva', e, no entanto,
este texto foi aplicado a Cristo Jesus" (A Sentinela, 1° julho de 1971, pagina 415),
Depois de 75 anos "o canal de comunicação" afirma que é pecado adorar a Jesus, dizendo que
"nenhuma distinta adoração deve ser dada a Jesus Cristo" (A Sentinela. edição americana, 1°
janeiro de 1954, pagina 31), As testemunhas de Jeová estão numa situação difícil. Se hoje é
idolatria adorar a Jesus, o que fazer com as que morreram adorando a Jesus antes dessa data?
Quem morre na idolatria tem a vida eterna? Se elas morreram salvas, o que fazer com os atuais
seguidores da Sociedade Torre de Vigia que se recusam a adorar Jesus? Veja que se trata de
uma mudança de 180 graus.”7
FAC SÍMILES8
7 Respostas Bíblicas às Testemunhas de Jeová, pp. 128,129, Esequias Soares, Editora Candeia, São Paulo,
2009 8 Extraídos do livro: Provas Documentais, de Esequias Soares
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