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Jesus Cristo – O Mestre da Evangelização – 1º Trimestre de 2013 – EBD ADCRUZ - Lição 1 - 06/01/2013 1

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Jesus Cristo – O Mestre da Evangelização – 1º Trimestre de 2013 – EBD ADCRUZ - Lição 1 - 06/01/2013

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Jesus Cristo – O Mestre da Evangelização – 1º Trimestre de 2013 – EBD ADCRUZ - Lição 1 - 06/01/2013

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QD 07 - Área Especial 01 Cruzeiro Velho - DF (61) 3233-2527

Presidente: Pastor João Adair Ferreira Dirigente e Consultor Doutrinário: Pastor Argileu Martins da Silva Superintendente: Presbítero Jorge Luiz Rodrigues Barbosa

1º Trimestre de 2013 Lição 01

06 de Janeiro de 2013

O retorno ao primeiro amor

Texto Áureo

“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se

não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”.Ap 2.5

Verdade Aplicada

O amor era um assunto muito importante para a igreja primitiva. Sua ausência era encarada como decadência na vida cristã.

Objetivos da Lição

► Relembrar as primeiras obras como motivação para uma vida renovada; ► Mostrar que a doutrina e o zelo pela ortodoxia não poderão substituir o amor de

Cristo; ► Ensinar como o cristão pode voltar ao primeiro amor.

Textos de Referência

Ap 2.1 Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro: Ap 2.2 Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes

sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos;

Ap 2.3 e sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste. Ap 2.4 Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade.

Ajuda Versículos

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A carta a Éfeso — a igreja apostólica (Ap 2:1-7).

2:1 Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:

A cidade de Éfeso representa, historicamente, uma das mais vigorosas comunidades cristãs do N.T. Em sua função profética, pois, representa a igreja da era apostólica,

dotada de sucesso e poder especiais, embora tivesse caído em vários erros, antes do fim de seu período histórico, o principal dos quais foi o resfriamento de seu amor a Cristo, com o declínio subsequente no serviço e no poder espiritual. As epístolas de Paulo

mostram-nos que ela estava longe de ser perfeita; e o livro de Atos mostra-nos que ela estava longe de ser unida, conforme se evidencia nas epístolas aos Gálatas e I e II

Coríntios. Contudo, quanto a esses aspectos, a igreja se manteve superior ao que ela mesma foi em épocas posteriores.

Quando o vidente João escreveu a essa igreja, fê-lo sob as perseguições movidas por Domiciano, embora alguns pensem que a seção deste livro que encerra as sete cartas,

tenha sido escrita antes do resto, tendo sido incorporada ao restante. Porém, a carta à igreja de Esmirna quase certamente reflete as perseguições do tempo de Domiciano, o qual foi chamado de «segundo Nero»; e pode-se supor que todas as demais cartas foram

escritas ao mesmo tempo. «...ao anjo...» Já encontramos a menção a esses seres em Ap 1:16 e 20, onde são

chamados de «sete estrelas». O trecho de Ap 1:16 nos fornece explicações detalhadas que são sumariadas aqui, nos pontos abaixo discriminados:

1. Há aqui certa alusão astrológica (ver 1:16). 2. São grandes poderes espirituais associados às igrejas, visando a sua proteção e

orientação. São instrumentos nas mãos de Cristo, seres angelicais literais, que ministram à igreja, controlando seus ministros, e, pelo menos em alguns casos, servindo de mediadores dos dons espirituais. Por extensão dessa ideia, podemos supor que todas

as comunidades locais dos crentes contam com seus próprios anjos guardiões, tal e qual sucede no casos das nações e dos crentes individuais.

3. Alguns pensam que estariam em foco os «pastores» humanos das igrejas, e não seres sobrenaturais. Apesar disso ser uma interpretação comum, não é provável. Os «pastores», entretanto, provavelmente seriam tidos como instrumentos especiais desses

seres angelicais, seus representantes, nas assembleias locais. 4. Também há quem pense que seriam delegados especiais, enviados às sete

comunidades cristãs, levando-lhes cópias do livro de Apocalipse. Mas isso é altamente improvável. Antes, devem ser membros «fixos» das igrejas locais ou seres permanentemente vinculados a elas, e não visitantes ocasionais de qualquer espécie.

5. Não são «bispos» de regiões diversas, que representariam o desenvolvimento «eclesiástico» da igreja. 6. Não são «missionários itinerantes» ou «instrutores», que exerceriam autoridade

especial sobre as comunidades cristãs, atendendo às suas necessidades espirituais. 7. E nem são essas estrelas meros «símbolos místicos» das igrejas, como se seu intuito

fosse apresentar seres vivos de qualquer modalidade. A posição ou posições mais prováveis são a primeira e a segunda, ou mesmo a combinação dessas duas posições.

O ensinamento que aqui temos, pois, é profundo—a igreja cristã não fica sozinha. Conta com a ajuda de grandes protetores espirituais, guardiães e instrutores angelicais. Isso

faz parte da promessa de Cristo, em seu cumprimento: «De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei» (Hb 13:5); e: «E eis que estou convosco todos os

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dias até à consumação do século» (Mt 28:20). Isso, entretanto, não os transforma em

mediadores da «salvação», pois somente Cristo Jesus pode ser tal mediador (ver I Tm 2:5). Contudo, são mediadores de sua presença e de seu poder, enviados para ministrar

às assembleias locais, bem como aos crentes individuais (ver Hb 1:14). Cada um desses anjos tem seus «representantes» nas igrejas locais, a saber, pastores, mestres, etc.

«...igreja...» Elementos comuns nas sete cartas. Cada uma dessas missivas contém os seguintes elementos:

1. A ordem de escrever, ao anjo de cada assembleia local. 2. A algum título sublime do Senhor Jesus Cristo, dotado de significado particular, com

elementos instrutivos, importante para a igreja local para a qual foi escrita a carta em questão. 3. Um recado direto ao «anjo» da igreja, com as palavras, «conheço tuas obras», o que lhe

assegura que Cristo vigia e se preocupa com conhecimento completo acerca das condições de cada comunidade local.

4. Promessas aos vencedores; advertências aos seus membros indiferentes, ou que caem em algum erro específico, do qual se recusam a recuperar-se. 5. O solene refrão: Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça. Isso tenciona fixar a

atenção sobre o que é dito, para que se dê plena obediência à instrução assim transmitida. 6. É o «Espírito» quem profere as palavras de cada carta; pelo que não se trata de meras

mensagens humanas. 7. Cada uma delas envolve uma mensagem profética, que se adapta a um período

especial da história da igreja. Interpretação acerca do significado do intuito das sete cartas às sete igrejas.

Consideremos sobre isso os pontos abaixo:

1. Essas cartas foram enviadas a igrejas locais reais da Ásia Menor, que havia naquela época, e nas quais imperavam as condições ali descritas. Essas cartas, pois, são

«historicamente» orientadas, pois as «coisas que são» foram escritas do ponto de vista do autor sagrado. 2. Essas cartas representam condições que se verificam em qualquer época da história

da igreja, pelo que elas são «universalmente» orientadas. 3. Essas cartas expõem os erros, os triunfos e as condições morais que caracterizam a

igreja em qualquer de suas épocas, em suas assembleias locais. São instruções «desligadas da passagem do tempo». Tais instruções são tanto «eclesiásticas» (aplicáveis à «igreja local», em suas necessidades e condições) como «pessoais» (no que se aplica às

necessidades dos crentes individuais). 4. Essas cartas são proféticas quanto a sete estágios da história da igreja, que talvez se

devam arrumar como segue:

a. Éfeso, a igreja apostólica (século I d.C).

b. Esmirna, a igreja perseguida (séculos II e III d.C.) c. Pérgamo, a igreja sob favor imperial (312 a 500 d.C.) d. Tiatira, a igreja da Idade das Trevas (500 d.C. ao século XVI)

e. Sardes, a igreja da Reforma e da renascença (séculos XVI a XVIII) f. Filadélfia, a igreja das missões modernas (séculos IX até primórdios do

século XXI). g. Laodicéia, a igreja do tempo do fim (meados do século XXI até à vinda de

Cristo —sendo essa a igreja morna).

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Por que razão são salientadas 7 igrejas locais em particular? Na Ásia Menor, havia cidades e igrejas mais importantes, nos dias do vidente João, do que algumas das que

são aqui alistadas. Por que o autor sagrado selecionou essas sete, excluindo as outras? É possível que não tenha havido qualquer razão específica, ou pode ser que elas tivessem necessidades especiais, que exigiam atenção, mais do que as igrejas locais de outras

áreas. Ou então foram escolhidas porque, dentro da ordem em que foram mencionadas, começando e retornando a Éfeso, como que, no mapa, fica formado um círculo geográfico, pelo que elas representariam a igreja inteira. Seriam elas o «círculo perfeito»

da igreja, por assim dizer. Naturalmente, além desses raciocínios, supomos que o Espírito Santo orientou nessa escolha, porque as condições ali existentes eram

particularmente instrutivas para todas as épocas, ao passo que outra espécie de condições não seria tão «universal» e impressionante. O próprio número «sete»; sugere «perfeição». Trata-se de uma perfeita e completa mensagem de Cristo às suas igrejas.

«...Éfeso...» Essa cidade fora erguida próximo do mar, no vale do rio Caister, sob as

sombras das montanhas Coressos. Nos dias de Paulo, era a maior cidade da província romana da Ásia. Plínio a chamava de «a luz da Ásia». Fica na costa ocidental do que atualmente se chama Turquia Asiática. No tempo dos apóstolos havia uma magnificente

estrada de vinte e um metros de largura, ladeada por colunas, que atravessava a cidade até ao porto. Esse porto era importante centro de exportação e importação, no fim da rota de caravanas vindas da Ásia, sendo uma escala natural para quem viajasse do

continente asiático até à capital do império, Roma.

O povoado original parece ser datado do século XII A.C., tendo sido iniciado por colonos jônicos. No ano de 560 A.C., Éfeso foi conquistada pelo rei Croeso. No ano de 557 A.C. foi conquistada pelos persas. Em 133 A.C., tornou-se parte do império de Atalo II,

que então doou a Roma. Pérgamo continuou sendo a cabeça titular da província romana assim formada; mas Éfeso, na realidade, era a principal cidade daquela região.

Evidentemente tinha uma população de cerca de um terço de milhão de habitantes, na época apostólica.

Éfeso era um centro religioso, tanto quanto comercial e político. O templo de Diana, erigido antes de 356 A.C, mas restaurado naquele ano, após ter sido destruído por um incêndio, figurava como uma das maravilhas do mundo antigo, até que, finalmente, foi

destruído pelos godos, em 260 D.C. Esse templo continha a «imagem» de Diana, a qual, mui provavelmente, era apenas um meteorito que foi esculpido para formar tal imagem.

Isso explica sua suposta origem «celestial». Sabemos que nos templos antigos havia «meteoritos», sempre que possível, pois eram considerados sagrados, por terem «caído do céu». O templo de Diana, descoberto por J. T. Wood, no ano de 1870, era quatro vezes

mais espaçoso que o Partenon de Atenas, adornado por obras de grandes mestres, como Fídias, Praxíteles e Apeles.

Nos tempos neotestamentários, havia numerosa colônia de judeus em Éfeso, e esses desfrutavam de posição privilegiada, durante o começo do império. (Ver Josefo,

Antiq. xiv.10,12,25). A fé cristã chegou a Éfeso em cerca de 52 D.C. (ver Atos, em seus capítulos dezoito e dezenove, quanto a descrições sobre isso). Paulo esteve ali, durante sua segunda viagem missionária; e então permaneceu mais tarde ali, por cerca de três

anos, a mais longa permanência de Paulo em um lugar só, durante todas as suas viagens missionárias. O cristianismo fez de Éfeso um de seus centros mais poderosos.

Porém, em oposição à fé cristã, floresciam ali os cultos mágicos; e, antes dos fins do primeiro século de nossa era, foi imposto ali o «culto ao imperador», com as

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consequentes perseguições contra aqueles que se recusavam a adorar ao imperador

romano.

Por ocasião de sua partida de Éfeso, o apóstolo dos gentios deixou ali a Timóteo, embora não saibamos por quanto tempo este último ali permaneceu. É comum identificar Timóteo com o «anjo» mencionado em Ap 2:1; mas isso é altamente improvável. O «anjo»

referido neste livro é bem real, guardião e instrutor da igreja de Éfeso, ainda que seja perfeitamente possível que Timóteo fosse o seu principal instrumento naquela localidade.

Irineu e Eusébio chamavam Éfeso de lar do idoso apóstolo João; e embora existam tradições em conflito a seu respeito, é, bem provável que o próprio apóstolo João e suas

tradições tivessem estado associados ao lugar, de tal modo que o quarto evangelho, as epístolas de João e o livro de Apocalipse tivessem provindo daquela área em geral. Inácio, uma geração depois da era apostólica, escreveu à igreja dali em termos candentes (ver

Inácio, Efésios 11). E o lugar tornou-se a sede de longa sucessão de bispos orientais. O terceiro concilio geral teve lugar em Éfeso, no ano de 431 D.C, com o propósito específico

de condenar as heresias de Nestório. A igreja de Santa Maria, onde a conferência foi efetuada, conta com ruínas que podem ser vistas até hoje. Pouco depois disso, a cidade começou a declinar, sobretudo por causa da praga de malária. Suas excelentes

esculturas foram levadas para outros lugares, principalmente para Constantinopla. E no século XIV, o que restava, foi levado dali pelos turcos, que também dispensaram os seus habitantes que ainda restavam.

A região anteriormente ocupada por Éfeso, nos nossos dias, é desabitada. O mar,

atualmente, fica a mais de onze quilômetros de distância do local original, devido ao acúmulo de detritos e de lama, em seu porto, no decorrer dos séculos. A ilha de Patmos, onde foi desvendado ao vidente João este o livro de Apocalipse, fica cerca de cento e vinte

quilômetros de distância.

«...estas cousas...», isto é, a carta que se segue. «...diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas... » Essa declaração já fora

feita a respeito de Cristo, em Ap 1:16. As «sete estrelas» são os «sete anjos». Por conseguinte, Cristo: 1. protege às igrejas; 2. guia-as e controla-as; 3. usa-as em seu serviço; e 4. conforme isso é aplicado, todas essas coisas podem ser ditas às igrejas

servidas por esses anjos. Portanto, tanto os anjos (ou «estrelas») como as próprias igrejas locais estão inteiramente sujeitos a Cristo, servindo de instrumentos do poder e da glória

do Senhor. As «estrelas» estão na «mão» de Cristo, — não em seus «dedos», pois não são meros elementos decorativos, apesar de também serem tais, não tenhamos dúvidas.

O titulo de Cristo: Cada uma dessas sete comunidades locais recebeu um título ou descrição especial da parte de Cristo, que lhe foi particularmente aplicado. Visto que a

carta à comunidade cristã de Éfeso figura em primeiro lugar, o título aqui empregado é mais amplo, porque assim são apresentadas as cartas às sete igrejas. Portanto, a «característica geral» de Jesus Cristo, no que concerne às igrejas locais, o que também

figura em Ap 1:16, é reiterado neste ponto. Mas Éfeso contava com poderosa igreja cristã, pelo que, de modo todo especial, era protegida por Cristo, para que o evangelho tivesse um início realmente triunfal naquela região.

«...anda no meio dos sete candeeiros de ouro...» Notemos que, em Ap 1:20, os sete

candeeiros são as «sete igrejas». Portanto, uma vez mais, a descrição de Cristo, no tocante a Éfeso, também se aplica às cartas enviadas a todas as sete igrejas, —o que equivale dizer que essa primeira carta serve de introdução para todas as demais.

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O fato que Cristo «andava» entre os candeeiros simboliza as seguintes verdades:

1. A presença de Cristo e de seu poder, na igreja, o que tanto se verificou na era apostólica. 2. A sua cuidadosa vigilância sobre essa época e todas as épocas da igreja, «conhecendo»

suas fortalezas e fraquezas. 3. Esse andar é judicial. Cristo não está satisfeito com a condição da igreja e terá de baixar juízo, se não houver arrependimento.

4. Sem a «presença» de Cristo, a igreja é apenas uma pilha de pedras, frequentada por não-espirituais. Mas com sua presença, a igreja se torna um templo vivo para

habitação do próprio Deus (ver Ef 2:22; ver também 1 Pe 2:5, acerca das «pedras vivas» que compõem a «casa espiritual», o «novo templo»). 5. Temos aqui o «teísmo», ao invés do «deísmo». Este último ensina que há um Deus, um

Criador, uma força superior, mas crê que ele deixou as leis naturais encarregadas do governo de sua criação, não tendo qualquer contato pessoal com a mesma; pelo que

também não faz intervenção na história humana, para julgar ou galardoar. O teísmo, em contraste com isso, ensina quê Deus está conosco, particularmente na pessoa de Cristo; que Deus faz interferência na história da humanidade; que recompensa e pune. Cristo é

o exemplo supremo da presença de Deus entre os homens, pelo que é a maior prova do teísmo, embora existam outras provas. 6. É o «Senhor» quem assim guarda à sua igreja e a observa.

7. Aqueles que aceitam a Cristo como Senhor, são transformados segundo a sua imagem e natureza (ver II Co 3:18).

O nome de Cristo: Em cada uma das sete cartas do Apocalipse, Cristo dá a si mesmo um nome e uma descrição específicos, aplicável à circunstância particular e à posição

espiritual da igreja sob discussão. No caso da igreja em Éfeso, Cristo aparece como aquele que «sustem» na mão os ministros angelicais que ajudam à igreja. É patente que,

por meio deles, sustem à própria igreja. Isso alude ao poder de Cristo entre as igrejas, apontando para a sua capacidade de ajudar. Consideremos ainda os pontos abaixo:

1. Essa circunstância frisa o «senhorio» de Cristo. Pois ninguém tem a Cristo como Salvador, se também não o tem como Senhor. 2. E isso, por sua vez, fala de «segurança» da igreja. Cristo não permitirá que a igreja,

finalmente, pereça. 3. Cristo «anda entre as igrejas», o que nos assegura a sua presença e comunhão, algo

que é típico da igreja apostólica, que exibia a presença e o poder de Cristo acima do que sucedeu à igreja de séculos posteriores. 4. Isso dá a entender a «atividade divina» na igreja, o que a assiste em sua propagação,

mas também em sua operação interna de santificação pessoal. 5. Os candeeiros exigem constante atenção, a fim de funcionarem corretamente, a fim de

darem a luz apropriada, e Cristo dá essa atenção às igrejas. Se não fora assim, a luz da igreja desde há muito ter-se-ia apagado. A igreja apostólica, todavia, foi poderosíssima luz em favor da verdade.

6. Cristo é tudo para todos (ver Ef 1:23). Esse é o imenso alvo do «mistério da vontade de Deus» (ver Ef 1:10). Cristo demonstrou, na igreja apostólica, como isso pode funcionar.

2:2 Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os

achaste mentirosos; «...Conheço as tuas obras...» Consideremos aqui os pontos seguintes:

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1. É salientada assim a onisciência de Cristo. Essa declaração é reiterada no caso de todas as sete igrejas.

2. O interesse de Cristo por sua igreja é focalizado, porque ele «conhece» as suas condições, a fim de louvar ou de repreender à mesma, tudo o que visa produzir modificações espirituais favoráveis.

3. As «obras» que Jesus «conhece» representam as «condições espirituais em geral» da igreja, e não apenas aquilo que chamamos de «serviço ativo». Portanto, a palavra «obra» neste caso, indica o «caráter geral», a natureza da pessoa que age, mas também aquilo

que ela faz. Equivale à expressão vetotestamentária «temor do Senhor», expressão usada a fim de exprimir as condições «espirituais em geral» daquele que professava tentar

agradar a Deus, reconhecendo o seu senhorio. O termo geral, «obra» é desdobrado, neste mesmo versículo, para que tenha os seguintes significados:

a. Labor (serviço ativo, prestado sob pressão). b. Paciência (resistência nesse labor, e sob as perseguições).

c. Ódio e oposição ao mal e aos atos malignos, de homens que pervertem o evangelho e promovem a impiedade em nome de Cristo. d. Cristo, que é o Senhor, vê através de todos os disfarces e pretensões,

apresentando autêntica avaliação da condição de cada indivíduo, bem como a condição geral de cada assembleia local.

Ele não vê o que «esperamos ser», nem o que «temos feito», nem o que «pensamos que podemos fazer», e, sim, as nossas condições reais, o nosso caráter. O seu poder, que

«tudo vê e tudo sabe», é, ao mesmo tempo, uma ameaça e um conforto. É uma ameaça aos hipócritas e pretensiosos; é uma ameaça para aqueles que brincam com a fé religiosa. Mas é um conforto aos fiéis, que são perseguidos e desprezados por outros,

dentro ou fora da igreja. Isso nos promete uma recompensa justa, bem como a contínua ajuda para a concretização dos ideais espirituais do cristianismo.

«Nossas tristezas, que talvez não possamos relatar, nossas tribulações, que ninguém mais conhece, nossas dificuldades, os ais e as dores que jazem ocultas em nossas almas,

nossas fraquezas e nossas lutas íntimas, nossos temores e dúvidas ocultos, nossa honestidade quanto a coisas que outros censuram e criticam, nossos verdadeiros motivos e esforços, que os outros não entendem, tudo é conhecido por nosso amoroso

Salvador, o qual pode ser tocado com o senso de nossa debilidade, ordenando-nos que tenhamos bom ânimo, porque a sua graça nos será suficiente». (Seiss, in loc.).

«O verniz de uma fé formal talvez impressionasse ao mundo, mas não pôde escapar a seu escrutínio (ver At 1:24). Ele também conhece, e aceita amorosamente, os atosnão-

exibidos e nem requisitados de verdadeiro amor (ver Mt 10:42 e 26:13), e aparecia, em meio a todas as suas falhas, a lealdade genuína a ele (ver Jo 2:17)». (Carpenter, in loc.)

«...o teu labor...» No grego temos o vocábulo «kopos», que indica «labor até à exaustão», «labuta». A forma verbal, «kopiao», significa «exaurir-se», «trabalhar arduamente», «lutar».

Essa palavra descreve os prodigiosos labores da igreja apostólica. Notemos que o trabalho árduo é aqui recomendado. Até mesmo os ímpios veem algo de «nobre» no labor árduo, o que, necessariamente, inclui abnegação, em favor de alguma causa esperançosa

e altruísta.

«Não existe riqueza real senão o labor do homem. Se os montes fossem de ouro e os vales de prata, o mundo não seria mais rico nem um grão de trigo a mais; nenhum conforto isso adicionaria à raça humana». (Percy B. Shelley, Queem Mab).

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«As ações de um homem são apenas um quadro pictórico de seu credo» (Ralph Waldo Emerson).

«Os atos falam mais alto que as palavras». (Um provérbio popular).

«Os céus nunca ajudam ao homem que não trabalha». (Sófocles, fragmento). «Uma hora de vida, carregada de ações gloriosas e prenhe de nobres riscos, vale mais

que anos inteiros daquelas tolas observâncias do decoro comum». (Sir Walter Scott,Count Robert of Paris).

«A ação nem sempre produz felicidade; mas não há felicidade sem ação». (Benjamim Disraeli).

«Um homem sem ambição é como uma mulher sem beleza». (Frank Harris).

O «labor» aqui mencionado, no caso da igreja de Éfeso, alude particularmente aos labores daqueles crentes no evangelho, o qual tomou conta de todos os centros de civilização

então conhecidos. (Ver Cl 1:6 quanto a esse fato). Essa intensíssima expressão espiritual fazia parte das «obras gerais» ou caráter cristão daqueles crentes. (Ver Rm 16:12; I Co 16:10 e Gl 4:11 quanto aos labores apostólicos e ministeriais, referidos neste versículo

com o termo «labor»). Os crentes efésios eram intensos quanto à sua fé espiritual, o que ficava claramente demonstrado pela magnitude de sua dedicação, produtiva de imensos

labores em favor da causa de Cristo. «...perseverança...» Isso é mencionado de novo no versículo seguinte. Significa bem mais

do que o que se entende pela palavra «paciência», isto é, o «suportar tudo estoicamente». Pelo contrário, significa «constância» sob circunstâncias adversas. Com frequência, nas

páginas do N.T., indica fidelidade sob a perseguição. O termo grego é «upomone», «resistência», «permanência», «constância». (Ver II Pe 1:6; Tg 5:7 e II Tm 2:25,26). No dizer de Ellicott (in loc): «Não assinala meramente a resistência, mas também a fraca paciência

com que o crente luta contra os vários empecilhos, perseguições e tentações, que lhe sobrevêm em seu conflito contra o mundo interno e externo». Isso esse autor dizia, comentando sobre o trecho de I Ts 1:3. Sabemos que a igreja da era apostólica foi

tremendamente perseguida. O livro de Atos deixa isso bem claro. Mas aquela igreja tinha «resistência», em meio mesmo às aflições que lhe foram impostas, pelas autoridades civis

e religiosas. As dificuldades daqueles crentes não os levaram a perder a coragem ou a negar a própria fé. Eles labutavam e suportavam firmemente as circunstâncias, sem «se deixarem esmorecer», conforme se sabe no versículo seguinte. Eles participavam dos

sofrimentos do evangelho, «como bons soldados de Cristo Jesus», conforme se aprende em II Tm 2:3.

«...não podes suportar homens maus...» Aqueles crentes podiam «suportar» condições e testes difíceis, mas se recusavam a mostrar «tolerância» em favor de homens que

tentavam mudar a natureza «moral» da igreja, tirando do evangelho o seu «imperativo moral». Esses «homens maus», mui provavelmente, são os «nicolaítas», mencionados no sexto versículo deste capítulo, e onde o tema é desenvolvido. Não há que duvidar

que havia boa variedade de «falsos apóstolos» e de «falsos mestres», que serviam de praga para a igreja apostólica; mas é razoável supormos que estamos tratando, especialmente,

de alguma forma de gnosticismo incipiente. Oito livros do N.T.—Colossense, as três epístolas pastorais, as três epístolas joaninas e Judas—foram escritos contra as diversas formas da primitiva heresia gnóstica; porque essa foi a heresia que assediou a igreja por

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Jesus Cristo – O Mestre da Evangelização – 1º Trimestre de 2013 – EBD ADCRUZ - Lição 1 - 06/01/2013

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cerca de cento e cinquenta anos, no começo de sua história. De modo bem geral, pode-se

dizer que eles procuravam combinar a filosofia grega, a mitologia e as religiões orientais misteriosas com o cristianismo, além de terem tomado por empréstimo elementos do

judaísmo. Alguns deles eram extremamente libertinos (como aqueles contra quem o sexto versículo foi escrito); mas outros eram ascetas extremados. Criam eles que a matéria é o princípio mesmo do mal, pelo que o corpo seria totalmente incapaz de

redenção, pois o mesmo participa da matéria. Não faria, diferença, pois, aquilo que os homens fizessem com seus corpos. De fato, poderiam estes até ajudar ao desígnio da mente cósmica, que seria o de destruir, finalmente, à matéria, abusando dos seus

próprios corpos. Isso podia ser feito mediante a licenciosidade ou mediante o ascetismo. A maioria desses hereges preferia a licenciosidade, e chegavam até a imaginar, mui

loucamente, que os anjos se postavam, invisíveis, a seu lado, influenciando-os a participar de toda a forma de deboche, porque precisavam de ter «experiências», e porque assim degradavam ao princípio do pecado, associado a seus próprios seres. Pensavam

eles que tudo isso podia ser praticado, sem que a alma em nada fosse prejudicada, pois seria esse o princípio espiritual no homem, livre do pecado, já que não participa da

«matéria». O que tudo isso significa é que a imoralidade de muitas modalidades, mas especialmente aquela praticada com o corpo, se tornou a «doutrina oficial» de algumas igrejas, onde os mestres gnósticos mantinham domínio. Por conseguinte, o evangelho

deles desconhecia o «imperativo moral»; o evangelho deles não os tornava espiritualmente melhores.

No tocante a outras doutrinas, os gnósticos repeliam a fusão da natureza divina com a humana em Jesus, crendo que o Espírito-Cristo (uma emanação angelical) tenha vindo

possuir o corpo de Jesus em seu batismo, tendo-o abandonado por ocasião de sua crucificação. As duas pessoas, Jesus e o Espírito-Cristo, pois, não eram a mesma «entidade». Portanto, a «morte» não foi a do Cristo, e sim apenas a do homem Jesus, não

tendo, por isso mesmo, qualquer valor «expiatório». Cristo não poderia mesmo ter-se encarnado, diziam os gnósticos, pois, se o fizesse, teria ficado contaminado com a

matéria, o princípio mesmo do mal. Aparentemente, os gnósticos eram os homens «maus» que a igreja em Éfeso não permitiu que tivessem acesso a posições de mando e influência.

Notemos que são virtudes cristãs não só o «amor a Deus» e a «perseverança na prática do bem», mas também o «ódio ao mal» e a recusa de permitir a contaminação dos membros

de uma comunidade cristã. Os anciãos de Éfeso não estendiam «cortesia ministerial» a falsos mestres conhecidos. Conta-se a história do apóstolo João, em Éfeso, que se

recusava a entrar nos banhos públicos quando Cerinto (um mestre gnóstico) estava presente. Alguém poderia indagar se essa seria uma atitude correta. Sem dúvida estamos na obrigação de procurar conquistar homens como os gnósticos, amando a eles

como Deus ama a todos os homens (ver Jo 3:16); mas os crentes de Éfeso estavam com a razão, pelo menos quando não permitiam que tais homens ocupassem posições de

autoridade na igreja, e nem os encorajavam em seus caminhos ímpios através de uma «falsa aceitação».

«...puseste à prova...» Essa «prova» era parcialmente «doutrinária», conforme se vê em I Jo 4:1 e ss. Eles «testavam aos espíritos». Aqueles indivíduos que rejeitavam a doutrina da «encarnação» e o valor subsequente da «expiação», com facilidade eram tidos por

mentirosos e falsos apóstolos. Além disso, era aplicado o teste prático. O evangelho anunciado por alguém transformava moralmente a tal pessoa? Em caso negativo, então

tal evangelho era falso. O evangelho de alguém incluía o imperativo moral? Em outras palavras, requeria a santidade, já que sem a santificação ninguém jamais verá a Deus (ver Hb 12:14)? Em caso contrário, então tal evangelho era falso. Pode-se observar, em II

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Ts 2:13, que a «santificação» é elemento absolutamente necessário para a salvação.

Jamais poderemos chegar à vida eterna, exceto pelo caminho da santificação. Os mestres gnósticos pensavam que o «conhecimento» é o caminho para a salvação,

degradando à fé, ao mesmo tempo que eliminavam totalmente a necessidade de santidade no corpo. Este versículo pode ser comparado com II Jo 10, que proíbe o acolhimento a hereges conhecidos e persistentes na própria casa. Os mestres gnósticos

também são focalizados nessa passagem. A «rejeição» aos mesmos, por parte dos crentes autênticos, visava ensinar aos falsos que eles não eram parte legítima da comunidade cristã, já que suas ações e suas doutrinas eram basicamente contrárias às dessa

comunidade, tendendo por solapá-las. O presente versículo talvez subentenda alguma forma de «teste eclesiástico», com a subsequente exclusão. Pelo menos, quando os falsos

mestres manifestadamente falhavam em mostrar-secristãos e ajudadores genuínos da igreja, os crentes de Éfeso exerciam pressão sobre os mesmos, para que se retirassem da comunidade dos santos.

«...e os achaste mentirosos...» Essas palavras podem ser comparadas com I Jo 2:22. O

«mentiroso» é aquele que nega a identidade das naturezas divina e humana em Jesus, aquele que «nega ao Filho» e à sua «expiação». O «mentiroso» é aquele que «odeia» a seu irmão, que não tem parte real na comunidade cristã, e é adversário da mesma (ver I

Jo 4:20). É também aquele que não aceita o testemunho de Deus Pai concernente ao Filho (isto é sobre a realidade da encarnação do Filho, em Jesus de Nazaré, com identidade de pessoas), o qual, subsequentemente, cumpriu a sua missão expiatória

(ver I Jo 5:10).

«...apóstolos...» A presunção daquela gente era grande, porquanto queriam compartilhar da autoridade dos próprios apóstolos; mas tratava-se de uma reivindicação falsa, pois falavam de modo errôneo e maligno acerca do verdadeiro Jesus Cristo, e suas vidas eram

um opróbrio para o seu evangelho.

Qual seria a identidade desses mentirosos?

1. Seriam os judaizantes? Essa ideia não é muito provável. Pois os judaizantes pelo

menos eram «morais», procurando seguir estritamente a lei de Moisés, embora não estivessem certos em sua teologia. 2. Alguns supõem que fossem discípulos de Pedro ou de Paulo que tinham

assumido grande autoridade para si mesmos; mas isso está completamente fora de consonância com o caráter geral daqueles homens, conforme é sugerido no texto

sagrado. 3. Antes, eram os «nicolaítas», referidos no sexto versículo deste mesmo capítulo, membros prováveis de alguma seita antiga, semelhante à dos gnósticos, e corruptos em

sua doutrina e vida diária. Paulo já havia advertido acerca de homens desse naipe. Isso pode ser visto em At 20:20,30, onde se lê: «Eu sei que, depois da minha partida, entre

vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas, para arrastar os discípulos atrás deles».

Notemos que a defesa da verdade, por parte dos crentes efésios, bem como a sua recusa por permitir que aqueles falsos mestres corrompessem à igreja, é classificada como suas «obras» (como seu caráter cristão geral), juntamente com o seu «labor» e «constância».

2:3 e tens perseverança e por amor do meu nome sofrestes, e não desfaleceste.

«...tens perseverança...» Isso já fora dito sobre aqueles crentes, no versículo anterior, onde é usado o mesmo vocábulo grego, Crê-se que, o livro de Apocalipse foi escrito

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durante a perseguição de Domiciano, o qual foi chamado de «segundo Nero». Muitos

cristãos vinham sendo encarcerados, havendo torturas e mortes, por se recusarem eles a adorar ao imperador, o qual se proclamara uma divindade. A igreja apostólica já sofrerá

sob as ordens de Nero. O nome desse imperador veio a traduzir «degradação», «crueldade» e «perversão». Ele costumava torturar e queimar aos cristãos até à morte, em seus jardins, somente para entretenimento de seus convivas. Tudo isso a igreja cristã

suportou pacientemente e com constância, confiando em Cristo quanto à vitória «final», ainda que esta só se verificasse nas dimensões espirituais da alma. Mas, em última análise, ali é que haverá a verdadeira vida, não sendo coisa de somenos que a vitória seja

conquistada somente então. O culto do imperador impunha sua adoração insana aos homens de todos os recantos do império romano. Alguns dos imperadores romanos

chegaram mesmo a imaginar-se divinos e, por conseguinte, merecedores de adoração. E os súditos romanos que se recusassem a adorar ao imperador, eram considerados traidores, tendo de sofrer as consequências de seu ato.

«Todos os homens louvam à paciência, embora poucos se disponham a praticá-la».

(Thomas à Kempis, Imitação de Cristo). «É na vossa perseverança que ganhareis as vossas almas» (Lc 21:19).

«Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores

contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossas almas» (Hb 12:3). Continua... imperdível não deixe de ver tudo, estarei dando ênfase ao primeiro

amor, mas devemos entender todo o contexto da carta.

Feliz 2013.

Fonte:

Site: EBD Areia Branca

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2 Timóteo 2

E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam

idôneos para também ensinarem os outros.

PARTICIPE DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL ASSEMBLEIA DE DEUS DO CRUZEIRO

E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. (2Tm 2.2)