jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos gislaine lilian rowedder piera ostroski...

21
Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

120 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos

Gislaine Lilian RowedderPiera Ostroski Bellani

Thaynara Karoline de Souza PereiraVanessa

Page 2: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

Origem

• Animais cultivadores de fungos: cupins, besouros e formigas

• Diferentes tipos de origens

Page 3: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

Origem nos cupins

• Originou-se entre 24-34mya floresta tropical africana

• Os cupins se alimentavam de fungos no princípio• Reticulitermes speratus

Page 4: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

Origens nos besouros

• Sua origem ocorreu ao menos 7 vezes• Estas origens ocorreram entre 20 e 60 mya• Alguns besouros se alimentavam de fungos e

outros eram dispersores• Coevolução

Page 5: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

Origens nas formigas

• 45-55mya na floresta amazônica• Começo da simbiose é incerto

Page 6: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

• Troca de cultivo• Reversão evolutiva• Evolução convergente• Porque fungos e não plantas?• Socialização

Page 7: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

Um sistema simbiótico de sucesso evolutivoA fungicultura dos cupins

Page 8: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

A CHAVE PARA A SOBREVIVÊNCIA

Cultivam um fungo chamado Termitomyces

- Os ninhos de cupim possuem túneis onde são depositadas suas fezes, estas servirão de substrato para os fungos.

- o bolo fecal (esporos de fungos mais outros alimentos) é adicionado nos tuneis, essa ação equivale funcionalmente a semear novas safras de fungos.

Page 9: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

ANÁLISE DO MATERIAL GENÉTICO

- Fungos cultivados e não cultivados e de cupins fazendeiros e não fazendeiros, revelou uma complexa relação evolucionária entre a fungicultura e os cupins.

Page 10: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

UM BOM CANDIDATO A DOMESTICAÇÃO

- Em uma monocultura, os micélios crescem juntos em redes poderosas. O resultado é a massa total dos corpos de frutificação e o número de esporos ser muito maior que nas culturas mistas.

-Cada diversidade quase que exclusivamente possui uma forma semelhante de cupim já definida

- No entanto, dentro de cada grupo de cupim existe uma troca freqüente das linhagens de fungos.

- Analogia com os diferentes grupos humanos que são especializados em determinadas culturas, por exemplo, o produtor de milho pode alternar entre o cultivo de qualquer variedade de milho, porém, é mais difícil passar a cultivar trigo ou batata.

Page 11: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

HIPÓTESES PARA A ORIGEM DESSA SIMBIOSE

- Cupins agricultores evoluíram adaptações a determinados grupos de cultivos, como por exemplo, regimes específicos de fertilização.

- Ou, os cultivos evoluíram adaptações adequadas para apenas determinados cupins agricultores, como por exemplo, nutrientes que beneficiam apenas alguns cupins.

-É possível também que a exclusividade fungicultura + cupim aconteça devido às duas hipóteses

Page 12: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

A fungicultura dos Besouros Ambrosia

Page 13: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

SISTEMAS DE GALERIAS EM ÁRVORES

- Cultivam fungos nas paredes de suas galerias para a alimentação.

-Os fungos servem de fonte primaria de alimentação para os besouros e são essenciais para a conclusão do ciclo de vida destes.

- As vantagens dessa associação é que como os cupins e as formigas, os besouros protegem o jardim fúngico de contaminantes nocivos e aumentam suas ninhadas com a dieta fúngica.

Page 14: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

ANÁLISE DO MATERIAL GENÉTICO

- As múltiplas origens de fungicultura em besouros, ocorreram por causa da grande diversidade desses insetos, no entanto, essa idéia não se opõe a coevolução fungo – besouro dentro de cada grupo.

Page 15: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

PRAGA FLORESTAL

-Quando os besouros adultos atacam uma árvore eles introduzem sua alimentação – esporos fungicos- nos túneis cavados.

-O crescimento desses fungos destrói o sistema de condução de alimento e água da árvore, causando a morte desta.

Page 16: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

Fungicultura de Formigas

Os fungos cultivados são Basidiomycota da ordem Agaricales,

Formigas grupo Attini. Gênero Atta e Acromyrmex.

Ninhos pequenos e rasos com poucos indivíduos

X Ninhos com milhares de formigas - tarefas

variadas

Page 17: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

Material coletado → ninho → processado → jardim fúngico

câmara subterrânea fonte nutricional para o fungo

monocultura

Page 18: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

As formigas controlam o crescimento do jardim, impedindo que se desenvolvam estruturas de frutificação.

A rainha leva um pouco do fungo pra começar o cultivo em um novo ninho.

Jardim adubado com material fecal →material vegetal

Page 19: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

PARASITISMO

- Tradicionalmente era pensado que os jardins (cultivos) de formigas que cultivam fungos (Attini) fosse livre de parasitas. -Ao contrário disso microfungos pertencentes ao gênero Escovopsis são parasistas especializados de cultivos de colônias de formigas Attini.-Escovopsis é altamente virulento, transmitido entre colônias, tem o potencial para a rápida devastação nos jardins de formigas.

Page 20: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

PARASITISMO

-Escovopsis é mais prevalente nos jardins de formigas de linhagem mais derivada, do que em jardim de formigas de linhagem mais primitiva.-Os cultivos das formigas Attini de linhagem derivada são clones asexuados aparentemente de origem antiga, enquanto que o cultivo de formigas de linhagens primitivas foram domesticadas há relativamente pouco tempo.- O aumento da virulência dos patógenos associados à cultivos antigos assexuados sugere um custo evolutivo para os cultivos assexuados, talvez resultantes de taxas de evolução mais lenta dos cultivos na corrida coevolução com seus patógenos.

Page 21: Jardins fúngicos: interação de insetos e microrganismos Gislaine Lilian Rowedder Piera Ostroski Bellani Thaynara Karoline de Souza Pereira Vanessa

Referências• MUELLER, U. G.; GERARDO, N. Fungus-farming insects:

Multiple origins and diverse evolutionary histories. Section of Integrative Biology. Texas, vol. 99, no. 24, nov. 2002. Disponível em <http://www.pnas.org/content/99/24/15247.full>. Acesso em 23 nov. 2010.

• CURRIE, R. C.; MUELLER, U. G.; MALLOCH, D. The agricultural pathology of ant fungus gardens. Ecology. Wurzburg, vol. 96, jul. 1999. Disponível em <http://www.pnas.org/content/96/14/7998.full>. Acesso em 23 nov. 2010.

• MUELLER, U. G. et al. The evolution of agriculture in insects. Annual Reviews. Texas, ago. 2005. Disponível em <arjournals.annualreviews.org>. Acesso em 23 nov. 2010.