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Notícias InforFisco JANEIRO E FEVEREIRO DE 2007 SUMÁRIO 1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM JANEIRO E FEVEREIRO DE 2007 .................................. 3 2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS ...................................................................... 6 3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA .............................................................................. 9 4. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL ............................................................ 10 5. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ..................................................... 10 6. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO.............................................. 11 7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)........................ 13 8. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS) ............................ 16 9. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS ..................... 19 10. NOTAS DE ENQUADRAMENTO ........................................................................................ 20

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Notícias InforFisco

JANEIRO E FEVEREIRO DE 2007

SUMÁRIO

1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM JANEIRO E FEVEREIRO DE 2007 .................................. 3

2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS ...................................................................... 6

3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA .............................................................................. 9

4. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL ............................................................ 10

5. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ..................................................... 10

6. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO.............................................. 11

7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)........................ 13

8. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS) ............................ 16

9. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS ..................... 19

10. NOTAS DE ENQUADRAMENTO ........................................................................................ 20

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

FLASH NEWS

Diplomas aprovados em Conselho de Ministros: * De 15 de Fevereiro - Proposta de Lei que procede à reforma global da tributação automóvel, aprovando o Código do

Imposto sobre Veículos e o Código do Imposto Único de Circulação e abolindo, em simultâneo, o imposto

automóvel, o imposto municipal sobre veículos, o imposto de circulação e o imposto de camionagem.

Esta Proposta de Lei, a submeter à Assembleia da República, consubstancia uma reforma global da

tributação automóvel, com a qual se visa, sobretudo, alterar a filosofia e os princípios subjacentes ao

quadro vigente, incentivando a utilização de energias renováveis e a opção por veículos e tecnologias

menos poluentes, em cumprimento do Programa do Governo e de acordo com os compromissos

assumidos no âmbito do protocolo de Quioto e das metas do Programa Nacional para as Alterações

Climáticas (PNAC 2006).

Pretende-se aprovar os novos Código do Imposto sobre Veículos (ISV) e Código do Imposto Único de

Circulação (IUC), abolindo, em simultâneo, o imposto automóvel, o imposto municipal sobre veículos, o

imposto de circulação e o imposto de camionagem.

As alterações mais relevantes prendem-se:

- com o alargamento da tributação em função da componente ambiental (incrementando-se o peso das

emissões de dióxido de carbono (CO2) na base de tributação, para 30%, no primeiro ano, e 60%, no

segundo ano);

- com a deslocação de uma parte da carga fiscal do imposto devido pela aquisição do automóvel para a

fase da circulação. O novo ISV apresenta, já no ano da sua introdução, um peso inferior em 10% ao do

actual imposto automóvel, sendo que esta redução da carga fiscal no momento da aquisição não será

idêntica para todos os veículos - os veículos menos poluentes beneficiarão, em geral, de reduções de

imposto superiores ao valor médio de 10%, enquanto os veículos mais poluentes podem, em certos casos,

ver a sua carga fiscal agravada.

Numa primeira fase, existirão duas tabelas do ISV: a tabela A, com taxas sobre a cilindrada e o CO2,

aplicável aos veículos homologados como ligeiros de passageiros que podem ser tributados com base nas

emissões de dióxido de carbono; e a tabela B, com taxas sobre a cilindrada, a aplicar aos restantes

veículos automóveis até que as respectivas homologações integrem os valores das emissões de CO2, o

que acontecerá a partir de 1 de Janeiro de 2009.

Prevê-se, ainda, a atribuição de um benefício fiscal de 500 euros para veículos a gasóleo que emitam

partículas abaixo dos 0,005g/km.

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

Do conjunto de outras inovações introduzidas, salientam-se: (i) a disciplina dos requisitos de acesso ao

estatuto de operador registado; (ii) a criação da figura do operador reconhecido, visando um melhor

controlo das empresas do sector automóvel que, não sendo representantes de marcas, ainda assim

possuem uma actividade significativa na comercialização de veículos novos e usados; (iii) a harmonização

dos requisitos de acesso, prazos, ónus e formalidades no domínio dos benefícios; (iv) a fusão num único

regime dos actuais dois regimes vigentes (um para os cidadãos que transferem a residência da UE e outro

para os cidadãos que regressam de terceiros países) revendo-se requisitos e documentação probatória,

de modo a evitar fraudes e exercer um controlo mais rigoroso da despesa fiscal associada a este regime,

que atinge cerca de 50% do total da despesa fiscal em sede de imposto automóvel.

Relativamente ao IUC, que substitui os actuais Imposto Municipal sobre Veículos, Imposto de Circulação e

Imposto de Camionagem, este novo imposto é aplicável a veículos novos matriculados após 1 de Julho de

2007 e aos restantes a partir de Janeiro de 2008, sendo que, em relação ao parque automóvel existente,

mantêm-se, em termos idênticos, os níveis de tributação actualmente vigentes.

O facto gerador do IUC passa a ser a propriedade, o que permite um controlo mais eficaz do imposto,

sendo os veículos identificados, em termos de incidência, por sete categorias, de «A» a «G»,

correspondendo a cada uma as respectivas taxas.

A base tributável dos automóveis ligeiros de passageiros e automóveis ligeiros de utilização mista com

peso bruto inferior a 2500 Kg que sejam matriculados na vigência do novo modelo passa a integrar as

emissões de dióxido de carbono, por razões de protecção do meio ambiente.

A liquidação do imposto passa a ser efectuada pelo próprio sujeito passivo, através da Internet ou por

qualquer serviço de finanças, sendo que, para as pessoas colectivas, a liquidação do mesmo é

obrigatoriamente feita através da Internet, dispensando-se a aposição do dístico.

O objectivo do Governo é que estas alterações possam entrar em vigor em 1 de Julho de 2007.

(O texto da Proposta de Lei a que se refere o Comunicado do Conselho de Ministros acima transcrito

encontra-se já disponível no site da Assembleia da República: Proposta de Lei n.º 118/X/2)

1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM JANEIRO E FEVEREIRO DE 2007

DIPLOMA ASSUNTO

DL 2/2007,

de 3.1.2007

RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL - Fixa em € 403 o valor da retribuição

mínima mensal garantida para vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2007.

PORT 9/2007,

de 4.1.2007

IRS - DECLARAÇÃO MODELO 14 - DECLARAÇÃO MODELO 32 - Aprova os novos modelos oficiais das declarações modelos 14 e 32,

relativas a seguros de vida e a planos de poupança-reforma, fundos de

pensões e equiparáveis.

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

PORT 10/2007,

de 4.1.2007

IRS - DECLARAÇÃO MODELO 3 - 2007 - Aprova os novos modelos de

impressos a que se refere o n.º 1, do artigo 57.º do Código do IRS:

declaração modelo 3 e anexos. Os novos impressos devem ser utilizados

a partir de 1 de Janeiro de 2007 para declarar os rendimentos dos anos

de 2001 e seguintes.

DLR 3/2007/M,

de 9.1.2007

IRC - TAXAS - REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA - Aprova o

Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2007. No quadro da

adaptação do sistema fiscal nacional às especificidades regionais, alarga

a taxa regional do IRC às entidades que possuam representações

permanentes na Região. Nestes casos, a taxa regional incidirá sobre a

parcela do volume de negócios anual das empresas em causa

correspondente às suas instalações na Região. Com esta medida e no

tocante ao âmbito de aplicação das taxas regionais do IRC, o regime fiscal

da Região Autónoma da Madeira torna-se idêntico ao da Região

Autónoma dos Açores. São, também, aprovadas as taxas de IRS

aplicáveis aos rendimentos auferidos em 2007 pelos sujeitos passivos

com domicílio fiscal na Região.

L 2/2007,

de 15.1.2007

LEI DAS FINANÇAS LOCAIS - Aprova a Lei das Finanças Locais e

revoga a Lei n.º 42/98, de 6 de Agosto. Em matéria fiscal, a alteração

mais relevante é a que se prende com a base de tributação da derrama

que passa a ser o lucro tributável sujeito e não isento de IRC.

DL 8/2007,

de 17.1.2007

IRC - IRS - IVA - DECLARAÇÃO ANUAL - Cria a Informação Empresarial

Simplificada (IES) traduzida na prestação de informação de natureza fiscal

(declaração anual de informação contabilística e fiscal), contabilística e

estatística através de uma declaração única transmitida por via

electrónica. Os modelos oficiais e a forma de envio da informação

constará de portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pela

área das finanças, pelo INE e pela área da Justiça.

PORT 88-A/2007,

de 18.1.2007

AJUDAS DE CUSTO - Procede à revisão anual das remunerações dos

funcionários e agentes da administração pública actualizando as tabelas

de ajudas de custo, subsídios de refeição e de viagem.

DLR 1/2007/A,

de 23.1.2007

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - ORÇAMENTO PARA 2007 - Aprova o Orçamento da Região Autónoma dos Açores para 2007. No

quadro da adaptação do sistema fiscal às especificidades da Região,

estabelece que os lucros que beneficiarão de dedução à colecta do IRC

ou do IRS, nos termos do artigo 6.º do DLR n.º 2/99/A, de 20 de Janeiro,

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

são os que forem reinvestidos em:

a) Criação de novas unidades de alojamento no turismo rural e de

habitação e ampliação e reformulação das já existentes;

b) Aquisição de embarcações de pesca;

c) Investigação científica e desenvolvimento experimental (I&D) com

interesse relevante;

d) Tratamento de resíduos e efluentes e energias renováveis.

No que respeita ao valor de investimento mínimo a considerar na

concessão de benefícios em regime contratual mantém-se o montante de

2.500.000 euros, montante esse reduzido para 500.000 euros quando

respeite a investimentos efectuados nas ilhas do Corvo, Flores, São

Jorge, Graciosa e Santa Maria.

DL 21/2007,

de 29.1.2007

IVA - OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS - RENÚNCIA À ISENÇÃO - Introduz

na legislação do IVA um conjunto de medidas tendentes a combater a

evasão fiscal no quadro da realização de operações imobiliárias sujeitas a

tributação (vd. 10.1. Notas de Enquadramento).

DL 33/2007,

de 15.2.2007 IA - BF - Altera o regime do incentivo fiscal à destruição de automóveis

ligeiros em fim de vida previsto no Decreto-Lei n.º 292-A/2000, de 15 de

Novembro, e procede à republicação do mesmo.

PORT 208/2007,

de 16.2.2007

IRC - IRS - IVA - IES - DECLARAÇÃO ANUAL - Aprova o modelo de

informação empresarial simplificada (IES), e respectivos anexos, a que se

refere o Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17 de Janeiro.

LO 1/2007,

de 19.2.2007

LEI DAS FINANÇAS REGIONAIS - Aprova a Lei de Finanças das

Regiões Autónomas, e revoga a Lei n.º 13/98, de 24 de Fevereiro.

PORT 210/2007,

de 20.2.2007

IRC - IRS - IVA - INÍCIO DE ACTIVIDADE - ALTERAÇÕES - CESSAÇÃO DE ACTIVIDADE - Aprova os novos modelos de

declarações de início, alterações e cessação de actividade.

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

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Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS - CIRCULARES DA DGCI

N.º/DATA ASSUNTO

1/2007,

de 10.1.2007

IRS - TABELA PRÁTICA - 2006 - Divulga as tabelas práticas do IRS a

aplicar aos rendimentos de 2006, auferidos por sujeitos passivos

residentes no continente e nas Regiões Autónomas.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART68)

2/2007,

de 14.2.2007

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - CONTINENTE - Divulga as tabelas de

retenção na fonte de IRS a aplicar em 2007 aos titulares de rendimentos

com residência fiscal no território do Continente.

3/2007,

de 15.2.2007

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES -

Divulga as tabelas de retenção na fonte de IRS a aplicar em 2007 aos

titulares de rendimentos com residência fiscal na Região Autónoma dos

Açores.

- OFÍCIOS-CIRCULADOS

N.º/DATA ASSUNTO

40089, da DSIMT,

de 8.1.2007

IMT - TAXAS - HABITAÇÃO - TABELA PRÁTICA - 2007 - Divulga as

tabelas práticas para determinação do montante do IMT a pagar em caso

de transmissão de imóveis destinados exclusivamente a habitação,

situados no território do Continente e das Regiões Autónomas.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIMT ART17 N1 A)

90007, do Gab. SDG -

Cobrança, de 4.1.2007

IRC - OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA - DECLARAÇÃO - Instruções relativas

à entrega por via electrónica de declarações de início, de alterações e

cessação de actividade por pessoas colectivas.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART110)

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

90008, do Gab. SDG -

Cobrança, de 9.2.2007

LIQUIDAÇÃO OFICIOSA - ANULAÇÃO - Divulga os procedimentos a

seguir pelos Serviços de Finanças com vista à anulação de liquidações

oficiosas, saneamento de cadastro e emissão de certidões.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART32)

90009, do Gab. SDG -

Cobrança, de 9.2.2007

CESSAÇÃO DE ACTIVIDADE - CESSAÇÃO OFICIOSA - Divulga

procedimentos administrativos relativos à dissolução e liquidação de

sociedades.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART111)

30099, da DSIVA,

de 9.2.2007

IVA - OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS - RENÚNCIA A ISENÇÃO - Instruções relativas ao novo Regime da Renúncia à Isenção do IVA nas

Operações Relativas a Bens Imóveis, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

21/2007, de 29 de Janeiro.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART12 N4)

20121, da DSIRS,

de 9.2.2007

IRS - DECLARAÇÃO MODELO 3 - 2007 - Instruções relativas ao

preenchimento da declaração modelo 3, aprovada pela Portaria n.º

10/2007, de 4 de Janeiro.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou PORT 10/2007)

20122, da DSRI,

de 14.2.2007

DUPLA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL - Divulga uma tabela

actualizada das Convenções para Evitar a Dupla Tributação Internacional

(CDT’s) celebradas por Portugal.

- CIRCULARES DA DGAIEC

N.º/DATA ASSUNTO

1/2007,

de 10.1.2007

IVA - ISENÇÃO - FRANQUIA ADUANEIRA - IMPORTAÇÃO - BENS PESSOAIS - Instruções relativas à aplicação da isenção de IVA nas

importações de bens pessoais pertencentes a particulares provenientes

de países situados fora da Comunidade por ocasião da transferência da

sua residência habitual, relativamente a veículos automóveis, barcos de

recreio e aviões de turismo.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DL 31/89 ART10)

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

5/2007,

de 17.1.2007

IVA - ISENÇÃO - FRANQUIA ADUANEIRA - IMPORTAÇÃO - BENS PESSOAIS - Instruções relativas à aplicação da isenção de IVA nas

importações de bens pessoais pertencentes a particulares provenientes

de países situados fora da Comunidade por ocasião da transferência da

sua residência habitual. Estas instruções reportam-se a situações

relativas a pessoas que aí tenham permanecido por períodos inferiores a

12 meses consecutivos, em consequência da legislação desses países

restringir o tempo de permanência no seu território a períodos sazonais.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DL 31/89 ART4)

- OUTRAS COMUNICAÇÕES E DECISÕES - DO MINISTRO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

N.º/DATA ASSUNTO

Desp 2366-A/2007,

de 9.2.2007

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - Aprova as tabelas de retenção na fonte

a aplicar aos rendimentos do trabalho dependente e pensões auferidas

por titulares residentes no Continente.

(Publicação: DR II, N32, de 14.2.2007)

Desp 2484-A/2007,

de 14.2.2007

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - Aprova as tabelas de retenção na fonte

a aplicar aos rendimentos do trabalho dependente e pensões auferidas

por titulares residentes na Região Autónoma dos Açores.

(Publicação: DR II, N35, de 19.2.2007)

- DIRECTOR-GERAL DOS IMPOSTOS

N.º/DATA ASSUNTO

Declaração 34/2007,

de 22.1.2007

IRC - DECLARAÇÃO MODELO 22 - Divulga os modelos, aprovados pelo

despacho n.º 9/2007-XVII, de 4 de Janeiro, do SEAF, da Declaração

periódica de rendimentos modelo n.º 22 e respectivas instruções de

preenchimento.

(Publicação: DR II, N33, de 15.2.2007)

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

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Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

- DIRECÇÃO-GERAL DOS ASSUNTOS TÉCNICOS E ECONÓMICOS DO MNE

N.º/DATA ASSUNTO

Aviso 2/2007,

de 19.12.2006

CONVENÇÃO TURQUIA - ENTRADA EM VIGOR - Torna público que a

Convenção entre a República Portuguesa e a República da Turquia para

Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de

Impostos sobre o Rendimento entrou em vigor no dia 18 de Dezembro de

2006.

(Publicação: DR I, N7, de 10.1.2007)

(O texto integral deste Aviso pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CONVENCAO TURQUIA ART28)

3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA

DOCUMENTO ASSUNTO

IP/07/18,

de 9.1.2007

DISCRIMINAÇÃO - PRESTADORES DE SERVIÇOS - NÃO RESIDENTES - A Comissão Europeia enviou um pedido formal a

Portugal para pôr termo à discriminação de que são alvo os prestadores

de serviços não residentes. De acordo com a legislação portuguesa, os

prestadores de serviços não residentes ficam sujeitos a uma retenção na

fonte, com carácter definitivo, do imposto sobre o montante bruto do seu

rendimento, enquanto que os prestadores de serviços nacionais são

tributados somente sobre os seus lucros líquidos, ou seja, após dedução

dos custos conexos. Do ponto de vista da Comissão, esta legislação

constitui uma violação do disposto no artigo 49.º do Tratado CE (livre

prestação de serviços).

. 9 .

© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

4. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 28.11.2006,

Proc. n.º 646/2006

PT - PROCESSO ESPECIAL - MÉTODOS INDIRECTOS - MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA - Declara inconstitucional a norma

constante da parte final do n.º 3, do artigo 146.º-B do CPPT, quando

aplicável por força do disposto no n.º 8, do artigo 89.º-A da LGT, na

medida em que exclui em absoluto a produção de prova testemunhal, nos

casos em que esta é, em geral, admissível.

(Publicação: DR II, N5, de 8.1.2007)

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART146-B)

5. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 8.2.2007,

Proc. n.º 587/07

PT - RGIT - CRIME CONTINUADO - I - É no contexto das regras gerais

sobre o concurso de infracções, ditadas pelo Código Penal, que deve ser

considerada a doutrina do artigo 10.º do RGIT, com a epígrafe

«especialidade das normas tributárias e concurso de infracções». II - Não

se prevendo neste RGIT punição para o crime ou contra-ordenação

continuada, há que aplicar o preceituado no artigo 79.º do Código Penal,

subsidiariamente aplicável, nos termos do artigo 3.º do mesmo RGIT. III -

Assim, o crime continuado é punido com a sanção correspondente à

conduta mais grave que integra a continuação. (O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART10)

Acórdão, de 7.2.2007,

Proc. n.º 4086/06-3

PT - RGIT - ABUSO DE CONFIANÇA FISCAL - A nova redacção do

artigo 105.º do RGIT, nomeadamente o seu n.º 4, dada pela Lei n.º 53-

A/2006 (Lei do Orçamento para 2007), consagra uma condição objectiva

de punibilidade. Tal condição é aplicável aos casos já ocorridos por

aplicação directa do princípio da lei mais favorável ínsito no artigo 2.º, n.º

4 do Código Penal.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART105)

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© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

6. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 24.1.2007,

Proc. n.º 491/06

IRC - PROVISÕES - CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA - I - Para

efeitos de dedução ao lucro tributável de provisões por créditos de

cobrança duvidosa, não são considerados de cobrança duvidosa os

créditos sobre empresas participadas em mais de 10% do capital - nos

termos da alínea d), do n.º 3, do artigo 34.º do Código do IRC (actual

artigo 35.º). II - A “participação indirecta” não é senão uma modalidade de

“participação” - e, assim, no conceito de “empresa participada” está

implicada, também, a noção modal de “participação indirecta” na

empresa.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART35 N3)

Acórdão, de 24.1.2007,

Proc. n.º 667/06

PT - CPPT - IMPUGNAÇÃO JUDICIAL - CUMULAÇÃO DE PEDIDOS - I - É ilegal a cumulação das impugnações dos actos tributários de

liquidação de IVA e IRC relativos aos anos de 1997 a 1999, atento o

disposto no artigo 104.º do CPPT. II - Todavia, apresentada em 22 de

Novembro de 2005 uma petição de impugnação judicial naquelas

condições, não deve ser liminarmente indeferida, mas notificar-se o

impugnante para indicar qual das liquidações pretende ver apreciadas,

nos termos do disposto nos artigos 4.º, n.º 5 e 47.º, n.º 5 do CPTA, aqui

aplicável ex vi do artigo 2.º, al. c) do CPPT.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART104)

Acórdão, de 7.2.2007,

Proc. n.º 1046/05

IRC - CUSTOS - ENCARGOS FINANCEIROS - Não constituem custos de

uma sociedade, nos termos do artigo 23.º do CIRC, os encargos por si

suportados com empréstimos bancários contraídos para fazer face a

prestações acessórias efectuados a uma sociedade sua associada pelos

quais não cobrou quaisquer juros.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART23 N1 C)

. 11 .

© PricewaterhouseCoopers, 2007

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

Acórdão, de 7.2.2007,

Proc. n.º 1193/05

PT - LGT - PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO - AUDIÇÃO - DISPENSA - I - A audiência dos interessados destina-se a assegurar a participação

destes nas decisões da Administração que lhe digam respeito nos

procedimentos administrativos. II - O contribuinte que foi ouvido em fase

anterior do procedimento de liquidação não tem, em regra, de voltar a sê-

lo antes do acto de liquidação, nos termos do n.º 3, do artigo 60.º da LGT.

III - Assim, tendo o contribuinte sido ouvido antes da conclusão do

relatório da inspecção tributária, é dispensada a sua audição antes do

indeferimento do recurso hierárquico interposto das correcções

efectuadas ao lucro tributável com base naquele relatório, salvo em caso

de invocação de factos novos sobre os quais ainda se não tenha

pronunciado.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART60 N3)

Acórdão, de 15.2.2007.

Proc. n.º 956/06

PT - LGT - PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO - AUDIÇÃO - DISPENSA - I - O n.º 1, do artigo 60.º da LGT assegura a participação dos contribuintes

na formação das decisões que lhes digam respeito. II - Tendo o

contribuinte, no decurso de uma acção de fiscalização, sido notificado,

nos termos do citado artigo 60.º da LGT, do projecto de conclusões do

relatório de inspecção, sendo ouvido numa das fases do procedimento

inspectivo, não tem que ser de novo ouvido antes da liquidação. III - É o

que resulta do disposto no n.º 3, do citado artigo 60.º da LGT, na

redacção do n.º 1, do artigo 13.º da Lei n.º 16-A/2002, de 31 de Maio. IV -

Nos termos do n.º 2, do artigo 13.º desta lei, aquele n.º 1 tem natureza

interpretativa.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART60 N3)

Acórdão, de 15.2.2007,

Proc. n.º 959/06

IRC - REGIME SIMPLIFICADO - CONSTITUCIONALIDADE - O regime

simplificado de tributação de IRC, previsto no artigo 53.º do CIRC, sendo

de carácter facultativo, não contende com o princípio constitucional da

tributação das empresas fundamentalmente pelo rendimento real.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART53)

. 12 .

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Acórdão, de 15.2.2007,

Proc. n.º 1071/06

PT - LGT - LIQUIDAÇÃO OFICIOSA - AUDIÇÃO - DISPENSA - É de

aplicar o princípio do aproveitamento do acto para obstar à anulação de

um acto de liquidação de sisa efectuado sem prévia audição dos

destinatários, quando não havia qualquer possibilidade de a sua

intervenção poder influenciar o conteúdo daquele acto.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART60 N1 A)

7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 11.1.2007,

Proc. 70/01

IRC - CUSTOS - INDISPENSABILIDADE - I. É à Administração Fiscal

que cabe o ónus da prova dos pressupostos do seu direito a proceder a

correcções, demonstrando a factualidade que a levou a desconsiderar um

custo contabilizado, só então passando a competir ao contribuinte o ónus

de prova de que esses custos são fiscalmente relevantes. II. De harmonia

com o disposto no artigo 23.º do CIRC consideram-se custos ou perdas os

que comprovadamente forem indispensáveis para a realização dos

proveitos ou ganhos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte

produtora, nomeadamente, os encargos com remunerações, ajudas de

custo e transportes, e os encargos relativos à aquisição de serviços, mão-

de-obra, etc. III. Para que esses custos relevem fiscalmente têm de estar

afectos à exploração, no sentido de que deve existir uma relação causal

entre os custos e os proveitos da empresa, em termos de adequação

económica do acto à finalidade da obtenção maximalista de resultados.

IV. O critério da indispensabilidade visa impedir a consideração fiscal de

gastos que não se inscrevem no âmbito da actividade da empresa, que

foram incorridos não para a sua prossecução mas para outros interesses

alheios. Por isso, a Administração Fiscal pode excluir gastos não

directamente afastados pela lei quando haja motivos que convençam de

que eles foram incorridos na prossecução de outro interesse que não o

empresarial, ou, ao menos, com nítido excesso, desviante, face às

necessidades e capacidades objectivas da empresa. V. O contribuinte

não goza do poder de livre escolha do exercício em que pretende

. 13 .

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Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

inscrever um crédito incobrável como provisão, tendo a provisão, para ter

relevância como custo fiscal, de ser constituída no exercício em que a

incobrabilidade foi constatada.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART23 N1 A)

Acórdão, de 25.1.2007,

Proc. 636/06

LGT - IRS - MÉTODOS INDIRECTOS - MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA - I. As questões a que se reporta a alínea d), do n.º 1, do artigo

668.º do CPC são os pontos relevantes no quadro do litígio, ou seja, os

concernentes ao pedido, à causa de pedir e às excepções, pelo que a

omissão de pronúncia só existe quando o tribunal deixa de apreciar e

decidir uma questão e não quando deixe de apreciar (ou aprecie mal)

quaisquer elementos probatórios que poderiam evidenciar determinado

facto alegado no âmbito de determinada questão, casos em que apenas

poderá haver erro de julgamento. II. Com o aditamento à LGT da alínea

d), do artigo 75.º e do artigo 89.º-A, efectuado pela Lei n.º 30-G/2000, de

29 de Dezembro, foi excluída a presunção de veracidade das declarações

dos contribuintes em todos aqueles casos em que os rendimentos

declarados para efeitos de IRS se revelem desproporcionados, para

menos, sem razão justificativa, dos padrões de rendimento indiciados por

determinadas manifestações de fortuna, permitindo-se à Administração

Tributária proceder, nesses casos, à avaliação indirecta da matéria

tributável, a menos que o sujeito passivo prove que os rendimentos

declarados correspondem à realidade e que a fonte dos rendimentos

necessários para assegurar essas manifestações de fortuna é outra. III.

Assim, e por força do disposto no n.º 4, do artigo 89.º-A da LGT, se o

sujeito passivo não fizer essa prova perante a Administração Tributária,

esta tem de considerar como rendimento tributável o rendimento padrão

apurado nos termos da tabela inserta naquele preceito, a menos que

existam indícios fundados, de acordo com os critérios previstos no artigo

90.º da LGT, que permitam à Administração Tributária fixar rendimento

superior. IV. Todavia, o facto de o sujeito passivo não ter conseguido

obstar ao procedimento de fixação, por não ter apresentado perante a

Administração Tributária prova suficiente para a convencer de que

correspondiam à realidade os rendimentos declarados e de que era outra

a fonte de fortuna evidenciada, não obsta a que essa prova seja feita

perante o Tribunal, no recurso judicial da decisão que fixou o rendimento

. 14 .

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por métodos indirectos, pela demonstração de que os rendimentos

necessários à aquisição das fracções teve por fonte, nomeadamente,

herança, doação ou outros rendimentos que ela não está obrigada a

declarar, a mobilização de capital próprio ou o recurso ao crédito. V. E

essa prova tanto pode ser feita através de elementos probatórios

oferecidos pela própria interessada, como pode ser feita pela

Administração Tributária, sabido que esta deve, no âmbito da descoberta

da verdade material, providenciar, oficiosamente, pela junção de todos os

elementos de que disponha com interesse para a decisão da causa,

designadamente aqueles que tenham sido expressamente evocados pela

recorrente. VI. Por outro lado, o próprio Tribunal pode e deve diligenciar

(oficiosamente, a requerimento, ou por sugestão das partes) pela

obtenção de todos os elementos probatórios que revelem ter interesse

para a boa decisão da causa, poder que dimana ou provém do princípio

do inquisitório que vigora, como princípio estruturante, no processo

judicial tributário, e que significa que o Juiz não só pode, como deve,

realizar todas as diligências que considere úteis ao apuramento da

verdade, designadamente o de ordenar a junção de todos os documentos

necessários para a apreciação das questões postas no processo,

princípio esse que hoje tem consagração expressa no artigo 99.º da LGT

e no artigo 13.º do CPPT. VII. Não se encontrando clarificada, por terem

sido omitidas diligências probatórias relevantes, a questão da fonte dos

rendimentos que permitiram à recorrente adquirir em 2003 três fracções

de prédios para habitação, deve a sentença ser anulada e o processo

remetido ao Tribunal recorrido para melhor investigação e nova decisão,

em harmonia com o disposto no artigo 712.º do CPC, aplicável por força

dos artigos 749.º do mesmo diploma e do artigo 281.º do CPPT.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART89-A)

Acórdão, de 14.2.2007,

Proc. 438/04

IVA - REGIME ESPECIAL - BENS EM SEGUNDA MÃO - FACTURA - I. Na legislação especial, instituída pelo Decreto-Lei n.º 199/96, de 18 de

Outubro, exige-se, para que o sujeito passivo possa beneficiar desse

regime especial de tributação da margem de lucro, ou dito de outro modo,

para que as transmissões de bens em segunda mão possam ser

efectuadas ao abrigo de tal regime especial, que as facturas ou

documentos equivalentes não discriminem o imposto devido e que

. 15 .

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Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

contenham, no caso, a menção «IVA - Bens em segunda mão», exigindo-

se ainda que tais operações sejam escrituradas de um modo particular -

cfr. artigo 6.º, n.ºs 1 a 3 do Regime Especial de Tributação dos Bens em

Segunda Mão, Objectos de Arte, de Colecção e Antiguidades constante

do referido Decreto-Lei n.º 199/96. II. Tendo o sujeito passivo

discriminado nas facturas o imposto devido e nelas não tendo

mencionado «IVA - Bens em segunda mão», não é aplicável às facturas o

regime especial da margem do Decreto-Lei n.º 199/96, de 18 de Outubro,

mas antes o regime geral do n.º 1, do artigo 16.º do CIVA.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DL 199/96 ANEXO ART6)

8. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS)

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 23.1.2007,

Proc. n.º 6413/02

PT - LGT - IVA - MÉTODOS INDIRECTOS - AVALIAÇÃO - CRITÉRIOS - I. No apuramento da matéria tributável por métodos indirectos, cabe à

Fazenda Pública o ónus da prova da verificação dos requisitos legais que

legitimam o uso daqueles métodos e a indicação dos critérios de

quantificação, cabendo ao contribuinte o ónus da prova do excesso da

quantificação. II. Se o critério de quantificação se baseou em margem de

lucro obtida por amostragem de reduzido número de produtos do

contribuinte e em lista de preços que se diz como sendo os praticados

pela impugnante, sem que se tenha provado, efectivamente, que essa

lista de preços tivesse sido a praticada, porque não se provou quem

forneceu tal lista aos peritos de fiscalização tributária, a quantificação

assim obtida não pode ser aceite.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART90 N1)

. 16 .

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Acórdão, de 6.2.2007,

Proc. n.º 1311/06

PT - NOTIFICAÇÃO - AVISO DE RECEPÇÃO - Mostrando-se assinado o

aviso de recepção da carta destinada a notificação da arguida para

apresentação da sua defesa em processo de contra-ordenação fiscal, e

tendo a mesma carta sido enviada para a sede da arguida, tem de

considerar-se efectuada tal notificação na data da assinatura do aviso de

recepção, se a arguida não provou, tal como alegou, que a carta foi

entregue em local diferente da sua sede e só lhe foi entregue em data

posterior à data da assinatura de tal aviso.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART39)

Acórdão, de 14.2.2007,

Proc. n.º 1484/06

IVA - INCIDÊNCIA - TRANSMISSÃO DE BENS - PRESUNÇÃO - I. A

norma do artigo 80.º do CIVA contém uma presunção legal iuris tantum,

de que os bens cujos valores constem dos inventários da contribuinte e

não sejam encontrados, se têm de presumir como transmitidos ou

vendidos; II. Tal presunção legal apenas cede perante a prova do

contrário, ou seja de que não ocorreu tal transmissão, como seja pela

destruição, inutilização ou deterioração; III. Não logra efectuar tal prova a

contribuinte que para o efeito fez inquirir duas testemunhas a declarar que

tais bens já existiam desde vários outros exercícios anteriores, quando

tais testemunhas apresentaram como única razão de ciência o facto de tal

lhes ter sido dito pelo sócio e gerente da mesma, passados alguns anos.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART80)

Acórdão, de 27.2.2007,

Proc. n.º 750/05

IRC - AMORTIZAÇÃO - CAMPANHA PUBLICITÁRIA - I. De acordo com

o artigo 17.º, n.º 4 do Decreto-Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro,

resulta que, não sendo imobilizações incorpóreas, devem, contudo, ser

consideradas como custos, em partes iguais, em mais do que um

exercício, as despesas ou encargos de projecção económica plurianual,

sendo aquela repartição feita durante um período mínimo de três anos. II.

Assim, tratando-se de custos suportados com campanhas publicitárias,

dado assumirem características estruturais que por vezes as fazem

prolongar por mais do que um exercício, por estarem ligadas,

normalmente, ao lançamento de novos produtos, deverão ser equiparadas

a imobilizações incorpóreas e amortizáveis (para efeitos fiscais) de acordo

com as regras definidas na alínea d), do n.º 4, do artigo 17.º acima

. 17 .

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Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

referido, que estabelece o respectivo regime. III. Deste modo, não

merece censura a decisão da Administração Tributária que, relativamente

às despesas com publicidade no exercício de 1992, apenas considerou

um terço do total relativamente a esse exercício. IV. E não sofre de

qualquer vício o acto tributário impugnado, pelo facto de a Administração

Tributária não ter efectuado oficiosamente a correcção dos dois exercícios

seguintes, a fim de considerar nesses exercícios os restantes custos.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou D REG 2/90 ART17 N4)

Acórdão, de 27.2.2007,

Proc. n.º 1541/06

PT - CPPT - DUPLICAÇÃO DE COLECTA - CONCEITO - I. A anulação

de parte da dívida exequenda depois da data em que foi instaurada a

oposição à execução fiscal não constitui um seu fundamento válido,

apenas levando, mesmo oficiosamente, a que a execução seja julgada

extinta no Serviço de Finanças, nessa parte, o que conduzirá à inutilidade

superveniente da lide da oposição; II. Também a inexistência de tributo

não constitui um válido fundamento de oposição à execução fiscal por

contender com a legalidade em concreto ou correcta liquidação, a não ser

nos casos previstos na alínea h), do n.º 1 do artigo 204.º do CPPT (nos

casos em que a lei não assegure meio judicial de impugnação ou recurso

contra o acto de liquidação); III. Não se verifica a duplicação de colecta

entre a CA liquidada a vários prédios num certo ano, com a CA liquidada

ao prédio único por aqueles formado pela sua aglutinação, no mesmo

período, por não se verificar em concreto a unicidade dos dois factos

tributários.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART205)

. 18 .

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9. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 8.2.2007

Proc. C-435/05

Investrand BV

IVA - DIRECTIVA - DEDUÇÃO - REQUISITOS - O artigo 17.º, n.º 2 da

Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de 1977, deve

ser interpretado no sentido de que os custos dos serviços de

consultadoria a que recorreu um sujeito passivo para efeitos da

determinação do montante de um crédito que faz parte do património da

sua empresa e se relaciona com uma venda de acções anterior à sua

sujeição ao IVA não apresentam, na falta de elementos que demonstrem

que os referidos serviços têm como causa exclusiva a actividade

económica, na acepção da referida directiva, exercida pelo sujeito

passivo, uma relação directa e imediata com esta actividade e não

conferem, por conseguinte, direito à dedução do IVA que os onerou.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ART17 N2 A)

Acórdão, de 15.2.2007,

Proc. C-345/04

Centro Equestre da Lezíria

Grande L.dª

TRATADO CE - IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO - RETENÇÃO NA FONTE - O artigo 59.º do Tratado CE (que passou, após alteração, a

artigo 49.º CE) não se opõe a uma legislação nacional, como a que está

em causa no processo principal, que sujeita o reembolso do imposto

sobre as sociedades, retido na fonte sobre as receitas auferidas por um

contribuinte parcialmente sujeito a imposto, à condição de as despesas

profissionais que esse contribuinte, para esse efeito, pede que sejam tidas

em conta terem uma relação económica directa com as receitas auferidas

no âmbito de uma actividade exercida no território do Estado-Membro em

causa, na medida em que sejam consideradas como tais todas as

despesas indissociáveis dessa actividade, independentemente do lugar

ou do momento em que essas despesas foram efectuadas. Em

contrapartida, o referido artigo opõe-se a essa legislação nacional na

medida em que sujeita o reembolso do referido imposto a esse

contribuinte à condição de essas mesmas despesas profissionais serem

superiores a metade das receitas.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou TRATADO CE ART49)

. 19 .

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

10. NOTAS DE ENQUADRAMENTO

As notas constantes dos números seguintes não pretendem ser uma análise exaustiva dos textos a que se

reportam, mas tão somente permitir, através de uma leitura rápida, o conhecimento dos aspectos

essenciais do seu conteúdo.

10.1 IVA. Novo regime da Renúncia à Isenção do IVA nas Operações Relativas a Bens Imóveis (*) Como é sabido, as isenções de que beneficiam as operações imobiliárias, nos termos dos n.ºs 30 e 31, do

artigo 9.º do Código do IVA, não conferem direito a dedução do imposto suportado a montante. E, por não

conferirem direito à dedução do imposto suportado na aquisição ou construção dos imóveis, fazem reflectir

no valor das rendas ou no preço da venda o imposto não dedutível. Por isso, e sempre que nas referidas

operações intervenham apenas sujeitos passivos, é admitida a opção pela tributação. As condições em

que pode ser exercida a renúncia à isenção encontram-se fortemente limitadas, no sentido de prevenir

práticas evasivas, por um regime legal específico. Deste regime, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 21/2007,

de 29 de Janeiro, e em vigor desde o dia 30 do mesmo mês, destacam-se os elementos mais relevantes.

10.1.1. Condições objectivas. A renúncia à isenção do IVA nas operações imobiliárias só é admitida

quando, relativamente aos imóveis ou fracções autónomas a transmitir ou a arrendar, se mostrem

preenchidos os seguintes requisitos:

• A operação respeite a prédios urbanos, incluindo terrenos para construção, mas com exclusão de

imóveis destinados a habitação1;

• O prédio, ou fracção, se encontre inscrito na matriz predial em nome do respectivo titular -

transmitente ou locador - ou tenha já sido pedida a sua inscrição;

• O contrato respeite à transmissão do direito de propriedade, ou à locação, da totalidade do imóvel;

• O imóvel seja afecto a actividades que confiram direito a dedução do IVA suportado a montante;

• No caso de locação, a renda anual seja igual ou superior a 1/15 do valor de aquisição ou de

construção do imóvel.

Dos requisitos referidos resulta, pois, que não são passíveis de renúncia à isenção as operações que

respeitam a prédios rústicos ou mistos, a figuras parcelares do direito de propriedade - usufruto, direito de

superfície, etc - e, isoladamente, a fracções indivisas de prédio. Não é admitida a renúncia no caso de

sublocação.

. 20 .

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1 Esta qualidade é a que resulta da inscrição matricial do prédio, não sendo admitida a renúncia sempre que o prédio, estando inscrito na matriz predial como tal destinado a habitação, tenha uma diferente afectação (vd. Of-Circulado n.º 30099, da DSIVA, de 9.2.2007).

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida,

sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007

Para além dos requisitos supra referidos, a renúncia à isenção está, ainda, submetida às seguintes

condições:

• Esteja em causa a primeira transmissão, ou locação, após a construção do imóvel, e tenha sido

deduzido, ou seja ainda possível deduzir, no todo ou em parte, o imposto nela suportado;

• Esteja em causa a primeira transmissão ou locação após a realização de grandes obras de

transformação ou renovação e delas tenha resultado uma alteração superior a 50% do valor

patrimonial tributário do prédio, desde que seja ainda possível deduzir, no todo ou em parte, o

imposto suportado nessas obras;

• Se trate de transmissão ou locação subsequente a uma operação efectuada com renúncia a

isenção e esteja a decorrer o prazo de regularização do imposto suportado na construção ou

aquisição do imóvel (20 anos).

No que respeita ao prazo, assinala-se que a dedução só pode ser efectuada até ao decurso de quatro

anos após o nascimento do respectivo direito. Contudo, este prazo eleva-se para o dobro desde que a

dedução respeite a imposto suportado na construção de imóveis por sujeitos passivos cuja actividade

tenha por objecto, com carácter de habitualidade, a construção de imóveis para venda ou para

arrendamento, sempre que a construção, comprovadamente, tenha excedido aquele prazo.

10.1.2. Condições subjectivas. A renúncia à isenção é, ainda, limitada às operações que envolvam

sujeitos passivos que:

• Pratiquem exclusivamente operações que conferem direito a dedução2 ;

• Pratiquem simultaneamente operações que conferem direito a dedução e operações que não

conferem tal direito, desde que aquelas representem mais de 80% do total do volume de negócios

realizado no ano anterior3. Esta limitação não é, porém, aplicável aos operadores cuja actividade

habitual consista na construção, reconstrução ou aquisição de imóveis para venda ou locação.

• Não sejam pequenos retalhistas abrangidos pelo regime especial de tributação previsto no artigo

60.º do CIVA.

• Disponham de contabilidade organizada.

Destes requisitos decorre não ser possível a renúncia sempre que qualquer dos intervenientes na

operação se encontre abrangido pelo regime especial de isenção ou, salvo tratando-se de operadores cuja

actividade seja a construção, reconstrução ou aquisição de imóveis para venda ou para locação, pratique

exclusiva ou predominantemente operações isentas que não conferem direito a dedução.

. 21 .

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2 Vd. CIVA, art. 20.º 3 Esta percentagem é determinada de acordo com as normas do artigo 23.º do CIVA, qualquer que seja o método de dedução que o sujeito passivo tenha adoptado (pro-rata de dedução ou afectação real). Tratando-se de sujeitos passivos que iniciem a actividade considerar-se-á, no momento da renúncia, a percentagem provisória que tenham estimado e inscrito na respectiva declaração de início de actividade - Vd. Ofício-Circulado n.º 30099, da DSIVA, de 9.2.2007.

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida,

sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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10.1.3. Formalismo da renúncia. Os sujeitos passivos que pretendam renunciar à isenção devem

começar por entregar uma declaração de alterações, se ainda o não tiverem feito, assinalando o facto de

irem passar a realizar operações tributáveis. Só depois de definido o seu enquadramento no registo do IVA

é que podem solicitar à DGCI a emissão de um certificado para efeitos de renúncia à isenção. Este

certificado, que se refere a cada prédio, ou fracção autónoma, relativamente ao qual se pretenda optar

pelo regime de tributação, é requerido por via electrónica, no sítio das declarações electrónicas daquela

entidade (www.dgci.min-financas.pt).4 Do referido certificado consta a identificação dos intervenientes na

operação, a caracterização desta, bem como, consoante for o caso, o valor da renda mensal ou o da

venda. Deve, ainda, a entidade renunciante declarar que se encontram reunidas todas as condições para a

renúncia à isenção.

Recebido o pedido de certificado, a DGCI, também por via electrónica, dele dá conhecimento ao

adquirente ou locatário, para que, pela mesma via, este confirme os elementos que lhe dizem respeito.

Obtida a confirmação, o certificado, com a validade de 6 meses, é emitido no prazo de 10 dias.

Modificando-se as condições de que depende a renúncia à isenção ou decorrido o prazo de validade do

certificado de renúncia sem que tenha sido celebrado o contrato a que o mesmo se reporta, recai sobre o

sujeito passivo, a obrigação de comunicar, por via electrónica, o facto à DGCI.

10.1.4. Eficácia da renúncia. Desde que se verifiquem as condições de que depende a opção pela

tributação e o sujeito passivo esteja na posse de um certificado de renúncia válido, a eficácia daquela opção constitui-se no momento em que for celebrado o contrato de compra e venda ou de locação

do imóvel em causa.

10.1.5. Inversão da tributação. Estando em causa uma transmissão com renúncia a isenção, o sujeito

passivo é o respectivo adquirente. É, pois, a este que incumbe a obrigação de proceder à liquidação do

imposto devido e respectiva dedução na extensão do respectivo direito5. Trata-se de uma solução que,

justificada em propósitos de luta contra a fraude e evasão fiscais, é admitida no direito comunitário

(Directiva 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de Novembro de 2006, artigo 199.º, n.º 1, al. c)).

A factura emitida pelo vendedor, que pode ser substituída pela respectiva escritura pública desde que dela

constem os elementos legalmente exigidos para as facturas, deve conter a menção “IVA devido pelo adquirente”.

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4 Para melhor elucidação sobre os procedimentos a adoptar, vd. Ofício-Circulado n.º 30099, da DSIVA, de 9.2.2007. 5 Esta modificação do regime não parece determinar qualquer modificação do entendimento administrativo firmado por despacho do Secretário de Estado, de 25.5.1993, sobre o Parecer n.º 4/93 do Centro de Estudos Fiscais, no sentido da inclusão na base tributável da sisa (actualmente IMT) do valor do IVA relativo à aquisição.

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sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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10.1.6. Valor tributável. O valor tributável é constituído pelo preço da venda ou, tratando-se de

arrendamento, pelo valor das respectivas rendas. Todavia, sempre que a transmissão, ou locação, se

opere entre empresas associadas6, o valor tributável será o valor normal da operação, desde que:

• A contraprestação seja inferior ao valor normal e o destinatário da operação não tenha direito a

deduzir integralmente o imposto;

• A contraprestação seja superior ao valor normal e o transmitente ou locador não tenha direito a

deduzir totalmente o IVA.

Justificada, também, na luta contra a fraude e evasão fiscais, esta solução tem apoio no direito comunitário

(vd. Directiva 2006/112/CE, artigo 80.º). Observa-se que, estando em causa uma transmissão de bens,

considera-se que o valor normal não pode ser inferior ao valor patrimonial tributário que tenha servido, ou

que serviria, de base à liquidação do IMT.

10.1.7. Direito à dedução. Desde que validamente exercida a opção pela tributação das operações

imobiliárias, os sujeitos passivos que nelas intervenham podem deduzir o imposto suportado para a sua

realização, nos termos gerais, mas com observância, porém, das seguintes regras específicas:

• A dedução, pelo método de afectação real, efectua-se relativamente a cada imóvel;

• Pode efectuar-se na declaração do período de imposto, ou de período posterior àquele em que

tenha sido celebrado o contrato de compra e venda ou de locação, no prazo de quatro anos. Este

prazo poderá, contudo, elevar-se para oito anos se estiver em causa a dedução de imposto

suportado na construção de imóveis por sujeitos passivos que tenham como actividade habitual a

construção de prédios para venda ou para arrendamento sempre que, comprovadamente, a

construção tenha excedido aquele prazo.

10.1.8. Regularizações. O direito à dedução, exercido nos termos já acima referidos, pressupõe que o

imóvel adquirido seja utilizado para a realização de operações tributáveis. Por razões que se prendem com

a natureza dos bens em causa, a lei prevê a obrigatoriedade de serem efectuadas regularizações do IVA

deduzido sempre que, ao longo de um período de 20 anos, o imóvel adquirido:

• Seja afecto a fins alheios à actividade tributável do sujeito passivo;

• Não seja utilizado em fins da empresa por um período superior a dois anos.

Nestas circunstâncias, a regularização a favor do Estado opera-se de uma só vez, pelo número de anos

que ainda faltar decorrer para o termo daquele período. Este prazo de dois anos, para as situações

abrangidas pela legislação anterior, conta-se a partir de 30 de Janeiro de 2007, data da entrada em vigor

do actual regime.

Observa-se, no entanto, que a simples não utilização do prédio em fins da empresa durante um ou mais

anos civis completos, determina a obrigação de uma regularização anual de 1/20 da dedução inicial por

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6 Empresas entre as quais existam relações especiais abrangidas pelo regime de preços de transferência a que se refere o artigo 58.º do CIRC.

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cada ano em que tal situação se mantiver. Esta regularização anual tem lugar apenas nos primeiros dois

anos civis subsequentes à aquisição, já que, se tal situação se mantiver depois deste período, a

regularização é feita de uma só vez, como acima se referiu. No entanto sempre que, tendo havido lugar a

regularização do imposto deduzido por virtude de uma locação isenta, é aplicável uma regularização, a

favor do sujeito passivo, se, dentro daquele período, o imóvel seja objecto de utilização pelo sujeito

passivo exclusivamente no âmbito de operações tributáveis.

(*) Leonel Corvelo de Freitas

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