janeiro e fevereiro de 2007 - pwc · de 4.1.2007 irs - declaraÇÃo modelo 3 - 2007 - aprova os...
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Notícias InforFisco
JANEIRO E FEVEREIRO DE 2007
SUMÁRIO
1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM JANEIRO E FEVEREIRO DE 2007 .................................. 3
2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS ...................................................................... 6
3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA .............................................................................. 9
4. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL ............................................................ 10
5. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ..................................................... 10
6. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO.............................................. 11
7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)........................ 13
8. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS) ............................ 16
9. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS ..................... 19
10. NOTAS DE ENQUADRAMENTO ........................................................................................ 20
Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007
FLASH NEWS
Diplomas aprovados em Conselho de Ministros: * De 15 de Fevereiro - Proposta de Lei que procede à reforma global da tributação automóvel, aprovando o Código do
Imposto sobre Veículos e o Código do Imposto Único de Circulação e abolindo, em simultâneo, o imposto
automóvel, o imposto municipal sobre veículos, o imposto de circulação e o imposto de camionagem.
Esta Proposta de Lei, a submeter à Assembleia da República, consubstancia uma reforma global da
tributação automóvel, com a qual se visa, sobretudo, alterar a filosofia e os princípios subjacentes ao
quadro vigente, incentivando a utilização de energias renováveis e a opção por veículos e tecnologias
menos poluentes, em cumprimento do Programa do Governo e de acordo com os compromissos
assumidos no âmbito do protocolo de Quioto e das metas do Programa Nacional para as Alterações
Climáticas (PNAC 2006).
Pretende-se aprovar os novos Código do Imposto sobre Veículos (ISV) e Código do Imposto Único de
Circulação (IUC), abolindo, em simultâneo, o imposto automóvel, o imposto municipal sobre veículos, o
imposto de circulação e o imposto de camionagem.
As alterações mais relevantes prendem-se:
- com o alargamento da tributação em função da componente ambiental (incrementando-se o peso das
emissões de dióxido de carbono (CO2) na base de tributação, para 30%, no primeiro ano, e 60%, no
segundo ano);
- com a deslocação de uma parte da carga fiscal do imposto devido pela aquisição do automóvel para a
fase da circulação. O novo ISV apresenta, já no ano da sua introdução, um peso inferior em 10% ao do
actual imposto automóvel, sendo que esta redução da carga fiscal no momento da aquisição não será
idêntica para todos os veículos - os veículos menos poluentes beneficiarão, em geral, de reduções de
imposto superiores ao valor médio de 10%, enquanto os veículos mais poluentes podem, em certos casos,
ver a sua carga fiscal agravada.
Numa primeira fase, existirão duas tabelas do ISV: a tabela A, com taxas sobre a cilindrada e o CO2,
aplicável aos veículos homologados como ligeiros de passageiros que podem ser tributados com base nas
emissões de dióxido de carbono; e a tabela B, com taxas sobre a cilindrada, a aplicar aos restantes
veículos automóveis até que as respectivas homologações integrem os valores das emissões de CO2, o
que acontecerá a partir de 1 de Janeiro de 2009.
Prevê-se, ainda, a atribuição de um benefício fiscal de 500 euros para veículos a gasóleo que emitam
partículas abaixo dos 0,005g/km.
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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.
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Do conjunto de outras inovações introduzidas, salientam-se: (i) a disciplina dos requisitos de acesso ao
estatuto de operador registado; (ii) a criação da figura do operador reconhecido, visando um melhor
controlo das empresas do sector automóvel que, não sendo representantes de marcas, ainda assim
possuem uma actividade significativa na comercialização de veículos novos e usados; (iii) a harmonização
dos requisitos de acesso, prazos, ónus e formalidades no domínio dos benefícios; (iv) a fusão num único
regime dos actuais dois regimes vigentes (um para os cidadãos que transferem a residência da UE e outro
para os cidadãos que regressam de terceiros países) revendo-se requisitos e documentação probatória,
de modo a evitar fraudes e exercer um controlo mais rigoroso da despesa fiscal associada a este regime,
que atinge cerca de 50% do total da despesa fiscal em sede de imposto automóvel.
Relativamente ao IUC, que substitui os actuais Imposto Municipal sobre Veículos, Imposto de Circulação e
Imposto de Camionagem, este novo imposto é aplicável a veículos novos matriculados após 1 de Julho de
2007 e aos restantes a partir de Janeiro de 2008, sendo que, em relação ao parque automóvel existente,
mantêm-se, em termos idênticos, os níveis de tributação actualmente vigentes.
O facto gerador do IUC passa a ser a propriedade, o que permite um controlo mais eficaz do imposto,
sendo os veículos identificados, em termos de incidência, por sete categorias, de «A» a «G»,
correspondendo a cada uma as respectivas taxas.
A base tributável dos automóveis ligeiros de passageiros e automóveis ligeiros de utilização mista com
peso bruto inferior a 2500 Kg que sejam matriculados na vigência do novo modelo passa a integrar as
emissões de dióxido de carbono, por razões de protecção do meio ambiente.
A liquidação do imposto passa a ser efectuada pelo próprio sujeito passivo, através da Internet ou por
qualquer serviço de finanças, sendo que, para as pessoas colectivas, a liquidação do mesmo é
obrigatoriamente feita através da Internet, dispensando-se a aposição do dístico.
O objectivo do Governo é que estas alterações possam entrar em vigor em 1 de Julho de 2007.
(O texto da Proposta de Lei a que se refere o Comunicado do Conselho de Ministros acima transcrito
encontra-se já disponível no site da Assembleia da República: Proposta de Lei n.º 118/X/2)
1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM JANEIRO E FEVEREIRO DE 2007
DIPLOMA ASSUNTO
DL 2/2007,
de 3.1.2007
RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL - Fixa em € 403 o valor da retribuição
mínima mensal garantida para vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2007.
PORT 9/2007,
de 4.1.2007
IRS - DECLARAÇÃO MODELO 14 - DECLARAÇÃO MODELO 32 - Aprova os novos modelos oficiais das declarações modelos 14 e 32,
relativas a seguros de vida e a planos de poupança-reforma, fundos de
pensões e equiparáveis.
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PORT 10/2007,
de 4.1.2007
IRS - DECLARAÇÃO MODELO 3 - 2007 - Aprova os novos modelos de
impressos a que se refere o n.º 1, do artigo 57.º do Código do IRS:
declaração modelo 3 e anexos. Os novos impressos devem ser utilizados
a partir de 1 de Janeiro de 2007 para declarar os rendimentos dos anos
de 2001 e seguintes.
DLR 3/2007/M,
de 9.1.2007
IRC - TAXAS - REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA - Aprova o
Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2007. No quadro da
adaptação do sistema fiscal nacional às especificidades regionais, alarga
a taxa regional do IRC às entidades que possuam representações
permanentes na Região. Nestes casos, a taxa regional incidirá sobre a
parcela do volume de negócios anual das empresas em causa
correspondente às suas instalações na Região. Com esta medida e no
tocante ao âmbito de aplicação das taxas regionais do IRC, o regime fiscal
da Região Autónoma da Madeira torna-se idêntico ao da Região
Autónoma dos Açores. São, também, aprovadas as taxas de IRS
aplicáveis aos rendimentos auferidos em 2007 pelos sujeitos passivos
com domicílio fiscal na Região.
L 2/2007,
de 15.1.2007
LEI DAS FINANÇAS LOCAIS - Aprova a Lei das Finanças Locais e
revoga a Lei n.º 42/98, de 6 de Agosto. Em matéria fiscal, a alteração
mais relevante é a que se prende com a base de tributação da derrama
que passa a ser o lucro tributável sujeito e não isento de IRC.
DL 8/2007,
de 17.1.2007
IRC - IRS - IVA - DECLARAÇÃO ANUAL - Cria a Informação Empresarial
Simplificada (IES) traduzida na prestação de informação de natureza fiscal
(declaração anual de informação contabilística e fiscal), contabilística e
estatística através de uma declaração única transmitida por via
electrónica. Os modelos oficiais e a forma de envio da informação
constará de portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pela
área das finanças, pelo INE e pela área da Justiça.
PORT 88-A/2007,
de 18.1.2007
AJUDAS DE CUSTO - Procede à revisão anual das remunerações dos
funcionários e agentes da administração pública actualizando as tabelas
de ajudas de custo, subsídios de refeição e de viagem.
DLR 1/2007/A,
de 23.1.2007
REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - ORÇAMENTO PARA 2007 - Aprova o Orçamento da Região Autónoma dos Açores para 2007. No
quadro da adaptação do sistema fiscal às especificidades da Região,
estabelece que os lucros que beneficiarão de dedução à colecta do IRC
ou do IRS, nos termos do artigo 6.º do DLR n.º 2/99/A, de 20 de Janeiro,
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são os que forem reinvestidos em:
a) Criação de novas unidades de alojamento no turismo rural e de
habitação e ampliação e reformulação das já existentes;
b) Aquisição de embarcações de pesca;
c) Investigação científica e desenvolvimento experimental (I&D) com
interesse relevante;
d) Tratamento de resíduos e efluentes e energias renováveis.
No que respeita ao valor de investimento mínimo a considerar na
concessão de benefícios em regime contratual mantém-se o montante de
2.500.000 euros, montante esse reduzido para 500.000 euros quando
respeite a investimentos efectuados nas ilhas do Corvo, Flores, São
Jorge, Graciosa e Santa Maria.
DL 21/2007,
de 29.1.2007
IVA - OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS - RENÚNCIA À ISENÇÃO - Introduz
na legislação do IVA um conjunto de medidas tendentes a combater a
evasão fiscal no quadro da realização de operações imobiliárias sujeitas a
tributação (vd. 10.1. Notas de Enquadramento).
DL 33/2007,
de 15.2.2007 IA - BF - Altera o regime do incentivo fiscal à destruição de automóveis
ligeiros em fim de vida previsto no Decreto-Lei n.º 292-A/2000, de 15 de
Novembro, e procede à republicação do mesmo.
PORT 208/2007,
de 16.2.2007
IRC - IRS - IVA - IES - DECLARAÇÃO ANUAL - Aprova o modelo de
informação empresarial simplificada (IES), e respectivos anexos, a que se
refere o Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17 de Janeiro.
LO 1/2007,
de 19.2.2007
LEI DAS FINANÇAS REGIONAIS - Aprova a Lei de Finanças das
Regiões Autónomas, e revoga a Lei n.º 13/98, de 24 de Fevereiro.
PORT 210/2007,
de 20.2.2007
IRC - IRS - IVA - INÍCIO DE ACTIVIDADE - ALTERAÇÕES - CESSAÇÃO DE ACTIVIDADE - Aprova os novos modelos de
declarações de início, alterações e cessação de actividade.
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2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS - CIRCULARES DA DGCI
N.º/DATA ASSUNTO
1/2007,
de 10.1.2007
IRS - TABELA PRÁTICA - 2006 - Divulga as tabelas práticas do IRS a
aplicar aos rendimentos de 2006, auferidos por sujeitos passivos
residentes no continente e nas Regiões Autónomas.
(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART68)
2/2007,
de 14.2.2007
IRS - RETENÇÃO NA FONTE - CONTINENTE - Divulga as tabelas de
retenção na fonte de IRS a aplicar em 2007 aos titulares de rendimentos
com residência fiscal no território do Continente.
3/2007,
de 15.2.2007
IRS - RETENÇÃO NA FONTE - REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES -
Divulga as tabelas de retenção na fonte de IRS a aplicar em 2007 aos
titulares de rendimentos com residência fiscal na Região Autónoma dos
Açores.
- OFÍCIOS-CIRCULADOS
N.º/DATA ASSUNTO
40089, da DSIMT,
de 8.1.2007
IMT - TAXAS - HABITAÇÃO - TABELA PRÁTICA - 2007 - Divulga as
tabelas práticas para determinação do montante do IMT a pagar em caso
de transmissão de imóveis destinados exclusivamente a habitação,
situados no território do Continente e das Regiões Autónomas.
(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base
InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIMT ART17 N1 A)
90007, do Gab. SDG -
Cobrança, de 4.1.2007
IRC - OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA - DECLARAÇÃO - Instruções relativas
à entrega por via electrónica de declarações de início, de alterações e
cessação de actividade por pessoas colectivas.
(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base
InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART110)
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90008, do Gab. SDG -
Cobrança, de 9.2.2007
LIQUIDAÇÃO OFICIOSA - ANULAÇÃO - Divulga os procedimentos a
seguir pelos Serviços de Finanças com vista à anulação de liquidações
oficiosas, saneamento de cadastro e emissão de certidões.
(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base
InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART32)
90009, do Gab. SDG -
Cobrança, de 9.2.2007
CESSAÇÃO DE ACTIVIDADE - CESSAÇÃO OFICIOSA - Divulga
procedimentos administrativos relativos à dissolução e liquidação de
sociedades.
(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base
InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART111)
30099, da DSIVA,
de 9.2.2007
IVA - OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS - RENÚNCIA A ISENÇÃO - Instruções relativas ao novo Regime da Renúncia à Isenção do IVA nas
Operações Relativas a Bens Imóveis, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
21/2007, de 29 de Janeiro.
(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base
InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART12 N4)
20121, da DSIRS,
de 9.2.2007
IRS - DECLARAÇÃO MODELO 3 - 2007 - Instruções relativas ao
preenchimento da declaração modelo 3, aprovada pela Portaria n.º
10/2007, de 4 de Janeiro.
(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base
InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou PORT 10/2007)
20122, da DSRI,
de 14.2.2007
DUPLA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL - Divulga uma tabela
actualizada das Convenções para Evitar a Dupla Tributação Internacional
(CDT’s) celebradas por Portugal.
- CIRCULARES DA DGAIEC
N.º/DATA ASSUNTO
1/2007,
de 10.1.2007
IVA - ISENÇÃO - FRANQUIA ADUANEIRA - IMPORTAÇÃO - BENS PESSOAIS - Instruções relativas à aplicação da isenção de IVA nas
importações de bens pessoais pertencentes a particulares provenientes
de países situados fora da Comunidade por ocasião da transferência da
sua residência habitual, relativamente a veículos automóveis, barcos de
recreio e aviões de turismo.
(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou DL 31/89 ART10)
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5/2007,
de 17.1.2007
IVA - ISENÇÃO - FRANQUIA ADUANEIRA - IMPORTAÇÃO - BENS PESSOAIS - Instruções relativas à aplicação da isenção de IVA nas
importações de bens pessoais pertencentes a particulares provenientes
de países situados fora da Comunidade por ocasião da transferência da
sua residência habitual. Estas instruções reportam-se a situações
relativas a pessoas que aí tenham permanecido por períodos inferiores a
12 meses consecutivos, em consequência da legislação desses países
restringir o tempo de permanência no seu território a períodos sazonais.
(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou DL 31/89 ART4)
- OUTRAS COMUNICAÇÕES E DECISÕES - DO MINISTRO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
N.º/DATA ASSUNTO
Desp 2366-A/2007,
de 9.2.2007
IRS - RETENÇÃO NA FONTE - Aprova as tabelas de retenção na fonte
a aplicar aos rendimentos do trabalho dependente e pensões auferidas
por titulares residentes no Continente.
(Publicação: DR II, N32, de 14.2.2007)
Desp 2484-A/2007,
de 14.2.2007
IRS - RETENÇÃO NA FONTE - Aprova as tabelas de retenção na fonte
a aplicar aos rendimentos do trabalho dependente e pensões auferidas
por titulares residentes na Região Autónoma dos Açores.
(Publicação: DR II, N35, de 19.2.2007)
- DIRECTOR-GERAL DOS IMPOSTOS
N.º/DATA ASSUNTO
Declaração 34/2007,
de 22.1.2007
IRC - DECLARAÇÃO MODELO 22 - Divulga os modelos, aprovados pelo
despacho n.º 9/2007-XVII, de 4 de Janeiro, do SEAF, da Declaração
periódica de rendimentos modelo n.º 22 e respectivas instruções de
preenchimento.
(Publicação: DR II, N33, de 15.2.2007)
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- DIRECÇÃO-GERAL DOS ASSUNTOS TÉCNICOS E ECONÓMICOS DO MNE
N.º/DATA ASSUNTO
Aviso 2/2007,
de 19.12.2006
CONVENÇÃO TURQUIA - ENTRADA EM VIGOR - Torna público que a
Convenção entre a República Portuguesa e a República da Turquia para
Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de
Impostos sobre o Rendimento entrou em vigor no dia 18 de Dezembro de
2006.
(Publicação: DR I, N7, de 10.1.2007)
(O texto integral deste Aviso pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CONVENCAO TURQUIA ART28)
3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA
DOCUMENTO ASSUNTO
IP/07/18,
de 9.1.2007
DISCRIMINAÇÃO - PRESTADORES DE SERVIÇOS - NÃO RESIDENTES - A Comissão Europeia enviou um pedido formal a
Portugal para pôr termo à discriminação de que são alvo os prestadores
de serviços não residentes. De acordo com a legislação portuguesa, os
prestadores de serviços não residentes ficam sujeitos a uma retenção na
fonte, com carácter definitivo, do imposto sobre o montante bruto do seu
rendimento, enquanto que os prestadores de serviços nacionais são
tributados somente sobre os seus lucros líquidos, ou seja, após dedução
dos custos conexos. Do ponto de vista da Comissão, esta legislação
constitui uma violação do disposto no artigo 49.º do Tratado CE (livre
prestação de serviços).
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4. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
TIPO SUMÁRIO
Acórdão, de 28.11.2006,
Proc. n.º 646/2006
PT - PROCESSO ESPECIAL - MÉTODOS INDIRECTOS - MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA - Declara inconstitucional a norma
constante da parte final do n.º 3, do artigo 146.º-B do CPPT, quando
aplicável por força do disposto no n.º 8, do artigo 89.º-A da LGT, na
medida em que exclui em absoluto a produção de prova testemunhal, nos
casos em que esta é, em geral, admissível.
(Publicação: DR II, N5, de 8.1.2007)
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART146-B)
5. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
TIPO SUMÁRIO
Acórdão, de 8.2.2007,
Proc. n.º 587/07
PT - RGIT - CRIME CONTINUADO - I - É no contexto das regras gerais
sobre o concurso de infracções, ditadas pelo Código Penal, que deve ser
considerada a doutrina do artigo 10.º do RGIT, com a epígrafe
«especialidade das normas tributárias e concurso de infracções». II - Não
se prevendo neste RGIT punição para o crime ou contra-ordenação
continuada, há que aplicar o preceituado no artigo 79.º do Código Penal,
subsidiariamente aplicável, nos termos do artigo 3.º do mesmo RGIT. III -
Assim, o crime continuado é punido com a sanção correspondente à
conduta mais grave que integra a continuação. (O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART10)
Acórdão, de 7.2.2007,
Proc. n.º 4086/06-3
PT - RGIT - ABUSO DE CONFIANÇA FISCAL - A nova redacção do
artigo 105.º do RGIT, nomeadamente o seu n.º 4, dada pela Lei n.º 53-
A/2006 (Lei do Orçamento para 2007), consagra uma condição objectiva
de punibilidade. Tal condição é aplicável aos casos já ocorridos por
aplicação directa do princípio da lei mais favorável ínsito no artigo 2.º, n.º
4 do Código Penal.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART105)
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6. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
TIPO SUMÁRIO
Acórdão, de 24.1.2007,
Proc. n.º 491/06
IRC - PROVISÕES - CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA - I - Para
efeitos de dedução ao lucro tributável de provisões por créditos de
cobrança duvidosa, não são considerados de cobrança duvidosa os
créditos sobre empresas participadas em mais de 10% do capital - nos
termos da alínea d), do n.º 3, do artigo 34.º do Código do IRC (actual
artigo 35.º). II - A “participação indirecta” não é senão uma modalidade de
“participação” - e, assim, no conceito de “empresa participada” está
implicada, também, a noção modal de “participação indirecta” na
empresa.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART35 N3)
Acórdão, de 24.1.2007,
Proc. n.º 667/06
PT - CPPT - IMPUGNAÇÃO JUDICIAL - CUMULAÇÃO DE PEDIDOS - I - É ilegal a cumulação das impugnações dos actos tributários de
liquidação de IVA e IRC relativos aos anos de 1997 a 1999, atento o
disposto no artigo 104.º do CPPT. II - Todavia, apresentada em 22 de
Novembro de 2005 uma petição de impugnação judicial naquelas
condições, não deve ser liminarmente indeferida, mas notificar-se o
impugnante para indicar qual das liquidações pretende ver apreciadas,
nos termos do disposto nos artigos 4.º, n.º 5 e 47.º, n.º 5 do CPTA, aqui
aplicável ex vi do artigo 2.º, al. c) do CPPT.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART104)
Acórdão, de 7.2.2007,
Proc. n.º 1046/05
IRC - CUSTOS - ENCARGOS FINANCEIROS - Não constituem custos de
uma sociedade, nos termos do artigo 23.º do CIRC, os encargos por si
suportados com empréstimos bancários contraídos para fazer face a
prestações acessórias efectuados a uma sociedade sua associada pelos
quais não cobrou quaisquer juros.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART23 N1 C)
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Acórdão, de 7.2.2007,
Proc. n.º 1193/05
PT - LGT - PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO - AUDIÇÃO - DISPENSA - I - A audiência dos interessados destina-se a assegurar a participação
destes nas decisões da Administração que lhe digam respeito nos
procedimentos administrativos. II - O contribuinte que foi ouvido em fase
anterior do procedimento de liquidação não tem, em regra, de voltar a sê-
lo antes do acto de liquidação, nos termos do n.º 3, do artigo 60.º da LGT.
III - Assim, tendo o contribuinte sido ouvido antes da conclusão do
relatório da inspecção tributária, é dispensada a sua audição antes do
indeferimento do recurso hierárquico interposto das correcções
efectuadas ao lucro tributável com base naquele relatório, salvo em caso
de invocação de factos novos sobre os quais ainda se não tenha
pronunciado.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART60 N3)
Acórdão, de 15.2.2007.
Proc. n.º 956/06
PT - LGT - PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO - AUDIÇÃO - DISPENSA - I - O n.º 1, do artigo 60.º da LGT assegura a participação dos contribuintes
na formação das decisões que lhes digam respeito. II - Tendo o
contribuinte, no decurso de uma acção de fiscalização, sido notificado,
nos termos do citado artigo 60.º da LGT, do projecto de conclusões do
relatório de inspecção, sendo ouvido numa das fases do procedimento
inspectivo, não tem que ser de novo ouvido antes da liquidação. III - É o
que resulta do disposto no n.º 3, do citado artigo 60.º da LGT, na
redacção do n.º 1, do artigo 13.º da Lei n.º 16-A/2002, de 31 de Maio. IV -
Nos termos do n.º 2, do artigo 13.º desta lei, aquele n.º 1 tem natureza
interpretativa.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART60 N3)
Acórdão, de 15.2.2007,
Proc. n.º 959/06
IRC - REGIME SIMPLIFICADO - CONSTITUCIONALIDADE - O regime
simplificado de tributação de IRC, previsto no artigo 53.º do CIRC, sendo
de carácter facultativo, não contende com o princípio constitucional da
tributação das empresas fundamentalmente pelo rendimento real.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART53)
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Acórdão, de 15.2.2007,
Proc. n.º 1071/06
PT - LGT - LIQUIDAÇÃO OFICIOSA - AUDIÇÃO - DISPENSA - É de
aplicar o princípio do aproveitamento do acto para obstar à anulação de
um acto de liquidação de sisa efectuado sem prévia audição dos
destinatários, quando não havia qualquer possibilidade de a sua
intervenção poder influenciar o conteúdo daquele acto.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART60 N1 A)
7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)
TIPO SUMÁRIO
Acórdão, de 11.1.2007,
Proc. 70/01
IRC - CUSTOS - INDISPENSABILIDADE - I. É à Administração Fiscal
que cabe o ónus da prova dos pressupostos do seu direito a proceder a
correcções, demonstrando a factualidade que a levou a desconsiderar um
custo contabilizado, só então passando a competir ao contribuinte o ónus
de prova de que esses custos são fiscalmente relevantes. II. De harmonia
com o disposto no artigo 23.º do CIRC consideram-se custos ou perdas os
que comprovadamente forem indispensáveis para a realização dos
proveitos ou ganhos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte
produtora, nomeadamente, os encargos com remunerações, ajudas de
custo e transportes, e os encargos relativos à aquisição de serviços, mão-
de-obra, etc. III. Para que esses custos relevem fiscalmente têm de estar
afectos à exploração, no sentido de que deve existir uma relação causal
entre os custos e os proveitos da empresa, em termos de adequação
económica do acto à finalidade da obtenção maximalista de resultados.
IV. O critério da indispensabilidade visa impedir a consideração fiscal de
gastos que não se inscrevem no âmbito da actividade da empresa, que
foram incorridos não para a sua prossecução mas para outros interesses
alheios. Por isso, a Administração Fiscal pode excluir gastos não
directamente afastados pela lei quando haja motivos que convençam de
que eles foram incorridos na prossecução de outro interesse que não o
empresarial, ou, ao menos, com nítido excesso, desviante, face às
necessidades e capacidades objectivas da empresa. V. O contribuinte
não goza do poder de livre escolha do exercício em que pretende
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inscrever um crédito incobrável como provisão, tendo a provisão, para ter
relevância como custo fiscal, de ser constituída no exercício em que a
incobrabilidade foi constatada.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART23 N1 A)
Acórdão, de 25.1.2007,
Proc. 636/06
LGT - IRS - MÉTODOS INDIRECTOS - MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA - I. As questões a que se reporta a alínea d), do n.º 1, do artigo
668.º do CPC são os pontos relevantes no quadro do litígio, ou seja, os
concernentes ao pedido, à causa de pedir e às excepções, pelo que a
omissão de pronúncia só existe quando o tribunal deixa de apreciar e
decidir uma questão e não quando deixe de apreciar (ou aprecie mal)
quaisquer elementos probatórios que poderiam evidenciar determinado
facto alegado no âmbito de determinada questão, casos em que apenas
poderá haver erro de julgamento. II. Com o aditamento à LGT da alínea
d), do artigo 75.º e do artigo 89.º-A, efectuado pela Lei n.º 30-G/2000, de
29 de Dezembro, foi excluída a presunção de veracidade das declarações
dos contribuintes em todos aqueles casos em que os rendimentos
declarados para efeitos de IRS se revelem desproporcionados, para
menos, sem razão justificativa, dos padrões de rendimento indiciados por
determinadas manifestações de fortuna, permitindo-se à Administração
Tributária proceder, nesses casos, à avaliação indirecta da matéria
tributável, a menos que o sujeito passivo prove que os rendimentos
declarados correspondem à realidade e que a fonte dos rendimentos
necessários para assegurar essas manifestações de fortuna é outra. III.
Assim, e por força do disposto no n.º 4, do artigo 89.º-A da LGT, se o
sujeito passivo não fizer essa prova perante a Administração Tributária,
esta tem de considerar como rendimento tributável o rendimento padrão
apurado nos termos da tabela inserta naquele preceito, a menos que
existam indícios fundados, de acordo com os critérios previstos no artigo
90.º da LGT, que permitam à Administração Tributária fixar rendimento
superior. IV. Todavia, o facto de o sujeito passivo não ter conseguido
obstar ao procedimento de fixação, por não ter apresentado perante a
Administração Tributária prova suficiente para a convencer de que
correspondiam à realidade os rendimentos declarados e de que era outra
a fonte de fortuna evidenciada, não obsta a que essa prova seja feita
perante o Tribunal, no recurso judicial da decisão que fixou o rendimento
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por métodos indirectos, pela demonstração de que os rendimentos
necessários à aquisição das fracções teve por fonte, nomeadamente,
herança, doação ou outros rendimentos que ela não está obrigada a
declarar, a mobilização de capital próprio ou o recurso ao crédito. V. E
essa prova tanto pode ser feita através de elementos probatórios
oferecidos pela própria interessada, como pode ser feita pela
Administração Tributária, sabido que esta deve, no âmbito da descoberta
da verdade material, providenciar, oficiosamente, pela junção de todos os
elementos de que disponha com interesse para a decisão da causa,
designadamente aqueles que tenham sido expressamente evocados pela
recorrente. VI. Por outro lado, o próprio Tribunal pode e deve diligenciar
(oficiosamente, a requerimento, ou por sugestão das partes) pela
obtenção de todos os elementos probatórios que revelem ter interesse
para a boa decisão da causa, poder que dimana ou provém do princípio
do inquisitório que vigora, como princípio estruturante, no processo
judicial tributário, e que significa que o Juiz não só pode, como deve,
realizar todas as diligências que considere úteis ao apuramento da
verdade, designadamente o de ordenar a junção de todos os documentos
necessários para a apreciação das questões postas no processo,
princípio esse que hoje tem consagração expressa no artigo 99.º da LGT
e no artigo 13.º do CPPT. VII. Não se encontrando clarificada, por terem
sido omitidas diligências probatórias relevantes, a questão da fonte dos
rendimentos que permitiram à recorrente adquirir em 2003 três fracções
de prédios para habitação, deve a sentença ser anulada e o processo
remetido ao Tribunal recorrido para melhor investigação e nova decisão,
em harmonia com o disposto no artigo 712.º do CPC, aplicável por força
dos artigos 749.º do mesmo diploma e do artigo 281.º do CPPT.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART89-A)
Acórdão, de 14.2.2007,
Proc. 438/04
IVA - REGIME ESPECIAL - BENS EM SEGUNDA MÃO - FACTURA - I. Na legislação especial, instituída pelo Decreto-Lei n.º 199/96, de 18 de
Outubro, exige-se, para que o sujeito passivo possa beneficiar desse
regime especial de tributação da margem de lucro, ou dito de outro modo,
para que as transmissões de bens em segunda mão possam ser
efectuadas ao abrigo de tal regime especial, que as facturas ou
documentos equivalentes não discriminem o imposto devido e que
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contenham, no caso, a menção «IVA - Bens em segunda mão», exigindo-
se ainda que tais operações sejam escrituradas de um modo particular -
cfr. artigo 6.º, n.ºs 1 a 3 do Regime Especial de Tributação dos Bens em
Segunda Mão, Objectos de Arte, de Colecção e Antiguidades constante
do referido Decreto-Lei n.º 199/96. II. Tendo o sujeito passivo
discriminado nas facturas o imposto devido e nelas não tendo
mencionado «IVA - Bens em segunda mão», não é aplicável às facturas o
regime especial da margem do Decreto-Lei n.º 199/96, de 18 de Outubro,
mas antes o regime geral do n.º 1, do artigo 16.º do CIVA.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou DL 199/96 ANEXO ART6)
8. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS)
TIPO SUMÁRIO
Acórdão, de 23.1.2007,
Proc. n.º 6413/02
PT - LGT - IVA - MÉTODOS INDIRECTOS - AVALIAÇÃO - CRITÉRIOS - I. No apuramento da matéria tributável por métodos indirectos, cabe à
Fazenda Pública o ónus da prova da verificação dos requisitos legais que
legitimam o uso daqueles métodos e a indicação dos critérios de
quantificação, cabendo ao contribuinte o ónus da prova do excesso da
quantificação. II. Se o critério de quantificação se baseou em margem de
lucro obtida por amostragem de reduzido número de produtos do
contribuinte e em lista de preços que se diz como sendo os praticados
pela impugnante, sem que se tenha provado, efectivamente, que essa
lista de preços tivesse sido a praticada, porque não se provou quem
forneceu tal lista aos peritos de fiscalização tributária, a quantificação
assim obtida não pode ser aceite.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART90 N1)
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Acórdão, de 6.2.2007,
Proc. n.º 1311/06
PT - NOTIFICAÇÃO - AVISO DE RECEPÇÃO - Mostrando-se assinado o
aviso de recepção da carta destinada a notificação da arguida para
apresentação da sua defesa em processo de contra-ordenação fiscal, e
tendo a mesma carta sido enviada para a sede da arguida, tem de
considerar-se efectuada tal notificação na data da assinatura do aviso de
recepção, se a arguida não provou, tal como alegou, que a carta foi
entregue em local diferente da sua sede e só lhe foi entregue em data
posterior à data da assinatura de tal aviso.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART39)
Acórdão, de 14.2.2007,
Proc. n.º 1484/06
IVA - INCIDÊNCIA - TRANSMISSÃO DE BENS - PRESUNÇÃO - I. A
norma do artigo 80.º do CIVA contém uma presunção legal iuris tantum,
de que os bens cujos valores constem dos inventários da contribuinte e
não sejam encontrados, se têm de presumir como transmitidos ou
vendidos; II. Tal presunção legal apenas cede perante a prova do
contrário, ou seja de que não ocorreu tal transmissão, como seja pela
destruição, inutilização ou deterioração; III. Não logra efectuar tal prova a
contribuinte que para o efeito fez inquirir duas testemunhas a declarar que
tais bens já existiam desde vários outros exercícios anteriores, quando
tais testemunhas apresentaram como única razão de ciência o facto de tal
lhes ter sido dito pelo sócio e gerente da mesma, passados alguns anos.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART80)
Acórdão, de 27.2.2007,
Proc. n.º 750/05
IRC - AMORTIZAÇÃO - CAMPANHA PUBLICITÁRIA - I. De acordo com
o artigo 17.º, n.º 4 do Decreto-Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro,
resulta que, não sendo imobilizações incorpóreas, devem, contudo, ser
consideradas como custos, em partes iguais, em mais do que um
exercício, as despesas ou encargos de projecção económica plurianual,
sendo aquela repartição feita durante um período mínimo de três anos. II.
Assim, tratando-se de custos suportados com campanhas publicitárias,
dado assumirem características estruturais que por vezes as fazem
prolongar por mais do que um exercício, por estarem ligadas,
normalmente, ao lançamento de novos produtos, deverão ser equiparadas
a imobilizações incorpóreas e amortizáveis (para efeitos fiscais) de acordo
com as regras definidas na alínea d), do n.º 4, do artigo 17.º acima
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referido, que estabelece o respectivo regime. III. Deste modo, não
merece censura a decisão da Administração Tributária que, relativamente
às despesas com publicidade no exercício de 1992, apenas considerou
um terço do total relativamente a esse exercício. IV. E não sofre de
qualquer vício o acto tributário impugnado, pelo facto de a Administração
Tributária não ter efectuado oficiosamente a correcção dos dois exercícios
seguintes, a fim de considerar nesses exercícios os restantes custos.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou D REG 2/90 ART17 N4)
Acórdão, de 27.2.2007,
Proc. n.º 1541/06
PT - CPPT - DUPLICAÇÃO DE COLECTA - CONCEITO - I. A anulação
de parte da dívida exequenda depois da data em que foi instaurada a
oposição à execução fiscal não constitui um seu fundamento válido,
apenas levando, mesmo oficiosamente, a que a execução seja julgada
extinta no Serviço de Finanças, nessa parte, o que conduzirá à inutilidade
superveniente da lide da oposição; II. Também a inexistência de tributo
não constitui um válido fundamento de oposição à execução fiscal por
contender com a legalidade em concreto ou correcta liquidação, a não ser
nos casos previstos na alínea h), do n.º 1 do artigo 204.º do CPPT (nos
casos em que a lei não assegure meio judicial de impugnação ou recurso
contra o acto de liquidação); III. Não se verifica a duplicação de colecta
entre a CA liquidada a vários prédios num certo ano, com a CA liquidada
ao prédio único por aqueles formado pela sua aglutinação, no mesmo
período, por não se verificar em concreto a unicidade dos dois factos
tributários.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART205)
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9. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS
TIPO SUMÁRIO
Acórdão, de 8.2.2007
Proc. C-435/05
Investrand BV
IVA - DIRECTIVA - DEDUÇÃO - REQUISITOS - O artigo 17.º, n.º 2 da
Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de 1977, deve
ser interpretado no sentido de que os custos dos serviços de
consultadoria a que recorreu um sujeito passivo para efeitos da
determinação do montante de um crédito que faz parte do património da
sua empresa e se relaciona com uma venda de acções anterior à sua
sujeição ao IVA não apresentam, na falta de elementos que demonstrem
que os referidos serviços têm como causa exclusiva a actividade
económica, na acepção da referida directiva, exercida pelo sujeito
passivo, uma relação directa e imediata com esta actividade e não
conferem, por conseguinte, direito à dedução do IVA que os onerou.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ART17 N2 A)
Acórdão, de 15.2.2007,
Proc. C-345/04
Centro Equestre da Lezíria
Grande L.dª
TRATADO CE - IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO - RETENÇÃO NA FONTE - O artigo 59.º do Tratado CE (que passou, após alteração, a
artigo 49.º CE) não se opõe a uma legislação nacional, como a que está
em causa no processo principal, que sujeita o reembolso do imposto
sobre as sociedades, retido na fonte sobre as receitas auferidas por um
contribuinte parcialmente sujeito a imposto, à condição de as despesas
profissionais que esse contribuinte, para esse efeito, pede que sejam tidas
em conta terem uma relação económica directa com as receitas auferidas
no âmbito de uma actividade exercida no território do Estado-Membro em
causa, na medida em que sejam consideradas como tais todas as
despesas indissociáveis dessa actividade, independentemente do lugar
ou do momento em que essas despesas foram efectuadas. Em
contrapartida, o referido artigo opõe-se a essa legislação nacional na
medida em que sujeita o reembolso do referido imposto a esse
contribuinte à condição de essas mesmas despesas profissionais serem
superiores a metade das receitas.
(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.
Pesquisa: Descritores supra ou TRATADO CE ART49)
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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.
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10. NOTAS DE ENQUADRAMENTO
As notas constantes dos números seguintes não pretendem ser uma análise exaustiva dos textos a que se
reportam, mas tão somente permitir, através de uma leitura rápida, o conhecimento dos aspectos
essenciais do seu conteúdo.
10.1 IVA. Novo regime da Renúncia à Isenção do IVA nas Operações Relativas a Bens Imóveis (*) Como é sabido, as isenções de que beneficiam as operações imobiliárias, nos termos dos n.ºs 30 e 31, do
artigo 9.º do Código do IVA, não conferem direito a dedução do imposto suportado a montante. E, por não
conferirem direito à dedução do imposto suportado na aquisição ou construção dos imóveis, fazem reflectir
no valor das rendas ou no preço da venda o imposto não dedutível. Por isso, e sempre que nas referidas
operações intervenham apenas sujeitos passivos, é admitida a opção pela tributação. As condições em
que pode ser exercida a renúncia à isenção encontram-se fortemente limitadas, no sentido de prevenir
práticas evasivas, por um regime legal específico. Deste regime, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 21/2007,
de 29 de Janeiro, e em vigor desde o dia 30 do mesmo mês, destacam-se os elementos mais relevantes.
10.1.1. Condições objectivas. A renúncia à isenção do IVA nas operações imobiliárias só é admitida
quando, relativamente aos imóveis ou fracções autónomas a transmitir ou a arrendar, se mostrem
preenchidos os seguintes requisitos:
• A operação respeite a prédios urbanos, incluindo terrenos para construção, mas com exclusão de
imóveis destinados a habitação1;
• O prédio, ou fracção, se encontre inscrito na matriz predial em nome do respectivo titular -
transmitente ou locador - ou tenha já sido pedida a sua inscrição;
• O contrato respeite à transmissão do direito de propriedade, ou à locação, da totalidade do imóvel;
• O imóvel seja afecto a actividades que confiram direito a dedução do IVA suportado a montante;
• No caso de locação, a renda anual seja igual ou superior a 1/15 do valor de aquisição ou de
construção do imóvel.
Dos requisitos referidos resulta, pois, que não são passíveis de renúncia à isenção as operações que
respeitam a prédios rústicos ou mistos, a figuras parcelares do direito de propriedade - usufruto, direito de
superfície, etc - e, isoladamente, a fracções indivisas de prédio. Não é admitida a renúncia no caso de
sublocação.
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1 Esta qualidade é a que resulta da inscrição matricial do prédio, não sendo admitida a renúncia sempre que o prédio, estando inscrito na matriz predial como tal destinado a habitação, tenha uma diferente afectação (vd. Of-Circulado n.º 30099, da DSIVA, de 9.2.2007).
Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida,
sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.
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Para além dos requisitos supra referidos, a renúncia à isenção está, ainda, submetida às seguintes
condições:
• Esteja em causa a primeira transmissão, ou locação, após a construção do imóvel, e tenha sido
deduzido, ou seja ainda possível deduzir, no todo ou em parte, o imposto nela suportado;
• Esteja em causa a primeira transmissão ou locação após a realização de grandes obras de
transformação ou renovação e delas tenha resultado uma alteração superior a 50% do valor
patrimonial tributário do prédio, desde que seja ainda possível deduzir, no todo ou em parte, o
imposto suportado nessas obras;
• Se trate de transmissão ou locação subsequente a uma operação efectuada com renúncia a
isenção e esteja a decorrer o prazo de regularização do imposto suportado na construção ou
aquisição do imóvel (20 anos).
No que respeita ao prazo, assinala-se que a dedução só pode ser efectuada até ao decurso de quatro
anos após o nascimento do respectivo direito. Contudo, este prazo eleva-se para o dobro desde que a
dedução respeite a imposto suportado na construção de imóveis por sujeitos passivos cuja actividade
tenha por objecto, com carácter de habitualidade, a construção de imóveis para venda ou para
arrendamento, sempre que a construção, comprovadamente, tenha excedido aquele prazo.
10.1.2. Condições subjectivas. A renúncia à isenção é, ainda, limitada às operações que envolvam
sujeitos passivos que:
• Pratiquem exclusivamente operações que conferem direito a dedução2 ;
• Pratiquem simultaneamente operações que conferem direito a dedução e operações que não
conferem tal direito, desde que aquelas representem mais de 80% do total do volume de negócios
realizado no ano anterior3. Esta limitação não é, porém, aplicável aos operadores cuja actividade
habitual consista na construção, reconstrução ou aquisição de imóveis para venda ou locação.
• Não sejam pequenos retalhistas abrangidos pelo regime especial de tributação previsto no artigo
60.º do CIVA.
• Disponham de contabilidade organizada.
Destes requisitos decorre não ser possível a renúncia sempre que qualquer dos intervenientes na
operação se encontre abrangido pelo regime especial de isenção ou, salvo tratando-se de operadores cuja
actividade seja a construção, reconstrução ou aquisição de imóveis para venda ou para locação, pratique
exclusiva ou predominantemente operações isentas que não conferem direito a dedução.
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2 Vd. CIVA, art. 20.º 3 Esta percentagem é determinada de acordo com as normas do artigo 23.º do CIVA, qualquer que seja o método de dedução que o sujeito passivo tenha adoptado (pro-rata de dedução ou afectação real). Tratando-se de sujeitos passivos que iniciem a actividade considerar-se-á, no momento da renúncia, a percentagem provisória que tenham estimado e inscrito na respectiva declaração de início de actividade - Vd. Ofício-Circulado n.º 30099, da DSIVA, de 9.2.2007.
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10.1.3. Formalismo da renúncia. Os sujeitos passivos que pretendam renunciar à isenção devem
começar por entregar uma declaração de alterações, se ainda o não tiverem feito, assinalando o facto de
irem passar a realizar operações tributáveis. Só depois de definido o seu enquadramento no registo do IVA
é que podem solicitar à DGCI a emissão de um certificado para efeitos de renúncia à isenção. Este
certificado, que se refere a cada prédio, ou fracção autónoma, relativamente ao qual se pretenda optar
pelo regime de tributação, é requerido por via electrónica, no sítio das declarações electrónicas daquela
entidade (www.dgci.min-financas.pt).4 Do referido certificado consta a identificação dos intervenientes na
operação, a caracterização desta, bem como, consoante for o caso, o valor da renda mensal ou o da
venda. Deve, ainda, a entidade renunciante declarar que se encontram reunidas todas as condições para a
renúncia à isenção.
Recebido o pedido de certificado, a DGCI, também por via electrónica, dele dá conhecimento ao
adquirente ou locatário, para que, pela mesma via, este confirme os elementos que lhe dizem respeito.
Obtida a confirmação, o certificado, com a validade de 6 meses, é emitido no prazo de 10 dias.
Modificando-se as condições de que depende a renúncia à isenção ou decorrido o prazo de validade do
certificado de renúncia sem que tenha sido celebrado o contrato a que o mesmo se reporta, recai sobre o
sujeito passivo, a obrigação de comunicar, por via electrónica, o facto à DGCI.
10.1.4. Eficácia da renúncia. Desde que se verifiquem as condições de que depende a opção pela
tributação e o sujeito passivo esteja na posse de um certificado de renúncia válido, a eficácia daquela opção constitui-se no momento em que for celebrado o contrato de compra e venda ou de locação
do imóvel em causa.
10.1.5. Inversão da tributação. Estando em causa uma transmissão com renúncia a isenção, o sujeito
passivo é o respectivo adquirente. É, pois, a este que incumbe a obrigação de proceder à liquidação do
imposto devido e respectiva dedução na extensão do respectivo direito5. Trata-se de uma solução que,
justificada em propósitos de luta contra a fraude e evasão fiscais, é admitida no direito comunitário
(Directiva 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de Novembro de 2006, artigo 199.º, n.º 1, al. c)).
A factura emitida pelo vendedor, que pode ser substituída pela respectiva escritura pública desde que dela
constem os elementos legalmente exigidos para as facturas, deve conter a menção “IVA devido pelo adquirente”.
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4 Para melhor elucidação sobre os procedimentos a adoptar, vd. Ofício-Circulado n.º 30099, da DSIVA, de 9.2.2007. 5 Esta modificação do regime não parece determinar qualquer modificação do entendimento administrativo firmado por despacho do Secretário de Estado, de 25.5.1993, sobre o Parecer n.º 4/93 do Centro de Estudos Fiscais, no sentido da inclusão na base tributável da sisa (actualmente IMT) do valor do IVA relativo à aquisição.
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sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.
Notícias InforFisco N.º 82 - Janeiro e Fevereiro de 2007
10.1.6. Valor tributável. O valor tributável é constituído pelo preço da venda ou, tratando-se de
arrendamento, pelo valor das respectivas rendas. Todavia, sempre que a transmissão, ou locação, se
opere entre empresas associadas6, o valor tributável será o valor normal da operação, desde que:
• A contraprestação seja inferior ao valor normal e o destinatário da operação não tenha direito a
deduzir integralmente o imposto;
• A contraprestação seja superior ao valor normal e o transmitente ou locador não tenha direito a
deduzir totalmente o IVA.
Justificada, também, na luta contra a fraude e evasão fiscais, esta solução tem apoio no direito comunitário
(vd. Directiva 2006/112/CE, artigo 80.º). Observa-se que, estando em causa uma transmissão de bens,
considera-se que o valor normal não pode ser inferior ao valor patrimonial tributário que tenha servido, ou
que serviria, de base à liquidação do IMT.
10.1.7. Direito à dedução. Desde que validamente exercida a opção pela tributação das operações
imobiliárias, os sujeitos passivos que nelas intervenham podem deduzir o imposto suportado para a sua
realização, nos termos gerais, mas com observância, porém, das seguintes regras específicas:
• A dedução, pelo método de afectação real, efectua-se relativamente a cada imóvel;
• Pode efectuar-se na declaração do período de imposto, ou de período posterior àquele em que
tenha sido celebrado o contrato de compra e venda ou de locação, no prazo de quatro anos. Este
prazo poderá, contudo, elevar-se para oito anos se estiver em causa a dedução de imposto
suportado na construção de imóveis por sujeitos passivos que tenham como actividade habitual a
construção de prédios para venda ou para arrendamento sempre que, comprovadamente, a
construção tenha excedido aquele prazo.
10.1.8. Regularizações. O direito à dedução, exercido nos termos já acima referidos, pressupõe que o
imóvel adquirido seja utilizado para a realização de operações tributáveis. Por razões que se prendem com
a natureza dos bens em causa, a lei prevê a obrigatoriedade de serem efectuadas regularizações do IVA
deduzido sempre que, ao longo de um período de 20 anos, o imóvel adquirido:
• Seja afecto a fins alheios à actividade tributável do sujeito passivo;
• Não seja utilizado em fins da empresa por um período superior a dois anos.
Nestas circunstâncias, a regularização a favor do Estado opera-se de uma só vez, pelo número de anos
que ainda faltar decorrer para o termo daquele período. Este prazo de dois anos, para as situações
abrangidas pela legislação anterior, conta-se a partir de 30 de Janeiro de 2007, data da entrada em vigor
do actual regime.
Observa-se, no entanto, que a simples não utilização do prédio em fins da empresa durante um ou mais
anos civis completos, determina a obrigação de uma regularização anual de 1/20 da dedução inicial por
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6 Empresas entre as quais existam relações especiais abrangidas pelo regime de preços de transferência a que se refere o artigo 58.º do CIRC.
Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida,
sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.
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cada ano em que tal situação se mantiver. Esta regularização anual tem lugar apenas nos primeiros dois
anos civis subsequentes à aquisição, já que, se tal situação se mantiver depois deste período, a
regularização é feita de uma só vez, como acima se referiu. No entanto sempre que, tendo havido lugar a
regularização do imposto deduzido por virtude de uma locação isenta, é aplicável uma regularização, a
favor do sujeito passivo, se, dentro daquele período, o imóvel seja objecto de utilização pelo sujeito
passivo exclusivamente no âmbito de operações tributáveis.
(*) Leonel Corvelo de Freitas
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