NOVOS COMEÇOSComo recomeçar

Pelo nevoeiroLidando com incertezas

Qual é o propósito?Avaliando o sucesso na vida

MUDE SUA V I DA . MUDE O MUNDO .

Volume 14, Número 1

C O N TATO P E S S OA L

A passagem de ano é — ou deveria ser — mais do que apenas um marco no calendário. Para muitos é uma oportunidade de recomeçarem em alguns aspectos da vida.

Talvez essa vontade de mudar seja motivada pelas folhinhas do ano-novo ou pelas páginas intocadas dos nossos diários e agendas novas. Ou o fato de sabermos que milhões de outras pessoas em todo o mundo (algumas próximas de nós) estão tomando decisões e se dispondo a partir para patamares mais elevados, e não queremos ser superados ou deixados para trás. Chame do que quiser (despertar, tomada de consciência coletiva ou pressão social), é eficaz, pelo menos, por alguns dias. Todos conhecemos muito bem essa situação.

Mas este ano pode ser diferente. As resoluções do ano novo podem ser o maravilhoso início de mudanças permanentes, se você incluir Deus em seus planos e trabalhar em parceria com Ele. Se desejar acima de tudo agradar-Lhe, pode estar seguro que Ele terá o maior prazer em ajudá-lo a realizar as mudan-ças necessárias.1 Além disso, porque Ele o ama e quer fazê-lo feliz, também lhe concederá os desejos do seu coração. É uma promessa!”2

Mas não pare por aí. Descubra as modificações que as pessoas que lhe são importantes gostariam de fazer e, dentro do possível, dê o seu apoio, pois isso sim é gratificante!

Todos da Contato desejamos que Deus o abençoe e que este ano seja mais feliz que os anteriores.

Mário Sant’AnaPela Contato

1. 1 João 5:14–15

2. Salmo 37:4

© 2012 Aurora Production AG.

www.auroraproduction.com

Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil.

Tradução: Mário Sant'Ana e Tiago Sant'Ana

A menos que esteja indicado o contrário, todas as referências

às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia

Sagrada” — Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição

Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.

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Editor Mário Sant'AnadEsign Gentian Suçidiagramação Angela HernandezProdução Samuel Keating

2

Na maioria dos países, a chegada do ano novo é celebrada no primeiro dia de janeiro, um costume que, por eu ter sido criada na Europa, achava que fosse universal. Mas no Camboja, onde morei por três anos, comemora-se o Ano Novo três vezes ao longo dos 365 dias.

A primeira comemoração é a inter-nacional e acontece em 1º de janeiro, famosa pelas festas até tarde da noite e pelas ressacas na manhã seguinte.

Depois, vem o ano novo chinês, que acontece em janeiro ou fevereiro. É um momento para soltar fogos de artifício, visitar parentes e queimar dinheiro de mentira em honra aos ancestrais.

Mas a comemoração mais impor-tante naquele país é o Ano Novo Cambojano. Durante as celebrações que acontecem nas duas semanas que antecedem o novo ano, quase todos voltam à terra de seus ancestrais para os reverenciar. As celebrações se estendem por três ou quatro dias

em meados de abril do calendário internacional. Não é apenas o feriado mais importante do ano, mas também o único momento em que algumas pessoas tiram uma folga, pois todos param de trabalhar.

O primeiro dia do Ano Novo Cambojano, segundo a tradição, marca a chegada dos novos anjos que vêm para o mundo para passar um ano. As pessoas limpam e enfeitam as casas, preparam frutas e bebidas para dar as boas-vindas aos seres angélicos. Os mais velhos se dedicam à meditação ou oração, as crianças fazem brincadeiras tradicionais e os solteiros buscam aquela pessoa especial para se casar.

No segundo dia, os anciãos são presenteados. Muitos patrões dão brindes aos funcionários e as pessoas doam dinheiro e roupas para os pobres. À noite, os cambojanos visitam templos e pedem aos monges para os abençoar com felicidade e paz.

Na noite do terceiro dia, as festividades de Ano Novo terminam com um banho cerimonial.

Uma coisa que os três “anos novos” têm em comum é que mar-cam momentos em que as pessoas avaliam suas vidas, definem novas metas para si mesmas e resolvem fazer as coisas de um jeito melhor no próximo ano.

Na verdade, cada dia pode marcar um novo começo, porque todo dia é uma nova chance de melhorar. Talvez tenhamos de lidar com algumas consequências dos dias anteriores, mas podemos aceitar de coração uma promessa encontrada na Bíblia que diz que o amor e as misericórdias de Deus se renovam a cada manhã.1 Portanto, em vez de dizer “Feliz Ano Novo” apenas uma ou mesmo três vezes por ano, deveríamos desejar “Feliz Dia Novo” diariamente, pois cada dia nos dá uma nova oportuni-dade de virar uma página e começar uma nova história.

Ariana Andreassen é professo-ra e tem dois filhos. Mora na Tailândia. ■

Feliz dia novo!

1. Ver Lamentações 3:22–23.

Ariana Andreassen

3

Na primeira vez em que pensei fazer como resolução de Ano Novo manter um diário, descartei na hora a ideia. A lista de resoluções anteriores que fiz e não deram em nada era grande e na hora visualizei um diário cheio de páginas em branco no fim do ano. Além disso, eu não tinha tempo para outro projeto —disse a mim mesma.

Entretanto, recentemente terminei um curso de aconselhamento no qual tive de manter um diário. O professor enfatizara a importância de registrar pensamentos, ideias, planos, experiências, preocupações, temores e conquistas. Explicou que era um importante passo para estimular a autoconsciência e essencial para ajudar alguém a resolver seus problemas.

Decidi que valia a pena tentar e estou feliz por ter feito. Escolhi um diário que no rodapé de cada página trazia uma cita-ção e um versículo bíblico que estimulam à reflexão, e me comprometi a dedicar a ele 15 minutos por dia. Estes são alguns benefícios que colhi da experiência:

Passei a entender melhor meus pontos fortes e a identificar algumas mentalida-des e hábitos negativos.

Ajudou-me a descobrir discrepâncias entre o que penso e como ajo. Exemplo: quero perder peso, mas arrumo desculpas para não me exercitar.

Escrever sobre experiências difíceis ou tristes me ajuda a entender e lidar com o que aconteceu, parte necessária do processo de cura.

Anotar o que pedi a Deus para cada dia e como essas orações foram atendidas fortalece minha fé.

Escrever a respeito de situações com pessoas com quem tenho dificuldade de me relacionar me ajudou a identificar e evitar os padrões que levam a mal--entendidos e sentimentos ruins.

No fim de cada mês, analiso e suma-rizo os destaques, o que me dá uma ideia melhor de como as coisas estão indo, que desafios ou obstáculos surgiram, como foram resolvidos, que orações foram atendidas, que progresso consegui em relação às minhas metas, que decisões e planos pus em prática, etc.

Em retrospectiva, posso dizer com toda sinceridade que manter esse diário foi um esforço plenamente recompensado e as páginas que preenchi são agora um tesouro de ideias, reflexões, revelações, lições, metas realizadas e orações atendidas.

Iris Richard é conselheira e vive no Quênia, onde trabalha

O diárioIris Richard

como voluntária e é membro ativo da comunidade desde 1994. É integrante da Família Internacional. ■

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“Gloriamo-nos nas tribu-lações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança, a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a espe-rança não nos decepciona, porque Deus derramou Seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que Ele nos concedeu.” (Romanos 5:2–5).

Essa é uma das passagens bíblicas que mais gosto, mas, por muito tempo tive dificuldade para entender como o caráter produz esperança. Fazia sentido pensar que a perseverança produzisse o caráter, mas como as experiências difíceis que forjam o caráter nos tornariam mais esperançosos?

O meu lado sínico me dizia que o oposto era verdade. Por entender que a vida com frequência não é perfeita, eu não esperava sempre navegar em águas plácidas. Não via isso como

algo ruim, mas chamar de fonte de “esperança” parecia exagero.

Recentemente percebi que eu me limitava ao significado superficial da palavra: “Espero que faça sol amanhã.” “Espero que dê tudo certo.” A maneira como o termo “esperança” é tipicamente usado tem quase uma conotação fatalista. Assim, ter esperança significa para a maioria que o que se quer pode ou não acontecer, especialmente quando a pessoa esperançosa tem pouco ou nenhum controle com respeito ao resultado. Nesses casos, “alimentamos a esperança” porque é praticamente tudo que podemos fazer.

Mas o Apóstolo Paulo não está falando de desejos improváveis quando, nesse trecho da sua carta aos romanos, usa a palavra esperança. Refere-se à esperança do Evangelho fundamentada no amor de Deus e no Seu plano, o qual Ele traçou

pensando em nós individualmente e na humanidade. Na Epístola aos Hebreus, lemos: “Temos esta esperança como âncora da alma, firme e segura.”1 É quando encontramos dificuldades e os momentos sombrios da vida que nossa esperança cresce e se torna mais forte. É assim que nosso caráter se torna mais profundo e produz esperança.

Então, não fugiremos da raia nem ficaremos apreensivos nos tempos de incerteza. É a esperança que “não nos decepciona”. Por quê? Porque vem a nós pelo amor que Deus “derramou em nossos corações”. Desse amor brotam a fé, a esperança e ainda mais amor. É um círculo bonito e perfeito, uma reno-vação perene de esperança e confiança que Deus permite para nos ajudar a viver melhor e mais perto dEle.

Olivia Bauer é consultora na área de comunicação em Winnipeg, Canadá. ■

ESPERANÇA ETERNA Olivia Bauer

1. Hebreus 6:19 NVI

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No ano passado, quando completei 60 anos, fiz uma autoavaliação. Ficou claro que até aquele ponto não havia realizado tudo que eu poderia ou deveria ter feito na vida. Isso quer dizer que sou um fracas-sado? Antes de responder, há algumas coisas que gostaria de esclarecer.

Eu havia passado por algumas mudanças na vida e não me encontrava onde gostaria de estar, tanto geogra-ficamente quanto na minha carreira profissional. Não estava infeliz, mas tampouco completamente satisfeito com minhas circunstâncias. Sentia-me pego por uma calmaria, com velas murchas, cercado por extensões inter-mináveis de oceanos. O horizonte estava visível, mas isso não ajudava, pois nele não havia ponto que me interessasse escolher como destino. Além disso, de que adianta um destino quando não há vento que empurre a embarcação até ele. Qual era o propósito da minha vida?

Durante toda minha vida adulta, dediquei-me em diferentes graus a reali-zar o que eu entendia ser o propósito de Deus para mim. Achava que tinha uma ideia bastante boa do que isso seria, mas o fato é que minha vida não se desenro-lou conforme meus planos e as grandes coisas que projetara para mim, não foram muito além do plano da fantasia.

Conforme refleti sobre minha própria vida e a de outros, percebi que algumas pessoas são consideradas excepcionais pela maioria —não neces-sariamente por aprovarmos tudo que disseram ou fizeram, mas pelo impacto que causaram. De alguma maneira muito objetiva, suas vidas e realizações foram excepcionais. Mas será que somente esses poucos haviam realizado seus destinos? Antes disso: existe tal coisa como destino? A vida tem de ser, em si, a própria realização? O propósito é que no final da vida estejamos satisfeitos? Esse é o objetivo? Ou existe algo além?

São Paulo escreveu: “Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens,

QUAL É O PROPÓSITO? Phillip Lynch

os mais dignos de compaixão.”1 No passado, quando eu pensava nesse versículo, tentava imaginar a situação de Paulo, no primeiro século. Todos sabemos que a perseguição contra os primeiros cristãos —destinatários da epístola de Paulo— era grande e intensa. Sua ideia era animá-los, lembrando-lhes que suas breves existências aqui não eram o fim de suas histórias.

A vida muitas vezes é comparada a uma escola. Lembro de me juntar aos meus colegas em lamentações por termos de ficar presos na escola quando queríamos sair dali e tocar nossas vidas. O tempo em sala de aula parecia uma eternidade, durante a qual os professores nos ensinavam conteúdos intermináveis. Mas a escola não era o propósito maior de nossas vidas nem o nosso destino. Era um local para o aprendizado, uma oportunidade para adquirirmos conhecimentos e habilidades para uso posterior.

Hoje acredito que nosso ápice não será nesta escola que chamamos

1. 1 Coríntios 15:19 NVI

2. Eclesiastes 12:13 NVI

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vida. Esta é apenas um estágio. Sim, devemos aproveitar este momento ao máximo, mas não nos preocupar com a possibilidade de termos frustrado nosso propósito na vida se tudo que granjearmos de toda essa experiência forem algumas cicatrizes e sabedoria adquirida a duras penas.

O que, então devemos realizar aqui? O que Deus quer ou espera de nós nesta vida? Qual é nosso propósito? Assim Salomão explicou: “Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obe-deça aos Seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem.”2

Somos obras em andamento, mas se pudermos nos olhar no espelho e dizer, com toda sinceridade, que estamos ten-tando viver dessa forma, então estaremos fazendo o que deveríamos. Realizando nosso destino. E esse é o propósito.

Phillip Lynch é romancista e co-mentarista sobre assuntos espiri-tuais e questões escatológicas. Vive atualmente no Canadá. ■

F R A C A S S O ?PA R A P E N S A R

Ao longo de minha carreira, já errei mais de nove mil arremessos e já perdi mais de 300 partidas. Por 26 vezes, foi-me dada a responsabilidade de fazer a última jogada, que poderia nos dar a vitória ... e errei. Na minha vida, já falhei várias e várias vezes. E é por isso que alcancei o sucesso. —Michael Jordan (nascido em 1963), jogador de basquete norte-americano

O fracasso é apenas a oportunidade de começar de novo, mas de forma mais inteligente. —Henry Ford (1863–1947), fundador da Ford Motor Company

O fracasso se converte em sucesso, quando aprendemos com ele. —Malcom S. Forbes (1919–1990), publicador da revista Forbes

Ao encontrar a derrota, aceite-a como um sinal de que seus planos não eram bons, reformule-os e ponha-se a navegar rumo à meta desejada. —Napoleon Hill (1883–1970), escritor americano e pioneiro do estilo literário sucesso pessoal.

O fracasso é o alicerce do sucesso e o meio pelo qual este é alcançado. —Lao Tzu (Século 6 a.C), filósofo chinês

Estou convencido de que todos os meus fracassos e decepções do passado estavam, na verdade, construindo o alicerce para um entendimento que criou o novo nível de vida que hoje desfruto.—Tony Robbins (nascido em 1960), escritor e palestrante americano ■

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Aqui estamos, no limiar do Ano Novo, sem saber o que nos trará. Uma coisa é certa: podemos deixar o passado para trás com todas as suas inquietações, preocupações, sofrimentos, erros e falhas. Não podemos desfazer um único ato nem fazer voltar uma única palavra que proferimos, mas se entregarmos nossas angústias e pesares a Deus, Ele poderá nos dar um novo começo.

Os dias do ano passado estão fora do nosso alcance e aí devem permanecer. Deus cuida deles e não deveríamos voltar e nos atormentar com infelicidades. É triste ver como

Virginia Brandt Berg

algumas pessoas dizem confiarem em Deus, mas, ao mesmo tempo, se preocupam com as marcas e manchas das páginas do passado.

Uma vez que recorremos a Deus, confessamos nossos erros, pecados e pedimos perdão, não devemos ficar remoendo o passado: “Eu, Eu mesmo, sou O que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados não Me lembro.”1 Se Deus não Se lembra deles, por que deveríamos nós?

A Bíblia também diz: “Não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus.”2 Em vez de revisitarmos o passado, sentirmos remorso por isso e aquilo, e chorarmos pelas coisas que não podem ser mudadas, devemos nos lembrar da consoladora promessa de Deus: “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos

como a neve; ainda que sejam verme-lhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.”3

Certa vez, li um poema que dizia: “Se eu pudesse encontrar a estrada para ontem, tomaria uma borracha e apagaria todos os ontens.” Não quero encontrar o caminho para ontem, porque não quero apagar nada! Somente Deus pode cobrir os erros do passado. Deus não tem o hábito de nos fazer reviver o passado. Quem iria querer fazer isso quando o futuro é tão radiante quanto as promessas de Deus?

Quando reflito no ano que temos pela frente, penso em todas as promessas na Palavra de Deus e nas coisas maravi-lhosas que podem acontecer porque elas são infalíveis, imutáveis e feitas para cada um de nós. Com todas essas promessas, por que voltar atrás, reler o passado e andar pela estrada para ontem?

1. Ver Isaías 43:25.

2. Romanos 8:1

3. Isaías 1:18

4. Filipenses 3:13–14

5. 1 João 1:9

Novos começos Um

desafio de ano novo

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Jesus já pagou a pena pelos nossos erros, portanto podemos e deve-mos dizer como o apóstolo Paulo: “Esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória, [...]a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de Cristo Jesus.”4

Esqueça as coisas que ficam para trás! Esqueça-as! Avance rumo à meta e ao prêmio. Que pena é carregarmos o fardo do passado, quando o Senhor pagou um preço tão alto justamente para nos aliviar desse fardo e libertar!

Depois de uma pregação que fiz para um grande grupo de pessoas, um jovem me procurou. Ele saíra da prisão fazia pouco tempo e não conseguia acreditar que fosse tão fácil assim: que Deus poderia limpar seu passado se

ele confessasse seus erros e pedisse a Jesus para entrar no seu coração e ser seu Salvador. Ele ficava falando de todos os seus erros. Estava além da sua capacidade acreditar que Deus pudesse perdoar um passado tão horrível, mas naquela noite entregou seu coração a Jesus, que o aliviou daquela carga. Jesus perdoou aquele homem e lhe deu uma liberdade que ele desconhecia. Depois disso, nunca mais parou de falar da misericórdia de Deus e de como o livrara do tormento do passado. E sempre repetia o trecho de um hino que tanto gostava: “Os meus 'ontens', tão cheios de culpa e vergonha, se foram. Glória ao Seu nome!”

Existe algo mais maravilhoso que o milagre do perdão e a garantia de que todos os seus erros foram perdo-ados? Esse maravilhoso perdão existe para todos nós. Jesus morreu por

todos nós. Só precisamos aceitar Seu perdão e recebê-lO como Salvador. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça”5 Essa é a Sua promessa sem restrições e imutável para você.

Se ainda não conhece Aquele que pode levantar os fardos do seu passado e lhe dar um futuro brilhante neste mundo e a vida eterna no próximo, pode conhecê-lO hoje. Ele está humildemente à porta do seu coração, esperando que O convide a entrar. Apenas ore: “Jesus, por favor, entre em minha vida, perdoe meus peca-dos, encha-me com Seu amor e me conceda a Sua dádiva da vida eterna.”

Virginia Brandt Berg (1886–1968) foi evangelista e pastora norte-americana. ■

começos

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Os médicos explicaram para Joe que havia que-brado o braço, resultado de suas atividades de traceur. O seu mundo girava em torno da superação de obstáculos enormes, corridas, escaladas, saltos e rolamentos, nos circuitos da paisagem urbana. Joe forçava seus limites saltando carros, muros e correndo sobre telhados. Às vezes, exagerava, enquanto Destino o observava à distância, esperando sua chance.

Na manhã em que quebrou o braço, Joe havia saído com uns amigos para treinar para um vídeo caseiro. E foi durante o aquecimento que Destino achou espaço para agir.

Joe galgou um muro não muito alto, ficou de pé no cimo por um momento e saltou sobre o vazio até seus dedos tocarem uma barra cilíndrica horizontal de metal que deveria interromper sua queda.

Contudo, apoiado em uma estrutura de madeira apodrecida, o tubo não o aguentou e Joe despencou sobre o chão.

Levantou-se meio grogue por causa do tombo, com a mão direita segurando o braço que parecia dobrado em forma de “Z”.

Os paramédicos foram chamados. Joe acordou no hospital, ainda sob algum efeito da anestesia que recebera. O gesso que vinha da mão ao cotovelo servia de bainha para o punho deslocado e para o rádio fraturado em dois lugares.

Durante quatro semanas, Joe teve de lidar com as restrições impostas pelo acidente. Aprendeu a digitar com uma mão, a viver sem banhos diários, a deixar outras pessoas abotoarem sua camisa, amarrar seus sapatos e lavar seus pratos.

Ao término de um mês, o gesso foi removido e Joe estava livre.

Passou dez minutos coçando o braço e uma hora e meia na banheira.

Mas nem tudo voltara à norma-lidade. Após 29 dias de desuso, os músculos do membro em tratamento haviam encolhido e atrofiado. O braço tinha agora metade do diâme-tro original e a pele embrulhava o osso curado como uma folha plástica. A menor tentativa de girar ou esticar o braço enviava ondas de choque de dor para todo seu corpo.

Sessões de termoterapia ajudaram a soltar os músculos mirrados e aos poucos Joe recuperou a capacidade de rotacionar o pulso. Depois vieram os exercícios de fortalecimento. Após mais de um mês de inutilidade sob a cama do rapaz, o altere de 15 quilos voltou para o centro do quarto. Entusiasmado, Joe segurou a barra do equipamento com a mão esquerda para levantá-lo. Nada. Fez força, suou, rangeu os dentes e mordeu a

PROGRESSO

PASSOS

Joe Johnston

PEQUENOS

VERDES DE

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língua. Rogou pragas contra a obsti-nada massa de ferro que se limitou a ficar ali, inerte, como se fizesse pouco do jovem. Era preciso mudar a tática.

Joe pediu emprestado à irmã um pequeno haltere de plástico, a pretexto de usar como peso de papel. O jovem em recuperação se certificou que ninguém o veria levando para o quarto aquela coisa minúscula de plástico verde.

Enquanto se esforçava para erguer o pequenino “peso de papel”, quase podia ouvir os grunhidos de seus amigos erguendo halteres gigan-tescos, com esforços descomunais. Ignorou a comparação.

Apesar de parecer que estava erguendo quase nada, o início foi difícil e cada levantamento era dolo-rido. Mas Joe não cedeu às dores no pulso e, conforme os dias avançaram, deixou de senti-las. Logo, o atleta ficou perfeitamente habilitado para levantar o pequeno brinquedo verde.

Qual não foi o orgulho do rapaz quando adicionou dois discos verdes ao haltere. Ainda não estava forte como antes, mas houve progresso. A solução não seria se deixar prejudicar por conta de expectativas irrealistas, mas começar com pouco e progredir lentamente.

Não tardou, todos os pequenos discos verdes foram adicionados ao equipamento, o qual Joe podia levantar sem nenhuma dificuldade.

Ainda falta muito para o braço voltar ao que era, mas o rapaz sabe que não adianta lamuriar por não poder fazer as coisas como antes. Em vez disso, pensa nos avanços que já fez e mira sua completa recuperação.

E quando esse dia chegar, acho que vou sair para outra corrida.

Joe Johnston é escritor e mora no México. ■

Parkour (por vezes abreviado como PK) ou l'art du déplace-ment (em português: arte do deslocamento) é uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápido e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto — e pode ser praticado em áreas rurais e urbanas. Homens que praticam parkour são reconhecidos como traceur e mulheres como traceuses.1

1. Fonte: Wikipédia, A Enciclopédia

Livre; http://pt.wikipedia.org/wiki/

Parkour

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Se existe uma coisa que me perturba são mudanças. Gosto do meu cantinho, onde tudo é do meu jeito e sem muita agitação. Valorizo rotinas e planejamentos, o conforto de saber o que está acontecendo —imediatamente e no futuro. Às vezes, as mudanças podem ser motivadoras, mas, de maneira geral, as acho simplesmente difíceis. É duro deixar para trás coisas que conheço e amo e é complicado não saber o que me aguarda.

Não faz muito tempo, meu marido e eu tivemos de mudar para longe de nossos familiares e amigos. Tínhamos bons motivos para a mudança, mas, claro, grande parte do futuro ainda era uma grande incógnita. E isso me assustava.

Nossa viagem nos levou por

estradas que percorriam montanhas e no caminho encontramos uma neblina incrivelmente espessa. Naquele trecho não havia iluminação nem casas e, para piorar, tudo indi-cava que havíamos pegado o caminho errado. Ótimo —pensei.

Inclinada para frente, apoiada no cinto de segurança, forçava os olhos tentando enxergar alguma coisa naquela cerração. Era impossível ver qualquer placa, mas minha principal preocupação era de que poderíamos estar indo na direção errada. Como já disse, não gosto de incertezas.

Minha imaginação entrou em hiperatividade, criando todos os piores cenários —de nos perdermos nas montanhas a despencarmos em algum precipício. Cada cenário era pior que o anterior.

Por fim, desisti de vasculhar o nevoeiro e me recostei em meu

assento. Todo esse tempo, meu marido dirigia confiante, sem se preocupar com a baixa visibilidade, em marcha reduzida, atento ao pouco que se podia ver da estrada imediatamente à nossa frente. Decidi relaxar e não demorou superamos a névoa e seguimos viagem com perfeita visibilidade, até chegarmos ao nosso destino.

Minha vida na época estava como aquela estrada sob neblina. Tudo que eu podia ver era o que estava imediatamente à minha frente, aquele pedacinho de estrada que os faróis conseguem iluminar. Mas Deus é meu motorista e nEle posso confiar. Seu histórico é perfeito e sempre me conduziu em segurança aos meus destinos. Apesar de, às vezes, eu ter pensado que estivesse perdida, Ele sempre soube exatamente onde estávamos.

PELO

1. Ver Êxodo 12–40.

NEVOEIROMarie Story

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Quando guiou os filhos de Israel pelo deserto1, eles não tinham um mapa, uma bússola nem um smartphone com GPS lhes dizendo onde e quando virar. Tudo que sabiam é que deveriam deixar o Egito.

A vida de escravo com certeza não era agradável, mas provavelmente alguns israelitas tiveram dificuldades para deixar a única vida que conhe-ciam. É possível que tivessem amigos no Gósen e pelo menos tinham o que comer e onde morar.

Mas conforme obedeceram a Deus e O seguiram, Ele cuidou deles. Quando se viram encurralados às margens do Mar Vermelho, Deus abriu um caminho pelo qual puderam atravessar as águas. Quando tiveram fome, fez cair alimento do céu. Na hora da sede, Deus fez jorrar água de uma pedra. Quando não sabiam em que direção seguir, o

Senhor fez surgir diante do povo uma nuvem para guiá-lo no caminho certo.

Mesmo assim, duvidaram de Deus. Eu sempre tive dificuldade para enten-der isso. Era óbvio que Deus estava com eles todo o tempo. Por que questionar Sua provisão e desvelo depois de Ele lhes mostrar tantas vezes do que era capaz? Mas, na verdade cometo o mesmo erro. Deus jamais deixou de prover para mim ou de guiar minha vida. Contudo, ainda me preocupo quando não vejo o futuro claramente mapeado.

Provérbios 3:5–6 nos diz: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento; reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas.” Mesmo se tudo adiante for escuridão e você se sentir em meio a um nevoeiro, sem saber para onde ir, se reconhecer e recorrer a Deus, Ele o guiará. Manterá você no caminho

certo e o trará à sua Terra Prometida pessoal.

Eu estava me preparando para fazer essa grande mudança quando li um versículo que não me lembro haver lido antes:

Jeremias 29:11 — “Sei os planos que tenho para vós, diz o Senhor, planos de paz, e não de mal, para vos dar uma esperança e um futuro.” É uma senhora promessa! Ele tem planos para cada um de nós e vai nos fazer prosperar. Quer nos dar esperança e um futuro. Isso é maravilhoso, não é?

O futuro ainda não está totalmente claro hoje e sei que jamais estará. Não tenho certeza de como tudo vai ficar, mas não me importo. Sei quem está no controle e que Seu plano é perfeito.

Marie Story é ilustradora, designer e membro da Família Internacional nos EUA. ■

PELO

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Li um artigo em uma revista sobre corridas, que explicava como a cafeína podia melhorar o desempenho de um corre-dor ao reduzir a percepção de fadiga. Experimentei a técnica em uma maratona e, sem dúvida, fiz o meu melhor tempo, apesar de haver gastado energia preciosa conversando com outro corredor durante a primeira metade da corrida. Se eu soubesse que, assim como minhas pernas, minha língua ficaria estimulada, teria me con-centrado mais na corrida e alcançado um tempo ainda melhor.

Naquela experiência e em outras desde então, a cafeína me propor-cionou um estímulo que se traduziu em alguns minutos de diferença no meu tempo de corrida. Não consumo cafeína adicional durante meu treinamento normal. Se o fizesse, não teria o mesmo efeito durante a corrida. Além disso, sem uma base sólida de preparo físico, não há cafeína que possa gerar recordes. Para me beneficiar do estímulo adicional,

METAS GRANDES E BATIDA FORTEDavid Bolick

tive de me dedicar em muitas milhas de treinamento, por várias semanas, seguir um estilo de vida saudável no dia a dia e gostar muito de correr.

Não foi assim que comecei minha carreira de corredor. No início, minha motivação era muito imediatista. Eu havia me recuperado de uma tosse daquelas e não queria ter uma recaída. Com o tempo, aprendi os seguintes princípios motivadores que podem ser aplicados a quase todas as áreas da vida:

1. Defina metas pequenas, alcançáveis e de curto prazo. No início, minha meta era calçar o tênis, ir para fora e correr um pouco todos os dias.

2. Não se autoflagele quando não atingir a meta. Você terá dias ruins e até períodos ruins. Ficar se censurando pelo mau desempenho é pior que o “fracasso” em si. 3. Seja flexível. Adapte-se às mudanças de circunstâncias. Espere surpresas e siga o fluxo dos acontecimentos.4. Mire alto. As metas pequenas, alcançáveis e de curto prazo são necessárias, mas as grandes e de longo prazo também. Atreva-se a sonhar com o impossível. 5. Alimente seu sonho. O que torna a meta que escolheu tão impor-tante para você? Por que acredita que deve ser alcançada? Por que entende que é a pessoa para realizá-la? Escreva suas respostas, reúna citações e histórias inspiradoras e motivacionais que confirmem suas respostas e as releia em tampos de crise e dúvida.6. Tenha paciência. Quando cronometrar seu progresso, observe o ponteiro das horas, não o dos segundos.

David Bolick é facilitador de turismo médico e co-fundador da MediTravel Solutions. Mora atualmente em Guadalajara, México. ■

14

A vida é muitas vezes retratada como uma viagem. Um passo de cada vez, um dia de cada vez, seguimos por uma estrada que é só nossa. Apesar de às vezes compartilharmos nossas alegrias e tristezas com outras pessoas, não há duas viagens que sejam iguais. Temos em comum, entretanto, a possibilidade de contar com um companheiro e conselheiro que sempre estará conosco. Deus diz: “Clama a Mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” e “Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir.”1

Se você analisar o trecho da via-gem correspondente ao ano passado,

Um exercício espiritUal

Abi F. May

em particular as partes em que enfrentou dificuldades, provavelmente verá situações que poderiam ter sido melhores se você tivesse pedido a orientação de Deus e seguido pelo caminho que Ele indicou. Mas não se preocupe. Este é um novo ano cheio de possibilidades inéditas.

Pense por alguns minutos sobre sua rotina diária. Considere formar o hábito de orar diariamente ou planeje ler o Livro dos Salmos ou os Evangelhos, ou dedicar cinco minutos —ao despertar ou antes de dormir— para pensar nas coisas boas da sua vida e agradeça a Deus por elas. Qualquer que seja a sua resolução, fique firme, pois você tem “um amigo mais chegado do que um irmão.”2.

Dia a dia, e em cada momento que passa,Encontro forças para enfrentar minhas provas aqui;Confiando na dádiva sábia de meu Pai,Não tenho motivo para preocupação ou temor.Aquele cujo coração é bondoso além de qualquer medida,Dá a cada dia o que Lhe parece melhor Amavelmente, sua porção de dor e prazer,Misturando trabalho árduo com paz e descanso—Lina Sandell (1832–1903)

Abi F. May é educadora e escritora na Grã-Bretanha, e articulista da Contato. ■

Você confiou [em Deus] com respeito a algumas coisas e Ele não lhe falhou. Confie nEle agora para tudo. Não é difícil confiar nEle para a gestão do universo e de toda a criação. Poderia o seu caso ser mais complexo e difícil que isso, a ponto de você ficar ansioso e preocupado com Sua capacidade de cuidar dele também? —Hannah Whitall Smith (1832–1911)

1. Jeremias 33:3; Salmo 32:8

2. Provérbios 18:24

U m d i a d e c a d a v e z

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Você precisa de Mim. Precisa do que tenho para dar, da Minha força, do Meu amor, da Minha pro-visão e da Minha proteção. Tenho tudo isso para você e mais. Sou sua fonte de vida e, por isso, sua vida pode ser maravilhosa, bela, rica e cheia com o que sei será mais importante no longo prazo.

Jamais o deixarei desamparado. Jamais o deixarei sem orientação e direção. Jamais o deixarei sem a graça e a força para lutar as batalhas da vida. Jamais o deixarei sem descanso e renovação depois das pelejas. Sempre proverei suas necessidades.

Não é preciso se preocupar nem ficar ansioso, porque amo você como nenhum outro e tenho planos especiais para você.

Siga o caminho que Eu indicar. É um caminho que conduz ao que a vida tem de melhor para você. Não há segurança maior que a encontrada quando você Me convida para acompanhá-lo no dia a dia e Me envolve em cada uma de suas escolhas. Juntos, podemos tornar seu futuro muito melhor do que você poderia sozinho. Fique atento enquanto revelo a misteriosa e bela tela da sua vida.

Com amor, Jesus

Você e Eu, juntos