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JANEIRO 2008 Número 4 ANO: X Tiragem: 300 Exemplares Escola Secundária C/ 3º Ciclo do Fundão CASOS NOTÁVEIS DA MULTIPLICAÇÃO DE ACONTECIMENTOS p.2 DESAFIOS NA BIBLIOTECA p.3 CIDADANIA EUROPEIA NA ESCOLA p. 17 PARLAMENTO DOS JOVENS 2008 p. 16 AS ORIGENS DO FUTEBOL p.6-9 FUTSAL NO FEMININO p.27 CARPE MAT - ALUNA DA ESCOLA PREMIADA p.11 CONCURSO NACIONAL DE LEITURA -1º FASE p.13 GUPO HISTÉRICO - PROJECTO “PANOS Palcos Novos Palavras Novas”. p. 13 ENTREVISTA AO PROFESSOR ANTÓNIO PEREIRA – Coordenador do Grupo de Teatro p. 14 e 15 AULA PRÁTICA DO PTAR NA ESCOLA PROFISSIONAL DO FUNDÃO. p.17 VISITA DE ESTUDO A ST. TIRSO, PORTO e VIGO p. 19 LITERATURA DE TRADIÇÃO ORAL p.21-24 A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS p.24-27 O encerramento de mais um mês permite-nos reflectir sobre a inevitabilidade da passagem do tempo. Janeiro aproxima-se do fim e quase podemos sentir a chegada do Carnaval, o que significa que as aprendizagens são cada vez mais importantes por isso as actividades da escola não param. A Tecnologia aponta para o futuro desafiando a Biblioteca. Fervilham ideias que arrastam os alunos para a produção de crónicas, poesia e outros textos. A arte manifesta-se no teatro, na busca de novos palcos e palavras renovadas. A leitura é actualidade e revela-se nos concursos. Simultaneamente, a Matemática obtém merecidos prémios enquanto uns alunos se empenham na construção da cidadania europeia e outros se preparam para uma intervenção no parlamento. A escola promove intercâmbios com alguns parceiros locais. Há notícia de visitas de estudo a paragens longínquas. Por cá, luta-se contra o tabagismo e os seus malefícios enquanto se discute a aplicação da nova lei. Numa época, onde é essencial desenvolver o espírito crítico para estar atento à realidade envolvente, a mobilização dos jovens, dinamizando a sua vida social e cultural, assume um carácter urgente para que a acção da escola se revele produtiva. Poderemos encarar o futuro com mais serenidade se pudermos contar com o empenho de todos e investirmos nas nossas capacidades e força de vontade. Colaborem! Contamos convosco! Deolinda Gil

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Jornal Olho Vivo da Escola Secundária c/3º Ciclo do fundão

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Page 1: Janeiro 07

JANEIRO 2008

Número 4 ANO: X

Tiragem:

300 Exemplares

Escola Secundária C/ 3º Ciclo do Fundão

CASOS NOTÁVEIS DA MULTIPLICAÇÃO DE ACONTECIMENTOS p.2

DESAFIOS NA BIBLIOTECA p.3

CIDADANIA EUROPEIA NA ESCOLA p. 17

PARLAMENTO DOS JOVENS 2008 p. 16

AS ORIGENS DO FUTEBOL p.6-9

FUTSAL NO FEMININO p.27

CARPE MAT - ALUNA DA ESCOLA PREMIADA p.11

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA -1º FASE p.13

GUPO HISTÉRICO - PROJECTO “PANOS Palcos Novos Palavras Novas”. p. 13

ENTREVISTA AO PROFESSOR ANTÓNIO PEREIRA –

Coordenador do Grupo de Teatro p. 14 e 15

AULA PRÁTICA DO PTAR NA ESCOLA PROFISSIONAL DO FUNDÃO. p.17

VISITA DE ESTUDO A ST. TIRSO, PORTO e VIGO p. 19

LITERATURA DE TRADIÇÃO ORAL p.21-24

A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS p.24-27

O encerramento de mais um mês permite-nos reflectir sobre a inevitabilidade da passagem do tempo. Janeiro aproxima-se do fim e quase podemos sentir a chegada do Carnaval, o que significa que as aprendizagens são cada vez mais importantes por isso as actividades da escola não param.

A Tecnologia aponta para o futuro desafiando a Biblioteca. Fervilham ideias que arrastam os alunos para a produção de crónicas, poesia e outros textos. A arte manifesta-se no teatro, na busca de novos palcos e palavras renovadas. A leitura é actualidade e revela-se nos concursos. Simultaneamente, a Matemática obtém merecidos prémios enquanto uns alunos se empenham na construção da cidadania europeia e outros se preparam para uma intervenção no parlamento. A escola promove intercâmbios com alguns parceiros locais. Há notícia de visitas de estudo a paragens longínquas. Por cá, luta-se contra o tabagismo e os seus malefícios enquanto se discute a aplicação da nova lei.

Numa época, onde é essencial desenvolver o espírito crítico para estar atento à realidade envolvente, a mobilização dos jovens, dinamizando a sua vida social e cultural, assume um carácter urgente para que a acção da escola se revele produtiva.

Poderemos encarar o futuro com mais serenidade se pudermos contar com o empenho de todos e investirmos nas nossas capacidades e força de vontade.

Colaborem! Contamos convosco!

Deolinda Gil

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CASOS NOTÁVEIS DA MULTIPLICAÇÃO DE ACONTECIMENTOS 1 - INTRODUÇÃO

Ora cá estamos caríssimos leitores, para mais um ano de vida

(alegrias & tristezas) – Depois de acabarmos o ano “velho” com um merecido período de descanso, motivado pela interrupção dos trabalhos escolares do Natal / Ano Novo, deveremos estar prontos para reforçar o nosso trabalho, com vista a desenvolver os nossos resultados. Força “pessoal”: Prá frente!

2 – AFINAL ONDE VAMOS ATERRAR?

A partir do fim do ano passado, andam a “massacrar” as nossas cabeças, com o “problema do novo aeroporto na Ota, em Alcochete, etc…”. Ele são estudos, feitos (mal feitos?!!) por reputados técnicos, ele são investimentos feitos, e por fazer, ele são milhões de euros pagos, e a pagar, ele são indemnizações exigidas por autarcas frustrados, por não virem a “cheirar, a deliciarem-se com a vista e a música “das aeronaves, que, por opção (definitiva?) dos ministros (e acompanhantes) lhes “fugiram” Não será também ideia a apresentar, a construção do “futuro aeroporto em terrenos do meu “quintal”? Ganhava a Beira Interior, e ganhava eu! Além do mais, os nossos leitores deixavam de aturar este cronista, que mudaria de “profissão”, passando para a função gloriosa de “controlador aéreo”. 3 – OUTRAS “COISAS”

Temos um país “muito saudável”, não sendo necessárias tantas unidades de saúde, e, sendo assim, o governo, poupando “nos tostões”, como lhe compete, está a fechar os numerosos serviços de urgências hospitalares por todo o país. NOTA: veja-se o caso de Anadia, Fundão, etc, etc…

Moral de tanto “esforço governamental”: está em vias de extinção em Portugal, uma espécie “incómoda”, que é a dos “doentes”.

–“ Haja Deus”! Os pais da pequena Esmeralda, (lembram-se?) viram as sanções “justiceiras” reduzidas, e a menina ainda não foi entregue ao senhor Baltazar, seu pai biológico. Aguardemos… 4- CONCLUSÃO E por agora, é tudo amigos! O artigo é um pouco mais curto porque aqui, o vosso cronista teve um problema de saúde e precisa de consultar os médicos, porque, como humano, também está sujeito a fazer uma “revisão” aos “motores”, e a utilizar os nossos serviços de saúde, Até ao próximo número do nosso “Olho Vivo”. Até lá, bom trabalho e saúde,

Escola Secundária do Fundão, 20 de Janeiro de 2008-01-20 Fernando José Abreu Dinis Vieira

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Desafios na Biblioteca Por José Pina

No futuro, como será?

Há 40 anos o herói das séries televisiva chamava-se Maxwell Smart e estava ao serviço de uma

organização secreta, a C.O.N.T.R.O.L.

Max [Olho Vivo, assim era conhecido o agente secreto],

tinha à sua disposição um vasto conjunto de equipamentos

altamente sofisticados, o último grito em tecnologia de ponta. Mas entre eles um era, verdadeiramente, especial: um telefone sem fios devidamente camuflado no sapato!.. Bastava rodar o salto do sapato e o sistema ficava operacional. Na altura uma verdadeira fantasia. Inacreditável! Alguns anos mais tarde a série de ficção científica: Star Trek – A Caminho das Estrelas – tinha como imagem de marca o teletransporte. Não havia episódio em que um ou vários tripulantes da nave não fossem teletransportados para um planeta ou para uma outra nave recorrendo ao transportador, máquina a bordo da nave. Esta máquina era uma plataforma que usava uma onda transportadora para transmitir os átomos e moléculas de cada passageiro, para um lugar determinado. Assistia-se ao desaparecimento da tripulação e ao seu reaparecimento, alguns instantes depois, no local desejado. Uma verdadeira clonagem biodigital. Os corpos eram copiados e recriados. Pesquisas independentes na Áustria, Austrália e Dinamarca têm revelado pequenos passos no desenvolvimento de equipamentos de teletransporte. Os resultados ainda são rudimentares e, por exemplo, em Camberra, Austrália, cientistas conseguiram realizar o teletransporte de um feixe L.A.S.E.R. com dados codificados que primeiro desapareceram e depois reapareceram replicados a um metro de distância. Larry e Andy Wachowski, em Matrix, expuseram as suas inquietações ao imaginarem uma tecnologia capaz de fabricar realidades e desenvolver a extremos as potencialidades humanas e, por isso, imprimir um carácter

artificial à vida colectiva. Matrix tem como tema a luta do ser humano, por volta do ano de 2200, para se livrar do domínio das máquinas que evoluíram após o advento da inteligência artificial. Fantasia ou antevisão do futuro? Há cerca de um mês Bill Gates anunciou que se irá dedicar à fundação humanitária que criou em conjunto com a sua mulher, Melinda Gates. O anúncio coincidiu com a inauguração da feira Consumer Electronics Show, a maior feira mundial de electrónica dedicada aos consumidores. Simultaneamente deixou a sua antevisão acerca do que o futuro digital nos reserva para os próximos anos: evolução tecnológica assente em mais rapidez, simbiose entre internet e e vídeo de alta definição, mais simplicidade no uso dos equipamentos, acesso aos nossos dados onde quer que estejamos e a qualquer momento!.. Basicamente o que Bill Gates fez foi anunciar uma nova revolução digital. Não passou mais de uma semana e alguns noticiários televisivos apresentaram pequenas peças sobre o que se via no cinema da década de sessenta e apresentado como o futuro em tecnologia. Ideias bizarras como escolher a partir do conforto do lar, num monitor plano e com um simples toque, os produtos a comprar no mercado e o pagamento dos mesmos com uma transferência electrónica sem recurso ao dinheiro-papel! Passaram apenas 40 anos! E amanhã, como será? Deixamos-te o repto de imaginar situações que poderão acontecer no futuro e que queiras partilhar connosco, mais tarde, no blogue da biblioteca onde reproduziremos este pequeno texto. O endereço é o seguinte: http://www.becre-esfundao.blogspot.com/ E antes mesmo de Vos desejar boas leituras deixamos esta sugestão: Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Livro de ficção científica que narra um hipotético futuro onde as pessoas são condicionadas biologica e psicologicamente a viver numa sociedade organizada por castas… Boas leituras.

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CONTOS

Sarilhos em África (continuação)

Um dos homens viu Lilian deitada no chão. Estava muito pálida e a deitar espuma da boca.

Todos ficaram muito preocupados. Lilian estava de olhos abertos, mas parecia que não via nada. À volta daquela confusão toda, só havia árvores altíssimas, arvoredos e animais de pequeno porte. A cidade mais perto do monte Kilimanjaro, era a cidade de Marangu, uma cidade pequena por onde os turistas passavam quando queriam ir escalar o monte Kilimanjaro, conhecido por ser o mais alto de toda a África. Não deveria ter hospitais muito especializados, nem muito eficientes, mas pelo menos poderiam olhar por Lilian, que cada vez piorava mais. O problema é que a equipa não sabia onde estava, estavam perdidos no meio daquela floresta densa, desconhecida e obscura. O sol começava a esconder-se por detrás das árvores, o azul claro do céu ficava mais escuro. Estava a anoitecer e os homens da equipa de Lilian ainda não sabiam o que haviam de fazer.

No outro lado da floresta, muito confortável, James Black, fazia uma grande festa. Ainda não sabia o que estava a acontecer com a sua prima, mas este homem fazia festas por tudo e por nada. Brindava ao faz de conta com grandes sorrisos encontrados pelo álcool. À volta de uma grande fogueira, dançavam e cantavam.

O estado de saúde de Lilian Parker agravava-se. O seu marido desesperava, e quando

as esperanças se tinham quase desvanecido, ele lembrou-se de uma receita que a bisavó dele lhe tinha ensinado há muito tempo atrás. Essa receita servia para fazer um remédio com produtos naturais para travar o alastramento do veneno. O marido dela foi procurar folhas de várias árvores, cujo nome se desconhece, mas que ele conseguiu identificar perfeitamente. Com uma pedra, bateu no monte de folhas até fazer uma espécie de líquido. Deu o líquido branco a Lilian e ela como por magia, começou a pestanejar os olhos e, gradualmente, todos os músculos do corpo se foram movendo. Quando já se podia mover por completo, começou a levantar-se e a dar voltas. Olhava para tudo quanto era sítio, e passados alguns minutos, perguntava coisas estranhas. Parecia que ela não sabia quem era e o que estava ali a fazer. Será que o veneno do insecto provocava amnésia? Ou será que era só por agora, enquanto o efeito do medicamento natural não passava? Seriam efeitos secundários?

A noite já ia alta, e os homens não sabiam para onde levar Lilian. Não havia acampamento, não havia nada. Estavam completamente desprotegidos. Andaram e andaram. No meio da floresta, avistaram uma pequena casa, feita de madeira e quase a cair. Esperançados, os homens começaram a andar até à modesta casa. ...

8º A (2006/2007)

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A uma amiga

Mulher

Mulher jovem, um ser estranho Com qualidades e defeitos Apesar de opostos estão em harmonia É de ideias fixas Precipitada e teimosa Quando quer Ajudar um amigo.

É desobediente e autoritária Uma fiel amiga que Não deixa um amigo Quando ele está triste e sozinho Uma mana galinha vigilante, Mas protectora maternal distraída É sincera, simpática e bonita.

Janeiro 2008, Rui Guterres

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CONTOS

Um roupeiro misterioso

Durante o jogo Rita passou por provas

perigosas, mas ardilosamente conseguiu ganhar e tirar o irmão do jogo.

No fim do jogo, o André elogiou a Rita dizendo-lhe que era uma grande jogadora e que graças a ela estava cá fora. Subitamente foram transportados para outra divisão, desta vez com duas portas. No lado direito estava a porta verde, do lado esquerdo estava a porta azul. Como cada um já havia escolhido uma porta desta vez decidiram chegar a acordo e só depois escolherem uma porta. Os dois irmãos decidiram escolher a azul. Quando entram deparam-se com uma belíssima e desconhecida praia paradisíaca. Exploraram a praia e não viram nenhuma alma viva, só areia e um pequeno barco.

Depois de muito caminharem, já com os pés doridos, Rita pediu para descansar. André continuou em pé, andando de um lado para o outro, pensando numa maneira de sair dali. Rita estava demasiada estafada para pensar e sentou-se numa pedra.

André subitamente lembrou-se que tinham passado por um pequeno barco, e decidiram ir procurá-lo novamente. Ao fim de meia hora encontraram-no, era pequeno, desconfortável e só tinha um único remo, mas parecia flutuar bem. Havia um grande problema: tinham fome e não tinham comida, mas para a Rita isso não foi um problema, pois tinha reparado que à frente da praia havia umas grandes árvores de bananas, cocos e toranjas; assim antes de partirem, eles foram buscar alguns frutos e fizeram-se ao mar.

Era difícil navegar um barco com um só remo, pois por vezes o barco andava em círculos. O mar ficou agitado e Rita começou a ficar com medo. Uma enorme onda passou por cima deles e o barco foi ao fundo. A Rita e o André estavam apavorados porque a maré estava forte, e de repente a água começou a sugá-los. Aterrados, mas sem perderem a cabeça, começaram a pensar como sair dali. Pediram a divina ajuda do Tempo, mas desta vez fizeram-no sem qualquer tipo de interesse, com o coração puro. Quando pensavam que tudo estava perdido, uma grande onda levou-

os até outra ilha. Estavam cansados e com muita sede. Decidiram então explorar a ilha, à procura de algo que os ajudasse.

Andaram durante muito, muito tempo, até encontrarem uma árvore estranha. Era de altura média e tinha vários objectos pendurados: uma bússola; uma corda, uma vara, uma capa, um copo e uma mensagem. A mensagem dizia que teriam de escolher o objecto mais importante. Ficaram espantados sem saberem o que escolher, os dois queriam um objecto diferente. O André ficou imóvel e pensativo, observando a sua irmã. Chamou-a e conversou com ela. A escolha teria de ser do consenso de ambos e teria de ser um objecto útil. Após várias horas, decidiram optar pela corda e continuaram a sua viagem…Andaram, andaram até que foram dar a um enorme abismo. Com a ajuda da corda, conseguiram atravessar o abismo de uma ponta à outra. Não foi preciso andarem muito, para chegarem a uma lagoa.

Quando chegaram à lagoa, uma luz muito branca apareceu diante deles, era uma fada pequenininha, que lhes disse: «Se acertardes esta pergunta podereis pedir um único desejo, e esse desejo tem que ser sincero e puro, se errardes a pergunta tereis que ficar aqui e servir o meu amo! Aceitais este acordo?». O André e a Rita concordaram logo, e a fada voltou a falar logo sem demoras: «Muito bem! Como se chamava o livro que o velho homem lia?». A Rita e o André pensaram, pensaram e resmungaram um com o outro, e de repente a Rita decidiu arriscar e disse «O Livro da Vida?», a fada sorriu-lhe e disse-lhe «Agora podeis pedir o vosso desejo!». O André abraçou a Rita de felicidade e os dois disseram que queriam regressar a casa, mas a fada disse-lhes que ainda não era tempo de voltarem, a sua missão não estava terminada, e mandou-os para a Terra da Felicidade. Eles acordaram numa gruta, que mais parecia um labirinto sem saída, pois havia muitos túneis, estava escuro e não havia lanternas. E agora por qual dos túneis deveriam eles seguir viagem?

8º B (2006/2007)

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AS ORIGENS DO FUTEBOL

A título de esclarecimento:

AS ORIGENS DO FUTEBOL, é um trabalho de pesquisa que, a partir deste mês e até ao fim do ano lectivo, irá ser mensalmente publicado no Jornal da Escola “Olho Vivo”, e é fruto de vinte anos de prática de futebol federado e de quinze como treinador e ainda de uma grande paixão por esta modalidade. A única pretensão que subsiste na sua publicação é que este trabalho possa ser um contributo, embora modesto, para a disciplina de Educação Física e, porque não, proporcionar alguns momentos de boa disposição no intervalo dos estudos.

Certo de que irão gostar e de que não se arrependerão dos minutos dedicados à sua leitura, convido toda a comunidade estudantil, a partir de hoje mesmo, a deliciar-se com a prosa das primeiras páginas.

Sempre à disposição para qualquer esclarecimento, o autor e responsável pelo trabalho, é o professor de História,

António Madeira

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objectivo principal arrancar à História do Futebol Universal um pouco das suas origens e mostrar algumas das peripécias por que passou ao longo de milhares de anos até entrar em Portugal.

Assim, iremos arrancá-lo das cavernas e seguir os seus passos até ser recebido pelos súbditos de Sua Majestade, na velha Albion e, seguidamente, realçar, tanto quanto o espaço nos permitir, a sua introdução no nosso país.

Uma vez introduzido em Portugal na década de 80 do séc. XIX, por Guilherme Pinto Basto, no Continente, e por Hany Hilton, na Madeira, o futebol deparou-se com sérios obstáculos, entre eles, sobressaem um grave problema político (o Ultimato Inglês) e a imensa falta de espaço para a construção dos seus campos desportivos (a construção da Praça de Touros do Campo Pequeno), que quase o feriram de morte.

Independentemente das dúvidas que continuam a suscitar se o futebol se jogou pela primeira vez, em Portugal, em Cascais ou na Camacha (Ilha da Madeira), o que importa realçar é que, no ano da graça de 1888, no primeiro ensaio em Cascais, o ambiente era de alta estirpe, apropriado à exibição de gentis-homens, entre os quais os vultos da fidalguia, naturalmente cansados de ver as bailarinas do S. Carlos, da excitação das touradas e da monotonia do Passeio Público.

E foi assim que começou a desenvolver-se o futebol ... Surgem os clubes pioneiros, Lisbonense, Ginásio, Carcavelos, CIF e Casa Pia. Mais tarde, na primeira década do nosso século, aparecem os futuros grandes clubes, resultante da fusão ou eliminação, mais ou menos turbulentas, dos pioneiros.

Outra finalidade deste trabalho é ainda mostrar que, apesar dos primeiros chutos se terem dado em 1888, até 1902 o futebol, em Portugal, viveu em “pré-história”. Catorze anos de misterioso hiato, que só o Ultimato justifica. Todavia, o futebol organizou-se (criação da Liga, das Associações e, mais tarde, da Federação) e lançou-se, imparável, no caminho do futuro. Em 1910, eram já incontáveis os clubes - alguns ainda exóticos, como, por exemplo, o Royal, clube do café dos intelectuais no Cais do Sodré, rival do Martinho, do Rossio e da Trindade. Ali se juntavam Trindade Coelho, Jaime Cortesão, Leonardo Coimbra, Camilo Pessanha ... Provar como uma bola mágica consegue transformar o futebol numa religião, amada por milhões e milhões de fiéis, é o desafio a que nos propomos.

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I – AS ORIGENS REMOTAS DO FUTEBOL

Uma das modalidades desportivas que desde a sua origem mais simpatias granjeou e, por isso, mais multidões arrastou foi, sem dúvida, o futebol. Mas para entendermos bem a sua magnificência, é preciso arrancar das entranhas da História a génese deste apaixonante jogo e, ainda que se saiba antecipadamente a resposta à pergunta - Quem inventou o futebol? -, os ingleses, especialmente precisam de saber que os primórdios do jogo em si são já do tempo do “Homem das Cavernas”: Segundo o espanhol Ricardo Hernandez, “As investigações realizadas a este respeito, a referência mais antiga que possuímos é a que nos faz um sábio arqueólogo, cujo nome lamentamos não recordar, o qual nos assegura muito seriamente que um jogo muito parecido com o futebol já se praticava na época dos trogloditas” 1).

Segundo esta afirmação, poder-se-à dizer, sem grandes receios de errar, que desde a aparição do homem na Terra, este teve logo a tendência a dar pontapés, e em especial às coisas redondas.

Saindo das cavernas, o homem jamais quis abandonar tal forma de actividade. E hoje muito pouca gente tem a verdadeira consciência de que mil anos a.C. os japoneses praticavam um jogo muito similar ao futebol nuns campos de forma rectangular, quase quadrados, de dimensões muito variadas que iam desde os onze metros (10.97) de largura até aos 25 metros de comprimento. Bastante curioso era o tipo de balizas utilizado: a NO do campo tinham um pinheiro, a SO uma cerejeira e a SE um salgueiro. As regras eram respeitadas por um numeroso

número de jogadores, tendo em conta as dimensões do campo, divididos em duas equipas com igual número de participantes.

Com menos poesia, os chineses no séc. IV a.C., durante a dinastia dos HAN, praticavam um jogo chamado TSU-CHU que, fruto do comércio daqueles tempos se estenderam pelo sudoeste asiático, chegando à África, onde as tribos berberes se apropriaram dele e, com o nome de KOURA, se dedicaram a uma diversão de similares características.

Mas as primeiras notícias concretas temo-las dos gregos, que se divertiam com um jogo chamado ENIOXOPUS que na sua mecânica tinha certa similitude com o futebol actual pois, tal como os japoneses e chineses, o objectivo principal do seu desporto era a posse da bola, já que a equipa que terminasse o encontro com ela em seu poder era a virtual vencedora. A participação de jogadores era maciça e os encontros duravam até haver luz solar.

Os gregos introduziram a delimitação do campo com duas linhas de cabeceira separadas entre si de cerca de cem metros e, embora tivessem outra linha divisória no meio do campo, onde colocavam a bola ao começar o encontro, os seus rectângulos de jogo não tinham linhas laterais.

Posteriormente, são os romanos os que de modo semelhante a tantas outras coisas da nossa actual cultura, recebem dos gregos o encanto dos desportos e transferem para Roma os jogos, que logo as suas legiões se encarregaram de espalhar por todo o Império

introduzindo, todavia, algumas variantes, tais como: a denominação, já que eles chamavam a esse tipo de desporto semelhante ao futebol, HARPASTUM; aumentaram o tamanho da "bola" quase para o actual; e como naqueles tempos remotos valia tanto o uso dos pés como das mãos para arremessar a "bola", para que estas fossem protegidas e aquela melhor impulsionada, introduziram uma espécie de funda em couro chamada FOLLIS.

Mais tarde, cerca da primeira década da nossa Era, no tempo do Imperador Octávio César Augusto, os encontros pareciam mais aptos para gente ociosa que para aguerridos legionários e a sua prática como exercício estimulante das milícias caiu em desuso, ainda que os seus homens, estimulados pelo gozo da sua prática, nunca se esquecessem de transportar nas suas mochilas as bexigas inchadas ou "bolas" e fossem derramando, junto com a glória do seu Império, a semente deste jogo pelas nações conquistadas.

A semente foi germinando e os Bretões e Picardos ao utilizarem este atraente jogo mudaram-lhe o nome para CHOLLE, depois para COULLE e finalmente para SOULE, não sem que antes tivessem que lutar com alguns grupos que pretendiam chamar-lhe MELLE e outros BARETTE. O nome era o menos, mas estas discussões indicam que havia paixão pelo jogo e assim podemos assegurar que o FUTEBOL, ao ser designado com este nome, já se encontrava radicado em território francês.

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Pouco a pouco se foi

difundindo por toda a Europa coeva recebendo diversas denominações segundo as características das diferentes línguas, e pequenas modificações se foram introduzindo no jogo, fundamentalmente, sobre o número de jogadores, o tamanho dos campos e a duração dos encontros.

Tudo na vida é feito de avanços e recuos e na História do Futebol dá-se em determinado período, uma estagnação na prática dos jogos com bola, embora as fontes provem que esta não foi abandonada. “Se folhearmos a História da Bélgica verificamos que um jogo a que eles chamavam de SOVIC fazia parte do cartaz das comemorações da sua independência. E na Itália do séc. XIII, concretamente na Florença, organizavam uma grande festa no dia de S. João em que as equipas eram formadas por 27 (!!!) elementos cada uma e equipadas com diferentes cores. Eram os poderosos Bianchi e os Rossi a disputar naquela tarde a posse da bexiga para a fazer passar por entre duas bandeirolas situadas em lados opostos da Piazza de la Signoria” 2). Tinha nascido aí o célebre "cálcio" - designação ainda hoje atribuída ao campeonato italiano -, todavia, apesar de se ter praticado tal tipo de jogo durante séculos, os historiadores desta matéria são unânimes em reconhecer que o futebol não teve como berço a Itália.

Façamos agora alusão ao BOLOTE, directo herdeiro do FOLLIS dos romanos, que se praticou em Espanha e que este pais divulgou pelas suas colónias no séc. XVI, por forma a prepararmos a entrada na Inglaterra, onde a história deste jogo que hoje tem o nome de

futebol se torna mais extensa e, por sua vez, mais erudita. Acrescente-se, contudo, e antecipadamente, que ainda não é desta feita que a velha Albion consegue travar a seus pés o futebol primitivo. Ele vagueia ainda, não se sabe como, por entre as tribos nativas Filipinas e as Maoris, bem como nas ilhas do Faroé e da Polinésia. Também há quem assegure que os espanhóis encontraram já estes jogos nos aborígenes americanos quando chegaram às suas terras. Mas como durante séculos tudo permaneceu obscuro, as distintas teorias, ao fim e ao cabo, não deixam de ser mais do que isso, teorias.

Os britânicos, considerados por muitos como mais chauvinistas, também não se esquecem de lembrar a todo o Mundo que há mais de 2.000 anos já se praticava um futebol primitivo na Irlanda. Julgo devermos ter alguma prudência em acreditar nesta afirmação tão imperativa e acreditar sim naquela que nos conta que as legiões romanas quando chegaram às Ilhas Britânicas transmitiram aos seus habitantes o HARPASTUM, que, à semelhança de outros povos, imediatamente agarraram a oportunidade e começaram a praticá-lo, para muitos séculos depois acontecer o mesmo com os galeses mas já com a designação de KNAPPAN. Os ingleses no ano de 820, durante o reinado de Egberto, já tinham dividido em duas variantes o que herdaram dos romanos: uma seguindo paralela a evolução que na Bretanha Francesa chamavam de HURLING TO THE GOALS e outra muito mais violenta na qual valia tudo, que denominavam de HURLING

OVER COUNTRY. E ainda que ambas tivessem contidas as concessões escocesas de delimitação das balizas, com dois paus separados cerca de um metro, foi a segunda a que mais vingou e, na ânsia de participar o maior e, na ânsia de participar o maior número possível de jogadores, realizavam os seus encontros nas grandes e verdes planícies das suas campinas, chegando a participar povos inteiros sem outras limitações que não fossem as balizas. O tempo limite do jogo era dado peta luz do dia: começava ao romper da alva e só findava quando o sol fechava o seu imenso olho, ganhando a equipa que tivesse ficado com a posse da "bola", isto é, da pneumática bexiga, aquando da buzinadela do "árbitro", homem recrutado entre os campesinos e que, provavelmente a cavalo, tratava de pôr ordem àquela perfeita desordem.

Com o andar dos tempos, tais encontros foram originando rivalidades e, pese embora os esforços do SQUIRE (o tal senhor árbitro), não raras vezes, terminavam em autênticas batalhas campais, o que fez com que a nobreza se começasse a apartar deste tipo de jogos. Uma lenda de tradição inglesa, algo macabra por certo, assegura que no condado de Chester, alguns anos depois dos "Daneses" abandonarem a Inglaterra em cerca de 1060, uns camponeses que estavam a lavrar o que tinha sido um antigo campo de batalha, descobriram, por casualidade, uma cabeça humana separada do tronco e por um certo sinal que esta teria, decidiram considerá-la de um "danês", ao que um deles, como

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prova de "carinho" e em "agradecimento" pela dominação sofrida durante um quarto de século, começou a dar-lhe pontapés ante o regozijo dos seus companheiros, que rapidamente abandonaram as ferramentas de trabalho para imitar o seu colega desferindo violentos pontapés à improvisada bola de futebol, levando-a de um lado para o outro e cada um conservando-a na sua posse o mais tempo possível. A notícia, diz a lenda, espalhou-se como um relâmpago e foram muitos os camponeses que com as suas próprias mãos escavaram a terra em busca de mais "bolas" daquelas. Mas como naqueles tempos a maioria dos "jogadores" iam descalços - excepção para os meninos nobres, aristocratas e burgueses, claro - o "jogo" foi perdendo praticantes à medida em que os pés iam inflamando, até que um deles, o mais imaginativo, ou quiçá o mais queixoso, lhe ocorreu revestir a caveira de uma bexiga de vaca e insuflar-lhe ar dos seus já cansados pulmões. O "jogo" foi retomado pouco depois e se é

certo admitir-se ter perdido em espectacularidade, não é menos verdade ter ganho em comodidade e divertimento, agora, para todos. É caso para nos interrogarmos: seria o primeiro passo do FOOTBALL ASSOCIATION? E foi assim, tal como relata a lenda, que numa terça-feira de carnaval começou na Inglaterra o futebol, antes chamado "pontapeando a cabeça do danês", e que posteriormente se divulgou por DERBY e por LONDRES.

A primeira menção histórica a essa terça-feira de carnaval está incerta na História de Londres, onde o seu autor, Williams Fitzstemhen, alude a um "jogo de bola" que tradicionalmente se celebra nesse dia, ainda que sem citar o seu nome e dando a sua origem como remota mas desconhecida.

No século XII, o "futebol selvagem", cansado de ser espezinhado por esse planeta fora, quedou-se na velha Albion para ser civilizado. Mas não é a mãe biológica, porque essa, provavelmente, será muito difícil

descobri-la, todavia podemos considerá-la a verdadeira mãe adoptiva, preceptora irrepreensível e difusora infatigável daquele que hoje é o desporto das massas (populacionais e de cifrões) em qualquer parte do Mundo. No século XIV as origens violentas do futebol ainda eram bem cultivadas na velha Albion. E foi por isso que, em 1314, Eduardo II não teve outra alternativa senão proibir a prática de tal jogo devido aos escândalos e acidentes a que dava lugar. Proibição que não deve ter tido grandes efeitos, pois 50 anos mais tarde, em 1365, Eduardo III teve igualmente de se impor sobre novos desmandos lembrando à juventude que o melhor seria dedicar-se à prática do tiro com arco, tão necessária naqueles tempos.

Novamente Ricardo II se viu obrigado a legislar contra tal jogo, e são claras as referências à grande violência e perigosidade que ele adquiriu durante o reinado dos Stuarts - estarão aqui as raízes do holliganismo?

1) COROADO - HERNANDEZ, Ricardo – La Pequeña Gran Historia del Futbol (Y de los Campeonatos Mundiales). Editora Mundis, S.A., Madrid, 1978, p. 5.

2) COROADO - HERNANDEZ, Ricardo - Ob. cit., p. 8.

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RELATIVIDADE A vida é algo relativo Mas o que fazemos dela é algo significativo. Os amigos são algo relativo Mas o que fazemos deles é algo significativo. O amor é algo relativo Mas o que fazemos dele é algo significativo. No final tudo é relativo Mas nada é significativo.

PERCURSO DO AMOR

Veio devagarinho, Por uma estrada torta. Finalmente chegou quentinho, Este amor que me bate à porta.

Nuno Davide, 11ºCT1

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A VIDA NO CÉU Era meia-noite. A Lua estava mais

brilhante do que nunca, pousada no céu preto e parecia contar uma historia as estrelas que lhe faziam companhia.

A Brisa, curiosa como sempre, fazia acrobacias dignas para passar pelo céu e apanhar bocadinhos de histórias que a Lua ia papagueando e, de seguida, punha-se a sonhar.

Já o vento, que adorava meter-se com a filha Brisa, quando via a Lua tão concentrada a falar com as estrelas, soprava-as para longe, na esperança de que a Lua tivesse um pouquinho de tempo para ele. Por acaso, não aconteceu naquela noite pois a mulher do vento, a Tempestade, andava a rondar os céus. Ela sabia muito bem da louca e secreta paixão que o Vento sentia pela Lua. O que a tranquilizava era o facto de a Lua estar casada com o Sol, de lhe ser muito fiel, embora o casamento da Lua seja duvidoso para muita gente. Isto porque o Sol dorme quando a Lua está acordada e a Lua deita-se quando o Sol se está a levantar.

Também há ocasiões em que a lua acorda em pleno dia e fica a contemplar o Sol. Mas isso acontece muito raramente. Por vezes, a Lua discute com o Sol e, para o castigar, põe-se à sua frente. Não

sei porquê mas chamam a esse fenómeno « eclipse». Assim, o dia fica escuro. Mas só até à reconciliação entre ambos o que, até hoje, sempre sucedeu.

A Estrela Polar tem a mania de dizer que a Lua, um dia, se mudará de vez para outra galáxia. Talvez a Andromeda, que é a que fica mais perto da Via Láctea.

No fundo, até era isso que a Estrela Polar queria, para poder ir com a Lua. Há anos que sonha deixar de ser o centro das atenções de quem esta cá em baixo a querer saber onde fica o Norte.

Se ainda hoje vemos a Estrela Polar no céu, devemo-lo às nuvens, que quando a vêem a fazer as malas, já a caminho da Cassiopeia, se oferecem para a tapar.

Assim, ninguém vê estrelas no céu e a Estrela Polar volta a arrumar as suas coisas na constelação. Depois, as estrelas Guardas da Ursa Maior fazem uma festa. Ordenam às nuvens que descarreguem água para a terra, enquanto o Sol pinta o céu de sete cores lindas e a Brisa canta suavemente. Esta é a prova de que a Estrela Polar é adorada por todos no céu.

Tânia Matias 10°LH

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DIAS DE CHUVA

Eu detesto os dias de chuva. Primeiro é uma chatice porque temos de

andar sempre a correr, ora de casa para o carro, ora do carro para a escola, e entretanto já estamos todos molhados, a cheirar a mofo e quando chegamos a casa ainda levamos nas orelhas porque estamos a espirrar.

Bem, uma pessoa sempre pode vestir um casaco impermeável, que todos detestam, mas nos dias de chuva todos usam… Se há casacos impermeáveis, porque não há calças impermeáveis? Sim, porque o que se molha mais são as calças…

Bem, saímos do carro, tau! Logo uma poça de água mesmo no sítio onde metemos o pé,

abrir e não abrir o guarda-chuva, mais molhados estamos e por fim deixamos cair o guarda-chuva para tirar a mochila do carro!

O que me enerva mais nos dias de chuva é que nunca chove nos dias de semana, só chove ao fim-de-semana e por isso temos de ficar agarrados à televisão a ver pela terceira vez os mesmos filmes. À noite, apanhamos uma seca com os telejornais, nos quatro canais (RTP 1, 2, SIC e TVI) e depois ou vemos, na TVI a “seca” dos casamentos ou na SIC a Hora H, ao menos na RTP 1, os Gato Fedorento.

Eu detesto mesmo os dias de chuva.

Nuno Salvado, 10ºTEAC

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CHRITMAS SALE / VENDA DE NATAL

Tal como foi noticiado no número de

Novembro do “Olho Vivo”, os alunos do 9º ano, os seus

Directores de Turma e

os professores do Departamento de Línguas Germânicas, organizaram uma Venda de Natal (Christmas Sale) nos dias 14 e 17 de Dezembro. O dia 14 foi bastante animado nas salas 1, 2 e átrio adjacente, com mobilização de muitos alunos do 9º ano, que colaboraram na venda, angariação de produtos e confecção e venda de bolinhos e outras especialidades britânicas à disposição no “Tea Room” em que se transformou a sala 2.

Os organizadores desta actividade agradecem a todos os membros da comunidade escolar e Encarregados de Educação que colaboraram nesta iniciativa através da aquisição de pequenos presentes, ou que provaram dos acepipes e, deste modo, contribuíram para a angariação de fundos para o financiamento de

uma visita de estudo a Londres. Nenhuma actividade é plenamente conseguida sem a divulgação apropriada e para isso contamos com a preciosa ajuda dos colegas, Mariana Azevedo e José Luís Oliveira, do Departamento de Expressões que elaboraram o poster e os panfletos e orientaram os alunos na realização dos postais de Natal.

Para os alunos, que participaram nesta iniciativa, foi uma boa maneira de pôr à prova a sua capacidade de organização, empenho e persistência na divulgação desta actividade junto da população do Fundão, apelando, simultaneamente, à colaboração de todos. Estamos à beira de concretizar o que diz o ditado “Diligence is the mother of good fortune”, ou seja, quem semeia, colhe!

Departamento de Línguas Germânicas

ALUNA DA ESCOLA SECUNDÁRIA / 3ºCEB DO FUNDÃO PREMIADA

Mais um aluno da Escola Secundária /

3ºCEB do Fundão foi premiado no Carpe Mat, promovido pelo Departamento de Matemática da Universidade da Beira Interior.

Desta vez foi a aluna Alexandra Soares do 12º CT2, que ganhou uma Menção Honrosa no âmbito da Matemática do Ensino Secundário no Carpe Mat. Este prémio foi-lhe atribuído pelo Departamento de Matemática Universidade da Beira Interior. A entrega do prémio decorreu no dia 18 de Janeiro, na aula de Matemática do 12º CT2 com a presença, entre outros, dos

senhores professores da Universidade da Beira Interior, Anabela Paiva e Pedro Patrício. Recorde-se que, em Outubro, tinha sido um aluno que ganhara o Primeiro Prémio do Ensino Secundário.

A professora de Matemática, Maria da Graça Gonçalves de Brito Rebordão

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VIDAS DIFERENTES

Numa cidade em Portugal, vivia uma rapariga e um rapaz, além de outras raparigas e outros rapazes. Ele chamava-se Paulo e ela Maria. Ele pertencia a um coro de igreja e ela a um grupo de rockers.

Um dia, um belo Domingo cheio de sol, nas férias do Verão, Maria combinou ir ter com o seu grupo para ensaiarem novas músicas e descontrair um bocado. Mas a mãe dela não estava pelos ajustes. Obrigou-a a vestir uma roupa decente (“…e tiras essas sapatilhas imundas com que andas sempre!”) e fez com que ela fosse a missa.

- Era só o que faltava – respondeu a mãe aos seus protestos – hoje é Domingo e vais comigo à missa, e é melhor calares-te porque hoje não cedo!

Maria lá foi, embora contrariada. Uma vez na missa Maria, ao fim de dois minutos, ia adormecendo e para se manter acordada foi olhando em volta. A certa altura, quando estava a olhar para o coro, o seu olhar poisou num rapaz loiro muito bem vestido que parecia um anjo a cantar. Ela estava hipnotizada. Não que ele fizesse muito o seu género mas não conseguia parar de olhar. Ele também já tinha reparado nela e também olhava. Quando a missa acabou ela sentiu pena, de certeza que nunca mais iria ver aquele rapaz, visto que não tencionava voltar a por lá os pés.

Nas semanas seguintes ele não lhe saiu da cabeça. Mesmo sem querer, sempre que aos domingos passava em frente a igreja, não se podia impedir de espreitar lá para dentro, e lá estava ele, muito direito e impecável no coro. Os amigos da Maria ficavam pasmados com estas atitudes e certo domingo, depois dela pela milésima vez ter entrado na igreja, perguntaram-lhe:

- Eh pá mas tu agora viraste beata?! Daqui a pouco estás a tentar convencer-nos a irmos todos à missa! Porque é que ‘tás sempre a entrar lá dentro?

- ‘Tás-te a passar ou quê?! – disse ela picada e toda vermelha – Eu não tenho de te dar explicações sobre o que eu faço ou deixo de fazer! Não quero falar mais no assunto!

E com isto acabou-se a conversa. Maria apercebeu-se que estava a ser estúpida por ainda estar a pensar num rapaz que não fazia nada o seu género e ainda por cima ia à missa! E até ao início das aulas tentou não voltar a pensar mais nele. Porém quando foi à apresentação dos professores e dos colegas de turma verificou, com grande espanto, que ele estava na turma dela. Chamava-se

Paulo e tinha 16 anos e era o primeiro ano que estava naquela escola. Num dia de aulas quando ela estava junto ao cacifo ele aproximou-se e disse-lhe:

- Olha eu estou um bocadinho perdido. Podias-me mostrar onde é a sala onde vamos ter aula?

Ela ficou toda vermelha mas disfarçando disse-lhe que sim com a cabeça. A sala ficava num pavilhão ainda um bocadinho longe dali e pelo caminho foram conversando. Ela descobriu que ele afinal não era tão “beto” como julgava, apesar de cantar num coro de igreja. Descobriu até que tinham gostos musicais parecidos e que ambos adoravam os Xutos & Pontapés. Ela ficou muito bem impressionada com ele. A partir daí ficaram muito amigos. Mas os amigos dela da banda não estavam muito contentes, aliás ninguém na turma dela gostava do Paulo por o acharem demasiado “betinho”. Mas ela gostava de estar com ele.

Um dia Paulo perguntou-lhe se queria ir com ela a um concerto dos Xutos & Pontapés, que iam estar na cidade. Ela aceitou. Na noite do concerto ela demorou duas horas a ficar pronta. A mãe estava estupefacta, nem parecia a mesma filha de há uns meses. Agora vestia-se com muito mais cuidado e nunca saía de casa sem lavar os dentes e ver-se ao espelho pelo menos 6 vezes!

Depois do concerto, Maria e Paulo foram dar um passeio junto ao rio e sentaram-se num banco a conversar. Inevitavelmente acabaram por se beijar. Contudo ela fugiu dele. Nos dias seguintes ela evitava-o sempre que podia. Apesar de estar apaixonada por ele, ela não conseguiu resistir a pressão dos colegas e amigos que a pressionavam a deixar de andar com ele e deixou de lhe falar por completo. Ele andava muito triste e acabou por mudar de escola de novo, e foi para um conservatório de canto. Nunca mais se viram.

Dez anos mais tarde, Maria viu num jornal que uma nova banda sensação ia estar nessa cidade. As músicas eram do tipo Rock e o vocalista era dotado de uma voz excepcional. Curiosa, decidiu ir ver o concerto e qual não foi o seu espanto, descobriu que o afamado vocalista era Paulo. Com algum esforço conseguiu contactá-lo de novo e muito arrependida pediu-lhe perdão pela maneira como o tinha tratado há dez anos. Ele perdoou-a e voltaram a sair juntos. Começaram a namorar e agora vivem juntos. Ela é a manager da banda e estão sempre a viajar. São muito felizes.

Inês Pires Reis, 10º CTCSE

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DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS ROMÂNICAS

NÚCLEO DE ESTÁGIO DE PORTUGUÊS

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA -1º FASE

No dia 15 de Fevereiro realizou-se na Escola Secundária do Fundão, a 1º fase do

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA.

Com o objectivo de estimular a prática da leitura entre os alunos do Ensino Secundário e do 3º Ciclo, os professores de Português souberam motivar os alunos a ler obras literárias e incentivaram-nos a participar neste concurso.

Foram apurados para a 2ª fase (nível distrital) os alunos do 3º ciclo: João Morais

Silva (8ºB), Andreia Creado (8º C) e Ana Carolina Brito Gama (8º A). No ensino secundário, temos Ana Carolina Fidalgo (10º CT1), Inês Pires Reis (10º CT/CSE) e Mariana Morgadinho (10º LH).

A todos os participantes será entregue um certificado de participação, e aos alunos que foram apurados para a 2º fase ser-lhes-á oferecido um cheque livro, no montante de 20 euros para os primeiros classificados e de 15 euros para os segundo e terceiros classificados, a gastar na Feira do Livro da Escola Secundária do Fundão, nos dias 3, 4 e 5 de Março de 2008.

Maria de Jesus Lopes

Projecto “PANOS – Palcos Novos Palavras Novas”.

Este ano, o Grupo de Teatro da Escola Secundária com 3º ciclo do Fundão inscreveu-se no projecto PANOS (Palcos Novos Palavras Novas) da Culturgest, que alia o teatro escolar/juvenil às novas dramaturgias, inspirando-se no programa NT Connections do National Theatre de Londres.

Segundo os Histéricos, o grupo inscreveu-se «por achar que é um desafio para o grupo, por ser um projecto que implica uma aprendizagem real no âmbito das artes dramáticas, pelo contacto com agentes do teatro (encenadores, dramaturgos, tradutores, técnicos…), palcos e texto, pelo contacto com outros grupos de teatro jovens do resto do país e ainda porque pode promover o Grupo, a escola e a cidade do Fundão a nível nacional.

Para desenvolver este projecto, o grupo conta com as parcerias do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Fundão e da Quarta Parede, Associação de Artes Performativas da Covilhã.

O Grupo conta apresentar o resultado do seu trabalho em Abril, na Moagem, e ambiciona ser seleccionado para o festival da Culturgest em

Lisboa. Por isso têm trabalhado arduamente e participado em inúmeras actividades: - um workshop para encenadores dos grupos participantes no projecto PANOS em Lisboa com a presença dos autores dos textos, encenadores e tradutores. - oficinas semanais para preparação dos jovens actores; - workshop de movimento coordenado pelo bailarino Luís Antunes e conversa sobre o processo de criação de um espectáculo com o músico Carlos Zíngaro na Moagem.

Bom trabalho!

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Entrevista ao Professor António Pereira – Coordenador do Grupo de Teatro Mélissa/Sabrina ( * ) – Quando é que sentiu o gosto pelo teatro? Professor António – Verdadeiramente foi no ensino secundário. Tínhamos um grupo de Teatro na escola secundária Frei Heitor Pinto da Covilhã. Na altura eram três professores que estavam à frente do grupo e foi aí que adquiri o verdadeiro gosto pelo teatro e descobri o prazer de representar. M/S – Porque é que decidiu formar um grupo de teatro nesta escola? Prof. A – Aqui na escola… Porque estou muito ligado ao teatro em termos sentimentais e emocionais … desde aquela altura. Gosto realmente de fazer teatro, gosto de propor actividades e de estar em grupos que pratiquem essas actividades. Antes de vir para esta escola, já tinha estado noutras escolas, inserido em grupos de teatro; por isso esta não foi a minha primeira iniciativa. M/S – As peças de teatro que fez com o seu grupo superaram as suas expectativas iniciais? Prof. A – Muitas delas superaram, mas sei que as minhas expectativas são fazer sempre o melhor. Mas sim, algumas vezes senti que atingimos o melhor. M/S – O que é o melhor para o “stor”? Prof. A – O melhor é sentir um prazer imenso ao ver os alunos a actuar, sentir que tudo está exactamente equilibrado em palco e sentir que há uma corrente que sai dos “actores”, uma energia que se espalha pelo público. M/S – O “stor” não entra nas peças? Prof. A – Tive pequenas participações, mas prefiro ter um olhar exterior, não é que não tenha vontade de fazer teatro porque tenho muito, mas não é isso, tem é de haver sempre alguém que olhe do exterior e que consiga ver o conjunto, para tentar melhorar as coisas em palco. M/S – Quem elabora os textos?

Prof. A – Ok… Depende, as primeiras peças que fizemos era de um aluno que se chamava Pedro Baltazar, isto há 12 anos. Era ele quem construía os textos e aliás foi por isso que surgiu o grupo, porque ele queria pôr a peça em cena e não sabia como. Vieram ter comigo, gostei muito do texto e disse “vamos pôr”. Durante vários anos, usamos sempre os textos dele porque eram realmente bons e muito interessantes e ele escrevia muito bem e então queríamos sempre pôr os textos dele em cena. Depois disso, tivemos outras experiências: partimos para a pesquisa de textos por temas que nos interessavam e que achávamos que tinham alguma coisa a dizer para tentar melhorar alguma coisa na sociedade. M/S – Quantas pessoas constituem o grupo de teatro? Prof. A – Este ano tivemos 23 inscrições, entretanto nem sempre é fácil de estarem as 23, até porque como vocês sabem, além do teatro há outras coisas, os testes, exames e alguns deles acabaram por desistir… Neste momento, temos cerca de 15 efectivos e temos colaboradores do 12º CAV, que tratam dos cenários. M/S – Os alunos gostam das peças? Prof. A – Eu acho que gostam… Eu dou-lhes sempre a hipótese de escolherem o tema mas por acaso são sempre os meus temas a serem escolhidos; portanto fico satisfeito ao ver um texto que adoro vir a ser representado. M/S – Qual o tempo que leva para preparar uma peça? Prof. A – É assim, tivemos a peça em finais de Setembro, inícios de Outubro e vai durar até Abril. Estreamos em Abril, têm estes meses todos porque os alunos não são profissionais. M/S – Se tivesse que definir o teatro com uma palavra como o definiria? Prof. A – Paixão (risos) … é a minha palavra.

(*) – Duas alunas dos cursos profissionais (Mélissa Rodrigues (PAL) e Sabrina Barreto (PTAR)) que

também entrevistaram alguns histéricos.

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ENTREVISTAS A ALGUNS MEMBROS DO GRUPO HISTÉRICO

David 12ºCT2

M/S – O que é que te levou a entrar para o teatro?

David - Eu tenciono seguir teatro no futuro e entrar para o conservatório. É uma maneira de ganhar experiência.

M/S - Quais são as tuas dificuldades na realização das peças?

D – As minhas dificuldades? (risos), provavelmente a dicção. Tenho a mania de alterar textos e metê-los à minha maneira, o “stor” tem sempre problemas comigo. (risos)

M/S – Se te enganas nas peças, tens facilidade em continuar?

D – Sim, por acaso é uma coisa que me é característico, improviso, safo-me bem com o improviso.

M/S – Como te sentes antes e depois da realização de uma peça?

D - Antes é uma adrenalina que é uma coisa…(risos), que é emotivo, depois é aquela satisfação por ter conseguido transmitir alguma coisa, quando as pessoas vêm ter comigo e desejar parabéns por ter conseguido fazer isto ou aquilo .

M/S – Então e se a peça correr mal?

D – Normalmente ninguém fala connosco, por pior que corra. Mas nós divertimo-nos sempre a fazê-las, às vezes não devia ser assim, esquecemo-nos do público e brincamos mais entre nós no palco.

M/S – Com que tipo de papel te sentes mais à vontade?

D – Maluco… (risos), pura e simplesmente.

M/S – Achas-te um verdadeiro actor?

D – Difícil… Não sei, estou a fazer por isso, agora se o vou ser alguma vez ou não, o tempo o dirá. Helena – 9ºC

M/S – O que te levou a entrar para o teatro?

H – Eu sempre gostei de teatro e sempre me disseram que tinha jeito. Uma coisa que sempre me agradou bastante foi realizar peças de teatro e

já tenho Oficina de Teatro desde o 7º ano. Conheci este “stor” e sempre fiz pressão para que ele nos deixasse entrar para o grupo de teatro, mas como era só para o 10º ano não deixou, mas este ano deu-nos uma oportunidade.

M/S – Quais são as tuas dificuldades na realização das peças?

H – Ui… Eu só entrei este ano, portanto vou falar mais ou menos no geral, aquilo em que eu tenho mais dificuldades é um bocado em superar as expectativas que os outros têm de mim, tenho um pouco de medo de fracassar ou mesmo de parar no teatro, ter brancas, mas acho que sempre me safei mais ou menos.

M/S – Como te sentes antes e depois de realizares as peças de teatro?

H – Ui… Antes da peça é assim…quando estou prestes a entrar em cena é: “Aí meu Deus vou-me esquecer de tudo”, “Aí meu Deus eu não consigo, eu vou falhar” (risos). Depois é do género “opa consegui”.

M/S – Com que tipo de papel te sentes mais à vontade?

H – Hum… atravessada assim da cabeça, também como o David (risos).

M/S – Achas-te uma verdadeira actriz?

H – Aí… não, ainda tenho um caminho longo a percorrer.

Cíntia – 9ºC

M/S – O que te levou a entrar para o teatro?

C – Eu sempre gostei de teatro, surgiu esta oportunidade e entrei para o grupo.

M/S – Quais são as tuas dificuldades antes e depois das peças?

C – Antes, muito nervosa, sempre com medo que falhe alguma coisa, depois é um alívio.

M/S – Com que tipo de papel te sentes mais à vontade?

C – Ui… Maluca (risos).

M/S – Achas-te uma verdadeira actriz?

C – Sei lá… Isso é preciso a opinião do público (risos)

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PARLAMENTO DOS JOVENS 2008 – ENSINO SECUNDÁRIO

Tema: “ União Europeia: participação, desafios e oportunidades”

No dia 7 de Janeiro de 2008, realizou-se, na biblioteca da Escola Secundaria do Fundão, a eleição dos deputados à Sessão Escolar do Parlamento dos Jovens, com o objectivo de debater as medidas propostas por cada uma das listas concorrentes (lista A e lista B).

Assim, sob a orientação dos professores envolvidos neste projecto, Luís Nunes e Maria de Jesus Lopes, no dia 11 de Janeiro, participaram no debate da Sessão Escolar, para a elaboração de um Projecto de Recomendação, os seguintes alunos eleitos:

Lista A – Mariana Morgadinho (10º LH), Ana Sofia ( 10º CT1), Sara Amaral ( 10º CT1), Paula Vaz (10º LH), Carolina Fidalgo (10º CT1), Catarina Mouzelo (10º CT1), Rafael ( 10º CT1), João Raposo (10º CT1), Luís Mosa (10º CT1), Anaísa Fernandes ( 10º CT1).

Lista B- Tiago Teles (11º CSE), Maria Faia (11º CSE), Marina Ribeiro (11º CSE), Nelson Duarte (11º CSE), Diana Botelho (11º CSE). Maria Faia (11º CSE).

Nesta sessão, após o debate de ideias, votaram-se as propostas defendidas por cada lista e procedeu-se a eleição de três alunos efectivos (Ana Sofia Moreira, Sara Amaral e Tiago Teles) e dois suplentes (Marina Ribeiro e Nelson Duarte) para apresentar o Projecto de Recomendação da nossa escola, a nível distrital no dia 19 de Fevereiro.

O Projecto de Recomendação que resultou desta sessão é o seguinte:

Exposição de Motivos: “ O Pacto Europeu para a Juventude estabelece princípios comuns a todos os países da União Europeia

relativamente à criação de oportunidades para jovens. A União Europeia está empenhada em garantir aos jovens a possibilidade de participar na sociedade como qualquer outro cidadão, ou seja, não apenas em termos de igualdade de oportunidades de emprego, mas também de igualdade de oportunidades no acesso à educação e formação de qualidade, a uma habitação decente, ao emprego digno adequado às qualificações, a prestações de segurança social de alto nível e a serviços de procura de emprego competentes.” Panoramica das actividades da União Europeia,Educação,Formação, Juventude

Tendo em conta a necessidade de facilitar a comunicação entre os vários membros da comunidade

europeia. Tendo em conta a necessidade de proporcionar as mesmas oportunidades na educação e na mobilidade do

emprego. Considerando que, actualmente, o inglês funciona como língua universal, além de permitir uma melhor

comunicação dentro da União Europeia também possibilita uma melhor comunicação com o resto do mundo. Considerando que é a língua utilizada na linguagem da computação.

Tendo em conta a deslocação de empresas para países em que a mão-de-obra é mais barata. Tendo em conta o aumento da taxa de desemprego em Portugal e a diminuição a nível europeu. Consideramos que é necessário, perante os novos desafios da UE, com o alargamento a 27 países, tomar

determinadas medidas. Tendo em conta que os investigadores / cientistas europeus são aliciados por outras potências mundiais. Tendo em conta que a UE se deve afirmar como símbolo de excelência no ensino superior, na

investigação e na inovação. Consideramos que, perante os novos desafios da UE, se deve criar oportunidades aos jovens

investigadores.

Medidas propostas: 1. Ensino do Inglês desde o 1ºciclo até ao final do ensino secundário, com uma avaliação qualitativa do nível de

desempenho. 2. Definição a nível europeu medidas para evitar falências de empresas que têm como objectivo permitir à

entidade patronal criar outras, em países com uma mão-de-obra mais barata. 3. Investimento num projecto europeu que vise manter os jovens cientistas/ investigadores na UE.

Coordenadora do projecto, Maria de Jesus Lopes

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“CIDADANIA EUROPEIA E A ESCOLA”

No dia 15 de Janeiro, realizou-se mais uma iniciativa do Clube Europeu da nossa Escola, “CIDADANIA EUROPEIA E A ESCOLA”. Esta actividade foi dirigida aos alunos dos 8º e 9º anos e CEF2, da Escola Secundária do Fundão e aos

alunos dos cursos profissionais nível 2 e 3 da Escola Profissional do Fundão, no dia 15 e 16 de Janeiro respectivamente. Para que fosse possível abranger todos os alunos realizaram-se 4 sessões na Escola Secundária do Fundão, terminando os trabalhos às 18 horas e 3 sessões na Escola Profissional do Fundão. As sessões abordaram essencialmente os deveres e direitos dos indivíduos numa perspectiva evolutiva da União Europeia, tendo como objectivo fundamental, envolver os alunos na temática e levá-los ao exercício de uma cidadania consciente.

Esta actividade só foi possível graças à colaboração do Centro de Informação Europeia Jacques Delors. Ao CIEJD, à formadora Dª Isabel Valente e aos professores que colaboraram o nosso Bem Haja.

Armando Anacleto

AULA PRÁTICA DOS ALUNOS DA TURMA PROFISSIONAL DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL NA ESCOLA PROFISSIONAL DO FUNDÃO.

No passado dia 24 de Janeiro, a turma do Ensino Profissional TAR, no âmbito da disciplina Técnicas de Acolhimento e Animação foi efectuar uma visita à Escola Profissional do Fundão (E.P.F), para ter uma aula prática muito interessante. Por volta das 11.30 tínhamos à nossa espera o Director Dr. Santos Costa que nos apresentou um professor de hotelaria e respectivos alunos do segundo ano.

Numa hora e meia, que passou num abrir e fechar de olhos, o formador e a sua equipe de alunos exemplificaram-nos a arte de bem servir. Percebemos as técnicas de protocolo e etiqueta que devemos ter à mesa. Percebemos que nas mesas há um sempre um “anfitrião”.

Aprendemos termos técnicos como “desembaraçar a mesa” “serviço à inglesa directo ou serviço à americana”. Os alunos treinam com

saquetas de açúcar (simulam comida) e com água (simula a sopa). A aula foi muito rica, pois apesar de se transmitir muita informação, esta foi dada de uma forma prática, sempre com muita interacção entre os clientes (nós), empregados de mesa (alunos do 2º ano) e o professor.

Antes de nos irmos embora, deixámos as simulações e fomos presenteados com um belo almoço (desta vez bem real e apetitoso), seguindo todas as regras de etiqueta e protocolo. Não podemos deixar de agradecer à E.P.F, nas pessoas do formador que foi extremamente simpático, do Dr. Santos Costa pela sua hospitalidade e como é claro aos alunos do segundo ano, que demonstraram já serem grandes profissionais de hotelaria.

Oxalá no futuro sejamos nós também excelentes profissionais de turismo e nos encontremos no mercado de trabalho para trabalharmos em parceria, pois o TURISMO e a HOTELARIA andam sempre de “braços dados”.

Turma do 10º P.TAR

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DIREITO A MORRER DIGNAMENTE? Reflexão sobre a Eutanásia

No âmbito da disciplina de Filosofia, os alunos da turma 11º CT2 assistiram ao filme Mar Adentro, filme que a partir de factos reais provocou o debate sobre a Eutanásia.

Mar Adentro conta a história de Ramón Sampedro que, na sequência de um acidente na praia, ficou tetraplégico aos 26 anos. Este homem real trocou a sua liberdade e juventude

por uma cama durante 28 anos. Ramón ficou conhecido em Espanha por

ter sido o primeiro a pedir com persistência autorização para a Eutanásia. Este homem, reclamou o direito a morrer dignamente, tentando incessantemente alterar a lei. A sua voz ecoou pelo mundo, lançou o debate, mas contra a vontade de todos os seus apoiantes, não houve alterações legislativas. R. Sampedro terminou a sua vida em 1998, com a ajuda de várias mãos amigas.

Eutanásia significa literalmente doce morte. O que está em causa em relação a este tema é se devemos ou não aceitar que alguém ajude outra pessoa a morrer sem ser acusado de homicídio. Este problema tem sido posto em relação a casos de doentes que, devido à sua condição física demasiado penosa, sentem que viver é apenas uma obrigação.

Viver é mesmo uma obrigação? Poderemos condenar incondicionalmente quem defende a Eutanásia? Porque é que este tema suscita opiniões tão diversas e é ainda considerado um tabu?

Consideramos que viver não é uma obrigação. Defendemos a vida, mas também defendemos o direito à liberdade. Assim, defendemos que os pedidos de eutanásia devem ser bem avaliados. Somos contra a banalização da eutanásia, mas julgamos que há casos que podem justificar a alteração da lei.

Os pedidos devem vir de quem ainda está consciente, de quem viva uma situação física demasiado dolorosa ou uma situação de dependência pouco digna.

Discordamos que se possa impedir a eutanásia com base em argumentos religiosos tais como “o término como a criação da vida está nas mãos de Deus”. Também discordamos que se deva fazer uma distinção tão drástica entre o suicídio e a eutanásia. Ou seja, alguém que tente suicidar-se sem sucesso nunca é considerado um criminoso. Alguém que peça a eutanásia, fá-lo porque não consegue terminar o seu sofrimento pelas suas próprias mãos.

Claro que não encorajamos o suicídio, não defendemos a morte em detrimento da vida. Defendemos, pelo contrário, que se deve viver com dignidade e com liberdade.

Alunos 11ºCT2 e professora Catarina Crocker

FICHA TÉCNICA

DIRECÇÃO, REDACÇÃO E CONCEPÇÃO GRÁFICA

Escola Secundaria c/3º Ciclo do Fundão

Rua António José Saraiva Ap.34 - 6230-000 Fundão

TIRAGEM: 300 exemplares

http://www.prof2000.pt/users/olho_vivo/ ou http://escola-sec-fundao.ccbi.com.pt/ JORNAL ESCOLAR – OLHO VIVO

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VISITA DE ESTUDO A SANTO TIRSO, PORTO e VIGO

Realizou-se nos dias 14 e 15 de Janeiro uma visita de estudo com as turmas de 12º ano CAV e AS e a

turma do 10º PTAR., com saída às 8h00 do dia 14 e chegada às 23h00 do dia 15. No curso profissional, registaram-se actividades no âmbito das disciplinas de História da Cultura e

das Artes, Turismo e Técnicas de Gestão, Ambiente e Desenvolvimento Rural e Geografia Constaram do programa as actividades seguintes: Museu Internacional de Escultura Contemporânea

de Santo Tirso, conversa com o artista plástico – Alberto Carneiro, Pequena Visita à cidade do Porto, Casa da Música – Porto, Museu Arte Contemporânea de Vigo e Visita à Cidade de Vigo

Pretendeu-se com esta iniciativa desenvolver um conjunto de competências de ligação, entre as aulas teórico-práticas das disciplinas e todas as experiências vividas nestes dois dias de trabalho e convívio. Assim, estabeleceu-se uma ponte entre os conteúdos abordados nas aulas mais teóricas e a análise prática decorrente desta preciosa visita de estudo.

O testemunho de três alunos do PTAR revela bem a importância que as visitas de estudo adquirem para a sua vida escolar.

Viajem a Porto, Vigo e St. Tirso foi um sucesso Não faltou a tradição, Da boa merenda, chouriça e pão Com alunos de turismo sempre a animar mesmo passeando não temos medo de trabalhar

Ricardo

A visita a Santo Tirso/Porto/Vigo abriu-nos novos horizontes.

Lisa

Com a vista de estudo a S.Tirso/ Porto / Vigo tivemos a oportunidade de “alargar” novos conhecimentos. Conhecer recursos turísticos diferentes da nossa região e verificar como os guias comunicavam com o público foi muito positivo porque isso vai fazer parte do nosso futuro.

Sabrina

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A CASA INTELIGENTE

Andamos já todos contentes à espera do dia em que a nossa casa será finalmente inteligente! As casas, ao contrário da maioria das pessoas, serão mais inteligentes quanto mais obedientes forem: abrirem portões, fecharem persianas, ligarem o sistema de rega, encherem ou esvaziarem a piscina… tudo isto ao toque de um simples botão ou à distância de um SMS.

Terá chegado a altura de trocar as portadas pesadas de dobradiças ferrugentas e as minhas janelas obsoletas e começar a planear as ordens que darei aos objectos inteligentes: “abre-te porta!”, “fecha-te portão!”, “liga-te aquecimento!”, “rega-te jardim!”… Ou talvez não valha a pena apressar-me! …

Essa casa que anunciam tem ainda um QI muito baixo!!! Quero a minha casa um bocadinho mais perspicaz, conselheira e interessada na minha saúde e nos meus conhecimentos….

Não serei eu, sequer, a fazer compras on-line. O novo frigorífico, planeado e organizado com uma ordem regular humanamente impossível, será capaz de detectar produtos em falta e enviar ao meu fornecedor habitual pedidos de compra. Mudará imediatamente de fornecedor se identificar outro mais económico. O equipamento inteligente poderá enviar-me sinais luminosos ou começar a tocar música à hora da fome, à hora do eventual aquecimento rápido num micro-ondas futurista, directamente ligado ao frigorífico por canal automático.

Claro que na minha casa haverá uma cozinheira inteligente (Eu?!) que já nem precisará de cozinhar! Mas isto não me chegará… Também o chão da cozinha terá sensores que poderão verificar o meu peso e decidir, assim, o tipo de alimentação que ando a precisar ou se estarei até proibida de retirar produtos do frigorífico. Estes sensores saberão distinguir as diferentes solas que se desloquem pela casa, calculando refeições para as diferentes faixas etárias, diferentes gostos e estados de saúde.

Quanto às minhas gavetas, roupeiros e afins estarão permanentemente abertos na secção adequada às condições atmosféricas e com uma programação adequada para não se repetirem cores, para se combinarem tonalidades, tecidos e ocasiões. Não haverá faltas de gosto, camisas sem botão nem haverá nódoas. Talvez nem haja “gostos”...

As minhas estantes serão também inteligentes e provavelmente accionarão alarmes devido ao excesso de livros de poesia e de filosofia e reclamarão leituras mais objectivas e “úteis” para equilibrar os meus conhecimentos… AH, não, claro!! Não haverá livros na prateleira nem prateleiras, apenas paredes deslizantes que serão ecrãs gigantes onde poderei consultar e viver tudo on-line!

Até lá continuarei a ler Bocage, à espera da última moda, debruçada na minha janela menos inteligente, à espera de ver o tempo passar! Sem pressa…

Catarina Dionísio Crocker *************************************************************

EM NOME DA TERRA

O ser humano é um animal fantástico porque mostra interesse pelo mundo que o rodeia e consegue transformá-lo num «habitat» onde pode viver luxuosamente e dedicar a sua vida a fazer aquilo que quiser e bem entender, contudo, a vida não é um «mar de rosas» e, desde a sua existência, o Homem teve de lidar com problemas diários para os quais ele teve de encontrar resposta.

Ao longo do tempo, o ser humano pensou, repensou, construiu, destruiu, fez e refez tudo e mais alguma coisa, sempre a pensar numa vida melhor para si e para os seus. Assim, o Homem vive num mundo ao qual gostaria de chamar «Reino dos Céus». Mas será que o que o Homem faz não afecta o planeta? Claro que sim.

Para viver no «Reino dos Céus» e melhorá-lo, o Homem deseja mais e mais, e cada vez mais. Deseja tanto que a Terra não tem possibilidades para lhe conceder todos os desejos. O Homem está a «espremer» demasiado a Natureza. Abusa dos recursos naturais, oblitera espécies de animais, destrói florestas colossais, constrói fábricas, prédios, estradas, automóveis…e não repõe nada no lugar daquilo que gasta. A nossa moeda de troca é a poluição e esta está a provocar o que hoje se constata, o efeito de estufa. Se isto continua, qualquer dia morre-se cremado.

O Homem tem que mudar e urgentemente. A sua maneira de pensar é a base de tudo, é o que o distingue dos outros animais. Ou mudamos de uma vez por todas ou vamos desta para pior!

Adérito, 10º CT2

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A LITERATURA DE TRADIÇÃO ORAL Dentro da temática “A literatura de Tradição Oral,” os alunos de 7º ano desenvolveram um

trabalhado sobre fábulas e provérbios. No seguimento desta tarefa, os alunos do 7ºA elaboraram histórias que dariam vida a provérbios, à semelhança de um texto analisado na aula e intitulado “Velhos Provérbios” de Gianni Rodari.

ASSEMBLEIA DOS PROVÉRBIOS!

Era uma vez três provérbios que se encontraram na Assembleia da República dos provérbios.

O provérbio «Nem que a raposa mude a pele nunca muda o nome», era o governo, «quem tem telhados vidro não deve atirar pedra», era o partido da maior oposição e «burro velho não aprende a lição».

Eles estavam a debater o fecho das urgências.

Um partido disse -senhor ministro, «burro velho não aprende lição», o povo que está

habituado a ir as urgências já não aprende o caminho para outros hospitais! Entretanto, intervém outro provérbio e disse – senhor ministro, «quem tem telhados de vidro não atira pedra», o senhor ministro não sabe que também pode vir a precisar dos hospitais e depois não os irá ter?

E o governo respondeu – meus amigos, «nem que a raposa mude a pele nunca muda o nome», se eu voltar a abrir os hospitais, já ficarei com a fama para sempre, e ter urgências abertas ou fechadas, é a mesma ciosa.

Jorge Craveiro, 7A

HISTÓRIA DOS PROVÉRBIOS -Nem por muito madrugar -dizia um provérbio antigo - amanhece mais cedo. -Mas eu, não madrugo! - Exclamou a bola de futebol. - Como é possível, eu faço tudo com calma! - Exclamou a bola de basquetebol. O Antigo Provérbio afirmou “Quem semeia ventos colhe tempestades”. -É verdade o que o Antigo Provérbio disse, porque a minha prima, a bola de andebol, se

meteu em confusões e acabou por se meter em lutas e guerras com a raquete. A raquete pediu à bola de futebol que lhe fosse buscar uma pena vermelha para jogar badmington. Em vez disso, a bola de futebol trouxe-lhe uma pena verde porque não havia penas vermelhas naquela loja mas a raquete não gostou. O Antigo Provérbio retorquiu: - Quem quer anda. Quem não quer manda.

Ana Rita Nunes e Carla Magueijo, 7ºA

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Dentro da mesma temática e orientados pela professora de Português, Rosa Antunes, o 7º B fez uma recolha de lendas, provérbios, adivinhas e anedotas que partilha convosco no vosso jornal, esperando que se divirtam com a sua leitura.

A LENDA DE HAN CRUM

Diz-se que esta história aconteceu no início da formação da Bulgária. Era uma vez um homem que se chamava Han Crum e tinha cinco filhos. Nos últimos momentos

de vida decidiu falar com os filhos. Pediu-lhes para que cada um levasse um pauzinho. Depois juntou os cinco pauzinhos e pediu a cada um dos filhos para os tentar dividir. Nenhum foi capaz. Seguidamente, separou o conjunto dos paus e começou a parti-los em vários pedaços. Então, explicou aos filhos que eram como os pauzinhos: juntos e unidos, ninguém os conseguiria prejudicar. A união seria a sua força. Separados eram mais fracos, não poderiam sobreviver.

Esta é a lenda da força de Han Crum. Denis Mehmed, 7º B

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LAVADEIRA DE ALVERCA

Ó lavadeira de Alverca Alivia o teu penar É dia santo de guarda Guarda as horas para orar. - Tenho filhinhos pequeninos Tenho de os sustentar. Pedem-me pão p’ra comer Eu não tenho o que lhes dar. A minha vida é tão triste! É tão triste o meu chorar! Lavo de noite e de dia Hora a hora sem parar. Tenho filhinhos pequenos, Tenho de os sustentar. Ó lavadeira de Alverca, Toda a vida sem descanso, Deixa a roupa e a ribeira Não laves em dia Santo. -São aventais e camisas Lençóis, colchas, travesseiros… Tudo lavo c’o estas mãos P’ra ter tão pouco dinheiro! Faço barrelas sem fim, Lavo as nódoas dos senhores. Por que me falam assim, Se alimento os meus amores, Os meus filhinhos pequenos que são todo o meu tesouro E ganho o pão que lhes dou Aqui, neste lavadouro? Ó lavadeira de Alverca Alivia o teu penar, Deixa a roupa e a ribeira É tempo de descansar. - Descanso, eu não conheço. Trabalho de sol a sol. E outra coisa não peço. Se não criar os meus filhos Sem fome e com amor. Gasto os dias, gasto a vida A lavar nesta ribeira. Não quero ver os meus filhos Crescer sem eira nem beira. É este o meu destino. É esta a minha missão: Esfregar roupa noite e dia Lavando com coração.

Ó lavadeira de Alverca Hoje é dia de ascensão Deixa a roupa lavadeira Esqueceste a tradição? “Se os passarinhos soubessem Quando é a ascensão Não comiam, nem dormiam Nem punham o pé no chão” Deixa a roupa, lavadeira Ela é o teu ganha-pão Não queiras ó lavadeira Torna-la em perdição A lavadeira não ouvia… Continua a labutar. Bate a roupa, noite e dia, Dia e noite sem parar. Lava, lava a lavadeira Atormenta o coração… (Quem não há-de atormentar-se?) A lavadeira é mãe, Tem filhinhos para criar! Esquece o dia sagrado Não pára de trabalhar. Ai, é tão triste o seu fado, Tão dorido o seu penar! Envelhece a lavadeira Não abandona a ribeira…. E já na hora final, Ouve longe a voz do vento: Ó lavadeira de Alverca, Esqueceste a ascensão. Tinhas filhinhos pequenos Ouviste o teu coração…. Lava a roupa lavadeira Lava, lava, sem parar. E, hoje, quando se passa, A ponte sobre a ribeira Soa o bater da roupa… Dizem ser a lavadeira. A lavadeira de Alverca Bate a roupa sem cansar. Tem os filhinhos pequenos Lava, lava sem parar Lava a roupa a lavadeira… Até quando o seu penar?

Inês Vieira Martins, 7º B In «Lendas da Beira» Autora: Maria Antonieta Garcia

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RECOLHA FEITA PELOS ALUNOS DO 7º B

Professor: Pode dizer-me o nome de cinco coisas que contenham leite? Aluno: Sim, senhor professor: Um queijo e quatro vacas.

Dois alunos chegam tarde à escola e justificam-se: - 1º Aluno: Acordei tarde, senhor professor! Sonhei que fui à Polinésia e demorou muito a viagem. - 2º Aluno: E eu fui esperá-lo ao aeroporto!

Um aluno de Direito a fazer um exame oral: O que é uma fraude? Responde o aluno: - É o que o Sr. Professor está a fazer. O professor muito indignado: - Ora essa, explique-se... Diz o aluno: - Segundo o Código Penal comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar!

Professor: Quantos corações temos nós? Aluno: Dois, senhor professor. Professor: Dois!? Aluno: Sim, o meu e o seu!

Professor: De onde vem a electricidade? Aluno: Do Jardim Zoológico! Professor: Do Jardim Zoológico? Aluno: Pois! O meu pai, quando falta a luz em casa, diz sempre: "Aqueles camelos...".

Professor: Chovia que tempo é? Aluno: É tempo muito mau, senhor professor.

- "Stora", alguém pode ser castigado por uma coisa que não fez? - Não. - Fixe. É que eu não fiz os tpc.

- Joaquim, diga o presente do indicativo do verbo caminhar. - Eu caminho... tu caminhas... ele caminha... - Mais depressa! - Nós corremos, vós correis, eles correm!

Professor: O que devo fazer para repartir 11 batatas por 7 pessoas? Aluno: Puré de batata, senhor professor!

O professor ao ensinar os verbos: - Se és tu a cantar, dizes: "eu canto". Ora bem, se é o teu irmão que canta, como é que dizes? - Cala a boca, Alberto.

PROVÉRBIOS

A Pescada de Janeiro, vale um carneiro. Aproveite Fevereiro quem folgou em Janeiro. Calças brancas em Janeiro, sinal de pouco dinheiro. Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro. Chuva em Janeiro e não frio, dá riqueza no estio. Comer laranjas em Janeiro, é dar que fazer ao coveiro. Da flor de Janeiro, ninguém enche o celeiro. Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio. Em Janeiro saltinho de carneiro. Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar. Em Janeiro uma hora por inteiro e, quem bem olhar, hora e meia há-de achar. Em Janeiro, cada Ovelha com seu Cordeiro. Em Janeiro, nem Galgo lebreiro, nem Açor perdigueiro. Em Janeiro, seca a Ovelha no fumeiro. Em Janeiro, sete capelos e um sombreiro. Em Janeiro, um Porco ao sol e outro ao fumeiro. Goraz de Janeiro vale dinheiro. Janeiro fora, cresce uma hora.

Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano formoso. Janeiro molhado, se não cria o pão, cria o gado. Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é mau para o gado. Janeiro quente, traz o Diabo no ventre. Janeiro tem uma hora por inteiro. Luar de Janeiro não tem parceiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto. Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro. No minguante de Janeiro, corta o madeiro. O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito o 1º de Janeiro. Pintainho de Janeiro, vai com a mãe ao poleiro. Quem em Janeiro lavrar, tem sete pães para o jantar. Sapato branco em Janeiro é sinal de pouco dinheiro. Se queres ser bom alheiro, planta alhos em Janeiro. Se queres ser bom milheiro, faz o alqueire em Janeiro. Seda em Janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro. Verdura de Janeiro, não vai a palheiro. Vinho verde em Janeiro é mortalha no telheiro.

Gonçalo Santos e João Ramos, 7ºB

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ADIVINHAS

1-Tem asa, tem bico, e fica em baixo da cama, o que é?

2- Na água nasci, na água me criei, mas se me jogarem na água morrerei?

3- O que é, o que é: De dia fica no céu e à noite fica na água?

4- Por que algumas pessoas colocam o despertador debaixo da almofada?

5- O que é que anda com os pé na cabeça?

6- O que é que quanto mais se perde, mais se tem?

7- O que é o que é: Tem 5 dedos, mas não tem unha?

8- O Que é o que é? Estou no início da rua, no fim do mar e no meio da cara?

9- São sois irmãos do mesmo nome, vão marchando com afinco, mas um dá sessenta passos, enquanto o outro dá cinco.

10- Faço os olhos bonitos e os coelhos são doidos por mim, cresço de pé e sirvo para pratos sem fim.

11- Foi feita para impedir, também para deixar passar, meu dono pode-me abrir que esse nunca vai roubar.

12- É uma caixinha, de bem-querer, não há carpinteiro, que a saiba fazer.

13- Verde foi o meu nascimento e de luto me vesti, para dar a luz ao mundo mil tormentos padeci.

14- Sou gigante e gigantão, tenho doze filhos no meu coração, de cada filho trinta netos, metade brancos, metade pretos.

15- Somos duas irmãs gémeas, despidas ou enfeitadas, nunca nos podemos ver e nunca andamos zangadas.

Adivinharam? Sim? Estão de parabéns. Não? Então, no próximo número do “Olho Vivo”, publicaremos as respostas.

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A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS

Textos elaborados pelos alunos do 12º ano nas aulas de Português da professora Teresa Correia

O mundo é imenso Mesmo quando tudo está errado Nunca se cai… No fundo de ti Existe toda esta terra Por onde podes caminhar A gravidade por vezes atira-te Para o fundo Mas nunca se cai… Existe toda esta terra, Por onde encontras caminhos e… nunca se cai.

Cristiana Pereira, 12º CT4

Sê um só, um céu Com nuvens e dúvidas Com relâmpagos e arco-íris. Insano, insatisfeito e inteiro. Mas vê de todas as cores, Sem medos nem máscaras. Original, sem te afastares de ti Grande, sem pretenderes sê-lo. Faz-te à medida do que exiges Procurando a perfeição Na noite que brilha No dia que vibra No sonho que prevalece.

Cláudia Batista, 12ºCT4

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A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS A vida é única! Segue o teu instinto, Guia-te pelo coração ... Podes falhar, Encara como uma lição. Aprende com os erros! Descobre o significado dos teus actos, Gestos, atitudes, acções ... Reflexos do que somos, Do carácter, Da personalidade de cada um. "Cada um é cada qual"! Luta pelo que acreditas, Vence ... e triunfa, Mesmo derrotado. Flutua no mar calmo, Rema no mar agitado ... Sem abandonar nada Nem ninguém. Não te deixes cair ... Nunca desistas!

Tânia Lopes 12° CT4

Sê feliz! Sê feliz como uma criança; Quando abre a sua prenda, Sempre na esperança, De tudo e de nada ... Acredita na possibilidade, Ela existe. Em tudo, em quase tudo, em qualquer coisa! No que desejas, No que amas, Ela está sempre presente. A vida é um oceano cheio de altos E baixos. Tenta alcançar os altos mais altos E deixa os baixo no fundo. Impede que as tristezas façam parte de ti! E lembra-te que o amor existe, Mesmo nas coisas mais simples, Ele aparece, Mesmo que não acredites.

Ana Oliveira, 12º CT4 Moro no mar do cansaço do pensamento Nas ondas da ansiedade Vagueio pelas ilhas do pensamento Colhendo as frutas da deliberação À noite adormeço no barco da dúvida Olhando para o céu onde as estrelas me beijam. Sinto-me longe da costa… Ao amanhecer volto a encontrá-lo Volto a passar na mesma ilha A minha ilha onde o pensamento é dúvida e receio A única ilha que conheço…

Celina Ribeiro, 12º CT4

A vida passa como um rio, Passa e nunca mais regressa. Não fitemos somente o seu curso, Mas banhemo-nos nele. Colhamos cada momento da nossa vida Gozemos todos os segundos, minutos, horas e dias. Sintamos, desejemos e amemos, Com toda a intensidade, a vida. Vivamos até ao fim do nosso percurso, Pois, um dia, a sombra lembrar-se-á de nós.

Ana Mafalda, 12ª CT4

Vivo a vida Vivo-a um dia de cada vez Vivo ao máximo esse mesmo dia Vivo-as com as pessoas que amo Vivo com amor

Vivo-a simplesmente Estudo Brinco Corro Mas vivo-a Como disse, vivo-a simplesmente…

Rute Pedro, 12º CT

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A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS

Vivo cada dia como se do último se tratasse Olho para o mundo e vejo o fim a aproximar-se Estes tempos negros vieram para ficar… Por isso, dia após dia o céu começa a desabar O que se passa no mundo Onde, hoje em dia, Para matar não é preciso nenhum motivo? Às vezes paro e penso: “Qual é o sentido da vida?” Porque olho à minha volta e só vejo uma saída Não há razão para viver, viver já é pecado Cada vez que saio à rua vejo a morte a meu lado Como dizem que um dia seremos todos amados Se mal acabamos de nascer já temos os dias contados?

Sofia Pombal, 12º CT1

Aproveitar a vida ao máximo, É a minha filosofia de vida, Amar sem olhar para o lado E aproveitar cada alegria vivida. Podes dizer o que quiseres Pois as críticas não me abalam Sou o que sou E não aquilo que falam. Os amigos são a minha melodia A música é o meu abrigo Tudo junto me dá alegria Tornando-me num ser protegido. Minha vida é assim Simples e sem afins Gosto dela assim Por isso vou pôr-me a andar de patins!

Joana Afonso, 12ºCSE Os rios correm. As nuvens voam; as florestas crescem, as montanhas movem-se tudo está em movimento, o tempo foge do relógio! E não há nada que possamos fazer! Tem de ser aproveitado. Tem de ser aproveitado e aproveitado de todas as maneiras! Tem de ser aproveitado e aproveitado de todas as maneiras várias vezes! Mas o tempo escasseia! E tudo acaba, o abraço da morte. Suave, como um sonho agradável, Agradável, como algo que finalmente se consegue. E então, o tempo não tem sentido.

Braz, correntemente a habitar a mente de Henrique Fernandes , 12° CT4

Acordar da ignorância. Acordar para o mundo, Onde nesta selva presente e compulsiva O reino do submundo se aproxima, mãos pálidas Lançam sombras à terra e assinam os campos do desespero. O curso do rio não devemos seguir Nem o trilho dos pensamentos impuros. Vida é sofrimento! E para o sofrimento há cura, Este caminho devemos percorrer e alcançar Nibbana. Estado de espírito profundo Adquirido pelo Nobre Caminho Óctuplo. Acordar da ignorância…

Anji Bodhisattva (heterónimo)

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A VIDA … SEGUNDO NÓS PRÓPRIOS

As horas ditam cada passo E a melancolia de cada espaço A certeza de que vivo e existo Num mundo muitas vezes de fracasso, Que me condiciona e obriga A perder tempo escasso. Um tempo fugaz Que não me permite ser capaz De a contemplar por inteiro Correndo e voando… Ele passa; E eu continuo sonhando Um dia levantar o braço Para desenhar cada instante Na sombra de um traço, que eu faço! Que a enormidade do teu querer Te guie e te motive Pela estrada da vida; Que a desproporção do teu ser Te dê força a cada dia Te dê coragem e alegria Te faça prometer que vais ser feliz Por mais que a dor te impeça Sendo sempre um aprendiz A encaixar mais uma peça.

Joana Castanheira, 12º CT4

Não sejas de ninguém, Sê de ti mesmo. A vida é inconstante, Mas tu não… Quando fizeres algo Faz diferente dos outros Faz por ti, não por alheios. Quando arriscares algo Arrisca tudo Arrisca pelo que és, pelo que queres, pelo que sentes. Quando saíres Sai da rotina, sem te importares com o que os outros pensam disso Quando viveres Vive um dia de cada vez, ao máximo Vive esse dia como se fosse o último. A vida é só uma Vive-a, sente-a, aproveita-a Vive-a só com um propósito: Ser feliz E sem medo de o ser.

Paula Pacheco, 12º CT4

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FUTSAL NO FEMININO

Secundária vence Palmeiras

Integrado no Desporto Escolar, realizou-se, Quarta-feira dia vinte e três de Janeiro, um encontro de futsal entre a equipa juvenil feminina da nossa Escola e as representantes da Escola Secundária das Palmeiras. O jogo que decorreu no ginásio da escola da Covilhã terminou com a nossa vitória por cinco a um.

O golo sofrido aconteceu logo nos primeiros minutos quando a equipa do Fundão ainda estava a tentar adaptar-se às reduzidas dimensões do campo. De facto, o tamanho abaixo das medidas regulamentares perturbou as jogadoras que tiveram dificuldades tanto na movimentação como no cálculo dos lances.

Apesar disso, logo que recobraram ânimo, após o primeiro golo sofrido, as nossas jogadoras impuseram às adversárias um ritmo frenético recheado de uma razoável técnica de progressão em campo e, paulatinamente, colocaram cinco bolas na baliza oposta.

Apesar da sua superioridade, o marcador poderia ter sido dilatado se as jovens jogadoras soubessem ouvir as recomendações que, insistentemente, o professor treinador lhes gritava. Em vez de realizar um jogo movidas essencialmente pelo instinto guerreiro que as incitava à vitória, as meninas poderiam ter tido uma excelente prestação se aplicassem com tanta garra as tácticas sugeridas pelo “Mister”.

Conclui-se que com uma aprendizagem importante e necessária, a equipa vai longe. João Afonso

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DEZ RAZÕES PARA DEIXAR DE FUMAR Se se lembrar que:

- o fumo do tabaco contém mais de 4.000 substâncias químicas; - dessas substâncias, várias têm efeitos tóxicos ou irritantes, como o monóxido de carbono, a acetona

ou a amónia; - no fumo do tabaco foram identificadas mais de 40 reconhecidos carcinogénios (substâncias capazes de

produzir cancro) ex.: benzeno arsénico, cádmio, níquel, chumbo, amónia, cloreto de vinilo, metano, e substâncias radioactivas como o polónio 210;

- muitas dessas substâncias existem na folha do tabaco, outras são produzidas durante o processo de produção e de cura, a partir da combustão da folha, e dos aditivos químicos, do papel e das colas utilizadas no fabrico dos cigarros;

- a nicotina existe na folha e no fumo do tabaco. É uma substância com propriedades psico-activas, sendo a responsável pela dependência provocada pelo consumo do tabaco. Esta dependência é de natureza física e psicológica.

- quando os níveis de nicotina, no organismo baixam, podem surgir diversos sintomas tais como : dificuldade de concentração, insónia, ansiedade, irritabilidade, aumento de apetite.

- a nicotina, uma vez absorvida, atinge o cérebro em poucos segundos, proporcionando a estimulação dos centros cerebrais relacionados com o prazer, o que leva à repetição do acto de fumar.

Uma vez instalada a dependência à nicotina, fumar torna-se um gesto compulsivo, do qual muitos fumadores têm dificuldade em libertar-se. Deixar de fumar traz:

Mais independência Mais energia Mais bem-estar Mais motivação Mais resistência Mais equilíbrio Mais prazer Mais liberdade Mais dinheiro

Natália Carvalho, Professora responsável pelo Gabinete de Saúde

RESULTADOS DA SONDAGEM DO OLHO VIVO

De acordo com a sondagem feita pelo Olho Vivo na Plataforma Moodle da Escola, parece que a nossa comunidade escolar tem consciência dos malefícios do tabaco e vêem com bons olhos a chegada da lei anti-tabaco.

Com efeito, 67 % dos inquiridos concordam com a proibição nas escolas. Apenas 13% discordam embora ainda haja 20 % de indiferentes. Em relação aos outros locais, 40% concordam com a proibição embora 47 % considerem que a legislação não se deveria aplicar aos bares e discotecas.

Concorda com a proibição de fumar em

restaurantes, bares e discotecas?

40%

13%

47%

Sim

Não

Sim em restaurantes,não em bares ediscotecas

Concorda com a proibição de fumar na escola?

67%

13%

20%

Sim

Não

É-me indiferente