jÁ - o jornal do agrupamento de escolas de condeixa - nº1

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Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1 CRÓNICA , Ana Paula Amaro OPINIÃO, Fernando Moreira

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1º número do Jornal doagrupamento de escolas de condeixa - DEZ2012

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Page 1: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1

CRÓNICA , Ana Paula Amar o

OPINIÃO, Fernando Morei r a

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2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

 A página da diretora :: 

 

 

2  Onde pára o menino Jesus? 4  Editorial 5  Tarde do professor.             Ser assistente operacional 6 Reflexões dos Diretores de Turma 8  No cias e a vidades   Desporto Escolar 14 A vidades TAP       Dia internacional da Filosofia        Dia  da  declaração  dos  direitos      humanos 16  Dia Internacional da  Pessoa   com Deficiência   Um  duende  diferente  ‐  3º  e  4º ano EB3 24 Dossiê: SOLIDARIEDADE       ENTREVISTA  com  a  Vice‐Presidente da Câmara Municipal  de Condeixa 31 OPINIÃO de Fernando Moreira  

A juventude e a mobilidade soci‐al em Portugal 

32  Na Biblioteca acontece… 34       Escrita cria va 36 Diversões 38  Crónica de Ana Paula Amaro   A força das palavras 

Exatamente iguais: Apenas dife‐

rentes 

  39 Brevemente numa escola perto 

de si... 

 

Índice :: 

ONDE PÁRA O MENINO JESUS?

 

Há dias, num passeio pela cidade, deparei‐me com muitas varandas em vias 

de serem visitadas pelo Pai Natal. 

Entrei  num  centro  comercial  e  o  Pai Natal  lá  estava a  rar  fotografias  com 

criancinhas que sentava no colo. 

As montras, os postais, os sacos de compras, os bolos nas pastelarias, a televi‐

são, tudo em meu redor celebra um velhote de ar bonacheirão, a quem as artroses 

parecem não chegar e que, ano após ano, vai ocupando sorrateiramente o  lugar 

do Menino Jesus. O meu próprio telemóvel faz questão de me enviar diariamente 

um calendário do advento com gnomos, florestas cheias de neve e… lá no meio … 

vem o vermelhusco do Pai Natal!! Às vezes parece‐me que estou a olhar para um 

quadro do Wally… só que a tentar descobrir onde pára o menino Jesus!!! 

É claro que no ra ng da Standard & Poors o Menino Jesus nem deve constar!!! 

Mas por favor!!! É o nascimento dele que celebramos no dia 25 de dezembro!!! É 

a esperança renovada do amor na simplicidade, da fé na salvação, da proximidade 

entre  o  humano  e  o  divino  que nos  torna  crentes  de que o  bem  triunfará  sobre 

todas as adversidades. E  como precisamos desta mensagem vitamínica nos dias 

de hoje!!! 

 

Felizmente passei  na  festa  das  escolas  do  Sebal  e  lá  estava…  tudo  como na 

minha infância: um presépio vivo com todas as figuras que me faziam sonhar. E lá 

estavam os pais e os avós, embevecidos com os seus meninos como Maria e José 

terão ficado com o seu menino, Jesus. E pensei comigo mesma que, afinal, a tradi‐

ção ainda é o que era, e que a nossa  frágil condição humana de  seres cheios de 

afeto nos conduzirá  inexoravelmente a amar os pequeninos e a viver o Natal da 

forma  mais  autên ca,  mostrando  de 

forma  incondicional  o  amor  que  por 

eles  sen mos.  E  lá  fui, mais  uma  vez, 

ler  a  História  An ga  do Miguel  Torga 

para  ter  a  certeza  que  os  maus  aca‐

bam  fritos  e  os  bons  levam  sempre  a 

melhor!!! 

 

A todos desejo um Santo Natal! 

 

Page 3: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 3

 

 

 

 

 

Jornal  do  Agrupamento de Escolas de Condeixa 

        Ficha Técnica 

Direção do Jornal:

Ana Rita Amorim

Isabel Neves

Fernando Pascoal

Paulo Carregã

Editores Isabel Neves

Paulo Carregã

Grafismo:

Ana Rita Amorim

Redação

Ana Rita Amorim

Isabel Neves

Paulo Carregã

Plataforma WWW

Fernando Pascoal

Impressão:

Reprografia da Escola Fernando Namora

Propriedade:

Agrupamento de Escolas de Condeixa

Contactos e envio de materiais

para publicação no jornal:

           [email protected]  

Os textos de opinião publicados no jor-

nal são da responsabilidade exclusiva

dos seus autores.

Dezembro de 2012

:: A página do Conselho Geral 

 

O  Conselho  Geral  do  Agrupa‐

mento  é  o  órgão  de  direção 

responsável  pela  definição  das 

linhas orientadoras da a vidade 

do agrupamento, assegurando a 

par cipação  e  a  representação 

da comunidade educa va.  

Neste primeiro ano de mandato do Conselho Geral realizaram‐se sete reuniões; 

nas três primeiras procedeu‐se à cons tuição do órgão, à eleição do presidente 

e nas  restantes  foram analisados, aprovados e dados pareceres sobre os mais 

diversos  assuntos.  Alguns  dos  documentos mais  significa vos  para  o  agrupa‐

mento e que são da competência do Conselho Geral discu r e aprovar, foram: 

‐ o Projeto Educa vo do Agrupamento, o qual foi largamente deba do e aprova‐

do em abril de 2012; 

‐  o  Plano Anual  de A vidades  que,  sendo  o  documento  que  operacionaliza  o 

Projeto Educa vo, reflete muito do trabalho desenvolvido nos estabelecimentos 

de ensino do agrupamento, o qual  vai muito para além do espaço da  sala de 

aula, complementa a formação dos nossos alunos e enriquece toda a comunida‐

de educa va; 

‐ o Regulamento Interno do Agrupamento, o qual foi revisto 3 vezes. Sim, 3 ve‐

zes. Estas revisões  foram essencialmente consequência de mudança na  legisla‐

ção, mas que obrigaram a alterações no documento em vigor.  

Na análise dos documentos e assuntos tratados foi uma preocupação constante 

a  qualidade  dos  serviços  prestados  pelo  agrupamento,  o  sucesso  dos  nossos 

alunos, o seu bem‐estar e das suas famílias, assim como a sa sfação de todos os 

que trabalham diariamente para que isso seja possível.  

Sendo esta uma época de votos e  intenções, o Conselho Geral deseja a toda a comunidade educa va um Natal pleno de simbolismo e alegria e que, no Novo Ano, as nossas ações sejam bem sucedidas.    

A Presidente do Conselho Geral 

Profª Graça Figueiredo 

35%

10%

15%10%

10%

15% 5%

Composição do Conselho Geral 1

234567

7 docentes 2 não docentes 3 encarregados de educação 2 alunos 2 representantes do município

3 representantes da comunidade local

Diretora (sem direito a voto)

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4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

Editorial:: 

Vivemos tempos di ceis, nos quais o projeto de uma sociedade inclusiva, caraterizada pela equidade e pela jus ça, pare‐ce estar não apenas em crise, mas também a ser considerado como impossível e irrealizável, assumindo por isso os governos e os líderes de opinião que têm assento nos média a posição de que é preciso “fazer mais com menos” e de que “temos de viver com os recursos que temos, os quais, sendo poucos, implicam que temos de empobrecer”. Neste sen do, consoante as perspe vas sociopolí cas, há quem proponha o “aprofundamento”, a “reforma”, a “racionalização”, a “refundação” ou sim‐plesmente a “destruição” do estado social; no geral, a ideia de um estado mínimo tornou‐se cada vez mais presente na dis‐cussão pública. 

Longe de toda a discussão polí ca sobre modelos do estado e da sociedade, as situações sociais de pobreza e de exclu‐são social tornaram‐se também no cia, sendo hoje comum falar‐se dos novos pobres e também das dificuldades das ins tui‐ções que prestam ajuda a todas essas pessoas; fala‐se dessas ins tuições recorrendo de novo à linguagem da assistência e da caridade, assumindo‐se à par da que essas pessoas foram abandonadas pelo estado, incapaz de garan r os direitos dos seus cidadãos.  A solidariedade (ou seja, aquilo que  a Revolução Francesa designou por fraternidade) é, pelo contrário, a crença na realidade desses direitos e na  ideia de que o ser humano tem direito a uma vida decente e digna; mais do que  isso é o compromisso a vo em tornar efe vos esses direitos e essa dignidade. 

Numa situação de emergência social como aquela que estamos a viver, ser solidário é, no imediato, ajudar quem neces‐sita de apoio urgente e, enquanto se desenvolve essa ajuda, iniciar um processo de capacitação dessas pessoas, de molde a devolver‐lhes a sua condição de cidadãos a vos, produ vos e capazes de cumprir as suas obrigações sociais e de beneficiar dos seus direitos.  

O primeiro número do JÁ apresenta um dossiê dedicado ao tema da solidariedade: o tema é tratado de uma forma plu‐ral, com  textos que defendem perspe vas dis ntas, dando‐nos assim  informação ú l para que cada um de nós, de  forma crí ca, elabora a sua opinião fundamentada; neste dossiê, estão incluídos um texto de opinião do professor Fernando Morei‐ra e uma entrevista à Vice‐Presidente da Câmara Municipal de Condeixa, Dr.ª Margarida Guedes. Os textos dedicados ao dia internacional da pessoa deficiente, na qual se inclui a crónica da professora Ana Paula Amaro, também se ligam a este dossiê.  

Tal como outros jornais escolares, o Já reporta em parte significa va das suas páginas as a vidades realizadas no agrupa‐mento de escolas de Condeixa; contudo, para além disso, o JÁ procura também trazer para as suas páginas o contributo de todos aqueles que fazem as escolas agrupadas de Condeixa — professores, alunos, funcionários não docentes, pais e encar‐regados de educação, e ainda os representantes da comunidade local que mostrem interesse pelo trabalho de formação que se realiza no nosso agrupamento; a sua colaboração enriquece significa vamente este jornal. 

Por fim, uma breve nota histórica; o JÁ é um novo jornal, mas há um passado que assume como seu; na verdade, o JE, o Jornal da Escola, fundado pelo professor Fernando Moreira no âmbito do Clube Mul média do grupo de Filosofia, cons tui a nossa memória, que aqui assinalamos.   

 

 

Levar os direitos a sério - isso é ser solidário

Fotografia:

Sebastião Salgado

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Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 5

:: A página  da comunidade educa va  

“Somos Assistentes Operacionais”

Dias agitados,

muito solicitados.

Respondem com prontidão ao trabalho

e à emoção.

Educadores em que a formação

é simplesmente amor e devoção.

Cremos no futuro.

Semeamos sorrisos de esperança.

Garra para vencer, sentido para crescer.

Apoiamos a desilusão, incentivamos

ao sucesso.

Acreditamos num mundo

Onde gira o progresso.

Guardadores de segredos

Aconchego de corações

Fremidos de amor, destruídos de dor,

Estamos sempre lá,

Com o nosso ombro amigo

Fazendo acreditar que faz sentido aqui estar

A escola, nossa casa, os meninos

nosso abrigo.

Somos alimentados pelo sonho

Movidos pela correria desenfreada

Pelos sorrisos contagiantes

Que nos tornam fortes e confiantes

E assim é:

Amamos, vencemos, “laboramos” para um ideal,

É o papel do Assistente Operacional.

Anabela Vitorino

Um professor, disse Thomas Mann, é a personificação da consci-ência do aluno - confirma-o nas suas dúvidas, explica-lhe o motivo de sua insatisfação e estimula a sua vontade de melhorar. Mas o profes-sor, para além da sua relação com os alunos, é também um profissio-nal que integra uma instituição, a escola, que se define, antes de mais, pelos professores que tem, mas também pelos professores que teve e que, dando-lhe o melhor do seu trabalho e da sua dedicação, a consti-tuíram e desenvolveram.

Uma escola que recorda quem a serviu é uma escola que respeita a sua identidade e que sabe como o futuro se constrói com o que, no passado, nos fez crescer; a tarde do professor que abaixo se assinala serviu justamente para lembrar estes factos, homenageando três pro-fessores cuja contribuição para a educação e o ensino em Condeixa é reconhecida por alunos, funcionários e professores.

Page 6: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

6 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

A página do Diretor de Turma :: 

:: 

Quando,  como  diretora  de  turma,  pre‐

parava a exposição do projeto aos meus 

alunos  do  6ºC,  depois  de  terminada  a 

leitura  dos  princípios  orientadores  e 

obje vos  enquadradores  do  mesmo, 

ocorreu‐me  o  que  Marçal  Grilo  disse 

sobre  educação  e  aprendizagem,  no 

livro “Di cil é Sentá‐los”: 

«A ideia de que a educação são os meni‐

nos a saltar e os cavalos a correr, que é 

tudo  muito  bonito,  muito  fácil,  não  é 

verdade. A educação, e a aprendizagem 

sobretudo, é esforço, é trabalho, é mui‐

tas vezes sacri cio.» 

Foi este espírito que norteou a mo va‐

ção que me coube promover  junto dos 

meus alunos e dos pais, numa perspe ‐

va de adesão e comprome mento com 

o projeto e, simultaneamente, de  reco‐

nhecimento, por parte de  todos os en‐

volvidos, da relevância e importância da 

educação. O projeto “A minha turma é a 

melhor  da  escola”  veio,  assim,  contri‐

buir  para  fortalecer  o  sen mento  de 

que não basta andar na escola. É preciso 

preparar  o  futuro,  adquirir  saber,  co‐

nhecimentos, cul var os saberes e colo‐

car os conhecimentos ao serviço da  re‐

solução  de  problemas,  adquirir  sen do 

do dever e responsabilidade, da exigên‐

cia e do rigor. 

E  foi  mesmo  assim…Muito  trabalho, 

muito estudo, muita dedicação, muito 

esforço.  Fizemos  uma  caminhada  co‐

le va: alunos, pais, professores, funci‐

onários. Alcançámos as metas. O reco‐

nhecimento chegou, como previsto, e 

par mos  em  viagem,  a  prome da  e 

tão  esperada  viagem,  certos  de  que 

também ela  fortaleceu as a tudes, os 

valores  e  os  comportamentos  que,  a 

par do nível de conhecimentos a ngi‐

dos, vão, por certo, contribuir para a 

construção duma cidadania responsá‐

vel a nível cívico, cultural e profissio‐

nal  e  que  foram  a  chave  do  sucesso 

na turma do 6ºC. 

E não é apenas o 6ºC  (alunos, pais e 

professores)  que  está  de  parabéns. 

Está  também  de  parabéns  a  equipa 

promotora  do  projeto  que  viu  nele 

uma  forma de desenvolver  capacida‐

des  e  a tudes  capazes  de  a ngir  as 

metas consignadas no projeto educa‐

vo  e  também  a  direção  do  agrupa‐

mento por  ter  acreditado nele  como 

promotor de mudança.  

Em  jeito  de  balanço  deixo  a  minha 

modesta opinião: este projeto precisa 

de  ter  con nuidade  pois  pode  con ‐

nuar a dar frutos!                        

Condeixa, 06 de julho de2012                        

Aldina Barrosa Machado Esteves                        

diretora de turma do 6ºC em 2010/2011 

Projeto “ A minha turma é a melhor da escola”

O olhar de uma diretora de turma

TURMA VENCEDORA do 6º ano em 2011/2012 

Page 7: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 7

:: A página do Diretor de Turma 

 

 

Numa época em que se assiste à desagregação de  todos 

os  sistemas,  polí cos,  económicos,  sociais  e  familiares,  a 

escola mantém‐se  como  o  úl mo  reduto  de  segurança  e 

fiabilidade para os mais jovens. Muitos não sabem se, quan‐

do chegarem à noite a casa, terão jantar, a mãe empregada, 

o pai ausente por estar num segundo emprego que lhe per‐

mita trazer algum dinheiro extra para casa no final do mês. 

Não sabem se a casa que os abriga con nuará a ser a sua, 

no próximo mês;  se o  carro, que os  transporta de manhã, 

terá combus vel para os levar no dia seguinte… 

No meio deste cenário de caos e incerteza futura, a Escola 

é uma certeza nas suas vidas. Nela estão os amigos, os mo‐

mentos de alegria par lhada, a  refeição quente do almoço 

(para alguns,  já a do pequeno‐almoço), a oportunidade de 

conhecer novos dados, de ouvir histórias diferentes, de so‐

nhar… Sobretudo, a par r do momento em que entram de 

manhã no edi cio, a oportunidade de esquecerem, durante 

algumas horas, que o mundo  fora dele parece estar a  ruir 

sem  se  vislumbrar  o momento  da  sua  reconstrução,  com‐

prometendo um futuro promissor para eles. 

O  papel  do  diretor  de  turma  é,  por  isso,  cada  vez mais 

fulcral. Mais  do  que  supervisionar  o  aproveitamento  e  o 

comportamento  dos  alunos  e  informar  a  família,  cabe‐lhe 

ser o olho vigilante e perspicaz, o ouvido atento e pronto a 

escutar confidências e desabafos de jovens perplexos, bara‐

lhados com a situação que vive o país e que se  reflete nas 

suas casas. Quando tudo o mais parece falhar, fazer a ponte 

com  outras  ins tuições,  encontrar  soluções  ou  procurar 

minimizar problemas pode  fazer a diferença na vida destes 

seres. Às vezes, basta apenas escutar… 

Nesta época que se quer de paz interior, mais próxima dos 

outros, de sorriso na cara, esperemos conseguir fazer a pon‐

te entre  todos,  funcionários,  alunos,  famílias, nós que  for‐

mamos uma grande comunidade, a escolar, do Agrupamen‐

to de Escolas de Condeixa e pode ser que o novo ano pareça 

menos negro e mais promissor. 

Votos de um melhor ano para todos nós! 

      dos Coordenadores dos  

Diretores de Turma do Agrupamento 

A Escola, Pilar da Sociedade Atual

As pautas da avaliação do 1º Período serão afixadas no dia 21 de Dezembro a partir das

10h00. As entregas das avaliações aos Encarregados de Educação, acontecerão entre os di-

as 3 e 9 de Janeiro, em reuniões convocadas pelos Diretores de Turma para o efeito.

Page 8: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

8 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

NOTÍCIAS/ ATIVIDADES :: 

Os atletas do Agrupamento… no Corta-Mato Escolar No dia 31 de outubro, decorreu, no Par‐

que Verde, o Corta‐Mato do Agrupamen‐

to de Escolas de Condeixa‐a‐Nova, dina‐

mizado pelo Grupo de Educação Física e 

integrado no projeto do Desporto Esco‐

lar. 

Par ciparam  nas  diferentes  provas  dos 

respe vos escalões –  infan s A,  infan s 

B,  iniciados  e  juvenis  –  um  total  de  85 

alunos, desde o 1º ciclo de ensino até ao 

secundário. 

Foram  realizadas  provas  desde  os  1000 

até  aos  3500 metros,  a  que  os  alunos 

corresponderam  bastante  bem,  com 

grande  empenho,  imprimindo,  dessa 

forma, um nível compe vo salutar. 

Para  a  realização  do  evento,  o  Agrupa‐

mento  contou  com  a  colaboração  da 

Câmara Municipal  de  Condeixa‐a‐Nova, 

Bombeiros  Voluntários  e Guarda Nacio‐

nal Republicana. 

O grupo  felicita  todos os alunos par ci‐

pantes, a quem  foram entregues cer fi‐

cados,  par cularmente,  àqueles  que  se 

classificaram  nos  seis  primeiros  lugares 

de cada escalão/género, que alcançaram 

o direito de representar o Agrupamento 

no Corta Mato Distrital, a  realizar‐se no 

dia 29 de janeiro, em Coimbra. 

Nas palavras das alunas Mafalda Mar ns 

(5º A) e Bruna Brito (5º B) "Para alguns, a 

primeira vez, para outros mais uma vitó‐

ria  numa  carreira  já  longa,  começada 

ainda no 5ºano”. No final da prova hou‐

ve  a  entrega  dos  prémios,  e  muitos 

aplausos.  Todos  os  alunos  que  realiza‐

ram esta prova  veram uma par cipação 

bastante posi va deixando a  imagem de 

grande  espirito  despor vo.  Contaram 

também com toda a família reunida que 

se orgulhou dos seus campeões. Foi um 

dia que vai ficar na nossa memória. 

Ficam as classificações de pódio e algumas fotos… 

CORTA MATO ESCOLAR 2012 Escalões 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar

Infantis A Femininos

Mafalda Martins (5ºA)

Carolina Fer-reira (5ºA)

Iara Noivo (5ºC)

Infantis A Masculinos

Pedro Ferreira (5ºB)

Diogo Oliveira (5ºD)

Rafael Silva (5ºA)

Infantis B Femininos

Diana Oliveira (7ºB)

Filipa Lopes (7ºA)

Virgínia Gonçalves (6ºA)

Infantis B Masculinos

Daniel Santos (5ºA)

André Costa (6ºF)

Pedro Jimenez (6ºE)

Iniciados Femininos

Mª Francisca Rodrigues

(8ºA)

Mariana Cou-tinho (8ºA)

Tânia Ribeiro (8ºC)

Iniciados Masculinos

Dmytro Bodnarchuk 

(9ºB)

João Frota (9ºC)

André Bernardes  (8ºC)

Juvenis Masculinos

João Fonseca (9ºA)

Pedro Sales (10ºC)

Emanuel Bacalhau (11ºA)

Page 9: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 9

:: NOTÍCIAS/ ATIVIDADES 

Tal  como  tem  sido  hábito  no Agrupamento,  decorreu,  uma  vez mais,  o 

Torneio de Basquetebol que integra o projeto de âmbito nacional Compal 

Air 3 x 3. Esta compe ção que obedece a diferentes fases, culminando na 

nacional, com as equipas apuradas nas escolas de todo o país, visa a ade‐

são e fomento da modalidade.  

O nosso torneio realizou‐se durante três quartas‐feiras, de 3 a 17 de outu‐

bro, de acordo com os diferentes escalões/géneros das equipas  inscritas. 

Par ciparam  57  alunos,  integrando  15  equipas.  Foram  ainda  realizadas 

provas técnicas de lançamento, drible e manejo de bola, nas quais se des‐

tacaram os mais dotados… 

Foram tardes de boa confraternização despor va, nas quais os alunos de‐

monstraram, mais uma  vez, que o desporto é mo vo de alegria e bem‐

estar. 

No final, foram apuradas as equipas vencedoras por escalão, a saber: 7º B 

female  (Inf.  Fem.);  2win  (Inic.  Fem.); Gucci  (Juv.  Fem.);  Sem  nome  (Inf. 

Masc.); Bichos (Inic. Masc.). 

Boa sorte a todos para a próxima fase! 

Compal Air 3 x 3… o Basquetebol espetáculo!

 

O Agrupamento voltou a integrar o projeto Mega, desen‐

volvido  numa parceria  entre  a  Federação Portuguesa  de 

Atle smo e o Desporto Escolar. Mo var e  sensibilizar os 

alunos  para  a  prá ca  do  Atle smo,  apoiando  os  jovens 

mais  talentosos  nesta  área,  são  os  grandes  obje vos  do 

Projeto Mega.  

O Projeto Mega desenvolve‐se  tendo  como  referência a 

velocidade,  uma  qualidade  sica  fundamental  no  desen‐

volvimento motor da criança/jovem,  transversal à prá ca 

de  quase  todas  as  a vidades  despor vas.  As  a vidades 

dinamizadas  pelo  Grupo  de  Educação  Física  /  Clube  de 

Desporto Escolar foram provas de velocidade (40m) e sal‐

to em comprimento. 

Foram  obje vos  da  integração  deste  projeto  no  Plano 

Anual de A vidades, a promoção de es los de vida saudá‐

veis, desenvolver prá cas orientadoras para as aprendiza‐

gens dos alunos, a aplicação dos conteúdos abordados na 

disciplina de Educação Física, o desenvolvimento do espíri‐

to de fairplay e o apuramento dos alunos com as melhores 

classificações, por escalão, em cada uma das provas para 

representarem a nossa escola na Fase Distrital. 

De 7 de novembro a 5 de dezembro, às quartas‐feiras, da 

parte da tarde, foram realizadas as provas calendarizadas 

de acordo com os escalões, tendo sido plenamente alcan‐

çados os obje vos traçados.  

Depois do apuramento realizado em cada  turma, par ci‐

param na Fase Escola 38 alunos. De realçar a envolvência, 

uma vez mais, dos alunos do 1º ciclo no projeto, tal como 

havia acontecido no Corta‐Mato, através da disciplina de 

Expressão Físico‐Motora  lecionada no âmbito das A vida‐

des Extracurriculares. 

Mais rápido, mais longe… mais forte – Projeto Mega

Page 10: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

10 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

NOTÍCIAS/ ATIVIDADES :: 

Todas as informações e fotos do Clube de Desporto Escolar em: http://efdeaecondeixaanova.blogspot.pt/

Os alunos com melhores classificações em cada prova e, pelo facto, apurados para  representar  o  Agrupamento  de Escolas de Condeixa‐a‐Nova, no dia 13 de  março,  na  Fase  Distrital,  que  se realizará  no  Estádio  Cidade  de  Coim‐bra, foram os seguintes: 

CORRIDA DE VELOCIDADE (SEGUNDOS) SALTO EM COMPRIMENTO (METROS)

Feminino Feminino Feminino Masculino

Infantis A 2002/03

5ºC Alexandra Marques (6,51)

5ºE Maria Rocha (6,90)

5ºB Gonçalo Costa (6,11)

5ºB Pedro Ferreira (6,35)

5ºC Alexandra Marques (2,80)

4ºA Carlos Lima (3,47)

Infantis B 2000/01

6ºA Virgínia Gonçalves (6,66)

7ºB Diana Oliveira (6,84)

7ºB Guilherme Nunes (6,52)

7ºB Francisco Palrilha (6,70)

7ºB Diana Oliveira (3,55)

6ºA Tiago Narciso

(3,88)

Iniciados 1998/99

8ºE Ana Miranda (6,56)

7ºC Ana Leal (6,75)

8ºC André Bernardes (6,09)

8ºE Gonçalo Beja (6,42)

8ºE Ana Miranda (3,68)

8ºE Gonçalo Beja (4,24)

Escalão

Page 11: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 11

Este  ano  a  EB2  oferece  um  novo espaço de apoio às famílias e aos alu‐nos ‐ o ATL. 

Ao  longo  deste  primeiro  período foram  já  realizadas  algumas  a vida‐des  diver das  como  a  comemoração do Halloween,  em  que  nos mascará‐mos, fizemos  jogos, cozinhámos boli‐nhos e comemos muitos docinhos, e a do dia de S. Mar nho, em que deco‐rámos a nossa sala a preceito, fizemos cartuchos e comemos castanhas. 

Semanalmente,  os  alunos  têm  a oportunidade  de  realizar  diferentes a vidades ar s cas, bordados e tape‐çarias,  culinária,  ver  filmes  e  jogar jogos e ainda têm apoio na realização dos TPCs. 

O ATL convida todos os alunos da EB2 a aparecerem na sala C1.02 para conhecerem o nosso espaço e par ci‐parem nas nossas a vidades.  

Aparece e

traz um amigo!

A propósito do projeto A falar bem é que a gente se entende, mais uma vez, os tapetes conta-dores de histórias procuram dar o seu contributo no desenvolvimento da comunicação, linguagem e fala, acreditando que, através do lúdico e das his-tórias, podemos oferecer às nossas crianças me-canismos que lhes permitam aperfeiçoar e desen-volver estas competências de uma forma divertida e prazenteira.

Assim, idealizado e confecionado pela Educa-dora Nina (Fernanda Raposo), surge agora um novo tapete, neste caso falador, da história

adaptada da Galinha Medrosa, que pretende, com as peripécias de uma galinha muito medrosa e de um discurso atabalhoado, trabalhar algumas das dificuldades de linguagem mais comuns nas nossas crianças.

A partir de janeiro de 2013 serão calendari-zadas sessões da história do tapete falador, A Galinha Ruiva, em todas as salas dos jardins de infância do agrupamento.

Tapetes contadores de histórias

A Galinha Medrosa

:: NOTÍCIAS/ ATIVIDADES 

Page 12: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

12 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

NOTÍCIAS/ ATIVIDADES :: 

A 17 acontece… Já em época de presépios, de calor da lareira e de tradi‐

cional  atenção  ao  outro,  acalmamos  a  infan l  ansiedade, 

produto de um longo ano de espera, recordando que afinal 

o espírito de Natal acontece sempre que quisermos. Cum‐

pre, pois, dar aqui conta de um programa que, ao longo dos 

úl mos meses,  tem  feito  acontecer  em  Condeixa‐a‐Nova, 

de diferentes formas e em diversos locais. 

O programa «A 17 acontece» nasceu no âmbito das inici‐

a vas  camarárias  respeitantes  ao  Dia  Mundial  Contra  a 

Pobreza e a Exclusão Social, assinalado a 17 de outubro do 

corrente ano, tendo o Agrupamento de Escolas de Condeixa 

naturalmente  aderido,  a  par  de  outros  parceiros,  numa 

altura  em  que  as  dificuldades  se  vão  fazendo  sen r  com 

par cular  intensidade:  nas  palavras  da Vice‐Presidente  da 

Câmara Municipal de Condeixa  (responsável pela pasta da 

ação social), Dr.ª Margarida Guedes, o que mais preocupa, 

no momento, «são os bens  alimentares», mas, para  além 

disso, «há muitos  pos de carências». 

Ciente da diversidade e da importância dessas carências, 

bem como da especificidade do seu papel no seio da comu‐

nidade, a EB2 trouxe daquele evento um simbólico cesto de 

recolha, cuja presença  inspirou a vidades de diferente ca‐

riz, desde a troca de conhecimento à recolha de vestuário, 

da palavra dita à entrega de produtos de higiene, passando 

pelos bens, nomeadamente alimentares, ou mesmo tampi‐

nhas. Assim, o espírito de par lha, de  forma discreta, mas 

efe va, foi envolvendo os alunos e respe vas famílias, pro‐

fessores e funcionários, chegando às salas de aula, em res‐

posta  a  dificuldades  previamente  sinalizadas  ou  simples‐

mente visando o enriquecimento comum.  

De facto, podemos dizer que em torno do dia 17 de cada 

mês  compareceu  uma  vontade  solidária,  feita  de  «coisas, 

pequenas  coisas»,  daquelas  que  aproximam  as  gentes  e 

que ensinam que não é Natal só a 25 de dezembro. Na nos‐

sa escola, também a cada 17, esse Natal acontece. 

 Sandra Galante, coordenadora da EB2 

Page 13: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 13

:: NOTÍCIAS/ ATIVIDADES 

Na Quinta das Romãzeiras

No dia 19 de novembro, fomos visitar a Quinta das Romãzeiras, na 

Casa de Saúde Rainha Santa Isabel. 

    É uma quinta agrícola onde  vimos muitas  coisas  interessantes: 

árvores de  fruto, estufas, muitas flores e um  lago com patos. No 

lago havia uma  jangada onde  é posta  a  comida para os patos  e 

uma casa para as galinhas! Nas estufas havia muitos vegetais: cou‐

ves, alfaces, espinafres, beringelas, morangos, pepinos…  

   Também havia um  local onde  se  colocam as  fezes dos animais que depois se decompõem em estrume para as plantas. 

   Aprendemos que há pessoas que, mesmo com uma deficiência, 

cul vam na quinta e criam animais para a sua alimentação. 

   No final, recebemos uma flor cor de laranja! 

No dia 21 de novembro, voltámos à Casa de Saúde Rainha Santa  Isabel mas, desta vez, 

fomos par cipar em ateliês. 

Fizemos muitos  trabalhos,  diferentes  uns  dos  outros:  pintámos  cascas  de  nozes,  que 

colámos  em  cartões,  pintámos  e  ficaram  umas  joaninhas muito  engraçadas!  Também 

fizemos espantalhos, com pano, fios, cola, jornal e um pau de espetada. Outros colegas fizeram pulseiras de lã e colares. 

Gostámos muito desta a vidade e de ver os trabalhos que  já estavam feitos por outras 

pessoas. E ainda nos ofereceram uma borboleta de papel, com um chupa‐chupa! 

Grupo de alunos do 3ºA ‐ EBNº1 de Condeixa 

ÁRVORE DA SOLIDARIEDADE

A pobreza e a exclusão social cons tuem 

um dos mais graves problemas das soci‐

edades  dos  nossos  dias. Não  podemos, 

nem  queremos  alhear‐nos  de  um  pro‐

blema que toca a todos, por isso, e, por‐que  acreditamos que  é possível  fazer  a 

diferença  através  de  pequenos  gestos, 

decidimos  associar‐nos  a  esta  causa 

construindo a ÁRVORE DA SOLIDARIEDA‐

DE. 

Tivemos como obje vos desenvolver nos 

alunos  sen mentos  de  solidariedade 

entre  todos,  sensibilizar para os valores 

da  família e amizade e  interiorizar valo‐res democrá cos e de cidadania. 

No âmbito da comemoração do Ano dos Morcegos, os alunos do Jardim de 

Infância n.º 1 de Condeixa visitaram as Buracas do Casmilo, à procura de 

ves gios destes animais… que são os únicos mamíferos que voam e que 

gostam de viver em grutas!

Page 14: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

NOTÍCIAS/ ATIVIDADES :: 

Atividades realizadas pelos formandos do Curso Profissional de Apoio Psicossocial

Page 15: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 15

NOTÍCIAS/ ATIVIDADES :: 

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16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

:: NOTÍCIAS/ ATIVIDADES 

Page 17: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17

:: NOTÍCIAS/ ATIVIDADES 

A Evolução da Informática

Esteviveram em exposição, durante o mês de 

outubro e novembro, no átrio da Escola Secun‐

dária Fernando Namora, alguns equipamentos 

que fazem parte da “evolução da informá ca”. 

Esta exposição foi dinamizada pelos alunos do 

1º ano do Curso de Instalação e Operação de 

Sistemas Informá cos (IOSI), contando com a 

presença de alguns equipamentos tais como: o 

ábaco, placas gráficas, disquetes, motherbo‐

ards, processadores, discos, entre outros equi‐

pamentos. 

blog do IOSI

http://cefiosiesfn.blogspot.com

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Page 18: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

Estamos na época natalícia. Já cheira a 

azevinho, a musgo verde, a pinheiros 

vaidosos, enfeitados de bolas  colori‐

das  e  luzinhas  cin lantes… 

hummmmm…  e  o  cheirinho  a  filho‐

ses, a bolo de mel, rabanadas e bolo‐

rei, que fazem despertar o ape te!? 

Na  casa do pai Natal, na  Lapónia,  já  se 

sente  a  azáfama  desta  época;  todos 

correm de um lado para o outro, atare‐

fados com o  frenesim do trabalho que 

há  para  fazer:  construir  brinquedos, 

preparar  e  verificar  se  o  trenó  foi  à 

inspeção, alimentar bem as renas, colo‐

car  em  ordem  as  cartas  escritas  por 

todas as crianças do mundo que envia‐

ram para o Pai Natal com os seus imen‐

sos pedidos. Enfim, nem imaginam! 

Truz, truz, truz. Batem à porta. O duen‐

de  Piteco  abre  a  porta  e  surge  à  sua 

frente  outro  duende.  Estava  enregela‐

do, era baixinho, muito magrito e  mi‐

damente pedia um emprego. 

 

O Piteco foi a correr chamar o Pai Natal. 

Este estava na  sua  sala a  trabalhar no 

computador.  É  aí  que  tem  todas  as 

informações  re radas  das  cartas  das 

crianças, numa enorme base de dados 

(é assim que ele sabe quem se portou 

bem ou mal…). 

O Pai Natal reparou na aflição de Piteco 

e ligeirinho chegou à porta. Deu‐lhe um 

aperto no coração! Rapidamente man‐

da‐o entrar e começou a reconfortá‐lo. 

Mandou  preparar  um  banho  quen ‐

nho, arranjou roupinhas de lã confortá‐

veis  e  um  cremoso  chocolate  quente. 

Ninetalis parecia outro. 

Escusado será dizer que o Pai Natal, com 

o seu coração carregadinho de genero‐

sidade  e  solidariedade,  lhe  arranjou 

logo emprego. Iria trabalhar na linha de 

montagem da Fábrica de Brinquedos.  

‐ Mais um par de mãos dá sempre  jeito 

nesta altura do ano – disse o Pai Natal. 

Na Fábrica estava tudo preparado para a 

montagem de bonecos.  

Ninetalis  ficou  encarregue  de  pintar  os 

bonecos. 

Os  bonecos  seguiam  pela  passadeira 

rolante e  iam passando por outros du‐

endes que  nham diferentes responsa‐

bilidades. Uns punham os olhos, outros 

os braços, outras as pernas, até ficarem 

completos.  Finalmente  chegavam  às 

mãos  habilidosas  de  Ninetalis.  Este 

estava  tão  feliz que o  seu  sorriso  che‐

gava de orelha a orelha           No fim da 

passadeira e depois de passarem pelo 

secador,  os  bonecos  iam  caindo  num 

cesto  gigantesco. Havia bonecos bran‐

cos,  outros  amarelados  com  olhitos  à 

chinês, outros negros e de cabelo enca‐

rapinhado,  outros  avermelhados,  ou‐

tros  acastanhados…enfim  de  variadas 

cores e expressões. 

Os duendes que estavam a empacotar 

os bonecos começaram a reparar que 

aqueles  bonecos  eram  diferentes. 

Criou‐se  uma  agitação  enorme!  Os 

duendes  começaram  a  gritar,  gerou‐

—se uma infernal confusão e começa‐

ram  a maltratar  o  duende  Ninetalis. 

Zangaram‐se com ele e  insultaram‐no 

:3 DEZ ‐Dia Internacional da Pessoa com Deficiência :: 

Um duende diferente Texto elaborado pela turma D do 3º/4º Anos da EBNº3

Page 19: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19

:: 3 DEZ ‐Dia Internacional da Pessoa com Deficiência 

dizendo  que  ele  não  fazia  nada  em 

condições, que  nha estragado a pro‐

dução toda de bonecos. 

Ninetalis  encolheu‐se  envergonhado. 

Já estava habituado a  ser  tratado as‐

sim…  as  pessoas  não  o  compreendi‐

am.  Mais  uma  vez  ia  perder  o  seu 

emprego.  E  ele  que  estava  a  gostar 

tanto deste! 

A gritaria, a confusão e os empurrões 

não  paravam.  Todos  estavam  contra 

ele. 

O  barulho  perturbou  tanto  o  sossego 

do  Pai  Natal  que  este  levantou‐se  e 

foi ver o que se passava 

A  barafunda  reinava  e  todos  queriam 

explicar ao Pai Natal a desgraça que o 

Ninetalis  nha  provocado.  Afinal,  ele 

nha estragado o Natal! 

O Pai Natal esforçava‐se mas não con‐

seguia compreender o que se passava 

porque  todos  falavam e  refilavam ao 

mesmo tempo, acusando o Ninetalis. 

Felizmente o Pai Natal é muito pacien‐

te,  calmo,  generoso  e  aguardou  que 

todos  se  acalmassem.  Nessa  altura 

Vul rius,  o  supervisor  da  fábrica  de 

brinquedos,  informou  o  Pai Natal  do 

sucedido. 

Ficaram todos em ”suspense” a aguar‐

dar o veredito final. 

    Todos olharam para o Pai Natal. Este 

sorri com um ar de visionário…  nha 

do uma genial e luminosa ideia. 

     Ninetalis afinal não  nha destruído 

o Natal, graças ao seu talento, Nineta‐

lis  iria  transformar  este  Natal  num 

Natal diferente. 

     O  espanto  era  geral.  Em  silêncio 

aguardavam. De  repente, o Pai Natal 

virou‐se  para  o Ninetalis  e,  sorrindo, 

disse‐lhe: 

     ‐Parabéns!  És  um  génio!  Tiveste 

uma  ideia fantás ca. Transformaste e 

marcaste para sempre este Natal.  

   Os  duendes,  nos  seus  fa nhos  ver‐

des, estavam incrédulos! 

 ‐Ó Pai Natal, afinal o que se passa?! – 

Não se vai zangar ou despedir o Nine‐

talis?! Ele estragou os brinquedos! 

 ‐Calma, meus pequeninos heróis. Ora 

pensem um bocadinho …o que  fez o 

Ninetalis?  Ele  transformou  os  bone‐

cos  normais  que  fazíamos  em  bone‐

cos  extraordinariamente  parecidos 

com todas as raças do planeta. Agora, 

todas as pessoas do mundo poderão 

comprar  ou  receber  um  boneco  da 

sua  raça,  seja  ela  europeia,  asiá ca, 

africana, indiana, indígena ou de dife‐

rentes etnias como a cigana…tantas e 

tantas  outras!  Foi  realmente  uma 

ideia excelente! 

  ‐Já imaginaram os rostos e as expres‐

sões  felizes  que  vamos  proporcionar 

este  ano  a  tantos milhões  de  pesso‐

as?! 

   Os  duendes  envergonhados  com  a 

a tude que  nham  do com o Nine‐

talis, abraçaram‐no, pediram‐lhe mui‐

tas  desculpas  e  elogiaram  a  forma 

diferente que ele  nha de ver as coi‐

sas.  Tinha  conseguido  unir  todas  as 

raças do planeta com um simples bo‐

neco! 

   No dia de Natal, nas diferentes par‐

tes do mundo, houve espanto, surpre‐

sa, sorrisos e muita alegria. 

   Aguardamos pelas expressões felizes 

de todos numa união  familiar repleta 

de amor e carinho com votos de um 

bom  Natal  para  todos  os  habitantes 

do planeta! 

Page 20: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

3 DEZ ‐Dia Internacional da Pessoa com Deficiência :: 

Page 21: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21

:: 3 DEZ ‐Dia Internacional da Pessoa com Deficiência 

DEFICIÊNCIA (Mário Quintana)

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar a sua vida, aceitando as im-posições de outras pessoas ou da sociedade em que vi-ve, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura

ser feliz.

"Cego" é aquele que não vê o seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.

"Surdo" é aquele que não

tem tempo de ouvir um de-sabafo de um amigo, ou o

apelo de um irmão.

"Mudo" é aquele que não consegue dizer o que sente

e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não

consegue andar na direção daqueles que precisam de

sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E "Miserável" são todos os que não conseguem falar

com Deus.

Como forma de assinalar o Dia Internacional da Deficiência, o departamen‐to de Educação Especial dinamizou, de 3 a 7 de dezembro, a “Semana da Diferença”. Ao longo desta semana os alunos da EB2 puderam visualizar, no hall do bloco B, uma apresentação alusiva à deficiência e inclusão educa va e  social das pessoas portadoras de deficiência. Para  além disso, diversos cartazes espalhados pela escola chamaram a atenção para a necessidade de respeitar as diferenças, encarando‐as como naturais na diversidade hu‐mana. Nem todas as pessoas sem deficiência são eficientes em todos os as‐petos da sua vida, assim como as pessoas portadoras de deficiência não são deficientes  em  tudo,  antes  pelo  contrário:  têm muitas  potencialidades:  é preciso  iden ficá‐las, acreditar nas capacidades de cada um e tratar essas pessoas com todo o respeito que merecem, apenas como qualquer outra, mas atendendo às suas necessidades especiais. 

****Feliz Natal** São os votos do departamento de

Educação Especial

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22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

Viver a Diferença Amar em sinceridade,

Incluir na vida o respeito, Superar dificuldades.

Construir um mundo mais justo

Onde todos tenham o mesmo valor

Pobres, idosos, crianças, Sem distinção de raça ou cor.

Ser apenas diferente, Na vida ninguém é igual,

Somos todos únicos, diferentes,

Deus fez-nos a cada um… ESPECIAL!

Amar a todos sem distinção,

Fazer da diferença aprendizagem,

Pessoas portadoras de necessidades,

Somos todos nós, que precisamos viver em igualdade.

Uns precisam mais de carinho,

Outro de estímulo para seguir,

Outros andam com dificuldade,

Precisam de guia… de apoio para prosseguir.

Alguns veem com os olhos da alma;

Outros falam a linguagem das mãos;

Somos todos diferentes;

Brancos, mulatos, negros… IRMÃOS!

Há que viver a diferença, E nela aprender a amar,

Respeitando todos os seres, unidos…

Vida feliz vamos todos ganhar. (adap. de Paula Belmino)

Entre os dias 17 e 26 de outubro, a profes‐

sora Maria João Antunes, responsável pela 

UEEA, dinamizou sessões de sensibilização 

para o Au smo em todas as turmas do 5º 

ano.  A  avaliação  destas  sessões  conside‐

ra—se bastante posi va dado que os alu‐

nos  se  mostraram  bastante  interessados 

no tema, ques onando a professora sobre 

as  caraterís cas  e  necessidades  de  diver‐

sos  alunos  com  Necessidades  Educa vas 

Especiais,  mesmo  daqueles  que  não  se 

enquadram no Espetro do Au smo.  

Foi passado um pequeno ques onário, no 

final  de  cada  sessão,  no  qual  era  pedido 

aos  alunos  que,  anonimamente,  avalias‐

sem  a  sessão.  A maior  parte  dos  alunos 

(80%) avaliou as sessões com a menção de 

excelente.  Era  ainda  pedido  aos  alunos 

que  expressassem  a  ideia  principal  com 

que  ficaram  sobre  o  Au smo;  aqui  estão 

algumas: 

“O au smo é uma perturbação da cabeça 

e  as  pessoas  que  têm  essa  perturbação 

parece que vivem noutro planeta”; 

“Que  quem  tem  au smo  não  consegue 

controlar‐se  e  por  isso  devemos  ajudá‐‐

las”; 

“Acho que é um problema grave, mas de‐

vemos tratar essas pessoas como trataría‐

mos qualquer outra”; 

“Devemos  brincar  com  eles  e  dizer‐lhes 

sempre o que devem fazer”; 

NOTÍCIAS /ATIVIDADES :: 

No dia 17 de outubro, par cipámos na  inicia va 

“A 17 acontece…” com a leitura do poema  

Notícias do Departamento de Educação Especial

No dia 3 de outubro realizou‐se uma sessão in tulada “Alunos com NEE 

nas Escolas Regulares: a  realidade da EB2 de Condeixa”. Esta  sessão, 

des nada  a  todos os professores que  lecionam na EB2 e dinamizada 

pela  professora Maria  João  Antunes,  teve  como  obje vo  sensibilizar 

para  a  inclusão  socioeduca va  dos  alunos  com NEE  que  frequentam 

esta escola, nomeadamente os que apresentam Perturbações do Espe‐

tro  do  Au smo.  Foi  dado  especial  ênfase  às  crises  que  estes  alunos 

apresentam,  quando  sujeitos  a  elevados  níveis 

de ansiedade ou frustração, e indicadas algumas 

estratégias  para  as  prevenir, ou,  se  tal  não  for 

possível, que a tudes  tomar, quando a  crise  já 

se encontra instalada. 

Com o obje vo de sensibilizar e dar a conhecer, de uma maneira geral, 

as caraterís cas das pessoas com Perturbações do Espetro do Au smo, 

realizou‐se no hall junto ao bar e sala de alunos, entre os dias 15 de 

setembro e 30 de novembro uma pequena exposição sobre o tema.

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Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23

:: NOTÍCIAS/ ATIVIDADES 

No dia 9 de Novembro dois jogadores da Aca‐démica vieram à escola 

A sala dos alunos estava enfeitada.  

Eu vi os jogadores e eles deram autógrafos.  

Eu fiquei feliz.  Mariana 6ºF

“Comunicar com símbolos” - software educativo que facilita a aprendiza-gem da leitura e da escrita pela associação da palavra à imagem

Alguns alunos do nosso Agrupamento, com a ajuda dos professores Mário Alves e Isabel Correia decidiram lembrar o dia de S. Martinho, oferecendo aos pro-fessores da Escola Básica nº 2 um momento musical com algumas canções. Esta atividade foi antecedida por uma ida à feira para comprar castanhas e concluída com um belo magusto!

No  dia  12  de  novembro,  eu,  os professores  e  alguns  colegas  fo‐mos  até  à  sala  dos  professores para  tocar e cantar canções  rela‐cionadas  com  o  dia  de  S. Mar ‐nho. Quando  lá  chegámos  estavam  lá muitos professores. Cantámos três canções e, quando acabámos, todos bateram palmas porque gostaram muito. No final,  a  diretora ofereceu‐nos broa e castanhas assadas. Voltámos para a sala, cantámos e tocámos mais  uma  vez  e  come‐mos as castanhas assadas e bebe‐mos sumo. 

Sandra Santos nº 9 8ºC  

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24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

A Solidariedade aos olhos dos nossos alunos:: 

No passado ano letivo, por ter cumprido todos os meus deveres enquanto delegada de turma, entrei para o quadro de valor. Quando me disseram isto fiquei um pouco espantada por-que não estava mesmo à espe-ra. Acho que só fiz o que me foi pedido, tendo em conta a minha função perante a turma.

Para mim, a solidarieda-de é ajudar quem precisa, não tendo em conta a sua idade nem o seu estatuto social, e aju-dar é não estar à espera de na-da em troca.

Júlia Silva Nº11 7ºG

Um amigo No ano passado ganhei o

quadro de valor, porque eu aju-

dei um colega da minha turma

que tinha problemas. Ele, de

vez em quando, não tomava o

comprimido e ficava descontro-

lado, e eu tentava acalmá-lo e,

muitas vezes, conseguia. Tentei

ser amigo dele para o ajudar.

Para mim, ser solidário é

ajudar as outras pessoas e ten-

tar compreendê-las sem rece-

ber nada em troca. Diogo Manaia, 7ºA

Solidariedade nos dias de hoje

Dar sem esperar receber em troca...

Esta é a primeira ideia que me surge quando penso numa definição ou num sentido para o termo Solidariedade.

Em tempos que toda a gente diz serem de crise, há imen-sas iniciativas e projetos em que nos podemos envolver e colaborar, de maneira a dar apoio e a ajudar aqueles que verdadeiramente precisam de auxílio.

Um projeto que tem vindo a destacar-se nesse domínio é o “Banco Alimentar Contra a Fo-me”, caraterizado pelo elevado número de voluntários que consegue reunir à volta de um objetivo comum: recolher ali-mentos para posterior distri-buição por instituições de soli-dariedade social e pelas famí-lias mais carenciadas.

A forma de recolha mais co-

mum, utilizada em todas as campanhas, é a que diretamen-te é levada a cabo por centenas de voluntários distribuídos nos vários pontos de venda das grandes cadeias de super e hi-permercados, que, estabele-cendo contacto direto com as

pessoas, trocam um sorriso e um obriga-do por um saco com alimentos.

Mas não se pense que só quem vai às com-pras pode contribuir. Para evitar que alguém que queira ajudar fique de fora, o “Banco Alimen-tar Contra a Fome” criou num sítio da internet uma alternativa à entrega direta. Sob a denomi-nação alimentestaideia.net, cri-ou a possibilidade de, qualquer

pessoa selecionar os alimentos e as quantidades que pretende doar; e o Banco Alimentar a que pretende destiná-las, tudo com o controlo do valor que a doação representa. Depois, é só proceder ao pagamento e a entrega é garantida.

Como é bom de ver, não há desculpa para não ajudar, pois, tudo se encontra à distância de

um clique.

Mas mais perto ainda que um clique no rato do computador, estão os nossos conhecidos que, tantas vezes, precisam da nossa ajuda. E esses têm um rosto e uma voz.

Basta estar atento e ver o que à nossa volta merece a nossa solidariedade.

João Francisco Letras Ferreira Nº 10 8º Ano - Turma D

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Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25

:: A Solidariedade aos olhos dos nossos alunos 

Solidariedade

A solidariedade não é uma obrigação, mas um dever moral. Nós, escuteiros, não a praticamos por nos impingirem essa obrigação ou por termos como lema fazer uma boa ação por dia. Quando nos entregamos aos outros, não esperamos qual-quer recompensa, pelo contrá-rio: damo-nos sem medida, com-batemos sem cuidar das feridas, trabalhamos sem procurar des-canso e o nosso maior objetivo é dar e receber sorrisos.

Todos nos conhecem

Ser solidário

Ser solidário é algo muito precio-so. Eu sou aluna da EB2 de Condeixa e sou, com muito orgulho, escu-teira. Ser escuteiro não é só ter um lenço ao pescoço, não é só andar de farda vestida e de chapéu B P (Baden Powell) na cabeça. É mui-to mais do que isso, é sermos solidários para com os outros. É ajudarmos os outros.

pela “praga” de adolescentes de calção e meia até ao joelho, de inverno a inverno, e lenço ao pes-coço, como os que recolhem ali-mentos, cheios de boa vontade, que podem mudar a vida de muitas famílias. No entanto, a solidarieda-de não é só isto. Há a limpeza de espaços públicos e as campanhas de bens para instituições, em que participamos, e os sorrisos e abra-ços que distribuímos. Ser solidário é dar o nosso lugar no transporte público e fazer toda a viagem em pé, é ajudar alguém a atravessar a rua, é ver as diferenças e torná-las indiferentes, é olhar para quem

está ao nosso lado, é dizer não aos preconceitos, é denunciar a violên-cia doméstica e os abusos infantis.

Tudo é solidariedade quando ajudamos os outros sem quaisquer benefícios para nós, a não ser tranquilidade e paz de es-pírito. Isto é ser escuteiro mas, acima disso, é ser humano, é cres-cer interiormente e despertar para a realidade.

Vivemos num mundo em que, cada vez mais, ou somos soli-dários ou solitários. Qual prefe-res? Faz a tua própria escolha, mas lembra-te: amanhã podes ser tu a precisar de ajuda!

Filipa Beatriz 12ºC

Não é alguém pedir-nos algo e nós dizermos não. Ser solidário não é só darmos os nossos brinquedos velhos a quem não os tem, pela altura do Natal. É também auxiliar alguém a atraves-sar a rua ou a carregar algo muito pesado. É ajudar alguém que não tem nada. Se alguém precisa de água nós não dizemos: - Desculpe, mas já só temos pouca água.

Dizemos sim: - Espere um momento, nós vamos já tirar dos nossos cantis. E oferecemos a água. Fazemos o mesmo com comida ou outra coi-sa qualquer. Mesmo tendo pouco, esse pouco, torna-se muito para alguém. E lembrem-se, façam como Baden Powell, fundador do escutismo, nos ensinou: “Tentem sempre deixar o mundo um pouco me-lhor do que o encontraram.”

Raquel Cardoso, 6ºF

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26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

ENTREVISTA :: 

Já - Tendo em conta a situação global do país neste mo-mento, como é que avalia a situação social do concelho de Condeixa?

Dr.ª Margarida Guedes (MG) - No concelho de Condeixa, tal como no resto do país, tem havido um crescimento significativo das famílias com necessidade de apoio social; esta evolução não nos surpreendeu, dada a situação global do país, pelo que elaborámos, na Câmara Municipal de Condeixa (CMC), um plano de apoio social, um plano estratégico, de modo a intervir nas situações de pobreza que vão sendo identificadas, ajudando as pessoas a ultrapassar os seus problemas mais prementes.

Já - Quais são os “sinais exteriores” de pobreza?

MG – Os sinais exteriores de pobreza não se modifi-caram muito; sabemos que há situações através dos pedi-dos de auxílio que chegam aos serviços de ação social do concelho. Nós funcionamos em rede, temos uma rede social e, dentro dessa rede social, temos técnicos de ser-viço social que vão por todo o concelho; na Ega, temos o centro social e aqui, em Condeixa, temos os serviços locais de ação social da segurança social do distrito de Coimbra e temos ainda os serviços sociais da CMC, da Santa Casa e da APPACDM. As pessoas dirigem-se a es-tes serviços e apresentam-nos a sua situação, mas os pro-blemas são mais visíveis nos estabelecimentos de educa-ção e de ensino. Com efeito, nas escolas podemos obser-var alguns sinais que evidenciam situações de pobreza, nomeadamente quando um aluno deixa de ir comer, pas-sa mal durante as aulas sem causa conhecida e não adqui-re os materiais necessários; no caso dos adultos, verifi-ca—se que estes, por vergonha ou por outras razões, escondem muitas vezes a sua situação.

O motivo mais invocado por essas pessoas é o facto de um ou mais elementos do agregado familiar estar desempregado. Esta situação verifica-se cada vez mais, sendo visível nas atas da CMC – cada vez mais há pessoas que solicitam o pagamento da água em prestações ou que têm atrasos no pagamento.

Nas escolas verifica-se também que um número crescente de famílias está a pedir a revisão dos apoios recebidos; há algumas famílias que têm dificuldades crescentes em pagar as refeições ou o transporte dos filhos. A CMC, através de um programa de emergência social, está a apoiar diretamente muitas famílias jo-vens no pagamento da água, da luz ou da prestação da casa; não é, felizmente, uma situação generalizada, mas é bem maior da-quela que nós gostaríamos de ter

Já: Há, na atual situação de crise no país, “novos pobres”? Que tipos de pessoas estão nessa situação?

MG: Sim, há novos pobres. Há pessoas que, devido ao de-semprego ou devido à redução dos seus rendimentos, estão a recorrer aos serviços de apoio social. Muitas vezes, essas pesso-as só recorrem aos serviços quando a situação já é muito grave, não sabendo muitas vezes como fazê-lo, pois estão perante uma situação inesperada. Temos tido um número muito significativo destes casos. Estas pessoas procuram apoio social, nomeada-mente a nível dos bens alimentares ou do rendimento social de inserção, o qual tem agora regras de atribuição muito apertadas; a nível dos bens alimentares, o recurso às cantinas sociais tem aumentado muito (as cantinas sociais são uma medida de política social recente que traz tantos problemas quanto os que resol-ve); o pedido de bens alimentares também tem aumentado signi-ficativamente. De facto, todos os dias (não é uma vez, mas todos os dias mesmo), temos pessoas a solicitar este tipo de apoios. Um outro sinal de que as coisas não estão bem é o aumento dos pedidos de apoio por famílias monoparentais ou divorciadas; em geral, nestas famílias, os filhos ficaram ao cuidado das mães e há muitos casos em que só as mães contribuem para sustentar a família – essas famílias são muito mais vulneráveis à redução do rendimento e ao desemprego, pelo que estão a recorrer mais aos serviços de apoio social.

Já: Qual a distribuição da pobreza no concelho de Condeixa, a pobreza ocorre mais na área rural ou urbana?

Já: O desemprego é um fator que produz pobreza; qual a taxa de desemprego no concelho de Condeixa?

MG: A taxa de desemprego no concelho de Condei-xa não é das maiores face ao distrito e ao país. Contudo, não sendo das maiores, há desemprego no nosso conce-lho, nomeadamente de dois tipos – o desemprego de longa duração, que atinge sobretudo pessoas com 45 ou 50 anos que têm dificuldade em encontrar ofertas de emprego, e o desemprego dos mais jovens. No concelho de Condeixa há, principalmente nas novas urbanizações, muitos jovens que, mesmo tendo níveis elevados de quali-ficação, estão desempregados, seja por não encontrarem emprego, seja por terem ficado recentemente desempre-gados. Esta situação também se verifica em algumas famí-lias e um sinal disso é o facto de haver muitos apartamen-tos à venda porque as famílias não conseguem pagá-los. Um outro indicador dos efeitos do desemprego no nosso concelho é o facto de haver muitas famílias que não con-seguem pagar atempadamente a água, a luz ou a renda.

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Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27

:: ENTREVISTA  

Temos mais pessoas a pedir apoio, mas temos menos dinheiro e temos mais trabalho, mas temos de o fazer com o pessoal existente.

Já: No apoio social que é dado às famílias e às pessoas, há critérios de atribuição definidos?

Já: No concelho de Condeixa, entre as pessoas pobres ou socialmente excluídas, qual é a situação específica dos idosos e das pessoas portadoras de deficiência?

MG: No caso das pessoas portadoras de deficiência, há em Condeixa um IPSS (instituição particular de solidarieda-de social), a APPACDM (associação portuguesa de pais e amigos do cidadão deficiente mental), a quem compete in-tervir diretamente nas situações detetadas; a função da CMC é ajudar sempre que houver solicitação para tal; a CMC tem também um serviço de teleassistência que, além das pessoas idosas, inclui as pessoas portadoras de deficiên-cia. No âmbito do programa para facilitar as acessibilidades em Condeixa, que estamos a desenvolver, estamos também a pensar nos problemas das pessoas portadoras de deficiên-cia, nomeadamente pessoas com incapacidade ou deficiência motora ou visual. Outros tipos de apoios não fazemos, pois não são da nossa competência.

No que se refere aos idosos, temos um programa que abrange diversas vertentes, nomeadamente na parte da ativi-dade física (exercício físico, aulas de hidroginástica), e na parte das atividades culturais e de lazer, nomeadamente aquelas que permitem combater a solidão. Além destas, temos ainda outros programas de intervenção, nomeada-mente a teleassistência e os ateliês ocupacionais; por exem-plo, temos ateliês de computadores, de dança e de inglês.

MG: A pobreza ocorre mais nas áreas urbana, pois nes-tas zonas não há um suporte familiar – uma família alargada – que possa auxiliar. Nas zonas rurais, as pessoas recorrem às suas famílias alargadas em situações de emergência, mas nas zonas urbanas as famílias vivem mais isoladas, não há laços de solidariedade, pelo que não têm ninguém a quem recorrer a não ser aos serviços de apoio social.

Já: Qual a percentagem de pessoas que são considerados pobres no concelho de Condeixa?

MG: A medição da pobreza através de uma simples taxa é pouco elucidativa; é certo que, antes da situação de crise económica que agora vivemos, era possível contabilizar o número de famílias ou de pessoas atingidas pela pobreza, pois muitas dessas pessoas estavam presas a um ciclo de pobreza permanente ou de longa duração, de que raramen-te saíam. Na situação atual, com o surgimento de novos casos de novas situações de pobreza praticamente todos os dias, não se consegue contabilizar de forma tão clara; ainda assim, posso dizer que só a CMC apoiou, no mês passado, 200 famílias; ora, tendo em conta que os serviços locais da segurança social apoiaram um número igual ou superior a este e que a Santa Casa também apoiou um número muito significativo de pessoas, verificamos que estamos perante um número já muito preocupante, tendo em conta a popula-ção do concelho.

Já: Devido à atual situação de crise económica, houve neces-sidade de contratar mais pessoas para a área do apoio social?

MG: Deveria ser assim…, mas a crise também atingiu as instituições, sobretudo as que são públicas; além disso, há, por opção política, limitações draconianas à contratação de pessoal nas instituições públicas; ainda que a necessidade exista, e é um facto que existe, não é possível contratar pessoal.

Já: Quais são as causas destas situações de pobreza no con-celho de Condeixa?

MG: Há dois tipos; em primeiro lugar, temos aqueles a quem chamamos os “carenciados crónicos” – são pessoas que não têm capacidades ou competências para procurar emprego ou para responder às exigências da oferta de em-prego, pois são pessoas com baixa escolaridade, com baixas competências sociais, com uma idade que o mercado de trabalho já não aceita e que têm ainda outras condicionantes pessoais ou familiares que as impedem de ter trabalhar de forma estável. Estas pessoas ou não conseguem arranjar trabalho ou, se o conseguem, não são capazes de o manter e por isso estão cronicamente dependentes de algum tipo de apoio social. Em segundo lugar, temos os novos casos de pobreza; nestes, a pobreza é causada, fundamentalmente, pela perda do emprego, por uma situação de divórcio re-cente, por uma situação de doença grave.

MG: Sim, temos critérios definidos; todas as pessoas que recorrem aos serviços da rede social de Condeixa, que inclui instituições particulares e públicas de apoio social, são atendidas segundo regras e procedimentos iguais. A rede social estabeleceu essas regras, ou tais regras foram defini-das por lei, as quais são aplicadas em todos os serviços da rede. Quando uma pessoa recorre aos serviços, as técnicas de ação social começam por elaborar um processo específi-co para essa pessoa, segundo procedimentos estabelecidos, o qual inclui um conjunto padrão de informações – agregado familiar, rendimentos, emprego, habilitações escolares, do-enças, entre outros. Qualquer pessoa, desde que reúna as condições exigidas, pode recorrer a um determinado apoio social. As condições exigidas obedecem a três critérios, que têm de orientar sempre a prestação de um serviço público: transparência, igualdade e universalidade. A transparência refere-se à clareza das regras estabelecidas, que todos de-vem conhecer e controlar; a igualdade refere-se à exigência de um tratamento igual para todas as pessoas que cumpram as condições definidas – se alguém cumpre as condições exigidas para um apoio, então terá acesso a esse apoio.

Page 28: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

ENTREVISTA :: 

No caso da dependência do álcool, que tem uma incidência muito significativa no concelho, os servi-ços sociais têm, antes de mais, tentado encaminhar as pessoas identificadas para tratamento, pois em primeiro lugar tem de vir o controlo da dependên-cia, para depois se atuar a nível da reintegração social. Contudo, há muitas reincidências, as pessoas dependentes do álcool resistem muito ao trata-mento; como já disse, o nosso objetivo nestes casos é primeiro tratar e depois tentar apoiar a sua rea-bilitação social.

Já: As pessoas dependentes de substâncias do nosso conce-lho têm algumas caraterísticas que se possam destacar?

MG: Em geral, os casos que conhecemos têm algumas caraterísticas definidas, é verdade; algumas são pessoas sós, pessoas que passaram recentemente por um divórcio, pes-soas cujas famílias são desestruturadas, outras não têm família…De algum modo estas situações estão associadas à dependência de substâncias, embora o consumo também se inicie devido a experiências lúdicas dos jovens, as quais se tornam depois em dependência devido à incapacidade de alguns jovens para aguentarem a pressão de grupo ou alguns acontecimentos stressantes da sua vida.

Já: Um dos problemas associados à pobreza – embora não exclusivo dela – é a violência doméstica e o abandono ou a negligência para com as crianças e os idosos. Que tipos de vio-lência na família têm sido observados no concelho de Condeixa?

MG: No concelho de Condeixa, tenho de reconhecê—-lo, identificámos todos esses tipos de violência; a violência doméstica, sobretudo sobre as mulheres, sobre as crianças e sobre os idosos. No que se refere às mulheres, temos algumas mulheres que recorreram aos nossos serviços e que, após análise da sua situação, encaminhámos para insti-tuições de refúgio; neste momento temos 3 mulheres refu-giadas em instituições devido à violência dos maridos ou companheiros. Outras apresentaram queixa nas autorida-des policiais, mas depois, por pressão da família ou por estarem dependentes dos maridos ou companheiros, reti-ram a queixa, sobretudo quando não há marcas visíveis de violência física; esta situação acontece porque estas mulhe-res não têm independência económica, elas dependem do marido ou do companheiro, pelo que acabam por ficar caladas, tentando aguentar a situação. No caso das crian-ças, identificámos diversos tipos de violência, desde a negli-gência (a nível da alimentação, higiene e cuidados básicos), à violência física contra a criança (por parte dos pais), à violência sexual (assédio e abuso) e identificámos ainda casos de violência psicológica exercida pelos pais sobre a criança, sobretudo em situações de divórcio (a criança é usada como arma de arremesso pelos mais no âmbito do seu conflito conjugal).

Já: Uma realidade que se observa em certas zonas do con-celho de Condeixa (por exemplo, na estrada para Penela) é a existência de mulheres que se dedicam à prostituição; há dados sobre quem são estas pessoas?

MG: A prostituição é uma atividade difícil de analisar; a rede social tem conhecimento de que há certos locais on-de se pratica a prostituição, nomeadamente à beira das estradas, toda a gente vê… A intervenção da CMC nesta prática é difícil; já pedimos às autoridades policiais para intervirem, mas isso não resolve o problema; além disso, as pessoas que se dedicam a esta atividade fazem-no em terrenos privados, que estão fora do nosso controlo. Que esta prática é degradante, é; que, sobretudo no caso da prostituição de rua, é uma expressão de pobreza e da ex-clusão social, também; que é uma situação que não conse-guimos debelar, sim. Contudo, esta situação tem de ser enfrentada por diversas instituições e pela própria comuni-dade; trata-se de uma situação que não se resolve só pela lei ou pela repressão. Além disso, o facto de assistirmos a um aparente aumento desta atividade, envolvendo de resto muitas jovens, cada vez mais jovens, indicia também que o nosso país está de facto a afundar-se a nível social – o au-mento da prostituição, sobretudo da prostituição de rua, é uma mau indicador social, é um sinal de que há mais po-breza e mais exclusão.

Já: As pessoas que se dedicam à prostituição de rua que descreveu são portuguesas ou estrangeiras?

MG: Segundo dados das forças de segurança, parte são portuguesas, mas também há imigrantes; possivelmente há redes de prostituição envolvidas.

Já: Algumas destas pessoas dedicam-se à prostituição devi-do ao consumo de drogas?

MG: É possível que haja alguns casos, mas não tenho informação segura sobre a situação; sabemos contudo que há mais pessoas, a nível do concelho, com problemas de dependência de substâncias.

Já: Qual é a situação das pessoas dependentes de drogas no concelho de Condeixa? Estão a ser acompanhadas?

MG: Algumas dessas pessoas recorrem aos apoios so-ciais, sobretudo aquelas que já estão a ser acompanhadas por técnicos de saúde, por técnicos do instituto da droga e da toxicodependência ou técnicos de ação social; no âmbi-to dos serviços sociais da CMC o apoio que lhes é dado, tendo em conta a especificidade de cada situação, segue os critérios gerais do apoio social, nomeadamente na saúde e na habitação.

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Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29

Na CPCJ (comissão de proteção de crianças e jovens) de Condeixa acompanhamos neste momento 37 casos de crianças vítimas de algum tipo de violência e arquivámos 51 casos durante este ano; todos os dias nos chegam casos novos à comissão com algum tipo de problema… No caso dos idosos, os nossos servi-ços identificaram situações de negligência (deixar os idosos sem medicação, higiene ou alimentação) e de violência física. Um ou-tro tipo de violência sobre os idosos é a sua exploração econó-mica por parte dos filhos, que se apropriam das reformas dos pais, sobretudo quando estes não têm, por alguma razão, meios de subsistência.

Já: A violência doméstica ocorre mais nas famílias pobres ou ocor-re também em outros tipos de famílias?

MG: Eu não diria que a violência doméstica ocorre mais em famílias pobres, mas sim que a violência ocorre mais em famílias desestruturadas, às vezes a violência tem a ver com a situação económica, mas outras vezes não. É verdade que a má situação financeira de uma família agrava o stresse e assim a possibilidade da violência, mas também há situações de violência em famílias com boa ou muito boa situação financeira. A violência não é ex-clusiva das famílias pobres, é um fenómeno presente em todas as classes sociais.

Já: Quais são as causas mais comuns das situações de violência doméstica que têm sido identificadas no concelho de Condeixa?

MG: Uma explicação para algumas situações de violência do-méstica contra a mulher decorre talvez da alteração do estatuto social e profissional da mulher, que se tornou mais independente, mais ativa e mais livre, o que colocou em causa o poder do ho-mem, que tradicionalmente exercia um controlo quase absoluto sobre a vida da mulher; além disso, essa alteração do estatuto social da mulher alterou também o desempenho de papéis no seio da família (a mulher deixou de ser “a fada do lar”), levando a que alguns homens se sintam ameaçados, reagindo através do uso da força para tentar repor o seu controlo.

Já: Feito o diagnóstico da situação social do concelho de Condeixa, gostaríamos agora de saber o que tem sido feito para resolver ou pelo menos minorar esta situação, seja a nível nacio-nal, seja a nível local.

MG: A nível nacional, há um conjunto de prestações sociais estabelecidas, através da segurança social, nomea-damente o rendimento social de inserção, que visa apoi-ar pessoas em situação de grande pobreza, o apoio com-plementar para idosos, que visa apoiar idosos que vivem abaixo do nível da pobreza, o apoio familiar aos menores e o apoio complementar para pessoas portadoras de deficiência. Existem ainda apoios eventuais, também da segurança social, para aquelas pessoas que não tendo no momento nenhum apoio social necessitam de apoio ime-diato; um outro apoio deste tipo é o subsídio de desem-prego. Como é sabido, recentemente, muitas destas prestações viram o seu valor, o seu âmbito e a sua dura-ção significativamente cortados. Um outro tipo de apoio é o que se baseia na oferta de bens alimentares; há um programa de distribuição de bens alimentares básicos da união europeia e que é dirigido a pessoas com uma situa-ção de pobreza já identificada; existe ainda o programa de ajuda alimentar do Banco Alimentar, que é distribuí-do, a nível local, pelas Conferências Vicentinas e segundo critérios definidos por essa organização. Por fim, foram agora desenvolvidas as cantinas sociais, que fornecem almoços e jantares; em Condeixa há duas, uma no Cen-tro Social da Ega e outra na Santa Casa.

A nível local, a CMC estabeleceu um programa de emergência no valor de 50.000 euros para este ano; este programa tem várias facetas. Um delas é a ajuda alimen-tar, angariada junto da comunidade ou adquirida aos su-permercados; a Casa de Saúde Rainha Santa Isabel tem também contribuído para este programa, enviando bens alimentares que são distribuídos através da Loja Social de Condeixa. A Loja Social disponibiliza também outros bens (roupas, brinquedos, produtos de higiene, etc.). Uma outra faceta do programa é o apoio financeiro de emergência para o pagamento da água, luz ou prestação da casa e também para pequenas ajudas para a aquisição de certos bens como óculos ou de outros aparelhos no âmbito da saúde; esta ajuda funciona como um comple-mento ao apoio da segurança social ou como um apoio a situações de emergência que não são cobertas por ou-tros apoios sociais. Uma terceira faceta do programa é o apoio financeiro para a realização de pequenas interven-ções em habitações degradadas – comparticipamos em 90% o custo de pequenas reparações ou a aquisição de materiais que melhorem as condições de habitabilidade. Por fim, a última faceta do programa é o apoio às famílias pobres das crianças que frequentam o ensino pré-escolar e o ensino básico, financiando livros, alimentação e trans-portes. Resumiria os nossos apoios assim: no concelho de Condeixa, ninguém tem de passar fome porque te-mos apoios suficientes para o evitar (se há alguém a pas-sar fome é porque nós não sabemos); com este progra-ma de emergência social tentamos cobrir as situações de emergência do concelho, desde os mais jovens até aos mais idosos.

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30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

Já: A nível do país, considera as políticas sociais que estão a ser atualmente seguidas adequadas para resolver o problema da exclusão social?

MG: Não, as medidas que estão a ser tomadas atualmente pelo governo não só não atenuam as situações de pobreza e de exclusão social, mas estão já a agravá-las e a aumentar a desigualdade social, o fosso entre os mais ricos e os mais po-bres está a crescer. As políticas sociais e económicas que têm vindo a ser desenvolvidas têm aumentado o desemprego e reduzido o salário, levando a que o estado receba cada vez menos contribuições sociais, mas tenha de pagar prestações de apoio social a cada vez mais pessoas.

Já: Há algum aspeto que a Sr.ª Vice-Presidente ainda queira referir para concluir esta entrevista?

MG: Bem, eu gostaria de concluir do seguinte modo: gos-taria de viver num concelho que não precisasse de ter pro-gramas de emergência social, um concelho no qual a pobreza e a exclusão social não existissem; ainda assim, sendo a reali-dade o que é, estamos preparados para enfrentar as dificulda-des existentes com os recursos que temos e com a colabora-ção de todos os que fazem parte da nossa rede social.

__________________________________________

A entrevista foi realizada pelos alunos do Curso Profissio-nal de Técnico de Apoio Psicossocial José Costa, Nuno Cor-reia, Inês Santos, Jéssica Vaz, e Maria Paredes; a captação de som e imagem foi de Beatriz Cordeiro, Ana Sousa e Tiago Marto.

As questões resultaram de um trabalho de grupo realiza-do nas disciplina de Animação Sociocultural e de Comunidade e Integração Social, no âmbito do estudo das técnicas de in-vestigação (entrevista) e de realização de um diagnóstico soci-al. Este trabalho foi realizado por todos os alunos da turma, divididos em quatro grupos, que correspondem aos quatro momentos temáticos da entrevista realizada.

O JÁ agradece a disponibilidade manifestada pela Dr.ª Margarida Guedes.

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Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31

:: OPINIÃO 

A juventude e a mobilidade social em Portugal

Fernando Moreira Há já alguns meses que os meios de comunicação social, 

dando voz a diversos especialistas e analistas polí cos, vêm 

guiando a opinião pública para a  inevitabilidade da pobreza 

que nos espera e para a natural consequência da juventude 

ir ter um futuro bem menos afortunado do que o dos seus 

pais. Condição fundamental para que uma previsão social se 

concre ze é a de que os seus sujeitos e agentes acreditem 

na veracidade do oráculo e na irreversível necessidade de o 

tornar realidade. Segundo o barómetro mensal da Aximage 

para  o  Negócios  e  o  Correio  da  Manhã 

(www.jornaldenegocios.pt), “mais de dois terços dos jovens 

portugueses acham que vão ter um nível de vida pior do que 

os  seus  pais”.  Quando  ques onados  sobre  o  seu  futuro, 

comparado  com o nível de  vida dos  seus pais,  “68,7% dos 

jovens  inquiridos  no  Barómetro  considera  que  será  pior”. 

Está pois em marcha o processo de interiorização da auten‐

cidade  do  futuro  condenado  e  da  sua  pacífica  aceitação, 

jus ficado e fundado no saber técnico de quem prevê – seja 

ministro ou economista – seja esse saber alicerçado noutra 

coisa qualquer, como ocorre nas opiniões da doutora Isabel 

Jonet, cuja presciência a  levou a afirmar “esta é a primeira 

geração  onde  se  tem  a  certeza de  que  os  filhos  vão  viver 

pior do que os pais, o que gera desconforto e um sen men‐

to de  falhanço pessoal”  (Semanário Expresso 01/12/2012). 

Repare‐se  como a previsão  transita, nas palavras da presi‐

dente  da  Federação  dos  Bancos  Alimentares,  do  reino  de 

uma eventualidade, que seria de evitar e combater a todo o 

custo, para o da certeza contra a qual nada resta senão acei‐

tar.  Contentem‐se  os  pais  e  os  jovens  portugueses  com  o 

desconforto  e  o  sen mento  de  falhanço  pessoal,  pois  de 

nada  serve  recusar esta  certeza  afirmada por  tais  sumida‐

des. Mas, reflitamos sobre o significado de tal realidade tão 

doutamente  considerada  como  certa.  Se  os  jovens  portu‐

gueses  vierem a  viver pior do que os  seus pais,  isso  seria, 

acima de tudo, a pior das derrotas que poderia ser  infligida 

a Portugal, aos  interesses dos portugueses e à própria no‐

ção de meritocracia, tão cara a qualquer estado democrá ‐

co  e  liberal.  Essa  ocorrência  traduziria  um  total  desprezo 

pelo  inves mento, estudo, dedicação e qualificação, a que 

se  votaram  os  jovens  e  os  seus  familiares  durante muitos 

anos. Em termos sociológicos, estaríamos perante um fenó‐

meno de mobilidade social de valor nega vo, em si mesmo 

suficientemente grave para desmoralizar e comprometer o 

futuro  dos  portugueses  e  de  Portugal.  Segundo  Friedman 

(2012), as sociedades onde não há melhoria das condições 

de  vida, onde há poucas oportunidades para a mobilidade 

social, ficarão desprovidas de  incen vos para as pessoas se 

dedicarem. Os países que criam as oportunidades para que 

todos os cidadãos triunfem, maximizarão os talentos da sua 

população, enquanto os países que falhem nesta tarefa fica‐

rão  irremediavelmente para  trás, apoiados nos  talentos de 

uns poucos privilegiados. Embora o conceito de mobilidade 

social não possa ser tratado  linearmente e reduzido a uma 

vertente meramente financeira, parece irrecusável reconhe‐

cer que os rendimentos, assim como os cargos e as funções 

desempenhadas, são parte cons tu va da noção de mobili‐

dade  social.  Condenar,  por  antecipação,  os mais  jovens  a 

uma  descida  nos  níveis  de  rendimento  e  de  qualificação 

laboral, compa veis com os méritos e competências adqui‐

ridas, é sentenciar todo o sistema educa vo que as propor‐

cionou e toda a devoção que os jovens lhe dedicaram. 

Friedman, Howard Steven, The Measure of a Nation: How to Re-gain America's Competitive Edge and Boost Our Global Standing, Prometheus Books, 2012.

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32 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

-O quê? Já passou o primeiro período letivo?? Tão depressa?? Que bom é ter esta sensação de olhar para trás e esboçar um sorriso ao recordar todos os momentos especiais que passámos em tão boa companhia… a VOSSA. Obrigada pelo vosso envolvimento, a vossa simpatia, o carinho e vontade de partilhar e ajudar… É tempo de fazer um breve balanço sobre o muito que já construímos em conjunto. Ora vejamos…

Na Biblioteca acontece… :: 

Obrigad

o,

pelas

tuas be-

las fra

ses…

Aconteceu nas nossas Bibliotecas Escolares… 

    Tudo começou no dia 14 de setembro, quando as crianças e jovens do nosso Agrupamento, vieram 

conhecer/reencontrar os seus colegas, professores e a escola. Assim, como uma forma de lhes dar as 

boas vindas, as professoras bibliotecárias es veram nas Bibliotecas Escolares das EB nº1, EB nº2 e EB 

nº3 para os receber e mostrar o  local mágico onde são sempre bem recebidos, mo vando‐os para a 

plena u lização do mesmo e para a  importância de serem BONS LEITORES. Os alunos de 5º ano res‐

ponderam, prontamente, ao desafio lançado… preencher a frase na página em branco do mini livrinho 

que lhes foi dado. E surgiram frases tão poé cas! O di cil foi escolher estas três, que vos damos agora 

a conhecer. Prontos? As frases vencedoras do desafio foram as seguintes:  

1º lugar: “Um livro é um pássaro a voar no nosso coração.” - Beatriz Figueiredo, 5º D 2º lugar: “Com o livro, posso sonhar e conhecer o universo sem sair do lugar.”- Leonor Pereira, 5º B 3º lugar: “Dentro de um livro, está um mundo colorido.” - Anónimo

 À  imagem do que se tem verificado nos úl ‐

mos anos, assinalámos, mais uma vez, o Mês 

das Bibliotecas Escolares, outubro. Nas várias 

escolas com BE, os alunos dos vários níveis e 

ciclos de ensino  foram  "acolhidos" na Biblio‐

teca  e  receberam,  gradualmente,  formação 

no âmbito de u lizadores,  tendo a oportuni‐

dade de conhecer melhor as a vidades, nor‐

mas  de  funcionamento,  zonas  funcionais  e 

organização  da  documentação  (CDU).  Ainda 

nesse  mês  se  procedeu,  nas  quatro  BE  do 

Agrupamento, às candidaturas e seleção dos 

Monitores da Biblioteca Escolar, para as várias 

secções  de  apoio  aos  u lizadores,  ou  seja, 

informá ca,  leitura,  receção/áudio e  vídeo e 

jornalismo. Os candidatos foram muitos, mas 

mesmo muitos, mas, para nossa grande pena, 

não podíamos aceitar todos. Esperamos pelas 

vossas  novas  candidaturas,  no  próximo  ano 

le vo.  Atualmente  e  após  formação,  alunos 

do 3º ao 12º ano  fazem agora um excelente 

trabalho, dando uma  lição diária de civismo, 

capacidade  de  trabalho,  responsabilidade  e 

espírito de entreajuda. São magníficos, torna‐

ram  a  equipa  e  o  serviço  a  prestar  pela  BE 

melhores. Parabéns e muito obrigada a todos 

vós!! Muito obrigada,  igualmente, a todos os 

alunos  que,  mesmo  não  sendo  monitores, 

nos ajudam tanto. 

           Como não podia deixar de ser e porque 

as datas  importantes não podem cair no es‐

quecimento, celebrámos com filmes, decora‐

ção do espaço, com os  trabalhos dos nossos 

alunos feitos nas BE ou nas respe vas turmas, 

exposição  de  documentos,  produção  textual 

várias efemérides. 

    No  dia  1  de  outubro,  celebrámos  o  Dia 

Internacional  da  Música,  na  BE  da  EB  nº2, 

com música, filmes e obras sobre a  temá ca 

e nos dias 4 e7 de outubro, comemorámos o 

Dia  do  Professor,  tendo  os  nossos  alunos 

desejado  um    Bom  dia,  professor(a)!,  entre‐

gando flores de papel frases, ambas elabora‐

das por eles. Para que possam vislumbrar um 

pouco  da  qualidade  das  frases  produzidas, 

deixamos‐vos com escrita pelo Tiago Pereira, 

do 7º G; “Se não fossem os Srs. Professores, o 

mundo  não  girava  com  conhecimento,  só 

girava por girar. Professor, cada via é uma via 

para o conhecimento, graças a si. Obrigado!” 

BIBLIOTECA ESCOLAR

OH!OH!OH!

Festas Felizes e um exce-lente ano de 2013!!!!

Saudações livrescas …

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Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 33

:: Na Biblioteca acontece... 

O que acontecerá no próximo ano nas nossas Bibliotecas Escolares??? Surpresas e mais surpresas que já temos preparadas para todos vós!!! Até lá…

No final de outubro preparámos tudo para 

lembrarmos duas tradições, a portuguesa, 

Dia  de  Todos  os  Santos,  e  a  anglófona 

Halloween.  As  BE  ficaram  assustadora‐

mente atra vas e interessantes, com todas as surpresas que a equipa da BE preparou 

para vós. Assustaram‐se??? 

Agora,  chegou  a  época  natalícia  e,  a  par 

com o brilho, as decorações,  resplandece 

mais  intensamente a solidariedade, a von‐tade de par lhar e de ajudar o próximo. O 

professor António Galvão e a Profª  Isabel 

Gabriel ofereceram um brinquedo maravi‐

lhoso  para  contar  histórias  aos mais  pe‐

queninos (vide foto). Os nossos monitores 

e alunos, fizeram trabalhos de artes plás ‐

cas, desenhos, escreveram  frases e cartas 

ao  Pai  Natal,  decoraram  as  BE,  fizeram 

poemas, viram filmes e requisitaram  livros sobre  a  temá ca. Ouviram o nosso  apelo 

lançado na Campanha de doação “No Na‐

tal, ofereça um  livro à Biblioteca Escolar”. 

Obrigado! 

   No dia 27 de novembro, demos  início à inicia va “30 dias, 30  livros”, projeto con‐

junto das bibliotecas concelhias de Condei‐

xa  (BM e BE). Assim, ao  longo do ano, as 

BE do Agrupamento e a Biblioteca Munici‐

pal irão assegurar um serviço de Biblioteca 

generalizado também aos Jardins de Infân‐

cia  e  escolas  de  1º  Ciclo,  que  distam  da 

sede  de  concelho.  É  tão  recompensador 

sen r a alegria de todos quando nos veem, a  nós  e,  obviamente,  aos  tesouros  que 

levamos, os livros! 

Concurso de pesquisa e leitura “Quem é  Quem”,  que,  nos  meses  de  novembro  e dezembro,  versou  sobre  as  escritoras  Luísa Ducla Soares (1º CEB) e Mª Teresa Maia Gon‐zalez (2º e 3º CEB).  

TOP  LEITOR – que  se des na a  reco‐nhecer os melhores leitores dos vários ciclos de ensino, nos três períodos le vos. 

Concurso de Leitura “Ouvir Ler? Que prazer!”, promovido,  em  colaboração  com a  Biblioteca  Municipal,  visa  promover  o desenvolvimento  das  competências  da leitura, em voz alta, dos alunos de 3º ao 9º ano,  deste  Agrupamento.  As  inscrições encontram‐se a decorrer e a 1ª eliminató‐ria será em janeiro. 

Campanha “No Natal, ofereça um livro à Biblioteca Escolar” – des nada à comunida‐de  educa va  e  famílias  dos  nossos  alunos, pretendendo‐se  com  a  mesma  apetrechar melhor  as  Bibliotecas  Escolares  do  Agrupa‐mento, com  livros, CD, DVD e  jogos  interes‐santes, educa vos e em bom estado, pois as nossas  crianças  e  jovens  também  agrade‐cem. E, como o Natal é sempre que o Homem quiser, esta campanha de doação é estendida a  todo o ano  le vo, pelo que aguardamos e agradecemos as vossas doações.

 “Chega Dezembro,  gélido  e  belo,  ansioso  e 

desperto. Uma inexplicável magia aflora ao 

ar  leve  e  frio,  que  treme, uma antecipação 

nostálgica de um novo Natal que  se abeira 

no  tempo.  Logo a mim  se  une  essa  nostal‐

gia,  que  tantas memórias queridas  carrega 

no seu âmago suave. Anseio por ver as ruas, as  casas,  as  árvores  ganharem  nova  vida 

por entre mil cores luzindo. Anseio evocar a 

neve  pura  e  branca,  que  tudo  cobre  num 

abraço  apaixonado  e  gélido.  Anseio  pelas 

tradicionais melodias  natalícias,  pela  deco‐

ração  exuberante  de  cores  e  brilho,  pela 

felicidade  no  simples  ato  de  erguer  uma 

árvore  de  natal  ou  montar  um  presépio 

minuciosamente. Anseio  pelo momento  em que surgem os primeiros embrulhos misteri‐

osos,  o  reunir  das  pessoas  que  amamos,  o 

calor do fogo que arde tranquilo na lareira, 

as  velas  acesas  na  noite  mágica,  os  doces 

aromas  dos  bolos  e  das  comidas  tradicio‐

nais da época, os sinos que tocam como os 

anjos  que  cantam,  o  simbolismo  do  nasci‐

mento que deu nome a esta época, histórias que dá prazer contar. Anseio por sen r essa 

magia única e o amor que enche o ar de um 

lar  unido,  a  paz  e  o  aconchego  dos  laços 

afe vos.  

Eis  o  Natal,  em  todo  o  seu  esplendor.  Se 

acredito no Pai Natal? Acreditava, na minha 

ingenuidade  de  criança.  Não  passa  de  um 

símbolo  que  anima  os mais  pequenos,  que 

esconde a verdadeira magia do Natal, mais an ga, mais viva, mais verdadeira.  

E  que  neste  Natal,  possamos  oferecer  um 

gesto de carinho a quem não  tem nem um 

olhar de atenção. “ 

                        Belleine   (Quem será esta jovem escritora da ESFN??)  Acontece nas nossas

Bibliotecas Escolares…

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34 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

A propósito da Odisseia de Homero, adaptação de João de Barros, os alunos do curso de Eletricista de Instalações (Tipo 2) imaginaram algumas conversas entre Ulisses e Calipso.

Conversas possíveis

Calipso – Ulisses, se tu casares comigo, eu torno-te imortal e ficarás para sempre jovem. Ulisses – Eu caso contigo, Calipso. Mas como é que consegues viver nu-ma ilha deserta como esta? Eu não me vou conseguir habituar a esta ilha. Calipso – Eu já moro aqui há muitos anos e depois esta ilha não está deserta, tem muitos pássaros que cantam e fazem-me muita compa-nhia.

Nélio Fernandes

Ele – Calipso, Por que não me deixas ir embora? Ela – Porque gosto muito de ti e quero casar contigo, meu querido Ulis-ses. Ele – Mas tu sabes que eu tenho esposa, filho e um povo que amo para governar. Ela – Não quero saber, Ulisses. Se não és meu, não vais ser de mais nin-guém!

Matheus Costa

Ulisses tinha ido dar um passeio e entretanto chegou a casa: Ulisses – Hum! Cheira bem lá fora, o que estás fazendo? Calipso – Uma caldeirada de lulas. Já está quase pronta. Vai pôr a mesa enquanto eu acabo isto… Ulisses – Com certeza, minha deusa. Depois de comerem: Ulisses – Que rico almoço! Calipso – Ainda bem que gostaste! Agora tens aqui a sobremesa (uma taça de frutas tropicais). Enquanto Ulisses saboreava a sua fruta, disse para Calipso: Tenho saudades de casa…

Pedro Xavier Pereira

Escrita cria va:: 

História Antiga

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.  Feio bicho, de resto:  Uma cara de burro sem cabresto  E duas grandes tranças.  A gente olhava, reparava, e via  Que naquela figura não havia  Olhos de quem gosta de crianças.   E, na verdade, assim acontecia.  Porque um dia,  O malvado,  Só por ter o poder de quem é rei  Por não ter coração,  Sem mais nem menos,  Mandou matar quantos eram pequenos  Nas cidades e aldeias da Nação.   Mas,  Por acaso ou milagre, aconteceu  Que, num burrinho pela areia fora,  Fugiu  Daquelas mãos de sangue um pequenito  Que o vivo sol da vida acarinhou;  E bastou  Esse palmo de sonho  Para encher este mundo de alegria;  Para crescer, ser Deus;  E meter no inferno o tal das tranças,  Só porque ele não gostava de crianças.  

Miguel Torga

Coimbra, 12/10/1937

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Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 35

:: Escrita cria va 

Para um amigo tenho sempre um relógio

esquecido em qualquer fundo de algibeira.

Mas esse relógio não marca o tempo inútil.

São restos de tabaco e de ternura rápida.

É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.

É um copo de vinho com o meu sangue e o sol. António Ramos Rosa,

in viagem através de uma nebulosa(ática, 1960) in antologia poética (d. quixote, 2001)

O Perdão

O perdão está na nossa mão. Anda, estende o braço, Temos que seguir o coração Não podemos ficar com a desilusão.

Este meu amigo está triste Mas ele tinha de pensar Será que o vou magoar?

O que devemos fazer é perdoar.

Neste momento vivemos Na dúvida. Devemos perdoar Ou viver na amargura?

Sem o perdão

Não existe Amor nem paixão. Temos que aprender a perdoar!

Beatriz Simões Rodrigo Ferreira

6c

Solidariedade

Solidariedade é A palavra-chave da vida. É amar alguém que precisa De ajuda. Solidariedade é Uma ponte que pode ruir. Se alguém não ajudar, Ela vai cair. E sem os outros Ninguém conseguia viver, Porque para viver na solidão Mais valia morrer. Solidariedade é Um ou dois amigos a dar a mão, Mas se um não ajudar o outro Este pobre fica na solidão.

Cedrico Louro 6ºC

Solidariedade

Se na vida queremos crescer, temos a todos que dar as mãos, ver o que está a acontecer, afinal somos todos irmãos. Temos de superar as nossas diferenças, superar as nossas dificuldades, temos dos outros cuidar, e repartir responsabilidades. A solidariedade é aquela que nos vai ajudar, para nós conseguirmos nossas dores suportar. Vamos ajudar o próximo, neste mundo de egoísmo, vamos dividir com o outro, esquecer o consumismo. Agora não te esqueças de com todos partilhar pois se o fizeres tu vais brilhar.

Bárbara 6ºC

Ser poeta As palavras são A alma do poeta que existe Livre de sonhar e gritar, Amar em liberdade Num paraíso… Um paraíso tão profundo e sereno, Sem barreiras… Sem medos ou crueldade, Um mundo novo!

António Fróis, 12º A

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36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

DIVERSÕES:: 

Encontra, no quadro B, as palavras do quadro A, correspondentes aos nomes de deuses

ou de personagens da Odisseia, de Homero.

Quadro A Quadro B

Os alunos do curso de Eletricista de Instalações (9.º EI)

mensageiro dos deuses

deus do vinho

deus dos deuses

deus dos mares

morada dos deuses

barqueiro do mundo dos mortos

cão que guarda a entrada do mundo dos mortos

deus do sol

herói da guerra de Troia

esposa de Ulisses

esposa de Menelau

deus da guerra

deus do tempo

ninfa da ilha de Ogígia

Vejam “I am Sam – a força do amor”, um belíssi‐

mo filme: 

Sam  Dawson  (Sean  Penn)  é  um  homem  com 

deficiência  mental  que  cria  a  sua  filha  Lucy 

(Dakota Fanning) com a ajuda de um extraordi‐

nário grupo de amigos. 

Quando Lucy  faz sete anos, ultrapassa  intelec‐

tualmente o pai; nessa altura, a relação privile‐

giada entre os dois é ameaçada por uma assis‐

tente social que coloca Lucy ao cuidado de um 

orfanato. 

Enfrentando o que parece um problema  imba‐

vel,  Sam  jura  lutar  contra  o  sistema  legal  e 

forma uma  inesperada aliança com Rita Harri‐

son (Michelle Pfeiffer), uma poderosa e egoísta 

advogada que aceita o caso gratuitamente em 

resposta a um desafio dos seus colegas. 

 

 

Leiam  

“O Estranho Caso do Cão Morto” de Mark Haddon: 

Referido pelo The Times como «um dos melhores 

livros de 2003», O Estranho Caso do Cão Morto é 

muito diver do. Conta a história de Christopher 

Boone, um miúdo  au sta,  com  apenas 15  anos 

que vive enredado no seu próprio mundo,  longe 

de  tudo e de  todos. Possui uma memória  foto‐

gráfica e é um aluno excelente a matemá ca e a 

ciências, mas detesta o amarelo e o castanho e 

não  suporta  que  alguém  lhe  toque.  Absorvido 

pela  sua  doença,  Christopher  desperta  um  dia, 

quando encontra o cão da sua vizinha morto, no 

meio do jardim, com uma forquilha atravessada. 

A par r daqui nunca mais será o mesmo pois só 

descansará quando descobrir quem cometeu tão 

atroz crime. Uma obra de humor irónico, que irá 

em breve ser adaptada ao cinema, pois os direi‐

tos para filme foram já adquiridos pelos produto‐

res de Harry Po er, contando com Brad Pi  co‐

A  propósito  de  eletricida‐de…

‐ Ó mãe, ó mãe! A avó é eletricista?  ‐ Não, filho... Porquê?  ‐ Porque como ela está ali a mexer no quadro elétrico tão rápido...          O eletricista entra na sala do hospi‐tal onde estão os doentes ligados aos ven ladores e diz:  ‐ Eh, pessoal! Vamos lá a dar uma respiradela bem funda que eu pre‐ciso de cortar a luz por cinco minu‐tos! 

mo ator. 

Juntos, lutam para convencer o siste‐

ma  que  Sam merece  a  sua  filha  de 

volta e, durante o processo, formam‐

se, entre eles,  laços que são um  tes‐

temunho  único  do  poder  do  amor 

incondicional. 

Propostas de ocupação do tempo

livre na interrupção letiva do Natal

pelo Departamento da Ed. Especial

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Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 37

Sumário: Teste MAT

Escreve nos quadrados as respostas obtidas. No fim, verifica a mensagem …

1              

2                    

3                  

4        

5              

6                

7                      

8                        

9                          

10                

11            

12                      

1- Desporto pelo qual ficou conhecido o nome “Eusébio”

2- Uma das propriedades da adição de núme-ros inteiros

3- Cidade onde nasceu D. Afonso Henriques

4- O que representa a fórmula química

5- Rocha mais abundante no norte de Portugal

6- Uma das ilhas do arquipélago dos Açores 7- Como se designa um conjunto de estrelas

ligadas por linhas imaginárias

8- Que nome se dá aos seres vivos constituídos apenas por uma célula

9- Operação inversa da divisão

10- Povo que criou a escrita hieroglífica

11- Distrito que começa pela letra A e termina na letra O

12- Designação da religião em que se acredita em vários deuses

(Atividade elaborada em MAC – 7º G)

OH 2

Criado no site h p://www.pixton.com/pt/ Pela Profª Ana Rita Amorim 

:: DIVERSÕES Um Aluno Muito

solidArio...  

- SUGESTÕES DE LEITURA

Da Biblioteca Escolar O Natal está a chegar, está frio lá fora e a temperatura é ideal para ler um “aconchegante” livro… Que tal??

ANEDOTA Vão quatro engenheiros no carro, quando este avaria. Cada engenheiro dá sua sugestão. Engenheiro mecânico: A caixa de velocidades deve ter avariado. Engenheiro químico: Não concordo. O problema está na composição do combus‐vel. 

Engenheiro eletrotécnico: Nada disso! É a bateria que está descarregada. Engenheiro informá co: E se nós saíssemos e entrás‐semos novamente? 

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38 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

Crónica:: 

A força das palavras Ana Paula Amaro

Sem  braços.  Sem  pernas.  Sem  problemas.  Muita  gente 

conhece o  lema de vida de Nick Vujicic e os seus  inspira‐

dores  vídeos  disponíveis  na  internet.  Nick,  nascido  sem 

braços nem pernas, apenas com “uma asinha de  frango” 

como  pé,  como  ele  próprio  ironicamente  refere,  não  se 

deixou vencer pela adversidade. Pesca, surfa, nada, anda 

de barco,  joga  futebol e é autossuficiente. Ele é a prova 

viva de que o ser humano é muito mais do que a soma das 

suas partes. Ter uma, ou várias deficiências, é diferente de 

ser‐se deficiente. Existe um abismo entre estes dois ver‐

bos: um exprime a  condição presente enquanto o outro 

define a essência. Tem‐se o que a natureza ou a herança 

gené ca nos legou. É‐se tudo aquilo que conseguimos ser, 

usando a nossa força interior e aquela vas dão que abran‐

ge o conceito de autossuperação. Obviamente não somos 

tudo  aquilo  que  sonhámos  ser.  A  vida  não  é  uma  linha 

reta  sem  imperfeições; antes um quadro abstrato, pleno 

de  figuras  geométricas. No  caso  dos  o mistas  pode  ser 

um quadro de Kandinsky; no caso dos pessimistas um gri‐

to de Munch.  

Ninguém  deseja  ter  uma  deficiência  para  se  exibir  como 

ser extraordinário. Contudo, a escolha de como enfrentar 

os problemas, define‐nos como pessoas.  

Tenho a sorte de ter amigos chegados que são portado‐

res de deficiência e sinto um orgulho desmedido em tê‐

los no meu círculo dos afetos. Seja a minha amiga Lurdes 

Breda,  escritora  inspirada  de mão  cheia,  com  livros  no 

Plano Nacional de Leitura e na Feira de Bolonha, presen‐

ça  recente  em  vários  eventos  em Moçambique  ou pré‐

mios  literários  no  Brasil.  Seja  a minha  amiga  Rita,  cuja 

alegria de viver ultrapassa  largamente a sua paralisia ce‐

rebral. Aprendi com elas que não há  limites para a pala‐

vra possível e que a expressão “ Não consigo” ocupa um 

espaço muito reduzido no seu quo diano.  

Por  tudo  isto,  e 

muito  mais  que 

fica  por  dizer, 

indigna‐me  a 

falta  de  solidari‐

edade para com os outros, especialmente para com as pes‐

soas que não  veram a  sorte de nascer com capacidades 

sicas ou mentais,  iguais às dos demais. Insultos como “És 

um deficiente!” deverão ser considerados apenas  insultos 

para  quem  os  pronuncia.  Quem  opta  pelo  uso  indevido 

destas palavras é realmente deficiente pois falta‐lhes algu‐

ma parte invisível na formação do seu carácter. São porta‐

dores de uma deficiência muito mais profunda e aterrado‐

ra: Chama‐se síndroma de ASNO: Ausência de Sensibilidade 

Notória.  Por  vezes,  este  síndroma  vem  acompanhado  de 

um outro ainda pior: o síndroma de IDIOTA – Imunodefici‐

ência de  Ignorância Obtusa e Tolice Adquirida. Para essas 

pessoas fica a minha expressão de pesar: ainda não se  in‐

ventou  uma  cadeira  de  rodas  para  o  preconceito  ou  um 

programa de computador para a incultura.  

Todavia, como educadora tento fazer a minha parte nesta 

missão  de  todos  nós.  Demonstrar  que,  de  facto,  somos 

“Todos diferentes,  todos  iguais”, ou como os meus alunos 

do 9º ano aprenderam somos “Exatamente iguais: apenas 

diferentes”.  

E nessa diferença reside a nossa riqueza. Sem preconceito. 

Sem ignorância. Sem problemas. 

Casais do Campo 

21 de novembro 2012 

Exatamente iguais: Apenas diferentes

Kandinsky Composition VIII, 1923 Oil on canvas Guggenheim Museum New York, EUA

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Page 39: JÁ - o jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - nº1

Dezembro de 2012 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 39

Quadro B

Z E U S A B A C O P O O R E B R E C L H O M E R C U R I O P L O E C A L I P S O S N E A S E I E P D C A R O N T E S O O S L N I E C R O N O L N U A R E S E O L I M P O P

:: Brevemente numa escola  perto de si  

1 F U T E B O L 2 C O M U T A T I V A 3 G U I M A R Ã E S ☺ 4 Á G U A 5 G R A N I T O 6 G R A C I O S A ☺ 7 C O N S T E L A Ç Ã O 8 U N I C E L U L A R E S 9 M U L T I P L I C A Ç Ã O 10 E G Í P C I O S 11 A V E I R O 12 P O L I T E I S T A

SOLUÇÕES:

Tendo como obje vo o desenvolvi‐

mento  da  consciência  ecológica,  a 

EBNº1 de Condeixa vem implemen‐

tando  o  projeto  “Uma  Escola Azul 

num Planeta Verde”. 

Neste âmbito, surgiu a oportunida‐

de de  aliar  a  reciclagem de papel, 

vertente  importante  de  uma  con‐

duta  ecologicamente  responsável, 

à luta contra a fome. 

Sabemos que o nosso é apenas um 

pequeno contributo, mas, se todos 

contribuírem, faremos da solidarie‐

dade uma força. 

Papel por alimentos

“Faça o seu papel!”

entregue‐nos papel  usado que alguém  o transformará  em alimentos! 

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40 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa Dezembro de 2012

ÚLTIMA Isabel Jonet, responsável pelo Banco Alimentar, em entrevista ao

Jornal I, diz preferir o valor da cari-dade, um gesto individual de dádiva e de amor, ao valor da redistribui-ção social da riqueza por parte do

estado, que é o que se designa por solidariedade social, um gesto “frio” de política social redistributiva.

Quer isto dizer que, para Isa-

bel Jonet, o combate ao problema da pobreza deve ser feito mais pela assistência caritativa aos pobres e aos excluídos do que pela atividade

de ação social do estado, a qual pressupõe a ideia de que há direitos sociais que o estado tem a obriga-ção de proteger através de uma in-

tervenção de redistribuição da ri-queza.

Está tudo muito claro. Isabel Jonet parece defender que o estado

não tem o dever de fazer cumprir os direitos sociais, de modo a garan-tir um mínimo de justiça e de digni-dade a qualquer ser humano. No

fundo, tais direitos não existem ou, como ela diz, são simples “direitos adquiridos” e como tal revogáveis,

nomeadamente em situações de cri-se económica como a que vivemos agora. Os direitos sociais não são direitos humanos.

Aos pobres só lhes resta espe-rar pelo amor caridoso que, como todos sabemos, os mais ricos têm por eles; é certamente por isso que

o número de pobres está sempre a aumentar; quanto maior for o seu número, maior será a oportunidade de os ricos mostrarem o seu imenso

amor pela pobreza. Acreditem, é verdade.