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INFORMAÇÃO C U L T U R A . .
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Proprietário, iiím inislrudor e (d itar
v. S. MOTTA P I N T OREDACÇÃO E AlJMINISTRAÇáO - AV. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA - IS --- --- — --- — --- M O H T I J O --- — ---------------COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» — MONTIJO
D I R E C T O R
R U Y D E M E N D O N Ç A
\m palavra Turismo - (2)Fizemos na nossa p r i
meira crón ica um p ream bulo em que nos p ro p ún h a mos estudar em porm enor o problema t u r i s m o no Montijo.
Falám os na in d ú s tr ia ho teleira e afirm ám os ser esta uma das p rin c ip a is bases eiu que deve acen ta r o bom turism o. S e e sca lp e lizarmos o assunto, com olhos postos na nossa terra , fàcil- mento nos é dado v e r if ic a r que, sem desp rim or para aqueles que em M o n tijo exploram a c itada indú stria , a mesma não tem um m ínimo de categoria que hoje se exige em estab e lec im en tos destinados à arte culinária.
E dizemos arte, porque efectivam ente assim se podé considerar a in d ú s tr ia em questão.
De harm onia cora as d is posições do artigo 5.0 da le i n.° 2.073 de 23 de D ezem bro de 1954, nao pode in i ciar-se a exp lo ração dos estabelecim entos ho te le iros c s im ilares sem parecer fa vorável, p reced ido de v is to ria, dos S e rv iço s de T u rismo do Secre ta r iad o N a cional de In fo rm ação e sem que estes tenham aprovado as respectivas tabelas de preços.
O ra se o Estad o por in te r médio do S . N . I., pretende por ordem , um pouco de bom senso, arte e gosto nesta in dú stria , é porque de facto e la tem o seu que de im portância e tem de ser olhada com atenção.
M on tijo carece para seu in te resse de possu ir um H o te l, e um R estau ran te de categoria.
U m H o te l adaptado, ou f e i t o especialm ente, mas cu jas decorações e am biente estejam dentro das ca racte rís ticas da terra.
D uas ou três in dú strias p rin c ipa is , podem fornecer os m otivos base da sua decoração.
A c o r t i ç a — a su in icu l- tu ra - a pesca.
U m prato R eg io n a l — ca rac te ris ticam en te típ ico — p o d e ser criado, m antido e reclam ado.
Vai-se a S e tú b a l — com er salm onetes.
« U Y D E MEttOQNCA(C ontinua n a p á g in a 9)
Veja m pagina ê 1':í3r
o rssuifado do
Concurso
de prognósticos
de futebol
d esta se m a n a
Se ainda não concorreu aproveife a
oportunidade.Mil e s cudos em compras , não é prémio que se
despreze.
(Ètótdm s Q tttquletas -_p
A P R E S S AN unca em tempo algum,
como agora, o mundo andou e viveu tão depressa!
A P ressa é actualm ente a força prim a da Vida.
Quem andar e v iver devagar fica para trás, perde-se na im ensidade longínqua e confusa, — como um pássaro qualquer a perseguir um avião de jacto.
Pode durar mais algum tempo, ta lv e z ; mas não passará de pequeno grão de trigo que se perde nas encostas duma cordilheira estéril. Não germ inará, não proliferará, não passará da «cepa t o r t a * . .. segundo parece.
E isto é na T erra , é no
M ar, é no ar, é por toda a p a r te !
Dantes d iz ia-se: «devagar, que tenho p re ssa » ; hoje, é o con trário : «depressa, que não tenho vagar».
Na T erra , é o que vemos todos os dia e a toda a h o ra :
— Pe la s estradas, é aquela m aratona que nós conhece-
p o r
Alvaro Valente
A lula con Ira a luberculoseSua Fxcelênda, o Sr» Governador CivilN o passado d ia 19 con-
ío rm e anunciou « A P rov ín- v ia » no seu ú ltim o núm ero, realizou-se u m a reun ião p rep ara tó ria dos serv iços de rád io rastre io p ara a lu ta con tra a tubercu lose do C once lho de M ontijo .
A esta reun ião que foi p res id ida pelo Ilu s tre G o ve rn ad o r C iv i l do D is tr ito , sr. D r. M igue l Bastos, tendo á sua d ire ita o sr. Jo sé da S i l v a Le ite , P res id en te do M u n ic íp io e D r. jo sé V ila- rinho , inspector Chefe dos D ispensários da A . N . T ., e à soa esquerda os E x .mos Srs .
eiorfou 0 povo do Montijo a colaborar nesta campanha
Homenagem a
VILA FRANCA DE XIRACont este número de «A
Província» damos por term inado 0 nosso segundo ciclo (le trabalhos, referentes à notável e p r ó s p e r a V ila Franca de X ira .
Após algumas sem anas de perm anência em tao atraente vila, por contacto directo com 0 seu com ércio, indústria e todo 0 associativism o, e instituições de benem erência, é-rios muito ag radá vel render louvor ao seu e s pirito coordenador, que visa ao engrandecim ento da linda sala de visitas, do Su l do Ribatejo.
E n t r e as in ic ia tivas de m a i o r reflexo, — e muitas elas são — no seu m e i o , cumpre-nos destacar p rinci
palm ente nesta referência final, a bela instituição de caridade, que é a San ta Casa da M isericó rd ia e Hospital C iv i l ; a Associação H um anitária dos Bom beiros V o luntários; o prestante Centro de Assistência So c ia l Infantil, (C . A. S . I . ) ; a modelar C en tra l L e i t e i r a de V ila F ran ca de X ira , anexa à Cooperativa A g r í c o l a de Produtores lo c a is ; e bem assim, 0 importante G rém io de Produtores de Fru tas de V ila F ranca de X ira , que serve de escoam ento à sua valiosíssim a produção frutí- cola, e de tão fértil área que está adstrita.
No seu nobilitante grau (Continua na página 9)
D r. C asano va A lv e s ilu s tre D ire c to r dos S e rv iço s de P ro filax ia da A . N. T . e D r. G ag o da S i l v a D ire c to r do D ispensário da A , N. T . em Se tú b a l, e s tive ram p resen tes além da vereação da C âm ara vá rio s c lín icos que em M on tijo prestam a sua a c tiv id a d e en tre os quais destacam os o Ex .1"0 .Sr. D r. A n tó n io F e rre ira da T r in dade S u b - d e l e g a d o de Saúde, professorado, e le m entos de enferm agem , da im prensa e ou tras pessoas levadas pelo in te resse do assunto em causa.
Em p rim e iro lu gar faiou o E x .“ u S r . G o ve rn ad o r C i v il fazendo algum as co n s iderações sobre 0 rád io ra s tre io pondo em destaque o va lo r da cam panha que ora ía com eçar em M ontijo , á sem elhança do que já se fez em S in es , G ra n d o la e S a n tiago de Cacem .
Sendo a tubercu lose um prob lem a magno na V id a So c ia l, a firm ou que só tra- tando-o na sua am p litude com a co laboração do G o verno , se ria possíve l um a lu ta eficaz para o que 0 G o ve rn o poria à d isposição tudo quanto fosse necessário.
P a ra isso o rád io rastre io (pesquisa pe la m icroradio- grafia) que agora ía com eçar seria um grande passo con
tra 0 te rr ív e l flagelo, mas, frizou : «só com a co labora ção, dos m édicos, das auto-
Coníinua n a p á g in a 2)
mos, a 9 0 , a 100 , a 150 . E não vai mais porque, — país a trasad o ! — , essas estradas não estavam preparadas para as Velocidades loucas do momento progressivo.
A m aioria dos desastres é provocada pela loucura da pressa d esn ecessá r ia ; mas isso que im porta? O que é indispensável é. meter 0 ace- larador a fundo, para espantar os outros, para originar a vertigem , 0 arrepio 1 O que é essencial é ultrapassar o parce iro da frente, seja como for e não sei para quê.
D e p re s s a .. . depressa que eu tenho que ir para a «repartição».
Todavia , na prim eira po- (C ontinua na p á g in a 9)
As comunidades portuguesas da América do Norte
recebem a P r o v Í N C I A
por intermédio da T W ÁVeja tio próxim o núm ero:
A ctualidades do M undoN E W B E D F O R D
27-10-955 A P R O V ÍN C IA 3
N O T I C I A S " D A S E M A N AAniversários
Dia 21 - A E x .m* Sr.» D. Feliz- bela Vitória P ina, nossa estim adaassinante.
_ Dia 25, a E x .ma S r.a D. Rosa- lina C orreia de C arvalho.
— Dia 26, o E x .mo Sr. José E stêvão da Silva C arvalho, uosso ded icado redactor.
— Dia 27, o E x .mo Sr. D r. C ris- íiano V ictor Leite da Cruz, nosso prezado assinan te .
Dia 21 - A E x .ma S r .a D. M aria Gertrudes G ouveia de Jesus Caiado Laranjeira, esposa do nosso amigo e estimado assinan te , Sr. Ja im e Laranjeira c o n c e i t u a d o com erciante em M ontijo.
Dia 31 — A S r.a D. O lím pia da Cruz Ferra, esposa do nosso assinante sr. José N arciso Ferra.
Para todos os parabéns de «A Província».
CasamentosRealizou-se no dia 15 na Ig reja
da Atalaia, ce lebrado pelo Reverendo Gomes Pólvora, o enlace matrim onial da E x .nia Sr.a D. Adélia da Conceição Silva C ardoso, gentil filha do sr. Joaquim Cardoso Jú n io r e de D. Felizbela da Conceição Silva Cardoso, com o sr. José dos Santos H orta, filho do sr. José de Sousa H orta e da sr.a D. M aria dos Santos H orta, já falecida.
Foram pad rinhos por parte da noiva o sr. A ntónio R odrigues Tavares e sua esposa E x .mfl s r .a D. A lexandrina R asteiro T avares e por parte do noivo o sr. E ng. Gabriel Mimoso e sua esposa E x.nlíl sr.3 D. M aria José H orta Mimoso, irmã do noivo.
Após o casam ento, realizou-se no Musical C lub A lfredo Keil um fino copo de água.
«A Província» felicita os noivos desejando-lhes m uitas p ro sp e ridades e ven tu ras no seu novo lar.
No passado d ia 12 realizou-se em Lisboa na Ig re ja dos Jerón i- mos o casam ento do nosso p a r t icular am igo e dedicado assinante Ex.mo sr. Jac in to Mendes F erre ira , agente técnico da Câm ara M unicipal de M ontijo, com a E x .ma S r.a 1). Vélia da Silva Sousa, de Vila Franca de X ira.
Ao novo casal apresen ta «A Província» os m elhores cu m p rimentos e desejos de m uitas felici-\ dades.
Na Igreja de S. Sebastião da Pedreira, em Lisboa, teve lu g ar no dia 17 de O utubro , o casam ento da E x .ma S r.a D. M aria H elena Benito Bisca, m u i t o p rendada filha da E x .ma S r.a D. Ana de Jesus C anteiro Bisca e do conceituado com erciante da nossa praça Sr. M arcelino B enito de La F uen te , com o E x.m° Sr. David Sanchez Alvarez tam bém m uito considerado com erciante em M ontijo, filho da Ex.mn Sr.a D. M artina A lvarez Benito e do E x .mo Sr. R om an Sanchez H ernanez (falecidos).
F o i ce leb ran te o R everendo Padre A ntónio Gomes Pólvora e apadrinharam o acto, por p arte da noiva a E x ,nia S r.0 D. Joséfa Her- nandez de B enito e o E x .mo Sr. Félix B enito de La Fuente e po r parte do noivo a E x .ma Sr.* D. Francisca B ris de Benito Gouveia e o E x .mo Sr. Santos Sanchez H ernandez.
Após a cerim ónia realizou-se ua Casa do R ibatejo um exp lendido copo de água, ab rilh an tad o pela «Orquestra R ibatejana^.
«A Província» apresen ta os seus M e l h o r e s cum prim en tos aos noivos, desejando-lhes m u i t a s felicidades e que Deus abençoe o seu novo lar.
DoentesAfim de ser subm etida a m elin
drosa operação, deu en trada no Hospital de P a lhavã , a nossa p re zada assinan te sr .a D. A urora das Dores Silva.
Concerto pelaS, f I a de Dezembro
Realizou-se na 6.*-feira 21, conform e estava anunciado, na E sp la n a d a i.° de D ezem bro . um concerto pe la B a n d a de m úsica d a centenária colectivid a d e , sob a regência do m a estro António Gonçalves.
O p ro g ra m a vasto e m uito bem executado teve num erosa assistência que a p laud iu dem oradam en te no fin a l dos n ú m ero s os m úsicos e seu regente.
A com pletar o serão fo ra m ex ib idos 3 e x c e l e n t e s docum entários m usicais.
É de reg istar a fe liz in ic ia tiva que proporcionou aos sócios da colectividade e a todo o povo de M ontijo, visto que a en trada era livre , um bom serão de arte e ao m esm o tem po p erm itindo tanto aos executantes como assistentes um m ín im o de conforto que n estas noites fr ia s de Outono, os concertos ao a r livre não consentem.
«A Provincia» agradece o convite que lhe fo i d ir ig id o e aproveita p a ra m a is um a vez m a n ife s ta r o seu apreço pela in icia tiva e bem assim congratu la-se coui a s hom enagens que o m aestro António Gonçalves tem sid o alvo p e la p a s sa g em do O.9 an iversário na regência d a B anda.
Por fa lta de espaço só no pro- x im o n úm ero podem os d a r o relato do almoço de con fa tern i- zaçãoehom enagem ao m aestro A ntónio Gonçalves.
EspectáculosC a r t a z da S e ma n a
CINE POPULAR5.a feira, 21; (P ara 13 anos) 0
célebre film e de au tom obilistas «O Demónio Sobre Rodas» com «Louisa».
S á b a d o , 29; (P ara 18 anos) « E la . . . e Eu» e «C ontinente P erdido».
D om ingo, 30 e 2 .a feira, 31; (Para 18 anos) O f a m o s o film e em Cinem aScope acabado de sa ir do T ivo li «Désirée» (o 1.° am or de Napoleão).
3 .a f e i r a , 1 (Feriado); (Para 13 anos) «T arzan na Selva M isteriosa» e «Encantam ento».
CINEMA 1.® DE DEZEM BROSábado, 29 ; (P ara 18 anos) «O
Manto da M orte» com «Hom ens na Arena».
D om ingo, 30 e 2.a feira, 31; (Para 13 anos) «O Demónio dos Mares» em Cinem aScope.
3.a feira, 1 (Feriado N acional); (Para 13 anos) O film e de episódios «Z orro o V ingador».
4 .a feira, 2 ; (Para 18 anos) O super-dram a de fama m undial «A Dama das Camélias».
D om ingo, 30; (A’s 18 horas) «Espectáculo para Crianças».
Musicai Clube Álfredo KeilNo sábado 22, realizou-se pelas
22 horas, no am plo salão deste c lube recreativo , um baile a b rilhan tado pelo con jun to «Os C ariocas» que decorreu anim ado.
G ratos pelo convite que am àvelm ente nos foi d irig ido.
Noite EleganteT udo se p repara para que a
noite de sábado 5 no Café Portuga! seja m ais um a afirm ação do bom gosto e a rte que preside às o rganizações do C asal Tobias.
C onform e tem os anunciado, a esta festa dará o seu concurso a O rquestra R ibatejana, e além dum program a de v a r i e d a d e s podem os assistentes ap reciar uma série de vestidos, chapéus e p en teados apresentados pelo Casal Tobias.
Podem desde já os in teressados m arca r as suas m esas no Café P o rtuga l ou S a l á o Tobiau — C abeleireiro de Senhoras—na Avenida João de Deus.
Estrada da AtalaiaCom eçaram finalm ente esta se
m a n a i s obras de reparação da estrada da Atalaia.
A ssinalam os o facto com regozijo, pois que se tra ta de um m elho ram ento verdadeirm en te im portan te pelo qual pugnám os desde a p r i m eira ho ra e em cu ja solução p u sem os a m elhor das nossas esperanças.
Posto de Análises del e i t e :
A propósito da notícia publicada no nosso ú ltim o núm ero pedem - -nos os E x .mo* M édicos V eterinário s m unicipais, S r. D r. M anuel N epom uceno Leite da C ruz e D r. José S a b i n o R esina D i a s o segu in te exclarecim ento :
«O s dados colhidos sobre o funcionam ento do Posto de a n á lise s de leite, não fo ra m fa rnecidos pelos veterinários m u n ic ip a is do M ontijo».
Crónicas IrrequietasA propósito de um a da ú ltim as
«C rónicas Irrequ ietas» do nosso i l u s t r e colaborador o esc rito r A lvaro V alen te , recebem os do considerado in dustria l e nosso bom am igo sr . José Salgado de O liveira duas cartas, que por falta de espaço só no próxim o núm ero poderem os pub licar.
Precisa-seE m pregado c o m prática d e
balcão, até 17 anos.Inform a-se nesta redacção.
GÉIS 111! ilHtitlIL,l i i f f l M i m i m . . .
C hegam -nos pelo correio, tcdas as sem anas, cartas destinadas a esta secção, mas que por não virem assinadas, ou pelo m enos iden tificados os seus autores, em bora se guarde absoluto sig ílio da sua id e n tidade, não as podem os publicai'.
Q uerem os pois ad v e rtir os nossos eventuais e expontâneos colaboradores que é com m uito p razer que publicarem os as suas queixas ou alv itres, m as com a condição de, em bora sob pseudónim o p a ra o púb lico , e s c r e v e r d respectivo nome e m orada nas afirm ações que fizerem .
A praz-nos reg is ta r nesta secção, em resposta a um a lam entãção que fizem os no n.° 31, que já se en con tra a funcionar o telefone na ponte dos vapores.
A gora sim , é só pedir 026425
Cine Clube de MontijoO que é um C ine C lu b e?Qual o seu objectivo':'Veja o p róx im o núm ero de «A
P rov íncia» .
EmpregadaO FER E C E -SE — Com exam e de
4.a classe, sem prática, para q u a lquer ram o.
Inform a-se nesta redacção.
Agradecimento(B a lb ia a da Silva G o uve ia )
Seus netos e mais fam ília, na im possib ilidade de agradecerem a todas as pessoas que se d ignaram , acom panhar à sua ú ltim a m orada, fazem -no por este meio reconhecidam ente.
Reyjsta desportiva«O içam todos os Sábados
pelas 22 horas e 15, a través do C lu b e R ad io fón ico de Po rtu g a l, o program a T O U R O S T O U R E IR O S E T O U R A D A S e às terças-feiras pelas 13 horas a través do C lu b e Rad io fón ico de P o r t u g a l , o p rogram a R E V I S T A D E S P O R T I V A , u 111 a R e v is ta D espo rtiva , d iferente d a s outras, de Produções F e r n a n d o de Sousa.
«Á Provincia»A SSIN A T U R A S
(AgendaBaptizado
No passado dom ingo, na Ig re ja M atriz desta V ila, realizou-se o baptism o da m en ina M aria de Fátim a F erre ira Caeiro Pita, filha da E x .ma Sr.a D.a M aria M anuela F e rre ira Pita, p rop rie tá ria da F a rmácia Ferre ira , em Sarilhos G randes e do S r. Prof. L uís A ntónio Caeiro Pita e neta do com ercian te Sr. Manuel Dias F erreira .
Foram padrinhos o E x .ino Sr. D r . M iguel R od rig u es Bastos, G overnador C ivil do D istrito de Setúbal e sua Esposa, E x .ma Sr.a 1). Alice P ita Bastos.
VisitaEsteve «111 M ontijo no p. p. dia
24 o E x .mn Sr. D r. A ntónio Gab rie l F erre ira L ourenço , m uito ilu s tre P res iden te da C âm ara M unicipal d e B enavente e d igno advogado naquela viía.
ConferênciasNo templo da Ig re ja P re sb ite
riana de Montijo, R ua Santos O liveira, 4, terão lugar nos dias ti a 13 de N ovem bro pelas 21 horas, uma série de conferências re ligiosas, cuja entr*da é liv re .
Falecim entoEm L isboa, onde presen tem ente
resid ia, faleceu a s.a D. Maria José dos Santos C acheirinha , na tu ra l de M ontijo, de 85 anos de idade e mãe das E x.ma* sr.as D. Maria E m ília dos Santos C ax e irin h ae D. L aura dos Santos C axeirinha e avó do sr. A ntónio A ugusto E r- vedoso.
A’ fam ília en lu tada apresenta o A Província» sen tidos pêsamos.
Combate à tuberculoseSe ja p re v id e n te ! A p ro
ve ite a estad ia dos Se rv iço s T écn ico s da A . I. N. T . em M o n tijo e faça a sua micro- -radiografia.
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4 A PR O V IN CIA 27-ic-955
U M C O R A Ç Ã O Um campinotonto de amorO João da C ruz estava de pé
ju n to da bancada e fazia ro d a r a ta rrach a no varão em que ab ria a rosca. De vez etn quando ajustava os cançonetes e voltava a rodar a ta rrach a e a d e ita r óleo com um a pequena co lher ferrugen ta . Mas o hom em cum pria estes m ovim entos necessários autom àticam ente, d esligado deles po rque pensava n o u tra coisa, e pensava com ódio e sen tindo que um veneno corrossivo lhe queim ava o sangue e o coração.
Pelo In fe rn o ! Não vo ltaria a cabeça nem o lh a ria um hom em presen te na O ficina. Uma no ite ass istira a um incêndio m edonho n u m g rande edifício cheio de fardos de palha. E ficara qu ieto en tre m uita gen te que assistia ao com bate dos bom beiros con tra o íogo. Mas ele, e talvez só ele, estivera h ipnotizado daquele b raseiro in fernal que irrom p ia das altas portas e janelas e das línguas caprichosas, verm elhas, que c rep ita vam, lam bendo e consum indo, a pa lha e o m adeiram ento . E ele sen tira -se identificado com um a com prida língua de fogo que ía devorando tudo . E sen tira como n inguém o poder destru id o r dum a coisa bela e te rríve l, m esm o necessária em dezenas de ocasiões e circunstâncias.
A h ! Afinal o fogo que destró i e purifica , tam bém é belo.
T am bém é belo e é saboroso o fru to que à p rim e ira dentada dá o seu am adurecim ento , o seu açúcar e o seu perfum e, e que gostosam en te se m astiga, m irando-o de quando em quando e tragando-o sem pressas até ao fim. Tam bém é belo co n ta r todos os dias o d in h e iro que se am ealhou, e analisar no ta p o r nota, moeda por moeda, d es trin ça r a q u an tia até ao ú ltim o centavo.
E é belo desm ontar um a m áq u in a para se lhe conhecer os m ais ín tim os segredos e analisar a peça mais ínfim a. E como é belo desm ontar um a m áquina constru íd a pelo ódio e saber q u e : um hom em foi seu cunhado e já não é. A irm ã desse hom em era porca e exigen te e dorm ia com ou tro hom em na sua ausência. Depois, ele pôs essa m u lh e r o rd inária fora de casa e esqueceu possíveis ê rro s e possíveis agravos e trouxe o u tra m u lh e r para casa. E am ou e ainda am a essa m u lher, um a vida nova se lhe ab riu na fren te . Mas dep o is . . . o irm ão da p rim eira m u-
U m c o n t o d e — — — — —
| Júlio Graçalh e r, in form ando o p a trão da oficina, p o rq u e era o operário mais an tigo , indicou-lhe as qualidades de trab a lh o de todo o pessoal e d i s s e . . . in f e rn o . . . d isse que o João da C ruz era assim , assim , sim, incom peten te , desleixado, quase porco . E p ro n to . E is a oficina con ten te p o rq u e foi m elhorada nos salários, eis o João da Cruz m uito tr is te p o rq u e ficou na mesrna.
♦ * *E eis a m áquina desm ontada,
m as eis tam bém a m áquina já m ontada. E está p ro n ta a funcion a r lançando to rren te s de in jú ria s e de fogo, de ódio m orta l e veneno co rro sivo , com endo a carne naco por naco, prim eiro as pernas, depois o tronco, ficando só o rosto, com os m ald itos olhos que b r i lh a m .. .
Os o lh o s . . . O coração é do João da C ruz. «O uviram , cam aradas?» O coração é dele. «Eis o m eu co ra ção : exprem o-o . A tenção. O sen h o r da p la te ia . . . sim , o senhor. Ju lga que esprem endo o m eu coração, ele de ita san g u e? A arte é esta. V eja: esprèm o-o e ele deita fel. Pode r i r , o sen h o r da plateia, m as ai se este fel o toca. O senho r explode eom o um balão. Isto é p io r que todos os venenos conhecidos.»
« S e n h o r : tam bém há quem cante num palco, na ru a , em casa e até na taberna insp irado por m eia dúzia de copos de carrascão. Toda a gen te d iz : quem canta seus m ales espanta. Pois Cu já cantei aqu i há m uitos anos e só, a m iséria , a corrupção, o crim e e a bebedeira desgraçada saíam da m inha boca e v ibravam nas cordas da m inha g u ita rra . Não sei quem , escreveu um a vez sobre a canção terríve l do perigo e do ódio. Pois é isso m esm o, e cuidado. O meu canto pode a tra ir seres desprevenidos com o im itando o assobio do vento nas solidões da noite».
«Vejam, agora esqueci o ferro . D iabo, d iabo, Incom petente não».
* * 4-E o João da C ruz m eteu ou tro
varão no to rn o e com eçou a ab rir nova rosca. T am bém há o perigo dum hom em m uito ingénuo no seu ódio esquecer as feições dum
in im igo ou dum benfeito r. E pouco prev isto . Um cavalheiro faz bem a um ind iv íduo que não era um cavalheiro . O tem po decorre. O cavalheira volta á p resença do in d iv íduo, e este d iz :
— Com o tem passado?E de repen te dá um a palm ada na
testa e exclam a:— Mas eu já o vi ein qualquer
p a rte ! Aonde se ria?Mas o ou tro é um cavalheiro e
não lhe indica onde, p o rque não pre tende que o indiv íduo torne aos agradecim entos. Não confundam o cavalheirism o deste cavalheiro , com a cobard ia do cob; ide. O cobarde d iz :
— A m i m ? Não, o sen h o r está enganado . O sen h o r nunca me viu.
A té para confirm ar as aparências se esquece de afirm ar que ele é que nunca o viu. P ortan to , há que fix ar as feições de qualquer indiv íduo .
E o João da C ruz voltou-se e o lhou o ex -cunhado como se fixa um o b jec to que se q u e r estam par na re tina . E riu porque estava a vê-lo bem : curvado p ara o lim ador, como se fosse preciso gu ia i a n a valha. A quela mão de macaco descansava no vai-vetn do lim ador.
Mas algum a coisa a c o n t e c e u porque o hom em estrem ecia violen tam ente e f a z i a - s e pálido, branco , depois ròxo , depois azul, e o hom em to rnou a estrem ecer ern convulsões h o rro ro sas.
E o João da C ruz d ilatou os olhos com o espanto por vê-lo com a mão entalada no lim ador, que já re ta lhada , já sang ren ta , um a pasta inform e de carne viva.
E o João da C ruz saltou para o meio da Oficina e g r ito u de aflição e d ô r, como se fosse a mão dele a re ta lhada , a sang ren ta . Depois pu lou ainda e a rran co u o hom em do lu g ar m aldito e continuou a g r i ta r de desespero , de raiva e de revo lta . E deixou os ou tros operários levarem o hom em para fora da oficina, para a vida ou para a m orte .
E o João da C ruz ficou sózinho, enquan to lág rim as lh e corriam pelas faces.
«Afinal, sen h o r da plateia, en ganei-m e redondam ente . O meu coração? Não b rin q u e com o meu so rriso triste . 0 m eu coração deita sangue».
Grupo Amigos do Brasil(fundado em 14 de Outubro de 1955)
E s tá em organização em C a ld as da R a in h a o G ru p o A M IG O S D O B R A S I L , mov im en to naciona l destinado a e s tim u la r e d esen vo lve r o in te rcâm b io c u ltu ra l Luso- -Bras ile iro .
São ob jec tivos do G . A . B., en tre outros, p rom over sessões c inem atográficas , palestras docum entadas por im agens, traze r aos p r in c ipais centros c u ltu ra is da P r o v í n c i a (neste caso a C a ld as da R a in h a ) a lgum as das m ais rep resen ta tivas figuras das Le tra s , das A r tes, das C iên c ias e da v id a p ú b lica do B ra s i l , ap ro ve itando a v is ita que porven tu ra façam ao nosso país, e a criação de um a b ib lio teca luso-brasile ira .
P a ra m u ito b reve , contam os organizadores do G . A . B . trazer a esta c idade a lguns film es cu ltu ra is b rasile iros, gen tilm en te postos à sua d isposição pelos Se rv iço s C u ltu ra is da Em b a ix ad a do B r a s i l em L isb o a , os quais constam de um a lis ta que será oportunam ente fornec id a aos gabistas.
Recebem adesões os srs. D r. Jo ão V ie ir a P e re ira e C arlo s A lb e r to G as tâo B. X a v ie r (H é lio D rago ), na q ue la cidade.
N aquela noite a L ezíria é um m ar de silêncio, donde só em erge um fio de m úsica, que o vento faz ondu lar em vagas. Sem saber os cam inhos que p isa , um cam pino vai ao seu en con tro , levado pelo passo lento dum a égua pigarça, cansada, como ele, de solidão.
T on to de am or e de juven tude , o oiro das searas que atravessa queim a-lhe a pele c restada; e um gabão tecido de noite e estrelas cobre-lhe os om bros.
Há no a r um ch e iro áspero que o excita e lhe faz apetecer as coisas mais sim ples da vida lezirenta. G ostaria de levar na garu p a da sua égua a earm ela que ontein lhe
pQr - -------------
Á l v e s Redo ldeu água do ran ch o da m onda e sen tir as suas m ãos apertadas na c in tu ra , em vez da faixa verm elha, e ir com ela depois, quando am bos o desejassem , adom ecer num coxim de espigas e papoilas. Mas a se rra zina do harm ónio , trá-la para si, com a saia cu rta pelo meio da coxa m orena e aquele sorriso envergo nhado e p icanle, que ele leva agarrado aos o lhos. E por isso o cam p ino tonto de am or vai ao encon tro da m úsica e da earm ela que o espera. Só lhe d isse «bom dia», mas tem a certeza de que ela não bailou ainda, para o lhar, inqu ie ta , a porta do aposento por onde ele irá en trar.
E já é tarde.Um to iro negro m alacutão , o
Príncipe, fug iu -lhe da m anada, saltando os m oirões da pastagem , e foi, ca rril abaixo , m eter-se na lapada das vacas. Acossando-o na ponta do pam pilho , num galope que esfarpou a L ezíria de g ritos selvagens, o cam pino fe-lo vo ltar à sua pastagem onde os ou tros o receberam de cornos em ris te . Ele sabe que, m ais dia m enos d ia, o Príncipe e um toiro salgado, de m o rrilh o farto, o A n d o rinho , irão lu ta r pela chefia da m a n a d a ; e que um deles m o rre rá sem p ie dade, enganchado nas hastes do ou tro — talvez o Príncipe, po rque não há toiro que goste dele, e o círcu lo que os o u tro s farão à volta dos dois, p roporcionando lu g ar para a lu ta, não se ab rirá para The d ar a fuga e pro tegê-lo .
Aquela ideia excita-o . E dá de esporas à éguas, que d ispara num a carreira , levando consigo, em fa rrapos, o gabão de no ite e estrelas que trazia sobre os om bros.
Q uando chega à porta do aposento das m ulheres, lá estão os olhos tristes da earm ela à sua espera. P im pão, a tira a jaq u e ta p a ra cim a duns alforjes e acena a cabeça para a cachopa.
O harm ónio toca um fandango.Ele rom pe p o r en tre os g rupos,
acotovela um dos dançarinos, para que lhe dê o lugar, e, m etendo os polegares nas cavas do colete, salta que nem um gam o à fren te do o u tro ; bate com os calcanhares, de busto rijo em pinado, enquan to
as pernas rend ilham fantasias e o carapuço verde lhe sa ltita no dorso. Não tira o o lh a r doirado da earm ela, que já lhe sorri, e sabe agora que a levará na garu p a da sua égua p igarça, para no ivarem num coxim de espigas e papoilas.
T on to de am or e de juventude, a faixa verm elha ca i-lhe da anca fina e escorre para o chão, como se fosse um a golfada de sangue.
(In lOlhos de Agua»)
0 Clube Rofário de Almada homenageou o Dr. flmdo de figuilarCom a presença de todos
os seus membros, à excepção de um único, que se encontra ausente, de muitas senhoras e convidados e, ainda, do rotário, de Hanover, Joachim Von Gartzen, e do bolseiro, no nosso Pais, B r adfor d Burns, de Muscatine, Ú. S. A., realizou-se a reunião df homenagem ao S r . D r . Amado de Aguilar, qae presidira aos destinos do clube durante os dois últimos anos,
Falaram o p r e s i d e n t e actual, Sr. José da Cunha Ferreira Esteves, Comandante Andrade e Silva, para apresentar o novo rotário Capitão de Fragata Eng.0 Sr. Virgílio Lopes Correia, João da Costa Artur, António Rafael da Silva, António Pereira da Crus, Bra- dford Burns, que se exprimiu em português e,por f im, para fazer uma brilhante palestra sobre o passado «RolIv rotário» em Inglaterra, a Ex.ma Sr.“ D."' Maria de Lourdes Andrade e Silva. O Sr. Dr. Amado de Aguilar agradeceu a homenagem, dizendo que se limitára a cumprir o seu dever.
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biblioteca - Museu Municipal de Grémio da Lavoura deVila Franca de Xira Vila Franca de Xira
Referimo-nos já em pormenor :i p ro fiqua acção de cultura, da p restim osa B i blioteca M u n ic ip a l de V i la Franca de X ir a .
E, por agora, cum pre-nos assinalar a obra de p restígio, que é no meio v i la franquense, o im p o rtan te e valioso M useu, que funciona anexo à re fe rida B ib lio te ca Municipal.
Instalado no segando a n dar do mesmo ed ifíc io , teve lugar a sua abertu ra , em 7 de Ju lh o de 1951, com a inauguração da S a l a do Campino.
0 M useu M u n ic ip a l, reune várias secções, ir re p re e n s ivelmente d ispostas e co n ve nientemente ordenadas de artes p lásticas, e tno g ra fia ’, lapidar, m eda lh ís tica e n u mismática, no qua l se ap re ciam traba lhos de ap re c iá vel va lo r, nas suas vá r ia s especialidades.
Na S a l a do Campino, vêm-se bronzes a legóricos à vida riba te jana , da a u to ria dos escu lto res Jo ão da Silva e D e lf im M aya .
D ispersa a inda por o u tras salas, nota-se a p re sença de quadros d iversos, de A lb e r to de Sousa , V a rela A ld e m ira , Ja im e M o r teira, A u g u s t o Bé rth o io , A ttila M en d lev , Ed u a rd o
11 - Do MuseuRosa M endes e Jo sé L im a ; e desenhos de A l varo D u a rte d A lm e id a , Noel Pe rd igão e de outros autores.
N a p a r t e etnográfica , apresentam se a li a 1 g u n s costum es e tra jos p o rtu gueses ; e um a va lio sa série de d is tin tivo s das d iversas casas ag ríco las do R ibate jo .
N a sua secção lap idar, com o va lo r arqueológ ico conce lh io , estão a li rep ro duzidas as d ive rsas pedras de arm as e brasões, que se lhe referem .
So b o aspecto re lig ioso , encontram -se expostas em salas anexas, em cu idadas v itr in a s , um a in te ressante co lecção de m edalhas ; q u a dros de ex-votos e m in ia tu ras de pias bap tism ais das ig re jas do concelho v i l a franquense.
Com o obra de m u ito ca r in h o dos d irecto res da B i b lio te c a — M useu de V i la F ra n ca de X ir a , pelo seu aspecto num ism ático , estão a l i paten te aos seus v is i tantes, um a i m p o r t a n t e co lecção de moedas n a c io na is e estrange iras.
Encontram -se tam bém expostas moedas, que rem otam às épocas rom anas e visi- godas ; e no segu im ento dos v á r io s períodos das gerações
que se lhes sucederam , tudo está à ap reciação dos en tu s iastas da nu m im ástica u n iversa l.
A in d a , como sím bolos de veneração do povo v ila fra n quense, figuram neste M u seu : o fo ra l do Concelho, concedido pelo re i D . M a n u e l 1, o V en tu roso , em 1 de Ju n h o de 1510; e bem assim , o estandarte do p r im it ivo conce lho de Povos.
E is , em resum o, a lguns dos factos de m aio r re levo da p restig iosa ex istência do M useu-M un ic ip a l de V i la F ra n c a de X ir a , com o parte in teg ran te da sua valiosís- s im a B ib lio te ca .
E s t a s no táve is obras c u ltu ra is , em crescen te expansão, já hoje carecem de novas dependências, para o seu desenvo lv im ento .
Ju lgam os, contudo, que esse p rob lem a está em v ia s de solução, desde que se ed ifique o p ro jectado P a lá c io de Ju s t iç a ; e que assim a B ib lio te c a — M useu possa ocupar as insta laçães, onde actua lm en te funciona o T r ib u n a l da Com arca.
O x a lá seja de b reve rea lidade, tão leg ít im a e c a r inhosa aspiração.
José M iguel Martinho
Criado por alvará de 4 de N ovem bro de 1941, o Grémio da Lavoura de Yila Franca de Xira, este o r g a n i s m o está agora quase a atingir o final do seu 18.° exercício ; ou seja o 7.° de g e r ê n c i a da actual Direcção.
Para se a p r e c i a r qual a amplitude da sua actuação, a favor da agricultura local, 11a função do crédito concedido no ano findo, bastará dizer-se que por intermédio de estabelecimentos bancários, Federação Nacional dos Produtores de Trigo, Comissão Regula-
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Reportagem Fotográfica
R. Bulhão Fato, 11 0!OHJIJO
dora do Comércio de Arroz, e firm as fornecedoras do Grém io, foram concedidos, créditos sob a responsabilidade individual dos seus directores, a largo prazo, para o fornecimento de sementes de trigo e arroz, adubos, arames, etc., de elevada importância.
Assim, o valor desses créditos, foi de Esc. 2,2Gi.755$72, em relação a Esc. 2.950.4t>7$84, do valor total das vendas, correspondendo a cerca de 80% do m ovim ento de fornecimentos verificados.
Além dessa verba, teve mais Esc. 1.435.726Í90, para sementes de trigo e de Esc. 502.935S00, para as de arroz.
Movimentou-se, portanto, no ano findo, a crédito, a im poi- tante verba de Esc. 4.203.417$42, em confronto com 4.1?.5.789$09, em 1953.
No decurso da gerência de 1954, o Grémio da Lavoura de Vila Franca de Xira, esteve em contacto com Sua Excelência o Subsecretário do Estado da Agricultura, para o estudo de vários problem as ligados à lavoura regional.
igualmente, o referido Grémio colaborou com diversos organism os, tais com o, — Federação Nacional dos Produtores de Trigo, Comissão Reguladora do Comércio de Arroz, e Junta Nacional dos Produtos Pecuários, dando o seu melhor apoio aos trabalhos da Delegação da Brigada Técnica daX R e g i ã o Agrícola, 11a sua Vila; e ao Instituto Geográfico e Cadastral, nos trabalhos ali realizados, tendo sido a sua acção dirigida no sentido de se obterem as m aiores regalias, para os seus agrem iados; e em absoluto, para a valoriza
ção da Economia Nacional,
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. . . T a l f o i a in t e r r o g a ç ã o q u e f iz e m o s a n ó s p r ó p r io s , a o d e s p e d i r m o - n o s d o s e u i l u s t r e p r e s id e n te d a D ire c ç ã o , s r . D r. A n tó n io Jo sé V id a l B a p t i s t a , f i g u r a m u i to e s t im a d a e m to d o o s e u c o n c e lh o , c o m l a r g a p ro J e c ç S o e m to d o o R ib a te jo , p e la s u a e le v a d a c u l t u r a , d in a m is m o d a s u a v id a d e t r a b a lh o , e c a t i v a n te a f a b i l i d a d e d e t r a to .
E , s e n t in d o - n o s m u i to p e - . u h o r a d o s p e lo s e u g e n t i l a c o lh im e n to , e d e ig u a l s e n s ib i l id a d e p a r a «A PR O V IN C IA », i r e m o s d a r a p ú b lic o , a s im p r e s s õ e s d a n o s s a v i s i t a a q u e la jó ia p re c io s a , d e q u e V ila F r a n c a d e X ira se pode. o r g u l h a r .
E s s a p r e s t ig io s a a g r e m ia ç ã o , f u n d a d a em 2 d e F e v e r e i r o d e 188C, te m h o je c e r c a d e 200 s ó c io s , f i g u r a s d a m e lh o r é l i te v i l a f r a n q u e n s e , q u e i l u s t r a m a s s u a s s a l a s ; e . em e s p e c ia l , p o r o c a s iã o d a s s u a s f e s ta s a s s o c ia t i v a s .
A o in g r e s s a r m o s n a s u a s e d e , e m e d if íc io p r ó p r io , d e c o r a d a c o m f in o g o s to p o r J o ã o A lc o b ia , d e p a r a m o s c o m u m v e s t íb u lo a c o lh e d o r , lo g o
■ seg u id o d e u m a s a la d ’e s t a r , c o n f o r tá v e l o r n a d a d o b r a z ã o c o n c e lh io .
L o g o a p ó s , o s a l ã o d e f e s ta s , a m p lo , r e s p la n d e s c e n t e , c o m e s p a ç o s o p a lc o , e n o q u a l se tê m e fe c tu a d o in t e r e s s a n t e s d e m o n s t r a ç õ e s d a a r t e d e T a l m a , p o r a m a d o r e s v i l a f r a n -
C l u b Vilafranquenseq u e n s e s , e a r t i s t a s c o n s a g r a d o s .
A ss im , n o n ú m e r o d a s p r i m e i r a s , f ig u ra a r e p r e s e n ta ç ã o
n o a n o d e 1929, n a r e v i s ta *R o sa s Brancas», d a a u to r ia d o in s p i r a d o c u l t o r d a s M u s a s , q u e è F a u s t in o R e is S o u s a , a
q u a l d e p o is s u b iu à c e n a , p e lo s m e s m o s a m a d o r e s , n a c a p i t a l , o n d e o b te v e g r a n d e s u c e s s o , n o C lu b E s te f â n ia .
Um aspecto do Bai do Club Vilafranquense
N e s s e c o n ju n to d e a m a d o re » f i g u r o u o c o n s a g r a d o a r t is ta B a r r e to P o e i r a , q u e m u i to ae u o ta b i l i s o u n o c in e m a ; e £ i g u a l m e n t e f i lh o d e Vila F r a n c a d e X ira ,
D i s p õ e o C lu b V ila fra n . q u e n s e d e u m b e m d is p o s tu b a r e s a lã o d e jo g o s , d e bom m o b i l iá r io , d e c o r a d o e m fu n d o p o r um s ig n i f i c a t i v o q u a d ro e m p in tu r a , s e g u id o d e u tna s a la d e b i lh a r e s .
P o r f im , e n c o n tr a - s e o sa lão d e to ile te , p a r a s e n h o r a s ; e o u t r a » d e p e n d ê n c ia » necessá* r i a s ao m o v im e n to d a colectiv id a d e .
O C lu b V ila f r a n q u e n s e nâo e s q u e c e r á , m a is u m a v e z , a (, a p r o x im a r - s e o s e u 70.° a n o de e x is tê n c ia , — p o r s e r a m ais a n t i g a c o le c t iv id a d e r e c r e a tiv a do s e u c o n c e lh o —, q u a n to d e v e d o se u v a lo r , a F a u s t in o R e is S o u sa , J o a q u im R o d r ig u e s M a lta , e a o u t r o s d e d ic a d o s e n s a ia d o r e s , a m a d o r e s e g e n t i s a m a d o r a s , p e lo s s e u s se rv iç o s p r e s ta d o s a o C lu b e .
A te s te m u n h a r o e le v a d o a p r e ç o p e la a g r e m ia ç ã o que fo i o b je c to d a n o s s a v is ita , o s te n ta - s e a l i u m a p la c a da h o m e n a g e m , p r e s ta d a p e l o C lu b e E s te f â n ia , e u m d ip lo m a d a F e d e ra ç ã o d a s S o c ie d a d e s d e E d u c a ç ã o e R e c re io , de ti d e N o v e m b ro d e 1948, co n fe r in d o a o C l u b e V ila f ra n q u e n s e , a s u a «Meclalha de re- conhecimento, de m érito e di Hom enagem ».
T a is são a s m e rc ê s h o n o r í f i c a s , q u e d ig n i f ic a m o d ig n o e p r o g r e s s iv o C lu b e V i la f r a n q u e n s e , a o q u a l d e v e m o s ta m b é m t e s t e m u n h a r o n o sso a p re ç o , p e la d i s t i n t a c o le c t iv id a d e a l i e x is te n te , a q u a l é u m a v e r d a d e i r a s u r p r e s a p a ra o v is i t a n te .
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Mocidade PortuguesaAla n.° 5 - Afonso de Albuquerque
d a W ia is ã ô d a ^Qibatejô
com sede em Vila franca de XiraPor iniciativa do sr. Capitão
José Maria da Silva Guedes Jú n io r, foi estabelecida nesta vila, em 12 (|e Abril de 19:J7. esta prestim osa formação juven il da M ocidade P o rtuguesa, sob a designação de Ala
„ 5, — da Divisão do R ibatejo, a qual escolheu p ara seu patrono, a figura do insigne v ilafranquense Afonso de A lb uquerque , que
2 o Governador da Índia.0 seu iniciador, desem penhou
as funções de -S u b Delegado Re- «ional, até 1953, c o m elevado a p r u m o ; e n o r e n d e r da qttarda», deixou um a obra de rel evo e prestíg io , para Vila Franca de Xira.
A Ala N.° 5, — A fonso de A lbuquerque, — reun ia no ano lectivo finao, aden íro da vila, 275 filiados, assim d is tr ib u íd o s : nos Centros Escolares P rim ários, 140; Escolar Secundário n.° 1, 87; e Extra Escolar, 48 filiados.
Fora da sede do concelho, essa Ala abrangia, 38 C entros Esco lares Prim ários, que reuniam 1800 filiados.
As actividades p r i n c i p a i s aí desenvolvidas, são : a formação nacionalista da m ocidade; a exaltação para a p rá tica das elevadas virtudes, com alocuções ex traídas da História Pátria .
Bem assim, ali se m in istram outras aptidões técnicas, físicas e desportivas: cam pism o; orientação e noções de topografia ; sinalização homográfica; D. C. T . ; H igiene e socorros de u rg ên c ia ; ginástica, tiro desportivo ; ténis de M esa; voleibol; fu tebo l; jogos de in ic ia tiva desportiva, e aérom odelism o. etc.
As suas dem onstrações de ac tividade, levadas a cabo no ano lectivo de 1954, fo ra m :
— M anifestação p a trió tica de deragravo, contra a invasão do» territórios de B radá e Nagar-Aveli; segu ida de um a romagem à Q uin ta do Paraíso, local onde nasceu A fonso de Albuquerque, pa trono d a A la;
— Abertura solene das actividades dos Centros de Formação G eral;
— Comemoração do Dia d a Mocidade, (1 ° de Dezembro) ; coni sessão cultural, e d esfile dos filiados, pe la s ruas da Vila;
— C am panha de recolha de lembranças p a ra os com batentes da ín d ia , em que os graduados e filia d o s , tiveram “di papel de d es ta q u e ;
— Cam peonatos R egionais e Provinciais, de Ténis de Mesa e Tiro D esportivo;
— Provas P r o v i n c i a i s de aptidão, de g ra d u a d o s e van- íjnardistas;
— Sarau Cultural, no Cine- •Teatro de Vila t r a n c a de Xira;
1-° — Salão R eg iona l de Edu- Mção Estética, a que concorreram cerca de 180 fi l ia d o s ;
- ° — A cam pam ento Regio- nal, na M ata N acio n a l d as >' irtudes, em A za m b u ja ;
— Festival de encerram ento , das actividades.
Corno se verifica, foi um ano de brilhantes actuações da Mocidade portuguesa, em Vila F ranca de •Mra.
# # *A Ala n.° 5 — A fonso de Albu-
tyierque; reg ista no seu Palm arés “ esportivo, 0 s seguin tes êxitos, slSnificativos do seu prestígio, nos la d r o s da M ocidade P o rtuguesa: . — Cam peonato N acional
“ ® Futebol, n a é p o c a d e 1944/45;
2 ;° — C am peonatos Provin- cjai8 de Futebol, n a s épocas “6 1944/45 e 1947/48;
. 'V — C am peonatos Provin- Jais de Tiro D esportivo, n a s ePocas 1949,50 e 1952153;
4.° — C am peonatos P rovinc ia is de T én is de M esa, em diversas c a t e g o r i a s , desde 1941 a 1955, nos quais tem s id o ganhos, em iodos os anos, urna ou duas, d essa s provas.
li, portanto, uma revelante demonstração de actividade desportiva, em benefício da massa juvenil aí enquadrada, e prestigiosa para a Organização Nacional da Mocidade Portuguesa.
Q uanto às aspirações que a n imam a Ala n.° 5, de Vila F ranca de X ira, a qual desde há cerca de três anos, tem como seu Sub-D e- legado R egional, e seu ad jun to , respectivam ente os srs. O rlando d ’Alm eida Vieira e João José de A lm eida e Sousa, estão por agora consubstanciados, nos seguintes objectivos :
1." — Obter nova instalação,(visto a actual, jà ser m uito exigua), com m elhores condições, p a ra m in is tra r um a e f iciente instrução, a todos os f i l ia d o s ;
2.° — Criação de um centro de rem o, d a d a a e xp lên d id a situação oferecida pelo Tejo, em V ila F ranca de X ira , p a ra essa m o d a lid a d e desportiva ;
3 . ° — D esenvolvim ento d a prática do atlétiem o.
* * #Na visita realizada à sede da
Ala n.° 5, em Vila F ranca de X ira, e pela troca de im pressões estabelecidas com o seu actual S ub -D eíe- gado R egional, verificám os que o seu elevado p restíg io , é, em grande parte — devido ao criador desta Ala, — sr. Capitão José M aria da Silva Guedes Jú n io r, a honrosa satisfação de todos os d irigen tes. São tam bém d ignos de m elhor reconhecim ento de gratidão, todas as en tidades oficiais, e em especial, a Câm ara M unicipal de Vila F ranca de X ira e Ju n ta de F re guesia lo ca l; e bem assim , os am igos do C entro E x tra-E sco lar n.° 1, pelos valiosos auxílios que tem obtido da sua parte , para bem cum prir a sua função educativa e pa trió tica .
A Ala n.° 5, «A fonso de A lbuquerque», é m erecedora do a la rgam ento desse apoio m oral e n a - terial, para se ob terem m elhores resu ltados, na sua acção form ativa e cu ltu ra l.
Para esse auspicioso êxito , d ispõe de apreciável escól de d ir igen tes, graduados e filiados, que têm dado as m elhores provas de in teresse , na acção que ali se tem desenvolvido.
Ao term inarm os a nossa re p o rtagem à prestim osa in stitu ição ju v en il de Vila F ranca de X ira, cum pre-nos assinalar a dedicação do seu funcionário de Secretaria, sr. Joaquim da Silva M eireles, que desde o início da Ala n .8 5, acom panha todo o seu m o v im en to ; e a O rganização da M ocidade P o r tu guesa, te s tem unhar-lhe os nossos sinceros votos pelo s»u m aior en grandecim ento .
J . M. Martinho
N ú c l e o CampistaSentinelas
A p ó s d ive rsas e in frutí- íeras d iligenc ias para asseg u ra r a ex istência do cam p ism o em V i la F ra n ca de X ir a , fixou-se a li por fim um novo e pequeno grupo de adeptos da v id a ao ar liv re , a datar de i de Ju lh o de 1939, sob a designação genérica , de G ru p o C a m p ista Sen tin e las .
T e v e por fundadores, os srs. D r. J u ís C ésar R o d r igues F e rre ira , R a m iro dos San tos , ( j á fa lecido ), e Jo sé In ác io M e ire les , e com o e v o lu ir do tempo, foi au m entando a sua m assa assoc ia t iv a o que levo u êsse grupo de en tusiastas, a filiar-se no ano de 1952, na Federação Po rtuguesa de Cam pism o.
A sua filiação , foi ap ad rinhada pela secção cam pista do ve lh o e g lorioso c lube lisboeta, Sp o rt L i s b o a e B e n f ic a ; e qua l bo la de neve, avo lum and o no espaço, o an tigo grupo, já transfo rm ado no a c t u a l N ú cleo C am p ista , conta agora o iten ta elem entos, de am bos os sexos; sendo dêsses, tr in ta p ra tican tes da m odalidade.
O N ú c leo de V i la F ra n ca de X ir a , tem anexas três secçõ es : — c i c l o - t u r i s m o , arte-cénica, e ping-pong.
N o ano de 1942, le vo u a efe ito a t ítu lo de p ropaganda da sua ac tiv id ade , um a exposição no an tigo Colég io A fonso de A lb u querque, da m esm a v i la r i bate jana ; e a inda recen te mente, por ocasião das tra d ic ion a is festas do «Co lete En ca rn ad o » ,d e V i la F ra n c a ; realizou-se na sua A v e n id a C o n s t a n t i n o P a l h a , o p rim e iro a c a m p a m e n t o co lec tivo .
F o i a c o n t e c i m e n t o de grande sucesso lo ca l, que foi 0 segu im ento de outros acam pam entos an terio res e a d irecção tem em v is ta , p rom over a sua repetição.
T em a sua sede na Q u in ta do B a ca lh a u , cerca de V i la F ra n ca de X i r a e, por nosso in te rm éd io , a d irecção do N ú c leo C am p is ta Sen tin e la s ape la para as entidades s u perio res do seu concelho, no desejo que lh e sejam fac ilitad o s os meios necessários à aqu is ição de um parque, no q ua l a sua co lect iv id a d e possa d esenvo lve r com efic iência , em loca l aden tro da sua v ila , o cam pism o, em contacto com a N atu reza.
Liga dos Combatentes da Grande GuerraDelegação local, com jurisdição nos concelhos de Vila Franca de Xira, Alenquer, Arruda dos Vinhos,
Sobral de Monte Agraço e BenaventeSede : — largo Comendador Miguel fsgueiha, 5-1.°
V I L A F R A N C A DE X I R AInstituição Benemérita de:
Assistência aos antigos combatentes necessitados, de 1914-1918; e às suas viúvas e filhos. Manutenção da Escola de Ensino Primário, n.° 8 ; e funcionamento de dois Cursos privativos de Educação de Adultos, desde o ano lectivo de 1955/54.
Liga dos Combatentes' da Grande Guerra
Delegação de Vila Franca de XiraPara desenvolvim ento da ac tiv i
dade da an tiga D elegação «La Lys», que fora criada em A lverca, foi aquela, — por determ inação su p erio r, — transform ada no ano de 1931, em delegação concelhia da patrió tica Liga dos Com batentes da G rande G uerra , com sede em Vila F ranca de Xira.
Já decorreram vinte e quatro anos da sua ex istência nobilitan le , e em bora a sua acção tenha sem pre revestido um aspecto desp re ten - cioso, sem alardes de espectaculo- s idade; é certo que, na m odéstia da sua conduta , e boa organização dos s e u s serviços, a delegação vilafranquense tem vingado no seu meio.
T em um a sede bastan te decente, e adaptável aos serv iços ali in s ta lados, e a área ju risd ic iona l desta delegação, já se estende, até aos v izinhos concelhos de A lenquer, A rruda dos V inhos, Sobral de Monte Agraço e B enavente.
A delegação de Vila F ranca de X ira. den tro das suas reduzidas possibilidades, tem p r o c u r a d o sem pre p res ta r no decurso da sua esfera d ’acção assistência aos an tigos com baten tes necessitados; e às viúvas e filhos, daqueles que na g ran d e g u e rra de 1914-1918, tom baram em serviço da P á tria , nas inósp itas regiões de Africa, ou nos cam pos da Flandre».
Como nota perdurável da sua hom enagem aos antigos com baten tes, e f e c t u a r a m - s e diversas rom agens ao cem itério local, nas com em orações da m em orável data de 9 de A b ril; e 110 ano co rren te , pela delegação local, de acordo com as C âm aras M unicipais de Vila F ranca de X ira e de A lenquer, foram inaugu radas nos á tr io s dos respectivos Paços do Concelho, as lápides evocativas dos nom es dos ex tin to s com batentes, n a q u e l a s paragens.
Está a delegação v ilafranquense, com o dedicado apoio do M unicípio local e da Ju n ta de P rovíncia do R ibatejo, in teressada em co n s tru ir um O ssário-M onum ento , no cem itério desta v ila ; e para esse efeito, já dispõe de vários m ateriais, e tem a lguns adornos em construção.
Bem hajam , pois, todos aqueles que tão dedicadam ente têm c o n tr ibu ído para a exaltação da m em ória saudosa dos seus an tigos com panheiros de lu ta , nos cam pos de batalha, em holocausto ao prestíg io da P átria,
Como nota in teressan te e sim pática dum a das suas activ idades, há a sa lien ta r a sua acção, no cam po cu ltu ra l e educativo.
M antendo já desde há anos, uma escola (n.° 8), destinada aos filhos de an tigos com batentes, a delegação de Vila F ranca de X ira, e
correspondendo ao louvável in c itam ento do an tigo Subsecretário de E stado da Educação Nacional, Dr. Veiga de Macedo, a la rg o u o âm bito da sua acção, creando desdeo ano lectivo de 1953-54, dois cursos de educação de adultos, com separação de sexos, de larga frequência, e bons resultados.
No ano lectivo findo, esses cursos tiveram a frequência de 181 alunos, sendo 81 do sexo m asculino , e50 do fem in in o ; com o valioso auxílio m ateria l da alud ida delegação.
No ano lectivo a in ic iar-sé , vai segu ir a m esm a tra jec tó ria , 11a sim pática C am panha N acional contra o A nalfabetism o; e vai tam bém ab rir a frequência p ara a lunos da4.a classe do E nsino P rim ário E lem entar.
Na sua sede, tem tam bém f uncionado um ou tro Curso, a expensas da C om panhia In d u stria l de Vila F ranca , sendo de e log iar os d irigen tes dessa Delegação, pelo seu rasgo de in teresse em debelar a tr is te m ancha, que é a falta de cu ltu ra popular.
O xalá a prestim osa Delegação da Liga dos C om batentes da G rande G uerra, de Vila F ranca de X ira, continue, de fu turo , a afirm ar a sua tão valiosa existência, em benefício dos seus tu telados, e da in strução e educação da m assa operária v ilafranquense.
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em 11 resoãlados num máximo possível de 14Uma avalanche de prognósticos continuo 0 desabar na nossa redacção
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C jfu& ekôl Campeonato N a c i o nal d a 2 “ D iv i s ã o
Dominar, só, não chegaMontijo, O -
No Cam po L uís de A lm eida F idalgo.
Sob a direcção do s r . Joaquim Cam pos.
As equ ipas :M ontijo: A lbertino ; G ilberto ,
B arragon e C ax e irin h a ; Neto e S e rra lh a ; Rosado, F ernando , José Luís, José P au lo e E rnesto .
C oruchense: S ério ; Faustino , P ra tes e N arc iso ; V eríssim o e A lfredo; João, Manuei Jorge, Ju lin h o , Rodolfo e D iógenes.
Pela p rim eira vez nesta época nos foi dado ap reciar o trabalho da equipa m ontijense, quafee to ta lm ente rejovenescida com elem entos p rom etedores e de vasta valia técnica, m as que a sua p ro d u tiv idade não é suficiente, p o rque lhes falta a rodagem para poderem com petir em pugnas onde afluem elem entos já m uito experim en tados e na m aioria, vindos de equ ipas p rinc ipa is da p rim e ira divisão. Mas não foi esta a p rincipal causa da d e rro ta porque, logo d e início os rapazes m ontijenses p rocuraram anu la r essa desvantagem e para isso, usaram da rapidez na an tec ipação, arm a que os m an teve num dom ínio até final do prim eiro tem po e, só não term inaram vencedores po r m argem folgada, p o rque a falta de experiência não lhes proporciona clareiras, para que assim possam a tira r ao golo com
, mais precisão.Na defesa e enquanto G ilberto
poude d a r o seu valioso concurso jun tam en te com B arragon e Cax e irin h a , ia sendo o sector mais seguro, neu tra lizando com relativa facilidade a lguns contra-ataques adversários, onde João um ex- -m on tijen se , c o n s e g u i a sa lien tar-se com fintas e d rib les g ra ciosos m as pouco p rá ticos, porque C axe iiinha já conhecedor do ex- -colega, barrava-lhe sem pre o co rred o r la te ra l e isso bastava. E n tretan to o tem po passava e os avançados m ontijenses não se m ostravam capazes para conseguir b a te r Sério que, com um as in te rvenções de valor m istu radas com outras tan tas fo rtu itas, ia sustendo os rem ates quase inofensivos dos avançados da casa O C oruchense que nunca descurou os con tra- -ataques sem pre de p re fe rênc ia pela d ireita , num deles João conseguiu passar pelo tal co rredor. A jogada não deu golo, mas orig inou grande penalidade. Estava-m os longe para poder ju lg a r c rite r io sam ente o lance, mas pareceu-nos rigorosa a aplicação da Lei.
Ju lin h o encarregado da m arcação do castigo não se fez rogado e a equipa que até então m erecia ser vencedora, passou à incóm oda posição de vencida mas não de dom inada, porque o dom ínio con tinuou a pertencer-lhes tendo J. L uís d isparado fortíssim o rem ate que passou um pouco acim a, para em seguida Rosado perd er a mais flagran te ocasião de golo, atirando para as m ãos de Sério no m om ento em que ficara só d ian te deste. O segundo tem po foi m onótom o e o desin teresse p a r e c i a p a ira r na m ente dos rapazes m ontijenses onde a lguns dos m ais calejados deveriam d a r bons exem plos, são os p rim eiro s a p revaricar. O brio na m aioria das vezes, salva a falta de recursos próprios na p rá tica de q u a lquer m odalidade. E con tinuando no que diz respeito ao jogo, o C oruchense aparecia agora com m ais p e rigo no a taque onde M. Jo rg e p rocu rava todos os espaços vazios para poder concretizar os seus in ten to s m as, B arragon e C axeirinha iam travando a m archa do m arcador n.° 1 da equipa v is itan te . Como p o r en canto um a rev iravo lta se opera nas còres m ontijenses com andada pelo háb il Fernando , que leva novam ente a sua equipa para in tensa presão sobre o adversário onde só Sério não se deixou ba te r porque, os avançados da equipa visitada d iga-se na verdade tam bém não tiveram a sorte pelo seu lado.
E co n tra rian d o o bocadinho de lógica que poderia haver no futebol m uitas e m uitas vezes des-
Coruche, 2m entida. Eis que su rge m ais uma o po rtun idade para dem onstra r que em futebol tupo é possível. Um pon tapé de um defesa C oruchense é captado por Ju lin h o que tenta fu ra r a b a rre ira defensiva m on tijen se mas não consegue, ressaltando a bola para D iógenes que à vontade não teve dificuldade em fuzilar as redes adversárias, não valendo de nada o esforço de J. L u ís que ocupava desde o início da segunda pa- te o lu g a r de Gilbe rto , m agoado. M om entos depois o prélio te rm inava com natu ral regozijo dos C oruchenses que ce rtam en te terão com entado e com carrad as de razão — Nem todos os D om ingos se ganham jogos como este.
APRECIANDOO C oruchense pareceu-nos in
fe rio r ao ano passado, estando a v iver da experiência ind iv idual de alguns dos seus elem entos.
No M ontijo as coisas co rrem norm alm ente p o rque m ilagres não se fazem, mas um a equipa que actua sistem áticam ente sem avan- çado-een tro não pode render o seu rea l. U m a vez p a ra su rp reender um adversário m ais forte, é de a p lau d ir, mas sem pre, tanto jo gando em casa com o fora, não. U sar p o r (sistem a) um a tàtica que fortalece um sector que não pode g anh?r, m as sim não perder, achamos prudência exagerada porque todos os desportistas m ontijenses têm a noção exacta daquilo com que podem con tar, p o rtan to estarão plenam ente de acordo de que o M ontijo não é equ ipa para uma fase final e, em face disto , ponhamos as cartas na mesa. Se assim fôr, o responsável salvaguarda, na m esm a, a sua tarefa bastan te in g ra ta .
Josá Canarim
QutiiôtesJ o g o r e a l iz a d o e m A lc o c h e te .A s e q u ip a s a l i n h a r a m :Im p a rc ia l: P i n t o ; J e s u s e
P e n e t r a ; B r ig U ', F r a n c i s c o e S i l v a ; E l is e u L o u re n ç o , E m íd io , I n á c io e C a m a r in h a .
M ontijo: M a r in h o ; J u s t in ia n o e B a r r i g a n a ( S a n t ia g o ) ; F e i jã o , L in o e v a le n t im ; G o u v e ia (B ar- ro s ) , G a r r o a , S e q u e i r a , R o m e u e E d u a r d o .
A o d e s l o c a r m o - n o s a A lc o c h e te p a r a a s s i s t i r a o p r é l io e n t r e m o n t i j e n s e s e a lc o c h e - ta n o s , l e v á v a m o s n a id e ia q u e e s te s e r i a u m jo g o fá c i l p a r a a jo v e m e q u ip a m o n t i j e n s e : m a s ta l n ã o s u c e d e u , m o r m e n te n o 1.” t e m p o e m q u e o s jo v e n s a lc o c h e ta n o s se s u b m e te ra m a u m a d e fe s a p o r f ia d a , e a e q u ip a d o M o n tijo c o n t r a r i a n d o to d a s a s in s t r u ç õ e s d o s e u t r e in a d o r , a ta c o u em « m a ssa » c o m d e f e s a s e m é d io s i n s ta l a d o s n o m e io c a m p o a d v e r s á r i o ; p r e j u d i c a n d o a a c ç ã o d o s d ia n t e i r o s , e m v i r t u d e d a s d im e n s õ e s r e d u z i d a s d o r e c t â n g u lo d e jo g o . F o i p o is n e s t e p r im e i r o t e m p o e m q u e o s m o n t i j e n s e s p r o c u r a r a m « a f in c a d a m e n te » o te n t o q u e o s a l j o c h e ta n o s , o b t i v e r a m o s s e u s d n is g o lo s p o r in te r m é d io de E lis e u , n a s e q u ê n c ia de d o is l i v r e s , o c a s io n a d o s p e la m á c o lo c a ç ã o d a d e f e s a m o n t i je n s e .
A p ó s a o b te n ç ã o d o s g o lo s d o I m p a r c ia l , o M o n tijo «v iu» o s e u e r r o d e c o lo c a ç ã o , c o r r i - g i u - o . . . e o b te v e o e m p a te , c o m q u e c h e g o u a o in t e r v a lo , p o r in t e r m é d io d e G o u v e ia e R o m e u .
N o 2.° te m p o a s u p e r io r id a d e f i s ic a e p r e p a r a ç ã o té c n ic a d o s m o n t i j e n s e s fe z - s e n o t a r , « b r i g a n d o a d e fe s a d o I m p a r c ia l a u m t r a b a lh o in s e s s a n t e p r in c i p a lm e n te o s e u g u a r d i ã o P in to , q u e te v e t r a b a l h o s a t i s f a tó r io , m a s q u e m e s m o a s s im se v iu d e s f e i t i a d o m a is 3 v e z e s p o r G a r r o a , S e q u e ir a e B a r ro s .
Alcides José N ascim ento Santos, Rua Santos O liveira , 14; Diogo da Silva Salão, Rua Joaquim de A lm eida, 132; A rm ando P im enta da Silva, R ua M iguel B om barda, 56.
T odos de M ontijo.
Cupões anulados:A rtu r Costa, Estalagem da Lezí
ria — Vila F ranca de X ira.E ste cupão deu en trada neste
jo rn a l na passada 3.a-feira 25, com carim bo de co rre io de Vila F ranca, do dia 24.
'TZeiemaj |
Montijo, 2 - Cuf 2 |S o b a d i r e c ç ã o d o s r . jo s è I
M e n d e s M o ta , a s e q u ip a s fo r - S m a r a m a s s im :
M o n tijo : — R e d o L A lm e id a e V a le n t im ; J o s é M a r ia , C a r ta x o e S a n ta n a ; V e re d a s , R ib e iro , F á b r e g a s , T o m a z e C o e lh o .
— C U F : — V e lh in h o , E rm e - l in d o e J u l io ; C a r lo s A lb e r to , C a r r e i r a e R o d r ig u e s ; B a r r ig a , J o ã o M á r io , A u r e l i a n o , D ia m a n t in o e A n d ré II.
J o g a n d o o s b a r r e i r e n s e s c o tn a b o s a r a s a e tr o c a n d o -a e n t r e s i c o m to q u e s s u c e s s iv o s e e s q u e m a t i z a d o s , o g r u p o C u f is ta , fe z a l a r d e d e té c n ic a e d e b o m c o n ju n to , c u ja s p e d r a s b e m d i s t r i b u íd a s , j o g a r a m e d e ix a r a m jo g a r .
M a r c a r a m o s s e u s t e n to s , J o ã o M à rio , q u e f in a l i s o u d a m e lh o r m a n e i r a u m p a s s e e m p r o f u n d id a d e q u e l h e f o i e n d o s s a d o , e , A u r e l i a n o d e g r a n d e p e n a l id a d e .
A e q u ip a d a c a s a r e s p o n d e u a o b o m jo g o a d v e r s á r io , c o m u m f u t e b o l v iv o e l a r g o , p r o c u r a n d o o s e x t r e m o s c o m p a s s e s e m p r o f u n d id a d e , p a r t in d o d e s t e s , o s b n s m o m e n to s de p e r ig o q u e se r e g i s t a r a m .
C o e lh o f i n a l i z a n d o u m c e n t r o d a d i r e i t a e F á b ceg as c o m ta b e l a n u m a d v e r s á r io , a s s i n a l a r a m o s t e n t o s d o s d a c a s a .
D e v id o a d e s o r ie n ta ç ã o a a r b i t r a g e m s o m e n te d e s a g r a d o u n o s ú l t im o s 15 m in u to s , m o t iv a d a p e la e x p u ls ã o d e A lm e id a q u a n t o a n ó s in ju s t a .
A n t ó n i o J ú l i o
É d e n o t a r q u e n e s te s e g u n d o te m p o o d o m in io d o s m o n t i je n s e s fo i t ã o in t e n s o q u e M ar i n h o n ã o r e a l i z o u u m a á n ic a d e fe s a .
E a s s im u m jo g o q u e d e a n te m ã o p a re c ia f a c i l p a r a o M o n tijo t o r n o u - s e u m « b o cad o » d if ic i l s ò m e n te p o r s u a c u lp a .
A n te s d e t e r m i n a r m o s e s t e s b r e v e s c o m e n t á r i o s n ã o q u e r e m o s d e ix a r d e c h a m a r a a te n ç ã o d e a l g u n s j o g a d o r e s m o n t i j e n s e s p a r a a « c o n f ia n ç a e x c e s s iv a » q u e d e p o s i ta m n a s s u a s f a c u l d a d e s , p r in c ip a l m e n te q u a n d o j o g a m c o m e q u ip n s m a i s f r a c a s . A in d a n o p a s s a io D o m in g o « e sse s» jo g a d o r e s « a b u s a r a m » d a s u a c o n f i a n ç a e d a f r a c a c a te g o r ia d o a d v e r s á / i o à s u a g u a r d a , o q u e o c a s io n o u q u e p o r d i v e r s a s v e z e s s e v is s e m d e s fe i- t i a d o s .
Q u e r e m o s ta m b é m c h a m a r a a te n ç ã o d o n .° 3 d o Im p a r c ia l , p a r a a m a n e i r a a n t i - d e s p o r t iv a e i n c o r r e c t a c o m o s e d i r ig iu a o s s e u s c o m p a n h e ir o s , a d v e r s á r io s e p r in c ip a lm e n te à a s s i s tê n c ia . A titu d e s c o m o e s s a s n u n c a d ig n if ic a m u m d e s p o r t i s t a n e m c o n t r ib u e m p a r a o e n g r a n d e c im e n to d o d e s p o r to .
Am ândio José
Prémio desta semanaPara o concorrente que
acerte em maior número de resultados (exceptuando io d a s os resultados).
300$00em compras em estabelecimento à escolha do contemplado.
E e l n d a mais 2 prém iosÁo concorrente que acerte em t o d o s o s r e s u l t a d o s
t . o o o s o o
Em compras, em estabelecimento à escolha do contemplado.
E
Prém io extra5 e’ fôr sócio do Ateneu
Popular de Montijo tetá mais o seguinte prémio'. Uma viagem a E s p a n h a em anto- ■ carro, no próximo mês de Abri! de 1956 (passaporte incluído).
RegrasI — Os conco rren tes deverão en
v iar pelo correio ou en treg a r p e ssoalm ente da redação deste jo rn a i (Av. D. N uno A lvares P ere ira , 18) o cupão in serto neste jorna).
11—E ste cupão deverá se r p reen chido com os p rognósticos dos resu ltados dos desafios nele in d icados e bem assim o nom e e m orad a do concorren te , p o r form a legível, sem o que não serão co n siderados.
III — O referido cupão deverá ser en tregue até às 12 ho ras de D om ingo de cada sem ana.
IV — No p r e e n c h i m e n t o dos cupões, não in teressa exp ressar os resultados pelo núm ero de golos m arcados ou sofridos por cada clube, m as un icam ente, a aposição
de um a das três le tras (D., V, ou E) à fren te do nom e dos clubes consoante se lhes a tr ib u a , respee. tivam ente D errota, Vitória „„ Em pate.
Por ex em p lo :
C. D. Montijo - V D. Beja - 0
Em caso de se prognosticar j v itória do D esportivo de Montijo,
V — O prém io será atribuído ao concorren te que acerta r no maior núm ero de resultados.
VI — Desde que dois ou maii concorren tes acertem no mesmo t m aior núm ero de resultados será o prém io div id ido quan to possível em partes iguais.
VII — Todos os leitores do nosso jo rn a l poderão concorrei'.
VIII — Cada conco rren te terá 0 d ireito de u tilizar o núm ero de cupões que qu iser, desde que os cupões sejam devidam ente preenchidos.
IX — Os prém ios sem anais, relativos aos prognósticos serão entregues após o apu ram en to de cada sem ana.
X — Q u a n d o um jogo fique adiado por qualquerm otivoim pre- visto não será considerado para efeitos do concurso .
Menção premiados do cupão n°4Os concorren tes prem iados na
sem ana passada no nosso «Concurso de P rognósticos de Futebol», poderão levantar os documentos que lhe darão d ire ito aos prémios, nesta Redacção a co n ta r de hoje (d ia 27) e até Sábado (dia 29) das 9,30 às 13 e das 14,30 is 19 horas,
«A Província» vende-se em Montijo nas papela rias «Alvatília» e «Moderna» e nesta redacção, locais onde todos os concorrente a podem adqu irir.
T o d o s a o c o n c u r s o A o g r a n d e c o n c u r s o de P r o g n ó s t i c o s d e F u t e b o l
Cada leitor pode concorrer com qualquer número de prognósticos.
Corte a cabeça deste cupão e guarde oc u p À o N,° 5
Concurso Prognósticos de Futebol de «A Província»
v ' C O R T E P O R A Q U S - :
Z o n a N o r t eLeixões Chaves
Z o n a S u l
I Portaleg . A rroios
E spinho Leões i Eivas M ontijo
Peniche V ianense C oruchense Farense
G uim arães T irsen se E storil O riental
Salgueiros Sanjoanense O lhanense ..... Beja
Gil V icente Viseu O livais M ontem or
Boavista V. C oim bra Portim on. Ju v en tu d e
Nome.........
Morada
Localidade
«A Província» Cupão N.9 ^
Enviar este cupão até às 12 horas de Domingo
Çt A PROVÍNCIA 27-10-955
H o m e n a g e m a
Yiia franca de Xira■(Continuação da l .a pág in a )
cultural, figuram em lugar de honra, a im portante B ib lio teca e prestigioso M useu Municipal; e no aspecto cu ltural e recreativo , enco n tra-se a bem estim ada banda do Ateneu A rtístico V ila fran quense, com sessenta e quatro anos de p reclara ex istência; e 0 honroso C lub Vilafianquense, que constitue um padrão m arcante de es tima naquela Vila.
Sem desdouro para as outras agrem iações, todas de l i genc i am através das suas possibilidades de acção, manter os créditos dos seus dignos nomes, e a e levação da5 auréola que envo lve tão hospitaleira terra.
Ao term inarm os a nossa missão, em tão im portante Vila, cumpre-nos Vir em nosso próprio nome, e em rep re sentação de «A Prov in c ia» , consignar 0 nosso mais efusivo r e c o n h e c i m e n t o ao colectivismo Vilafranquense, em que especialisarem os 0 dedicado concurso do G ré mio do C om ércio de V ila Franca de X ira e de A rruda dos Vinhos, e do ilustre V i lafranquense, sr. D r. António José V idal Batista.
Portanto, para todos os amigos e prestim osos co la boradores nesta desvaliosa homenagem à nossa Vizinha e insigne V ila F ran ca de Xira, vai 0 nosso preito de gratidão, que é extensiva ao seu com ércio, indústria, e profissionalismo liberal, que se dignaram conceder-nos a sua publicidade.
A todos,— mais uma Vez, 0 nosso s i n c e r o , — Mui to Obrigado !
E,ao aproximar-se a oportunidade de toda a população de Vila F ra n ca de X ira , se manifestar em reconhecimento, junto do ilustre p residente do seu M unicíp io , sr. José de Sou sa N azaré, pela elevada obra de pro cesso, que ali vem reali-
▲ P R E S S A( C o n t i n u a ç ã o d a p r i m e i r a p á g i n a )
voação e no prim eiro Café adiante, passam-se horas a deletrear, a saborear a « Im perial, a com er trem oços. e a fa lar do próximo.
F icam vítim as pelo cam inho ?
O r a . . . tudo se rem ediará e, dentro em pouco, tudo se equecerá.
- O autom óvel f e z - s e para andar depressa, e não tenho culpa dos azelhas que andam pelas e s tra d a s .. .
— Apanhar um carro e lé c trico, um auto carro, um Vapor, um combóio, é caso muito s é r io ! É mais im portante do que apanhar a sorte grande o u um grama de estreptom icina! Todos sem pre com im ensa p re s s a !
Em purra-se, atropela-se, fura-se, pisa-se toda a gente, perde-se a calma, m as ,— que felicidade.! - , alcança-se 0 lugar almejado.
Deitaram -se às duas da madrugada, levantaram-se às seis, dorm iram pouco e chegaram tarde. E então Vá de encontroar os que lá aguardam, os que pacatam ente esperaram a sua vez.
M as se ao desem barcar aparecer a F ifi, a Lu lú , a G enoveva da esquina, passam-se horas a bisbilhotar como vão todos e como vai tudo lá por casa e por casa dos v iz in h o s !
E é 0 mesmo em muitas coisas mais.
— O namoro é um relâm-
zando, há cinco anos, «A Província», sintetisando os sentim entos de am izade que ligam as p o p u l a ç õ e s de M ontijo e V ila F ran ca de X ira , saúda com elevado respeito, tão digno rep re sentante do G overno , e fe lic ita S u a Ex .a e os seus honrosos cooperadores, por tão Valiosa tarefa de engrandecim ento e Valorização em todo o concelho de V ila F ranca de X ira .
J . M. Martinho
pago. Conhecem -se h o j e , saem am anhã sozinhos, tratam do enxoval no dia se guinte ! Não há tempo para d e m o r a s . . .
— O casam ento é outra pressa. «Ver-te e amar-te, f o i obra d u m in stan te !* H o je , de manhã, 0 ped ido ; à tarde, pela fresca, a ce r imónia.
E até, para ser mais depressa, já se casam p o r a n ú n c io : «C ava lhe iro educado, aborrecendo 0 namoro actual, com cinquenta anos e um bom em prego, deseja menina de dezoito, prendada, com meios de fortuna».
Questão de mulher adias... D ep ressa é que é preciso.
— O s garotos nascem hoje de olhos abertos, falam duas sem anas depois, andam aos três meses, sabem toda a pouca vergonha aos cinco, vão para os liceus de cueiros e são «engenhocas», para a mesa do orçam ento, aos d ezasse te !
Tudo um galope desapo- d e ra d o .••
— E nas riquezas ? Dantes, levava-se a vida in te ira a trabalhar e x a u s t i v a m e n t e para se ter na ve lh ice uma casita e dois palmos de terra. H o je , abre-se 0 estanco; e dali a poucos meses, com duas farófias e quatro habilidades, bota-se um autom óve l de categoria, constroe-se 0 palacete, alugam-se am antes caras, vive-se no luxo, e dão-se leis nas finanças in ternacionais.
N ão há tempo a p e r d e r . ..— No M ar, é como sabe
mos: V iagens que duravam sessenta e noventa dias, fazem-se hoje em dez, em oito, em dois!
O s torpedeiros, os subm arinos, todas essas máquinas poderosas da destruição — , atingem velocidades in c ríve is !
A navegação de ve la provoca 0 r is o ; só por desporto. . . A navegação antiga só para museu , . .
— No A r, então é aquilo que nos faz pasmo e assom bro! É 0 máximo, é 0 delírio d e s t r a m b e l h a d o ! Aviões, foguetões, he licóp teros, — 0 in fe rn o ! — , procuram sobrepor-se, hoje a 500 , ainarihâ a 1.0 0 0 !
N inguém pode p r e v e r aonde irem os p a r a r , (se algum a vez houver parança), por este cam inho das p ressas !
— E nas ciências, principalm ente na e le ctr ic id ad e? E* de espantar o mais sisudo! Telefonias, televisões, radar, com andos invisíveis, satélites artificiais, viagens à lua e a M arte , — e 0 mais que ao diante se v e r á !
Po r cim a de tudo a energia nuclear, — essa m aravilha atóm ica que revo lucionou 0 mundo das m aravilhas e das qu ím icas!D an tes para sem atarem seis
pessoas nas guerras eram necessárias se is horas de luta e de com bate ; hoje, matam-se seiscentas mil em seis segundos !
A inda querem m e lhor?Não se pode ir mais de
pressa .O pior; porém, é que, não
obstante esta pressa toda, havem os d e c h e g a r a o mesmo sítio, mais hora menos hora, porque nos espreita a todos, e não se esquece de ninguém, A q u e la que não p e r d o a . . .
A lvaro Y a la n lt
BARRIS \ QUÀRTOLÀSCom prai na
«CáSA CAMBOLAS»CASA DAS VERGAS
íelef. 026260 O O N IIIO
R E P A LArtigos Escolares
tsso palavra
à uiisma‘ (C ontinuação da l .x p á g in a )
Vai-se à Es ta lag em do Infantado, com er a de lic iosa sopa de irós.
Vai-se a C ac ilh as às ca lde iradas.
V a i-se à reg ião da Ba ir- rad a com er le itão. E percorre-se Po rtu g a l e encontra-se a cada passo a in d ú s tr ia h o t e l e i r a acom panhando a causa do T u r ism o com in te lig ên c ia e oportu n idade.
Q u em q u izer v i r a M on t ijo c o m e r a lgu m a das espec ia lidades da sua m a io r e m e lho r in d ú s tr ia — no dizer dos en tend idos — N ão há em P o rtu g a l nem em q u a lid ad e nerr. em q u a n t idade nada que se lhe assem elhe — não encon tra lc c a l para saborear em com od idade e bom serv iço , uma tira de fiam bre, um prato de sa ls ichas ou um naco de saboroso p resunto ou m urtandela .
O u o que seria p re fe r íve l, um prato reg io n a l que in c lu ísse a lgum as destas espécies, fe itas com arte e bom gosto (entenda-se neste caso, p a lada r e v is ta ).
E s te aspecto do prob lem a poderia perfe itam en te ser com pletado c o m em b a la gens que a liá s já existem mas não se encontram com fac ilid ad e à vend a em todos os estabelec im entos abertos aos dom ingos.
T o d o aque le que v is ita um a terra, p retende le v a r um a lem brança.
Q u e tem os em M o n tijo para ven d e r aos nossos v i s ita n te s ?
M as isso é p rob lem a que m erece um a rtig o espec ia l.
C on tin uarem o s.
Ruy da M endonça
Telefone 026 579
J)a>a htoi Cfatoqtafim
F o r o M o n t i j e n s e
folhetim de «A Província» N.° 29
0 segredo do espelhopor
c 4 u q u i t u i J H i d t
Estávamos sós na b iblio- teca. C o rri ao corredor. Ne- «mm baru lho se ou v ia , e ° ‘hando para a porta de en- rada, ve rif iq u e i que es tava Jechada e com a ch ave no lnterior. Com o é, que o in- ruso, poderia ter penetrado jn> pasa; é que eu não po-
im aginar. v oltei à b i b l i o t e c a e
c&ndi as ve la s que se en- ^ntravam por debaixo do ^rato de meu avô. Só I'tâo o lhei de novo para a
loveni."Está bem? —perguntei,
^ m e n te .Hoh Pa®sou a mão trém ula , c o espa ld ar de um a
fleira que estava perto, e
L
fixou-me com um o lh a r an gustioso com o se acabasse de v e r um fantasm a.
— Ju lg o que chegue i ei tem po — con tinue i.
Seu s láb ios trem iam l i geiram ente.
— N ão sab ia que já tinh a vo ltado , «M iste r» Ir v in e — disse e la por fim.
— Segun do me pareceu, pedia socorro, ou te ria sido ilu são m in h a ?
— S im , era v e r d a d e — m urm urou ela. Seus olhos baixaram-se, depois fix a ram-se lige iram en te na porta de um a rm ário que es tava aberto.
U m l i g e i r o estrem aci- mento, p e r c o r r e u - l h e o
corpo, e v e r if iq u e i que o seu o lha r acabava de ficar preso sobre um objecto ca ído no soalho.
A v a n c e i rap idam ente e apossei-me de um a argola, onde estavam presas cinco pequenas chaves.
Ó desconhecido havia-as deixado c a ir du ran te a lu ta ,
— A q u i está um achado in te ressante, M iss Pa raden e— disse eu arrem eçando as chaves para c im a da secretá r ia — O ca va lh e iro que acabou de nos v is ita r deve por certo dep lo rar bastante esta p e r d a . . . Pode ex p licar-m e o que se passou ?
— Bem pouco tenho para vos d izer — disse e la em voz hes itan te — Com o nao tin h a sono, pensei em descer, e v i r aq u i buscar um liv ro . V i que a porta deste arm ário e s tava a b e r t a , . . T iv e de repen te a sensação de que a lguém se enco n trava perto a m im . Su b ita m en te o c a n d e lab ro foi-me arrancado “das mãos, e f iq u e i às escuras.
— R econheceu quem aqu i es tava ? — Pe rg u n te i tran qu ilam en te .
E la negou com a cabeça.— N ão o u v i m ais de que
um ru íd o e não sei mesmo que p retend ia o estranho v i s i t a n te . . . Cham ei, tudo f i cou escuro , o senhor chegou nesse m o m e n to ... E ’ tudo quan to sei «M is te r* Irv in e .
A jovem parec ia re a lm ente fa la r verdade.
S e e la me estava en g a nando, rep resen tava m a ra v ilhosam en te .
M as a sua p a rtid a da no ite an terio r, quando v is i tara secretam ente «M iste r» R o g e r G e rm an , es tava agora sem pre p resente na m inha m em ória.
T o m e i as ch aves de c im a da secre tá ria e exam inei-as cu idadosam ente . U m a delas adaptava-se perfe itam ente à porta do arm ário , e um a ou tra a b r ia sem d ificu ldad e a g ave ta su p erio r do grande m óvel.
— J á tin h a v is to este m o lho ? — P e rg u n te i m o s
t r a n d o - l h e as chaves e olhando-a bem de f re n te ?
L u c i l le Pa rad en e não b a ixou os olhos, conservou o seu o lh a r fixo no meu, até que deco rridos m om entos, se deixou c a ir na cadeira , cob rindo o rosto com as mãos.
J u lgue i que ir ia desm aiar, mas bem depressa se re a n im ou e le van to u a cabeça.
— E sp e ra um a resposta «M is te r* I r v in e ? — disse e la com voz d u ra — A i n d a m esm o que eu desse a m inha p a la v ra de honra, não me acred ita r ia . Po rque não me diz francam ente que não tem con fiança em m im ?
— M u i t o s im p lesm ente, porque fa lta r ia assim a um d ever de delicadeza — re s pond i apoindo-me nas costas da cad e ira que se en co n tra va em fren te da secre tá ria ,
( Continua)