j orientaÇÃo educacional ao mercado de trabalho

231
,-,,,,- ADEQUAÇÃO DO CURRÍCULO DO CURSO DE PEDAGOGIA - HABILITAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL AO MERCADO DE TRABALHO HELENA SOARES DA CRUZ .. , /1 \: ·i:..-· > vo(. ". "

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ADEQUAÇÃO DO CURRÍCULO DO CURSO DE PEDAGOGIA

- HABILITAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL AO MERCADO DE TRABALHO

HELENA SOARES DA CRUZ

..

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/1 \: ·i:..-· >

vo(. ". "

'.

..

ADEQUAÇÃO DO CURRtCULO DO CURSO DE ~EDAGOGIA

- HABILITAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. ESCOLAR E

ORIENTAÇÃO .EDUCACIONAL - .AO MERCADO DE TRABALHO

HELENA SOARES DA CRUZ

Tese submetida. como requistto parcial

para a obtençio do grau de Mestre e~

Educ.açio.

Rio de Janeiro

Fundaçio Getúlio Vargas

Instituto de Estudos Avançados em Educação

Departamento de Psico~ogia da EducaçãD

1980

c ... ,

111- .

A memória póstuma,

de meu pài.

AGRAD~CIMENTOS

- Ã Prof~ Anna Maria Bianchini Baeta. orientadora da tese.

- Ã Universi4ade do Amazonas. através da Faculdade de Edu­

cação. pelo apoio e incentivo recebidos.

- Ao 'Governo do Estado do Amazonai,através da SEDUC, pela

oportunidade que me concedeu dé cursar o Mestrado em

Educação.

- Aós sujeitos da Pesquisa. cuja colaboração tornou possi­

vel este trabàlho.

à todos que direta ou indiretamente colaboraram na reali -zaçao deste estudo.

IV

SUMÁRIO

1~ ENUNCIADO DO PROBLEMA · ...... . • • • I' • • • • • • I" • • • • •

1.1

1.2

1.3

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Objetivo do estudo ••••••••••••• · . . . . . . . HipQteses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . · . . .

2. REVISÃO DA LITERATURA · ..... · . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.

2.2

2.3

. 2.4

. Faculdade de Educação

A Faculdade de Filosofia

O Administrador Escolar:

· . . . . . . . . . . . . . do Amazonas ..... o Diretor de Esco

1 a ~ ••••••••••••••• '.1 I .•••••••••••• · . . . . . AOrie~tação Educacional

2.4.1 Alguns conceitos de

• I.' . . . . Orientação Ed~

pág.

1

4

7

12

15

15

16

30

48

cacional.......................... 55 2.4.2 - Formação do Orientador Educacional

e suas atribuições . . . . . . . . . . . . . . . 56

2.4.3 Campo de atuação do Orientador Edu

caciocal ·na -cidade de.Manaus...... 58

2.5 - A Orientação Vocacional · . . . . . . . ~ . . . . . . . . . ·3. METODOLOGIA . . . . . . . . . . . '.' ..... .... ............

3.1

3.2.

.3.3

3.4

3.5

3.6

Á r e a :d é e x e c u ç a o da p esq u i s a •• ••••••••••

Sujeitos da pesquisa ••••••••••• ! ••••••••

fpoca de realização da pesquisa e instru-

mentos utilizados •••••••••••••••••••••••

População ~ Amostra • • . . • • • • • • · . · . . . . . . . . Coleta de dados · . . . . . . . · . . . · . · . · . · . . . . Tratamento estatístico . . . . . • • · . · . • • • • • • •

V

61

67

67

67

68

69

71

72

4. RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • •

4.1 - Apresentação e análise dos dados . . . . . . . . . 5. COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS

ESTUDOS SEMELHANTES REALIZADOS

OBTIDOS E OUTROS

. . . . . . . . . . . . . . . . . 6.· CONCLUSÕES E SUGESTÕES ••••• • 1.1 •••••••••••••••••

BIBLIOGRAFIA • • •••••••••• '.1 • • ••• ~ • • • • • • • • • • • • • • • •••

ANEXOS •••••••••••• I· ••••••••••••• •• ' ••••••••••••••••

..

VI

pãg.

76

76

143

148

166

Tabela

1

2

LISTA DE TABE.LAS •

Profissionais segundo a formação e ocupa-

pág •.

ção que exercem.......................... 67

Instrumentos aplicados e recebidos ••••••• 72

-3 Profissionais segundo a ·ocupaçao e idade

4

5

6

7

8

9

cronológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -Profissionais segundo·a ocupaçao que exeE

77

cem e graus de ensino das ·instituiç~es... .78.

Pr~fissionais segundo a ~cupação e ava1i~

ção dos cursos da SEDUC-Am, em relação 'aos

curso~~·daFACED..,UA' (item 2.3) •••••••••••• ·

-Profissionais segundo a ocupaçao -çao dos ·cursos da SEDUC-Am, em

aos cursos da FACED-UA (item 9.

e avalia

relação

do 1.0.).

-Profissionais segundo a ocupaçao e avalia

ção dos cursos da FACED-UA, em relação ã função exercida ••••••••••••••••••••••••••

Profissionais segundo a ocupaçao e avalia

- 80

81

82

ção do conte~do dos cursos da SEDUC-Am... 83

-Profissionais segundo a ocupaçao e disci-

plinas consideradas muit~ importantes pa­

ra o desempenho ocupacional •••••••••••••• 84

10 Profissionais (Diretores e Adm. Esc.)e t~

refas que executam:...................... 89

VII

• pãg. Tabe la

'11 Orientadores Educacionais e'tarefas -que

~xecutam. ••••• •• •• • •• •• • ••••••• ••• ••••• •• 90

12 Orientadores Educacionais e criterios ou

qualidades para a seleção de candidatos

ao Curso de Pedagogia - habilitação em

Orientação Educacional.. ••••••••••••••••• 108

13 Corresporidincia entre as tarefas executa­

nas por Diretores, Administradores Escola

res e Orientadoies Educacionais e conte~-

dos dos cursos da FACED-UA............... 109

14

15

16

,

-Profissionais segundo a ocupaçao e objeti

vos dos cursos da FACED-UA............... 113

Profissionais segundo a ocupação .e avalia

ção do Estágio Supervisionado (Item 2.15)

-Profissionais segundo a ocupaçao e avalia

ção do Estágio Supervisionado (ite, n9 6,

115

do I'. O • ) ••••••••••• ~ •••••••••••••••••• ' • • • 115

17 Correspondincia entre o Estágio Supervi -

sionado e conte~do das disciplinas dos

cursos da FACED-UA....................... 116

18 Profissionais segundo a ocupação é adequ~

ção da metodologia de ensino u~i1izada na

FACED-UA................................. 119

19 Profissionais segundo a ~cupaçao e condi­

ç~es de at~ação (Item 4. do 1.0.) ••••••••

VIII

119

Tabe la

20

21

Profissionais segundo a ocupaçao e condi -

ções de atuação (Item 8 do 1.0.) ••••••••••

-Profissionais segundo a ocupaçao e liberda

Pago

120

de d e a ç ã o e d u c a c i o n a.1 •••••••• ~ •••••• ~ • • • • 122

22 Profissionais segundo a ocupaçao e forma

23

de investimento no cargo.................. 123

Profissionais ~egundo a ocupaçao e causas

que" dificultam o traba1h~ que realizam •••• 123

24 Orientadores Educacionais e turmas atendi-

das ....•••••...•..•••••• , • • . • • • . . . . • . • • . . . . 126

• N

25 Profissionais segundo a ocupaçao e ativida

dês exercidas na area educacional......... 127

26 Orientadores Educacionais e a abordagem de

seu trabalho.............................. 128

27 Coincidência entre as tarefas executadas

pelos profissionais (Diretores, Adm. Esc.

e O.E.} ~ a legislação da SEDUC-Am........ 129

28 Quadro 'resumo dos dados obtidos no inventa

rio de opiniões' por categ~ria de .informan-

tes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134

IX

LISTA DE QUADROS

Quadro pâg.

I Nucleo Comum - Disciplinas obrigatórias ••• 24

2 Habi~itaçio em Administraçio Escolar - Dis

ciplinas obrigatórias · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

l Habilitaçio em Orientaçio Educacional -Di~

ciplinas obrigatórias · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

4 Di~cipiinas optativas · ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

5 Valore s' de Qui-Quadrado do Inven târi o de . .-

Op 1 n 1 o e s '. • . • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 13 1

x

ABREVIATURAS OU SIGLAS USADAS NESTE TRABALHO

Adm •. Esc. A= Administrador Escolar

FACED-UA = Faculdade de Educação da Universidade do

Amazonas

1.0.

Q.

SEDUC-Am

M.E.C.

",.E.

F.U,A.

C.F.E.

= Inventirio fte Opini~es

= Questionirio

- Secretaria da Educação e Cultura do Esta

do do Amazonas

- Ministirio da Edu~ação e Cultura

- Orientador Educacional

= Fundação Universidade do Amazonas

= Conselho Federal de Educação

..

XI

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi o de' estudar o cur­

rIculo do Curso de ,Pedagogia '(habilitaçio em Administraçio

Escolar e Orientaçio Educacional) da Faculdade de Educ~çio

da Universidade do Amazonas. Procurou-se examinar tambem

a relaçio existente entre a formação e as condições de de­

sempenho de Administradores Esc6lares e Orientadores Educa

cionais atuando nas Escolas Estaduais üe 19 e 29 graus, na

cidade de Manaus, Estado do Amazonas.

O trabalho consta de duas etap~s: a primeira con­

tem a importincia do estudo, as hip~teses que fundamenta­

ram o mesmo e a fundamentação te~rica, onde nos detivemos

principalmente nas figuras dos dois especialistas: o Adro.

Esc. e o O.E., ém seus as~ectos te~ricos e atribuições le­

gais; a segunda conlltitue-se de uma Pesquisa-de campo, on­

de foram utilizados três instrumentos, abrangendo as se­

gui~tes áreas: avaliaçio dos cursos; metodologia; estágio

supervisionado; avaliação do r~ndimento; realid~de social

e condiç~es de atuaçio.

A populaçio estudada consta de 80 elementos exer-.'

cendo as funções de" Diretores, Administradores 'Escolares e

Orientadores Educacionais.

Os resultados obtidos evidenciaram um hiato entre

a fo~'mação oferecida pe la Fa'cu Idade de Educaçio da Uni v~ r­

sidade do Amazorias, e as condições de atuaçao dos profis -

sionaisem estudo.

os Ad m • E s c • ( e m f u n ç ã o d e As s e s s o r ) e s t a o exercendo

funções para as quais não necessitam formação em nIvel

.superior;

XII

.. os O.E. não dispõem de condições para uma atuaçao efeti

va, dentro do q~e i preconi~ado pelos te;ricos da Orien

tação Educacional;

os profissionais estudados apontam como 'principal ponto

de estrangulame~to em seu 'desempenho o distanciamento

entre a teoria e a pratica oferecidas nos cursos de gr~

duação;

notou-se que os O.E. mostraram-se mais crIticos

ã formação recebida, do que os Adm •. Esc.

quanto

Sugere-~e no final do trabalho, pesquisas que vi­

sem aprofundar o conhecimento da realidade educacional pe~

quisada.

'.

< J"

XIl-I

SUMMARY

~he objective of this research is to study the

çurriculum of the Pedagogy Course (specialization in School

Administrétion and Educational Orientation) at the C~llege

of Education of the Universidade' do Amazonas. An effort

was a1so made to examine the re1ation which exists between

the formation received and the resultant practice developed

in the primary and secondary schoo1s of the city of Manaus.

The study is composed of two phases; Initially,

the importance of the study is .discussed, together with an

apresentation of the hypotheses and theoretica1 framework.

Thi~ part óf the study takes into consideration the roles

of the School Administrator and Educational Orientator as

specialists, giving special attention to the theoretical

imp1ications and legal aspects. The second part of the

study consists of a field research, in which three instru­

ments are uti1ized to span the following areasof education:

course evaluation, methodology, supervised training,

achievemen·t eval!lation, social reality and'.working conditions.

The population studied consists' of 80 educators

occupying the functions of Directors, School Administrators

and Educational Orientato~s.

The results obtained rev~al a large gap

·t~e formation which the College offers and the

condition~ o~ the pr~fessionals studied. The

between

working

school

administrators, playing the roles of assessors, are execut

lng duties which do not require university training; the

educational orientadors do not count with conditlons for

effective work, and, specially those conditions previewed

by the theoretical authors of educational orientation. The

professionals studied indicate as the chief strangling

XIV

point of their work the great distance between "theory and

practice" taught in the university course. The professionals

studied who opera te as educational orientators portrayed a

more criticaI vision with respect to the formation received.

This studt suggests~ as a form of conclusion,

researches which could widen the knowledge scope of the

educational reality analyzed.

xv

1.- ENUNcrADO DO PROBLEMA

Afirma-s~ que a educaçio ~ um direito que deve'

ser distribuído uniformemente por toda a população, porém,

"Noventa e um por cento das c~ianças brasileiras nio sio

beneficiadas pelo artigo da nossa Carta Magna, que estabe­

lece que ~ obr~gaçio dos Poderes Públicos a garantia de 8

anos de escola gratuita de Primeiro Grau a 100% das crian­

ça.s" • 1

A literatura at~al, muito tem criticado a tendên­

cia conser~adora da escola brasiieira, tendência esta que

se confirma atrav~s da transmissio de comportamentos de

uma geração à outra.

Para Eurides Brito da Silva e Ana Bernardes da

Silveira Rocha (1978), "A falta de professores t;1abilitados

e de especialistas para o ensino no Brasil, atinge· ín..dice

alarmante~ sem f~larmos nos prOfissionais habilitados em

~ursos que deixam muito a desejar, nos quais se fala em me

todos didáticos avançados, mas os futuros professores con­

tinuam passivamente a assistir aulas pelos mitodos tradi -

cionais".2

Sendo a educação um processo ativo, deverá a esco

la, levar o aluno a uma participação ativa; se assim acon­

tecer, ele enfrentará ativamente às diversas situações com

que se defrontará mais tarde.

Outr~ problema amplamente discutido, i a qualida­

de do epsino da Universidade brasileira; e que foi analisa

da pelo Pe. Jos~ Vasconcellos, em uma conferência sobre

educação, no ano de 1977. Refere-~e o conferencista sobre

a queda da qualidade do ensino superior em nosso País "de

tal maneira que o Pe. Jos~ Vasconcellos chegou a hesitar

em chamar de universidade aquela escola que vem depois do

29 Grau, referindo-se aquelA "coisa" que aparece depois do

29 Grau"."

2

Sobre o Illesmo assunto,'o Exmo. Sr. Ministro de

Educação, expressa a um reporte r da MANCHETE~ 0 seu· ponto

de vista.

Perguntado se "a 1amentave1 baixa da qualidade do

ensino no Brasil so podia ser coisa intencional de quem

procura, por conveniência política, manter a juventude de­

sinformada e ignorante", assim se expressou o Ministro Edu

ardo Portella.

"Seria ridículo negar que houve realmente uma qu~

da sensí~el da qualidade do ensino no Brasil •. Mas parece . tambim forçado demais procurar ~xplicaç5es escatol6gicas

para este fen5meno. O que ocorreu na realidade foi uma mas

sificação irracional do ensino superior que. como nao po­

dia deixar de ser. repercutiu de maneira imediata e direta

sobre a qualidade. O mais trágico é que estamos agora no

interior de um círculo vicioso difícil de se quebrar".'

Vãriasforam as Reformas propostas ao ensino bra­

sileiro, desde a de Leôncio de Carvalho, em 1879, ate a

Lei n9 5692/71, com o objetivo de melhorar a qualidade do

ensino e coloca-la a serviço dos interesses e

da sociedade.

aspirações

A formaçio de recursos humanos de alto nível e de

intei~a responsabilidade da Universidade, e e entre outros

fatores,do ensino que aí e ministrado, que depende o dese~

vo1vimento econ~mico, social, científico e tecnologico de ~ um pa1s.

f ã Faculdade de Educação que cabe a tarefa de

preparar de maneira teórica e pratica, os responsaveis pe­

la qualidade do ensino a ser mini~irado nas escolas de 19

e 29 graus.

o Curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da

Universidade do Amazonas, oferece a seu a1unado quatro ha-•

bi1itaçõe~, • saber:

Administração Escolar

• Orientação Educacional

• Inspeção Escolar

Supervisão Escolar

3

Sem tomarmos em cons,ideraçio o n~mero de alunos

matriculados, ou a ~bsorçio desses espe~ialistas pelo Mer­

cado de Trabalho"ou ainda a im~ortincia dos mesmos no Sis

tema Educacional, nos. detivemos em nosso trabalho apenas

no estudo da formaçio e atuação dos dois primeiros acima

referidos, por 2 motivos inteiramente pessoais:

1.- Sendo professora de disciplinas profissionali

zantes da habilitaçio em Orientação Educacional, desejáva­

mos constatar nossos acertos e erros em relação ao curso e

nosso trabalho em ~articular;

~ - Sendo professora da rede escolar estadual, co

nhec!amos superficialmente a problemática enfrentada por

Diretores e Administradores Escolares, e aproveitamos este

momento qu~ nos pareceu o mais adequad~ para

alguns dados e visualizar melhor o problema.

levantarmos

Com o intuito de apreciar a formação e a atuaçao

do especialista em educação, habilitado em Administração

Escolar e Orientaçã~ Educacional no momento pre~ente,na

cidade de Manaus - EstadD' do Amazonas, i que decidimos

atraves deste estudo, verificar se:

ESTÁ O 'CURSO DE PEDAGOGIA DI\, 'F.ACED~UA (habi li fação em Admi

nistr'açio Escolar e Orientação Educacional) PREPARANDO A'DE

QUADAMENTE O ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO PARA 9 DESEMPENHO DE

SUA FUNÇÃO?

4

1.1 - INTRODUÇÃO

-Uma das constantes preocupaçoes dos educadores

frente à atual legislação, e, ao desenvolvimento tecnico e

científico exigido pelo país, devera ser a preparação efi­

ciente dos alunos que frequentam nossa~ escolas; e preciso

que o profissional formado corresponda à expectativa dos

que necessitam de seus serviços. 'Este profissional devera

ser um elemento capaz de, atraves dos conhecimentos obti -

dos cria~ condiç~es para o aumento e renovaçio da cul~ura,

integrado à sua realid~de social, às exigências da mesma e

seus' problemas específicos.

Como pr~parar pois, este profissional? Precisamos

de uma escola, 'que, sem estar alheia ao conhecimento uni -

versal, procure integrar seus alunos ã realidade em que vi

vem, fornecendo' condiç~es para que eles possa.m agir sobre

essa real~dade.

Diz Freire (1976), "Quando o homem compreende sua

realidade pode propor hipóteses frente ao desafio dessa

realidade e buscar soluç6es. Assim pode transform~-la, e

com seu trqbalho pode criar um mundo próprio - seu eu e -suas circunst~ncias".5

~ atravis da satisfat6ria preparação pedag6gica

de professores e especialistas de educaçio~ da sua valori­

zaçio como profissionais, e da elaboração cuidadosa do cu~

rículo, ou seja, atrave's de um currículo .adequado (a ade -

quaçio e entendida como atendendo às necessidades e expec-

tativas do sistema de ensino como u~ todo) unido às mais

modernas tecnicas ~e ensino,que a escola cumprira seu obj~

tivo: EDUCAR, tendo a tríplice função: a) despertar na

criança e no jovem sua consciência crítica e a solidarieda

de a seus semelhantes; b) fornecer conhecimentos nio de

uma forma acabada, mas atraves ~e problemas~ levando-os a

pensar concretamente, analisando, criticando, buscando so­

luç~es; c) preparar uma geração para desempenhar um papel

na s~ciedade, transformando-a e não apenas ajustando-se às

5

. solicitações do Mercado de Trabalho e às exigências legais

• sem uma visão crítica da mesma.

Na estrutura e avaliação de programas educacio-

nais, e particularmente dos currículos, deve-se ter em men

te que estes, devem bem servir aos indivíduos e à coletivi

dade.

Para Sperb (1972), currículo "s~o todas as ativi­

dades. experiincias. materiais. m~todos de ensino e outros

maios empregados pelo professor ou considerados por ele. no

sentido de alcançar os fins da educaç~0".6

Currículo não ê "lista 'de disciplinas", mas a cul

tura de um povo, seu modo de pensar~ de agir e de sentir.

Cada região e cada escola devem organizar seus currículos

tendo em vista a obtenção de respostas às suas necessida-. ... -

des. Todo curr1culo escolar devera ser analisado, revisto

e avaliado peri~dicamente, verificando-se a validez de ca­

da c onteudo, de cada at i vid ade, e sua in te gração c'om ãs de

mais. Avaliar significa verificar se o que se pretendia

'~oi ou hão obtido, definindo-se claramente o tipo de pro -

fissional que se deseja formar.

A organização de cursos e currículos deverá ser

sempre precedida' de uma reflexão crítica, . pr'iÍlcipalmente

por parte de planejadores e professores, tendo como um dos

objetivos o tipo .de profissional necessário à sociedade em

que a Escola está inserida, sendo o conteúdo de cada curso

voltado além da formação de uma cultura geral e atualizad~

para a formação do futuro profissional. Outro ponto impor­

tante e a constatação de interesses e aptidões dos alunos

dos diversos cursos, sem esquecer as necessidades e exigê~

cias do Mercado de Trabalho, em ter~os quantitativos.

Sobre a ab.orção de formandos das Universidades

pelo Mercado de Trabalho, nota-se uma crescente preocupa­

ção p~r parte das autoridades no que se refere ã possível . formação de contingentes .de pessoas frustradas, quer pela

6

formação deficiente, quer pela dificuldade de obter empre­

go compatível com o título obtido. 7

o que se observa geralmente no aluno das Faculda­

des de Educação, quando o mesmo faz opção para uma habili­

tação entre as que lhe são oferecidas, e que a faz sem es­

tar ainda capacitado a proceder adequadamente àquela esco­

lha, em virtude de desconhecer seus interesses, tendências

e aptid~es, assim como desconhece o conteGdo a ser minis -

trado nas diversas disciplinas e as características e exi­

gências profissionais, e a absorção pelo Mercado de Traba-. lho dos futuros profissionais.

"Formação profissional e toda instrução sistemati

ca destinada a ·trabalhadores, jovens e adultos que tenha

por.~im pre~ara-los ou readapta-los para exercer um empre­

go, seja ~u não. pela primeira vez ou para que obtenham uma

ascenção profissional em qualquer ramo de atividade econo­

mica em qualquer nível de hierarquia ocupacional".B

Rogers (1977), nos diz: "No mundo em que vivemos,

a finalidade da educação deve ser o desenvolvimento de in­

divtduos abertos ~ mudança. Somente tais pessoas podem,' -

construtivamente, ir ao encontro das perplexidades de um

mundo em que os problemas proliferam mai~ rapidamente que

suas respostas: O fim da educação, deve ser o desenvolvimen

to de uma sociedade em que 'as pessoas possam viver de um

modo mais adequado à mudança do que a rigidez. No mundo

que está para vir, a capacidade para enfr.entar adequadame~

te o.novo é mais importante do que a aptidão de conhecer e

respirar o velho".'

t preciso preparar o jovem, não apenas em termos

de habilidades, mas principalmente em termos de responsabi

lidades, carater,· perspectiva e de uma personalidade capaz

de adaptar-se inteiramente às novas situaç~es, ou melhor,

às exigências de uma sociedad~ em evolução.

Em educação, não adianta pensarmos em soluç~es

7

sem atentarmos para a.filosofia que serve de emoasamento

ao sistema educacional e da escola em particular; é preci­

so também ter sempre em mente as modificações constantes

nas vidas 'das famílias, seu estilo de vida, seus valores,

suas tradições.

P ara que se pos s a de te rminar a, adeq uabi li dade . de

um currículo faz-se necessãrio um estudo cuidadoso de to­

dos os aspectos impor~antes da situação, as condições de

desenvolvimento, os processos, e os resultados, relacionan

do-os com os objetivos propostos.

Indagações como estas: 1) que tipo de profissio­

nal (especialista de educação) necessita a sociedade amazo

nense?:2) que tipo de formação vem oferecendo a Faculdade

de ~ducação da Universidade do Amazonas, a esse profissio­

nal? 3) que alterações devem ser efet~adas para o real a­

tendimento is necessidades dos especialistas?, foi o que

nos levou a realiza~ão deste trabalho, ou seja, avaliar a

adequação do currículo do Curso de Pedagogia (habilitação

em Adminis~r~ção Escolar e Orientação Educa~ional) tendo

por.base o estudo da literatura existente e dados coleta -

dos em Manaus-Amazonas, dados estes que servirão como ele­

mentos pàra uma possível reformula9ão do currículo adotado,

ou uma tomada de posição frente ao trabalho desenvolvido

pelos especialistas em educação, nas duas habilitações es­

tudadas.

1.2 -' OBJETIVO DO ESTUDO

O pres~nte estudo tem como objetivo analisar a

formação profissional e as condições reais de atuação dos

especialistas em educação

Orientadores Educacionais

Administradores Escolares e

formados pela FACED-UA,e atuan

do nas Escolas Esiaduais de 19 e 29 graus, da cidade de

Manaus-Am.

"Especir;tlistas de educação - o membro do Magisté-

8

terio que, atuando a nível de Macro-educação, Central ou re

gional, desempenha atividades de assessoramento, adminis -

tração, planejamenio, orientação, coordenaçio, atendimento

e acompanhamento p~icolEgico nos campos educacional e clí­

n·ico, inspeção e supervisão". 1 o

o ponto central de nosso trabalho foi \ verificar

se o currículo adotado pela FAC~D-UA, atende ãsnecessida­

des dos especialist.as, em educação - Adm. Esc. e O.E. pois,

e do conhecimentQ de todos que estão envolvidos no proces­

so educacional, a necessidade desses profissionais no âmbi

to de escolas e sistemas escolares.

Foram as Escolas Normais as primeiras agências

formadoras de profissionais da educação; e a partir da de­

cada de 1930, que surgem as Faculdades de Filosofia cuja

atribuição era a formação de recursos humanos para a tare­

fa de educaçio.Em geral, ·os administradores eram, salvo

~ raros normalistas, profissionais liberais e religiosos atu

ando no magisterio.

A Orientação no Brasil, tem início em 1924,nó cam

po ~specífico da Orientação Prófissional.

Grinspun (1979), apresenta um exaustivo estudo so

bre a implantaçio e avanço da Orientaçio Educac~onalno

Brasil, desde os trabalhps de Roberto Mange, Henri Pieron

e sua esposa, no Liceu de Artes e Ofícios de são Paulo,ate

a Lei n9 56~2/7l.11 • 1.

Segundo o Pe. Chabassus (1976), e em são Paul~~m

1945, na Universidade Católica de Campinas que e criado o

primeiro curso d~ Orientação Educacional em nível superio~

constando das seguintes disciplinas:

1. Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Edu--caça0

2. Psicologia Educacional (do Adolescente)

3. Biologia Educaci~nal

9

4. Administração Escolar

5. Teoria e Prática da Orientação Educacional. 12

A Lei Capanema (1942) fazia referência a Orienta­

ção Educaeional nas escolas secundirias, mas nos artigos

80, 8le 82 que tratavam do a~sunto, nao previram nem quem

exerceria a função, nem qual a for~ação que seria exigida p.!

ra o candidato ao provimen~o do cargo.

Visando atender as necessidades de qualific;ação

para o trabalho a ser ~esenvolvido nas escolas, a Lei n9

5540'de 28/11/1968, determina que os cursos de Pedagogia

proporcionem a formação bisica e profissional' aos profess~

res de 19 e 29 graus, e dos diversos especialistas na irea

da educação, atravis das habilitaç~es: Administração Esco­

l~r~ Orientação Educacional, ~upervisão Escolar e Inspeção

Escolar.

A necessidade da Orientação Educacional foi ofi­

cialmente reconhecida no Brasil em 30/01/1942 com o Decre­

to-Lei n9 4073 - Lei Orgânica do Ensino Industrial - arti- .

gos '50 e 51, que prescr~vem as seguintes funç~es para o

orientador:'

"- -buscar a correçao, encaminham"en to e elevação

das" qu'alidades morais,;

promover a organização e o desenvolvimento de ,

irtstituiç~es escolares, tais co~o cooperativas,

revistas, clubes, etc., crian"do com estas as

condiç~es ,favoraveis a educação social dos es­

colares;

velar para que o estudo e o descanso dos alu-

nos decorram em termos da maior

pedagógica".

conveniência

Cremos que a formação desses profissionais da edu . -caça0 A~m. Esc. e O.E. - deva possuir dois aspectos pri-

mordiais:

19 - a formação de tecnicos de educação que pos-

10

sam realmente colaborar para a melhoria do n{vel do ensino

ministrado nas escolas de 19 e ·29 graus; os egressos cias

Fac~ldades de Edu~açio devem estar aptos a desempenhar as

funções que serio incumbidos na sociedade em que vivem;

29 - a f~rmaçio de uma mentalidade voltada para a

realidade em que vio atuar, ligada às alterações da

moderna, implicando assim em proéesso de mudança da

pria pessoa,. refletindo sobre os demais profissionais

que colaboram.

vida -pro-

com

Todas as Escolas Estaduais de Manaus-Am, possuem

Administradores Escolares (habilitados ou nio) e algumas

possuem em seu quadro Orientado~es Eduea~ionais, atendendo

a Lei n9 5692 de 11/08/1971, que em seu artigo 109 dispõe

sobre a óbrlgatb~iedade da Orientaçio Educacional nas esco

las, bem CGmo o.exerc{cio de suas funções articuladas com

a fam{lia~ professores e comunidade.

Vargas~ analisando a Orientaçio Educacional dian­

te da Lei n9 5692/71, conclui nos seguintes termos:

nA orientação educacional só se exerce efetivame~

te quando ~ estrutura administrativa e pedagógica da esco-· . la está apta para dimensioná-la nos termos de mecanismo bá

sico de integraç~o da ação educativa glo~al.

Fora desta dinâmica. mes~o contando com o apoio

de algumas coordenações de'setores da escola. professores

e aceitação doi alunos. torna-se ela bastante inexpressiva

diante do que deveria realizar".13

Dos ·especialtstas em educaçio, somente o Orienta­

dor Educacional te~ regulamentada sua profissio; esta reg~

lamentaçio deu-se atrav;s da Lei n9 5564/68.

No Estatuto do Magistério, Lei n9 1282 de 17/08/

1978 (Estado do Amazonas), em seu Capitulo lI, § 29, encon

tramos:

~'O Administrador Escolar atuari a n{vel de Micro

e Macro~educ açio, j un t o à admini s t raçio de ens i no, segundo

a sua habilitaçio espec{fica".

11

o parigr~fo V, do mesma Capftulo, diz:

"O Orientador Edúcacional tera por função o'asses

soramento técnico no campo da orientação educacional e vo­

cacional, a,nIvel de macr~-educação, ou o planejamento, a

orientação, acompanhamento, controle e avaliação das ativi

dades do serviço de Orientação Educacional nas Unidades Es

colares".

Tendo em vista as atribuições de Administradores

Es~olares e Orientadores Educacionais pr6postas em Le~ pr~

curamos s~ber se as agências formadoras, no caso em pauta,

a FACED-UA, mantêm definLda e precisa a formação do espe ,­

eialista e se existe uma adequação entre a função e a for­

mação, ou se o Mercado de Trabálho é a instituição formado

ra encontram-se desarticulados.

A Faculdade de Educação deve ser o elemento media

dor entre a regulamentação legal e o Mercado de. Trabalho;

é ela quem deve determinar que tipo de profissional de-seja

formar, que comp~tências deveri possuir no final do proce~

'_o educacional, sem sujeitar-se exclusivamente às exigên-

eias do Mercado de Trabalho ou às leis, nem sempre

veis de atendimento.

~

pass~-

Oliveira (1974), na aula inaugural preferida na

Escola Brasileira de Administração P~blica, refer~-se ao

desempenho das Universidades e escolas isoladas, nos se­

guintes termos: "De fato, uma rápida vista d'olhos nos cur

rículos e-programas de noSsas universidbdes e escolas iso­

ladas tor~a pa~ente que o objetivo primordial i a formaç;o

- eu diria treinamento - do profissional. que o mercado pr~

cisa. A' universidade, em tal conceituação, existe para fa-

bricar um produto de consumo imediato cuja utilidade sera

aferida pelo consumidor. A isso se chamaria em

chã, atender a pedidos ou fabricar sob medida".l~

linguagem

No intuito de chegarmos a um consenso sobre quais

são ou devem ser as atribuições reais e especIficas, e o

que fazem no momento estes profissionais - Administradores

12

Escolares e Orientadores Educacionais - em escolas de 19 e

29 graus, ê que n~s propusemos a levantar dados sobre, on-

de e em que, os recursos humanos da area de educação -sao

mais carentes, em .termos quantitativos' e qualitativos, qu~

iniciativas existem para uma possível solução do problema

por parte da SEDUC-Am e FACED-UA e o qué se pode propor p~

ra a melhora de uma situação então diagnosticada.

Ouvindo os profissionais que atuam nas escolas

pesquisadas e caracterizando tão fiel quanto possível a si

tuação de Adm. Esé. e O.E. em sua area de atuação e rela­

cionando com o conteudo dos cursos de graduação, sua meto­

dol~gta e estagio supervrsionado. e is exigincias da L~i

n9 5692/71, poderemos detectar uma ,possível inadequação

das agências formadoras desses profissionais de educação,

às reais necessidades do sistema estadual de ensino.

1.3 - RIPÔTESES

R1 A maioria dos especialistas em educação (Adm. Esc. e

O.E.), considera o Curso de Pedagogia, como adequado

ã formação dos mesmos, para atuar no Mercado de Traba

lho;

H2 - A maioria dos especialistas em educação (Adm. Esc. e

O.E.) declara ser satisfatEria a metodolo~ia desenvol

vida pelos professores da FACED-UA;

H3 - A maioria dos especialistas em educação (Adm. Esc. e

O.E.) opina que ê adequada a forma.4e avaliação do

rendimento de aprendizagem;

H~ - A maioria dos especialistas em educpção (Adm. Esc. e

O.E.) aponta o Estagio Supervisionado como forma de

operacionalizar os conteudos .teErico-praticos;

Rs - A maioria dos especialistas em educação (Adm. Esc. e

O.E.) afirma que o curso prepara para o atendimento ã realidade social.

13

.. REFERRNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. BRASIL. Senado Federal. Comissão de Educação e Cultura.

Projeto de Eduoaç50. Tomo I. Bras{lia,. 1978.

2. SILVA, Eurides Brito da. & ROCHA, A.B.da Silveira. A Es

oola de 19 grau, S~ ed. Rio de Jan~iro, Bloch, 1978.

3. BRASIL. Senado Fed~ral, op. cito

4. PORTELLA, Eduardo. "Por uma melhor d~stribuição da cul­

tura". Entrevista a Irineu Guimarães. Revista Manohe

te, nQ 1.450, Rio de Janeiro, 2 fev. 1979.

5. FREIRE, Paulo. Eduoaoion e Cambio. Edítiones Busqueda.

Br. As. 1976.

. • I a 6. SPERB,Da1ila C. Problemas gerais de ourr~ou o, 2. ed.,

Porto Alegre, Globo, ju1. 1972.

7. GEISEL, Ernesto. Entrevista ao Jornal do Brasil, de 16/

. 02/78.

8. BOLETIM CINTEFOR, ~Q 31 (Ene~o/Febriero, 1974).

9. ROGERS, CarI. "Um novo objetivoeducacionah um clima p.!

ra a mudança",.S~ parte. Cap.lS. Liberdade. para A­a

prender, 4. ed. Bela Horizonte, Interlivros, 1977.

10. AMAZONAS. Secretaria de _Educação e Cultura. Lei nQ 1282,

de 17 de agosto de 197a, Estatuto do Magistirio P~ -'blioo do Estado do Amazonas, art. 2Q, § 11, Manaus,

ago. 1978.

11. GRINSPUN, M{rian P.S.Z. "Orientação Educacional: um im­

perativo da lei ou da necessidade de fato? Rio de Ja

neiro, Fundação Getúlio Vargas, Revista Forum Eduoa­

oional, nQ 2(3), abr./jun. 1979.

12. CHABASSUS, Pe. Henri. A formaç50 do Orientador Eduoaoio

nal, antes e depois do'Pareoer 252/69: a situação no

14

.. Estado' de são Paulo. são Paulo, Ed. Loyo1a, ·1976.

13. VARGAS, Nazira O .. Orientação EducacionaZ diante da Lei

n9 ~692/71. T~xto mimeografado (SNT).

14'. OLIVEIRA, Evaldo Macedo de."Ínstituições de ensino supe , -

rior: centro de exce1incia acadimica ou fibrica de

profissionais?"In: Revista de Administração PúbZica,

Rio de Janeiro, Fundaçio G~t~lio Vargas, abr./jun.

1974.

15

2 REVISÃO "DE LITERATURA

2.1 - FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Em uma retrospectiva histôrica sobre Faculdade de

Educação. Campos (1971). nos diz que e em são Paulo, em

1901, na Ordem dos Beneditinos que surge a primeira "Facul

dade de Filosofia, Ciências e Letras de são Bento e Insti­

tuto de Educação anexo", com o objetivo de preparar profe!. -sores para os estabelecimentos mantidos pela Ordem; nao se

pensava ainda na existência de um profissional preparado

adequadamente para assumir a dire~ão das escolas, e como

solução, a ádministração das mesmas, era entregue a um de

seus professores. l

Mais tarde nos Institutos de Educação antigas

Escolas Normais - em diversa~ 'capitais do paIs, atraves de

cursos "pôs-normàis formavam-se o Diretor de Escola Prima -

ria e o Orientador Pedagógico (este ~ltimo se transforma­

ria depois, no atual Supervisor Escolar).

De acordo com Grinspun (1979), "Em 1964, tem in!­

cio no Instituto de Educação do Rio de Janeiro, o primeiro"

curso de orientadõres educacionais para o ensino primário,

cuja turma formou-se em dezembro de 1966".2

. Este curso funcionpu ate 1972, e. seu curr!culo

obedeceu ao disposto no Parecer 374 (CFE, 1962) ate restru

turar-se para se enquadrar nos dispositivos do Parecer n9

252 (CFE,1969) para o Curso de Pedagogia.

O curso tinha a duração de 2.200 horas e permiti~

lhe o reconhecimento pelo Conselho Federal de Educação e o

registro dos profissionais por ele formados.

Com a Lei 5692/71, foi o mesmo considerado curso

de curta-duração.

Estes cursos (pôs-normais) desapareceram a partir

da Lei n9 5540 de 28 de novembro de 1968, que em seu art.

30 diz: " .. ~ não podem mais subsistir cursos pós-normais;

16

ter~o que alçar a nível su~erior ou desaparecer".

Somente a partir de 1934. com a criação da Facú1-

dade de Educação do Distrito Federal, caracterizada por

Anisio Teixeira (1969), como "escola de ciência aplicada e

da pritica profissional". ~ que se começou a vislumbrar o

surgimerttodos proviveis t~cnicos d~ educação, pois a Fa­

culdade previa a formação de:

"- professores de ensino primirio e de ensino se­

cundirio;

administradores e ori~ntadores".3

Segundo Sucupira (1973). "Fundada em 1939. a Fa­

culdade Nacional de Filosofia, Ciências é Letras, inc1uia

uma seção de Pedagogia encarregada da formação pedagógica

dos professores de ensino secundirio e normal,

T~cnico em·educ~ção".4 e do então

Embora com finalidade tao ampla, as primeiras Fa-

cu1dades somente conseguiram formar professores; a falta

de pessoal qualificado, a falta de recursos para insta1a­

ç~es· e equipamentos adeq~ados e bibliotecas deficientes fo

ram alguns aos responsiveis pela não consecução dos objeti

vos a que se propunham realizar.

2.2 - A FACULDADE DE FILOSOFIA DO AMAZONAS

Para que o sistema educacional possa dar atendi-.

mento adequado às suas necessidades, o fator de maior im-

portância ~ a preparação de recursos. humanos.

Diz Almeida (1967), que "Sistema Educacional es­

tritu 8en8u~ i o que reune instituiç~es e atividades pre­

cipuamente educacionais a saber:

1. o sistema escolar, ou tradicional sistema esco

lar formal;

2. o sistema paraescolar de treinamento e difusã~

3.· o sistema de investigação e cultura enquanto

17

produtwr das matrizes' culturais da educação".5

Para Campos (1959), "Sistema educacional e o con­

junto de instituições existentes em determinada area, ofere

cendo oportunidades educacionais, com ar~iculação progressi

va entre si, caracterizando-se por uma organicidade estrutu

ral e funcional".6

Com o objetivo de preparar docentes quantitativa e

qualitativamente adequados, e que foi criada a Faculdade de

.Filosofia do Amazonas, atraves da ,Lei n9 71, de 28 de setem

b r o de. 1 95 "9. A F a cu 1 da de d.e F i los o f i a e s t a v a sub o r d i n a d a p.!!.

ra efeitos administrativos i Secretaria da Educação e Culiu

ra, de acordo com o art.69, da Lei n~ 108, de 23 de dezem­

bro de 1955, devendo sua atividade didatica enquadrar-~e na

legislação federal aplicavel ã especie. 7

A Faculdade de Filosofia iniciou sua~ atividades

em 1961, com 3 cursos: Matematica, Pedagogia e Filosofia. . .

o ·currículo do .curso de Pedagogia estava assim or-

ganizado:

l~ serie: - Complementos de Matematica

História da Filosofia

Sociologia·

Fundamentos Biológicos da Educação

Psicologia Educacional

2~ serie: - Estatística Educacional

História da Educação

Fundamentos Sociológicos da Educação

Psicologia Educacional

Administração Escolar

3~ serie: - História da Educação

Psicologia Educacional

.Administração Escolar

E·ducação Comparada

Filosofia da Educação

.. 4~ série: - Problemas Educacionáis da Região Amazônica

Didática Geral; Estágio Supervisionado

M;todos ê Ticnicas ~e Pesquisas Pedag~gicas

Introdução ã Orientação Educativa.

18

A partir de 1965, foi a mesma integrada ã Fundação

Univp.rsidade do Amazonas (F.U.A.) criada.pela Lei nQ 4609-~

de 12.06.62 e instituIdapelo Dec~eto nQ 53.699, de 13 de

março de 1964, que lhe.aprovou o estatuto.

A atual Faculdade de Educação, ~antim o curso de

Pedagogia, com as seguintes habilitações profissionais:

Administração Escolar

Orientação Educacional

Supervisão Escolar

Inspeçã? Escolar.

De acordo com o Parecer 45/72 do CFE, "Habilitação

Profissional; o resultado de um processo por meio do qual

uma pessoa se capacita para o exercIcio de u~a profissão .ou

para o desempenho de tarefas tIpicas de uma ocupação".8.

A ação educacional da FACED-UA, dirige-se fundame.!!,

talmente para a formação de especialistas de educação, po­

r;m não encontramos nos objetivos dos cursos estudados (Ad­

ministração Escolar e' Ori 7ntação Educacional), um direcion~

mento dos ensinamentos dados para a execução de funções es­

pecIficas dos egressos dos referidos cursos, da forma como

são des.envolvidos os conteúdo.s, das diversas dis·ciplinas.

Transcreveremos a seguir os objetivos de alguns

Planos de Curso da FACED-UA, que conseguimos obter:

·1 - Disciplina: Administração Escolar

Ano

S;rie

1970

2~

"~evar o aluno a conhecer de modo geral a Teoria

Administrativa, ressaltando a importância do seu conhe­

cimento para uma atuação eficaz na sua futura vida pro-

19

fissional.

I.eva r o a 1 uno ã ob s ervação, anã 1 i s e e apre ci aç.ão

crítica dos principais problemas educacionais do Brasil.

Levar o aluno a analisar os aspectos da formação,

treinamento e aperfeiçoamento do Administrador Escolar.

Criar hãbitos de pesquisa e organização".

2 - Materia: Administração da Esco~a de 29 grau

Ano : ·1974 ,,*. •

Ser1e . . . .... "Identificaçio dos objetivos da Escola de 29 g~au.

Conhecimento dds elementos que constituem a ~stru­

tura administrativa da escola.

Conscientização do pape~ do administrador como lí­

der e dinamizado r do processo educacional.

3 - Disciplina: Princípios e Metodos de Orientaçio Educacio

nal

Ano 1979

a) "Levar o aluno a fundamentar-se e posicionar-se

em relação ã Orientação Educacional, compreendendo-a no

contexto da educaçio;

b) Levã-lp a co~hecer~se melhor, a situar-se. em

termos vitais, a refletir sobre sua pr~pria

de homem e sobre seus valores;

-concepçao

c) Nele desenvolven uma atitude crÍ"tica que facili

te o seu cre~cimento pessoal e profissional;

d) Colocã-lo em contacto com proc~dimentos, tecni­

cas e formas de atuação do Orientador Educacional".

4 - Disciplina: Orie~taçio Educacional I

Ano 1979

"Definir a Orientação Educacional no processo edu­

cacional fornecendo aos estudantes um panorama geral do

seu engajamento nesse processo. Definir os elementos in

tegrantes do SOE e suas respectivas funções. Caracteri­

zar a ~rientaçio Educacional no ensino de 19 grau e sua

atuação .diversificada entre as quatro series iniciais e

20

...

as quatro' séries finais. Capacitar os estudant~ a ela­

borar planos de ação do SOE, sua execução e avaliação.

Capacitar os estudantes ao emprego de técnicas adequa­

das i clientela e sua respectiva adaptação e seleção.

Oferecer subsídios aos estudantes sobre a organização

do SOE nas Escolas de 19 grau".

5 - Disciplina: Orientação Educacional 11

Ano : 1979

"Definir ~ Orientação Educacional no processo edu­

cacional fornecendo aos estudantes ~m panorama geral do

engajamento da O.E. ao processo educativo global. Defi-

nir os elementos integrantes da O.E. no ensino de 29

grau, sua~ respectivas funções. Oferecer subsídios cap~

zes ,de proporcionar aos estudantes condições para e1abo

rar planejamentos de acordo com as necessidades e a rea

1idade de cada'Esco1a, adaptando-os. is necessidades re'­

ais. Proporcionar condições que possibilitem aos estu -

dantes um~ atuação dinimica na O.E. situando-se como o

elemento, responsivel pela integração entre os mais di­

versos setores da Escola, a famf1ia, a c~munidade e a

empresa. Oferecer subsídios para a sistematização do

processo de sondag~m e avaliação dos interesses, apti­

dões e habilidades dos orientandos tendo em vista a O­

rientação Vocaciona1 dos mesmos. Emprego de técnicas ~­

dequadas aos alunos d~ 29 grau. Treinar, através do es­

tudo, ani1ise e debates de situações, possibilitando u­

ma visão maior da situa~ão do Orientador e da Orienta-. ,

ção Educacional re1acionad~s a atuação do O.E. e o ori-

en'tando.

6 - Disciplina: ~rientação Vocaciona1

Ano 1979

a)- "Reconhecer a necessidade da orientação educa-

ciona1 e vocaciona1 como parte integrante do processo

educativo, a fim de que o adolescente possa realizar u­

ma escolha profissional adequada as suas aptidões e in­

teresses pessoais.

21

b)~ Tomar consciência da necessidade de um embasa

mento cientIfico is medidas de personalidade e aptidio

como fator primordial para a execução de

significativo e válido.

c)- Compreender as bases teóricas da

Vocacional e profissional.

um trabalho

Orientação

d)- Reconhecer a importância do planejamento e d~

senvolvimento dos programas de orientação

na Escola".

vocacional

O currIculo a~otado pela.FACED-UA, atende ao

mo exigido pelo CFE e em parte, corresponde às atividades

desenvolvidas pelos dois tipos de especialistas nas diver

sas escolas de J9 e 29 graus, e esti a exigir modificaç~es,

quer quanto ·aos conteudos, quer na metodologia empregada

e .mai s ainda, t r,ans f ormaçõe s acen tuad as no Es tigi o Supe rvi

sionado.

Observa-se que a FACED-UA, parece estar colocada

como entidade à parte, desvinculada das necessidades da co

munidade, trazendo assim pouca ou quase nenhuma contribui­

ção ã evolução econômica~social em que está inserida; seus·

programas, traduzem conhecimentos, necessários mas nao su­

ficientes, e que são apenas acumulados pelos alunos, sem

apresentar transformaç~es de comportamento.

Esta c~nstatação poderá ser feita sobre os resul­

tados da pesqulsa efetuada, atravis das crIticas emitidas

sobre o curso, estágio supervisionado, e ã falta de pesqui

sas sobre as atribuiç~es de Adm. Esc. e O.E. na cidade de

Manaus, bem como a falta de entrosamento (assessoramento)

entre a FACED-UA e á SEDUC-Am.

~ de fundamental importância, que o trabalho de­

senvolvido numa Faculdade de Educação, assegure uma prepa­

ração efetiva dos alunos, proporcionando adequado desempe­

~ho profi~sional quando em atu~ção no Mercado de Trabalho.

O currIculo atual, em vigor no curso de Pedagogia

22

OI

que habilita Adm. Esc. e O.E. está assim estruturàdo.O Pri

meiro Ciclo do curso, de acordo com a Resolução n9 02/76

do Conselho Universltário da U.A., tem a duração de um pe~

ríodo letivo e compreende as seguintes disciplinas obriga­

tórias com os respectivos creditos:

Língua Po~tuguesa I 5 creditos

- Introdução ã Filosofia - 5 creditos

- Sociologia I 4 creditos

Psicologia Geral I - 4 creditos

Metodologia do Estudo - 4 c~editos

Total........ 22 creditos

"Art; 39 - A obtenção dos creditos nas discipli -

nas do Primeiro Ciclo, ,ê condição para matrícula em disci­

p1i,nas do Ciclo Profissionalizante".

A Resolução n9 10(76 (Anexo I)' do Conselho Univer­

sitário da Universi~_ade do Amazonas, "Fixa o .currículo pl~

no do curso de Graduação em Pedagogia", diz o seguinte:

Art. 19 - O Curso de Graduação em Pedagogia" de

que 'resultará o grau de Licenciado, terá, incluindo o 19

ciclo, a duração ,de duas mil, duzentas e trinta e cinco

(2.235) horas/aula, a serem integralizadas no mínimo em

três (3) e no máximo em sete (7) anos letivos.

Art. 29 - Para obter o grau de Licenciado em Peda-..... .,. . gog1a, o aluno devera perf?zer, no m1n1mo, cento e quaren-

ta e nove (149) creditos em .disciplin'as obrigatórias, opt.!:

tivas' e em estágio supervisionado.

Art. 39 . . . . Art. 49 - são as seguintes as disciplinas do currí

culo pleno do Curso de Graduação em Pedagogia (ver quadro

n9 1).

Art. 59 . . . . Art. 69 Para as habilitaç~es em Administração

23

Escolar, Inspeçio.Escolar e Supe~visio Escolar, para exer­

cicio nas escolas de 19 e 29 Graus, .crescenta~-se-io d~­

zessete (17) creditos, correspondentes a duzentos e cin­

quenta e cinco (255) horas/aula, referentes a disciplinas·

optativas. (Ver quadro 2).

Art. 79 - ~ara a habilitaçio em Orientaçio Educa­

cional acrescentar-se-io doze (12) creditos, corresponden­

tes a cento e oitenta (180) horas/aula, referentes a disci

plinas obrigatórias. (Ver quadro 3).

§ 19) As·disciplinas optativas constarao de

§ 29)

lista ~laborada pelos Departamentos,com

a aprovaçio do Colegiado de Curso. (Ver

quadro 4).

. . . . Art. 89 - A prática das atividades corresponden­

tes às várias habilitações, sob a forma de estágio superv1.

sionado, compree~derá quatro (4) criditos, correspondentes

a sessenta (60) horas/àula de trabalho efetivo.

Art. 99- A Educação Física, sob a forma de práti

ca desportiva, corresponderio dois (2) creditos, equivale~

tes a trinta (30) horas/aula.

OE.tãgio Supervisionado, está regulamentado, atra

ves da Resolução n9 lO-A/76, do Conselho Universitário da

Universidade do Amazonas. (Anexo II)~

QUADRO 1

• Núcleo Comum

Disciplinas obrigaterias

, Prê- Crê- Hora/ Código Disciplinas requi- ditos aula

sito

Discipiinas Obrigaterias

Núcleo Comum

FEF 012 Psico10gia,da Educação I FEF 011 4 60

, FEF 022 Psicologia da Educação 11 . FEF 012 4 60

FEF 032 Psicologia da Eduqação 111 FEF 011 4 60

FEF 014 Filosofia da Educação I IHF 011 4 60

FEF 024 Fi 10 so fia da Educação 11 FEF 014 4 60

FEF 016 Histeria da Educação I 4 60

FEF 026 Histeria da Educação 11 FEF 016 4 60

FEF 015 Sociologia da Educação I INS 011 4 60

FEF 025 S o c-i o 1 o g ia da Educação 11 FEF 015' 4 60

FEF 129 Bi010giaEducaciona1 4' 60

FEA 012 Estrutura e Funçionamento do

Ensino do 19 Grau 4 60

FEA 022 Estrutura' e Funcionamento do

Ensino de 29 Grau 4 60

FEA 013 Legislação do Ensino I 4 60

FEA 119 Ensino Supletivo 4 60

FET 126 Medidas Educacionais I FEA 017 4 60

FET 011 Didática I FEF 022 4 60

FET 021 Didática 11 FET 011 4 60 .. FET 126

IEM 001 Complementos de Matemática e

Estatística 4 60

FEA 017 Estatfstica Aplicada "- Educação IEM 001 4 60 a

FEA 018 Problemas Educacionais da Re-.- Amazônica 4 60 g1ao

IHS 113 Estudo de Problemas Brasilei-

ros I 1 15

, IHS 123 Estudos de Prob1emas·Brasilei-

ros' tI 1 15

T O T A L 82 1.230

Código

FEA 132

FEA 014

FEA 024

FEA 023

FET 016

Código

FET 136

FET 009

FET 019

FET 127

FEA 226

FEF 017

. QUADRO 2

Habilitaçio em Administraçio.Escolar

Disciplinas obrigatórias

Pre-Disciplinas requi-

sito

Princípios e Hetodos de Admi-

nistraçio Escolar

Administração da Escola de 19

Grau FEA 132

Administração da Escol~ de 49

Grau FEA 132

Legislaçio do Ensino 11

Currículos e Programas

T O T A L

QUADRO 3

Habilitaçio em Orientaçio Educacional"

Disciplinas obrigatórias

Pre-Disciplinas requi-

sito

Princípios e Hetodos de Orienta - Educacional çao FEF 022

Orientaçio Educacional I . FET 136

Orientação Educacional 11 FET 009

Orientação Vocaciona1 FET 022

Medidas Educacionais 11 FET 126

Aconselhamento Psico-Pedagõgi

co FET 009

FEF 032

T O T A L

2S

Cre- Hora/ ditos aula

4 60

5 75

5 75

4 60

4 6"0

'104 1.560

Cre- Hora/ ditos aula

4 60

4 60

4 60

6 90

4 60

5 75

109 1. 635

26

• QUADRO 4,

Disciplinas optativas

Pre- Cre- Hora/ Código Disciplinas ·requi- ditos aula

sito

FEF 027 História da Educação Brasilei

ra FEF 026 4 60

FEF 021 Psicologi.a Geral II FEF 011 4 60

FET 067 Adap tação e Inadap tação Esco-

lar FEF 032 4 60

FET 077 Educação do Excepcional' FEF 032 4 60

FET 027 Dinâmica de Grupo 4 60

FEA 046 Introdução ao Planejamento

Educacional I FEA 017 4 60

F1!A 126 Economia da Educação I 4

Como se pode observar, a formação profissional em

Administração Escolar e Orientação Educacional e realizada

atraves de um curriculo sobrecarregado de disciplinas que

são comun~ a todas as habilitaç~es.

Fazendo uma análise sobre a formação de Adminis­

trador~s Escolares, Andrea (1978), assim se pronuncia: ·"0

ensino nos cursos que se propõem a formar administradores

escolares apresenta. na atualidade, uma.pulverizaç~o de co

nhecimentos teóricos. uma vez que oferece ao alunado. um

excessivo número de disciplinas. capazes de impressionar . pelas PQmposas ementas. mas cujos conteúdos ministrados em

períodos de poucos meses, n~o per~it8m uma boa sedimenta­

çao de conhecimentos e um embasamento sólido ao profissio­

nal que pretende formar".'

Martelli (1979), em uma conferência sobre "Forma--çao dos Administradores Escolares para os anos 80", afirma

que a mesma deveri fundam~ntar-se, dentre outros, nos se-

27

.. . guintes pontos:

1. A escola e uma instituição em mudança. A form.!,

çao do administrador não deve ter em vista a instituição

e~colar existente~ mas a que pode e deve existir. para me­

lhor atender is necessidades sociais.

2. Nos anos 80 persistirã. e poderã mesmo agrava~

-se~ o problema di carincia de r~cursos para a educação. O

administrador deve ser preparado para conviver com

problema.

este

3. A decsda de 70 nao foi capaz de utilizar as a­

berturas da Lei 5692. no sentido de melhor adaptação da es

cola i realidade: instrumentos tais como"a intercomplemen-

taridade. a matrícula por disciplina, e outros -nao foram

suficientemente aplicados. O administrador escolar dos a­

nos 80 deve ser capaz de f.azi-lo".! o

Arroyo (1979), sugere para a formaçã·ó dos Adminis

tradores "que sejam introduzidas nos currículos de forma­

ção ~e administradores da educação discipli~as que mos.trem

a fdrmação econ~mica, social e ~olrtica da Ameri~a Latina

e de cada país em par~icular. e que seja introduzida uma

disciplina que di embasamento teorico para uma anãlise da

polrtica. do papel do Estado e da administraçãQ p~bliea

nesse processo de formaç~c de cada país e particularmente

a dimensão política dos processos administrativos".!!

Para ó autor, há um.aj

relação íntima entre políti­

ca~ administração publica e administração da educação, ra­

zao pela qual apresenta a sugestao acima.

28

REFERtNCIA BIBLIO~RÃFICA

1. CAMPOS, Paulo de Almeida. A Faouldade de Eduoaç~o na

atual estrutura universitária. Faculdade de Educa -

ção da Universidade Federal Fluminense, 1971.

2. GRINSPUN, Mírian P.S.Z., op. ~it.

3. TEIXEIRA, Anísio. IIEscolas de Educação ll• In: Revista

Brasileira de Estudos Pedagógioos~ vol. 51, abr./

jun. 1969.

4. SUCUPIRA, Newton. IIUniversidade e a Reforma do Ensino , de 19 e 29 Graus". Dooumenta. n9 155, out. 1973.

5. ALMEID.A, Rômulo de. IIPrograma educacional num país en

processo inicial de desenvolvimento". In: Revista

Brasileira de Estudos Pedagógioos~ n9 105,vol.XLVI~

jan./mar.· 1967.

5. CAMPOS, Paulo de Almeida. "Administração Escolar ll SENAC

Dep. Nacional - Serie: Formação de Téonioos~ Vol.V,

Rio de Janeiro, 1959.

7. NOGUEIRA, Wa1ter G. IISinderese sobre a Faculdade de Fi

losofia do Amazonas", Manaus, Ed. Sergio Cardoso &

Cia. Ltda., 1962.

8. BRASIL. Conselho Fede.ral de Educaçã9. Parecer 45/72.

9. ANDR~A, Cl-arice Barroca. Efioáoia interna e efioáoia

externa dos cursos de Pedagogia que habilitam em Ad

ministração Esoolar e/ou Eduoaoional. Tese de Mes -

trado. Rio de Janeiro, FGV/IESAE, 1978.

10. MARTELLI, AnitaFavaro. Formação de Administradores Es

colares para os anos 80. Conferência pronunciada no

I Congresso Interamericano de Administração da Edu-. . cação .• Brasília, .10/14 dez. 1979. Texto mimeogr.

29

11. ARROYO, Migue~ Gonza1ez. Potttica~ Administração Públi

ca Polttica~ Administração da' Educação. -Conferência

pronunciada no I Congresso Inte~americano de Admi -

nistração da Educação. Brasília, dez. 1979. Mimeog.

30

2 •. 3 - -OADMINrsTRADOR ESCOLAR~- O DIRETOR DE ESCOLA

A Administração Escolar, desenvolvida como ativi-.-

dade profissional por elementos especialmente preparados e

muito recente no sistema educacional brasileiro.

As primeiras tentativas para a elaboração de teo­

rias da Administração Educacional, são realizadas a partir

de 1950, nos Estados Unidos; antes disso, a administração

educacional buscava sua fundamentação na Administração Ge­

ral.

. A Administração Educaci~nal no Brasil, apresenta-

se em duas fases distintas:

l~ - há uma inteira dependência das teorias' da

Administração Geral.

Os teóricos desta fase -sao: nos Estados Unidos,

Fayol e Tajlor; no Brasil, temos: Carneiro Leão'e Antonio

da Silva Ferreira,na dicada de 30, e Quirino Ribeiro, Lou

renço Filho e Rui de Ayres Bello, na dicada de 60.

2~ - há identidade entre Administração Geral e Ad

ministração Educacional.

Esta identidade e realizada através do conjunto

de operaçoes propostos por Fayol, atravis das ~eguintes a­

tividades desenvolvidas em qualquer organização escolar:

- Operações técnicas relacionadas ã distribul--çao de material e do pessoal;

- Operações financeiras ligadas ã economia de

recursos para o máximo de produção;

Operações de segurança ~ de todos os elementos

da escola, ou seja, professores, .funcionários e alunos;

Operaçõei de contabiZidade - referentes ao cui-

dado do material e ao conhecimento exato de tudo quanto

existe;

-- Operações administrativas - mani fes tas na capa-

31

cidade de prever, organizar', dirigir, colaborar, coordenar

e controlar a efi~iência e eficá~ia do trabalho realiza

do".1

Para Quirino Ribeiro, citado por Santos Filho et

alii (1979), a identidade entre Administraç~o Geral e Admi

nistraç~o Educacional dã-se em três aspectos: nos fundamen

tos, nos princípios ~ nos objetivos da administraç~o.

A primeira tentativa de e1aboraç~o de uma teoria

de Administraç~o Educacional, foi realizada por Mort, ~m

1946, aux~liado por'Dona1d Ross; a segunda foi feita por

'Sears~ em 1950; a terceira foi realizada pelo Programa Co­

operativo em Adrninistraçio Educacional (CPEA , Cooperative

Program in Educationa1) em 1955; a ,quarta, cujos princi­

pais representantes sio: Griffiths e Getze1s.

Os estudiosos da Adminis~raçio Educacional buscam

ainda, através de estudos e pesquisas, elaborar,

que melhor fundamentem seus trabalhos.

teorias

A Administraçio Educacional, procura definir-se co

mo profiss~o e,embora possua um corpo de conhecimentos, ca.!..

cado em obras e teorias de outros países, aos poucos rece­

be contribuiç~o dos brasileiros, através de 1iv~os, teses

de mestrado e dotitorado.

A Administraç~o Educacional é reconhecida pub1ic~

mente através dos cargos de Administrador Educacional, no

serviço publico.

Em vários estados brasileiros, já existem em fun­

cioname~to Associações, congregando profissionais da Admi­

nistraçio Educacional, e a nível nacional, existe a ANPAE,

fundada em 1962 (Associaçio Nacioriai de Profissionais de

Administração Educacional).

No momento a Associaçio dos Administradores Educa

cionais do Rio Grande do Su~ (ADERGS) elabora o côdigo de

etica dos administradores educacionais.

Para Kertész (1979), o administrador educacional

32

deve ser capaz ni~ s~ de aplica~ seus conhecimentos, mas

tambim de aplici-los de modo itico, o que 'se constitui uma

de suas atribuições mais difíceis".2

Diz a autora que a ética profissional deveri cons

tar nos conteúdos dos cursos de formaçio de administrado -

res educacionais.

o Administrador Escolar é o principal responsivel

pela estrutura, organização e desenvolvimento das diversas

atividades educativas nas escolas de 19 e 29 graus; i o e-

lemento que recebeu preparação específica para

ra~6 bem definido, dele e~igindo~se qualidades

mentos para o bom desempenho da fun~ão.

atuar num

e conheci-

Para Alonso (1978), "o administrador deve ser vis

to como aquele que "toma decisões", "organiza", "planeja"

e "supervisiona" todo o trabalho ~ealizado na escola".3

Embora .considerado como elemento necessitio - ao

sistema ed~cacional, o Administrador Escolar e particular­

~~nte o·Diretor de Escola, s~ muito recentemente (com a Re

forma Universitária) passou a receber formação especial,em

cursos de graduaçio nas Faculdades de Educaçio; antes, sua

formaçio era o treinamento em serviço ou realizada atravis

dos cursos "p~s-normais", mantidos por Institutos de Educa -çao.

Dias (1971), citado por M.Alonso, fazendo uma re­

trospectiva hist~rica sobte a função de'Diretor, e compa­

rando a realidade educacional americana à brasileira,o faz

nos seguintes termos:

"Historicamente talvez p~ssa ser demonstrado que

a funç;o de diretor evoluiu a partir da funç;o docente~ ••• ~

No que se refere às escolas secundárias, parece nao ter

ocorrido no Brasil uma evoluç~o contínua desde o professor

encarregado, por acréscimo, de tarefas administrativas, até

o diretor completamente desJinculado de atribuições docen­

tes. Nos Estados Unidos, porém, de acordo com o testemunho

de autores daquele país, parece ter-se dado este fenômeno( •.. ).

Continua.do nos aspecto~ comparativos da questio,

o autor demonstra que, do ponto de vista de um& perspectf­

va histórica, o aparecimento da funçio.de diretor de esco­

la secundária (pelo menos) se deu a partir da funçio docen

te, isto ê, o diretor nada mais ê do que um professor dife

renciado, um professor que se especializou em funções admi

nistrativas".1+

Consultando a legislaçio oficial pertinente ao a~ 5 sunto, encontramos o Parecer n9 93, e transcrevemos a se-

guir part~ do mesmo, que vem sub~idiar nosso estudo.

CARACTERIZAÇAo DE "DIRETOR QUALIFICADO"

Parecer n 9 93

Lido em 13-6-1962

As exigências que vem fazendo o Ministério da Edu

caça0 para autorizar o exercício nas funç5es de DiretoT de

escolas de gráu médio figuram na Portaria n 9 960, de 20 de

: .Jvembre de 1954, com as modificaç5es nela introduzidas p!::.

lo art.1 9 da Portaria n 9 192, de 17 de Maio de 1957, e na

de n 9 445, de 9de Setembro de 1958, as duas primeiras do

Ministério da Educação e a última do Diretor do Ensino Co­

mercial.

Como as leis anteriores à Lei de Diretrizes e Ba­

ses, êsses três atos administrativos não cogitam de carac­

terizar "Diretor Qualificado". vão transcritos abaixo, nos ;.

pontos que interessam ao assunto que nos cabe estudar:

1 9 - Portaria n 9 960, de 29 de novembro de 1954:

Art. 1 9 - Dos candidatos ao ex;rc!cio da função

de Diretor e da de Secretário de estabelecimentos de

ensino secundário equiparado., reconhecido ou autoriza

do a funcionar, eXigir-se-á prévio registro na Diret~

ria do Ensino Secundário, nos têrmos desta Portaria.

Art. 2 9 - O candidato a registro de Diretor deve-. r~ re~usrê-la à Diretoria de Ensino Secundário. com -

provando capacidade profissional e cultural e condi-

34

çoes pessoai, para o ~x8rctcio da funç~o.

S 1 9 - A prova de capacidade profissiónal sera

feita mediante certid~o de exercício de magistério, por

dois anos, pelo menos, com eficiência e sem nota desa

bonadora, em estabelecimento oficiál ou reconhecido.

S 2 9 - A p~ova de capacidade cultural será feita

por um dos seguintes títulos:

I - Diploma de curso superior, revestido das

11

fôrma1idades legais;

Diploma ou certid~o de conclu~ão de

de seminá'rio maior;

curso

111 ~ Diploma de curso normal de 2 9 grau, de 3

anos, pelo menos, ou equivalentes;

IV - Aprovação em concurso para provimento d8

cargo técnico de ~ducaç~o ou para cátedras

ou docência livre do ensino superior,ou do

ensino médio federal ou equiparado;

V - Exercício, em caráter estável, da função

de inspetor de ensino de gráu médio ou su­

perior, ou do técnico de educaç~o;

VI - Outros títulos que revelem capacidade cul­

tural equivalente, a juízo da administra -

çao.

S 3 9 - A comprovação das condições pessoais

se-á mediante:

far-

a) - Investigaç~o a que procederá a Diret~

ria do Ensino Secu~dário na qual se

verifique não apresentar o candidato

contra-indic~ç~o para o exercício da

função;

b) - Apresentação dos seguintes documentos

referentes ao candidato:

.. I Certificado de registro definitiv~ de pro-

fessor na Diretoria do Ensino

ou certidão de Diretor. por 2

Secundário

anos. pelo

menos. com eficiência e sem nota desabona­

dara. em estabelecimento de ensino público

ou de ensin6 m~dio ou superior reconhecid~

ou ainda exercício. em éaráter estável. da

função de inspetb~ de ensino secundário;

11 - Atestado de sanidade física e mental expe­

dido por serviço médic~ oficial;

111 falha corrida. ou documento policial que a

supra;

IV Atestado de idoneidade moral. firmado por

duas pessoas id&neas que exerçam atividade

relacionada com o ensino;

V Três fotografias 3 x 4;

VI Ques-tionário informativo sabre o candidato.

segundo modêlo oficial'.

2 9 Portaria n 9 192. de 17 de Maio de 1957:

Art. 1 9 •••••. ' ••••••••••••••••••••••••••••.•••••••• 1

Art. 2 9 - Em casos especiais, a juízo da Direto­

ria de Ensino S.ecundário, o exercício da função de O!. retor em novos estabelecimentos de ensino secundário

situados em localidades onde não exista ainda outro

estabelec~mento, pode~á ser autorizado. pelo prazo de

Um ano. prorrogável pot'1gual período, at~ duas ve~e~

a professor inscrito em exames de suficiência e auto­

rizado a lecionar no mesmo estabelecimento. desde que

satisfaça ~ um dos títulos previstos no parágr~fo 2 9

do art. 1 9 da presente Portaria.

Parágrafo único - No caso de nao possuir registro

de professor na Diretoria do Ensino Secundário. o ca~

didato deverá apresentar ainda os documentos seguin -

tes:

36

a) prova de idade minima de 21 anos;

b) qUitação com o serviço militar;

c) prova de identidade.

39 - Portaria n 9 445, de 9 de Setembro de 1958:

Art. 1 9 ......................................... .

Art. 2 9 •••••••••••••••••••••••• ,a ••••••••••••••••

a ............................................. b Indicação do diretor-técnico responsável pelo

funcionamento da escola, juntando 'os seguintes docu -

mentos a ~le relativos:

1 -"Atestado de sanidade física e mental, expedi­

do por serviço médico ofici~l;

2 Falha corrida;

3 Prova de idoneidade moral e social expressa

por um ou mais dos seguintes documentos:

a) Atestado de autoridade jUdiciária, do secre-

tário "de educação ou de diretor do serviço federal,"e~

tadual ou municipal de educação;

b) - Atestado do delegado de policia ou de inspe­

tor de ensino estadual ou federal;

c) Atestado de instituição local de not6ria ido

neidade;

4 Prova de iden~idade;

5 < ...

Prova de competencia representada por um ,ou

mais dos seguintes documentos:

a) - D~ploma do curso técnico de comércio regis­

trado na Diretoria do Ensino Comercial;

b) - Diploma, registrado no Ministério da Educa­

ção e Cultura, do curso superior, expedido por insti­

tuto de ensino do pais ou do estrangeiroJ

c) - Diploma revestido das formalidades legais e

~xpedido por escola normal do País, oficial ou reco -

37-

nhecida, ou do estrangeiro:

d) Certificado do Curso de Seminário Maior R~li

gioso, do País ou do estrangeiro, confirmado e auten­

ticado, num e noutro caso, por autoridade eclesiásti­

ca competente:

e) - Prova de exercício por dois anos, pelo menos,

de direção de estabelecimento de ensino de grau médio,

reconhe~ido por poder público competente:

f) - Prova de exercício, no País. durante Ginco

anos. pelo menos •. de atividade específica relacionada

c.om o ensino. se o diretor-técnico. sendo estrangeiro.

apresentar como prova de capacidade. diploma de curso

feito no exterior.

são os seguintes os dados pessoais. profissionais

e culturais que o candidato deve apresentar:

Nome:

Sexo:

Data do Nascimento:

Nacionalidade:

Naturalidade:

Estado civil:,

Número de filhos:

Residência:

Membrà de Comunidade Rel~giosa:

Qual?

Quando Data de chegada ao Brasil:

estran Carteira modélo 19 n 9 :

geiro: Casado com brasileira? Filhos brasileiros?

Profissões ou atividades exercidas nos últimos 10

(dez) anos. com indicação dos locais e períodos:

Atividades exercidas atualmente:

Os três documentos apresentados (contidos no Pare

cer n99~) nada traduzem quanto i competência necessiria -

em termos dequalificaçio ou formaçio especial - a um dire

t o r :d e e s c o I a •

38

Na sociedade atual, a escola passou a assumir uma

multiplicidade de funções, e o administrador escolar vê··se

frente ao maior dos desafios que ê a "formação integral da

personalidade humana", art. 19, letra "d"~ da Lei n9 4024,

de 20 de dezembro de 1961.

Martelli, cita alguns problemas que certamente

crescerao em grau e intensidade, 'e que são tambem enfrent~

dos pelos atuais diretores de escola. "O aumento da popul~ -çao em idade escolar, a complexidade crescente da estrutu-

ra da escola, a escassez de recursos financeiros, ou a ina

dequada aplicação dos ~esmos, a f~lta de formação condizen

te e a- prEpria mudança constante de necessidades sociais',6 -sao alguns deles.

NaS atribuições do Administrador Escolar estao in

cluidas f~nções.de organização, administração~ supervisão

ou orientação; não mais se admite que um Diretor de escola

não possua uma base s~lida de educação geral, complementa­

da por uma formação especial.

Em virtude da multiplicidade de tarefas que cabe

a atual escola brasilei~a, a divisão de trabalhos se torna­

cada vez mais necessária, com a finalidade de produzir mais

e melhor, e ê imprescindível que o Diretor de escola traba

lhe em estreit~ cooperação com outros especialistas em ed~

cação, e que tenha uma visdo clara e precisa do processo

educativo, bem ~omo, seja capaz de avaliar as atitudes de

seus auxiliares diretos~ as interações en~re eles, com a

finalidade de apreciar adequadamente o resultado de cada -açao sobre o sistema.

Teixeira (1961), mostrava a necessidade de uma e­

quipe de profissionais, com características e aptidões di­

ferentes, atuando-nas escolas, e, dizia:

"Aquele professor que revela maior capacidade ad­

ministrativa deverá se orientar naturalmente para a espe­

cialização de administrador da escola. Aquele que tem gra~

des ~ualid~des de magist~rio, isto i, as de sobretudo sa-

39

ber ensinar. tranlmitir a ~at~ri~. deve especializar-se p~

r~ ser o supervisor~ ou seja. o prof~ssor de professarei.

que. no "staff" da administração da es<?ola. trabalha para

que m~todos e processos de ensino. melhorem cada vez mais.

E aquele outro professor. que revela singular aptidão para

guiar alunos. para compreender alunos. para entender os

probl~mas dos aluno~. vai transformar-se no futuro orienta

dor".7

Para administrar escola - antes da Reforma Univer

sitiria - a exigincia,fundamentaf, era que o candidato

cargo' fosse tambem profes.sor; sabemos no entanto, que

ao -nao

basta ser um bom professor para ser um bom Diretor. A exp~

riincia de sala de aula e valiósíssíma para o bom desempe­

nho da função, mas, alem de ser um verdadeiro líder, . sua

formação deveri ser mais abrangente, pois sendo o coordena

dor de todo o trabalho educativo,< deveri opinar sobre como

dar uma aula, sobre os objetivos gerais da esc01a, sobre

as funç~esdos div~rsos ~rgãos e sobre as tarefas dos de­

mais especialistas.

Hagman, citado por Abgar Renault, relator 'do Par~

cer n9 93, afir~a: "A Administração. como função profissi~

nal não ~ para todos os professores. Faz as suas eXigên­

cias àqueles que a elá se entregam. O trabalho' administra­

tivo coroado de êxito depende muitíssimo da inteligência e

capacidades. importantes para o cumprimento de deveres que

não são comuns a outras áreas de ensino. Nem todos os pro-

fessores têm o dom das várias atividades que se encontram

na administraç-ão. nem teriam êxito em levá-las a cabo( .... L a

A qualificação como professor e a experiincia no

ensino parecem necessárias para o.ingresso na preparação

profissional mais adiantada que leva no certificado de ad­

ministrador, mas, uma inteligincia e uma capacidade ge­

rais para trabalhar com outras pessoas são preferíveis, em

todos 'os estágios de prepafação, a conhecimentos estrita­

mente especi.lizados, por mais profundos que sejam, e a ha

bilidade e capacidades específicas embora muitas tenham de

40

ser desenvolvidas. durante a preparaçao ou a experiência ja

em serviço.

~ evidente a preocupaçio atual com . a eficiência

dos Administradores Escolares, e em par~icular do Diretor

de Escola; cursos especiais, teses de mestrado e doutorado,

reformas propostas ã estruturação dos cursos, seminarios ,

simpósios, etc., atestam este interesse.

Sobre a ~ormação de Adm. Esc. assim se refere Lou

renço Filho (1976): "A primeira dificuldade na formação de

administradores e especi~listas em organização escolar es­

tã realmente em fazer compreende~ ~s pr6prias instituiç6es

de ensino que essa formação não se ~presenta como simples

disciplinas de cursos pedagógicos. 'mas sim. como vastos dE.

mínios de estudos interdisciplinares que necessita de sub-

sIdios de m~itas fontes. Algumas ~elas pertencem ao domf-

nio da Sociologia Geral. da Economia e Finançasi das Ci~n­

cias pOlíticas. da Administração Pública e do oireito'L•

9

Andréa (1978)~ sobre o mesmo assunto cita J. Que­

rino Ribeiro: Formar administradores "~ proporcionar a al­

guem um conjunto de variados conhecimentos dos quais os de

administração precisam ser o centro. tendo em vista a cap~

cidade de considerar as situaç6es globais para" agir admi -- 1 o nistrativamente em consequencia".

Kertész(1979), fazendo uma analise sobre os cur­

sos que formam administradores, assim s,~ expressa: "Os cur

sos que formam administradores para a ãreaeducacional. em

nível de graduação e de pós-graduação. destinam-se princi-L

palment€ a prover a competincia específica exigida de pro-

fissionais da Administração Educa~ional e. ao mesmo tempo.

a titulação prevista na legislaçã~ pertinente". Para a au­

tora, "Competência específica é, pois, o direito que al­

guem tem de exercer uma profissio, embasado no acervo de

conhe~imentos específicos acumulados em decorrência de es-

d " ...... " 11 tu os e exper1enc1as •

41

Embora muitas críticas tenham sido feita; ao atual

.currículo do curso de Pedagogia que habilita o Administra-o "

dor "Escolar, nio podemos afirmar que a qualidade do ensino

da escola 'amazonense, reside na ma formaçio de seus admi -

nistradores (Diretor de Escola) pois um consideravel nume­

ro de escolas, ainda mantem no exercício da função,pessoal

não habilitado. ~ de se esperar que a atuaçao desses ultimos

seja em grau inferior, aos licericiados, em razão de sua de

satualizaçio pedagógica e provavelmente resistência à mu­

dança, acrescido do descredito junto aos demais profissio­

nais com quem trabalha.

Sobre as exigências legais para a formaçio de ad­

ministradores escolares, a Lei D9 4024/6~ (Lei de Diretri­

zes e Bases da Educaçio Nacional) apenas regulamentava a

f o r"m a ç i o ( P rf~ P a r o ) de d i r e t o r e s - e s ó d i r e t o r e s - d e e s c o

las primarias; pa~a o ensino medio, a "LDB, exigia que o Di

retor fosse "educador qualificado".

~ somente a partir de 1968, que se faz exigência

de iormação em nível superior para os administradores, po­

rem,o Estado de Santa Catarina antecipa-se a essa determi­

naçio, criando em 1963, na Faculdade de Educação, um curso

de Pedagogia com a duração de três"anos, que tinha como ob

jetivos:

formar profes'sores destinados às materias espe­

cíficas do curso normal (19 e 29 ciclos); . .

- preparar em nível J 3uperior, orientadores para o

ensino primario, pesquisadores educacionais e

administradores escolares;

- aperfeiçoar o magisterio, principalmenteadmi -

nistradores escolares de ensino primario, atra­

ves de cursos intensivos.

Embora com a preocupaçio de apenas formar o Adm.

Esc. para o ensino primario, a Faculdade de Educaçio de

Santa Catarina, já se preocupava com a reci~lagem e atuali

42

.. zaçao dos me~mos.

o art. 30 da Lei 5540/68, exige preparo "de nível'

supe ri or" .em duração comp le ta ou em curta duração (a rt. 23

e parágrafos) para o preparo dos administradores, supervi­

sores, inspetores e planejadores destinados a todos os

graus de escolarização.

Sobre o tema em estudo'- assim se expressa Sucupi­

ra (1968): "Aconselha~se que a formaç~o de Administradores

Escolares, Supervisores, Orientadores, etc., seja feita de

preferência em curso de especialização: a nível de pós-gr~ duação, para aqueles que j~ possuem"experiência escola~ no

ensino prim~rio e midio. Futuramente quando a Faculdade de

Educaç~o adquirira grau de desenvolvimento, essa formação

poder~ ser proporcionada em cursos de mestrado e doutora­

do" • 12

Em 1969, com a revisão do currículo do Curso de

Pedagogia, foram estabelecidas habilitações, em re'gime de

licenciatura "curta" ou "plena" propiciando.a formação .do

especialista em educação (Administrador, Inspet~r, Orient~

dor, Supervisor) e de docentes dos cursos de 29 grau.

o Parecer 252/67, aprovado em 11/04/1969, que pr~

põe dar ao Curso de Pedagogia um caráter eminentemente pr~

fissionalizante, determi~a que a Licenciatura Plena em Ad­

ministração Escolar, contenha em sua parte comum, as se­

guintes disciplinas:

Sociologia Geral <l j",

- Sociologia da Educação

Psicologia da Educação

- Histõ-ria da Educação

Filosofia da Educação

- Didatica.

A parte diversificada compreenderá:

Estrutura e Funcionamento do Ensino de 19 e 29

graus

Princípios e M~todos de Administraçio Escolar

Estatística Aplicada ã Educaçio.

43

Sugere ainda várias disciplinas, que poderão cons

tituir as matirias complementares, e determina que o esti-,

gio supervisionado, em caráter obrigat~rio, deverá corres-

ponder a 57., no mínimo, da duraçio fixada para o curso,que

~ de 2.200 horas. 13

No Re1at~rio do Grupo de Trabalho para a Reforma

do Ensino de 19 e 29 graus, em seu art. 61, lê-se: "iriexis

tindq profissional regularmente p~eparado para assumir a

direçio de uma escola, permitir-se-i que as respectivas fun

ç~es sejam exercidas porprofes~ores habilitados para o

mesmo grau escalar, com satisfat~ria experiência de magis-

tirio".

Com o objetivo de preparar especialistas para a

funçio de 'admini~traçio, o Serviço de Aperfeiçoamento e Di

fusão do Ensino Midio (SADEM) da Secretaria de Educação do

Estado da Guanabara manteve um curso de especia1izaçio pa­

ra Adm. Esc., com o objetivo geral de "preparar especiali~

tas em edu~açio no campo da Administraçio Escolar e como - .

objetivos específicos, dentre outros, o de contribuir para

que os alunos-professores se tornem capaies de administrar

ou colaborar na administraçio de ~ível m~dio, utilizando­

se de processos e ticnicas'científicas de administração es

colar. •

o curso tinha a duraçio de dois anos, e estava es

truturado em 'um "núcleo curricular'',. "cadeiras de comple -

mentaçio" e "estági,o supervisionado".

Para a matrícula no referido curso, era exigido

que o candidato: - fosse professor de ensino m~dio, com 3

anos completos de exercício e possuir registro no MEC e

EEM; - tivesse curso superior,ou de Seminário Maior, ou de

sempenha.se funçio de Administração Escolar; - ser aprova­

do no exame de seleção.

44

o art. 3~, da Lei nl? 5&92/71, diz que a "Admissão

de professores e especialistas no en~ino oficial de . lI? e

21? graus, far-se-ã por concurso público de provas e títu-

los, obedecidas para inscrição às exigincias de

constantes desta Lei".

formação

As exigências a que se refere a Lei, são:formação

em curs o supe rior de grad uaç ão, com duração "p lena" ou "cur

ta" ou de pós-graduação.

A Lei nl? 1282, de l7/08ll978, do Estado do Amazo-...

nas,(22) e bastante clara no que diz respeito ao aproveit~

mento do pessoal habilitado em Administração Escolar na di -reçao das Unidades Escolares. O art~ 194 da citada Lei, es

tã redigido nos seguintes termos:

"A direção das Unidades Escolares é exercida por

pessoal habilitado, na forma da Lei.

Parágrafo único - Na falta de pessoal qua~if~_cado

em número suficiente, poderão ser designados diretores:

. a) professor habilitado para o mesmo gra~ com, p~

10 menos, cinco(S) anos de experiincia de Magistério;

b) especialista de educação com mais de tris (3)

anos de experiincia no Magistério, exceto o Administrador .. - " 11+ Escolar, que e o ocupante natural da funçao •

Embora o Adm. Esc. encontre amparo legal, a reali

dade atual das escolas de 19 e 21? graus da cidade de Ma-,

naus-Am, não se apresenta como situação ideal em relaçno ã direção das escolas, pois em sua maioria, esta função é

exercida por pessoal não qualificado em ~etrimento de ele­

mentos formados pela FACED-UA, ocupando estes, o cargo de

"Assessor" dos primeiros. E~ algumas unidades, encontram -

se ate 4 Administradores Escolares, "assessorando" direto­

res sem formação superior (somente o treinamento em servi­

ço) •

I~to nos mostra que a correlação "emprego-form!:

45

ção" e quase ineX'fÍstente, e que 'provavelmente dependa mais

da política educacional do que das exigências de emprego.

Esta problemática "emprego-formação" e~tá se constituindo

em preocupação fundamental para os habilitados em Adminis­

tração Escolar, exigindo estes o cumprimento do exposto no

Estatuto do Magistério, pois somente com formação eficien­

te (específica e permanente) o Adm. Esc. será capaz de de­

senvolver ações educacionais em relação às necessidades e

perspectivas da sociedade em que atua •

. Para Schuch .(1979), "A formação de Adm. Esc. espe

ci~lm~nte Diretores de E9colas de 29 e de 19 ~ 29 Graus,d~

verá ser f~ita, sempre após uma Licenciatura PZena~ em ní­

vel de PÕS-GRADUAÇÃO, normalmente ~~ CURSOS DE ESPECIALIZA

çÃO, com currículo e duração mínima fixados pelo Conselho

F~deral de Educação, para registro e plena validade nacio

nal de seus Certificados ou Diplomas - assegurando o exer­

cício pro{issiona1 privativo de suas funções, q~e inclui -

rão, alem da Diieçio,as atividades de Planejamento, Insp~

ção e Sup~rvisão, a nível de Escolas e Sistemas".lS

REFER!NCIAS BIBLIOGRÃFICAS' •

46

1. SANTOS FILHO, et alii. "Estado atual da problemática da

especificidade da administração educacional". Revis

ta Forum Eduoaoional~ Rio de Janéiro, 2(3), abr./

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2. KERTfsz, I~abella. Profissionalizaç50~ Assooiativismo

e Etioa Profissional em Administração Eduoaoional.

Conferência pronunciada no I Congresso Interamerica

n~ de Administraçio da Ed~cação. Bras{lia,10/14 dez.

1979. Mimeogr.

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colar. são Paulo, DIFEL - EDUC, 1976.

4. DIAS, Jose Augusto. O magistério seoundário e a forma-. ção do diretor. sio Paulo. Tese de Doutoramento. F~

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5. BRASIL. Conselho Federal de Educação. Parecer n9 93.

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5, jul. 1962.

6. MARTELLI, Anita Fávaro. Formação dos Administradores

Esoolares para 'os anos 80. Conferência pronunciada

no I Congresso Interamericano de Administração ,da

Educação. Bras{lia, 10/14 dez. 1979. Texto mimeogr.

7. TEIXEIRA, Anísio. Que é Administraç"ão Esoolar? I Simpo

sio Brasileiro de Administração Escolar. Faculdade

de Filosofia, Ciências e Letras da USP, são Paulo,

1961.

8. HAGMAN (Parecer n9 93). Caracterizaçio de Diretor Qua­lificado.

9. LOURENÇO FILHO. Organização e Administração Esoolar.

Biblioteca de Educação Melhoramentos, em convênio a .-com·o Instituto Naciônal do Livro - MEC, 7. edlçao.

são' Paulo, 1976.

47

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externa dos cursos de Pedagogia que hab~litamem Ad

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trado, FGV/'IESAE, Rio de Janeir~, 1978.

11. KERT~SZ, Izabe11a. Profissionalizaç~o~ Associativismo

e ttica Prof~ssional em Administração EducacionaZ •

Conferincia pronunciada no I Congresso Interameric~

no de Administração da Educação. Brasília, 10/14 dez.

1~. SUCUPIRA, Newton. ConteGdo d~ Faculdade de Educação e

O~ganização De~artamenta1. Documenta~ set. 1968.

13. BRASIL. Conselho Federal de Educação. Parecer 252/67.

"Revê o currículo mínimo e ~ duração do curso de Pe

dagogi a". Revista Brasi leira de Es tudos Pedagógicds~

Rio de Janeiro, 51(114):340-65, abr./jun. 1969.

14. AMAZONAS. Lei n9 1282, de 17/08/1978. Estatuto do Ma­

gistirioPGb1ico do Estado do Amazonas,Mana~s,r978.

,'5. SCHVCH, Victor Francisco. Esquema de referência da fo~

mação de Administrador Escolar. Congresso Interame­

ricano de Administração da Educação. Brasília, dez.

1978, p.10-14.

48

1.4 - A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

A Orientação Educacional não é un processo novo,

nem nasceu das necessidades da escola atual; ela sempre

existiu, voltada exclusivamente para os alunos, e fazia-se

atraves de, "conselhos", notadamente nos colégios religio­

sos, preocupados com a atitude moral e espiritual dos edu­

candos.

Numa retrospectiva historica sobre Fundamentos ri

losoficos da Orientação Educacional, Beck (1977), nos diz . que no seculo IX, o imperador Carios Magno, preocupado com

a melhor utilização dos talentos, determinou que -os paro-

cos encarregados das escolas, deveriam selecionar os estu­

dantes que ~everiam ser instruidos.

"Por tanto, a função da orientação a c'adêmi ca e vo­

cacional ~ra realizada pelo padre da própria paróquia qu~

selecionava os que tinham "maior capacidade mental" e po­

tencial para adquirir cultura e utilizar essa habilidade a

serviço do Império".l

A .orientação stirgiu da necessidade de se résolve~

problemas praticos e não de um sistema filosofico.

Como um 'servi ço or gani z a.do e espe cia I na e s c o la,

a orientação e bastante nova; data dos fins do seculo XIX

e início do seculo XX, com um assistente social de Boston,

Estados Unidos, Frank P~rsons; seu objetivo era orientar

os jovens em suas escolhas vocacionais e seu metodo cons

tava de três passos: 1) conhecer o ~studante; 2) conhecer

o mundo do trabalho; 3) ajustar o hooe~ ao emprego.

Nas escolas, in~cialmente, a tarefa da orientação

consistia em ajustar os alunos aos padr~es das mesmas, em

termos de rendimento escolar ou na manutenção da ordem. f

a fase corretiva. A tendência,atual, é, atraves de todo o

pessoal envolvido no processo educativo, auxiliar os alu­

nos, a buscar solução para possíveis problemas de ordem

49

educacional, vocacional, físico, moral~ social, ~ .

C1V1CO e

pessoal, com qu~ possa se defro~tar; ~ a fase preventiv~.

Como se verifica, a orientação alargou seu campo

de atuação e sendo função de toda educação, deverá propi -

ciar o máximo desenvolvimento.do aluno, razão pela qual t~

dos ~s elementos que constituem a equipe escolar são res­

ponsaveis por ela, sendo o Orientador Educacional o coorde

nador e facilitador do processo.

A orientação em seu desenvolvimento, apresenta vã

rias .etapas: do "pedir 'e dar conselhos" (quase sempre de

fontes religiosas), denominada por Beck, como·ETAPA AMORF~

partiu-se para o 'metodo de "ouvir-prescrever", ou seja, p.!

ra a ETAPA PRESCRITIVA, iniciada, por Freud, em que "Grande

n~mero de.pessoas procurava ~juda para enfrentar os probl~

màs de 'escolha E! ajustamento vocacional, as '. dificuldades

conjugais,. os conflitos entre as novas e velhas ideias, etc;

nesta etapa, a ênfase era dada nos resultados de Testes p~

ra as prescrições. Esta forma de orientação "diretiva" ou

"clínica", se constitue como predominante at~ a década de

1940.

A seguir, a orientação torna-se menos diretiva,

levando o orientando a tomar suas proprias decisões: ~ a

ETAPA NÃO-DIRETIVA ou CENTRADA-NO~CLIENTE. Çar1 R. Rogers, . e o principal representante desta etapa, e ressalta a po -

tencialidade do ser humano para re$olver seus proprios pr~

b1emas de escolha e de ajustamento.

O objetivo basico do trabalho de Rogers, -e a 1i-

berdade do indivídu.o, e declara que "dada a liberdade de -lidar com seus problemas na presença de um orientador nao

ameaçador e simpatico, o homem pode desenvolver sua capaci

dade não so de resolver um problema imediato, como tambem

de viver mais plenamente e 'aprender a enfreritar os proble-

mas ã medida que surjam no futuro".

Na orientação-não-diretiva, a atençao ~ dirigida

50

não para o problema da pessoa, mas para a própria pessoa;

; a fase desenvQlvimentista.

A teoria e a prática da orientação desenvolvem-se

e surge a seguir a ETAPA FENOMENOL5GICA, cujos precursores -sao Snygg e Combs.

Os pressupostos formulados por Snygg e Combs, -sao

aceitos pelos não-diretivos e pelos orientadores clínicos, -e sao os seguintes:

"1. A escolha; um pseudo conceito. Ela de fato não ocorre.

2. O compo~tamento ; regular e sujeito a leis.

3. O campo fenomenológico é o determinante do comportame~

to.

4.0 homem pode conhecer somente seu campo fenomenológico.

5. Hã uma realidade pre-existente, porem o homem pode co--nhecer somente a parte dela que compoe o seu campo fe-

nomenológico.

6. A percepção do campo, em qualquer momento dado, pode

existir em qualquer um ou em todos os níveis de dife-

renciaçio des~e o mais vago at; o mais nítido.

7. Os campos fenomenológicos dos indivíduos estão de al­

gum modo li~ad6s e ; possível. a comunicação entre eles.

8. A comunicação; o procésso de adquirir maior compreen­

são m~tua'd~s campos fenomenológicos e sô pode verifi­

car-se quando jã existem algumas cara~terísticascomuns.

9. Todas asexperiintias tim caráter fenomenológico;;o fa

to de que os indivíduos estejam ~uma mesma situação fi

sica não oferece sequer uma experiincia relativamente

comum.

10. As pessoas que desempenham papeis comuns em uma cultu­

ra comum com potencialidade para as experiincias co­

muns, inevitavelmente desenvolvem características co­

muns em seus campos fenomenológicos e, consequentemen-~ . te, em seu comportamento, caracter~st~cas essas que as

51

distinguem das pessoas de outras cultcras.

-11. Pela razao anterior, as pes'soas de uma cultura tendem

a "obJetivar" suas crenças, que não são compartilhadas

por pessoas de outras culturas, pelas mesmas razões.

12. O comportamento,do indivíduo guarda uma relação biuní­

'voca com o seu campo fenomenol~gico~ por isso, ~ possí

vel reconstruir, por inferincia, seu campo fenomenol~­

gico.

13. Para predizer fenomenologicamente, devem ser seguidos . dois passos: reconstruir o campo do indivíduo, a par-

tir de seu comportamento, e compreender como os campos

mudam.

14. O campo fenomenol~gico e sempre organizado e signific~

tivo, visto da perspectiva da pr~pria pessoa.

15. O campo de todo indivíduo e ao mesmo tempo muito mais

e muito menos que o campo potencialmente disponível no

'meio físico imediato.

16. 'o campo fenomenol~gico e produto de uma'seleção, porem

,a "seleção" e realizada pelo indivíduo como um meio p.!

ra satisfazer suas necessidades e de conformidade com

a organização existente de seu campo fenomenol~gico.

17. O significado d~ qualquer situação ou objet? e, sim-

p1esmente, uma consciincia do comportamento que o obj~

to ou situação exige, ou permite que ele realize.

18. O "livre arbítrio" ~ um engodo. t;; uma ilusão que surge . ' a,'partir do ponto de vista restrito da pessoa que re.a-

1iza a ação. Um observador externo vi tantas provas da

causalidade que deve aceitar o determinismo. A predi­

çao e o controle somente são possíveis quando o compo~

tamento está sujeito às leis e ê causado.

19. Em qualquer momento, o campo do indivíduo e organizado

em relação às necessidades e ã atividade mediante a

qual está tratando de satisfazer tais necessidades nes

se determinado momento.

52

.. 20. Devido ã grande diferença nos campos individu;is, os

mesmos objetos e eventos f!sicos tim um

~uito diferente nos campos de diferentes

significado

indivíduos,

ou no campo do mesmo indivíduo em diferentes momentos.

21. As memorias do passado e as expectativas em relação ao

futuro surgirão' e desaparecerio como figura e fundo~s~

gundo as necessidades do indivíduo".

Todos os estúdiosos do processo de orientação re­

conhecem que a finalidade da mesma não e, apenas a soluçio

de problemas, mas, a ajuda que e dada ~o indivíduo para

que ele atinja a auto-orientação e o desenvolvimento pes­

soal; a ele cabe fazer suas proprias escolhas e assumir a

respon~abilidade ~or suas decisões.

Margaret Bennett (1955), citada pnr Bernardete A •

Gatti, reconhece ....

fases tres ~ . dos c a r a c t e r ~ s 't ~ c a s programas

de orientação:

a) uma fase de "tratamento";

b) uma fase de "prevenção";

c) uma fase de "desenvolvimento".

Na primeira ·fase, os orientadores educacionais

cuidavam dos alunos que apresentavam problemas especiais,

como dificuldade de ajustamento e de adaptação escolar ou

profissional. Na fase pr~ventiva, a orientação volta-se p~

ra todos os alunos. Na ultima fase, a orientação se identi

fica com os objetivos da educação, e sua atuaçao se dirige

para o mesmo fim: ajudar o iniivíduo em seu processo de de

senvolvimento.

A orien.taçio passou entio, da adaptação dos alu­

nos, ã prevenção de problemas e dificuldades no plano esco

lar, pessoal e social para o de facilitar o desenvolvimen­

to do educando.

Cabe ã orientação, segundo a autora.citada, "dis­

cutir e explorar o potencial do indivíduo, não somente du­

rante sua vida e~colar, mas tambem para os anos posterio -

53

res".

Para Grinspun (1979), liA Lei n9 5564, de 21 de de

zembro de 1968, que provê sobre o exercício da profissão

de orientador educacional, preceitua, no seu art. 19, que

a orientação educacional seja realizada, de maneira que in

tegre os elementos que exercem influência na formação do

indivíduo, preparando-o para o exerc{cio das opções bási-

caso

Esta lei estabelece:

a) o objetivo da orien~ação educacional (o educando);

b) os tipos de atuação do orientador (individualmente

grupo) ;

c) o local de atuaçao do orientador (escolas de nível

e em

-me-

dio e primário, atualmente as escolas de 19 e 29 graus);

\d)~os tins da o;ientação educacional:

des~nvolvimento integral e harmonioso da personalid~

de do aluno;

• ordenação e integração dos elementos que exercem in­

fluência na formação do educando;

• prepa~açao ~o ed~cando para o exerc{cio das

basicas". 2

-o-pçoe s

A Lei n9 5692 de 11 de akosto de 1971, em seu art • . 109, diz: "Ser~ instituida obrigatoriamente, a Orientaç~o

Educacional, incluindo Aconselhamento Vocacional, em coop~

raçao com os professores, a família e a comunidade".

Grinspun (1979), analisa eate artigo, nosseguin­

tes termos: A Lei n9 5692, de 1971, evidencia que:

• a orientaç~o educacional é obrigatória;

• o aspecto vocacicnal é atribuído à orientação educa­

cional e, portanto, a orientação educacional inclui

a orientação vocacional~

• o papel de inter-relacionamento da orientação educa­

cional é realizado por meio do entrosamento da esco-

54

la com a família e a comunidade;

a orientação ~ducacional é trabalho de planejamento,

execuçao e avaliação, junto aos demais membros da es

cola;

é indispens~vel a ação integrada da orientação educa

cional, com a orientação pedagógi~a e os demais edu­

cadores, pa~a a formulação, de uma filosofia b~sica

da educação. (At:-t.1 9 da citada le1)".3

A Orient~çio Educacional i desenvolvida nas escolas

de 19 e 29 graus, de forma sistemitica, permanente e contr

nua, e a açio do ~.E. passou de açio isolada i açio in te ~

grada com todos os elementos que compõem a unidade escolar;

da açio direta sobre o aluno, passa para uma ação mais a­

brangente, e todo o sistema passa a ser objeto do Orienta­

dor Educacional.

O Decreto 5.586 de 5 de fevereiro de 1975, em seu_~~--_ art~ 49 diz:

"são ~tribuiçSes do cargo de Orientador Educacional:

I elaborar o plano específico dos serviços de orienta­

çao educacional, que integrer~ o plano escolar;

11 - dar desenvolvimento ao processo de aconselhamento,

junto aos alun,os, abrangendo conduta, est~dos e ori­

entação para o trabalho, em cooperação com professo­

res" família e comunidade;

111 o~ganizar cadastros, inclusive o de oportunidades e-, '

ducacionais e ocupacionais;

IV encaminhar alunos a especialistas leg~lmente habili­

tados, quando neces~rio;

V - supervisionar est~gios na area de Orientação Educa­

cional;

VI - elaborar relatórios de atividades conforme diretri -

zes fixadas pelos orgaos competentes".~

55

.. 2.4.1 - Alguns conceitos de Orienta~o Educacional

Para Lofredi (1976), "A Orientação Educacional c~

mo desenvolvimento de relações interpessoais define-se co­

mo uma ação no sentido de mobilizar os agen~es educativos

de forma que cada u~, dentro de suas limitações, possa de­

senvolver relações significativas, com o objetivo de criar

um clima educativo que favoreça ~ processo de aprendizagem

maturação (Zearning--maturation)". 5

Segundo Chagas (1976), a "Orientação Educacional

i sobretudo uma coordenaçio do trabalho dos professores e·

da escola ~omo um todo em funçio dos alunos; ••• Para exer­

cê-la, o orientador tem de desdobrar-se numa atividade po­

limorfá que vai dá pesquisa psicológica ã social, em cont~

tos· sempre renovados que nao se esgotam com os estudantes,

pois se estendem is suas famrlias e ã comunidade cujos va­

lores e modos de vida elas refletem".6

De acordo com Jones (1977), "Orientação i a assis

tên~ia prestada aos indivrduos no sentido d~ adaptaçã~ e

escolhas inteligentes".7

Para ele, todo o indivrduo tem direito de esco-

lher seu próprio caminho na vida; para fazer escolha, o in

divrduo precisa ser ~apaz, e como qualquer capatidade pre-

cisa ser desenvolvida, é' â orientação como parte

da educaçãa, que tem esta função.

integral

A orientação, diz J'o'ües, "não faz as opções pa!a

os indivíduosJ ela os assiste no sentido de fazerem eles

mesmos suas prSprias escolhas. de forma a promover ou esti

mular o desenvolvimento gradativo da capacidade de tbmar

decisões de modo independente. sem assistência dos outros".

No relatório do I Crrculo de Estudos de Orienta­

ção Educacional, MEC-DEM-COPED, 1976, a Orientação Educa -

cional foi conceituada como:

"Um processo cientrfico e contínuo, atuando junto

56

ao educando em toios os graus e modalidades de ensino, de

frirma integrada com os el~mentos res~onsiveis pela sua fdr

mação, visando atender aos obj etivos d~ educação" •. 8

LUcke (1978), refere-se ã orientação educacional

de duas formas: 1) como serviço; 2) como processo.

Como serviço a orientação educacional "baseia-se

no pressuposto 'de que os alunos necessitam de ajuda espe­

cial e que os professores não estao preparados e nem têm

condições para fornecê-la".

o O.E. desempenh~ funções específicas que "tendem

a ser terapêuticas, principalmente na forma de aconselhamen

to individual".

Como processo, a orientação educacional "caracte­

riza-se por sua inserção na tarefa educativa co~o um pro­

cesso, isto e, um fenômeno contínuo, constante, 'evolutivo,

que supõe uma serie de passos e ações dirigidos -a consecu-

ção de algum objetivo, .envolvendo todos os responsiveis p!:.

la educação dos alunos e sob a coordenação do

Educacional".s

2.4.2 - Formação do Orientador Educacional

e suas atribuições

Orientador

Perls (1977), afirma: "O Orientador Educacional e

um facilitador que, através de atividades-meio, ajudará

pessoas e grUPQS a realizarem-se a si mesmos; e o elemento

que introduz constantes e variados Bstfm~los, levando Q

grupo a assumir, a crescer, a se questionar; alguém que

centra sua ação no crescimento dos participantes dos gru -

pos e dos grupos em si".10

A preocupação com a formação do O.E. no Brasil, s~

se efe~ivou ap~s a oficiali~ação da orientação educacional

na escola ~rasileira, atraves das Leis Orginicas do Ensino

Industrial (Decreto-Lei nl? 4.073, de 30 de janeiro de 1942)

57

e do Ensino Secu~dãrio (Decreto~Lei n9 4.244, de 9 de a­

bril de 1942).

O~ primeiros orientadores edu~acionais que receb~

ram formação específica, o fizeram atraves de cursos "põs-

normais", como por exemplo, o que existiu no Instituto de

Educação da Guanaba~a, que formava Administradores e Orien

tadores Educacionais para a escola primária.

Com a Lei 4024 de 20/l2/6l(art.62 e 63), foram os

O .. E. formados em "cursos especiais" promovidos pelas Facul . -dades. de 'Filosofia, a' que tinham acesso os licenciados em

Pedagogia, Filosofia, Ps{c;logia, Ci~ncias Sociais~ Educ~­ção Física e os Inspetores federais. de ensino, todos com

estágio mínimo de 3 anos no magisterio.

Antes da regulamentação da Lei 5564/68 pelo Pare­

cer 252/69 de 12/05/69, ficou estabelecida a formação do

O.E., em nlvel de graduação, como uma das habilitações do

curso de Pedagogia.

De acordo com esta Resolução, a habilitação em

Orientação Educacional terá um currículo mínimo que compr~

enda: 1) uma parte comum a todas as modalidade~ de habili­

taçao; 2) uma parte diversificada constando:

- Estrutura e Funcionamento do Ensino de'19 grau

- Estrutura e Funcionamento do Ensino de 29 grau

- Princípios e Metodos de Orientação Educacional

- Orientação Vocacional •

- Medidas Educacionais.

A Lei n9 5692, de 11/08/71, em'seu art. 33, diz:

"A formaç~o de Administradores. Planejadores. Orientadore~

Inspetores. Supervisores e demai~ especialistas de educa -

ç~o será feita em curso superior de graduaç~o. com duração

plena ou curta ou de p6s-graduação".

A~ atribuições do D.E. estão contidas no Decreto

n9 72.846 .de· 26/09/73, do C.F.E. (Anexo 111).

58

.. No V Congresso Nacional de Orientação Ed~caciona~

!ealizado em julho de 1978, na cidade de Curitiba-Parani~

os congressistas di~cutiram entre outros temas, a formaçio

da Orientador Educational, e concluiram enumerando alguns

problemas que ocasionam a mã formação do profissional. Os

problemas apontados são:

"inadequação do currículo em'relação ã formação

do profissional; falta de integração e insufi­

ciência de'carga horária;

- desarticulação do curso de drientação educacio­

nal com a realidade, de suas disciplinas entre

si, e das mesmas com o estigio;

- despreparo do aluno que ingressa nas Faculdades

de Educação".

Os congressistas ,apontam como sugestao para malho

rar a formação do orientador educacional, o seguinte:

"treinamento eficiente para prof~ssores de or,i­

entação educacional;

planeJamerito integrado das disciplinas de orien

tação educacional;

- montagem 'do 'curso, a partir da realidade;

-' proposição ao CFE, ~e; novos currículos;

- reformulação do c·r':'terio de seleção de alunos".

2.4.3 - Campo de atuaçao do Orientador Educácicnal em Ma.

O Orientador Educacional atua a n[vel de Macro-

sistema, como assessor tecnico, junto ã administração de

ensino (Secretaria de Educação ou Delegacia de Ensino) e

Micro-sistema, nas Unidades escolares, em atividades de:

a) "ajudar o indivíduo a formar seus planos de vida e sa­

ber tomar decis~es por si mesmo, levando-o a um desenvolvi

mentocontínuo"; 'b) "serviço pessoal prestado aos alunos

59

atrav;s de inventarios, testes, informaç~es gen;ricas, con

sultas para esclarecimento de p~oblemas escolares, serviço

de a~sistincia, orientaçio vocacional, orientaçio para as

horas do lazer, etc."; c) "ajustamento do indivíduo ã esco

la e ã sociedade".11

Para Brandio, o campo de atuaçao do orientador tem

as seguintes ~ .

caracter~st~cas:

a . 1. - "t: um espaço de atividades integradas que

pretende mobilizar os agentes e os recursos da escola~ pa­

ra enfrentar os seus problemas, vistos como um todo;

a 2. - Conserva o aluno (o educando, o orientando)

como o sujeito preferencial do processo de Orientaçio Edu­

cacibnal, mas busca atingi-Io.favoravelmente desde o ponto

de enc~ntro ent~e ele e a Orientaçio Educacional,dentro do

sistema escolar (e não como um caso ou problema isolado);

3~ - Considera efetivamente co-responsáveis pelos

objetivos integradores da Orientação Educacional, todos os

agentes educativos, dentro e fora do âmbito restrito da es

cola;

4~ - Estende as atividades de O~ientação

cional aos outr.os agentes da escola, como sujeito ,

do processo (todos ajudam ~ todos são ajudados);

Educa­

tambem

5~ -'E~tabelece, para o Orientador Educacional,

uma posição de co-responsabilidade na ação educativa".12

Em Manaus, Est. do Amazona~, o sistema de Orienta

ção Educacional esta assim estruturado:

I - Equipe central - lotada na SEDUC-Am, com a finalidade

de coordenar,.supervisionar e avaliar o sistema de Ori

entação Educacional.

"Compete ã Equipe:

a. Prestar assistincia em imbito estadual na im-

plementação e funcionamento dos Serviços de

60

Orient~ção Educacional.

b. Orientar e assessorar as subcoordenações de en

sino.

c. Propor parecer concernentes ã Orientação Educa

cional.

d. Emitir diretrize~.

e.' Elaborar projetos e programações.

f. Promover reuniões periódicas com os O.E •. para

conhecimen~o dos programas, discussão de pro­

. blemas e avaliação dos trabalhos em desenvolvi

mento.

g. Manter os O.E. informados de tudo o que se re-

. fere ao serviço .incluindo cursos,

trefnamentos.

h. Coordenar pesquisas e levantamentos

ao setor de Orientação Educacional.

seminários,

inerentes

i. Acompanhar, controlar e avaliar o sistema de

Orientação Educacional ll•

2 - Orient~ção E5ucacional ãnrvel de Unidades Educacio-

nais;.a estes elementos compete somen·te aspectos de

execução; ~ sio os seguintes:.

lia. Articular o pláno da escola com o

Central.

da Equipe

b. Analisar, revisar e compatib[lizar os pr6jetos

e programás de Orientação Educacional proveni­

entes da Equipe Central.

c. Diagnosticar o aproveitamento do aluno.

d. Auxiliar na determinação de padrões

mentais para o aluno.

comporta-

e. Auxiliar no ajust~mento e reforroulação de pro--gramaçao da escola.

f~ Elaborar o programa de Orientação Educacional

61

ajustado i realidade escolar e s~cio-econ3mic~ •

g. Orientar e assessorar serviços de' Orie~tação

Educacional das Subunidades.

h. Manter a continuidade do sistema de Orientaçio

Educacional".l3

A Lei n9 5692/71, abre ao Orientador Educacional

novo campo de trabalho atravis de sua cooperação na Empre-

sa.

. 2.5 ~ A ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

A Orientação Educacional i~clui a orientação ~oca

cional; esta não deverá limitar-se apenas i inforrr.ação pr~

fissional, o que acontece na maioria das escolas, quando o

Orientador Educacional informa aos jovens sobre as diver­

sas ocupações e profissões, ou tipo de' estudos que . são

mais adequados pa~a que se possa alcançar posteriormente

l'''l emprego bem remunerado; o objetivo. da orientação vocacio­

nal i o desenvolvimento vocacional.

Para Kline (1977), "orientação vocacional são to--dos os procedimentos formais ou não-formais, que sao empr~

gados para ajudar as pessoas a selecionarem urna

profissional adequada".l"

ocupaçao

Cabe ao O.E. fornecer ao aluno~ meios de fazer es

sa escolha de forma acertada.

Para bem se desenvolver a orientaçio vocacional,

ê neces~ário ter-se um conhecimento total do aluno: suas

aptidões, interesses e capacidades~ assim como as necessi­

dades do Mercado de Trabalho, em termos de absorção dos di

versos profissionais, e atualizado sobre as diversas ocup~

ções e profissões existentes, suas caracter!sticas e exi­

gências.

o Orien~dor Educacionál prestando assessoria aos

~rofessores, poderi identificar cont~Gdos vocaeionai~ nas

diversas disciplinas, bem como oferecer sugestao aos mes­

mos para que observem corretamente seus alunos, nas diver­

sas atividades desenvolvidas pela escola.

A informação profissional e geralmente realizada

atravis de conferincias, publicaç;es, filmes, slides,etc.;

a informação deveri ser realizada não apenas para os alu-

nos, mas tambem para os seus familiares, professores e de­

mais pessoas interess~das no ass~nto.

Mattiazzi (1974)~ em um estudo sobre orientação

vocacional sugere:

"As universidades deveria~ organizar Centros, de

Orientaç~o e Aconselhamento. sob a direç~o de uma equipe

d à p e s s o a 1 e s p e c i a 1 i z a d o e que e s. t i ve s s e à di s p o s i ç ã o do' s

estudantes para um trabalho de acompanhamento contInuo e

que fosse o prolongamento daquele realizado no ensino de

2 9 grau. Este trabalho se faz necess~rio sobretudo nos ci-

los b~sicos quando os estudantes ainda buscam uma defini-~. -, 1 5 çao mais objet~va dos cursos que poderao optar'.

Para reforçar sua sugestão~ o autor ilustra da se

guinte forma:

"Uma pesquisa do Centro de Treinamento de Recur­

sos Humanos da Fundação Getúlio Vargas. realizada em 1969.

nos campos de atividades da advocacia, medicina, engenha -

ria, odontologia, agronomia. arquitetura ~ ~eterinária

constatou o desajustamento e a má adaptação dos estudantes

egressos da Universidade nos ramos de atividades para os

quais se formaram, por falta de aptidão, de interesse ou

de mercado de trabalho. Revelou t~mbªm que faltou orienta­

ção vocacional e informação ocupacional para os estudantes,

fatores fundamentais na escolha da profissão. acrescendo

ao pr~blema a cpção feita por imposição dos pais ou por

imitação de parentes estabi1izados e com projeção em deter

minadas profiss~es",

63

Os indivíduos diferem entre si, em inteligência,

personalidade, interesses e capacidades; estas poderão ser

determinadas na escola pelo O.E. atrav~s de: entrevistas,

observações, experiências profissionais ou aplicação de

Testes.

Os Testes (não projetivos) são de grande importâ~

cia no trabalho do O.E., pois pod~m prever o êxito ocupa -

ciona~melh~r do que qualquer outra ticnica utilizada por

ele. E preciso no entanto, que o O.E. esteja familiarizado

com sua aplicação e interpretação, e os mesmos sejam fide­

dignos e válidos, para'o objetivo'a que o Orientador Educa

cional se propõe.

Os testes de inteligência e de aptidões específi­

cas têm valor considerável para se prever o desempenho aca

dêmico ,do aluno ,e orientá-lo em dificuldades surgidas nas

atividades escolares.

Costuma-se afirmar, que uma escolha profissional

ê apropriada, quando há um perfeito acordo entre a prcfe -

rência expressada ou interesse expressado, e os resultados

dos testes realizados pelo indivíduo.

Para Ginzberg (1951), a escolha yocacional

dá num momento ~etcrminado, mas ~ o resultado de um

-nao se

lento

processo que se desenvolve ,gradativamente,

dos 10 aos 20 a~os.16

provavelmente

Segundo o autor citado, o processo de tomada da

debisão ocupa~ional di-se em três etapas: a da fantasia, a

da tentativa e a da escolha realist~. Nesta ~ltima etapa,a

escolha do indiv!duo ~ realizada por pressões da realidad~

ficando em 29 plano, os seus interesses, capacidades e va­

lores.

De acordo com Super (1972), o desenvolvimento vo­

'cacional dá-se em cinco estig~os:

1 - o do crescimento, que vai do nascimento aos

14 anos;

64'

2 - o da exploraçio, ~ue vai dos 15 aos 24 anos;

3 - o do e~tabelecime~to, que vai dos 25 aos 44

anos;

4 - o de permanência, que vai dos 45 aos 64 anos;

5 - o do d~clínio, que começa aos 65 anos.I 7

o desenvolvimento vocacional não se dã numa deter

minada fase da vida, ~as dã-se juntamente com o desenvolvi

mento vital, razão pela qual a orientaçio educacional deve

rã voltar-se para o aspecto vocacional .desde a infânci~ co

mo preconiza o &rt. 109 da Lei 5692/7l y que diz:

"Art. lD - Ser~ instituída, obrigatoriamente, a

Orientação Educacional, incluindo Aconselhamento Vocacio­

nal., em cooperaç~o com os professores, a família e a comu­

nidade".

"Apesar da obrigatoriedade legal, a Orientação Ed~ .. _ ..

cacional nio funciona em todos os estabelecimentos de ensi

no de 19 e 29 graus, como i previsto.

Shertzer e Peters~ citado por Teixeira (1979).mo~

tra a importância da 'orientaçio educacional nos

termos:

seguintes

"A função .da orientação. dentro da escola, est'en

de-se a todas as fases do' programa escolar, integrando o

plano total da escola. Drientaç~o ~ um processo caracteri­

zado por v~rios e diferent~s aspectos. Deve ser percebida . (

cbmo ~m programa a ser desenvolvido, de forma contínua, ~u

rante todo o ano escolar e através de todas as suas séries,

desde o Jardim de Inf~ncia at~ a Universida~e".I8

65

REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BECK, Carltone E. Fundamentos Filosófioos da Orienta­

ç50 Eduoaoional. sio Paulo, Editora Pedag~gica e u­niversitária - USP, 1977.

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tivo da lei ou·da necessidade de fato?" Forum Educa

oional, Rio de Janeiro, 3(2)~ abr./jun. 1979.

3. GRINSPUN, M.P.S.Z. A importância da Orientação Educa­

oional no Prooesso Eduoatlvo. Rio de Janeiro, FGV/

IESAE, 1977. Tese de Mestrado.

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ç5o'Eduoaoional, sio Paulo, EPU, 1977.

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seado no modelo de Relação-de-Ajcda de Carkhuff.Rio

de Janeiro, Francisco Alves, 1976.

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l~ ed." Rjc de Janeiro, Ed. Forense Universitária,

1977.

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e oomo p~ooesso. V Congresso Brasileiro de Orienta­

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10. PERLS, Frederick S. Gestalt- Terapia explioada. l~ ed.

são Paulo, Summers Editorial, 1977. ,

11. AMAZONAS. Estatuto do Magisterio do Est. do Amazonas.

Lei nÇ 1282 de 17/08/1978, Manaus. 1978.

66

12. BRANDÃO, Carlos R. VaZores SÓC1.:o-cuZturais e Orienta­

ç50 EduaacionaZ~ s.d. iexto mimeogr.

13. AMAZONAS. Secretaria da Educação e Cultura. Orientação

Educacional~ Manaus, 1976.

14. KLINE; Paul. Psicologia da Vrientaç50 Vocacional.. (Tr~

dução de Ã1varo Cabral). ~io de Janeiro, Zahar Edi­

tores, 1977.

15. MATTIAZZI, Benjamim. A natureza dos interesses e ~ Ori

entaç50 Vocacional. Petropo1is, Vozes, 1974.

16. GINZEBERG, E. OccupationaZ Choice~ New York,University

Press, 1951.

17. SUPER, D.E. Psicologia Educacional~ são Paulo, Atlas,

. 1972.

18. TEIXEIRA, Rita Ami1ia. Para uma an~lise crttica da Ori

entaç50 Educacional: substdios para a compreens5o e

definiç50 de sua pr~tica no Brasil. Rio de Janeiro,

FGV/IESAE, 1979. Dissertação de mestrado.

67

• 3 - HETODOLdGIA

3.1 - ÃREA DE EXECUÇÃO DA PESQUISA

Nosso estudo teve como ãrea de .execução, a zona

urbana da cidade de Manaus, Estado do Amazonas,atraves das

Escolas Estaduais de 19 e 29 graus.

3.2 SUJEITOS DA PESQUISA

Foram sujeitos da pesqu~sa, Diretores de Unidades

~ Subunidades, Administr~do~es Escolares e Orientadores

Educacionais em exerc!cio, independente da formação pedagõ

gica recebida, em 507. das Escolas Estaduais de 19 e 29

graus, conforme tabela demonstrativa abaixo:

TABELA 1

PROFISSIONAIS SEGUNDO A FORMAÇÃO E A OCUPAÇÃO

.QUE EXERCEl1

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNICíPIO: MANAUS - 1979

Diretor N=27 Adm.Esc. N=23 O.E. N=30

Formação

Licenciado em Peda gogia

Idem - habilitação em Administração Escolar

Idem - habilit~ção em Orientação Edu­cacional

Idem - habilitação em Supervisão Esco lar

Outros cursos sup~ riores

Sem fotmação supe­rior

TOTAL

f

9

4

3

14

30

Fonte: Pesquisa de campo

f

33,33 9

14,81 14

1

11,11 3

5 Y, 85

27

Obs:- Os totais acima correspondem ao lizados pelos infornantes.

39,13

60,86

30 100,00

4,34 1 3,33

13,04

31

-numero de cursos rea

68

Os profi.sionais especilicados na Tabela 1, mesmo

os que não possuiam habilitação e.specífica, compuseram n0E.

sa amostra, pois era nosso interesse cqnhecer a opinião

dos mesmos quanto às tarefas executadas e dificuldades na

realização do trabalho, e assim poder aferir a importincia

da formação regular específica dada atraves do Curso de Pe

dagog~a - habilitaçio em Administraçio Escolar e Orienta -

çã~ Educacional, para o exercício das funç~es de Diretor e

Orientador Educacional.

3.3 ~ ~POCA DE REALIZAÇÃO' DA PESQUISA E

INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Ap~s contactarmos com o Exmo. Sr. Secretirio' da

E~ucação e Cultura (Aro), onde tivemos a oportunidade de ex

por resumidamente o objetivo de nosso trabalho, fomos en-

caminhada às Coordenadorias do ensino de 19 e 29 graus, o~

de obtivemos uma .C~rta de apresentação, na qual constava

autorizaç;o para que fiz~ssemos a aplicação dos instrumen­

tos elaborados para a pesquisa. (Anexo IV).

Os instrumentos em nGroero de tris(3), estao assim

caracterizados:

Anexo V - Questionirio para Diretor~s e Adm~Es~

Anexo VI - Questionário para O.E.

Anexo VIr - Inventário de Opini~es.

Iniciamos a aplicação dos inst~umentos acima refe

ridos, no mis ,de junho de 1979; esta etapa estendeu-se ate

o mis de setembro, pois vários fatores i,nterferiram na ob­

tençao ~os resultados.

No mi~ de junho, os col~gios preparavam-se para:

• Festas Juninas

• Provas Bimestrais

Recuperação

No mês de julho~ dão-se f~rias coletivas, e um

69

grande numero de ~rientadores Educacionais, seguiu para B~

lém-Pará, com o objetivo de participar do VII Encontro Na­

cional de Orientadores Educacionais.

Outra grande razão, foi a falta de interesse dos

profissionais (notadamente Diretores de Escolas) para o

preenchimento dos dçcumentos.

3.4 POPULAÇÃO E.AHOSTRA

~ rede escolar estadual 19 e 29 graus - da zona . urbana da cidade de Manaus, esti dividida em 10 Cnidad~s

Educacionais e 78 Subunidades (conforme Decreto n9 2064 de

9 de março de 1971 e publicado no Diário Oficial do E~tado

do Amazonas, no dia 11 de março de 1971, sob o n9 22.220.

No momento está sendo encaminhado ao Governo do

Estado, uma Exposição de Motivos, onde é sugerida ~ redis­

tribuição da Re~e Flsica Escolar Estadual. A proposta visa

um trabalho mais produtivo da Unidade Educacional e o for­

talecimento do Sistema Educacional como um todo. A propos­

ta previ a ampliação da rede escolar para 14 Unidades Edu­

cacionais e subunidades mais próximas, tomando~se ainda em

consideração, o numero de alunos matriculados e os graus

de ensino atendidos.

"As Unidades Educacionais representam o pólo de

irradiação técnica-educacional e admini.strativo de execu­

ção das diretrizes emanadas dos órgãos federais e regula -

mentada pelos ·órgãos normativos da SEDUC-Am, face as prio­

ridades. estabelecidas pelo Governo do Estado". (Exposição

de Motivos - SEDUC-Am,1979. Redistribuição da Rede Flsica

Escolar Estadual - Documento mimepgrafado).

O artigo 29 da Resolução n9 1/70, do Conselho Es­

tadual de Educação, da SEDUC-Am, diz:

"~s Unidades Educacionais ser;o respons~veis pela

ministraç~o da e~ucaç~o fundamental, que corresponde aos 8

anos de escolari~ade e mais um ano complementar, subdividi

70

dos em 2(dois) níveis contínuos .. dos quais, o primeiro (ní • vel prim~rio) ter~ a duraç~o mínima de 5(cinco~ anos e "O

segundo (1 9 ciclo do nível médio) de 4(quatro) anos de du­

raç ao mini ma" •

As Unidades Educacionais foram os antigos Ginã-

siosEstaduais e as Subunidades, os Grupos Escolares.

De acerdo com os dados obtidos atraves da Coorde--naçao do 29 grau (SEDUC-Am) em julho de 1979, a rede esco-

lar da capital, c~nta com 127 (c~nto e vinte e sete) Admi­

nistradores Escolares~ incluindo ar os Diretores, e 78 Ori

ent~doris Educacionais.

Vale a pena salientar"que nem sempre o Diretor ê

habilitado em Administração Escolar e muitas vezes o pro­

fissional habilitado exerce a função de Assessor da Dire­

ção da Escola.

Todas as Unidades e Subunidades Educacion~is-fun-

cionam nos três turnos (matutino, vespertino e noturno);

.s Unidades Educacionais mantêm o 19 e 29 graus completos,

enquanto que as Subunidades podem apresentar a seguinte

constituição:

a) Escolas de 19 grau:"

I - Escolas das series iniciais (1 ~ - 4 ~) a

lI" - Escolas das series terminais (5 ~ - 8~) a

111 - Escolas integradas de 8 series (l~ - 8~) a

b) Pre-Escola

c) Escolas de 29 grau.

De posse da relação das Escolas (Unidades e Sub-

unidades) procedemos ao sorteio de 507. das mesmas,para que

constituIssem nossa ~mostra.

A relação das escolas onde foram aplicados os in~

trumentos (Questionários e Inventário de Opiniões

tue o Anexo VIII.

consti-

71

o Serviço de Orientaçio Educacional funcfona hi

.quatro (4) ou cinco (5) anos, nos diversos estabelecimen­

tos; alguns destes, contam com at~ quatro (4) O.E. enquan­

to outros; nio contam com nenhum.

Quanto ao numero de profissionais informantes (a­

mostra), temos: 27 Diretores, 23 Admini~tradores EscolaLes

e 30 Orientadores Educacionais.

3.5 - COLETA DE DADOS

Os instrumentos (Questionários e Inventirio de

Opiniões) da·pesquisa efetuada foram aplicados em cinco(5)

Unidades Educacionais e quarenta (4) Subunidades Educacio­

nai.s.

As Unidades Educ.cionais possuem Diretor, Adminis

trador Escolar (ass!ssor da Direç~o) e Orientador Educaci~

nal; nas Subunidades, existe obrigatoriamente o Diretor, e

is vezes, Administrador Escolar e/ou Orientador Educacia -

nal.

Para a test~gem dos instrumentos, foi s~rteada a

Unidade Educacional "Instituto de Educaçio do Amazonas",

que mant~m duas Subu~idades: o Grupo Anexo Instituto de Edu

c a ç ~ o " P r i n c e s a I s a b e I" .e· o C e n t r o In t e r e s c o I a r "N e u z a F e r

reira".

A col~ta foi reali~ada no perIodo de junho a se­

tembro, e nossa amostra apresenta-se assim constituída: (vi

de Tabela 2, pâg. 72).

72

• TABELA 2'

INSTRUMENTOS APLICADOS E RECEBIDOS

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNIC!PIO: MANAUS 1979

Instrumentos Escolas Estaduais

Ocupação Aplicados Recebidos 7-

Diretores 52 27 51,92

Administradores Escolares 32 23 71,87

Orientadores Educacionais 30 30 100,00·

TOTAL 114 ' 80

Fonte: Pesquisa de campo.

3.6 - TRATAMEKTO ESTATíSTICO

o tratamento estatístico foi realizado em duas fa

ses distintas:

1~ - Utilizando os dados obtidos nos Questioná-

rios I e iI, e Inventário de Opiniões, compusemos tabelas

demonstrativas, empregando valores absolutos e" percentuais;

Por ocasião da apresentação dos dados obtidos em

cada item, fomostambim fazendo a análise dos mesmos.

O tratamento dos dados nesta ~.se i apenas descri

tivo.

2 ~ - Os da dos d o I n v e n t á r i o de' Op i n i õ e s ~ f o r a m 5 u b

metidos ao tratamento inferencial, utilizando-se para os

Adm. Esc. e O.E. o X2; para os Di~etores, não foi possível

o mesmo tratamento, em virtude de N, ser muito pequeno.

Na apresentação e análise dos resultados as per­

guntas do questionário apar~cem em forma de item e sub­

item ( 1.1) .• As afi~mações do Inventário de Opiniões a­

parecem apenas com a indicação do numero correspondente ao

73

item 1). •

Deu-se preferência ao uso d~ X2 (Qui-quadrado) co

mo teste de significância das incidências de respostas SI~

EM PARTE e NÃO do Inventário de Opiniões, pelas seguintes -razoes:

1 - visava-se estab~lecer a tipicidade dessas respostas ou

seja, se seriam significativamente diferenteE das esp~

radas ao acaso;

2 das variãveis'operacionalizadas pelos itens, não se p~

deria. pressupor a· continuida~e;

3 - o ntvel de medida ~ ;om~nal '(categorias de respostas);

4 as amostras apresentam N pequenós.

As tendências observadas na amostra de Diretores

(N=13), no entanto nso puderam ser testadas pelo mesmo tes

te (qui-quadrado) pois, as frequê~cias esperada~ ao acaso~ nas três categorias de respostas eram inferiores a. cinco

(5); os recursos 'disponlveis, para lidar com este tipo de

~roblem~ não se mostravam logicamente aplicáveis, portanto

as conclusões relativas a essa amostra sao extraIdas em ca

ráter exploratório, não se podendo afirmar com a mesma se­

gurança que nas outras duas amostras (Administrador Esco -

lar e Orientador Educacional).

Nas amostras de Adm. Esc. e O.E. fixou-se o nIvel

de confiança de 957. (~ = 0,05), isto ~, as afirmações são

feitas com 957. de probabilidade de que ~s diferenças entre

as frequências obtidas e as frequências esperadas ao acaso

se encontrem na população da qual foram extraídas as amos­

tras.

A seguir apresentamos u~ Quadro demonstrativ~ co~

tendo as Hipóteses substantivas, e os itens dos instrumen­

tos utilizados, correspondente a cada uma delas.

H 1 :

Hipóteses

A maioria dos especialistas em educação (Adm.Esc. e O.E~) con sidera o curso de Pedagogia, cõ mo adequado ã formação dos mes mos para atu~r no Mercado d~ Trabalho.

H2: A maioria dos especialistas em educação (Adm.Esc. e O.E.) de­clara ser satisfatória a me~o­dologia desenvolviàa pelos pro fessores da FACED-U~' -

H3: A maioria dos especialistas em educação (Adm.Esc. e O.E.) opi na que foi adequada a forma de avaliação do rendimento de a­prendizagem.

H4: A maioria dos especialistas em educação (Adm.Esc. e O.E.)apon ta o estágio su~ervisionado c~ mo forma de operacionalizar os conteúdos tecnico-práticos.

Hs: A maioria dos especialistas em educação (Adro.Esc. e O.E.)afiE ma que o curso prepara para o atendimento da realidade social. e condições de atuação. '

VERIFICAÇÃO DE HIPOTESES

Questionário I

Itens: 2.4, 2.6, 2.8, 2.10, 2.11, 2.12,2.13,.3.5, 3.6,3.8.3.9.

Itens: 2.15, 2.16.

Itens: 2.14, 3.10, 3.11, 3.12

Questionário 11 IInventário de Opiniões ,

Itens:' 2.4, 2.6, 2.8, .2.10,2.11, 2.12, 2.13,2.17, 2 .18, 2. 19 ,2.20, 3.5, 3.6, 3.8, 3 ~ 9 •

.Itens:l, 2, 3, 7, 10, 12, 13, 14~ 18, 19.

Item:S.

Item: 17.

Iten's: 2.15,2 .16. Iltem: 6.

ttens: 2.14,3.10, 3.11,3.12, 3.14, 3.15.

Itens: 4, 8, 11, 15, 16, 20.

'-l

""

.. Verificação das Hipoteses

19 passo:-'

OperaaionaZização:

Ba = As in~idincias de respostas (fo) nos

75

itens

previstos para cada hip~tese» se~io significativamente di­

ferentes das esperada~ ao acaso (fe).

Boa = As 'incidincias de respostas (fo) nos itens

previstos para cada hipotese, nio serao significativamente

diferentes das esperadas ao acaso (fe).

29 passo:-

OperaaionaZização:

Bb = Caso se confirme Ba, asignificância será de­

vida ao fato de ocorrerem 'as maiores diferenças fo-fe posi

tivas nas categorias' de respostas favoráveis 'ao curso ou

as maiores diferenças fo-fe negativas nas categorias ~e

respostas desfavorãveis ao curso.

Bob = Caso s~ confirme Ba~ a significância não se­

rã devida ao fato de ocorrerem as maiores diferenças fo-fe

positivas nas categori~s de resposias favorãveis ao curso

ou as maiores diferenças fo-fe negativas nas categorias de

respostas desfavoráveis á; curso.

OBS:- Categorias de respostas favoráveis ao Curso:

SIM, nos itens "positivLs"; NÃO, nos itens "negativo~";

- categorias de respostas desfa;oráveis ao Curso:

NÃO, nos itens "positivos"; SIM nos it'ens "negativos".

Portanto, em Hb espera-se:

itens "positivos" = > fo-fe(+) em SIM(favorabilidade)

> fo-fe (-) em NÃO(não desfavorabilidade)

- i tens tIne ga t i vo s" '" > fo-fe (-) em SIM(não desfavorabi lidade)

> fo-fe(+) em NÃO(favorabilidade).

76

4 - RESULTADOS

4.1 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Os dados levantados neste trabalho abrangem cinco

categorias: 1 - avaliação dos cursos (de Pedagogia e cur -

sos promovi.dos pela SEDUC-Am); 2 - metodologia; 3- avaliação

do rendimento;; 4 - estágio supervisionado; 5 - realidade se

cia1 e condições de atuação do profissional.

A anilise dos'instrument~s em um primeiro moment~

; feit~ de forma sirnultinea (Questionários e Inventirio de

Opiniões), obedecendo iscategorias já referidas.

No· sistema estadual de 'ensino existp.m os cargos

d~ Diretar e de Administrador Escolar; por e~ta razao os

dados obtidos junto a estes dois profissionais serão apre­

sentados em duas categorias distintas de informaútes.

De acordo com a Lei n9 1114, de 31 de março de

1974, art.22, § 29 (do Governo do Estado do Amazonas,SEDUC),'

o A~ministrador Escolar(licenciado em Pedagogia, habi1ita~ . .

ção em Admínistnrção Escolar) "quando não estiver naS fun-

ções específicas de Diretor de Unidade, V.ice Diretor de u­nidade ou Diretor de Sub-Unidade, funcionari, junto i Dire

ção da Unidade, como assessor direto".

Para· melhor caracterizara amostra, obtivemos da­

dos pessoais dos informantes, que apreseritamos a seguir.

Quanto ao sexo dos informantes, a predominância

i para o sexo feminino nas seguintes ~ercentagens: A fun­

ção de Diretor ; exercida por 96,297. de elementos do sexo

feminino, e apenas 3,707. são do sexo masculino; a f~nção

de Administrador ~scolar i exercida exclusivamente por el~

mentos pertencentes ao sexo feminino; os Orientadores Edu­

cacionai~: do sexo feminino, ~onstituem a grande maioria~

representada por 93,337., enquanto os elementos do sexo mas

culino, constituem somente 6,66%.

77

Quanto ã idade dos elementos pesquisados, a mes-

~a varia entre 20 a 60 anos, havendo predominância para Di

retores e Administradores Escolares na faixa de 31 a 40 a­

nos, e os Orientadores Educacionais, se situam na faixa de

20 a 40 anos.

Para uma melhor visu~lizaç~o destes dados. faze-

mos a apresentaçao total dos mesmos, atraves da Tabela a

seguir:

TABELA 3-

PRdFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E IDADE

CRONOLÕGICA

ESCOLAS ESTADUAIS MUNIC!PIO: MANAUS - 1979

-----ocupaçãl Diret,or Nc 27 Adm.Esc. N=23 O.E. N=30

Idade f 7. f 7. f 7.

20 a 30 anos 3 11,11 5 21,73 13 43,33

31 a ·40 anos 13 48,14 12 52,17 14 46,66

41 a 50 anos 17 25,92 5 21,73 1 3,33

51 a 60 anos 4 14,81

Em branco 1 .4,.34 2 6,66

TOTAL 27 99,98 23 99,97 30 99,98

.Fonte: Pesquisa de campo.

Dos Diretores de Unidades e Subunidades Educacio­

nais que comp~em nossa amostra (Item 2.2), 51,857. nio pos­

suem formaçio superior; destes, 42,857.n~0 participaram de

cursos de aperfeiçoamento ou atualizaç~o promovidos pela

SEDUC-Am,* enquanto 57,147. o fizeram. Do totà1, 14,817. s~o

* Foram computados cursos com qualquer du!"ação, desde que estivessen: relacionados ã função ou atividade exercida pelo informante.

78

habilitados em Administr~ç~o Escolar, porim nenhum deles

participou de cursos promovidos pela SEDUC-Am; os 33,337.

restantes, estio assim representados: 66,667. possuem o cur

80 de Pedagogia sem habilitaçio, enquanto 33,337. sio licen

ciados em Letras e Química, possuindo os mesmos, cursos de

aperfeiçoamento em atualizaçio.

Quanto aos Administrado~es Escolares, 50,867. -sao

graduados em Pedagogia~ habilitados em Administraçio Esco­

lar e 39,137.·fizeram o curso de Pedagogie (antes da Refor­

ma Universitiria); dos habilitados em Administraçio Eico -

lar, .64,287. participarám de cursos de atualizaçio, eriquan­

to 35,717. nio afizeram; dos nio habilitados, 88,88% pos­

suem cursos de aperfeiçoamento e 11,117. nio possuem.

Todos (1007.) os Orientadores Educacionais sio li­

c,nciados em Pedagogia, habilitados em Orientaçio Educacio . . -

nal, sendo que 79,997. fizeram cursos de stualizaçio ou a­

perfeiçoa~ento piomovidos pela SEDUC-Am, enquanto 207. dei­

xou o item sem resposta.

Um dos itens levantados pelo questionirio i rela- •

tivo ao grau de ensino ~m que atuam os informantes; os mes.

mos distrib·uem-se- da seguinte forma:

TABELA 4

PROFISSIONAIS SEGUNtlO A OCUPAÇÃO QUE EXERCEM

EG~AUS DE ENSINO DAS INSTITUIÇÕES

ESCOLAS ESTADUAIS MUNICíPIO: MANAUS 1979

~·s de ens ino

Ocupaçio ~ 19 g129 "g. 19 e. 29~ Diretor

Administrador Escolar

Orientador Educacional

TOTAL

Fonte: Pesquisa de campo.

24

11

11

46

3 27

2 10 23

2 17 30

I 30 80 '+

79

Avaliação dos Cursos

Pediu-se aos informantes que fizessem uma avalia­

ção dos cursos promovidos pela SEDUC-Am, em relação aos

cursos da FACED-UA (item 2.3); os resultados apresentaram­

s e c om o in d i c a (, a Ta bel a n « 5. (V i de p a g • 8 O) •

TABELA 5

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS CURSOS DA SEDUC-Am

EM RELAÇXO AOS CURSOS DA FACED-UA

OCUPAÇÃO DIRETOR ADM. ESCOLAR

Sem forma Form.sup. C.de Pedag. Sem habi Com habi - n/o C.de Ped. s /habi li t. 1it~ção litação çao sup. -----~----- -- ---- ._-------- - -- ._---- --- --- ---- - -----"---- ~---_._-- --- - - -- ---

"Trazem maior ajuda à seu trabalho" 78,577- 66,667- 16,667- 55,557- 14,287-

"Complementam o que e ,da-do na FACED-UA" 33,337- 50,007- 35,717-

Sem resposta 21,427- 33,337- 44,447- 50,007-

Fonte: Pesquisa ,de campo

O.E.

Habi1i -tados

507-

307-

,207-

ex> o

81

Comparando-se os dados apresentados na Tabela n9

5, com os do item 9,(apresentados na Tabela n9 6), do In­

ventario de Opiniões, "o treinamento que recebi da SEDUC­

Am (atravis de cursos, reuniões de estudo, etc.) i supe­

ri or aos ens i namen tos recebido s na F ACED-UA", e ncon t rou- s e:

TABELA'6

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E AVALIAÇÃO

DOS CURSOS DA SEDUC-Am, E~ RELAÇÃO

AOS CURSOS DA FACED-UA

(Item 9. do r. O.)

ne;> 9' S M EH PARTE NÃO

Ocupação 7. f

Diretor 1

Adm~nistrador Esco1ãr 7

Orie~tador Educacional 1 3,33 6

Fonte: Pesquisa de campo

7. f

7,69 12

30,43" 16

20,QO 23

7.

92,30

69,56

76,66

• Para a maioria dos .informantes a formação dada pela FACED

UA, i superior aos ensinamentos oferecidos aos mesmos p~

la SEDUC-Am, atravis de cursos ou reuniões de estudos,

constitundo-se esies ~ltimos, em ajuda para o trabalho

que desenvolvem, ou ainda, complementam ao que i aprendi

do na FACED-UA.

Atr~vis de contatos com aiiuns dos informantes e por e~­periência própria, podemos afirwar que os cursos da

SEDUC-Am, estão voltados quase que exclusivamente para

as "atividades' práticas" que os diversos profissionais

realizam. Ex.: Integração Orientação X Supervisão (como

se processar) ou ainda Estat!stica, visando a aplicação

i~ediata por parte de Diretores de Escolas.

Perguntou-se aos elementos pesquisados "como elas

sifica os ensinamentos teõriios recebidos n~ FACED-UA, em

82

relação ã função que exerce" (item 2.4) e obteve-se o se­

guinte resultado:

TABELA 7 '

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E AVALIAÇÃO

DOS CURSOS DA FACED-UA, EM RELAÇÃO

à FUNÇÃO EXERCIDA

Muito im porta~te

Importante Em br~nco -Ocupa ao

Diretor

Administrador Escolar:

a) sem hab~lit~ção

b) habilitado

Orientador Educacional . .

Fonte: Pesquisa de Campo

38,46% 53,84% 7,69i:

50,007. 50,00%

22,22% 44,447. 33,33%

26,66% 66,66% 6,66%

Pelos dados fica evidenciada a coerência entre as

opiniões emitidas pelos egressos da FACED-UA, quanto ã im­

port~ncia dos conhecimentos obtidos nos dois cursos(SEDUC-.

Am e FACED-UA).

A tend~nd.a mostrada pe:.los três tipos de profissio­

. nais ê considerar importan~es, em porcentagem superior as

muito important~s, com exceção dos Adm. Esc., sem habilita

ção, onde a p~rcentagem.de respostas encontradas ê a mesma.

Qua~to ao conteGdo dos cursos promovidos pela

SEDUC-Am (item 2.5) parece ficar be~ claro que os elemen­

tos constituintes de nossa amostra, consideram-nos como IM

PORTANTES, em relação ã função exercida; a valorização da­

da coincide com a apresentada nos cursos da FACED-UA.

Os Orientadores Educacionais, apresentam igual 0-

'pinião para os dois cursos (FACED-UA e SEDUC-Am).

..

TABELA 8

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E AVALIAÇÃO

DO CONTEUDO DOS CURSOS DA SEDUC-Am

83

-Ocu a ao

Muito importante

ImpoE Pouco Em tante· importante bra~co

Diretor:

a- sem graduação

b- licenciado

Administrador Escolar:

a- sem habi1~tação

b- habilitado

Orientador Educacional

28.577.· 57,147.

30,767. 69.237.

64,087. 35,917.

44,447. 55.557.·

26.667. 66,667.

fonte: Pesquisa de campo.

14,287.

6.667.

Os informantes reclamam que o trabalho desenvolvi

do na FACED-UA, é bastante "teórico" e afirmam que os cur­

sos .da SEDUC-Am, são "mais práticos"; exami~ando-se as .a­

firmativas, parece evidenciar uma falha bastante grand9 no

pertodo dedicado ao Estigio Supervisionado, perIodo este,

que deveria dar ao futuro profissional a verdadeira "habi-

1itação". Ou seri que o egresso da ·FACED-UA, somente adqui

r e a h a b i 1 i ta ç ã o n e.c e s s a r i a n o e x e r c I c i o d a f u r.. ç ã o ? S e é. s

ta hipótese for confirmadá. cremos que o "treinamento em

serviço" será o ideal para a atuação desses profissionais.

Tempo e dinheiro seriam economizados ••• Não cremos todavia

na superioridade de um"curso' 'rapido" sobre um de 2.200 h.s,

como e o de graduação, na formação de elementos dos quais

se exige competência e eficiência.

O objetivo do item 2.6 foi verificar "quais as

disciplinas consideradas importantes para o desempenho ocu

paciona1" pelos diversos especialistas, disciplinas estas

constantes do currículo da FACED-UA.

O resultado apresenta-se na Tabela· n9 9. a segui~

84

.. TABELA 9

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E DISCIPLINAS

CONSIDERADAS MUITO IMPORTANTES PARA O

DESEMPENHO OCUPACIONAL

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNICíPIO: MANAUS 1979

Diretor N=27 Adm.Esc. N=23 O.E. N=30

Disciplinas f

Estrutura e Funciona­mento do Ensino de 19 e 29 graus. 15

Estat!stica Ap1ic~da ã Educação.· 11

Admini~tração de Esco las de 19 e 29 graus. 19

Psicologia 9

Legislação do Ensino

Curr!cu1os e Progra­mas

Planejamento Educacio na1 .

Didática

Orientação Educacional

Orientação Vocaciona1

Aconse1ham~nto Psico­Pedagógico

Princípios e Metodos de O.E.

Orientação do Excepci~ nal

Medidas Educacionais

Filosofia da Educação

Adaptação e Inadapta­ção Escolar

Outras (nuc1eo comum)

Em branco

10

8

7

1

1

2

7

Fonte: Pesqui~a de camro.

Ío f

55,55 17'

40,74 10

70,37 22

33,33 13

37,03 8

18,51 8

29,62 12

.25,92 3

2

3,70

• J

3,70

7,40 3

. ·25,92 7

3

Ío f k

73,91 1 3,33

43,47 9 30,00

95,65 2 6,66

56,52 10 33,33

34,78

34,78

52,17

13,04

8,69 21 70,00

13,04

30,43

20 66,66

19 63,33

13 43,33

13 43,33

1 3,33

1 3,33

1 3,33

85

Verifica.-se uma grande .dispersão por diferentes

disciplinas porem a maior preferência para Dir~torese Ad­

ministradores Escolares recaiu sobre Administração de Esc~

las de 19 e 29 grius e Estrutura e Funcionamento do Ensind

de 19 e 29 graus; para os O.E., a escolha fez-se quase que

exclusivamente para as disciplinas profissionalizantes,

principalmente Orientação Vocacional, Orientação Educacio­

nal, Aconselha~ento Psico Pedag~gico e princ!pios e Meto -

dos de Orientação Educacional~

As disciplinas dos cursos promovidos pela SEDUC­

Am (item 2.7) considerad~s ~UITO IMPORTANTES para a reali­

zação do trabalho que exe~utam, apresentam-se assim discri

minadas:

Disciplinas "MUITO IHPORTANTES"

Administração Escolar X Estrutura,

Técnicas de Dinâmica de Grupo ções Humanas

Estudos sobre a Lei 5692/71

,nida ti c~

Psicologia

Em branco

Rela

Os O.E. apontam as seguintes:

Atualização de Orientadores Educacio­nais

Psicologia

Orientação Ocupacional para a implan­tação das habilitações basicas

Técnicas de aconselhamento

Orient~ção Vocacional

Educação do excepcional

Informação Profissional

Sondagem de aptidão

.'

Planejamento integrado Orientaçã6 X SupeE

visão

Em branco

Diretor Adm.Esc.

46,157. 21,737.

21,427. 17,..397.

13,047-

43,957. 17,397.

21,427. 30,767.

53,857. 69,247.

23,337-

23,337.

16,667.

13,337-

10,007.

10,007.

10,007.

3,337.

3,337.

76,677.

Obs.: estas disciplinas constituem a base necessaria para

86

as atividades que. os O.E. afirmam desempenhar.

SOMENTE AS DISCIPLINAS PROFISSIONALIZANTES FORÂH INDICADAS.

Verifica-se atravis das disci~linas apontadas pe­

los diversos especialistas. que os mesmos valorizam quase

que exclusivamente, as discipiinas profissionalizantes, ex

cetuando Psicologia~ Estatística. Didática e Filosofia. em

percentagem quase insignificante, que constituem discipli­

nas do nucleo comum.

Para os Diretores e Adm~nistradores Escolares, as

m a i s c i t a 'd a s nos cu!' S o s d a F A C E D - U A e daS E E U C - Am são r e s -

pectivamente Administraç~o Escolar e Estrutura e Funciona­

mento do Ensino de 19 e 29 graus, vindo a seguir Psicolo

gia e Estatística.

Um dado importante, quanto is disciplinas ofereci

das pelos cursos da SEDUC-Am, e o' grande numero de elemen­

tos que deixou o item sem resposta, o mesmo nao acontecen­

do com os cursos da FACED-UA.

, Confirma-se assim, o que nos foi revelado (em con

versa) por um dos elementos pesquisados "Os cursos da

SEDUC-Am não se constituem de disciplinas e sim de assun­

tos que são apresentados e discutidos" (o grifo e nosso).

Para os O.E. são tambim as disciplinas de caráter

profis~ionalizante as mais apontadas: Orientação Educacio­

nal e Vocacional; Aconselhamento e Princípios e Metodos de

Orientação Educacional.

f curioso que Fi los afia da Educ,ação -nao tenha ti-

do receptividade entre os sujeitos pesquisados. pois se

constitue em disciplina básica na .determinação dos fins e

valores da educação, e Currículos'e Programas não tenha si

do considerado disciplina importante pelos O.E. Como pode­

rão os mesmos prestar assessoria aos diversos professores,

se nao estão em condições de oferecer tal ajuda? Como pode . alguem opinar sobre algo que desconhece? Tudo nos leva a

crer que o trabalho junto aos professores e realizado ape-

87

nas no sentido de "ajustar" alunos aos padrões de discip1i

na da escola e tentar solucionar poss!veis desentendimen -

tos entre Professores e alunos.

Pa~a Ke11ey (1975), os O.E. verba1izam muito so­

b~e o que o professor deveria·conhecer.a respeito da orie~

tação, mas não procedem da mesma forma no que respeita ao

que deveriam eles próprios conhecer sobre curr!cu10".2

As disciplinas do currículo da FACED-UA que pouco

ou nada contribuem para o trabalho dos especialistas (1tem

2.8) .sio as relacionadds a seguir~

Em branco

Nenhuma

Problemas Brasileiros

Problemas Educacionais da Região Amazônica

Filosofia da Educação

História da Educação

Diretor Adm. Esc.

76,92%

23,07%

47,827-

13,047-

52,177.

13,047-

13,047-

13,047-

Para os O.E. são apontadas virias disciplinas, no

tando-se no' entan-to uma abstenção de 70~ na resposta· ao

item;

Hist;ria da Edu~a~~o

Filosofia da Educação

Problemas Brasi'leiros

Complementos de Matemitica

iegis1ação do Ensino

Problemas ~ducacionais da Regiio Am,zônica

Medidas Educaciona~s

Sociologia

Introdução ã Economia

30,007-

23,337-

23,337-

23,337-

13,337-

13,3370

10,00%

10,007-

10,00%

o item 2.9 (disciplinas dos cursos.promovidos pe­

la SEDUC-Am, que pouco ou nad~ contribuem para o trabalho

que rea1i~am foi desprezado, pois os informantes em sua

grande ~aioria apontou assuntos em vez de disciplinas.

Ex.: E1aboraçio de Regimento Esco1a~

Tecnicas de Dinâmica de Grupo

Tecnicas de Aconselhamento

Interpretação da Lei n9 5692/71, etc.

A seguir pediu-se aos especialistas que

88

re1acio-

nassem as atividades que realmente executavam (item 9.10).

Os resultad~s apresentam-se nas Tabelas 10 e 11.

.. TABELA 10

PROFISSIONAIS (DIRETORES E ADM. ESC.) E TAREFAS

QUE EXECUTAM

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNICíPIO: MANAUS 1979

'Ocupação

Tarefas que

Supervisiona todo o trabalho da escola

Elabora o Plano Geral da Esco la

Realiza levantamentos estatIs ticos

Coordena o trabalho de O.E. e Supervisores Escolares

Colabora no controle de disci p~ina dos dicentes

Controla a assiduidade de do­centes e pessoal administiati vo

Resolve problemas administra­tivos

Faz levantamentos e controle do material de limpeza

Preside Reunião de Pais (bi­mestrais)

Faz reuniões com o Corpo Do­cente da escola

Reune-se com Serventes e' 8e­deis para determinação de a­tividades e orientação

Assessora o Diretor e o subs titui 'em sua ausência - "

Executa todo b trabalho que a escola necessita

Planeja. Orient~ e Lidera

Faz campanha para angariar fundos monetários

Colabora na matrIcula dos discentes

Mantem contato com a SEDUC-Am

Confecciona cartaz informativo

Em branco

Fonte: Pesquisa de campo.

iretor

f

13 '48,14

7 25',92

2

,

9 33,33

6 22,22

7 25,92

3 11,11

7 25,92

6 22,22

5 18,51

4 14,81

4 14,81

10 37,03

8

6

14

3

14

18

3

9

9

9

1

5

3

3

5

89

N=23

34,78

26.08

60.86

13.04

60,86

78,26

13,0.4

39,13

39,13

39, 1,3

4,34

21,73

13,04

13.04

21,73

90

TABELA 11 •

ORIENTADORES EDUCACIONAIS E TAREFAS QUE EX~CUTAM·

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNICíPIO: MANAUS - 1979

OCUPAÇÃO

Tarefas que executam

A- como coordenador

Orientação Vocacional

Reunião com os professores

Todas as atividades relaciona~as ao S.O.E •.

~ . c~v~co

Seleção de instrumentos de apoio para o trabalho do S.O.E.

Sondagem de interesses e aptidão

Outros

Em branco

B- como participante

Orientação (palestras) em grupo

Preenchimento de fichas individuais

Atendimento individual

Levantamento do rendimento escolar

Planejamento e execução das atividades do S.O.E.

Reunião de Pais e Mestres

Reunião com os demais ticnicos da Escola

Reunião com os representantes de turmas

Informação Profissional

Campanhas diversas

Integração FamI1ia-Esco1a

Atividades extra-classe

Conselho de classe

Em branco

Fonte: Pesquisa de campo.

O. E. N=30

f 7.

10 33,33

8 26,66

7 23,33

6 20,00

5 16,66

4 13,33

4 13,33

14 46,66

16 53,33

15 50,00

14 46,66

17 56,66

12 40,00

11 36,ç6

9 30,00

9 30,00

8 26,66

8 26 s 66

7 23,33

7 23,33

5 16,66

14 46,66

91

Fazendo-se uma anilise ,superficial das atividades •

executadas pelos profissionais, verifica-se qu~ a par de

uma formação pedagogica regular, parecem estar os mesmos

desvinculados de suas funç~es reais. V~jamos:

Diretor - publicação do D. Oficial

Administrador Escolar - documento mimeografado e

distribuido

SEDUC-Am.

-as Unidades Educacionais

Orientador Educacional idem, Adm. Escolar.

DESCRIÇÃO DE CARGO (D.O. de 12/03/72)

CARGO: DIRETOR DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO

ÔRGÃO: Fundação Educacional do Amazónas

pela

OBJETIVO DO CARGO: Dirigir, coordenar e controlar os servi

ços administrativos praticados por seus subordin~

dos, responsabilizando-se perante o Diretor da U­

nidade Educacional pelo cumprimento das determina

ç~es superiores, bem como, pelo integral ~poi~,

aos trabalhos .pedagogicos, visando a eficiência

do ensino e a integração do sistema.

ALCANCE FUNCIONAL (esfera de ação): (designação oficial do

Estabelecimento de Ensino).

RESPONSABILIDADES PRINCIPAIS:

1. Participar das reuni~es com os Diretores de Estabeleci­

men~o de Ensino, programadas e dirigidas pelo Direto~

da Unidade Educacional.

2. Elaborar e executar o plano de aplicação da receita pr~

pria do estabelecimento, pelo qual e responsável, obser

vando ~s di~etrizes emanadas dos Coordenadores de Ensi-

no •.

3. Prestar contas dos atos de sua competência de acordo

com as disciplinaç~es da Comissão de Coordenação Geral.

4. Assinar todos os certificados de conclusão de curso ex­

pedidos pelo Estabelecimento.

5. Cancelar matrículas, assinar cadernetas de alunos e fa

zer cumprir as normas vi~entes relativas a uniforme es­

colar.

92

6. Suspender aulas por ~otivos imperiosos.

7. Fiscalizar todos os exames finais.

8 Enviar relatórios trimestrais ao Diretor da Unidade, s~

lientando as distorções verificadas e, sugerindo medi -

das que devam ser tomadas a curto e a longo prazo.

9. Responsabilizar-se pelo encaminhamento ao Diretor da U­

nidade Educacional ou ao Coordenador competente, quando

for Estabelecimento de Ensino 'sem Unidade Educacional J

dos contr~tos a serem renovados e propostas de rescisão

contratual de professores.

10. Manter atualizados dados estatísticos do estabelecimen­

to, como: matrfcula inicial e efetiva, repetência, eva--sao etc.

11. Pronunciar-se quanto ~s necessidades do estabelecimento

com relaçio aos afastamentos.de seus professores, para:

11.1 •. licença especial;

11.2. licenç~ de interesse particular;

11.3. curso de aperfeiçoamento(nio programado);

11.4. projeto Rondon;

11.5. designação para cargo coreissionado da SEDUC;

11.6. designação para funçio gratificada da FEA;

11.7. designação para staff dos Coordenadores de Ensino

e 'N~cle6de Recursos T~cnicos;

11.8. designaçio para grupo-tarefa;

11.9. designação para função ~o gratificada de outros

- - do sistema, orgaos

12. Conceder f~~ias ao pessoal administrativo do estabeleci

mento e licença, tais como:

12.1. para tratamento de sa~de;

12.2. por motivo de doença em pessoa da famflia;

12.3. para repouso ã gestante;

12.4. para serviço militar obrigatório;

12.5. para trato de interesses particulares;

12.6. em caráter especial.

13. Apoiar as decisões da Cong~egaçio e fazer com que sejam

cumpridas.

14. Estabelecer normas internas, para os serviços adminis -

trativos internos, orientando e controlando os setores

93

de sua subordipaçio quanto i~ formas de aplicaçio.

15. Fazer observar o cumprimento do r~gime diditico, 'espe­

cialmente no que concerne o horario das atividades esco

lares, programas e atividades dos professores c estudai

teso

16. Remanej ar pessoal administrativo dentro do estabeleci -mento, de acordo 'com os critêrios estabelecidos pela Co

- Coordenaçio missao de Geral.

17. Preservar a ordem e a dignidade entre os membros dos

corpos discente, docente e administrativo. ,

18. Manter· e promover atividades que permitam o estreitemen

to entre a Escola e a 'Comunidade, principalmente, atra­

vês de reuni~es de pais em conjunto com o Orientador Pe ..

dagôgico.

19. Providenciar a obtençio do material escolar, necesiar{o

ao estabelecimento, orientando e controlando o seu uso.

20. Incentivar e tomar medidas que' visem a organizaçic e o

enriquecimento da biblioteca do estabelecimento .•

21. Indicar ao Diretor da Unidade Educacional ou ao Coorde­

nador competente(quàndo for Estabelecimento de Ensino

sem Unidade Educacional) candidatos de sua confiança

para as funç~es de vice-diretor.

22. Planejar o trabalho do ano letivo com auxílio do vice­

diretor e Orientador Pedagôgico, com base nas experiên­

cias anteriores e nas necessidades do estabelecimento.

23. Cumprir e fazer cumprir as normas expedidas pelas Co6r­

denadorias dos Sistemas que disciplinem sobre atos pra­

ticados em sua area de atuaçio.

24. Promov~r e orieritar a organizaçio e realizaçio de ativi

dades sociais. cívicas e religiosas ~o estabelecimento.

25. Man~er instituiç~es e promover atividades que permitam

o estabelecimento dos contatos. entre a Escola e a comu­

nidade a partir da família, em' beneffcio do aluno e de

todos.

26. Convocar reuniões pedagôgicas e administrativas que ju!

gar tonvenientes.

27. Compar~~e.r is reuni~e$ promovidas pelas autoridades de

ensino, quando for convocado.

94

,SUBORDINAÇÃO: Ao Diretor da Unidade Educacional (quando o •

estabelecimento estiver vinculado i Unidade)e aos

Coordenadores de Ensino (quando o estabelecimento

não estiver vinculado ã Unidade).

RELAÇÕES INTERNAS PERMANENTES: Com o orientador pedag6gico,

professores e encarregados de serviços administra

tivos do e~tabelecimento.

RELAÇÕES EXTERNAS PERMANENTES: Nio hi.

SUPERVISÃO DIRETA: Professores, encarregados de serviços e

alunos.

DESCRIÇÃ~ VIGENTE EM:

APROVAÇÃO: (Presidente d~ Conselho Administrativo).

CIÊ!NCIA: (Titular).

* * *

CARGO: DIRETOR DE UNIDADE EDUCACIONAL

ÔRGÃO: Fundação Educacional do Amazonas

OBJETIVO DO CARGO: Coordenar, c6ntrolar e incentiv~r as a­

tividades desenvolvidas pelos' dirigentes dos Est~

belecimentos de Ensino e pelos órgãos colegiados

internos e externos integrantes da Unidade Educa­

cional, observando as diretrizes eman~das dos Co­

ordenadores de Ensino e desenvolver ações que ga­

rantam a con~inuidade e a eficiincia administ~ati

va.

ALCANCE FUNCIONAL (esfera de ação): (designação oficial da

Unidade Educacional. t·

RESPONSABILIDADES PRINCIPAIS:

1. Controlar'e utilizar estoque de candidatos seleciona -

dos. para prover vagas do corpo docen<te da Unidade Edu­

cacional.

2. R~manejar, internamente, o pe~soal docente e adminis -

trativo lotado na Unidade de acordo com os criterios

estabelecidos pela Comissão de Coordenação Geral.

3. Prestar informaç~es aos Coordenadores de Ensino sobre

a posição do estoque de'candidatos e sobre a vida fun­

cionar do pessoal docente da Unidade, quando solicita­

das.

I

I

-1

95

4. Autorizar licenças, dentro das normas vigentes, aos Di

retores de Estabelecimentos, Orientadores Pedagógicos,

Professores da bnidade, para: tratamento de sa~de, por

motivo de doença em pessoa da famflia, para repouso a

gestante, para acompanhar o cônjuge, para tratamento

de interesse pa!ticular, para participar do Projeto

Rondon e licença especial. (As licenças aos orientado­

res pedag~gicos dep~nderio de privia comunicaçio ao Su

pervisor de Orientação Pedag~gica da Unidade.

5. Fazer cumprir' o calendirio escolar estabelecido pelos

Coordenadores de Ensino, orientandó os Diretores de Es

tabelecimentos.

6. Controlar o cumprimento das normas administrativas e­

xistentes e orientar os diretores de" Estabelecimentos

objetivando a' raci6nalizaçio do trabalho.

7. Propor aos Coordenadores de Ensino a devolução dos Pro

fesso~es da Unidade P?stos i disp6sição de outros ~r­

gãos ou entidades, fundamentando por escrito as raz~es

do procedimento.

8. ,Articular-se com o Supervisor de Orient~ção Pedagógica

da Unidade Educacional, atravis de reuni~es ,mensais,no

sentido de harconizar as iteas administrativa· e pedag~

gica, visando ao atingimento dos objetivos comuns.

9. Indicar aos Coordenadores de Ensino nomes para a fun­

ção de Diretores de Estabelecimento de Ensino bem com~

para dispensa.

10. Solicitar ao Superintendente-Adjunto, segundo os proc~

dimentos vigentes, aut~rizaçio para contratar pessoal

docente mediante o estoq~e de candidatos selecionadus

na Unidade.

11. Participar das reuni~es com os Diretores de Unidades

Educacionai~ de todo o Sistema, programadas e ~irigi­

das pelos Coordenadores de Ensino.

12. Convocar e presidir as reuni~es com os Diretores de Es

tabelecimentos e as reuni~es com os õrgios colegiados

internos e externos.

13. Responsabilizar-se pela elaboração e execução do plano

de aplicaçio,da receita própria da Unidade, observando

96

as diret~izes traçadas pelas Coordenadorias de Ensino.

14. Preparar L submeter, trimestralmente, aos Coordenado­

res de Ensino, ~restaç~es ~e contas de ap1icaçio dos

recursos próprios constantes do plano de ap1icaçio a­

provado.

15. Assinar com os diretores de Estabelecimentos todos os

certificados de conc1usio de curso expedidos pela Urii­

dade.

16. Analisar os relatórios bimestrais enviados pelos Esta­

belecimentos e tomar as decis~es, ou propô-las, neces­

sárias ã solução dos problemas verificados.

17. Enviar aos Coordenadores de Ensino relatórios trimes -

trais, s~lientando as distorç~es verificadas e as ne -

cessidades de meios, a curto e longo- prazo, da Unidade.

18. Encaminhar aos Coordenadores de Ensino, em formulários

padronizados, os dados estatIsticos de sua Unidade re­

lativos a mat~Icula inicial e efetiva; repetincia, eva . .

são e outros requeridos.

19.·Ap1icar suspens~es de exercIcio da funçã~, at~ o limi­

te ~e 5 (cinco) dias, consultada a Comissão de Coordena -çao Geral, a Diretores de Estabelecimento dentro da

sua esfera de ação, por falta de exação no cumprimento

de normas e ordens de serviço emanadas da Diretoria da

Unidade.

SUBORDINAÇÃO: Aos Coordenàdores de Ensino.

RELAÇÕES INTERNAS PERMANENTES: Com o Coordenador de Educa-

ção FIsic~, Recreação ~ Desportos Estudantis; com o

NÚcleo de Recursos T~cniéos.

RELAÇÕES EXTERNAS PERMANENTES: Não hi.

SUPERVISÃO DIRETA: Sobre os Diretores de Estabelecimento

de Ensino da Unidade Educacional.

DESCRIÇÃO VIGENTE EM:

APROVAÇÃO: (Presidente do Conselho Administrativo).

CI!NCIA: (Titular).

97

ATRIBUIÇÕES DO ADMINISTRADOR ESCOLAR (SEDUC-Am)

Lei 1.114 de 31 de março d~ 1974 - Art. 22 § 29

alíneas a, b, c. - O Administrador Escolar, atuará,

vel de micro-educação, na administração de Unidade de Ensi

no, de 19 e 29 Graus, ou apen~s de 19 Grau, segundo sua

habilitação específica em função de:

a) Diretor de Unidade

b) Vice-Diretor de Unidade

c) Diretor de Sub-Unidade

O Administradór Escolar quando não estiver nas

funç~eB específicas, funcionará. junto i Direção de Unida­

de, como Assessor direto.

O Administrador Escolar quando fora das funç~es

previstas no Art. 22 § 29, ficará afeto as atribuições do

caso.

são atribuiç~es do Administrador como Assessor do

Diretor de Unidade:

. 1 - Elaborar o Plano global das atividades de a­

cordo com o serviço de Supervisão Pedagógica e Orientação

Educativa, submetendo-o i apreciação e aprovação

tor da Unidade.

do Dire-

2 - Elaborar planos e programas administrativos

articulados com OS objetivos e metas educacionais da Unida

de Educacional e em conjunto com ~s diretores de sub-unida . des que por ve~tura estejam vinculados.

3 - 2elar pela concretização dos objetivos educa­

tivos propostos pela Escola a serem alcariçados no desenvol

vimento das atividades.

4 - Propor ao Diretor a aquisição ou transferin­

cia de pessoal quando se fizer necessária.

S - Supervisionar administrativamente o trabalho

dos professores, visando com os demais serviços, alcançar

os objetivos da Escola.

6 - Participar das reuniões e dos contatos com os

orientadores educacionais e supervisores, com os pais ou

responsáveis.

98

7 Estabelecer c~itirios regulamentando o cumpri

mento de hori~io e normas disciplinares, em consonância

com a orientação geral estabelecida pela Direção.

8 - Zelar pelo uso e conservação das instalações

e do material escolar, desenvolvendo, nos alunos atitudes

de respeito e valorização da proprieade comum e particular.

9" - Manter contato com os pais, corpo docente e

discente em tudo que for de interesse para o desempenho da

Escola.

10 - Elaborar o Plano de Aplicação da Caixa Esco -

lar. . 11 ~ Apresentar ao Direto~ as necessidades da Uni-

dade quanto ~o material e instalações, supervisionando, ou

trossim, a conservação geral.

12 - Aisessorar o Diretor da Unidade na elaboração

do Relatório Anual da Unidade"Educacional.

13 - Cohhecer a realidade onde esti inserida a Uni

dade Educacional.

14 - Reunir o Corpo Docente e Administrativo men -

salmente para reativar as atividades do mês, avaliando, in

formando e corrigindo as deficiências encontradas.

15 - Solicitar 4as Sub-Unidades, dos Serviços edu~

cacionais dados estatí'sticos para montagem do quadro "geral

da Unidade e subsidiar ou realimentar a S.EDUC.

16 - Contcolar o Calendirio Escolar.

17 - Organizar e manter atualizado "o arquivo que

contenha dados ,estatísticos das escolas sob sua responsabi

lidade.

18 - Tomar decisões no caso de: dispensas de alu

nos; falta de professores; atividades extra-sala de aula

impressão de material diditico; alimentação e material es­

colar do aluno.

19 - Reunir-se mensalmente com a Comissão de Admi­

nistradores Escolares para receber informações e orientação

e levar ã Comissão informações necessarias para melhor so­

lução de casos junto i SEDUC •.

COMISSÃO CENTRAL DE ADMINISTRADORES ESCOLARES

I - ReginaCoeli de Oliveira: 2- Eneida Pacífico Seabra; 3 - Suely Silva de Almeida; 4- Firmino Alves Campêlo; 5 - Maria Isis Andrade Bomfim.

99

ATRIBUIÇÕES' DO ORIENTADOR EDUCACIONAL A NíVEL DE ~SCOLA:

01 - Auxili~r o aluno a conhecer-se a si mesmo, co

mo indivIduo e como membro da sociedade;

02 - Auxiliar o aluno a obter informações que lhe

permitam realizar u~a escolha profissional adequada e cons . ciente, ao mesmo tempo em que os orientados encontrem da -

dos atualizados sobre o mercado ce trabalho;

03 - Auxiliar'o aluno a resolver por si mesmo os

problemas de natureza afetivo-emocional;

04 - Auxiliar o aluno a desenvdlver suas potencia­

lidades e sua capacidade de identificar as prEprias limita'

ções, para que possa desenvolver-se e progredir;

05 - Contribuir para uma meJ,hor integraçio do alu­

no i Escola e conduzi-io a um rendimento diditico satisfa-

t~rio;

06 - Organizar, c~ntrolar e av~liar o processo de

informações referentes ao desenvolvimento do projeto de O.

E., 'envolvendo as seguintes atividades:

- elaboraçio do Material de Apoio

distribuiçio de instruções de materiais de apoio

aos seus orientadore~

~ controle da entrega desse material distribuido.

Mensagem: Os frutos d6 trabalho pr6fIcuo, quase an~nimo da

Orientaçio, podem ser colhidos de imediato, mas· transcen -

dem a vida do adolescent~~ projetando-se na sua vida de a­

dulto.

ATRIBUIÇÕES DO ORIENTADOR EDUCACIONAL

REPRESENTANTE DA UNIDADE

01 - Coordenar a elaboração do planejamento anual

. das atividades;

02 - Organizar, analisar e selecionar juntamente

com os demais O.Es., instrumentos de apoio para o desenvol

vimento das atividades;

03 - Assessorar a Equipe Central, com vistas ao me

lhor desempenho da Equipe Local, no que diz respeito:

100

- transmissão permanente de informações;

coletas de dados para a elaboração do relatório

bimestral da Unidade;

- dinâmica do Serviço, com a aplicação

tecnicas e metodos.

de novas

04 - Favorecer o intérrelacionamento entre a Dire

ção da Escola, o SOE e a Equipe T~cnica.

05 - Representar a Equipe de O.E. da Unidade fren

te a:

- Direção da Unidade;

- Equipe Cential;

- Subcoordenação de 19 grau.

06 - Reunir sempre que necessário os O.E. da Uni­

dade, para ~nalisar os problemas surgidos e estudar as po~

síveis soluções.

O. que

educação vivem

te dissociada

constantes na

-se pode inferir e que os especialistas em

uma situação de fato, quase que inteiramen­

de sua formação pedagógica e das atribuições

legislação oficial (SEDUC-Am). Dos 19 itens

relacionados como atribu~ções do Adm. Esc., corno assessor

do Diretor de Unidade, os especialistas que estao no exer­

cício da função e que constituem parte de. nossa amostra,

somente executa~ cs expressos nos itens 2, 12 e 17, con-

cluindo assim estarem estes,profissionais desviados de

suas funções. O profissional está realizando tarefas que

poderiam ser executados por alguemcom nível educacional .

mais baixo; constata-se assim que está havendo possivelme~

te desperdício dos recursos empregados em sua formação e

sub-emprego da capacidade profissional. Apenas l3~047. rea­

liza o enunciado no item 6 do referido documento "Partici-

pa das reuniões e dos contatos com os orientadores educa-

cionais e supervisores. com os pais ou responsáveis";60,867.

IIcolabora no controle da disciplina dos docentes"; 78,267.

~rcontrola a assiduidade de doc~ntes e pessoal administrati

vo"; 39,,137. faz "levantamentos e controla material de lim­

peza" e "reune-se com serventes P. bedeis para deter~inação

de atividades e orientação". Vemos assim que os Adm. Esc.

t316L10lEC~ .. 10 GETULIO "AR~­fUNOAC,..

101

estao desempenhando o papel de ~iscais controlando a disci •

plina e a assiduidade dos docentes.

Estariam .estes profissionais utilizando em seu

trabalho, parte do embasamento filosófico, sociológico e

psicológico recebido no curso de Pedagogia? A participação

na elaboração do Plano Geral da Escola é de apenas 26,087..

Sendo.o Plano Geral da Escola, a diretriz de todo

o trabalho educativo a ser desenvolvido, cremos que a par­

ticipação de todos os tecnicos em educação existentes na

unidade educacional e' de extrema importincia; cada um dos

especia1i~tas dari a sua 'c~laboração no sentido do aprimo­

ramento do trabalho a ser realizado~ objetivando o desen -

volvimento do aluno como estudante, como membro de uma fa­

mília e de uma comunidade.

Sobre o assunto, assim &e refere Chagas (1971):

"Como se f~sse possível planejar sem levar em c6nta a ges­

t~o, por via da qual projetos e programas tomam forma 8 se

aferem. Como se gerir wma escola, um complexo escolar ou

um sistema de ensino consistisse apenas em executar alguém

os planos elaborados por outros, sem iniciativas compleme~

tares e ignorando os princIpias e métodos que presidiram e~

Sa elaboraç~o. Como se avaliar n~o significass~ ainda pla­

nejar, e houvesse fronteira n:[tida entre o controle. e a

gest~Q. que é o plano uin acto refazendo-se constantemeRte

~ luz da realidad~".3

Referindo-se ã formação e atuaçao do Administra­

dor, o autor citado acima afirma: UMesmo quando exerça uma

dessas funções (Planejamento. Execução. 'Controle e Avalia­

ção) o profissional conhecerá as demais e terá a visão gl~

bal do processo administrativo qu~ ~ impedirá de hipertro­

fiar a sua parte e supnrvalorizá-Ia como Gnica u .

Como ilustração reproduzimos abaixo, na integra,

as atividades realizadas por um Adm. Esc. do sexo feminin~ ,.

42 anos d~ i~ade, habilitada em Administração Escola~ exe~

cendo a função no perrodo de (2) dois anos, em uma Unidade

102

..

Educacional que mantem o 19 e 29 graus.

"1. Levantamento de aulas previstas e dadas

2. Contagem de alunos evadidos.

3. Observação do aparelhamento escolar e do pre­

dio - conservação da limpe~a.

4. Observação da disciplina".

As tarefas executadas pelos O.E. que constituiram

nossa amostra estao voltadas para:

- Orientação vocacional - 33,337.

- Rendimento escolar - 46,667.

- Orientação (palestras) em grupo - 53,337.

- Atendimento individual - 46,667.

Os O.E. parecem estar muito presos ao aconselha

mento individual, esquece~do que o tempo gasto para aten -

der um aluno, e o mêsmo que levaria para auxiliar 40 ou 50f

em um trabalho de assistincia i turma.

Os horirios de aula nos diversos estab~lecimentos

pesquisados não previm tempo destinado ao SOE; os O.E. o uti

lizam na ausêncià de professores, ou quando há "tempo vago"

(sem aula prevista).

Chama-nos atençió, o numero de O.E. que deixaram

este item sem resposta - 46,667..

Pediu-se aos profisg:onais em questao, que apon-

tassem a tarefa que executa e que considera como a mais im-

portante (item 2.11); as principais são:

Diretor

Em branco - 56,53%

• Todas as atividades - 43,47%

• Procura meios p~ra melhorar o ensino, a escola e a comu­

nidade a que estã servindo - 34,78%

Planejamento curricular - .13,047.

.. Administradores Escolares

• Em branco - 65,227-

• Zelar pela discipiina do coligio - 34,78%

Atuação 'junto aos' serventes e bedeis - 21,73%

.' Todas são importantes - 21,737-

Atuação junto i D~reção e Professores - 17,39

Levantamento estatístico - 13,047-

• Controle da assiduidade de fun~ionarios - 13,047-

103

• Participação no Planejamento Geral da Escola - 13,04%

Eis o depoimento de um Adm. Escolar, de 29 grau,

sexo feminino, 36 anos, 1 ano no exerclcio da função; prc~

tou concurso p~blico para o cargo que ocupa. Possui o Cur­

so de Pedagogia, sem habilitação e sem c~rsos de especiali -zaçao.

"Atendimento aos alunos dentro do

plinar e da docum~ntaç~o".

aspecto disci-

Parece-nos_lógico que, para a execução das ativi­

dades mencionadas pela citada Adm. Esc. não ha necessidade . . #

de ~er pcssuidor de formação superior e muito menos de ~a-

bilitação especlfica.

Nossos Administradores Escolares -nao sabem o que

devem fazer, ou não têm condições ou interesses em exercer

de fato a função? Ã primeira vista, parece-nos' que ha um

distanciamento muito gran~e entre o Diretor e os Adminis­

tradores Escolares com função de Assessor. Necessitaríamos

de maiores d3d~s para emitirmos com segurança tal

ti va.

afirma-

Pela percentagem apresentada em atendimento indi­

vidual, tudo no~ leva a crer, que a Orientação Educacional

nas escolas pesquisadas, resume-se quase que exclusivamen­

te em "dar conselhos" aos alunos. Como i possível fazer o

su~erido pela Equipe Central: 1- Auxiliar o aluno a conhe­

cer-se a si mesmo ••• ; 2- idem, realizar uma escolha profi~

sional adequada e consciente e que encontrem' dados atuali­

zados sobre Mercado de Trabalho ••• ; 5- contribuir para uma

104

melhor integ!açio'do aluno i Escola e conduzi-lo a um ren­

dimento didatico satisfatório.

A atuaçio do O.E. esti voltada unicamente para o

aluno? De que manéira o O.E. poderi realizar o sugerido p~

la SEDUC-Am, com um n~mero tio grande de orientandos por

orientador? Que condiç~es sio ofer~cidas ao O.E. para que

mantenha atualizado, dados sobre o Mercado de Trabalho? Co

mo levar o aluno a um rendimento ~scolar satisfatório, se

vários são os fatores que interferem neste processo?

são indagaç~es como estas, que necessitam de res­

postas, para que a FACED-UA, tenha condições de pelo ,menos . discutir com os formandos, sobre a possibilidade de atendi

mento ~as decis~es tomadas pelos responsaveis pelo SOE, a

nivel de micro-sistema.

Orientadores Educacionais

~ atendimento individual - 63,33%

sondagem 'de aptídio - 13,33%

• atendimento em grupos - 13,33%

atendimento a pais de alunos - 6,66%

participaçio nas reuni~es de Pais e Mestres - 6,66%

• paiticipaç~onos Conselhos de Classe - 6,66%

• em branco - 36,66%

Snlicitados a relacionar as maiores falhas observa

das no curso que' realizou na FACED~UA (item 2.12), os in­

formantes opinaram da forma a seguir:

Diretor

• e~ btanco- 60%

• estágio supervisionado deficiente (pouco tempo; falta de

assistência do professor orientador - 407.

Obs.: somente foram computados os possuidores do curso de

Pedagogia (habilitados ou nio), num total de 10 ele-

mentos.

Administrador Escolar

• em branco - 65.227.

• muita teoria e pouca aplicabilidade - 34.787-

falta de preparo profissional de alguns professores

21.737-

105

• pouco t~mpo destinado ao Estigio Supervisionado - 21.737-

falti de bom relacionamento entre Professor e Aluno

13.047.

• professores sem "didãtica",preocupados apenas

materia - 8.697.

• nenhuma falha - 8,697.

em dar a

demora em se imp1antér a Reforma Universitiria - 4~34%

Orientadores Educacionais

falta de prevaro profissional de alguns professores

66,667-

.·pouco tempo destinado ao Estágio Supervisiortado - 53,337-

• muita teoria e pouca aplicabilidade na realidade em que

irio atuar - 53,337-

• professores sem "díditica", preocupados apenas em dar o

conteúdo da disciplinas - 23.337-

• falta de assístincia do professor responsável pelo Está­

gio Supervision..ado - 13.337-

• falta de interesse de alguns professores - 107-

• em branco - 3.3,.117.

Pediu-se aos info~mantes que indi~assem discipli­

nas a serem inoluidas no currfculo do curso que fizeram de

modo a melhor preparar o profissi6nal (item 2.13).

O nIvel de abstençio de respostas a este item foi

grande, como atestam as percentagens encontradas: Dire -

tor - 607.; Adminisirador Escolar - 69.577.; O.E~ - 63,337..

Como sugestio. apresentam as seguintes

nas:

Diretor

• relaç~e~ humanas - 307.

planejamento educacional - 107..

discipli-

Administradores Escolares

relaçãc human~s - 30,43i.

assessoramento tenico ã Direção - 13,04i.

planejamento educacional - 13,047.

administração escolar como empresa - 8,697.

Orientação Educacional

tecnicas de liderança - 26,667.

• relações humanas - 23,337.

psicometria - 207.

dinimica de grupo - r07.

• orientação educacional a nive1 de empresa -.107.

• tecnicas de aconselhamento - ~07.

106

Como se pode verific~r ~traves dos dados obtidos,

e.dest~cada pe1~s especialistas em educação, a inclusão no

curricu10 do Curso de Pedagogia, disciplinas como: Rela­

ções Huma~as, Te~nicas de liderança e Dinimica de Grupo.

Não dispomos de dados que possam esclarecer, se

as citadas disciplinas foram cursadas pelos egressos da

FACED-UA, ou se a não existincia das mesmas, constitue pa-.

ra eles uma falh~ no curso realizado.

As discirlinas apontadas constituem-se importan-,

tes para o trabalho dos pr~fissionais em educação, a nIvel

de contatos (repniões e atendimentos) com alunos, pais e

demais elemen~os que compõem a unidade escolar.

Par~ce-nos que os profissionais (pesquisados) sen

tem-se inseguros no relacionamento humano, pelas pércenta­

gens apresentadas •.

o O.E. acusa dificuldade em liderar, ou ser acei­

to como tal; e muito importante que este profissional seja

realmente um 1Ider dentro da escola, pois cábe a ele, em

'estreita colaboração com o Supervisor Escolar, prestar aj~

da aos diversos professores, propondo modificações nos cur

riculos e programas, sugerindo atividades para que o ensi­

no se apresente de forma criativa e inovadora, e favorecen

107

do condiç~es para o desenv~lvimento pessoal e intelectual • de todos os estudantes. O Orientador. Educacional e, ou de-

ve ser, um especialista em relações interpessoais, e um

dos grandes responsáveis pela mudança 4ue deverá se opera~

em todo o pessoal envolvido na escola.

Sobre a formação do O.E. (i tem 2.17), 16,66% con­

corda que a mesma d~verá ser feita a n!vel de p~s-gradua­

ção; os demais. 83,33%, discordam, e afirmam que "um pos­

graduado dificilmente atuaria como O.E. em escolas de 19 e

29' graus"; outros afirmam que o p.os-graduado "exigiria

maiores s·alârios". Os' que concordam, dizem que "haveria um

aprofundamento de conheci·me~tos". e "maior valorização do

especialista" •.

A respeito de criterios ou qualidades que de~erão

ser levados em conta na seleção de candidatos para o curso

de Pedagogia, habilitação em O.E.~ os resultados obtidos

encontram-se, na Tabela 12. (Vide pág. 108).

108

TABELA 12

O.E. E CRITÉRIOS OU QUALIDADES PARA A SELEÇÃO . DE

CANDIDATOS AO CURSO DE PEDACOGIA - HABILITAÇÃO EM

9RIENTAÇÃO EDUCACIONAL

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNICíPIO: MANAUS - 1979

Ter vocaçio (aptidio especifica) para o trabalho do SOE

Maturidade psicológica

Bom senso para resolver problemas

Facilidade de relacionamento

Idoneidade moral·

Inteligente

Capacidade de liderança

Autenticidade

Conhecedor de probl~mas educacionais

Conhecedor do trabalho do SOE (antes de fazer a habilitaçio em O.E.)

Fonte: Pesquisa d~ campo

18

17

10

8

8

5

5

4

1

1

N=30

7.

60,09

56,66

33,33

26,66

26,66

16,66

16,66·

13,33

3,33

3,33

Os alunos que terminam o ciclo bãsico nao são sub

metidos à testagem com fínalidade de escolha de habilita --çao.

A escolha da mesma,,( feita livremente pelo alun~

sem qualquer orientação por parte da FACED-UA.

Perguntado se as tarefas executadas correspondem

ao que estudaram na FACED-UA (item 3.5), as respostas obti

das apresentam-se assim:

109

.. TAJ?ELA 13

CORRESPOND~NCIA ENTRE AS TAREFAS EXECUTADAS POR

DIRETORESp.ADM. ESC. E O.E. E CONTEÚDOS

DOS CURSOS DA FACED-UA

Ocupa~ões

Diretores

Administradores Esco~ares

Orientadores Educacionais

Fonte: Pesquisa de campo

~IM NÃO EM PA~T~

10,00% 50,00% 40,00%

13,04% 13,04% 73,91%

56,66% 43,33%

A seguir pediu-se para que correlacionassem as

tarefas executadas COITo o conteúdo dos cursos da FACFD-UA,

e os resultados foram os seguintes: 507. dos Diretores afir

ma .que hi inteira correspondincia; para 16,66% nio hi cor­

respondincia entre a teoria ministrada e a pritica executa

da, e, 33,33% deixou sem resposta a indagaç~o. Para os Ad~

Esc. encontr~mos: 52,17% sem resposta; 26,08% afirma n~o

existir corresponàincia; 4,34% afirma que a correlação

existe, porêm por imposições do sistema, n~o existe possi­

biliàade de execução; 17,39% afirma que a correlaç~o exis­

te apenas entre Estr~tura e Funcionamento do Ensino de 19

e 29 graus e Psicologia.

Trans c re vemos a segui r o depo imen to de." um Admi n"i s

trador Escolar por enqu~dramentop 5 anos de exercIcio na

função, srixo feminino, 35 anos de idade, possuindo virios

cursos de atualização em Administraç~o Escolar.

"As atribuiç6es do Adm.Esc. elaboradas pela equi­

pe da SEDUC-Am, corresponcem ao conteúdo es~udado na FACED

-UA; entretanto .na rede estadual, nem sempre o Adm.Esc. e

o Diretor. e porisso ele (Adm.Esc.l realiza tarefas dife -

rentes".

Este depoinento vem confirmar, que, os Adm. Esc.

em função de Assessoria, estão ocupando um cargo, e execu­

tando tarefas dissociadas de sua formação ~edag~gica.A fun

110

çio administrativa, esti c~ncentrada na.pessoa do Diretor,

e seu "Assessor" delas praticamente nio participa; parece -nao haver um entrosamento entre' os dois profissionais e

uma divisão de funções.

o Diretor recebe ordens da SEDUC-A~ aquele ordena

a seu assessor, e este executa o que lhe ~ determinado, sem

questionar o porque de realizar ou não~tais atividades. T~

do indica que hi uma inteira submissão em ordem hierirqui­

ca, de baixo .para cima.

De acordo com Go1dberg (1974), "Um Assessor e um

espeqialista cuja maioi habilidade consiste em aperfeiçoar

e implementar decisões alheias capazes de afetar um objet~

vo com o qual el~ tamb~m est~ compromstido".-

Dos O.E., 307. deixo~ o item sem resposta, enquan­

to os 7,07. resta11:tes afirma que "todas as atividades desem­

penhadas estão coerentes com os ensinamentos recebidos na

FACED-UA",' ou ainda, "as disciplinas específicas da habili

taçao em Orientação Educacional dão o embasamento necessá­

rio para as atividades rotineiras e para o aconselhamento

individual".

Embora rêconhecendo algumas deficiincias nos cur-

sos que fizeram, registra-se uma tendincia favorável de

opiniões quanto·i'yalidade dos mesmos.

Em re1~ção aos cursos promovidos pela SEDUC-Am,

( i tem 3. 7) h o uv e um a a b s te n ç ã o b as ta n t e g r a n de d e r e s p o s -

tas, como se pode constatar; Diretor - 8l~487.; Adm. E~c. -

78,26~; O.E. - 60%; outros dados encontrados são:

Diretor: - "contribue para a melhoria do trabalho"- 14,817-

"não corresponde i realidade em que atua"- 3,70%

Adm.Esc.:- "contri.bue para a melhoria do trabalho"- 17,397-

"não teve qualquer relação com a .funçio exerci­

da" - 4,34%

O. E • : - "auxiliam-nos nas tarefas a serem desempenhadas

111

e que se enconiram nas atribuiç~es deteimina-• •

das pela legislação oficial" - 1070 , .

·"constituem reforço ou aprofundamento

foi vfsto na FACED-UA" - 307..

-

do que

Embora nao tenhamos obtido maiores dados, parece

indicar uma retração por parte dos profissionais quanto a

este item, talvez mais do que nos outros, pois os instru -

mentos de pesquisa foram entregues e recolhidos pelo Dire­

tor de cada Unidade ou Sub-unidade educacional, e que pos-

o si~elmente deveri ter lido as respostas dadas por cada au­

xiliar seu.

o resultado encontrado no item 3.8 "A escola em , ... que voce trabalha pede-lhe que realize tarefas para as

quais a FACED--UA, nao o preparou"?, esti coerente com o en

contrado no item 3.5 do mesmo instrumento pois os Direto­

res afirmam que isto nio se di, n~m total de 50~; para 30%

isto acontece, e 20% deixou o item sem resposta; p~ra_ os

Adm.Esc. o resultado ~. bem parecido, como se ...

ve: 507. nega

nue tal pedido seja feito; 26,087. afirma que isto acontece.

Destes, apenas dois(2) enumeraram algumas destas tarefas:

Adm.Esc. n9 I -

-"Fazer. escala de trabalho para o pes.soal t~cnico

e administrativo"; "supervisionar o trabalho de serventes,

auxiliares de Secretaria, Inspetores (Bedeis) de

al~m de colaborar· diretamente nestas tarefas".

Adm.Esc. n9 2 -

alunos,

-"O Adm.Esc. faz de tudo um pouco; ele tanto subs <

titui o Inspetor de alunos na disciplina da escola como ~

-solicitado para colaborar na prog!amaçao de Orçamentos e

Uso de verbas"; "organiza horirio. escolar (carga horária)";

"faz entrosamento dos planos administrativos e t~cnicos(p~

dagõgicos)". Dos Diretores, nenhum justificou a resposta

dada •.

P a ICa o s O. E ., e ti c o n t r a - s e 7 6 • 66 70 que r e s p o n deu de

112

forma negativa, enquanto 23,337. afirma que isto acontece, • e exemplificam:

"particição do O.E. no planejamento geral da Esco

la"; " a a-atendimento de 1~ a 4. serie do 19 grau";

"aplicação de testes";

"organizaç~o dos Conselhos de Classe";

"organização das Associações de Pais e Hestres";

"organização dos Centros Cívicos";

"cursos de liderança para representantes de tur-

mas";

"cursos para Infipetores de alunos". -

, AvaZiação do curso da FACED-UA (Inventário)

O item 1, "O curso realizado deu-me uma visã~ cia

r~ sobre a função a ser desempenhada", e respondido de for

m~ afirmativa por 46,157. dos Dire'tores; 52,177. dos Adm.Esc.

e 33,337. dos O.E.; EM PARTE, recebeu dos informan~es, um

grande n~mero de-respostas: Diretor - 46,157.; Adm. Esc. -

39,137.; O.E. - 63,337.,-Negando a afirmativa, encontramos:

Diretor - 7,69%; Adm.Esc. - 8,697.; O.E, - 3,33%.

Indagado se, "Os objetivos do curso r~a1izado fo­

ram superficiais e pouco definidos" (item 2), ~s informan­

tes assim se pronunciaram: (Ver Tabela 14, pãg. ll3).

.. TABELA" 14

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E OBJETIVOS

DOS CURSOS DA FACED-UA

ESCOLAS ESTAD·UAIS MUNICíPIO: MANAUS

Diretor

dos cursos da . FACED-UA

Administrador Escolar

Orientador Educacional

Fonte: Pesquisa de campo.

5

3

7

EM

7. f

38,46 3

13,04 12

23,33 15

1979

PARTE

7.

23,07

52,17

50,00

113

NÃO

f 7.

5 38,46

8 34,78

8 26,66

Embora nossa intençio nio seja a de fazer estudo

comparativo entr~ os especialistas estudados, podemos as~~

gurar que os O.E. sio os menos satisfeitos com o curso rea

liz~do, como indicafu as respostas aos itens 1 e 2, nio a­

contecendoo mesmo com o item seguinte (3).

Os especialistas pesquisados tendem a 'considerar

lIadequado, o currículo do curso realizado" (item 3), pois,

52,177. dos Diretores responderam SIM, a afirmativa; quanto

aos Adm.Esco1ares, hi coincid~ncia entre SIM e EM PAR~E,

num total de 46,157.~ para. os O.E., a concordincia atinge

66,667.. Perguntado "se o embasamento teórico recebido na

FACED-UA, e suficiente para a tarefa que desempenha" (item

7) os. profissionais (Direto~es e Adm.Esc.) mo~tram-se ind~

finidos ao responderem ao item, pois os primeiros, aprese~

tam 53.847. "EM PARTE", e os segundos, 43,47.7. "EM PARTE";

os O.E. sio mai~ categóricos, apresentando 50% "NÃO'.', en­

quanto 33,337. assinalou "EH PARTE", mostrando-se assim des

favoriveis.

"Vale a pena fazer o Curso de Pedagogia"(item 10)

o resultado e bastante favorável, para os três especialis­

tas: Diretores - 84,617. (SIM); Adm.Esc. - ~l,307. (SIM); O.

E. - .8 O 7. ( SIM); p 5 m e s mos s e n tem - s .e " bem p r e p a r a dos para

114

a função que exercem" (item 14),. na seguinte proporção: Di •

retores - 61,537.; Adm. Esc. - 60,86%; O.E. - 7~,337.."

Informam "ainda os elementos pesquisados que "são

atualizados os programas das diversas disciplinas do curso

realizado" (item 18); para os Diretorcs~ "SIM", obteve

53,847., para os Adm. Esc. - 43,47% e para os O.E. "SIM", 02-teve 407. e "EM PARTE", 46,667.; sobre o "entrosamento entre

o conteúdo das "diversas disciplinas (item 19), há concor -

dância nas respostas dadas por Diretores e O.E. quando os

mesmos afirmam que a mesma se dã ,apenas "EN PARTE", na se­

guinte pioporção: Dir~tores - 46,157.; O.E. - 507.; para os . "

A d m • E s c " " E M PARTE", r e ce b e u 34, 7 8 7. de r e s p o s tas e 43,477.

de "SIM", ou seja, o entrosamento não existe.

Segundo os elementos constituintes de nossa amos­

tra, VALE 1 PENA FAZER O CURSO DE PEDAGOGIA; O CURRIcULO

EM PARTE ESTà ADEQUADO e a PREPARAçÃO DADA CORRESPONDE 1

ATIVIDADE EXERCIDA; OS PROGRAMAS DAS DIVERSAS DISCIPLINAS

s10 ATUALIZADOS, e o CONTEnDO DAS DIVERSAS DISCIPLINAS f

ATUALIZADO "EM PARTE", "numa proporção bem significativa.

Éstágio Supervisionado

A respeito dq Estãgio Supervisionado {item 2.15 e

6 do 1.0.) nota-se divergência de julgamento, emitido pelo

mesmo "sujeito, nos dois instrumentos.

No que se refera ao resultado do item 2.15 foi

possIvel estabelecer, a partir das respostas dos informan­

tes, uma escaia de julgamento de valor(de bom a fraco). Os . resultados estão apresentados na Tabela n9 15. (pãg. 115).

TABELA 15

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E AVALIAÇÃO

DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ESCÓLAS ESTADUAIS - MUNIC!PIO: MANAUS 1979

115

Estagio Supervisionad BOM REGULAR FRACO EM BRANCO

Ocupação f f 7. fi 7. f 7.

Diretor ~ 2 15,38 4 30,76 7 53,84

Administrador Esco lar 9 39,13 2 8,69 6 26,08 6 26,08.

Orientador Educa-cional 15 50,00 5 16,66 7 23,33 3 10,00 --------------------------------------------~. ~-------------------

Fonte: Pesquisà de ~ampo.

N o I n v e n·t ã r i o d e O p i n i õ e s ( i tem 6), "O e s t ã g i o s u

pervisionado representou Uma complementação eficiente ao

que aprendi nasdiseiplinas do curso", os resultados apre­

sentam-se assim:

TABELA 16

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E AVALIAÇÃO

DO E~TÃGIO SUPERVISIONADO

ESCOLAS ESTADUAIS -' MUNICIPIO: MANAUS 1979

Supervisionado (avaliação) EM PARTE ..

Ocupa'ção 7- f 7.

Diretor 6 46,15 4 30,76

Administrador Escolar 12 52,17 5 21,73

Orientador Educacional 10 33,33 11 36,66

Fonte: Pesquisa de campo.

NÃO

f 7.

3 23,07

6 26,08

9 30,00

Como se verifica pelos dados da Tabela 15, nenhum

dos Diretores considerou o estágio "BOH"" mas 46,157. ao

responderem o item 6 do 1.0., deram resposta positiva; há

116

portanto uma indefinição de opiniões.

Solicitados a opinar se "durante o curso realiza­

do houve entrosamento entre o conteúdo das disciplinas e o

Estágio Supervisionado" - item 13 do LO., nota-se que há

uma equivalência entre os resultados obtidos, conforme mos

tramos a seguir;

TABELA 17

CORRESPOND~NCIA ENTRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E

CONTEÚDO DAS DISCIPLINAS DOS CURSOS DA FACED-UA

ESCOLAS ESTADUAIS MUNICÍPIO: MANAUS - 1979

~uperv~s~onado X Conteúdo das SIM NÃO EN PARTE

Ocupação

Diretor 38,467. 30,767. 30,767.

Administrador Escolar 34,787. 43,477. 21,737.

Orientador Educacional 26,667. 50,007. 23,337.

Fonte: Pesquisa. de campo

Quanto' aos "aspectos positivos e negativos do Es­

tágio Supervisionado" (item 2.16), os informantes aponta­

ram os abaixo relacionados:

Aspectos Positivos

bom relacionamento com o pessoal

da escola

oportunidade de aplicar os conh~

cimentos recebidos da FACED-UA

conhecimento da realidade escolar

em branco (sem resposta)

Diretor Adm.Esc.

7;697.

21,737.

56,527.

Aspectos Positivos • boa orientação recebida do Professor

Orientador do Estágio

atenção recebida do O.E. da escola em que estagiou

oportunidade de contactar com os a1u-. nos

aplicação da teor~a aprendida na FACED-UA

em branco (sem resposta)

Aspectos ~egativos

fal~ade assistincia pdr ~arte. do Prof. Orientador do Estágio

numero mínimo de horas

colegios onde o estagiário foi apenas observador

'em branco (se~ resposta)

o estigip resumiu-se apenas em receber informações do Diretor e consultar Re~imento Escolar

distância da realidade (Teoria X Prática)

não houve aspecto negativo

coincidência do estágio com disciplinas

fraca atuação por parte do O.E. da escola

o planejamento proposto pela SEDtiC-Am, não atende i realida de da Escola

grande quantidade de alunos por turma

falta de hoiário para que o e~

Diretor

46,157.

7 s 697.

53,847.

111

Orientador Educo

'33,337.

16,667.

AdL1.Esc. O.E.

34,787. 13,337.

13,047. 23,33%

13,047. 3,337.

56,527. 53,33'7.

4,347.

26,087.

3,337.

6,667.

3,337.

10,007.

tagiãrio pudesse atuar 3,33%

o SOE da escola e desacredita-do pelos demais especialistas 3,33%

falta de recursos materiais 6,667.

Pelos dados obtidos, constatamos que a institui­

ção formadora de especialistas em educação~no caso a FACED

-UA, desconhece a realidadeodas escolas de 19 e 29 graus,

e por outr'o lado, a SEDUC-Arn, não faz sentir a Universida-

118

de. quais as suas necessidades, quanto i qualificaçio dos

recursos humanos a ela necessarios. Os estagiarios pouco

aproveitam das horas dedicadas a tão importante atividade

para seu aprimoramento profissional. Os professores respo~

saveis pelo Estagio Supervisionado. enviam seus alunos aos

diversos estabelecimentos de ,ensino. sem ter uma noção pr~

cisa do qu~ o especialista que esta se formando devera fa-

zer no mesmo; nio existe acompanhamento, e como foi dito

por um Adm.E~c. uh~ apenas um~ avaliaç~o final, atrav~s de

um Relat6rio u• Ainda nio se faz, nas duas habilitaç~e~ es­

tudadas, uma avaliação crItica, no sentido de que esta ati

vidade passe a se constituir num ~primoramento cultural do

profissional em formaçio.

Avaliação da aprendizagem: Inquiridos sobre se e "adequada

a forma de avaliaçio" (item 17), encontramos uma divisão

de opinião dos três grupos estudados; os Diretores afirmam

que SIlo!, num total de 38,467.; e dividem-se igualmente(30,767c)

em respostas negativas e EM PARTE; bastante parecido

encontrado entre os Adm.Esc., pois ha coincidência

-e o

entre •

SIMe EM PARTE, num total de 43,477. para cada resposta. Os'

O.E. apresentam-se mais satisfeitos com a forma com que fo

ram avaliados, pois 507. concordou com a a~irmativa, enqua~

to EM PARTE obt·eve 36,667. e NÃO, fipenas 13,337..

NGtrJdo'loJia-: '·'A' metodologia de ensino utilizada na FACED­

-UA" (item 5) nio e inadequada, do ponto ·de vista dos in­

farmantes, embora este item tenha apresentado grande pro -

porção de respostas EM PARTE, como se pode constatar na ta

bela a seguir:

TABELA 18

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E ADEQUAÇÃO

DA METODOLOGIA DE ENSINO UTILIZADA NA FACED-UA

ESOOLAS ESTADUAIS - MUNICíPIO: MANAUS - 1979

---- , Metodologia Ocupação SIH EM PARTE -

119

NÃO

Diretor 38,46% 30, 76 % 30,76%

Administrador Escplar 43,47% 43,47% 13,04%

Orientador Educacional 10,00? 50,00% 40,00%

Fonte: Pesquisa de campo

ReaZidade SociaZ Condições de atuação do profissional.

Embora um grande numero de profissionais reconheça o papel

positivo do curso, que realizou, sua atividade educacional

não i bem defini~a em razão das condições sociais e~ que

se situa. O item 4 ~minha atuação como especialinta em edu

cação ~ muito limitada devido as condições sociais em que

vivemos", apresentou o seguinte resultado:

TABELA 19

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E COND~ÇÕES

, DE ATUAÇÃO

ESCOLAS ESTADUAIS MUNICíPIO: MANAUS - 1979

social, EH PARTE NÃO

Ocupação 7- f 7- fi %

Diretor 5 38,46 5 38,46 3 23,07

Administrador Escolar 7 30,43 12 52,17 4 17,39

Orientador Educacional 11 36,66 9 30,00 10 33,33

Fonte: Pesquisa de campo

120

.. L

Se compararmos estes dados com os encontrados no

·item 12, "O Curso de Pedagogia.e falho, pois não corresp0!l

de às reais necessidades da sociedade", encontraremos uma

homogeneidade maior, por parte dos elementos pesquisados;

ji que a resposta EM PARTE, foi a de maior preferência: Di

retor - 53,84%; Adm~Esc. - 60,86%; O.E. - 50%.

Embora tenham afirmado .que "vale a pena fazer o

Curso de Pedagogia", e 1e atende apenas EM PARTE, as neces­

sidades do Mercado de Trabalho.

"Sinto que meu trabalho e prejudicado por exigên-.

cias feitas pela realidade em que atuo, e para as quais a

FACED-UA não' me preparou" (item 8), não .apresenta posição

idintica para os elementos pesquisados, como se pode cons­

tatar pelos dados abaixo:

TABELA 20

PROFISSIONAIS SEGU~DO A OCUPAÇÃO E CpNDIÇÕES

DE ATUAÇÃO

ESCOLAS ESTADUAIS MUNICÍPIO: MANAUS - 1979

Realidade EM PARTE

Ocupação % f

Diretor

NÃO

f %

2 15,38

Administrador. Escolar

Orientador Educacional

10 43,47 8 34,78 5 21,73

9 30,00 8 26,66 13 43;33

Fonte: Pesquisa de campo

Ava1ian'do a "formação recebida na FACED-UA" e pe!:.

guntado se "corresponde à realidade em que atua"(item 11),

afirmam os informantes que tal correspondência existe, nas

seguintes porcentagens: Diretor - 38,467.; este resultado

coincide com o EM PARTE; Adm.Esc. - 52,17%; O.E~ - 53,33%.

Analisando-se os dados encontrados relativos ao

item 2.14 "importância do especialista em educação no sis-

121

tema educacional têm que atua" e 'no item 20 do 1.0., o esp!:,

cialista em educação ê considerado muito importante no pr~

cesso educacional, temos:

Diretor

Admiriistrador EscolAr

Orientador Educacional

Muito importante

61,53%

73,917.

63,337.

Como ilustração, transcrevemos a seguir,

depoimentos recolhidos nos Questionirios:

Em branco

39,477.

26,087.

36,667.

alguns

- "~ de capital import~ncia a pr~sença de um bom Diretor,

isto e l uma pessoa que conheça.Admi~istraç~o Escolar 8 n~o

apenas um professor que sai de sal~ de aula". Adm. Esc.

por enquadramento, 35 anos de idade, sexo feminino, exerce

a" função hi5 anos em Escola de 19 e 29 graus, possui o

Curso de PBdagogia sem habilitação, e participou de virios

cursos de aperfeiçoamento e atualização.

- "O Adm.Esc. dever~ ser mais valorizado, dando-lhe maior

autonomia e responsabilidade em decis5es". - Adm.Esc., co~

cursada, 35 anos de idade, exerce a função hi 5 anos em es

cola de 19 grau; licenciada em Pedagogia - habilitação em

Administração Escolar.

"I:: d.ado ao O.E. grande importância dentro da escola; é .ne

cess5rio porém qu~ ele se posicione como elemento atuante

no sistema". - O.E., concursada, 28 ano.!), exerce a função

hi 5 anos, em escola de 19 e 29 graus, licenciada em Peda­

gogia - habilitação em orientação Educacional.

o item 20, recebeu idêntico resultado ao de item

2.14, ou seja, os especialistas e~ educação (Diretor, Adm.

Esc. e O.E.) são considerados importantes no sistema educa

cional.

Frente ã afirmação contida no item 16 (1.0.), "O . Adm.Esc., Diretor ou O.E. poderia ter melhor atuação se ti

vesse mais liberdade de ação educacional" pode-se dizer

122

que a maior parte dos profissionais pesquisados sente-se

tolhido em suas,iniciativas', dado este percebido atravis

das altas percentagens de respostas afirmativas, conforme

tabela a seguir:

TABELA 21

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E LIBERDADE

DE AÇÃO EDUCACIONAL

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNICíPIO: MANAUS - 1979

-açao SIM EM PARTE

Ocupação f % f 7.

Diretor 7 53,84 6 46,15

Administrador Escolar 14 60,86 8 34,78

Orientador Educacional 21 70,00 5 16,66 , ,

Fonte: 'pesquisa de campo

NÃO

f .., le

1 4,34

4 13,33

Cremos que isto se deve ao fato, de: os Diretores,

quase que exclusivamente cumprem ordens emanadas da SEDUC­

-Am; os Adm.Esc. executam o que ~ determinado pelo Direto­

res, e os Q.E., tentam ~umprir o Planejamento do trabalho

do SOE, que i elaborado pela equipe central (da SEDUC-Am).

Admini~t~adores Escolare~ (52,17%) e Orientadores

Educacionais (66,667.) discordam de "algumas atividades que

lhe são impostos por força da legislação" (item 15), enqua~

to os Diretores apre~entam um res~ltado e~uilibrado: 30,767.

di,scorda; 30,767. "EM PARTE" e 38,467. concorda.

Em relação ã forma de investimento no cargo, os

profissionais estu~ados apresentam-se assim: (Vide Tabela

22 - pãg. 123).

TABELA 22 •

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E FORMA DE

INVESTIMENTO DO CARGO

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNIC!PIO: HANAUS -1979

123

Ocupação iretor N=27 Adm.Esc. N=23 O.E. N=30

f 7. f 7. ' f

Concurso Público 7 25,92 13 .56,52 30 100,00

Remanejamento Funcio na1 -

Convi"tede autorida­des

Enquadramento

Em branco

2

15

3

7,40

55,55

11,11

6

2

2

26,08

8,69

8,69

TOTAL 27 99,98 23 99,98 20 100,00

Fonte: Pesquisa de campo.

Ir. d a g a do: sob r e "a s c a usa s que d i f i cu 1 t a m a r e a 1 i -.~açao do trabalho efetivo de cada especialista (itens 3.10,

3.11 e 3.12), as principais apontadas por eles em suas es­

colas são:

TABELA 23

.PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO E CAUSAS QUE

DIFICULTAM O TRABALHO QUE REALIZAM

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNIC!PIO: M~NAUS - 1979

~~----------~--------------------~--------~--------~-------Ocupação

Causas

Condições de trabalho

Formação pedagógica deficiente

Exig~ncias institucionais

Nenhuma

Outras"

Em branco ~sem resposta) "

Fonte: Pesquisa de campo

Diretor N=27

62,96%

37,037-

Adm.Esc. O.E. N=23 I N=30

47,827. 66,667-

13,047- 3,337.

13,047- 3,337-

4,3[.7-

10,007.

43,477- 16,667.

124

Em "Formação pedagógica deficiente", encontramos

e transcrevemos.na íntegra, o seguinte relato:

- "Poucas foram as matªrias que estudei na FACEO-U~, e que

est~o em correlaç~o com o trabalho que realizo". - O.E. hi

4 anos na função.

Em "Exigências instituci,onais", ilustramos

seguinte depoimento:

com o

- "Ser O.E. exige um posicionamento. A escola desconhece

os objetivos da orientqç~o. ConheceI', significa viver, acre . ditar neles~ e exige uma reformulação de comportamento. Es

ta ª a tarefa mais difícil: adaptar ou implantar um SOE nu

ma escola sem infraestrutura para tal". - O.E. hi 6 anos

na função.

Como "Condições de trabalho", são apontados:

Diretores:

1 - Falta de material de expediente - 29,627.

2 - Falta de elemento humano - 25,927.

3 - Desprep.aro do~ professores -14,81%

4 - Falta de relacionamento entre o Corpo. Técnico - 11,117.

5 - Escola carente, espaço físico'deficiente

6 - Inexistência de recursós financeiros

Administradores Escolares:

1 ~ Indefinição e desconhecimento do trabalho

dos Adm. Esc.

2 - Inexistência de sala especIfica para os

Adm. Esc.

3 - Falta de material de expediente

4 - Falta de elemento humano

5 - Despreparo dos professores

6 - política (paternalismo)

- 18,51%

- 25,92%

...: 30,43%

- 13,047.

- 13,047.

- 21,73%

- 13,047.

8,697.

Orientadores Educacionais:'

1 - Numero muito ~rande de alun~s para cada O.E.

Obs.: Este numero varia de 440 a 3.618 alu~

nos; a grande maioria i responsivel p~

la faixa de 800 a 1.000 alunos. Como

ex: temos uma Unidade Educaciónal com

63 turmas de alunos p e apenas 2 O.E.

2 - Falta de material de consumo

Obs~: Neste item estão incluidos desde papel

ati "testes", "slides" sobre profis--soes •

. 3 -A~biente inadequado tin~xist~ncia de sala

exclusivamente para uso dos

liirio adequado

O. E. p , com mobi-

4 - Falta de pessoal (equipe tecnica incompleta

e poucos O.E. para o trabalho) . 5 - Falta de apoio da Direção e demais tecnicos'

da escola (des~onhecimento do trabalho do

SOE)

125,

- 66,667.

- 56,667.

- 63,337.

- 46,667.

- 30,007.

O numero de turmas assistidas pelos O.E. (item 3.14)

varia de 12 a 69 turmas, e quanto aos turnos d~ atendimen­

to os mesmos se distribuem conforme os dados da Tabela 24,

pág. 126.

TüBELA 24

ORIE~TADORES EDUCACIONAIS E TURMAS ATENDIDAS

ESCOLAS ESTADUAIS ~ MUNIC!PIO: MANAUS -1979

Turnos Ve spe rtino I Not u rno Mat./Vesp. I Mat./Not.]Mat./Vesp./Not.

Ocupação 7. f 7.

Orientadores

Educacionais 12 40,00 6 20~00

Fonte: Pesquisa de campo

f 7. f 7. f

4 13,33 3 10,00 2

.. I.

6,66

f

3

%

10,00

...... N Ol

127

o Corpo Tecnico Administrativo das escolàs pesqui

sadas~ apresenta-se assim constituldo: Diretor - 100%; Ad­

ministrador Esc. - l3,33%; Supervisor Escolar - 93,33%; 0-

rientador'Educ. - lDO%; Medico - 56,66%.

Indagado sobre a experiência profissional obtida

antes do exercIcio ~a funçio atual, encontramos:

TABELA 25

PROFISSIONAIS SEGUNDO A OCUPAÇÃO 'E ATIVIDADES

EXERCIDAS NA ÁREA EDUCACIONAL

~ I exercida P~rof. de- Prof.de 'D' t Adro.Esc. Superv. O.E. - 19 grau 20 I ~re or Esc. , grau

Oc~pacio I _ Diretor 100,00% 25,92% 3,70% 11,11% 3,70%

Administrador

Escolar 100,00% 43,47% 13,047- 8,697- 8,69%

Orientador

Educacional 100,00% 30,007. 3,337- 6,667-

Fonte: Pesquisa de campo

Orient. Pedag.

8,697-

6,667.

Afirmam os elementos de nossa amostra (10070) que

"sua atuaçio como professor de 19 e/ou 29 graus, foi váli­

do, como ajuda para a ativí.dade que realizam" (item 21).

O trabalho desenvol~ido pelos O.E. está

para as seguintes abordagens: (item 3.15).

voltado

TABELA 26

o O.E. E A ABORDAGEM DE SEU TRABALHO

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNICíPIO: MANAUS - 1979

128

O.E. - N=30

f 70

Comportamental 6 20,00

Rogeriana 5 16,66.

Existencial 2 .6,66

Nenhuma em especial 17 56,66

TOTAL 30 99,98

Fonte: Pesquisa de campo.

Os itens 3.16 e 3.17, solicitam aos O.E. que di­

gam "se o trabalho de Orientação estã integrado ã Supervi­

são" e "como se dã esta integração". Dizem os informantes

(63,337,) que a integração exiote e que se realiza através

de contatos. permanenteo 'entre os dois setores, e plan.eja -

menta integrado das atividades que desenvolvem; 23,3370 diz

que se dã apenas EM PARTE, e justificam "qu~nào há necessi

dade de resolver problemas de disciplina"; "através de reu . niões do Corpo Técnico e Administrativo da escola" ou "erJ

busca de soluções para problemas causados por professores'\

os 13,3370 restante afirmam não haver tal integração, por~m

nib justificam a resp~sta dada.

Atribuições Legais (item 3.3) - As atribuições dos Direto­

res de Unidade estão publicadas no Diãrio Oficial do Esta­

do do Amazonas, dos dias 9 e 12 de maio de 1~72; dos Adm.

Esc. estao contidas na Lei n9 1.114 de 31 de março de 1974,

art. 22, § 29 e alíneas a., .

b., o; dos O.E. estão determina-

das oficialmente atraves da Lei n9 1282 de 17/08/78 - Esta

129

tuto do Magister~o Público do A~azonas. Todos os profissi~

nais inquiridos sio conhecedores dos· documento, a que nos

referimos.

De acordo com depoimento de O.E. da Equipe Cen-

tral (SEDUC-Am) todos os O.E. em exercr~io receberam os se

guintes documentos: a) Decreto n9 72.846 de 26 de setembro

de 1973~ que Regulamenta a Lei n9 5564 de 21 de dezembro

de 1968, que provê sobre o exercicio da profissão de Orien

tador Educacional; b) Atribuições do O.E. ã nivel de esco­

la; c) Atribuições do O.E. representante da Unidade E­

ducacionil (estes dois últimos documentos foram elaborados . .

pela Equipe Central); d) Projeto' "Implementação do Serviço

de Orientaçio Educacional nas escolas de 19 grau. no perr~

do de 1979/1980 (de autoria da Equipe Central); este docu­

mento somente foi entregue aos representantes das Escolas

de 19 g r a u, j lt n t o ã e qui p e c e n t r a,l •

P a r a o s e s p e c i a 1 i s ta G (i tem 3. 4). "a G t a r.e f a s. e x e

cutadas coincidem com a legislação da SEDUC-Am" nas segui,!!.

tes porcentagens:

TABELA 27

COINCIDgNCIA ENTRE AS TAREFAS EXECUTADAS, PELOS

PROFISSIONAIS (DIRETORES, ADM.ESC. E O.E.) E

A LEGISLAÇÃO DA SEDUC-Am

ESCOLAS ESTADUAIS - MUNICÍPIO: MANAUS - 1979

Coincidencia Tarefal X Le'gislação SIH NÃO EM PARTE EN

Ocupaçio ~ f "l f 70 . f 70 f ,.

Diretor 19 70,37 1 3,70 4 14,81 3

Admiriistrador Esco lar 8 34,78 4 17,39 11 47,82

Orientador Educa-cional 17 56,66 13 43,33

Fonte: P,esquisa de campo .

BRANCO

70

11,11

130

Em seguida apresentamoq uma síntese dos dados ob­•

tidos atraves do Inventário de Opiniões por c~tegoria de

informantes.

Examinando as incidências da respostas encontra -

das em cada um dos grupos estudados~ pode-se descrever o

seguinte quadro de opiniões características (testada quan­

to ã significância, no caso de Adm. Esc. e O.E.)~(Quadro nl? 5).

1) Diretores:

- são claranente favoráveis (fendência a SIM nos itens

"positiv.os" e NÃO, nos it.ens "negativos") quanto à utilida

de do Curso de Pedagogia e quanto ã qualidade de prepara--' -r • -çao, dada nesse curso, para o éxerc~c~o da funçao por eles

exercida; quanto ã atualizaçio dos professores das diver­

sas disciplinas dos cursos que realizaram; e quanto ã im-

portância de experiência de magis~erio anterior para o seu

trabalho atual;

- sio mais f~voráveis que desfavoriveis (tendência a in

cidência pr~xina nas r~spostas SIM e EM PARTE aos itens

"positivo" e nas respostas NÃO e EM PARTE, aos itens "neg.::,

tivos") em relação ao curso como fator de esclarecimento a

respeito das funções que desempenhariam; quantd i adequa­

ção do currículo do curso para o desempenho de· suas fun-

ções; quanto à eficiência do estigio supervisiona~o

complementação dos conhecimentos adquiridos atraves

como

das

disciplinas do curso; quanto ã correspondência entre a for

maçao recebida e realidade em que atuam; como fator facili

tador do traba~ho realizado;

- fazem restrições (tendência à resp~sta EM PARTE) à

suficiência do embasamento te~rico recebido na FACED-UAcom

referência às tarefas que desempe~ham;à correspondência e~

tre o Curso de Pedagogia e as. reais necessidades da socie­

dade; ao entrosamento entre o conte~do das diversas disci­

plinas do Curso de Pedagogia; ã valorização dada ao Dire

tor, ao AdIi). Esc. e ao O.E. <no processo educacional;

- são mais desfavoráveis que favoriveis (tendência -a

ITEM

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10.

11.

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

QUÃDRO'N\l 5

VALORES DE QUI-QUADRADO DO INVENTÃRIO DE OPINIÕES

CATEGORIAS: ADMINISTRADORES ESCOLARES E

ORIENTADORES EDUCACIONAIS

"DI~EÇÃOII ADH. ESC. O. E •.

positiva 6~87 16~2

negativa 5~30 3,8

positiva ·5,30 15,8

negativa 4,30 0,2

negativa 1 p 13 7,8

positiva· 3,74 0,2

positiva 1,13 5,0

negativa 1,65 1,4

positiva 16~77 26,6

positiva 35,03. 30,2

negativa 6,87 15,2

neg.ativa 13,12 9,8

positiva 1,65 3,8

negativa 11,04 24,8

negativa 5,30 15,0

negativa ·11,04 18,2 -4 l:

negativa 4,26 6,2

positiva 1,13 5,6

negativa 1,65 4~2

negativa 5,30 0,2

pos i t h'a 45,98 60,0

131

Obs. :"direção ll positiva(SUl <= favorável; NÃO == desfavorável)

"direção" negativa(SIM "'desfavorável; .SlH = favorável)

.0:: co O. 05 •

132

incid~ncia pr~xima nas respostas NÃO e EM PARTE aos itens

"positivos", no sentido de reconhecerem limitações

atuaçio em funçio das condições sociais vigentes, e

-a sua

nas

respostas SIM e EM PARTE aos itens "negativos" em relação

ao preparo que receberam na FACED-UA para enfrentarem, em

seu trabalho, determinadas exigincias da realidade em que

atuam; "no sentido de conside~arem necessaria uma liberdade

de ação maior para atingirem uma .me1hor atuação;

- são claramente desfavoraveis (tend~ncia a NÃO nos

itens "positivos" e a SU1 nos itens "negativos") em rela-

- -çao a superioridade dos cursos da SEDUC-Am, frente aos en-

sinamentos recebidos na FACED-UA;

- mostram-se, corno grupo, indefinisão de opiniões (in­

cidincias pr~x~mas nas respostas SIM, EM PARTE e NÃO) qua~

to 'ã adequação da metodologia do ensino, utilizada na FACED

U~, às ne~essid~des de formação do especiali&ta em educa­

çao; quanto ao entrosamento entre o conteúdo de discipli­

nas do curso e Estagio Supervisionado; quanto à adequação

da forma de avaliação dos alunos do Curso de Pedagogia; e

quanto a um possível choque entre atividades a eles impos­

tas pela legislação e sua formação profissional.

- apres"entam _divisão de o.E.iniões (incid~ncias pr~ximas

nas respostas SIM e NÃO, e maiores que n~ resposta EM PAR-

TE) -a respeito da. forma com que sao formulados os objeti-

vos do Curso.

2) Administradores EscoZares:

- são c1ara~ente favoraveis em relação: ao Curso corno

fator .de esclarecimento a respeito ~as funções quedesemp~

nhariam; 'ã adequaçio do currículo do curso ao desempenho

das funções que exercem; à eficiência do estagio supervi­

sionado corno complementação da aprendizagem nas discipli­

nas do Curso; à utilidade do Curso de Pedagogia; i corres­

pond~ncia entre formação recebida e realidade em que atua~

·como fator facilitador do trabalho realizado; à qualidade

da preparação dada no ., .

curso para o exerC1C10 das funções

por ele8 exercidas; à importância da experiência de magis-

l3J

tirio anterior para o seu trabalho atual; a nio haver con-

flito entre atividades a eles impostas pela

suaformaçio profissional;

legislaçiô e

- sio mais favoráveis que desfavoráveis em sua opinião

a respeito da forma pela qual. são avaliados os alunos do

Curso de Pedagogia;

- fazem. restriç~es ao modo com que sio formulados os

objetivos do·curso e ã correspondência entre o Curso de Pe

dagogia e as reais necessidades da sociedade; e no sentido

de reconhecerem limitaç~es ã sua ~tuaçao em função das con

diç~es soci~is vigentes;

- sio claramente desfavorâveis i superioridade dos cur

sos da SEDUC-Am· frente aos ensinamentos recebidos na FACED

-UA; no sentido de considerarem necessária uma liberdade.

de ação maior para atingirem uma melhor atuação; ã valori­

z a ç i o d a d a. a o A d m • E se., a o D i r e t o r . e a o O. E. no p r o c e s s o

educacional;

- mostram como grupo. indefiniçio de opini~es a rcspei

to: da adequação da metodologia de ensino, utilizada na

FACEb-UA, às necessidad~s de formaçio dos especialistas em·

educação; d~ sufi~iência do embasamento te~rico re~~bido

na FACED-UA para o desempenho de suas tarefas; do preparo

que receberam na YACED-UA para enfrentarem, em seu traba -

lho. determinadas exigências da realidad~ e~ que atuam; do

entrosamento en~re o conteudo das disciplinas e Estâgio Su

pervisionado; da atuali~açio dos p~ograma~ das disciplinas

do, curso realizado; do entrosamento entre o conteudo das

diversas disc~plinas do Curso de Ped~gogia.

3) Orientadores Educacionais:

- sio claramente favor~~eis por julgarem de utilidade

o Curso de Pedagogia; porque não colocam as dificuldades

de realização do seu trabalho na dcpendincia de uma não

·correspon~ência entre formaçãd recebida e realidade em que

atuam; nao julgando que o Curso de Pedagogia os tenha pre­

parado mal para o exercício das suas funç~es; por conside-

134

rarem adequada a forma de avaliação dos alunos do Curso de

Pedagogia; reconhecendo a válidade da sua experiência -de

magistério anterior para o seu trabalho atual; não perce -

bendo conflito entre atividades a eles impostas pela legi~

lação e sua formação profissional;

- sio maisfavoriveis qu~ desfavoriveis ao Curso de Pe

dagogia. no sentido de sua corre~pondência com as reais ne

cessidades da sociedade;

- fazem restrições ao curso realizado como fator de es

clarecimento a respeito das funções que viriam a desempe­

nhar; à maneira pela qual sio formulados os objetivos do

curso; à adequação do currículo do curso ao desempenho das

funções que realizam; à adequação da metodologia de ensin~

utilizada na FACED-UA. às necessidades de formação dos es­

pecialistas' em educação; ao entrosamento entre conte~do

das disciplinas-do curso e o Estigio Stipervisionado;à atu~

lização d~s disciplinas do curso que realizaram; ao entro­

samento entre o conte~do das diversas disciplinas do Curso

de Pedagogia;

- sio claramente desfavoriveis. não julgando suficien­

te o embasamento te~ric~ recebido na FACED-UA, para0 de-'

sempenho de suas tarefas; não julgando superior o treina-

mento feito pela SEDUC-Am frente aos ensinamentos recebi -

dos na FACED-UA; considerando a qualidade de sua

condicionada a uma maior li~erdade de at~ação;

atuaçao

- mostraram como grupo, indefinição de opiniões, ares

peito de sua atuação limitada em função das condições so­

ci~is vigentes; da eficiência do estigio supervisionado co

mo complementação da aprendizagem feita nas disciplinas do

curso; do preparo que receberam na FACED-UA, para enfrent~

rem. em seu trabalho, determinadas exigências da realidade

em que atuam; da valorizaçã~ dada ao Adm.Esc., ao Diretor

e ao O.E. no processo educacional.

o quadro resumo que s~ segue, permite uma

global das conclusões acima apresentadas.

visão

TABELA 28

RESUMO DAS CONCLUSÕES A RESPEITO DAS OPINIÕES

DOS PROFISSIONAIS rESQUISADOS

INVENTÃRIO DE OPINIÕES

TEND~NCIAS NAS .AMOSTRAS

I TEM r~~~--~i~~-T~R ~=~~~i~~ __ :~~. O. E.

1. O Curso realizado deu-me u~a vi~ão

clara sobre a função a serdesemp~

nhada.

2. Os objetivos do curso r~alizado fo

ram superficiais e pouco definidos.

3. Considero o currículo do curso rea

lizado adequado ao desempenho da

f u n ç ã o que r e a 1 i z o' •

4. Creio que minha atuaçao como espe­

cialista em educação ~ muito limi­

tada devido as condições sociais

em que vivemos.

I~

Favorivei ou faz Declaradamente Parcialmente favo

restrições favorivel

Divisão de opi Parcialmente·

niões desfavorivel

faz restrições

Favorivel ou faz Favorivel

restrições

Considera limita Limitada em

da ou parcialme~ parte

te limitada

rivel ou tende a

fazer restrições

Parcialmente des-

favorivel·

restrições

Faz restrições

Indefinição

faz

.... Lo.> r..n

I TEM I DIRETO~ ADM. ESC. O. E.

5. A metodologia de ensino utilizada na Indefinição

Faculdad~ de .Educação i inadequada

às necessidades de formação do espe-

cialista em educação.

Indefini ção

6. O est~gio supervisionado representou Favorável ou fa Favor~veis

uma complementação eficiente ao que

aprendi nas disciplinas do curso.

zem algumas res­

tr~ções

7. O embasamento teórico que recebi na Faz restrições

Faculdade de Educação i suficiente

para a tarefa que desempenho.

Indefinição

8. Sinto que meu trabalho ê prejudicado Desfavor~vel ou Indefinição

por exigências feitas pela realidade

em que atuo, e para as quais a Facu!

dade de Educação não me preparou.

faz restrições

9. O treinamento que recebi da Secreta- Desfavorável

ria de Educação (atravis de cursos ,

reuniões de estudo etc.) ê superior

aos ensinamentos recebidos na Facul­

dade de Educação.

Desfavorável

Faz restrições

Indefinição •

Desfavoráveis

Indefinição

Desfavorável

t-' W 0\

I TEM

10. Creio que vale a pena fazer o Curso

de Pedagogia.

11. Acho difícil realizar o trab.alho de

( ) A d m i n i s t r a'd o r E s c o 1 a r, ( ) D i r!.

tor, ( ) Orientador Educacional,

pois a formação recebida n,ão corres

ponde a realidade em que atuo .•

12. O Curso de Pedagogià e falho. pois

não corresponde B, reais necessida­

des da sociedade.

13. Durante o curso que realizei houve

entrosamento adequado entre o con -

teudo das disciplinas e o estágio

supervisionado.

14. No meu trabalho diário sinto que o

Curso de Pedagogia me preparou mal

para o exercício da função que exer

ço.

O. E. r DIRE,TOR ADM. ·_;_s_c_:-_--_·~~..I..I ________ _

Favorável Favorável

Favorável ou faz Favorável

restrições

Faz re~trições Faz restrições

Indefinição Inde fini ção'

Favorável Favorável

Favorável ,

Favorável

Faz restrições ,ou

e favorável

Faz restrições

Favorável

..... W "-.J

~~-_._-- ---~~---- ---- ----- ,-- 1- ------~-- ---1 I TEM I DIRETOR ADM.. ESC. O. E".

15. Discordo de algumas atividades que

me são impostas por força d& 1egi~

1ação, e que entram em choque com

minha formação profissional.

16. O Administrador Escolar, Diretor

ou Orientador Educacional poderia

ter melhor atuação se tivess~ mais

liberdade de ação educacional.

17. ~ adequada a forma de avaliação

dos alunos do Curso de Pedagogia.

18. são atualizados os programas das

diversas disciplinas do Curso que

realizei.

Indefinição Favorável Favorável

Considera neces- Considera neces Consid~ra ne~essá

sária ou em par­

t.e necessária

maior liberdade

de ação

Indefini~ão

Favorável

sãria maior 1i-· ria maior liberda

berdade de ação de de ação

Favoráye1 ou Favorãve1

parcialmente fa

vorãve1

Favorável Tende a fazer res

trições

..... w CXi

....

I T E' M ____ _ ___ _-~~~r~~i~~~ OR --- ADM. E S C •

19. Não ha um entrosamento entre o con­

teúdo das diversas disciplinas do

Curso de Pedagogia.

20. Administrador Escorar, Diretor de

Escola e Orientador Educacional 'não

são considerados muito importantes

no processo educacional.

, 21. Antes de exercer ~ função de Espe -

cialista em Educação, fui professor

(a) de 19 grau ( ) e/ou de 29 grau

( ) e acho muito valido esta minha

atuação anterior como ajuda para o

meu trabalho.

Faz restrições Indefinição

Faz restrições Desfavoraveis

Favoravel Favoravel

O. E.

Faz restrições

Favoravel

Favoravel

,.... w (C)

l~O

REFERENCIAS BIBLIOGRÃFICAS

1. AMAZONAS. Comissão Central de Administradores Escolares.

Atribuições do Administrador Escolar~ Manaus, s.d.,

s~n.t. Texto mimeografado.

2. KELLEY, Janete A. "Guidance and Curriculum". Cap.2. In:

Fundame·ntos teóricos de uma abordagem integrativa de

Orientação Educacional. Orientação e Currículo. ~ema

4.

3. CHAGAS, Valnir. Formação do Magistério - nosso sistema.

são Paulo, Atlas, 1~ ed., maio 1976. p.l14.

4 •. GOLDBERG, M.A. Avaliação de competência no· desempenho

do papel do Orientador Educacional. Revista n9 11.

Fund~ção Cailos Chagas.

141

Res·u 1 t ádo s

1 ~ h i p o t e s ,e : -

• 'Item 1, tem "direção" positiva.

Adm.Esc. - rejettam-se as Ho, aceitam-se Ha e Hb(>fo­

fe(-) em NÃO); apenas não desfavorabii~d~d~

O.E. - rejeitam-se Ho~ aceitàm-se Ha e Hb(>fo-fe(-) em

NÃO) •

NOTA:- fo-fe (+) em E.P. = = fo-fe (-) em NÃO,

logo, conclui-se: embora Hb~ caso negativo,

Item 2, tem "direção" negativa~ -Adm.Esc. - nao se rejeita Hoa

O.E. -- nao se rejeita Hoa

• Item 3, tem "direção" positiva.

Adm.Esc. - não se rejeita Hoa

O. E. rejeita-se Hoa -mas nao se rejeita Hob.

Item 7, tem "direç~o" positiva.

Adm.Esc. e O.E. - não se rejeita Hoa'

• Item lO, tem "direção" positiva.

Adro.Esc. e O.E. - rejeita~-se Hoa e Hob~ aceitam-se

Ha e Hb (> fo-fe (+) em SIM).

• Item 12, tem "direção" negativa.

Adm.Esc. e O.E. - rejeitam-se Hoa e rejeitam-se Hob

(apenas não desfavorabi1idade) (> fo-fe (-) em SIM).

• Item 13, tem "direção" posit~va. -Adm.Esc. e O.E. - nao se rejeita Hoa.

142

Item 14, tem "direção" negativa. -Adm.Esc. - rejeitam-s~ Boa e Bob (apenas nao desfavo-

rabi1idade) (> fo-fe (-) em SIM).

O.E. - rejeitam-se Boa e Bob (> fo-fe (+) NÃO); fa

vorabilidade.

• Item 18. tem "direção" positiva.

Adm.Esc. e O.E'. - não se rej~{ta Boa.

• Item 1 9. tem" d i r e ç ã o " negativa.

Adm.Esc. e O.E. - não se rejeita Boa'

2~ hipõtese:-

• Item 5, tem "direção" negativa.

'Adm.Esc. - não se rejeita Boa.

O.E. ~ rejeitam-se Boa e Bob (> fo~fe (-) em SIM;

desfavorabilidade.

3a .-• hl.potese:-

It,em 17, tem "direção" positiva.

Adm.Esc. - não se, rejeita Boa.

-nao

O.E. - rejeitam-se Boa e Bob (> fo-fe (-) em NÃO); nao

desfavorabi1idade.

4~ hipõtese:-

Item 6, tem "direção" pos,itiva.

Adm.Esc. e O.E. - não se'lejeita a hipótese nula (Boa).

5~ hipótese:-

.Item 4. tem "direção" negativa.

Adm.Esc. e O.E. - não se rejeita a hipótese nula (Boa)'

• I t' em 8. tem "d i r e ç ã o" n e g a t i v a •

Adm.Esc. e O.E. - não se rejeita a hiótese nula (Boa)'

143

• Item 11, tem "direção" negativa.

Adm.Esc. e O.E. - rejeitam-se Hoa e Hob (> fo-fe (-)~

em SIM); não desfavorabi1idade.

• Item 15, tem "direção" negativa •.

Adm.Esc. - não se rejeita a hip~tes~ nula (Hoa )

O.E. - rejeitam-se Hoa e Hob (> fo-fe (+) em NÃO):favo

rabi1idade.

• Item 16, tem "direção" negativa. -Adm.Esc. - rejeita-~e Hoa, mas nao se rejeita Hob

(> fo-fe (-) em NÃO).

O.E. - rejeita-se Hoa~ mas não se rejeita 'Hob (>fo--fe(+)

em SIM).

5 COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS OBTIDOS E

OUTROS ESTUDOS SEMELHANTES REALIZADOS

144

Os dados de nosso trabalho serio comparados com

os encontrados por pesquisadores de outras cidades, em vir

tude da nio exist~ncia de pesquisas com objetivos id~nti­

cos ou análogos ao que nos propusemos, na cidade de Manaus.

De acordo com as informações obtidas na Coordena­

doria do 29 grau da SEDUC~Am, no interior do Estado, estio

atuando 16 Administradores, 43 Supervisores e 3 Orientado-

res Educacionais; isto nos mostra' que ê insuficiente -o nu-

mero de profissionais formados, atuando nos diversos muni-~ , c~p~os amazoneneses.

A mesma conc1usio foi obtida por Freire (l975),p~

ra o Esta~o de Goiás.

Eis parte de seu depoimento:

"Quanto aos especialistas de educaç~o o numero de

profissionais habilitados é pequeno e não corresponde as

necessidades da rede estadual de ensino, uma vez que há dé

ficit, e até mesmo inexistªncia de pessoal habilitado no

Estado".l

Os elementos que constituiram nossa amostra sen­

tem-se parcialmente satisfeitos, com os cursos que realiza . . --ram e apontam algumas defici~ncias quanto ao conteudo de-

senvolvido, pieparo profissional dns professores, metodo10

gia empregada e estágio supervisionado.

Sugerem algumas disciplinas. como sendo importan­

tes para a execuçio. do trabalho que realizam:

Para os Adm. Esc. - Planejamento Educacional

Relações Humanas

Para os O.E. Psicometria

Técnicas de Dinâmica de Grupo

Técnicas de Aconselhamento.

145

Conclusão semelhante, {oi obtida por Figueiredo •

(1974), para o Estado do Pará, como se segue:

"Para eS$es especialistas, o curso fornece o emba

samento necessário, e eles se sentem parcialmente satisfei

tos pelos conhecimentos recebidos, em relação às exigên­

cias das tarefas que desempenham.

Para a melhor formação do Adm. Esc., deveriam fa­

zer parte do currículo as disciplinas: Planejamento Educa­

cional, Currículo~ e Programas e Etica Profissional. E pa­

r~ a formação de O.E. deveriam fazer parte: Psicologia do

Acons~lhamento, Planejamento Educacional, Etica Profissio­

nal e Psicometria".2

Não encontramos diferença.significativa entre as . atividades exercidas pelos Diretores (habilitados ou não),

o.que nos leva a crer, que as tarefas exercidas pelos me~­

mos independem do curso de graduação realizado.

Para Cruz (1973), Estado da Guanabara, uma das

conc1us~ei de sua pesquisa, está assim enunciada:

"O domínio de conhecimentos específicos para o

exercício da função de diretor, revelado pelos diretores

das escolas primárias oficiais da Guanabara, parece inde -

pender da realização do Curso de Habilitação de Administra

dores Escolares do Instituto de Educação desse Esiado".3

Dos diretores de escola que compuseram nossa amos

tra, apenas 4 são habilitados em AdminiRtração Escolar; o

restante possui o Curso de Pedagogia,ou outros cursos sup~

riores e 51,857. não possue formação superior.

Mendonça (1974), Estado da Guanabara, encontrou o

seguinte resultado, em pesquisa p6r ela realizada:

"Embora na sua quase totalidade os diretores da

escola média do Est. da Guanabara tenham curso de nivel su

perior, nao possueM uma formação profissional específica

para o exercício da função de direção, nem em termos de

uma formação' regular em Curso de Pedagogia, nem em termos

146

de uma formaQ~o assistem~tica atrav~s de cursos d~ especi~

lizaç~0".4

Os informantes de nosso estudo~ habilitados em

Orientação Educacional, apontam como dificuldades para a

realização de seu trabalho, entre outras, as seguintes:

• numero excessivo de alunos nas turmas que assistem;

• a ênfase recai sobre a orientação individual;

• a teoria recebida na FACED-UA, não se coaduna com a prá­

tica;

Quanto a~ estágio, afirmam:

• os estagiários são quase sempre observadores das ativida

des iealizados ~e16 SOE;

.• ausência de uma superV1sao de estigio.

Kohn (1976), Rio de Janeiro, concluiu seu traba-

lho .de pesquisa, en{~tizando alguns pontos que coincidem

com os encontrados por -nos, como se segue:

( ••• ) Pode-se verificar também que o numero exces

sivo de alunos para cada orientador, prejudica a eficiên-

cia do desempenho· profissional. Outra evidência percebida

e a de que a orientaç~o individual e aplicada mais como te

rapêutica do que como prevenç~o".

( ••• ) Outra conclusão acerca do estágio ~ a impr~

cisão das tarefas que o estagiário deve assumir.( ••. )

Afirmam ainda os docentes que faltam supervisado­

res nas escolas, capazes de se responsabilizarem pelos es­

tagiários. ( ••• )5

Teixeira (1979), assim se refere ao trabalho de

Orientação Educacional desenvolvido em Belo Horizonte:

"Dificilmente encontramos um SOE devidamente ins-

talado, devidamente valorizado e devidamente atuando den-

tro da escola. Co~um ~ o desconhecimento de sua finalida-

de e do tipo de atividade desenvolvida pelos orientadores,

147

o que se diz melhor afirmando que e mesmo ignorada a impo~

tância e finalidade da Orientação por grande parte de dire

tores de escolas, de professores e mesmo daqueles que deve

riam se beneficiar com sua assistência - os alunos.

quentemente, são atribuidas aos orientadores tarefas

Fre-

que

l~gal e tecnicamente não deveriam estar sob sua responsabi

lidade~.6

Os estudos citados, na medida em que, como se ve­

rificou. coincidem com os resultados obtidos no nosso tra-

balho permitem chegar

tamos:

-as conclusões que a seguir apresen-

148

.. REFERENCIAS 'BIBLIOGRÃfICAS

1. FRE IRE ,. M~ Iz abel Furtado. A formação profissiona'l dos

especia'listas de educação no Estado de Goiás. Rio de

Janeiro, Pontifícia Universidade Católica, 1975. Dis

sertaçao de Mestrado.

2. FIGUEREDO, Odineia Te11es. Fo'rmação do profissiona'l em

educação e exigências do Mercado de Traba'lho. Rio de

Janeiro,Po~tifícia Universidade Católica, 1974. Dis

sertaçao de Mestrado.

3. CRUZ" M.A .. da. Re'lacionamento entre a formação profis­

siona'l do Diretor da Esco'la Primária oficia'l da Gua­

nabara. Rio de Janeiro, Pontifícia Universidade Cato

1ica, 1973. Dissertaçio de Mestrado.

4. MENDONÇA, A.W.P.C. A formação profissional do Diretor

de Escola ~1édf;a no Estado da GUanabara. Rio de Ja­

neiro, Pontifícia Universidade Católica, 1974. Dis­

sertaçio de Mestrado.

5. KOHN M~ Lucia de F:reitas. A realidade na formação de

O.E. na cidade do Rio de Janeiro. Estudo tentativo de

uma proposta curricular básica. Rio de Janeiro, Ponti " -

fícia Universidade Cato1ica, 1976. Disser~açio de Mes

trado.

6. TEIXEIRA, Rita Ame1ia. Para uma aná'lise cr~tica da Ori-

'entação Educaci ona 'l: súbs{ dios para compreensão e .d~

finição de sua prática no Brasil. Rio de Janeiro, Fu!:

daçio Getulio Vargas~ Instituto de Es~udos Avançados

em Educaçio, 1979. Dissertação de Mestrado.

149

CONCLUSÕES

No final deste trabalho nos propomos a apresentar

algumas conclusões. constatadas de uma realidade, tendo co

mo elementos o grupo estudado, sem o cárater de genera1iz~

ção, no intuito de identificar possíveis fatores que pode­

riam estar ocasionando pouca efiii~ncia por parte de Adm.

Esc. e O.E.;.procurou-se tambem informar sobre o processo

de formação realizado pela FACED-UA.

Cremos ainda, 'que este estudo possa oferecer as

seguintes contribuições: 1) aos futuros Adm.Esc. e O.E. so

bre a realidade em que irio atu~r; 2) i FACED-UA, no senti

do de repensar ~eus cursos, objetivos, programas, m~todo10

gia, etc., nas duas habilitaç~es estudadas; 3) i SEDUC-Am,

para uma tomada·de posição, em relação ao des~mpenho de e~

pecia1ist~s ou não, em função de Direção, Assessor de Dire

ção e Orientação Educacional.

O Sistema Educacional do Estado do Amazonas

esta aproveitando os especialistas de forma adequada,

sej a:

-nao

ou

• mantendo Administradores Escolares em s~tuação hierarqui

.camenteinferior p elementos não habilitados, e, na execu-,

ção de tarefas para as quais não se faz exig~ncia de for . mação específ~ca.

O Adro. Esc. e o elemento que atuando no micro-sis

temB educacional devera desempenhar ati~idade tecnica e

especializada •

• a imprecisão de a~ribuições e a excessiva centralização

de poder por parte do Diretor de Escola; impede ao Adm.

Esc. o espírito de iniciativa, a liberdade de propor e

de executar, bem como a satisfação na realização do tra­

balho que executa, desestimulando-o e comd consequ~ncia,

surgindo a diminuição do senso de responsabilidade no

trabalho educativo tomado como um todo.

a função de Administrador da Educação (Diretor de Unida-

150

de e Subunidade)esti ~endo exercida por pessoal nio qu~

1ificado para0 exercício da mesma; alguns deles estao

na funçio hi virios anos, outros foram convidados a exer

cer o cargo recentemente, possivelmente defasados dos re

quisitos exigidos pelo trabalho educativo a ser desenvol

vido. Estes elementos estão. "condenados" a nada fazer, e

o que e pior, impedindo talvez que outros o façam •

• os Adm. Esc. em função de Assessor da Direção, estio de­

sempenhando quase que exc1usivame~te tarefas que se con~

tituem em rotinas administrativas de c~riter burocritic~

niç encontramos em ncisso estudo· diferença significativa

entre as atividades desempenhadas por Diretores e Admi--nistradores Escolares, sejam estes habilitados ou nao,

não oferecend~ na maioria de suas escolas, condiç~es mí­

nimas e. indispensiveis, com6 por exemplo, sala exclusiva ...,." . . .

e compat~ve1 com a at~v~dade, mater~al permanente e de

consumo," para que o O.E. possa por em pritica a fundamen

taçao teórica obtida no curso de graduação.

O numero de alunos atendido por cada O.E, e o fa-

tor de maior impedimento para uma atuaçio positiva

pa~te do mesmo; só uma pequena porcentagem de alunos

por

atendida," ~ int~iramente impossível ao O.E. conhece~ to­

dos os jovens que estio sob sua orientaçio, analisando as

atividades dos"mesmos, enquanto estudantes, na sua int~

raçio com os demais colewas e a atitude e~ocional de ca­

da um em relação ao todo.

a ação do O.E. apresenta-se semelhante em Unidades e Sub

unidades, no centro ~a cidade ou em bairros distantes,

sem atender a diferença da clientela (nivel sócio-econô

mico), quantidade de alunos, composiçio da equipe tecni­

ca e recursos de que a escola dispõe, ji que o planeja -

mento e centralizado.

O O.E. desempenha sua função diretamente ligada ao alun~

vendo-o como um caso isolado e nio dentro do contexto es

colar, principalmente sob a forma de aconselhamento indi

vidual, apresentando possivelmente como consequ~ncia uma

151

imagem negativa junto a alunos e professores: "sõ vai ao • SOE quem tem problemas ••• "

Será esta a forma mais eficiente de atender as ne

cessidades dos alunos?

A Orientação Educacional deve assumir um carãter

de propiciador de desenvolvimento e não corretivo como

as conclusões dos ultimos Congressos Nacionais de Orien­

tação Educacional têm enfatizado.

• o O.E. nas escolas pesquisadas, não apresenta uma parti­

~ipação efetiva 'nas diversas atividades desenvolvidas;

sua atuação ê quase. reduzida ao contato com alunos e es­

pcrâdicamente com Profe~sores e Supervisores Escolares.

• a Orientação Educacional apresent~-se como unica e excl~

sivamente da responsabilidade de 'um Setor especializ.ado,

excluindo assim os demais membros que constituem a esco­

.la.

• o O.E. não questiona, nem avalia criticamente' sua atua­

çao no processo educativo, pois mais da metade dos infor

mantes estão preocupa.dos em "realizar levantamentos do

rendimento escolar" e "preenchimento de fichas indivi

duais".

• o O.E. realiza o trabalho desvinculado dos objetivos ge­

rais da escola~ pois nenhum dos elementos .pesquisados

afirmou que participava do Planejamento Geral da' Escola •

• ' o O.E. sente-se. "bem preparado" teoricamente, porem sua

atuaçao na área da Orientação Vocacional não nos diz, co

mo "ajudar o indivíduo a escolher e se preparar inteli -

gentemente para uma carreira ou uma ocupaçao onde en­

contrarã satisfação, um meio para se manter, um lugar o~

de possa ser útil e onde será reconhecido seu valor pe­

los seus companheiros".

o O.E. não se sente com liberdade suficiente para reali­

zar seu trabalho, pois cumpre um Plano organizado pela

Coordenadoria (Equipe Central da SEDUC-Am).

• a discipfina Currículos e ~rogramas, não constitue disci

plina ob~igatõria na formação do O.E. apresentando assim

152

uma grande lacuna na preparaçã? pedagógica do mesmo •

• Como sugerir mudanças nos conteGdos c~rricuiares,

se o especialista, no caso o O.E. não se sente com embasa­

mento suficiente para tal atribuiçio?

Através dos dados coletados, evidencia-se um dis­

tanciamento entre a ~ACED-UA e o Mercado de Trabalho, onde

estes profissi~nais atuam; parece haver um hiato entre a

formação recebida e o desempenho de Administradores Escola

res e Orientadores" Educacionais nas diversas escolas de i9

e 29 grau~.

A ttitulo de confirmaçãó deste hiato, apresenta­

mos a seguir, o depoinento de um esp~cialista em Adminis

traça0 Escolar~ em exercIcio na cid~de de Manaus.

"O Administrador Escolar (habilitado) no sistem8

educacional do Estado do Amazonas'é um frustrado, pois qu~

se não dispõe de liberdade para realmente fazer um bom tr~

balho". E contin~ou: " O Diretor não dispSe de verbas, não

contrata, e é obrigado e manter em seu quadro todo o pes­

soal enviado pela SEDUC-Am, obedece a um plano traçado a

nivel de Coordenadoria, etc ••• ; a função de Assessor de Di

reçeo é uma farsa; foi a única forma encontrada"para o a­

tendimento do dispositivo da Lei, sem grande in~erfer~ncia

no processo educativo".

E mais, em um Seminirio sobre "Formaç5o de Espe­

ciaZistas em educaç~o" promovido pela FACED-UA em 21/11/79,

tivemos o~ortunidade de ouvir de um dos elementos da cGpu­

la da SEDUC-Am. o seguinte:

" "A atuação do especialista e boa, porem tímida; há

um descrédito deste profissional frente ao corpo docente.

Há falta de preparo técnico por parte do Adm. Esc. unido

ao volume de outros problemas administrativos em torno de­

le. O Supervisor Escolar vê-se envolvido com problemas ad­

minist~ativos em virtude provavelmente do desconhecimento . de sua funç.ão. A Orientação Educacional a nivel de escola,

é falha, e a nivel de sistema há uma indefinição do traba-

153

lho. Em virtude da nao 8xist~ncia de "normas pedag6gicas",

o D.E. desempenha outras atribuições que lhe sao impost.as

pelo sistema como por exemplo, participaç~o em Projetos fo

ra da ~rea da Drientaç~o Educacional".

Face ao que foi constatado no presente trabalho,

apreseritamos a seguir algumas' susest~es com o intuito de

servirem de base para ref1ex~es, .por parte dos responsã­

veis pelo sistema educ~ciona1.do Estado do Amazonas.

154

.. SUGESTÕES

A formaçio recebida por Administradores Escolares

e Orientadores Educacionais na FACED-UA, parece indicar um

distanciamento entre os objetivos propostos nos Planos de

Cursos, e a atuaçao desses profissionais no sistema educa­

cional.

Varias foram' as falhas apontadas nas duas habili­

taçoes pelos elementos pesquisados, mas, nos fazemos a se-. guinte indagação: Existe realmente esta defasagem entre o~

jetivos propostos e atividades a serem desempenhadas pelos

egressos os dois cursos, no Mercado de Trabalho, ou ~

sera

simplesmente um "desvio ocupacional" o que ocorre na cida­

de de Manaus?

Cremos que pesquisas deveriam ser realizadas no

sentido de aprofundar estudos sobre o Curso de Pedagogia; a 0-

elaboraçio de um Perfil Profissional de Administradores Es

colares, Orientadores Educacionais, Supervi~ores Escol~res

e Inspetores Escolares, bem como uma analise e~austiva do

que fazem estes especialistas no momento, e o que deles se

espera nos anos seguintes.

Nota-se pelos dados obtidos que ha uma, idiia con­

fusa ou errada, da funçi~,que devem desempenhar Administra

dores Escolares e Orientadores Educacionais.

Os informantes afirmam que o embasame'nto, teorico . ' recebido na FACED-UA, i importante para o trabalho que r~~

lizam, mas fazem severas críticas quanto aO,estagio super­

visionado, const~tuindo-se este, um dos maiores entraves

na preparação do profissional em educaçio; afirmam que "ha

muita teoria e pouca pratica" nas disciplinas constantes do

currículo.

Souza (1976), citando Agnelo Correa ,Viana, mostra

a importância do estagio supervisionado na

futuro profissio~al:

-,preparaçao do

155

"O est~gio i o e.10 de ligaç~o entre a escola e a

empresa; e uma co~plementaç~o p~~tica da etapa escola~ ori

entando-se -o jovem para a aplicaç~o dos conhecimentos, aju~

tamentos aos ambientes e processos de trabalho, relaciona-.

mento com chefes, colegas

ção".l

e subordinados e especializ~

o estágio supervisionado e de fundamental impor-

tância no prepqro de profissionais, pois e atraves dele,

que se deve oferecer aos alunos, a oportunidade de reali­

zar trabalhos espécIficos da habilitaçio escolhida na fa­

culdade, favorecendo um adequado desempenho profissional,

antes·de colocá-lo em um~ situaçio real.

Para Salles (1979), "As Uníversidades modernas de

vem mostrar as perspectivas culturais que correspondõma

realidade do mundo, sem fantasias, nem misticismo, de modo

que formem jovens para exercerem determinadas profissões e

ganharem a vida ~ n~o simples te6ricos. cujo fr~casso s8r~

evidente ao encont~arem eles as primeiras barre~ras para o

exerc!cioefetivo de daterminada profiss~o".2

As atividades do estagiário em Administraçio Esco

lar e Orientaçio Educacional sio apenas acompanhadas - qu~

se sempreatraves de relat~rios, parciais ou finais - e nun

ca planejadas em conjunto pelos professores de" Orientaçio

Educacional I, Orientação Educacional 11, Orientaçio Ed~c~

cional· da Escola e Orientador do Estágio (para os futuros

O.E.) e professores de Administraçio da Escola de 19 e de

29 graus,Adm. da Escola e Orientador d~ Estágio, tendo em

vista a realidade e necessidades da escola em que o forman

do vai atuar.

Como se verificou, os informantes criticaram a

"falta de preparo profissional de"alguns professores", as­

sim como a "falta de interesse de alguns professores, que

se preocupam apenas em cumprir um programa estabelecido".

Nio nos foipossIv~l detectar se esta crrtica se

refre a pr6f~ssores do nG~leo comum ou profissionalizante,

156

ou ainda, se a mi qualidade do ensino, se r~fere, . . -cio da FACED-UA, ou se o problema permanece ate o momento

atual.

Tudo nos leva a crer, que deve-se aprofundar este

estudo, a fim de que se possa preparar bons profissionais

para o desempenho de numerosas e diversificadas funções, e

se assim acontecer, a ESCOLA terá condições de se renovar.

~ atrav~s de um corpo docente adequado, quantita-

tiyamente e qualitativamente que a Universidade cumpriri

como nos ~iz Cunha (1970) "sua tarefa docente, preparando

recursos humanos em qual~dade e quantidade suficientes pa-

ra a vida e o progresso da sociedade; tarefa de assimila-

ção crítica, recriando, ampliando, .adaptando o acervo huma

no do saber das artes e da cultura; tarefa política, ~incu

lando-se à sociedade e cultura nacionais,

nGcleos de aspiraç6es nacionais".3

constituindo-s8

Finalmente cabem algumas reflexões e sugestoes a

respeito das oportunid~des de estágios oferecidos aos futu

.os especialistas em Educação.

Face a grande dificuldade em se conseguir um bom

lugar para a prática do estágio supervisionado, não em ter

mos de quantidade, mas sim de qualidade, dos s~rviços que

constituem o campo de atuaçao de Adm. Esc. e O.E.,

Considerando que ao estagiário nem sempre ~ concedido o­

portunidade para a aplicação prática ~e seus conhecimen­

tos, reduzindo-se a uma passiva permanincia na escol~no

horário que lhe ~ determinado;

- Evidenciada a não existincia de um sistema de contrato ou

compromisso entre a SEDUC-Am e ~ FACED-UA, com o intuito

de que a primeira determine que estabelecimentos educa -

cionais poderão servir de campo de estágio para o profi~

sicnal em for~ação;

Levando-se em consideraçã6 que o estigio realizado em es

colas particulares e especialmente col~gios religiosos ,

157

nao e apontado como válido, pelos diversos profissionais • • pesquisados, principalmente Diretores e O.E. pois se

apresent.m como totalmente diferentes da realidade em

que atuam, e exemplificam: organização, pessoal compete~

te, recursos, etc;

Sugere-se que o problema seja melhor dimensionado para

que as dificuldades encontradas, sejam tanto a nível pe­

,dagôgico comp a nível administrativo, superadas;

Cremos que al~m da avaliaçio da atuaçio do egresso da

'FACED-UA, no Mercado de Trabalho, deve-se ter em conta,

tamb~m 'as dificulda'des e falhas sentidas pelo estagiário, , .

~6 sentido de levar a uma avaliaçio do currtculo.

"

158

REFERfNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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tãgio na formação profissional". Revista Educação

Bras{lia. 5(2)": abr./jun. 1976. p.86. Tema desenvol­

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Bras{lia. 22 de out." 1975.

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30 de out. 1979.

Manaus,

3. CUNHA. Nãdia Franco. "A crise da educação escolar e as

tarefas da Universidade. R. bras. Est. pedag.~ Rio

de Janeiro, 53(118):258-73. abr./jun. 1970.

159

BIBLIOGRAFIA

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---------. Decreto-lei n9 72.846, de 26.09.73. Regulamenta

o exerc{cio da profis'8ão de Orientador Educacional~ 1973:

BRASIL. Lp.i n9 5564, de 21.12.68. Prevê sàbre a regulamen­

tação do exerc{cio da profissão & Orientador Educacio -

nal~ 1968.

---------. Lei n9 4024, de 20.12.61. Fixa Diretrizes e Ba­

ses da Educação Nacional~ 1961.

Lei n9 5540, de 28.12.68. "Fixa normas de organi

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---------. Lei" n9 5692, de 11.08.71. Fixa diretrizes e ba­

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161

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----------. Faculdade de Educação na atual estrutura univer

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162

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do grau de mestre em Educação.

obtenção

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SUPER, DoE. Psioolo~ia Educaoional, são Paulo, Atlas, 1972.

TEIXEIRA, AnIsio. Que é Administraç50 Esoolar. .1 Simpósio

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tudos Pedagógioos, Rio de Janeiro, abr./jun. 1969. Vol.

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166

TEIXEIRA, Ria Amelia. Para ·uma anál-tse a2?Í,tiaa da Orienta­

ção Educaciona·l: subsÍ,dios pa'ra a. compreensão e defú1.1.:­

ção de sua pr~tica no Brasil. Rio de Janeiro, FGV/IESAE,

1979. Tese submetida como requisito' parcial para a ob­

tenção do grau de mestre em Educação.

VARGAS, Nazira O.A. Orientação Educacional diante da Lei

5692/71~ Sin.t. Texto mimeogr.

. .

167

A N E X O S

ANEXO I UNIVERSIDADE DO AMAZONAS

CONSELHO UNIVERSITÁRIO

RESOLUçKo N9 10/76

168

FIXA o curr1culo pleno do curso

de Graduaç~oem Pedagogia.

O REITOR DA UNIVERSIDADE DO AMAZONAS e PRESIDEN-

TE DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO, no uso de suas atribuições

estatutárias, e

CONSIDERANDO ft necessidade de reformular ocurrr

culo 'pleno do Curso de Graduaçio em Pedagogia, a fim de me

lhor adequá-lo ã realidade local;

CONSIDERANDO a experi~~cia acumulada nos anos le

tivos de 19]4 e 1975 e a conveniência de proporcionar aos

e~tudantes a ob~ençio de mais uma habilitaçio especrfica;

CONSIDERANDO, finalmente, o que decidiu o Conse­

lho Univer~itário', em reuniio desta data, apreciando o Pro

cesso n9 000568/76, oriundo da Faculdade de Educaçio,

R E S O L V E:

Art. 19 - O Curso de Graduaçio em Pedagogia, de

que resultará o.grau de Licenciad~, terá, incluindo o 19

ciclo, a duraçio de duas mil, duzentas e trinta e cinco ~ .

(2.235) horas/aula, a serem integralizadas no

tr~s (3) e no máximo em sete (7) anos letivos.

m1n1mo em

Art. 29 - Para obter o grau de Licenciado em Pe­

dagogia, o aluno dever i perfazer, no-minimo, cento e qua -

renta e nove (149) cr~ditos em disciplinas obrigat~rias,

optativas e em estágio supervisionado.

Art. 39 - Ao diploma de Licenciado em Pedagogia

eorresponder~ uma (1) ou duas (2) habilitaç~es, sendo Irei

~o ao diplomado complementar estudos para obter novas habi

litações.

Parágrafo único - Nio havendo coincid~ncia de ho

169

"rãrios, nem incoveniência pedagógica, a juizo do Colegia­

do de Curso, o alun~ poderá cursar, simultâneamente, duas

(2) habilitações.

Art. 49 sio as seguintes as disciplinas do cur

riculo pleno do Curso de Graduaçio em Pedagogia:

• L

Çódigo

FEF012

FEF022

FEF032

FEF014

FEF024

FEFO 16.

,FEF026

FEF015

FEF025

FEF129

FEA012

FEA022

FEA013

FEAl19

FET126

FETOl1

FET02l

IEMOOl

FEA017

FEA018

lHSl13

lHS123

• Disciplinas

Disciplinas Obrigatórias

Núcleo Comum

Psicologia da. Educação 1

Psicologia da Educação 11

Psicologia da Educaçao 111

Filosofia da Educação I

Filosofia da E~ucação 11

História da Educaçio, I

Histaria da Educação 11

Sociologia da Educação l'

Sociologia da Educação 11

Biologia Educacional

Estrutura e Funcionamento do Ensino dol9 Grau

Estrutura e Funcionamento do Ensino do 29 Grau

L~gislação do En~ino

Ensino Supletivo

Medidas Educacionais

Didática I

Didática 11

I

I

,Complementos de Matemática e Estatística

Estatística Aplicada ã Educação

Problemas Educacionais da Região 4mazonica

Estudo de Problemas Hrasileiros I •

Estudo de Problemas Brasileiros II

Total

Pré-re~ Credi­quisito tos

FEFOll

FEF012

FEFOll

IHFOll

FEF014

FEF016

IHSOll

FEF015

FEA017

FEF022

FETOll' FET126

IEMOOI

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

1

1

82

170

H/Aula

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

15

15

.230

171

• HABILITAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

Código Disciplinas Pre-re- Credi- H/Aula quisito tos

FEAl32 Princípios e Netodos de Administração Escolar - 4 60

FEA014 '-Administraçao da Escola de 19 Grau FEAl32 5 75

FEA024 Administração da Escola de 29 Grau FEAl32 5 75

FEA023 Legislação do Ensino 11 - 4 60

FET016 Curriculos e Programa? - 4 60

- Total ' I 104 1. 560

HABILITAÇÃO EM INSPEÇÃO ESCOLAR

Código Disciplinas Pre-re- Credi- H/Aula quisito tos

FEAl42 Princípios e Metodos de Inspeção Escola~ - 4 60

FEA015 Inspeçao da Escola de 19 Grau FEAl4l 5 75

FEA025 Inspeção da Escola de 29 Grau FEA 142 5 75 •

FEAOl3 Legislação do Ensino 11 - 4 60

FET016 Currículos ,e Programas - 4 60 .

- Total - 104 1.560

172

HABILITAÇÃO EM SUPERVISÃO ESCOLAR

Códi~o Disciplinas Pre-re- Credi- HiAula quisito tos

FET132 Prin~ípios e Metodos de Supervisão Escolar '- 4 60

FET042 Supervisão da Escola de 19 Grau FET132 4 60

FET152 Supervisão da Escola de 29 Grau FET132 4 60

FET016 Curriculos e Programas - 4 60

FET123 Metodologia do Ensino de 19 Grau FETOll 3 45

FET053 Metodologia ,do Ensino de 19 Grau 11 FETOll 3 45

- Total 104 1.560

-

HABILITAÇÃO EM ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

----Código Disciplinas

Pre-re- Credi-H/Aula quisito tos

FET136 pri~cipios M~todos de Orien- " e taçao Educacional FEF022 4 60

FET009 Orientação Educacional I FET136 4 60

FET019 Orientação Edu c a c i o n aI 11 FET009 4 60

FET127 Orientação Vocaciona1 , . FEF022 6 90

FEA226 'Med idas Educacionais 11 FET126 4 60

FEF017 Aconselhamento Psico-Pedagó- FET009 gico FEF032 5 75

- Total - 109 1.635

173

UNIVERSIDADE.DO AMAZONAS

rONSELHO UNIVER~ITÁRIO

RESOLUÇÃO NY 10/76

Art. 59 - Ao primeiro ciclo, pré-requisito para o

ciclo profissional, corresponderão vinte e dois (22) crédi-

tos, equivalentes a trezentos e trinta (330) horas/aula,

que ficar~o incorporadas para todos os efeitos de

e duração ao currrculo do curso.

conteúdo

Art. 69 - Para as habilitações em Administração

Escolér, Inspeção Escolar' e'Supervisão Escolai, para exer­

cicio nas escolas de 19 e 29 Graus, acrescentar-se-ão dezes

sete (17) cr~dit;s, correspond~ntes. a duzentas e cinquenta

e cinco (255) horas/aula, referente a disciplinas opta~iv~s.

Art. 79 - Para a habilitação em Orientação EduCá-. cional acrescentar-se-ao doze (12) cr~ditos, cqrresponden-

tes a cento e oitenta (180) horas/aula, referentes·a d~sci­

p1ina optativas.

§ 19 - As disciplinas optativas constarao de lis--ta elaborada pelos Departamentos, com a aprovaçao do Coleg!

ado de Curso.

§ 29 -Constituem, ainda, disciplinas optativas

para uma determinada habilitaçao, as disciplinas obrigatô-

r1as de outras, mesmo que o estudante não deseje fazer duas

habilitações.

Art. 89 - A pritica das ativiJades corresponden -

tes as virias habilitações, sob a forma de estigio supervi-

sionado, compreenderi quatro (4) cr~ditos, correspondentes

a sessenta (60) horas/aula de trabalho efetivo.

Parágrafo único - A hor~/aula do estigio supervi­

sionado seri igual a cem (100) minutos de trabalho efetivo.

Art. 99 - A Educação Física, sob a forma de priti

ca desportiva, corresponderão dois (2) cr~ditos, equivalen-.

174

tes a trinta (30) horas/aula.

Parágrafo único - A hora/aula de prática despo~

tiva será igual a cem (100) minutos de trabalho efetivo.

Art. 10 - Esta Resoluçio entra em vigor na pre­

sente data, revogadas as disposições em contrário.

SALA DE REUNIÕES DO CONSELHO UNIVERSITÃRIO DA

UNIVERSIDADE DO AMAZONAS, em Manaus, 04 de março de 1976.

ADERSON PEREIRA DUTRA

Presidente

175

UNIVERSIDADE DO AMAZONAS

CONSELHO UNIVERSITKRIO

RESOLUÇÃO.N9l0/l6

.' . DISCIPLINAS OPTATIVAS

- '.

Código Disciplina's Pre-re- Credi-H / au l-a quisito tos

FEFO.z 7 R'Ís tór ia da Educação Brasileira FEF026 4 60

FEF02l Psicologia Geral 11 FEFOll 4 60

FET067 Adaptação e Inadaptação Escolar FEF032 4 • 60

FET077 Educação do Excepcional FEF032 4 60 .

FET017 Dinâmica de Grupo - 4 60

FEA046 lntrodução ao Planeja-mento Educacional I FEA017 4 60 .

FEA126 E;conomia da Educação I

176

UNIVERSIDADE pO AMAZONAS

C~NSELHO UNIVERSITÁRIO

RESOLUÇÃO N9 02/76

Atualiza as normas relativas ao

Primeiro Ciclo dos Cursos de Gra

duação, e dã outras providências.

O REITOR DA UNIVERSIDADE DO AMAZONAS e PRESIDENTE

DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO, usando de suas atribuições esta­

tutãriG.s, e

CONSIDERANDO a necessidade de atualizar as normas ,

referentes ao Primeiro Ciclo dos Cursos de Graduação, ~ini~

trados em duração plena, ajustando-as ao Regimento Geral,

particularmente aos artigos 35 e 36;

CONSIDERANDO, finalment~, o que decidiu o ConSe­

lho Universitário, em reunião desta data, apreciando 0_ Proc.

n9 001/76,

R E S O L V E:

Art. 19 - As áreas de conhecimentos a que se refe

re o art. 35, §19~ do Regimento Geral,

-I Ciências Exatas;

11 - Ciências Biológicas; e

111 - Ciências Humanas.

-sao as seguintes:

Parágrafo único - As áreas referidas neste artigo

relacionar-se-ão com os seguintes ~úrsos de Graduação, de

duração plena, proporcionados pelâ Universidade do Amazonas:

I - CIt~CIAS EXATAS: Engenharia Civil, Engenharia

Eletrica, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, e Li­

cenciaturas em rIsica, Mateclática e Quimica;

177

.. 2 - CIENCIA~ BIOLGGICAS: Medicina, Farmicia e Bio

'qurmica, Odontologift, Ci~nciasBiol6gicas e Educaçio Físi-

ca;

3 - CIÊNCIAS HUMANAS: Direito, Economia, Adminis

tração, Contabilidade, Biblioteconomia, Filosofia,

Pedagogia, Comunicaçio Social e Serviço,Social.

Le tras,

Art. 29- O Primeiro Ci'clo, em sua parte comum,

teri a duração de um (1) período letivo, compreendendo, de

acordo com a irea, as seguintes disciplinas obrigat6rias,

com os respectivos créditos:

I - CIENCIAS EXATAS

- Cilculo I

Álgebra Linear I

Química Geral I

Física I

Introduçio ã Ci~ncia dos Computadores

I~ - CIÊNCIAS BIOL6GICAS

- Frsica Fundamental

Qu~mica Fundamental

Complementos de Matemâ tica e Estatística -

- Fundamentos de Anatomia

- Biologià Geral 1

III - CIÊNCIAS HUMANAS

Língua Po~~~guesa I

Introdução a Filosofia

Sociologia I

Psicologia Geral I

Metodologia do Estudo

6 cr.

4 cr.

4 cr.

6 cr.

4- cr. 24 cr.

4 cr.

6 cr.

4 cr.

6 cy.

6 cr. 26 cr.

5 cr.

5 cr.

,4 cr.

4 cr.

4 cr. 22 cr.

Parâgrafo único - O Primeiro Ciclo deverá ser in

tegtalizado no prazo máximo fixado no art. 43, § 49, do Es

tatu to da Universidade.

Art. 39 - A obtenção dos creditosnas discipli-

178

• nas do Primeiro Ciclo, é condição para matrícula em disci-

plinas do Ciclo Profissional.

§ 19 - O aluno que obtiver 3/4 (tr~s quartos)

dos créditos fixados para o Primeiro Ciclo de -sua area,

sem isenção do quarto restante, poderá matricular-se em

disciplinas do Cicló Profissional, desde que satisfaça, em

cada caso, os pré-requisitos exigidos ou obtenha decisão

favorivel do respecti~o Colegiado de Curso.

§ 29 - Na hipótese do parágrafo anterior, o quaE

to (1/4) "restante de créditos do Primeiro Ciclo deverá ser

integralizado no prazo referido ho art. 29, parágrafo ~ni­

co, desta Resolução.

Art. 49 - Na primeira matricula, -apos a classifi

cação em Concurso Vestibular, os estudantes serão matricu­

lados em todas as disciplinas obrdgatórias do Primeiro Ci­

clo, em sua parte comum.

§ 19 - "Se o aluno for reprovado em disciplinas

referidas neste artigo~ só se concederá matrícula em novo

período, no Primeiro Ciclo, quando o total de créditos das

disciplinas pleiteadas for igualou superior a 12 (doze).

§ 29 - Se o n~mero de créditos integralizados

nas disciplinas referidas no "caput" deste artigo~ for

igualou superior a 3/4 dos créditos fixados para o Primei­

~o Ciclo, o aluno poder i matricular-se em disciplinas do

Ciclo Profissional; se inferior, o aluno deverá completar

o n~mero mínimo de créditos fixado no parigrafo anterior,

em disciplinas optativas que lhe forem oferecidas . .

Art. 59 - O Primeiro Ciclo ficari incorporado,

para todos os efeitos de conte~do e duração, ao currículo

do curso de graduação em cujo Ciclo Profissional ou acad~­

mico venha o aluno a matricular-se.

Art. 69 - Esta Resolução entra em vigor na pre­

sente data, revogadas as di~posições em contririo.

~ALA DE REUNIÕgS DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DO AMAZONAS, em Manaus, 27 de janeiro de 1976.

ADERSON PEREIRA DUTRA Presidente

ANEXO 11 179

UNIVERSIDADE DO AMAZONAS

CO~SELHO UNIVERSTTÁRIO

RESOLUÇÃO N9 10-A/76

Regulamenta o estágio supervision~

do do Curso de Graduação em Pedag~

gia, e dã outras providências.

O REITOR DA UNIVERSIDADE DO AMAZONAS e PRESIDENTE

DO. CONSELHO UNIVE~SITXRIO, no uso de suas atribuiç~es esta­

tu t á r i as ,. e

CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o esta

g10 supervisionado do Curso de Grad~ação em Pedagogia, aSSl

milando a experiência acumulada nos· anos letivos de 1974 e

1975 ;

CONSIDERANDO o disposto na Resolução n9 02/69, de

12 de maio de 1969, do Conselho F~deral de Educ~çâo e na Re

solução n9 024/74, do Conselho Universitário, que· fixa o

curriculo pleno d~ licenciatura em Pedagogia, da Universida

~e do A~azonas;

CONSIDERANDO, finalmente, o que decidiu o Conse­

lho Universitãrio, em reunião desta data,

RESOLVE:

Art. 19 - O estágio supervisionado em Pedagogia,

tem a finalidade de dar ao estudante vivência da especiali­

dade escolhida pelo contato com a realidade, motivando-o p~

ra o estudo e para a pesquisa, dando-lhe oportunidade para , aplicação prática dos conhecimentos teóricos, adquiridos ao

longo do curso.

Parãgrafo único - A coordenação do Estágio em Ad­

ministração Escolar e Inspeção Escolar ficará a cargo do D~

partamento de Administração e Planejamento e a coordenação

do Estãgio em Supervisão Escolar e Orientação Educacional, . do Departame~to de Mitodos e T~cnicas.

180

..

Art. 29 - O estágio supervisionado, nos termos

da Resoluçio n9 10/76, do Conselho Universitário, será re~

lizado em sessenta (60) horas/aula, correspondendo a qua­

tro (4) creditos.

§ 19 - A hora/aula do estágio supervisionado se­

rá igual a cem (100) minutos de trabalho· efetivo.

§ 29 - s~ será admitid~ ao estágio o estudante

que tiver cursado, co~ aproveitamento, as disciplinas obri

gat~rias, espe~ificas da habilitaç~o pr~tendida.

Art. 39 - Durante o estágio supervisionado o es~

tudante cump~iri, semanalmente, tr~s (3) horas/aula nos lo

cais de estagio e uma (1) hora/aula no Departamento.

§ 19 - A permanencia nos locais de estágio desti

nar-se-a ã prática das atividades correspondentes a habili

taçao escolhida.

§ 29 -A permanencia no Departamento destinar-se­

ã a assistência ao estagiário na consecução do planejame~

to, rio desempenho das atividades práticas, ~a avaliaçio do

trabalho realizado e na reformulaçao inicial, se

rio.

§ 39 Alem da assistência referida no

-necessa-

paragra-

fo anterior, o profe!?sor orientador do estágiof.icara obri.

gado a dar ao estagiário f assistincia nos locais de está-

gio, sempre que solicitado pelo aluno ou pela Chefia do De

partamento. . '

Art. 49 - O estágio será realizado nos serviços

pr~prios da Sicretaria da Educaçio e Cultura, da Delegacia

do MEC e em estabelecimentos de ensino, abrangendo os as­

pectos de macro e microcducaçio.

Parágrato único - A Chefia do Departamento provi

denciarâ junto ã Direçao da Faculdade para que seja estab~

lecido o necessário contato entre a Faculdade, a SEDUC, a

Delegacia do MEC e os estabelecimentos de ensino, com vis­

tas ã realização do estágio.

181

Art. 59 - O estagio compreendera cinco (5) fases:

preparação, observação, atuação, relatório e avaliação.

I - Preparação - Conhecimento do planejamento

do estagio, condições exigidas ao estagiá

rio, finalidade de estágio, normas de atu~

ção do estagiário e preparação do "dossier".

11 - Observação - Contáto com os serviços da S~

cretaria de EdUcação e Cultura e da Deleg~

cia do Ministério da Educação e Cultur2 e

dos estabelecimentos de ensino. Conhecimen

to do regime, da órganização, da estrutura

e funcionamento do estabelecimento (local,

material, pessoal, fichas, questionários,

livros, registros, equipamentos, etc •.. ) .

Contato com o serviço de planejamento esco

lar. Avaliação.

111 - A~uação - Participação gradativa nas ativi

dades da escola, da Secretaria e da Deleg~

cia do MEC, de acordo com o planejamento

traçado. Registro das atividades.

ção sistematica.

Avalia-

IV Relatório - O estagiario devera apresentar,

.obrigatoriamente, ~o final do período leti

vo, um relatório circunstanciado sobre o

,estagio. O relatório deverá ser datilogra­

fado, devendo ser ilustrado com tabelas,

graficos, etc.

V Avaliação - Constitui a parte final do pr~

cesso de estágio e seri feita pelo profes­

sor supervisor, tendo Como subsídios o ma­

terial informativo fornecido sobre o esta­

giario pela administração das diversas uni

dadcs educacionais, pelos Serviços pró­

prios da SEDUC; pela Delegacia do MEC e p~

lo relat5rio referido no item IV deste ar­

tigo.

· ~.

182

..

Paragrafo un~co - O professor orientador do esta

gio apresentara, antes do início do período letivo, para

-aprovaçao pelo Departamento, o planejamento do Estigio.

Art. 69 - Terminada a avaliação, o professor ori

entador entregara ao Departamento, para ser encaminhado ao

Departamento de Administraç~o Escolar, o registro da fre-

qUincia e o conceito a cada estud~nte, e suas

equivalincias num~ricaB:

respectivas

Conceitos Equiv~íincias num~ricas

a) 6timo 9,0 a 10,0

b). Bom 7,0 a 8,9

c) Regular 5, O· a 6,9

d) Insuficiente O a 4,9

§ 19 - N~ atribuiç~o dos conceitos observar-se-a:

a) freqUincia;

b) interes~e pelas atividades;

c) participação nos trabalhos do estabelecimento

de ens~no e nos serviços pr5prios da SEDUC e

da Delegacia do MEC;

d) relacionamento com o pessoal no local do esiã

gio; e

e) relatõrio.

§ 29 - Ao estudante que nao realizar o estagio,

ou que obtenha conceito INSUFICIENTE, n~o ser~o atribuídos

os respectivos cr~ditos.

A r t. 7 9 - S e r a a t r i'b' u í d o c o n c e i t o IN S U F I C I E N T E q o

estagiirio que não cumprir o minimo de dois terços

das atividades programadas ou que n~o apresentar o

rio final.

(2/3)

re1at5

Art. 89 - Sendo o estagiario, por força da Reso­

lução n9 02/69 do CFE, e da Resolução n9 10/76, do Conse­

lho Universitario, atividade obrigatoria, n~o sera conferi

do o grau de Licenciado em Pedagogia, ao estudante que nao

o realizar, ou que não obtiver, pelo menos, o conceito RE-

GULAR.

SALA DE REUNIÕES DO CONSELHO UNIVEkSI~ÃkIO DA

UNIVERSlDAUE DO.AMAZONAS,em Manaus, 04 de março de 1976.

1.83

ANEXO 111

Decreto n9 72.846 de 26 de setembro de 1973

Regulamenta a Lei n9 5564, de 21 de dezembro de 1968, que

p~ovi sobre o exercício da profissio de Orientador Educa-

cional.

O Presidente da República, usando da atribuição

que lhe concede o ,artigo 81, item 111, da Constituiçio de

ereta:

Art. 19 - Constitui o objeto da Orientação Edu­

cacional a assistência ao educando, individualmente ou em

grupo, no âmbito do ensino de 19 e 29 gr~us, visando o de

senvolvimento inte~ral e harmonioso de sua personalidade,

ordenando e integrando os elementos que exercem influ~n­

ci~ em sua formaçio e preparando-o para o exercfcio das

opções básicas.

Art. 29 - O exercício da profissão de Orientador

Educacional é privativo:

I - dos licenciados em Pedagogia, habilitados

em Orientaçio Educacional, possuidores de diploma expedi-

dos por estabelecimentos de ensino superior

reconhecidos.

oficiais ou

11 - dos portadores de diplomas ou certifica -

dos de Orientador Educacional obtidos em cursos de -pos-

graduação, .ministrados por estabelecimentos oficiais ou

reconhecidos, d~vidamente credenciados pelo Conselho Fede

ral de· Educação. . I

111 ~ d05 diplomados em Orientação Educacional

por escolas estrangeiras, cujos titulos seja~ revalidados

na forma da legi~lação em vigor.

Art. 39 - ~ assegurado ainda o direito de exer­

cer a profissão de Orientador Educacional:

I aos formados que tenham ingressado no cur

da "'" Lei ne.> 5692-71 forma do artigo so antes vigencia da na

64 da Lei n9 4024, de 20 de dezembro de 1961, ate a 4~

184

.. serie do ensino de 19 grau.

Art. 49 - Os prof1ssionais, de que tratam os ar

tigos anteriores, somente poderão exercer a profissão apos

satisfazer~m os segtiintes requisitos:

I Registro dos diplomas ou certificados no

Minist~rio de Educaçio e Cultura.

11 Registro profissional no órgão competente

do NEC.

Art. 59 A'profissio de Orientador Educacional,

observadas as condiç~es previstai neste regulamento, se

exerce, na orbita pública ou privada, por meio de planej~

mento, coordenaçao, supervisio, execuçio, aconselhamento

e acompanhamento relativo às atividades de Orientação Ed~

cacional, bem como por meio de estudos, pesquisas, análi­

ses, pareceres compree~didos no seu campo profissional.

Art. 69 - Os documentos referentes ao campo de.

açao profissional de que trata o artig~ anterior só terio

validade quando assinados por Orientador Educacional, de­

vidamente registrado na forma deste regulamento.

Art. 79 - f obrigatoria a citaçio ·do -numero dê>

registro do Orientador Educacional em todos os documentos

que levem sua assinatura.

Art. 89'- Sao atribuições privativas do Orienta

dor Educacional:

a) Planejar e coordenar a implantação e funcio­

namento do Serviço de Orientação Educacional em nível de:

1 Escola

2 Comunidade • 1

b) Planejar e coordenar a implantação e funcio'"

namento do Seiviço de Orientação Educacional dos órgãos

do Serviço Federal, Estadual, Municipal e Autárquico; das

Sociedades de Economia Mista, Empresas Estatais, Paraesta

tais e Privadas.

c) Coordenar a orientação vocacional do educan

do, incorporando-o ao processo educativo global.

d) Coordenar o processo de sondagem de interes

18t

~esJ aptid~es e h.bilidades do educando.

e) Coordenar o processo de informaçio' educacio­

nal e profissional com vistas i orientaç~o vocacional.

f) Sistematizar o processo de intercimbio das 1n

formações necessárias ao conhecimento global do educando.

g) Sistematizar o processo de acompanhamento dos

alunos, encaminhando a outros especialistas

exigirem assist~ncia especial.

aqueles

h) Coordenar o acompanhamento pôs-escolar.

que

i) Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da

Orientaç i6 Educacionai, satisfeitas as exig~ncias da legi~ " . . lação específica do ensino.

j) Supervisionar estágios -na area da Orientaçio

Educacional.

1) Emitir pareceres sobre materia concernente a

Orientação Educacional.

Art. 99 - Compete ainda, ao Orientador- Educacio­

nal as seguintes atribuições:

~) participar no processo de identificaçio das

c~racterlsticas básicas da comunidade;

b) Participar no processo de caracterizaçao da

clientela escolar; ~ c) Participar no processo de elaboraçio do

culo pleno da escola;

curr1

à) Participar na composiçao, caracterizaçao e

a~ompanhamento de turmas e grupos;

e) Participar do processo de avaliação e recupe--raçao dos alunos;

f) Participar do processo de encaminhamento e

acompanhamento dos alunos estagiários;

g) Participar no processo de integração

família-comunidade;

escola-

h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orien

taçao Educacional.

Art. 109 - No preenchimento de cargos públicos,

1-

186

• para os quais se faz mister qualificaçio de Orientador Edu

cacional, requer-se, como condiçio essencial, que os candi

datas hajam satisfeito, previamente, ai exig~ncias da Lei"

n9 5564, de 21 de dezembro de 1968, e deste regulamento.

Art. 119 - Este decreto entrará em vigor na data

de sua pub1icaçio, r~vogadas as disposiç~es em contrário.

Brasília, 26 de setembro de 1973; 1529 da Inde­

pendência e 859 da República.

.ANEXO IV

ESTADO DO AMAZONAS 187

SECRETARIA DA EDUCAÇAO E ~ULTURA

OF. SEDUC/SUBC/E. DE 19 GRAU/12/79 Em 05/06/79

DOS: Coordenadores do Ensino de 19 e 29 Graus

AOS: Diretores de Unidades

Senhor(a) Diretor(a):

Vimoa a presença de V. Sa. autorizar

que a Professora HELENA DA CkUZ, possa contactar com os

Diretores de Unidades, Superviso;es e Orientadores Educa­

cionais, a fim de que a referida mestra possa.ap1icar in~

trumento para coleta de dados, que fundamentarão sua tese

de mestrado - Adequação do Currículo do Curso de Pedago-

gia Habilitação em Administração Escolar e Orientação Edu

cacional ao Mercado de Trabalho.

Na certeza de podermos contar com o

apoio de V. Sa. aproveitamos a oportunidade para renovar ,

nossos protestos de consideração e apreço~

Atenciosamente

FIRMINO ~LVES CAMPELO

SubcoDrdenador do Ensino de

M~ ISIS ANDRADE BONFIM

Subcoorderiadora do Ensino de 29 Grau

, o L. Grau

ANEXO V 188

Carta de Apresentação ..

Prezado Colega:

Face i prriblemitica que cerca a Educaçio em nosso

Estado, assume especial importância a formaçio dos Recursos

Humanos que. atuam nesta irea~

Para que um programa de ação seja vilido, faz-se

necessirio a reali~ação de pesquisas que tenham por fim di­

agnosticar a real situação, apontando problemas, desvios ou

omissões.

Com o intuito de conhecermos a realidade de Admi-

nistradoresEscolares, Diretores de Escolas e Orientadores

Educacionais, e que lhe enviamos este questionirio. Nosso

objetivb principaY e saber ate que ponto a formaçio recebi­

da na Faculdade de Educação da Fundaçao Universidade do Ama

zo~as, pelos estudantes do curso de Pedagogia - habilitaçio

em Administração Escolar e Orientaçio Educacional esti coe­

rente com as exig~ncias do Mercado de Trabalh~. Se alguma

das questoes contidas no questionirio nao se aplicarem .ao

seu caso, deixe-as em branco.

O referido questionirio constitue um dos instrti

mentos que utilizamos na pesquisa que realizamos, como par­

te do trabalho de tese exigida pelo curso de Mestrado em Ed~

caçio que ora cursamos na Fundação Get~lio Varga~ (IESAE).

Pedimos sua colaboração no sentido de preencher o

questionirio anexo. N~o hi necessidade de ser assinado.

Antecipadamente agt~decemos sua cooperação.

Helena Soares da Cruz

189

Questionãrfo para: Administradores Escolares e

Diretores de Escolas

~. Identificação:

1.1 - Nome da escola:

( ) Par ti cu "1 ar

1.2 - Grau de ensino:

( ) 19 Grau

1.3 - junção que exerce:

( ) Estadual

( ) 1.9 Grau

( ) Administrador Escolàr

( ) Dire~or da Escola

1.4 - Hã quanto tempo exerce a função:

1.5 - Sexo:

( ) masculino (.) feminino

1.6 Idade (em anos' completos)

2. Formação:

2.1 ...

Curso superior realizado

( )

( )

( )

( )

( )

Pedagogia

Habi~itação em Admins traça0 Escolar

Habilitação em O.E.

" em Sup.t:sc.

" em Insp.Eoc.

( ) Outro - Qual?

Local de realização

Ano de conclusão

2.2

Cursos de especializaçio, aperfeiçoa mento ou atualizaçio realizados. -

Carga Horiria

2.3 - Os cursos apontados no ítem 2.2:-

( ) trazem maior ajuda ao seu trabalho

190

Época

"( ) sio superiores ao que i dado na Faculdade de

Educação

( ) complementam o que i dado na Faculdade de Educaçio.

2.4 - Como você classifica os ensinamentos (teóricos) rece­

bidos na Faculdade de Educaçao em re1açio ã funçio que

exerce.

( ) muito importantes

( ) importantes

( ) pouco "importantes

2.5 - Quanto aos conhecimentos adquiridos atravis dos cursos

dados pela Se~retaria de Educação, em reiaçio ã funçio

que exerce, você os classifica como:

( )

( )

muito important~s

importantes

( ) pouco importantes

. ,

2.6 - Que disciplinas você considera (curricu10 da Faculdade

de Educaçio) muito importantes para a rea1izaçio de seu

trabalho. Enumere por ordem de importância.

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

191

·2.7 - Dos cursos promovidos pela Secretaria de Educação e dos

quais você participou, quàis as disciplinas ~

que voce

considera mais importantes, tendo em vista a realizaçio

de seu trabalho. Enumere pelo grau de importincia:

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

2.8 - Quais as disciplinas do currículo da Faculdade de Educa - . çao que pouco ou nada contribuem para o trabalho que

realiza:

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

2.9 - Dos cursos prom~vidos pela Secretaria de Educaçio e dos . "-quaLS voce participou, quais as disciplinas que pouco

ou nada contribu~m para o trabalho que realiza:

( 1)

(2)

(3)

( 4)

'( 5)

(6)

• I

2.10 - Relacione as atividades que realmente executa como:

a. Administrador Escolar

Escola de 19 Grau la. a 4a.

Esçola de 19 Grau

E~cola de 29 Grau

b. Diretor de ~scola

Escola de 19 Grau

Escola de 19 Grau

Escola de 29 Grau

5a. a 8a.

la. a 4a.

5"a. a 8a.

192

J.ll

2.12

2.13

193

Como Admini~trador Escolar-ou Diretor de Escola, qual

a tarefa que voc~ executa e que considera. como a mais

importante? Justifique.

Quais as maiores falhas que você observou no curso que

realizou na Faculdade de Educação:

Que disciplinas deverão ser incluídas no currículo do

Curso de Pedagogia, visando ~ preparação mais adeq~a­

da do especialista em educação, habilitação em Adminis

traça0 Escolar?

( )

( )

( ) ( )

( )

2.14 - De acordo com sua experiincia profissional, qual a im­

portância do Administrador Escolar e do Diretor de Es­

cola, no sistema educacional em que atua.

2.15 - D~ sua opiniao sobre o Estágio Supervisionado que rea­

l~za durante o curso da Faculdade de Educação:

194

2.16 - Relacione abaixo, os aspectos positivos e negati­

vos do Esti~io Stipervisionado, realizados em Esco

las de 19 e 29 graus.

Escolas de 19 grau

Aspectos po~itivos Aspectos negativos

Escolas de 29 grau

Aspectos 'positivos Aspectos negativos

3. Exig~ncias e coridiç~es profissionais:

3.1 - De que forma você foi investido no cargo que ocupa:

( ) 'concurso público

( ) remanejamento funcional

( ) convite de autoridades

( ) indicação de amigos

3.2 - Que elementos constituem o Corpo T~cnico-Administra

tivo de sua ~scola:

( ). Administrador Escolar

( ) Diretor

( ) Supervisor Escola:r

( ) Orientador Educacional

( ) Assistente Social

( ) Medi c-o

3.3 - Estão determinadas oficialmente em documento da Se­

cretaria de Educação as atribuiç~es do:

Administrad~r Escolar ( ) sim ( ) -nao

Diretor ( ) s1m ( ) -nao

195

.. . 3.4 - As tar~fas por voc~ executadas, coincidem com as de­

terminadas pela Legtslação Oficial? (SEDUC-Am)

( ) sim ( ) não ( ) em parte

3.5 As tarefas acima referidas, -correspondem ao que voce

estudou na Faculdade de Educação?

( ) sim ( ) -nao ( ) em parte

3.6 - D~ sua opini~o sobre as tarefas que executa e relacio

ne-a com o conteudo estudado na Faculdade de Educação:

3.7 - Di sua opiniao sobre as tarefas que executa e relacio

ne-a com o conteúdo estudado nos cursos promovidos p~

la Secretaria de Educação

3.8 -A escola em que voc~ trabálha pede-lhe que realize ta

refas para as quais a Faculdade de Educação não lhe

preparou?

( ) sim ( ) -nao

3.9 - Se a resposta acima foi positiva, enumere algumas des

tas tarefas:

196

.3.10 - Quais as causas que estao dif1cultando a realizaçio

efetiva de seu trabalho:

( ) formaçio pedagógica deficiente

( ) exigências institucionais

( ) condições de trabalho

( ) outras

3.11 - Explique detalhada~ente o que voce marcou no item

3.10: .

3.12 - Se você marcou "condições de trabalho" entre outros,

explique' pormenorizadamente o que isto significa:

3.13 - Que atividades você exerceu na área educacional an-

( .)

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

tes do .. .

exerC1C10 da funçio atual:

Funçio. exercida

Professor de 19 grau li de 29 grau

Administrador Escolar

Diretor

Supervisor Escolar

Orientador Educacional

Inspetor Escolar

Orientador Pedagógico

Tempo de exercic10 (anos completos)

197

Observações:

Se deixamos de abordar qualquer aspecto da ativida

de profissional que você desenvolve no.momento e que lhe

pareça importante, por favor registre-o neste local:

de' de 1979 -----------------------

ANEXO VI 198

Carta de Apresentação

Prezado Colega:

Face i pro~lemiticaque cerca a Educação em nosso

Estado, assume especial importância a formação dos Recursos

Humanos que atuam nesta i~ea.

Para que um p~ograma de ação seja vilido, faz-se

necessirio a realização de pesquisas que tenham por fim di­

agnosticar a real situaçao, apontando problemas, desvios ou

omissões.

Com o intuito de conhecermos a Lealidade de Admi-

nistradores Escolar~s, Diretores de Escolas e Orientadores

Educacionais, ~ que lhe enviamos este questionirio. Nosso

obj~tivo principal ~ saber at~ que ponto a formação recebi­

da na Faculdade de Educação'da Fundação Universidade do Ama

zonas, pelos estudantês do curso de Ped~gogia ~ habilitaçio

em Administração Escolar e Orientação Educacional esti co~-

rente com as exigências do Mercado de Trabalho. Se alguma

das questoes contidas no questionaria nao se

seu caso, deixe-as em branco.

aplicarem ao

o referido questionirio constitue um dos instru-

mentos que utilizamos -na pesquisa que realizamos" como par­

te do trabalho de tese exi~ida pelo Curso de Mestrado ~ Ed~

caça0 que ora cursamos na Fundação Get~lio Vargas (IESAE).

Pedimo~ sua colabor~ç;o no sentido de preencher o

questionirio anexo. Não hi necessidade de ser assinado.

Antecipadamente agradecemos sua cooperaçao.

Helena Soares da Cruz

.. ,Que~tioniriopara Orientadores Educaciona~s

1: Identificaçio:

1.1 - Nome da escola:

( ) Particular

1.2 Grau de ensino:

( ) 19 Grau

1.3 - Funçio que exerce:

( ) Estadual

( ) 29 Grau

1.4 - Hã quanto tempo exerce a função:

1.5 - Sexo:

( ) masculino

1.6 - Idade.(em anos completos)

2. Formação:

2.1 -

Curso superior realizado

( ) .p e d a g o g i a

( ) Pedagogia - habilitaçio

em Administraçio Escolar

( ) Pedagogia - habilitaçio

em Supervisão Escolar

( ) Pedagogia - habilitaçio

O~ientaçio Educacional

( ) Pedagogia- habilitaçio

em Inspeção Escolar

( ) Outro - Qual?

em • j

( ) feminino

Local de rea1izaçio

199

Ano de conclusão

200

2.2 ...

'Cursos de especializaçio, aperfeiçoa mento ou atualização r.ealizados -

Carga horária

2.3 - Os cur.sos apontados no ítem 2.2:

( ) trazem maior ajuda ao seu trabalho . ( ) - superiores - dado Faculdade de sao ao que e na

Educ'açio

( ) complementam - dado Faculdade de Educaçio o que e na

2.4 - Como voci classifica os ensinamentos (te~ricos) recebi

dos na Faculdade de Educaçio em relação i funçio, que

exerce:

( ) muito importantes 0-

( ) importantes

( ) ,pouco importantes

2.5 - Quanto aos conhecimentos adquiridos atrav~s dos cur­

sos dados peJa Secreta~ia de Educação, em relação ~

função q~e exerce, voci os classifica como:

2.6

( ) muito importantes

( ) importantes

( ) pouco importantes

Que

de

de

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

disciplinas

de Educação)

seu trabalho.

voci considera (currr~ulo da Faculda , '

muito importantes para a reali~ação

Enumere por ordem de importância.

201

~.7 - Dos cursos promovidos pela 'Secretaria de Educação e.dos

quais você participou, quais as disciplinas que voce

considera mais importantes, tendo· em vista a realização

de seu trabalho. Enumere pelo grau de importância.

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

2.8 - Quais as disciplinas do currículo da Faculdade de Edu­

cação que pouco ou nada contribuem para o trabalho que

realiza:

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

2.9 - Dos cursos promovidos pela Secretaria de Educação e

dos quais você participou, quais a~ disciplinas que po~"

co ou nada contribuem para o trabalho que realiza:

( )

( ")

( )

( )

( )

( )

202

2.10 - Relacione abaixo as atividades que realmen;e executa:

a) como coorderiador

b) como participante

,2.11 - Como Orientador Educacional, qual"a tarefa que voce

executa e que cónsidera como a ma1S importante?

2.12 Quais ·as maiQres falhas que voce observou no curso

que realizou na Faculdade de Educação~

2.13 - Que disciplinas d~verão ser incluídas no currículo do

curso de Pedagogia, visando a preparação mais adequa­

da do Orientador Educacional .

2.14

( )

( )

( )

( )

( )

• J

De acordo c~m sua experi;ncia profissional, qual a

importância do O.E. no sistema educac~onal em que

atua.

203

2~15 - D~ sua opiniio sobre o Estigio Supervisionado que re

alizou durante o curso d~ Faculdade de Educaçio: '

2.16 - Relacione abaixo os aspectos positivos e negativos do

Estigio Supervisionado realizado em escolas de 19 e

29 graus.

~scolas de'19. grau

Aspectos positivos Aspectos negativos

Escolas de 29 grau

Aspectos positivos Aspectos negativos

2.17 - Na sua opiniio a formação profissional do O.E. deve-I .

ri ser feita a nível de: ,

( ) gr~duação c/habilitação. especifica

( ) pós-graduação

2.18 - Enumer~ por or~em de importincia as

colha quanto ao ítem anterior.

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

-razoes de sua es

2.19

204

Para você, que cri terios ,e qualidades deverão ser le •

vados em conta, na seleção de.candidato~ para.o cur-

so de Pedagogia, habilitação em O.E.?

2.20 - Justifique a resposta dada no ítem 2.19.

3 .• Exigências e condiç~es prpflssionais:

3.1 - De que forma você foi inve~tido no cargo que ocupa:

( ) concurso público

( ) remanejamento profissional

( ) convite de autoridade

( ) -indicaçao de am1gos

3.2 - Que elementos constituem o Corpo Tecnico-Administrati

vo de sua escola:

( ) Administrador Escolar

( ) Diretor

() Supervisor Escolar

( ) Orientador Educacional

( ) Assistente Social

( ) Medico

l.3 - Estão deter~inadas oficialmente em documento da Secre

taria de Educaçao, as atribuiç~es do Orientador Educa

cional:

( ) sim. ( ) -nao

3.4 - A~ taretas por voce executadas, coincidem com as de­

terminadas pela Legislação Oficial (SEDUC).

( ) sim ( ) não ( ) em parte

205

.3.5 - As tarefas acima referidas, correspbndem ao que voce

estudou na Faculdade de Éducação?

-( ) s1m ( ) nao ( ) em parte

3.6 - D~ ~ua opiniio sobre as tarefas que executa e relaci~

ne-a com o conteGdo esttidado na Faculdade de Educação:

3.7 D~ sua. opinião sobre as tarefas que executa e relacio

ne-a com o conteGdo estudado nos. cursos promovidos p~

la Secretaria de Educaç~o:

3.8 A escola em que você trabalha pede-lhe que realize ta -. refas para as quais a Faculdade de Educaçio nao o pr~

parou.?

( ) s1m ( ) -nao

3.9 - Se a respDsla acima foi pos~tiva, enumere algumas des

tas tarefas:

3.10 - Quais as causas que estao dificultando a realização

efetiva de seu trabalho:

( ) formação pedag6gi~a deficiente

( ) exigências institucionais

( ) condiç~es de trahalho

( ) outras

206

3.11 - Explique dttalhadamente o que voc~ marcou no ítem

3.10.

3.12 - Se você marcou "condições de trabalho" entre outros,

explique pormenorizadamente o que significa:

3.13 - Que atividades voce exerceu na área educacional' an­

tes do exercício da função atual:

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

Funçao exercida

Pro.fessor de 19 grau

" de 29 grau

Administrador Escolar

Diretor

SUllervisor Escolar

Orientador Educacional

Inspetor Escolar

Orientador Pedagógico ..

Tempo de exercício (anos completos)

3.14 - Como O.E. qual o numero de turmas (de alunos) com que

voce trabalha'?

·N9 de turmas Turno N9 de alunos

207

.. .

3'.15 - Seu trabalho de orientação, está apoiado (voltado) p~

ra qual abordagem?

( ) c,omportamenta1

( ) rogeriana

( ) existencial

( ) desenvo1vimentista

( ) nenhuma em especial

( ) outras

.3.16 Seu trabalho de orientação está integrado - Supervi-a

sao, Escolar?

C) sim ( ) -nao ( ) em parte

3. (7 Como -e feita' esta integração?

Observações:

Se deixamos de abordar qualquer aspecto da atividade

profissional que voci desenvolve no momento e qu~ lhe pare­

ça importante, por favor registre-o neste local .

• J

de de 1979 ------------------------ -------

208

ANEXO VII

inventari~ de opinioes sobre o Curso de Gradua­

ção e o exercício da função de: 1) Administrador Escolar;

2) Diretor de Escola; 3) Orientador Educacional.

Leia com atençao cada uma das afirmações cons-

tantes deste inventarfo e procure analisar se corresponde

exatamente, aprriximadamente ou se nao corresponde i expe­

riência vivida por você como aluno do Curso de Pedagogia.

A marcaçao de suas respostas no inventario é

simples; caso você de.cida que a afirrnaçã~ expresse exata-

mente o que voce sente, ou o que voce observou em· seu

curso, faça um X ~a coluna intitulada SIM; se decidir que.

a afirmação nao se aplica ao seu caso faça um X na coluna

intitulada NÃO; se d~cidir que a afirmação nao se aplica

em sua totalidade, faça um X na coluna intitulada EM PAR­

TE.

Peça explicações se alguma frase ou -expressa0

não lhe parecer muito clara. Quanto mais preciso e since­

ro voce for ao responder, mais valiosas serão suas infor­

mações para a nossa pesquisa.

Agradecemos sua colaboração, sem a qual não po­

deriamos rea1i~ar nosso estudo.

Helena Soares da Cruz

FUNÇÃO EXERCIDA:

( ) Orientador Educacional

( ) Administrador Escolar

() Diretor

AFIRMAÇÕES

1. O Curso realizado deu-se uma visão cla

ra sobre a função a ser desemp~nhada.

2. Os objetivos do curso realizado foram

superficiais. e pouco definidos.

3 . Considero o curriculo do curso realiza

do adequado ao desempenho da função

que realizo.

4. Creio que minha atuaçao como especi~

lista educação - muito limitada de-em e

vido as condições sociais em que V1ve-

mos.

5. A metodologia de enS1no utilizada na

Faculdade de Educação ê inadequada ... as

necessidades de formaçao do especiali~

ta em educaçao.

6. O estãgio supervisionado representou

uma complementaçao eficiente ao que

aprendi nas disciplinas do curso.

7. O embasamento te9rico que recebi na

Faculdade de Educação ê suficiente pa­

ra a tarefa que desempenho.

SIM

209

EM PARTE NÃO

AFIRMAÇÕES

8. Sinto que meu trabalho é prejudicado

por exigências feitas pela realidade

em que atuo, e para as quais a Facul

dade de Educação não me preparou.

9. O treinamento que recebi da

ria de Educação (através de

Secreta

cursos,

reuniões de estudo etc.) e superior

aos ensinamentos resebidos na Facul

dade de Educação.

10. Creio que vale a pena fazer o Curso

de Ped ago gí ao.

11. Acho difícil realizar o trabalho de

( ) -Administrador Escolar, ( ) Dire­

tor, ( ) Orientacor Educacional pois

a formação recebida não corresponde

a realidade em que atuo.

12. O Curso de Pedagogia é falho, pois

nao corresponde as reais

des da sociedade.

necessida-

13. Durante o curs9 que realizei houve

entrosamento adequado entre o conteu

do das disciplinas e o estágio supe~

vis ionado. -

14. No meu trabalho diário sinto que o

Curso de Pedagogia me preparou mal

/ - d f -para o exerC1C10 a unçao que exer-

ço.

SIM

210

EM pARTE NÃO

AFIRMAÇÕES

15. Discordo de algumas atividades que

me sao impostas por força da legis­

lação, e que entram em choque com

minha formação profissional.

16. O Administrador Escolar, Diretbr ou

Orientador Educacional poderia ter

melhor atuação'se tivesse mais li­

berdade de ação educacional.

'17. ~ adequada a forma de avaliação dos

alunos do'Curso de Pedagogia.

18. são 'atualizado~ os 'programas das

diversas disciplinas do

realizei.

Curso que

19. Não hi um entrosamento entre o con­

te~do das divers~sdisciplinas do

Curso de Pedagogia.

20. Administrador Escolar, Diretor de

Escola e Orientador Educacional não

são considerados muito importantes

no processo educacional.

21. Antes de exercer a função de Espe-

cialista em Educação, fui professor

(a) de 19 g~au ( ) e/ou; de 29 grau

( ). e acho muito vilido e~~a minha

atuação anterior como ajuda par~ o

meu trabalho atual.

SIM EM

PARTE

2lÍ

NÃO

ANEXO VIII

Escolas onde foram aplicados os questionirios e inventiriode opini~es

Nome da Escola

UI. Unidade Educacional "Aparecida"

Subunidade "Ribeiro da Cunha" Subunidade "Conego Azevedo" Subunidade "Antonio Teles" Subunidade "Hermenegi Ido de Campos~'

02. Unidade Educacional "Benj amin Cons tant"

Subunidade "Saldanha Marinho" Subunidade "19 de maio" Subunidade "L. Nascimento" Subunidade "Plicido Sen.ano" Subunidade "Barão do Rio Branco"

03. Unidade Educacional "Colegio Amaz. "Pedro 11"

Subunidade "Farias Brito" Subunidade "Nilo Peçanha"

04. Unidade Educacional "Castelo Branco"

Subunidade'li'ueth ~aulo Mourão" Subunidade "General Sampaio" Subunidade "João Rotini" Subunidade "Zulmira :8ittencourt" Subunidade "Duque de Caxias" Subunidade "Padre Pedro Gislandi" Subunidade "Marechal Hermes"

Endereço

Alexandre Amorim, 325,

Pça. "24 de outubro", s/n Xavier de Mendonça, 155 Santa Quite'ria, 805 Rua da Legião, s/n

Rua Ramos Ferreira, 991

Rua Saldanha Marinho, 717 Rua Duque de Caxias, s/n Rua Emilio Moreira, s/n Rua Emilio Moreira, s/n Av. Joaquim Nabuco, 1152

Av. 7 de setembro, s/n

Rua Duque de Caxias, s/n Av. Joaquim Nabuco, 226

Av. são Jorge, s/n'

Av. Brasil, s/n Bstrada da Ponta Negra, 1~ BIS Rua Costa e Silva, 175 Rua são Cristovão, s/n Estrada são Sebastião Rua Belo Horizonte, s/n Av. Vale do põ,s/n-Conj.da Ponta Negra

Bairro

Centro

Centro Centro Presidente Vargas Presidente Vargas

. Centro

Centro Pça. 14 de janeiro, Pça. 14 de janeiro Pça. 14 de janeiro Centro

Centro

Centro Centro

são Jorge

são Jorge são Jórge Estrada da Compensa Compensa Compensa Compensa Ponta Negra

,

N' 1-'.

N

Nome da Escola

05 •. Unidade Educ. "Instituto de Educ.do Amazonas

Subunidade G.A.I.E. "Princesa Isabel"

06. Unidade Educacional "Solon de Lucena"

Subunidade "Sta. Terezinha" Subunidade "Leonília Marinho" Subunidade "N~ S~ de Nazare" Subunidade "Artur Araujo" Subunidade "N~ S~ das Graças" Subunidade "são Geraldo" Subun1dade "Almirante Barroso" Subunidade "Francelina Dantas" Subunidade "Aderson de Menezes" Subunidade ."Londrina" Sub unidade "H'umberto de Campos" Subunidade "Maria Nazarello" Subunidade "Vicente Teles de Souza" Subunidade "Alda Barata" Subunidade "Gonçalves Dias" Subunidade "Maria Ame li a E. Santo" Subunidade Ramazzotti Subunidade "Maria Rodrigues Tapajós" Subunidade "Herbert Palhano" Subunidade "Raimundo G. Nogueira" Subunidade "Prof. Altair Nunes" Subunidade "Leonor S. Mourão"

Endereço

. Rua Ramos Ferreira, s/n

Rua Ramos Ferreira, s/n

Av. Constantino Nery, s/n

Es trada do V-S Rua 7-Conjto "Castelo Branco" Pça. N~ N~ de Nazare Rua João Alfredo, 160 Kua Libertador, 392 Av. Constantino Nery, 1667 Vila Amazonas, s/n Av. J., s/n Rua 26-Cont9 "Cas'telo Branco'" Av. Constantino Nery; s/n . R.Louis Cordovil,s/n-Co~t~ Vivaldo Lima Rua Vivaldo Lima," s/n Av. Constantino Nery, s/n Quadra C, s/n- Conjt9 de Flores Conjt9 D. Pedro 11 R. Jurema, s/n - Conjt9 Kyssia Pça. N~ S~ de Nazare Rua. B-l, 701 - Conjt9 Ajuricaba Rua Djalma Dutra, s/n Av~ Lõste, 702 - Conjt? Ajuricaba Conjt. Eldorado Cont9 Manauense

'B ai rro

Centro

Centro

continuação

Es trada do V-·S Parque 10 de novembro Adrianópolis N~ S~ das Graças N~ Sé} das Graças são Geraldo Parque la de novembro Alvorada 11 Parque la de ~ovembro Chapada Alvorada Alvorada são Geraldo Flores Conjt9 Dom Pedro Alvorada I Adrianõpolis Franceses . N~ Sr~ das Graças Franceses Parque 10 de novembro Adrianopolis

N .... w

jI:

INVENTÁRIO DE OPINIÕES (ANEXO' I)

Ocupação SIM E M P A R T E

, Diretor Adm.Esc. O. E. ' Diretor Adm.Esc. O.E. N=l N=23 N=30 N=l, N=23 'N=30

Itens fi 7- f I 7- fi 7- f I 7- f I 7- f I 7-

Avaliação do Curso de Pedagogia:-

1 6 46,15 12 52,17 10 33,33 6 46,15 9 39,13 19 63,33

2 5 38,46 3 13',04 7 23,33 3 23,07 12 52,17 15 50,00

3 6 46,15 12 52,17 7 23,33 6 46,15 8 34,78"20 66,66

l 2 15,38 7 30,43 5 16,66 7 53,84 10 43,47'10 33,33

10 11 84,61 21 91,30 24 80,00 2 15,38 2 ,8,69 5 16,66

12 3 23,07 2 6,66 7 5~,84 14 60,86 15 .50,00

13 5 38,46 8 34,78 8 26,66 4 30,76 10' 43,47 15 50,00

14 2 15,38 1 4,34 3 23,07 8 34,78 8 26,66

18 7, 53,84 10 43,47 12 40,00 3 23,07 7 30,43 14 46,66

19 3 23,07 10 43,47 9 30,00 6 46,25 8 34,78 15 50,00

Avaliação dos cursos da SEDUC-Am:-

9 1 3,33 1 7,69 7 30,43 6 20,00

NÃO

Diretor Adm.Esc. N=l. N=23

f I .. f I 7-/0

1 . 7,69 2 8,69

5 38,46 8 34,78

1 7,69 3 13,04

4 30,76 6 26,08

3 23,07 9 39,13

4 30,76 5 21,73

8 61,53 14 , 60,86

3 23,07 6 26,08

4 30,7/j 5 21,73

12 92,30 16 69,56

O.E. N=30

f I 7-

1 3,33

8 26,66

3 10,00

15 50,00

1 3,33

13 43,33

7 23,33

22 73,33

4 13,33

6 20,00

23 76,66

I'.:> ...­.s:-

<. ~.

Ocupação SIM E t1

Diretor Adm. E sc. O.E; Diretor N=13 . N=23 N=30 N=13

Itens f I 7- f I 7- fi 7- fi 7-

Metodologia e Ava1ia-- .

çao:-

5 4 30,76 6 26,08 '3 10,00 5 38,46

17 5 38,46 10 4·3,47 15 50,00 4 30,76

Estagio supervisiona-do:-

6 6 46,15 12 52,17 10 33,33 4 30,76

Realidade social e condições de atuação:

4 5 38,46 7 30,43 11 36,66 5 38,46

8 5 38,46 la 43,47 9 .30,00 . 6 46,15

11 3 23,07 2 8,69 5 38,46

15 5· 38,46 8 34,78 5 16,66 4 30,76

16 7 53,84 14 60,86 21 70,00 6 46,15

20 4 30,76 12 52,,17 10 33,33 8 61,53

21 13 100,00 23 100,00 30 100,00 O

p, A R T E

Adm.Esc. O.E. Diretor N=23 N=30 N=13

f I 7- fi 7- f I 7-

7· 30,43 15 50,.00 4 30,76

10 43,47 11 36,66 4 30~76

5 21,73 11 36,66 3 23,07

12 52,17 9 30,00 3 23,07

8 34,78 8 .26,66 2 15,38

9 39,13 14 46,66 5 38,46

3 13,04 5 16,66 4 30,76

8 34,78 5 16,66

3 13,04 9 30,00 1 7,69

° O °

.NÃO

Adm.Esc. N=23

f .1 7-

10 43,47

3 . 13~O4

6 26,08

4 17,39

5 21,73

12 52,17

12 52,17

1 4,34

8 34,78

O

O.E. N=SO

f I 7-

12 '40,00

4

9'

10

13

16

20

4

II . °

13,33

30,00·

33,33

43,33

53,33

66,66

13,33

36,66

N I-' VI

Nome dos

componentes

da banca

examinadora

. -

• Tese apresentada aos senhores:

Visto e permitida a imptessio

R i o de J a n e i r o, cA? /C)j" / / f cf'..)

Coordenador

'b -0AJv-- \

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