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.:,,,;,,;..,,,.;..^ ,,-,..., J.,^-;"-,; f,,*:-,,.!,,,,».,,,,,,, ;,,;,,.,,,.,,,.,..,,., ,,.,^ MATE... PARA VIVER RIO, 1 DE NOVEMI1RO DE 1911 "]¦ DOM CASMURRO Diieter, BRICIO DE ABREU Red.to, chefe: ÁLVARO MOREYRA 12 páginas A CONFUSÃO ERA GERAL Machado âe Assis -DOM CASMURRO - Pág. 343 1$000 f GRANDE HEBDOMADÁRIO BRASILEIRO j l$QOO FRIO OU QUENTE FAZ BEM A GENTE A SEMANA BRICIO DE ABREU A PROPÓSITO DO "BURRO" O burro "Canário" continua no cartaz. jor- loinaií do Rio nâo cestam de falar nele. E' um espanto gerai. Ali rfn Urca, junto do Cassino, milhares de pessoas teem ido, diariamente, se embas- bacar com o afilhado do sr. Áru Barroso. E' um cano que ninguém explica, nem a medicina nem a critica intelectual abalizada. O burro continua a dar respos- ins extraordinárias, batendo com a pata... Luiz t*ei- xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até o ar. Antônio Carlos foi ver o burro. Fezdhe perguntas em latim e o burro, pra mostrar gue não é burro, impondeu exalinho; perguntou-lhe o número do seu aitlnmove! quando governador de Minas (ah! a sau- dade do velho conforto!... Recalques!) e o burro tnnibcm respondeu. Enfim, o "Canário" é um caso único e virgem na história da inteligência animal, (inntnria de saher a opinião dos nossos famosos cri- ticos (jue vivem a se chamar mutuamente de "burros", sobre esse burro" autêntico. Todos os domingos, corro, ávido, a procurar no "O Jornal" o folhetim do sr. Trisião de Athayde sobre a "inteligência do burro". E tndns os domingos tenho a mesma decepção! A in- Icliçiència embirra com o burro, o burro embirra com a critica., , e um silêncio de "boucolt" sobre o f/c- nifi-burral do "Canário". Que burrice! Esse burro que demonstra qualidades enormes de inteligência para a sua classe, è claro, merecia um apurado estudo da cri- iica nacional da outra classe, tambem é claro, que não pode ler um livro sem "deitar sabença", falando em pficoloffia, recalque, Freud, intuição, ete. Ora, tudo isso se encontra no "Canário", que ofe- rree uma magnífica ot)ortunidadc para um estudo de falei/n.' Ah! Se o burro da Urca ao em vez de bater com o pata, escrevesse, garanto que seria um gênio... Em todo caso o burro é ótimo sob todos os pontos de vista. . . e. é tão inteligente que está sendo boi- calado intelectualmente!... Álvaro Moreyra, como Francis James, tem ado- iitcàii pdns burros. .. os verdadeiros, porque pelos ou- /ins ele tem piedade e resignação, tomando os como umtt condição essencial da vida quotidiana. Álvaro re- snh-cu acabar com o boicote intelectual... vai fazer uma entrevista com esse burro, para os burros em geral, .. ? ? ? 0 ALMOÇO AO "BURRO" DO» CASMURRO" é um jornal feito para a In- teligência, para a divulgação de toda espécie de inteligência e não pode ficar calado diante du inteligência desse burro. Seguindo a praxe, resol- irmos oferecer um almoço ao burro "Canário". O local ainda não foi designado, mas as listas se acham nntas. Deverão saudar o burro, o escritor Luiz Pei- xoto e outros nomes que anunciaremos no próximo nú- mero. Responderá em nome do burro, o poeta Álvaro •iarci/ra. .Vesse almoço, que custará 20$ÜOO por pes- Mn, pois para ver atualmente um burro não custa nnda, mas um burro autêntico, isto é, um burro inteli- jVf.íV, deve custar, porque é difícil, atem de tudo com comida. Assim, no nosso próximo número daremos a lista dns pessoas que estiverem inscritas, assim como os oradores, E... ficará, assim, desagravado o Burro! KL*te » 9 I WtJWm M mim ' L.*»JHj HBfliHflHft-» *»¦*¦• * HIk ^*s hb æ*"••* jflHfls^iSvH ^ft____ —"~~tb^ '""""^^^^^^^B-****^H æt VvtM «TWfliH^^^' J^E<>3tB Reproduzimos dos nossos colegas americanos de " Life" o Instantâneo acima. Davidson i o famoso escultor de todos os chefes de Estado do mundo, e veio ao Brasil especialmente para realizar o busto do Presidente Ge- túlio Vargas. Aqui o vemos em um dos seus momentos de trabalho, modelando o busto do nosso Presidente ¦EM1 ALMOÇO AO BURRO "CANÁRIO" NA PRÓXIMA SEMANA DAREMOS DE- TALHES SOHRE O ALMOÇO QVE VAI SER OFERECIDO AU "HURRO CANA- RIU". POR INICIATIVA DE DOM CAS- MURRO". FALARÃO VÁRIOS ORADORES ClilOS NOMES DAREMOS, E RESPON- DERA, EM NOME DO "BURRO", ALVA- RO MOREIRA. AS LISTAS ACHAM-SE NA LIVRARIA JOSÉ' OLYMPIO E NO DOM CASMURRO" FOI durante o çoverna rio benéfico, prudente e zeloso Gomes Freire dc Andrade, conde de Bobadellu. que apareceu no Rio de Janeiro a primeira tipografia. Havia sido criada nesta cidade em 1736 a academia dos Felizes, associação protegida por Games Freira de Andrade; celebrando sua primeira sessão com trinta acadêmicos, no palàcto do ao- vemador, no dia 6 de mulo üa- quele ano. Naquela época resi- dtam os voiwiutdores na casa ocupada atualmente pelo correto geral- Do seio da academia dos Fell- zes partiu a idéia tia organiza- cão da academia dos Seletos, Inaugurada vo palácio do conde de Bobadeila, cm 30 de janeiro dc 1752, Nessa era fd ocupava o coiicíc rfc Bobttdctla o palácio que, pou- co mais de meto século depois, rierta receber urna familia de reis- Parece que o único fim daqitc- ln ns snr In cío /ni endeusar o ca- pltão-gcncrat Gomes Freire, vis- to como o que legou ri posteií- dade loram pomposas elágtos àquele hábil servidor do Estado. Mas, sc)a qual lòr o falta que. se. faça daquela astoctação, deve- mos reconhecer que, crianún-a, MOREIRA DE AZEVEDO prestou Freire de Andrade bons serviços As letras. Transformou- do Rlclielieu a humilde socieda- dc de Valentim Caiteart, em aca- demia de França, encarregou a alf/ttn seserttores tle tecerem-lhe elogios; porém não se neva por isso o serviço prestado às letras, por aquele ministro, creando lâo famosa associação. Se foi, pois, por desejar respirar os perfumes da glória que o eandt de. Boba- delia estabeleceu a academia dos Felizes, t tambem a dos Seletos, toilaric. concorreu ele desse vio- do para o progresso e civilização de. uma cidade que vivia oculta sob o véu da ignorância. Fra o conde de nobadclla tão zeloso protelar das letras, que sc tornava pai dos jovens talento- sos: anlmnva-ns. amparava-as na vida difícil t árdua do estu- do. Por sua proteção pode José Basilio da Gama entrar para o seminário dc .*>. José, e foi o bra- ço forte c imponente desse ftdal- ao que conduziu á Europa o poe- ta brasileiro, que lei loi tomar mais sonoro e instruí,un a sua Ura. Dar pequeno movimento Ute- rário licitado por Sobaritiia par- (18 8 1) ííti íi idéia da creação de uma íi- poorafia- Antônio Isidoro da Fon- seca estabeleceu uma oficina tipo- gráfica e nela Imprimiram-se os folhetos seguintes: l.o _ Relação da entrada que fez o exnw. e revmo- sr. d- Frei Antônio do Desterro Malheiros; bispo do Rio de Janeiro, c"> o pri- meiro dia do ano de 174"; havcii- rio sírio seis anos bispo do Reino dc Angola, donde por nomeação de sua magestade e bula pontifi- cia foi promovido para esla dioce- te. Composto pelo dr. Ltitz An- tonio Roítsatio da Cunha, juiz de fora c provedor dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos do Ria de Janeiro, na segunda ofict- na úe Anlonio Isidoro dn Fonse- ca, Ano de 1747. Com licença do fr- bispo, cm 4°, 20 piffffNrtit, nu- ¦eiadas. a exceção das licenças. que i aplauso dn exmo, e revmo. sr- rf, /ri'í zliiioiiío do Des- terro Malheiros. dlanisslmo bispo desta vídiidc. Romance heróico "Ui folio"- Fslc folheio não menciona a dala nem o lugar da Impressão, 3 " .- cu'cfito da o'i;e cptgrn- mm f um lorieío, aqueltt fin Ia- fim t este em português, sobre idêntico assunto. Não vem tambem declarado neste folheto nem a dala, nem a oficina donde saiu, porém, com- parada o tipo e o papel com os do primeiro folheto, se reconhece que tanto escs opsculo como o segun- do foram impressos no mesmo es- tabeleeiinento. Acresce que, aparecendo esses escritos na mesma ocasião, coma- grados ao mesmo indivíduo, se um deles foi impresso aqui. é cía* ro que os outros tambem o foram. Estas composições, mui raras hoje, sáo apreciáveis por serem o primeiro trabalho tipográfico /ei- to no Rio de Janeiro, monittncn- tos que provam a existência da primeira oficina tipográfica des- ta cidade. suspeitas que saiu dessa o/l- clJtn a impressão clandestina das abras "Exame de Artilheiros" e "Exame de Bombeiros", escritas pelo tenente de mestr.: ãe campo general José Fernandes Pinto Alpoim e dedicadas ao sarnento' mór de batalhas, o capitão gene- ral do Rio de Janeiro e Winn.t, Go- mes Freire de. Andrade, Na obra "Exame de Artllhcl-os" vem Indicada a tmpresâo em Lts- boa. na oficina de José Antônio Plnles. cm 1744. E' cm 4" prtjnc- no, tem 205 pdsinoj. Apesar DESTINO -DE- HÓSPEDE Álvaro Moreyra Nome: Joaijuím Auto Bar- bosa. Apelido: Noca. Todos o conheciam pelo apelido. Quando o box chegou aqui, o patrão, dono cie uma (ar- macia, cometeu um trocadl- !lio trágico: pôs-se a chama- lo de Noc'Auto, às gargalha- das, diante dos fregueses, al- guns dos quais não perce- biam. Morava numa pensão da Bua Camerino. Tinha trinta e quatro anos. Perdera a mãe, ainda pequeno. O pai morrem luim dos desastres da Estrada, de Ferro Central do Brasil que, então, se usavam mui- to. Sem irmãos, sem nenhum parente, cultivou, a começo* o ideal de montar uma fáurí- cn de sabonetes. Foi botando de parte, mês a mês, o que podia tirar das despesas obri- gadas. Os primeiros cem mil réis entregues á Caixa Eco- nómica atraíram outros. Re- uniu, como se diz: "um mo- desto pecúlio". Por acaso, cerlo fim de semana, acertou dez tostões num milhar, Po- dia montar a fábrica. Nâo quiz mais. Cismou, Aquela existência de isolado precisa- va melhorar. De que manei- ra? Não sabia. Tímido, arie- dio, não tinha aprendido co- mo é que a gente se diverte. Faltava-lhe a imaginação dos prazeres deste mundo, Satls- fez um desejo apenas: com- prou um chapéu de Chile. Arriscava um cinema, um teatro, às vezes. Esteve três domingos seguidos, em Pa- quetá. Emagreceu. Entriste- ceu. E se continuasse a jo- gar? Para perder? E uma viagem? Onde? Sentiu-se in* feliz. Desinteressou-se de tu- do. Aviava as receitas maqui- nalmente. Nâo falava com ninguém. Criou ódio aos dois médicos que freqüentavam a farmácia e o saudavam as- sim: ²Bom dia, Noc'Autol Se se suicidasse, os jornais fariam troça dele. Talvez no casamento con- seguisse a salvação. Casou-se. Casou-se com a sobrinha da proprietária da pensão, moça de cõr, prendada, ex-noiva de um oficial do Lloyd. Encontrei-01 tempos depois. Mais cheio de corpo. Ia ser pai. Largara o emprego. Era sócio da tia. Conícssuu-ss baixinho, que a vida, afinal, não lhe parecia tão ruim: ²A vida de hospede é muito pior. Despediu-se, oferecendo- me um cigarro e os seus prés- tlmos. ²Obrigado. Ontem, me contaram que enlouqueceu. Mora, seis anos, no hospício. Voltou a ser hospede. A vida é mesmo ruim. trazer todas as licenças do santo oficio, do ordlnrirlo e do paço, foi mandada recolher por carta ri* gia de 1B rie julho de 1174 no cor- rtgedor d'Alfama de Lisboa sob e pretexto de não se ciim-jrir n«fa agmática relativa aos testai 71ÍOJ. A obra "Elaine de Boiiibeiroí" corre como Impressa em Madri, na oficina de Marttnesabad em 174S. í' íwi com páginas, 18 estampas e o retrata de Games Freire de Andrade, gravado por Josí Francisco Chaves. Comparado o tipo de ambas vi- se que è igual ou mui semelhan- tt, que uniformidade nos fron- tlsptctos desses livros, notanda-se. em ambos, escritas com tinta en- cornaria, o nome do autor, do tn- divlduo a quem è dedicada a obra, o lugar da ímpre-sâo, o ntio, etc- F. deve causar reparo esta «nl/or- tníriade em. obras que sc dizem impressas em pníses diversos, vie- to como. era-i"nando fdi ri'1'er- (Concilie IU VH- MIUlnU).

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MATE...PARA

VIVER

RIO, 1 DE NOVEMI1RO DE 1911 "]¦

DOM CASMURRODiieter, BRICIO DE ABREURed.to, chefe: ÁLVARO MOREYRA

12 páginasA CONFUSÃO ERA GERAL Machado âe Assis -DOM CASMURRO - Pág. 343

1$000 f GRANDE HEBDOMADÁRIO BRASILEIRO j l$QOO

FRIO OUQUENTE

FAZBEM

AGENTE

A SEMANABRICIO DE ABREU

A PROPÓSITO DO "BURRO"

O

burro "Canário" continua no cartaz. O» jor-loinaií do Rio nâo cestam de falar nele. E' umespanto gerai. Ali rfn Urca, junto do Cassino,

milhares de pessoas teem ido, diariamente, se embas-bacar com o afilhado do sr. Áru Barroso. E' um canoque ninguém explica, nem a medicina nem a criticaintelectual abalizada. O burro continua a dar respos-ins extraordinárias, batendo com a pata... Luiz t*ei-xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até oar. Antônio Carlos foi ver o burro. Fezdhe perguntasem latim e o burro, só pra mostrar gue não é burro,impondeu exalinho; perguntou-lhe o número do seuaitlnmove! quando governador de Minas (ah! a sau-dade do velho conforto!... Recalques!) — e o burrotnnibcm respondeu. Enfim, o "Canário" é um casoúnico e virgem na história da inteligência animal,(inntnria de saher a opinião dos nossos famosos cri-ticos (jue vivem a se chamar mutuamente de "burros",sobre esse burro" autêntico. Todos os domingos,corro, ávido, a procurar no "O Jornal" o folhetim dosr. Trisião de Athayde sobre a "inteligência do burro".E tndns os domingos tenho a mesma decepção! A in-Icliçiència embirra com o burro, o burro embirra com

a critica., , e há um silêncio de "boucolt" sobre o f/c-nifi-burral do "Canário".

Que burrice! Esse burro quedemonstra qualidades enormes de inteligência para asua classe, è claro, merecia um apurado estudo da cri-iica nacional da outra classe, tambem é claro, que nãopode ler um livro sem "deitar sabença", falando empficoloffia, recalque, Freud, intuição, ete.

Ora, tudo isso se encontra no "Canário", que ofe-

rree uma magnífica ot)ortunidadc para um estudo defalei/n.'

Ah! Se o burro da Urca ao em vez de bater como pata, escrevesse, garanto que seria um gênio...

Em todo caso o burro é ótimo sob todos os pontosde vista. . . e. é tão inteligente que já está sendo boi-calado intelectualmente!...

Álvaro Moreyra, como Francis James, tem ado-iitcàii pdns burros. .. os verdadeiros, porque pelos ou-/ins ele tem piedade e resignação, tomando os comoumtt condição essencial da vida quotidiana. Álvaro re-snh-cu acabar com o boicote intelectual... vai fazeruma entrevista com esse burro, para os burros emgeral, ..

? ? ?

0 ALMOÇO AO "BURRO"

DO» CASMURRO" é um jornal feito para a In-

teligência, para a divulgação de toda espéciede inteligência e não pode ficar calado diante

du inteligência desse burro. Seguindo a praxe, resol-irmos oferecer um almoço ao burro "Canário". O localainda não foi designado, mas as listas já se achami» nntas. Deverão saudar o burro, o escritor Luiz Pei-xoto e outros nomes que anunciaremos no próximo nú-mero. Responderá em nome do burro, o poeta Álvaro•iarci/ra. .Vesse almoço, que custará 20$ÜOO por pes-

Mn, pois para ver atualmente um burro não custannda, mas um burro autêntico, isto é, um burro inteli-jVf.íV, deve custar, porque é difícil, atem de tudo comcomida.

Assim, no nosso próximo número daremos a listadns pessoas que já estiverem inscritas, assim como osoradores,

E... ficará, assim, desagravado o Burro!

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Reproduzimos dos nossos colegas americanos de " Life" o Instantâneo acima. Jô Davidson i o famoso escultorde todos os chefes de Estado do mundo, e veio ao Brasil especialmente para realizar o busto do Presidente Ge-túlio Vargas. Aqui o vemos em um dos seus momentos de trabalho, modelando o busto do nosso Presidente

¦EM 1ALMOÇO AO BURRO

"CANÁRIO"NA PRÓXIMA SEMANA DAREMOS DE-TALHES SOHRE O ALMOÇO QVE VAISER OFERECIDO AU "HURRO CANA-RIU". POR INICIATIVA DE DOM CAS-MURRO". FALARÃO VÁRIOS ORADORESClilOS NOMES DAREMOS, E RESPON-DERA, EM NOME DO "BURRO", ALVA-RO MOREIRA. AS LISTAS ACHAM-SENA LIVRARIA JOSÉ' OLYMPIO E NO

DOM CASMURRO"

FOI durante o çoverna rio

benéfico, prudente e zelosoGomes Freire dc Andrade,conde de Bobadellu. que

apareceu no Rio de Janeiro aprimeira tipografia.

Havia sido criada nesta cidadeem 1736 a academia dos Felizes,associação protegida por GamesFreira de Andrade; celebrandosua primeira sessão com trintaacadêmicos, no palàcto do ao-vemador, no dia 6 de mulo üa-quele ano. Naquela época resi-dtam os voiwiutdores na casaocupada atualmente pelo corretogeral-

Do seio da academia dos Fell-zes partiu a idéia tia organiza-cão da academia dos Seletos,Inaugurada vo palácio do condede Bobadeila, cm 30 de janeirodc 1752,

Nessa era fd ocupava o coiicícrfc Bobttdctla o palácio que, pou-co mais de meto século depois,rierta receber urna familia dereis-

Parece que o único fim daqitc-ln ns snr In cío /ni endeusar o ca-pltão-gcncrat Gomes Freire, vis-to como o que legou ri posteií-dade loram pomposas elágtosàquele hábil servidor do Estado.Mas, sc)a qual lòr o falta que. se.faça daquela astoctação, deve-mos reconhecer que, crianún-a,

MOREIRA DE AZEVEDO

prestou Freire de Andrade bonsserviços As letras. Transformou-do Rlclielieu a humilde socieda-dc de Valentim Caiteart, em aca-demia de França, encarregou aalf/ttn seserttores tle tecerem-lheelogios; porém não se neva porisso o serviço prestado às letras,por aquele ministro, creando lâofamosa associação. Se foi, pois,por desejar respirar os perfumesda glória que o eandt de. Boba-delia estabeleceu a academia dosFelizes, t tambem a dos Seletos,toilaric. concorreu ele desse vio-do para o progresso e civilizaçãode. uma cidade que vivia ocultasob o véu da ignorância.

Fra o conde de nobadclla tãozeloso protelar das letras, que sctornava pai dos jovens talento-sos: anlmnva-ns. amparava-asna vida difícil t árdua do estu-do. Por sua proteção pode JoséBasilio da Gama entrar para oseminário dc .*>. José, e foi o bra-ço forte c imponente desse ftdal-ao que conduziu á Europa o poe-ta brasileiro, que lei loi tomarmais sonoro e instruí,un a suaUra.

Dar pequeno movimento Ute-rário licitado por Sobaritiia par-

(18 8 1)ííti íi idéia da creação de uma íi-poorafia- Antônio Isidoro da Fon-seca estabeleceu uma oficina tipo-gráfica e nela Imprimiram-se osfolhetos seguintes:

l.o _ Relação da entrada quefez o exnw. e revmo- sr. d- FreiAntônio do Desterro Malheiros;bispo do Rio de Janeiro, c"> o pri-meiro dia do ano de 174"; havcii-rio sírio seis anos bispo do Reinodc Angola, donde por nomeaçãode sua magestade e bula pontifi-cia foi promovido para esla dioce-te. Composto pelo dr. Ltitz An-tonio Roítsatio da Cunha, juiz defora c provedor dos defuntos eausentes, capelas e resíduos doRia de Janeiro, na segunda ofict-na úe Anlonio Isidoro dn Fonse-ca, Ano de 1747. Com licença dofr- bispo, cm 4°, 20 piffffNrtit, nu-

¦eiadas. a exceção das licenças.que i

aplauso dn exmo, erevmo. sr- rf, /ri'í zliiioiiío do Des-terro Malheiros. dlanisslmo bispodesta vídiidc. Romance heróico"Ui folio"-

Fslc folheio não menciona adala nem o lugar da Impressão,

3 " .- cu'cfito da o'i;e cptgrn-mm f um lorieío, aqueltt fin Ia-

fim t este em português, sobreidêntico assunto.

Não vem tambem declaradoneste folheto nem a dala, nem aoficina donde saiu, porém, com-parada o tipo e o papel com os doprimeiro folheto, se reconhece quetanto escs opsculo como o segun-do foram impressos no mesmo es-tabeleeiinento.

Acresce que, aparecendo essesescritos na mesma ocasião, coma-grados ao mesmo indivíduo, seum deles foi impresso aqui. é cía*ro que os outros tambem o foram.

Estas composições, mui rarashoje, sáo apreciáveis por serem oprimeiro trabalho tipográfico /ei-to no Rio de Janeiro, monittncn-tos que provam a existência daprimeira oficina tipográfica des-ta cidade.

Há suspeitas que saiu dessa o/l-clJtn a impressão clandestina dasabras "Exame de Artilheiros" e"Exame de Bombeiros", escritaspelo tenente de mestr.: ãe campogeneral José Fernandes PintoAlpoim e dedicadas ao sarnento'mór de batalhas, o capitão gene-ral do Rio de Janeiro e Winn.t, Go-mes Freire de. Andrade,

Na obra "Exame de Artllhcl-os"vem Indicada a tmpresâo em Lts-boa. na oficina de José AntônioPlnles. cm 1744. E' cm 4" prtjnc-no, tem 205 pdsinoj. Apesar d»

DESTINO-DE-

HÓSPEDEÁlvaro Moreyra

Nome: Joaijuím Auto Bar-bosa. Apelido: Noca. Todos oconheciam pelo apelido.

Quando o box chegou aqui,o patrão, dono cie uma (ar-macia, cometeu um trocadl-!lio trágico: pôs-se a chama-lo de Noc'Auto, às gargalha-das, diante dos fregueses, al-guns dos quais não perce-biam.

Morava numa pensão daBua Camerino. Tinha trinta equatro anos. Perdera a mãe,ainda pequeno. O pai morremluim dos desastres da Estrada,de Ferro Central do Brasilque, então, se usavam mui-to. Sem irmãos, sem nenhumparente, cultivou, a começo*o ideal de montar uma fáurí-cn de sabonetes. Foi botandode parte, mês a mês, o quepodia tirar das despesas obri-gadas. Os primeiros cem milréis entregues á Caixa Eco-nómica atraíram outros. Re-uniu, como se diz: "um mo-desto pecúlio". Por acaso,cerlo fim de semana, acertoudez tostões num milhar, Po-dia montar a fábrica. Nâoquiz mais. Cismou, Aquelaexistência de isolado precisa-va melhorar. De que manei-ra? Não sabia. Tímido, arie-dio, não tinha aprendido co-mo é que a gente se diverte.Faltava-lhe a imaginação dosprazeres deste mundo, Satls-fez um desejo apenas: com-prou um chapéu de Chile.Arriscava um cinema, umteatro, às vezes. Esteve trêsdomingos seguidos, em Pa-quetá. Emagreceu. Entriste-ceu. E se continuasse a jo-gar? Para perder? E umaviagem? Onde? Sentiu-se in*feliz. Desinteressou-se de tu-do. Aviava as receitas maqui-nalmente. Nâo falava comninguém. Criou ódio aos doismédicos que freqüentavam afarmácia e o saudavam as-sim:

Bom dia, Noc'AutolSe se suicidasse, os jornais

fariam troça dele.Talvez no casamento con-

seguisse a salvação. Casou-se.Casou-se com a sobrinha daproprietária da pensão, moçade cõr, prendada, ex-noiva deum oficial do Lloyd.

Encontrei-01 tempos depois.Mais cheio de corpo. Ia serpai. Largara o emprego. Erasócio da tia. Conícssuu-ssbaixinho, que a vida, afinal,não lhe parecia tão ruim:

A vida de hospede émuito pior.

Despediu-se, oferecendo-me um cigarro e os seus prés-tlmos.

Obrigado.Ontem, me contaram que

enlouqueceu. Mora, há seisanos, no hospício. Voltou aser hospede.

A vida é mesmo ruim.

trazer todas as licenças do santooficio, do ordlnrirlo e do paço, foimandada recolher por carta ri*gia de 1B rie julho de 1174 no cor-rtgedor d'Alfama de Lisboa sob epretexto de não se ciim-jrir n«fa

agmática relativa aostestai 71ÍOJ.

A obra "Elaine de Boiiibeiroí"corre como Impressa em Madri,na oficina de Marttnesabad em174S. í' íwi 4° com 4« páginas,18 estampas e o retrata de GamesFreire de Andrade, gravado porJosí Francisco Chaves.

Comparado o tipo de ambas vi-se que è igual ou mui semelhan-tt, que há uniformidade nos fron-tlsptctos desses livros, notanda-se.em ambos, escritas com tinta en-cornaria, o nome do autor, do tn-divlduo a quem è dedicada a obra,o lugar da ímpre-sâo, o ntio, etc-F. deve causar reparo esta «nl/or-tníriade em. obras que sc dizemimpressas em pníses diversos, vie-to como. era-i"nando fdi ri'1'er-

(Concilie IU VH- MIUlnU).

Page 2: J.,^-;-,; f,,*:-,,.!,,,,».,,,,,,, ;,,;,,.,,,.,,,memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00224.pdf · xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até o ar. Antônio Carlos foi

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-IcfftVí rfe aparecer !

CIRANDADe Clovis Ramalhete

2" Primlo ilu l'..Íi|.iii-Mi Vooehl-11(1111 ('IIHIlll

O romance esperado !

Página 2 TEMPO E...DOM CASMURRO i

1 - 11 — 1941

Acuem

je tier no trabalhodc abrir, num dia de pro-fundo tédio, qualquer livro

de história das literaturas, encon-trará inevitavelmente um retratoperfeito de Bemard Shaw. Tudoaquilo que o estranho fonísta es-creveu, do sttnple sartígo nos vo-lumes de muitas paginas, sobrea humanidade que soube crearcom perfeição, converge para umúnico ponto e dai, talvez, a fact-lidade literária de uma forma quemuito se aproxima da realidade.Manuel Bandeira acredita que areação contra a "respeitabitida-da vitoriana'' assume nela inten-ção socialista: è possivel que essese>a o ponto de convergência daobra imensa que vem realizandoaté aos nossos dias. Suas peças

tróí não è um temperamento defácil acesso e nem, tampouco,alheiado às questões sociais."Arms and man" a 'The doctordilema", não constituem teatromas saborosos piutótos cnelos tíeperfidías dirigidas à sociedade naqual o escritor viveu a maior par-te da sua existência. Seus temassurgem das entrelinhas: adota as

PERDI

cm Felipe d'Oltveiraum bom amigo, um cama-rada excelente, Fomos du-

rante pelo menos dc: anos, do

exato dizer, cu pertencia o umou dois dos idrios grupos de Fe-lipc Éle tinha muitas rodas eem todas cra um demento álná-

. por exempla, rfe

formas veladas, Mas compreen-stveís. Tem uma tendência a sitaliteratura, apesar üo fabricanteadotar, nas horas de folga e bomhumor, btearrtccs de gênio publí-cltàrlo. E nos lembramos deleJustamente pelas longas "expll-cações" que costumava incerlr emseus trabalhos como verdadeirasinterpretações sobre o tema ver-sado. Ele sentiu, como tantosoutros, a necessidade iminente dadesdobrar a sua personalidadecomo base de vitória intelectual.Aliou ao gênio que possuía, amaneira excêntrica de agir pe-rante as realidades exteriores. Evenceu. Talvez por ter mais for-ça criadora do que excentrlcl-dade...

tyosso pobre e choradtssímoavó, morto em. 11)20, deixou en-tre um punhado de livros e artl-aos a propósito de insetos e ou-tros animais, um livro intitulado"Considerações

psicológicas e nn-h-apalòaicas sabre os que fazemliteratura". Abordou aquele nos-so ilustre descendente, no seu en-ralo. a mania de certos homensde letras de se transformaremperante o prdrímo. a simples

da, entre os amigos novos e l>e-lhos, rodas menores, mais intt-mas que lambem o festejavam, eo mundo diplomático que o con-roçava para suas reuniões pro-tocolares, suas mesas de brldge— ca bom jogador — sua salasde baile — era bom dansarino —t>. pa-a os plQue-ntqucs campes-três em que Felippe condutta

barata, freqüentemente cheia

A MEDICINA NAS LETRAS FFALA JORGE DE LIMA I

UM GRANDE HOMEM: BERNARD SHAW - "THE DOCTOR DILEMA" —DE ONDE SE CONCLUE QUE E' IMPOSSÍVEL UM RESUMO - O "ES-

QUISITO" COMO VITÓRIA SOBRE OS MORTAIS - MÉDICOS QUEFAZEM LITERATURA RU.M

diíblicaçâo de um livro — diziaDirceu Qui ti t anilhacondicionar, in

pllcavelmente, no seu autor, essamanifestação bizarra de semi-deus em dias de férias. Procura-mos alguma coisa sobre BernardSkau:. Nada. Nosso avô nao sa-bia inglês,

O arguto autor de "Missiallían-ce" usou a singularidade massoube manejá-la com Intelígên-cia. E tal fato obrlgou-o a dizer,mais tarde, depois que consegui-ra racionalizar na mentalidade,britânica a sua genialidade, quepcderta escrever qualquer tolicedali por diante, pois a mesma en-contraria a melhor acolhida porparte de seu ptibífco. Grande ho-mem pelo arrojo dc atitudes, de

vez em quando costumamos segu-rá-lo pela capa — arrancando-odas nossas estantes — afim itconversarmos algumas horas. Eninguém melhor do que ele paracompreender os pequeninos rtdl-cuias desta humanidade demasia-damente pretenclosa para saberque a vida è feita de simplicidade-

Jorge de Lima lem b' ou -nosBernard Shaw sem que saibamosexplicar o motivo desencadeantédesta estranha associação de

idéias. Com a palavra o autor de"Túnica inconsutU".* * *Deve o médico fazer litera-

tura de "Casos clínicos" exploram-do-os nns seus romances?

— "O medico ndo deve fazer If-"ernfurn, deve fazer medicina,laivo se alem de médico for Utè-rato. Mesmo assim, essa litera-tura caso clinico t a coisa maisridícula qut fi Vi,"

II) Que acha ds fundaçü^,entre nós. de um curso de Histô-rta da Medicinal

j T& ^ I .

FELIPE, CONVERSADOR

aquela cm que tinha na terra ea-rioea sues mais antigas raízes,

chegar de sua província e qutlego o destaciu entre os jovense b'ilhantes poetas do "Fun-Fni;". .•! i-.yjk esporiiia tombem.Os rapazes a q::c cra ligado peloamor üon -^qo.<. e dos exercícios,

exímio csorimista, c que presidiuO Clube Guatinba-ra no períodode .-.ua maior expansão. £", -ta-turutmenlc. -i nula tiüs rio-gran-

diçóes de família A roda tnüus-tria!, a que ca obrigatoriamenteligado pelos interesses da gran-de firma de que cra sócio, Daudt.Oliveira ,C- Cia., empresa a queele dedicava mt.ttas Jin-cj do seu

¦ - se não , erro

sociedade, do <produtos quimi

Em todas as reuniões. Felippe,sempre aliás extremamente ze-loso no cumprimento de seus de-re*es de amizade, contribuía ai-çuma coisa com sua simples pre-sença Era dessas pessoas felí-zes de quem Stevenson escreveuque ao entrar tornam a sala mattc!a<'a. como se acendesse outraluz.

Felippe era bom e era amável.-Veie essa amr.hlltdade interior,Inata, própria de toda a gentesimpática, fundia-se com esse.oulra amabüidade exterior, cons-ciente, característica daquelesque sabem o valor dos amlqas,num metal de alta quilate Jul-gara a humanidade com indul-oência; pecava logo a cordialida-de de eaáa um. à boca do entre,com a boa moeda dessa sua cor-dtalldade rio coração. Uma sim-patla que cm outro eresecta len-lamente atravez rie anos, nele seeregía logo cm amizade campte-ta c sólida. São perdia tempo,como ;e adivinhasse que a mor-te o espreitava.

\guem mais do que ele apre-ciava as provas de amizade.

Um das traços que mais real-cava essa popularidade t&o legi-tíma de Felippe, e talvez um dossegredos dela, era o modo por*que, ao contrário de tanta gen-te que náo as merece, ele rece-bia qualquer demonstração desimpatia ou de apreço, áemons-trações que, se ele fosse preten-cioso, lhe pareceriam naturais,mas que em vez disso lhe causa-vam uma impressão íntima desurpresa e de prazer que qual-quer um podia perceber, e mes-mo que não o notasse ou adtví-nhasse sentia o que havia deatraente, de juvenil nesse prazerou. se quízerem, nessa vaidadetão humana.

Sáo è todo dia que, em qual-quer ambiente t sobretudo noambiente um tanto fictício e dts.traído em que eu mais vezes oencontrava, se tem a fortuna deconversar com um poeta do va-lor de Felippe d Oliveira. Hem étodo dia que um poeta, qualquerque sefa, anda semeiando ima-gens raras pela conversa. O maisdas vezes não ftrf (empo nematenção senão para trívialid'.despassageiras. Ficaram-me, porem,de palestras com Felippe, algu-mas impressões que quero notarantes que se apaguem.

OLIVEIRA E SILVA

NO

momento, o grande nome,artiítiCT. e Violeta Aimoré,diretora cie uma esco-

la 6c rteelamação. Quase to-rios os sábados, tecitais ' dealunas e uma conferência cie cs-critoi- conhecido. As veies, umacena de peça teatral. Belos pro-gramas Gente elegante. Arteque se louva e se aplaude. Novasasas para os nossos sonhos...

Quem nos leva a esse mundomaravilhoso é o poeta-juiz Ta-vares. Ali nos movemos tntredeputados, professores, homensde letras famosos. Ágil, doml-nante, d. Violeta estimula-nos.toma-nos os versos para os di-zereni as disi-ipul.is. fala-nosna : ir gente de í

Nâo esqueça as noticias r.o.sjornais da tarde...

E' d. Violeta. A última tardede arte fora magnífica. O públi-co tinha entusiasmo. exltziz rs-petições dos melhores númerosda festa.

Somos felizes, admiravelmentefelizes. Aquela casa, com um Uno

ambiente, consola-nos de todasas ansiedades Inúteis, das pri-meira^ feridas que a luta cotl-úlana nos deixa ua candura e naté.

Açora precisamos — con-tinua ela — que um de vo-

ces leia o seu livroCombinado?

de poemas.

campanha em prol da ultura

Apesar da insistência de Pau-lo Sérgio, não ousa Celestino seaproximar desse mundo novo.que iho proíbem a roupa lustro-ta e os sapatos sem cor. Quandolhe reproduzimos o encanto dasJovens d cela mado ras, a harmo-ri ia do ambiente, ns nossas hora.»gloriosas, fica inalterável, .. umcanto, com o bom sorriso dosque nâo sabem invejar.

Por orgulho ou puder, nuncaaceitaria um empréstimo de rou-pas ou sapatos de qualquer anil-go. Ha alguma cousa rie heróicae profundo em sua humildadetranqüila.

Agradecemos. Assumo o com-promisso. contente a pérspecti-va de minha liora que chega,mars veloz do que imaginara. Ospoemas, alinhados, retocados,contem as alegrias e soluços daadolescência sofredora. Cresce,em mim, a sensação da subidavertiginosa.

Não é que Paulo Sérgio estadelirante cora o projeto de ir aEuropa? A filha do cônsul lnglè»parte paia Lisboa e o nosso ami-go nâo quer perder o seu ro-

i fala

UMA ENCANTADORA FESTA DE ESPÍRITO PA-TROCINADA PELA EXMA. SRA. ADAL6ISA NERI,EM BENEFÍCIO DA FUNDAÇÃO DARCY VARGAS

E CASA DO PEQUENO JORNALEIROO c/nipo dc artistas amadores "Os Comediantes" que

vem rc destacando extraordinariamente no desempenhodc peças rlc Pirandello, levará a efeito, hoje, dia 1 de nu-vembro, da 21 horas, uma bela festa de arte promovidapnr

"A Xoitr" e "Vamos Ler", e patrocinada peta Exma.Sra. Lotirivttl Fontes nn palco do Teatro Municipal, ondtserá representada "A Verdade de cada um", de Pirandet-lo em beneficiei da Fundação Darcy Vargas e Casa do Pe-queno .lornaleiro.

Será uma esplendida noite de pura arte, abrilhantariapelo alto e formoso patrocínio da ilustre poetisa Adalgisa.Ven', um dns nomes mais em evidência da moderna poesiado ftranit, rtt.it> grande espírito dc humanismo e snlidanc-drtdc ainda i cm mais uma vez engrandecer a grandiosaabra social rln F.vinn. Sra. li, Darcy Vargas,

rárlo onde figuram Londres eParis. Nâo compreendemos quesua pobreza se aventure a essaviagem transatlântica.

Ontem, na redação, interrom-pe-me um comentário político schama-me à parte, com um arIntrigante de mistério. Baixa avoz e diz:

Você sabe. Estou publicando,na Gaxeta, um livro; Paris mor-reu: Acaba de sair o terceiro ca-pitulo...

Surpreende-me a sua revela-ção, pois nada lera.

Prudente. Paulo Sérgio olha.em torno, para tarnquülzar-sede que ninguém ouve;

Hoje, pela manhã, fui pro-curado por um cavalheiro des-conhecido. Causou-me boa lm-pressão. Apresenta-se como umadvogado francês, com dei anosde Brasil. Tive logo o pressenti-mento de que,..

Uma agressão, Paulo Sér-gio?

Nada, menino. Para fazerIsso. ele me esperaria em qual-quer esquina,., o francês co-meça a falar sobre viagens, e,afinal, toca na guerra e elogia o6eu povo, a resistência, o moral,«c. E. muito sutil, fala nos ca-pitulos do Paris morreu...

As sobrancelhas, grossas e ne-gras, sobem, descem, indicandoo tlque nervoso. Os olhos de Pau-lo Sérgio, cautelosos, procuramos ângulos da sala,

Que aconteceu? — pergun-to, ansioso.Anima-se, i voz se ai tela:

o homem ofereceu-me se-tenta contos para nSo publicaros outros capítulos. Era somen-te por patriotismo, Insiste, tíe euconcordasse, assinaria logo nmcheque, ,.

E você? — indago, perflexo.Paulo Sérgio empertiga-se, com

um orgulho de artista, de quemse duvida do caráter:Ora, que perguntai Recusei,

peremptoriamente. a proposta.Nem por duzentos contos, rea-pondl-lhe. Pensamento è pensa-mento. Opinião é opinião. O .neulivro está pronto e vai fazei umsucesso formidável...

Na tarde clara, começo a sen-tlr-me vago, olhando o leve azuldos oítiseiros da Avenida RioBranco. Abstráio-me do tumultode carros e de gente, là em bai-xo. Ele me desperta:

Que faria você em meu lu-gar?'—

Quer que lhe seja franco'Eu nunca escreveria um livroassim. Paris não morre, não mor-rera. O espirito nào morre. Pau-lo Sérgio. Uo contrário, teríamos

Felippe tinha por st, eutre ou-tros dons de conversador, umavot quente, baixa, rica de modu-laçôes. Pronunciava, como pen-sono. com clareza e e-tatid&o, fa-zendo sobresair cada sílaba. Otimbre alegre de sua voz afãs-tava qualquer ape'ència de pre-etosidade nesse cuidado em des-tocar as palavras, igual ao de asescolher dentro do seu vasto vo-

ibulário, com um esforço atento

de ante, apur i extre¦tista ejue rão pouco Incorria

na pecha de pedantlsmo porqueessa necessidade irresistível daperfeição e uma forma exqutsttade sofrimento, porque, lambem,náo serio possível aliar nenhu-ma idéia dc pedantismo à ale-pria expansiva de Felippe, áque-le seu "laísser-aller" de esporíí-man bem humorado que o po-pularizava e que. esse. nio eraabsolutamente natural, apenasuma capa cômoda de bonhomía.ocultando os requintes de suasensibilidade e a dose de trlstesaou de ansiedade, que todo n-flj-ta tem como fundo fatal e cria-dor.

Lembro-me de uma noite, emcasa de minha familia ionde tl-vemos o prazer de sua campa-

CAROLIKA SAB11COnhta muitas tezes para jantar euma ue*, em Petrópolls, para to-do um "week-endi

quando Fetip-pe contou uma viagem o Veneza.Narrou sua chegada, seu primei-ro passeio de gôndola, da estaçãopara o hotel, na hora do por dosol, enquanto os sinos tocaramo "Angelus", Repícavam sucesst-vãmente, de perto ou de ionpe,dos numerosos campanários deVeneza, as badaladas graves ouagudas dos sinos de todo tama-nho. Rematou Felippe: "Kõo sa-bíomoj se estávamos vogando so-bre a água ou sobre o som".

Depois falou da Fraca SãoMarcos, aquele coração de Vene-za que todos nós conhecemos pe-lo menos através dos cartões pos-tais que retratam nossos amigos,infalivtlmente cercados do bon-do de pombos, frarfícion/ri-i bells-cadores das migalhas nas mãosdos turistas. I. descrevendo osantigos monumentos que circun-dam a praça, Felippe contou:"De repente, por um motivoqualquer, rebentou uma salva deUtis. Os pombos, assustados, fu-piram em revoada imensa. Tivea impressão de que aquele mara-vilhoso fundo arquitetônico esta-va se desagregando em asas. Fei-

garr que deixara dei tal-"As pálpebras pesam"

(Capítulo de um livro de memórias)- 8 —

Comunico a Lúcio Tavares agrande projeto: lançar uma re-vista política: Vida Parlamentar,com artigoí, discursos dos legls-ladores. a própria nação. pa'pl-tando. aflrmando-se através dé-les. O Rodrlgào arranja-me cré-dito para lançar o primeiro nú-mero.

Ele deixa cair o braço em meuombro e cora uma voz mais vlvt;

'— Nao se meta nessa empresa.Com que conta você? Com assl-naturas. auxílios de senadores edeputados? Ilusão. Lembre-se d«que. em regra, o pai da pátriagasta três vezes mais do que ga-nha.., Não leu, nos Jornais, ocaso de um deles que passou pro-curaçáo a dois agiotas, ao mes-mo tempo, para receber o subsl-dio que ele próprio já embol-sara? Você vai se arrepender,..

Eu sou teimoso, replico.Você exagera. Já tenho amigosna Câmara. Depois, o programada revista interessa a multa gen-te...

Não duvido da vitória.,Ele se cala, com um sorriso

Imperceptível.Procuro convencê-lo com ar-

gumentos, cálculos:O Paulo Sérgio prometeu-

me paginas de anúncios. O Ro-drlgues arranja a publicação demensagens de governadores..Até o Uchòa, com o seu "Canhão75", promete levar a revista aomundo de seu pai, dos bancos,da alta finança... <

O poeta-juiz desóla-se de ha-ver arremetido contra os meusplanos;

Bem. Se voe* espera esseiapoios, se tudo isso nao falhar,você irá para a frente...

Estamos à porta da LivrariaOarnler. Um rapaz conta a ou-tro, perto de nós, que o gerenteretirara as duas cadeiras quehavia ali para os escritores quea freqüentavam.

Com a sua bela cabeça brancae os bigodes, multo negros, quetorce, de pé, falando a um pe-queno grupo, là está o poeti Al-berto, alto, Imponente, voz so-turna. Reproduz uma enedotade Raimundo Correia.

Na roda. vivo. irrequieto, decinzento, o escritor Graça npur-tela o poeta, evoca a figura deRaimundo, a sua estréa de pro-

60 INTELECTUAIS BRASILEI-ROS REUNIDOS NUM CIRCO!

Aparecerão dentro de brevesdias no álbum de caricaturas de

ALVARUS

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PREFÁCIO DE ÁLVARO MOREYRA

DOM CASMURROtem novo endereço

PRAÇA MARECHALFLORIANO, 55 — 2."and. — Tel.i 42-1712

(rede interna) — RIO

motor público numa cldadezi-nha fluminense, nos seus arre-pios a celebridade dei autord'"As Pombas" e do "Mal Secre-to".

Graça vem abraçar Lúcio Ta--vares. Ainda nio o conheço.Apresentações. E Graça, pater-nal:

Aproveite. Nada como a Ju-ventude. Escreva. Escreva mui-to, Faça versos. Dissolva-se ".mversos..,

B' o artista que, desde menino,leio e admiro nas páginas deCa naan.

Sua voz Jovial deve ler vinteanos. Aconselha-me:

Seja moderno. E' precisodestruir o passado, os velhos ido-los inúteis. Arte * renovação.Num pais novo como o nosso, emvez do canto da esperança e daTé, o romantismo piegas, varia-do, mas sempre romantismo de1630. Cabe à geração de vocês,que começa, a alegria cria ura,uma arte que tenha a frescura, amocidade do Brasil

O poeta Alberto aproxima-secom a sua lentidão de alexandrt-no parnasiana, B' o passado, aimagem, o símbolo do passado, opoeta-juiz previne o choque efala no estranho pedido, que re-cebera, pela manhã, de um an-dldato à Academia;

imaginem vocês qtie o ho-mem me chama ao telefone ediz: — -Você sabe que Fulanoestá multo mal. Os médicos >-«enganaram-no. Eu nào desejo amorte dele — é claro — mas ica vaga se der, não se comprome-ta, Lúcio, com outro, porque soucandidato..,

Rimos, A porta da Garnle. fl-ra intransponível, Alargara-se ogrupo, cie tal modo, que há des-conhecidos também ouvindo nl.guem sussurra: — "Nâo, ná- po-de ser. Vamos indo. o gerenteacaba t»r odlax-nosl"

ORIGEM DA IMPRENSANO RIO DE JANEIRO

iConelunio (U paj, interior)sas obras, daquele tempo, publica-das no mesmo ano, em diferentestipografias, náo encontramos amesma semelhança. Examinadasds cartas dirigidas ao aulor eeue precedem ao texto da obra'Exame de Bombeiros", vê-seuma caria do bríaadcira José daSilva Paes. escrita no Rio de Ja-neiro cm IS de julho de 1747; ecomparada esta data com a do lí-vro deve causar algum reparo orer sido feita a impressão em Ma-dri alguns mezes depois. Acresceque. sendo o livro impresso emMadri, o crc.r.-nrfor do refrnío deGomes F-eír-e foi José FranciscoChaves, nome que parece ser deartista português. Ainda mats,vim errado o nome iío Impressor,pois em vez dos nomes MartinezAbad está escrito Marlinezabadcoma se fosse um nome só-

E mio se deve também atendero nâo ter o abade Diogo BarbosaMachado, noticia da Impressãodessa obra, descrevenda-a comomanuscrita no tomo 4° da BI-bliotéca Lusitana, Impresso em17S9?

",4.f?7,t de qne, diz o sr. dr. co-neao Fernandes Pinheiro, permt-tirla o santo otlcta que um livrorevestido das necessárias licençasfosse impresso em reino estran-geiro e tora das suas vistas'»

Erpltca-se a fraude nessas lm-pressões empregada pelo tipocra-fo tildem da Fonseca, atcndprrrio-*é que havia sido mal recebida emHshoa rr noticia da concessão deGomes freh-e de estabelecer-sesemelhante oficina vo Rio de Ja-neiro. De fato, durou pouco a ti-pocafie de Isidoro da Fonseca-mandou a coríe oboií-Ja -

quet-

Acaba dc aparece

CHOVE NOS CAMPnsDE CACIIUEIIU

S

r",;í)"íri'li" ,'"'w'%O romance esperado]

JORGE nt-: LIMA"Acho bom".

rm Terá morrido' o gosto pei,cultura geral nos meios unlversl-tãrlos?

",líoer»?tí, A preocupação deuma técnica, de uma especializa-ção para garantia imediata de

to o silêncio, voltaram logo ospombos e pareceu-me que os mo-numentos voltavam também aoseu lugar".

Mas isto i lindo, Felippe —exclamei, avaramente, com pe-na de vè-lo esperdiçar essas lotasliterárias. Você deveria escreveressas suas impressôes de Veneza.

Respondeu-me sem hesitar quenâo valia a pena. Outra vez ou-vi-o contar um naufrágio em quequasi encontrou a morte na oaiaGuanabara. O; pormenoreí jáme escapam. Ia com um ou maiscompanheiros, em demanda deNiterói, num barco de remo. Pa-ra ele, campeão de regatas, atra-vessar assim a baia era simplesbrincadeira, já em outras oca-sioes levada a bom êxito. Dessavez, porem, em melo da viagem,o barco virou, ou tez água. e re-lippe viu-se arrastado pela cor-renteza. Nadou enquanto teveforças e acabou por alcançar osrochedos de uma ilha. aos quais,depois de várias investidas, con-sevulu agarrar-se, creio que te-rido pelas pedras. Foi uma nar-'ação dramática, e a psicologiado tina! que vou contar pareceu-••ie interessante.

Felippe vinha desde algumassemanas prtvando-se de fumar.

na escwidão, longe de lodo au-Xilio. na Incerteza de salvar-se,

dos ci-

Piem [

Dom Casmurro

Page 3: J.,^-;-,; f,,*:-,,.!,,,,».,,,,,,, ;,,;,,.,,,.,,,memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00224.pdf · xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até o ar. Antônio Carlos foi

"""^W"** '— "-* -~ „-,^w ..:..,.rr-mm-Tf',:.,:,.-,..,-.. - - -,. ¦ .,„..-..,.„.,...,.

/ím Iodas n« livraria»

CIRANDADc Clovis Ramalhete,-,..,h, ,|,, (',„„-ul'»,, Vct*(*tll-

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DOM CASMURKO... ESPAÇOráelnn "

1 _ 11 - li» ti

Em Man at livraria»CHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRADr Dalcídin Smanivr

O romance esperado !

• nTniTlTl• 111 Jl

r, rom vista para o mar

£S ORLAMONDE 99

A "VII.A" IIK ."HAKXTKIHJXrK KM MIK

1 (itiimlc salão tln I." anda

M MR1CE MAETERUNCKgosta dc rodear a sua vi-

ria ultima de. um certo

tarim narmtindii de Salnt-iPr Itivorccctt as sitas ins--i góticas, ctintribitiiido

e que supõem

e Saiiit-Wanrirille.ente afastada dc tu-

icterliitck. nâo pro-

Perpendicular à estrada, umgrande portão dc ferro dominauma alameda que desce em suavedeclive ate essas construções es-tranhas. Uma placa de mármoreostenta uma único palavra, mis-reriosa tambem e hermética: "Or-lamondc".

E' lã, nesse cenário que parecedc demolições, que Maitrfce Mae-terlinck passa, desde alguiuos Inventos.

Mns. transposto o portãocorrida a longa alameda ecttve. começa o deslumbrai

Algumas explicações sobreorigem dessa enorme e Imprslonarite construção são' necet

ter e para joyo. Obteve as anta-rtzavõcs necessárias, reuniu ascapitais e se fntiçou de corpo ealma á aventura.

"O homem dhpendeu M ml-Uiõts na época — uns cineoenlamilhões hoje — para não aca-bar nada. No penhasco a pique,fixcvum-sc vastos terraços, troirxcram terra, enterraram os ali-ecrees ate a borda da água.

"Ele adorava o mármore e lu-rta devia ser revestido de mârmore, o chão, as paredes, as colunas.Quando me instalei lã, havia jámais de um milhão de mármores— ao cambio àe há vinte anos.

"O russo sonhara demais, onegocio vôo foi adiante e faltou-lhe dinheiro para acabar a obra.o que talvez tenha sido pena, poisa concepção era notável. Depoisteve casos com u justiça france-sa. F, esse homem que manobra-ra com milhões foi incomodada

A titulo de rurlnsklaile riamnx, aqui, umi» entrevi*!a e uma vi*llatflta a Maeterllnch e a sua eélebre raia n> Nle*, pelo jnrnalist»EparttaiiY, ante* da «iierra. Como m sabe, rtim a derrota «Ia Trama.

o célebre poela eml«r«n para a America tio N»rle. "t Iria mim rieacha-se fechado e conserva dn |>eln inverno trance*, atual.

mnis s

su ha-"Vie¦abatia

per-

maior emundo' .

A parte que precede tibitada hoje pelo autordes abeilles". t* a mais ide todas - c lambem a mais des-eoncertante. Enormes bases decimento armado descem até ofim da escarpa. Pelos flancostendidos da construção embrlo-nãrltt, O olhar desce a mais de.10 metros e se defende com tf r/t-culdade da sensação de vertigem.E' impossível imaginar a utiliza-ção racional dessa enorme cons-inicio suspensa no vácuo, sobreo mar. Mas o russo conceberaprovavelmente um quadro incom-pflrntieí parti as reuniões mun-danas e as festas de elegância.

Contornando a casa do ludo domar chega-se a um vasto pórticoaitadrlcular aberto para o sul epara este. Um alto leio susten-tado por uma floresta de enormescolunas dá ao conjunto itm efei-to de templo helinico. O pórticoabre para um jardim de invernodecorado por dois espelhos dederin e plantado de grandes cl-prestes Canteiros floridos ale-çram com a sua graça multlcot

upli I

A visita terminou na rasa. Estpalavra simples, guc evoca tgraças familiares e íntimas, eprime mal os faustos solenes,pesada sitntuosldade dessa rmrada toda caberia de mármoriA palavra palácio convém muimais tio ambiente com tudo qipode conter de magnificência<te amplidão.

t.u não me aventuraria ne*labiiiiiío d> salas imensas con

"I.E JAKDIN ÜU1VKK"

mio l P0t!<

ro, dfssc-negoclsta

que lhe

¦ - "Ao findarme Maeterltnckslavo atirou qu

dos do cabo de Nice que mn.geiam a estrada de VillefrnnchiSonhara ¦- pois rra bem um .i

¦in*

Matirice Maenterllnrke aua senhora

cansa de uma falta de ml,francos".

Conduzido amavelmenie poiMaeterlinck. me foi possivel apre-elar a audaciosa fantasia que devia presidir a eotrsírtiçdo "di

onde se insinicldas do mar e a claridade coadado céu.

Uma multidão dc pombos bran-cos povoam o alto das colunas.Maeterlinck. que respeita a vtdavas suas manifestações mais pro-Jiflcas, proíbe formalmente ma-tar as pombos. Assim, eles se re-produzem com uma inqulelanleprofusão, l esse grave problemade super-população não deira dt

I riem

Vtf/C3B I r>d<!

Paládio ou de JBntt.in.ife* Teriameda de me perder. Tive a mrpressão de que o autor de "Inté-

a sabedoriaMas o çt t da Qiadaçãu

a Im qut Pcllias aspirava, ao sairdos subterrâneos

'dn velho caíti-lo d'Arkel, ti luz em "Orlamon-

de" está em casa dela e tudo pa-reee ter sido feilo para lhe criarum dominlo maravilhoso.

Vinda do mar e do céu, se in-jíinio por íorfn paríí. nos filio*pórticos, através da floresta decolunas iotikas. Entra fartamen-

¦linck,. msamento tle iíaeteri

»e manifesta a cada passo nessepasseio entre mármores pelosdetalhes delicados que atraem oolhar e agradem ao espirí

íiihc rprópria na construção nnôntmdestinada a um estabelecimde prazeres.

lio milagre de "Orlamoi

o que nos espanta mnis i- - tutor tle "Sa

rada

tas e janelastrais mísle-passelando n

'¦Fèen

HU

..... márn•essando por-ido pelos vi-

sos raios de ouro,ua fantasia caprt-

de mármore, nascouro, nos lampa-idas de ferro for-

¦ linrr„r

"Orlam nde"mpan

nestmulto muiiíftcente

A purta ita sala de recep^ãdando "sur le* portique*"

interiores de catedral, de cordores e galcias, de "alriums",escadas que parecem criações

..ojícôí*.poiirfo n 'iu no qne pode ter- deereesiva e de grandiloqüente.

F. a lu-. lhe tece nma -oupa-

gem de poesia, um réu musicalque o siltnelo crntla a< ha.-mo-

Compreende-sepncta-fllasola 1Cfsa mmnda pari

t arande

"I ta nto mais a ment; a d orca tjpMuosos se nos apresenta-os espaços e as terras áridaságuas impuras, mais e sem-

mais necessário será que nosrtamos do otimismo. Otimls-que sc traduza em valoreitivos. Otimismo em face riasinslàiirias adversas, Otimis-

SINAL DOS TEMPOS...t*i:*c iclas

>i oportunl-

por conseguinte, aem todo o vasto

Iquem me receei or tle

fessar a falênciaria uma época.\ situados como

período, eonse-

dades.E quando tildo nos for nega-

do, quando nada de nada pu-dermos fazer no terreno dos fa-tos, ao revês de nos deixarmosabandonar aos pantanais do de-sencanlo, deliramos então! Con-templcmos enfeitadas miragensnos desertos clrcun vizinhos, masuàri nos entreguemos!

Se admitíssemos o sobtenatu-ral. ha ver-lhes Íamos de solicitar,antes do mai-», a continuada re-novação das forças que nos fa-í.rm acreditai' nos impossíveis.

Não concebemos a decadênciade nenhum rios quatro pontoscardeais. Tudo passará, Sobrevl-rão dias melhores.

Assim se nos revela a existiu-cia e de tal sorte a procuramosviver.

Clior . pois.

A sitgaçao, pela Europa eadjacências, * aquela que toda agente conhece. NSo precisaremosfaíer dramatismos. Os Jornaisteem estado por al com a pas-sivel clareia. Os que os nao te-nham lido de cabo a rabo. deve-

tfto ter feito suas deduções pe-ias '¦iiiatichettes" descomunais.que se deitam pelas calçadas.

Não se encontrará, concorda-mos. no Velho Continente con-flagrado, um pacifista com ba-"agem de fatos. Abundam e pro-llferam, ^or ali, determinadosespécimes de antl-bellelslas la-valescos, eméritos no "entrega

tudo". Esses, todavia, nio so-mente viriam enlamear a todosos anteriormente dlstinguldos,oemo trariam tambem para arua da amargura a própria me-moria de Alfredo Nobel.

Afastemo-nos, portanto, ascarreiras, desses cavalheiros,cu]a simples e por mais que re-mota lembrança, acabamos dereconhece-lo, constlttic, por si só,a violação mais sacrilefta dasnobres Intenções do químicosueco.

NILO DA SILVEIRA WERNECK

NAo fosse JA bastante o cri-mlnoso emprego que se tem tel-to da dinamite!.,.

A Instituição, entretanto, é deâmbito mundial e só assim df-ve ser compreendida.

Se não existe na Europa umpacifista de mérito, busquemo-lo em qualquer parte!

Na tndia, por exemplo. Na fa-btilosa índia dos simples persa-dores profundos, onde avtiltn anunca demais louvada figura deGandhi, o humaníssimo, o es-tóleo o Alma Grande, campeãoda "não violência'' e apóstolo doamor.

'Ninguém reconhece mais doque eu", escreveu ele. nâo hámuito, para uma publicação dosEstados tinidos. as fraquezasque a Índia tem de sanar e ssfaltas que ela deve corrigir. Maspoderá ela curar essas fraque-7,as e remediar esses defeitos,uma vez que o seu povo atinja aprefeita não-violência, isto é,renuncie completamente ã viu-

lém náo allm ¦ ódio porhomem

Para Henry Thomas. o Malm-tma "representa o novo tipo depolítico honesto que considerasua obrigação servir, mais quegovernar. E' um fenômeno iné-dito na história: — Buda quenão apenas prega compaixão,mas que a pratica: Messias quenão se contenta com palavras,que dependem de fatos, afim detrazer á terra o reino dos céus.E' um líder rcllgltiso que. cm vendc renunciar

taçSo de seu segundo braço, opi ufessof Lobligeols esteve emapoitia lenta. Semana após se-mana aguardava o desfecho Ir--tai No domingo, ãs 18.5S lior-ws.a morte pôs fim ti esse espanto-io estolcismo que caracterizouleda a vida do grande cientlsia".

E prossegue a noticia, para ln-formar que Felix Lobligeois 'dl-rlgiu. "durante 30 anos, os servi-ços de radiologia no HospUMBretonneau. Um dia, há qulnzsanos. o terrível mal dos radlolo-gistns obrigou-o a sofrer a pri-meira operação. Foi-lhe ampu-tada a mão direita. O mal on-

alastrando-se pelo bra-

¦ altimo sacrifício .

ço,

Passei

Atayvan, pintor das engústiasu

jmlisrrimos,desigualdade

iiicial dessasjustificadas.pleno r/eral

fo aleatório. Qituttstas de rcnoiiifsão íiiíercssnnfcj

rnillrflJ são >¦riterí

ni tis quadros sse frnín de ti

HENRI DE LANTEU1Epre uite Mus desenhos fossem lin-pregnados de algo de exôticti ou asta-fico, ou (rfíoüsodoii por ntio sei quetub-consciente oriento! gue porveii-fitrn subsistisse nn olmo tfo (trifsia

e as Influlnctas es-irrutenies. restaiidni pessoaf tios visi-

proceder ao íufpn-mento final.

Imbuído rie preconceitos dc todaespécie, e ;á ri es iludido pfla mono-tonia du "fi xisto", que enfastia et-le gênero de visitas em casa alheia,rctoíri frnitípor os portões do MuseuNacional de Beta.» ^ries. cotn o in-fttlfo tle eAimtnar a aposição do ar-lista brasileiro Atayvan.

leiiaiidn em conta a ascendênciasemi-hinriti do artista, imaginei sem-

ALMOÇO AO BURRO"CANÁRIO"

AM PRÓXIMA SEMANA DAREMOS DE-TALHES SOHRE O ALMOÇO QUE VAISEU OFERECIDO AO BURRO CANA-RIO", POR INICIATIVA DE "DOM CAS-MURRO". FALARÃO VÁRIOS ORADORESCUJOS NOMES DAREMOS, ERESPON-DERA. EM NOME DO "HVRRO", ALVA-RO MOREIRA. AS LISTAS ACHAM-SENA LIVRARIA JOSÉ' OLYMPIO E NO

"DOM CASMURRO"

Np sapiido de entrada Sa Museu,em acomodações modestas, tres gran-des painéis dt madeira ejftluom co-Oírfo* de desenhos, em preto o»íonffiihiea. Desenhos simples, vuti(ovivos, representando sempre rtnaihumildes, tiradas dos meio» sociaismats baixos s ali desclassificados.

Atawan reuniu toda uma coleçãottt naturezas vivas, onde Impera umrealismo «lolítifo de atitude e mo-vlintntos. llú uma usina enorme,euloi prédios servem de fundo aoUi/adro, ftonffooí», c'iatnftiís lumt-gantes. faneias iluminadas, numafniüaJiiinfforin Impresíiotioriie, qutbem poderia sítníioll;ar "O Traba-lho". Vários deseiifioí fórum- Inspl-rados, ou tirados tio naftiroi, porgrupos sórdidos, gente de botequins,niariiitie.ros e niullieiias mineiras,jogadores em volln de titnn mesa, «a-ffnliHiitíos em.br ttt pados e dormindono relenfo, ttiitn mulher gue ocabode tomar veneno, outra abraçada aum marinheiro de avxntura, ele... es-tes ido ot tnoíjuoit prlnelpnli da e.r-

pojiçflo de ,4 fatriton.Çitonfo a iíio(foIliÍB(fe da sua le-

['men, i slmrtesmente e tini lusa meu-fe clássica. Isto porte ser titu eiopío,pode ser tambem a íoitfrdrln, depen-Ae das preferencias. O fato i. AsUnhes são nítidas, as modelados maisbem acabados ainda. Sempre, onderia persotiopens, os corpos sdo Ira-ledos multo em forma e relevo, co-mo iii-içtiete desenho gue apanhou deflagrante uma família operaria, ttmtiffier pidvlac, o marido sentadoe.TWtí.ilo numa cadeira, num ntnbi-etife de imensa desolação.

Ml^. I fOAl-AYWf.^^

\ / n**-**"*****-***

i-lo".os agora ao domínio

cia ciência e deparemos outrodesmentido altamente eloqüenteao pessimismo de Estocolmo.

Queremos reTerir-nos ao pro-fessor Fe'ix Lobilgeols, grandeoficial da Legião rie Honra, dire-tor do Hospital Laborlboisíère,pioneiro da radiologia e, vitima-tio por suas próprias pesquisas,falecido a 20 de outubro ultimo.

O diretor do Hospital de Mar-mollan. onde se verificou o pas-samento. fez á imprensa as se-Bulnt.es declarações: - "Desdesua entrada no Hospital, ondesofreu recentemente a ampu-

pondo o sangue. Tornou-se ne-cessaria a amputação de todo obraço. Alguns anos se passarame horríveis pruridos, denunclan-do a ofensiva da radiotermlte,começaram a aparecer na mãoesquerda. Dois dedos, depois umterceiro foram sacrificados. Sóficavam ao dr. Lobligeois o braçoesiit.trdo e a oião esquerda comriois dedos. Permanecia ele, en-trr*ranto, nu seu posto, recusandoqualquer probabilidade de sal-vacai*, querendo apenas, comotodos os seus colegas, vitimas dn*.ralos X. cumprir o seu dever .iteo fim do seu martírio. O dramaacaba de consumai-se.

Herói da ciência e um exem-p'o rios mais sublimes cin carlria-de humana, Felix Lobligeois evo-

oi um '.lesse* homens que.>ndo do Blliulsmo b sua bús-

, "por devotamento a clcn-e a humanidade, escolhem

torle [>or etapas",àn haverá prêmio Nobrl em1.,.ias não há nada como ler como os telegramas, Constituem;, no mais das vezes. In terei-tes explicações. E. desta nos

a convicção de que os ri!rl-tes do belo pais do norte,ios do q.ip em motivos reais,er.ío se ter Inspirado no te-

;xjiU.-c pcriclitanie posição nacenário da guerrar

ESTOCOLMO. 23 'H. T.i -iNo decorrer da discussão «obr»poluíra geral que marcou a rui¦iberlura da sessão ordinária dcRUrdag, depois rie uma patrsirie ouatro meses, oradores de lo-dos os partidos exprimiram sulsdfsâo á polilica do governo,política de neutralidade e uniâjnacional e salientaram a Imoor-dr.jia vital paia a Suécia d«m."i.trr a 5.,:*,ci.i'-irriade naeio :Ae continuar op esforços comuri"êcsi'1 volvidos no sentido de man-

longe do ua-i da guerr

tagvai i artisti O,,,,-

nal. Não sei o ífr<j em arles pl(.ie. Acato muito a opuilflo dos ert-tendidos, uorgue afinal: cada ma-caco... mas, para mlm, que tido sou

i algui multoi «in deseníto t ptnfiiro, áecta-

ro que gostei muito dos desenhosmodestos que o modesto saguão doMuseu teve a gentileza de ofereceraa modesto Atayvan, Já encontrei,alias, um quadro vendido.

Quando se trata de qualquer ma-fil/ei(flçito de talento, fago-me urnaobrigagão tm diif-lir e solicitar dnsamigos tjtie compareçam n e.rposlçitnou compram o l/tiro, conforme oscasos. Ho)e, convido-os n (oíoi o tii-rem eionilra', com Ioda a aíeriçíoçi« iiterrce, a curiosa exposição dumartista completamente despido deqvalguer pretensdo e qne merece onit.rltJo'(fe lorfos em prol dn snn nrfe.

, .Alem dos tttsenhos mencionados,encoti tra -se grande mimem rfe gra-varas em madeira. Entre essas .rifo-prauuras ítd uma rua obscura e es-cura, de araitde efeito noturno. Istoé um gfnero multei pouco exploradopelos nossos artistas; entretantoseria bem interessante obter alguns"bois" Jioln ltiistriuc.es Cie livras.cnpns rfe limos ou textos de maqa-tines. Aqui fica a litCia para os llut-trndores qae isefum' mudar d.- nt-vio. O Atayvan é quase que utn pre-

Jii/Titfl encanfrel e.rcinptairs des'amniieira nirie e lucfsltia, sfinjiles eetiocnífno, de Ilustração em tamanhoreduzido.

Como numa floresta densa se rr-nltece determinada árvore entre ml-lliares. a desenho de Atawan t In-roN/uiitfMYÍ .no sua simplicidade rt*-cnrtn de parte a parte pela chuvn pt-•nfraiide Ha angtíilta tnetiiíanel,

ELOGIO DA CHUVA.De J. G. DE ARAÚJO JORGE

Chore!-. Que chuva boa.'... Ottçn a chuva Qtíe canta!Torneira qur chova maia, que n china não tenha fim.../'nr que .na alma aa gente rí* veie* triste e emnoeiradanãn hú dian lambem... de chuva bita twsmt.*

.Vo ar lavada, nn ar ama, nn ar piirn, no ar frete»ax coisa» ttidas respiram e enchem de ar on pitinwen,..Chave!... que chuva boa!... A terra tada é um hinona alegria ferrn da seiva nas plantações!

Escancaro a janela!. , E a chuta bate em meu rosto,tem liauidos carinhos em seus dedns molhadas,— parece que me fa: festa só porque abri a janelae lhe ofertei meus dois olhos enchntos e. ensimenmado»..,

Veja a chuva!... Tenho vontade de sair na chuvaeomo os moleques sem pai», coma as crianças felizes,para senti-la em mim, coma an árvores e as plantasdos galhos e da* ramagens até ns fundas raízes!

Vontade de me deilar na terra húmida e fresca

para ouvir dentro do chão recônditas harmonias,e ficar de alhos abertos, cheios, transbordanteseomo duas nascentes de águas límpida» e frias...

Coma eu gosto de ti chuva forte e sadia

gue cais fecundando a terra e abrindo a lerra em mil grata,molhando os lábios sedentos, enchendo os rios vasios.

que cais pro todos chamando os homens todos de irmão».-,

Tens pingou são como claros e líquidos diamante»que ralem mais que os diamante» guc estão perdidos no chão,— sem eles, ficam os rico» sem seus adornos brilhantes,sem ti, — tiros *¦ pobres, — ficam sem nada. sem pão!

Page 4: J.,^-;-,; f,,*:-,,.!,,,,».,,,,,,, ;,,;,,.,,,.,,,memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00224.pdf · xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até o ar. Antônio Carlos foi

¦ ,.,,...;.,.. .-lia,,..-...,.,..,.. .. v.:r:r-a.tnv--7,1-iv.-i..-:-if-..M.r,: -._¦..-.=--=-. - -.

.'IcíiAn- r/t? aparecer !

CIRANDADe Clovis liamalhcte

O romance esperado 1

Página 4 DOM CASMUKKOMASCARASi _ a _ mu

O túmulo dn poela em I.eopnldiiia. quandn era visitado pelu nossieiiviiuld, i.ii.lcisiir UaiiiiMi Juniur

"NIRVANA DA LEOPOLDINA"Nu progressão rios

A (cncse de, todns

Tinlas, cérelirim

abismos!

/. BARROSO UISIOR(Especial poro DOM CASMURRO)

Ql/OI

denuncia I.eopottlina. Onde choram itcscrrnc-as redl-

nada - :. Atenas Mi.ii.-jra Yrlhrl templo, florido de violeta»,— lá vai ln linji-, por mo- i: i/ii lua rado de lâmpadas vollvasl

.lemos meios de transpiirlps qualseja mn serviço regular df ""- r* c*la recordaç5«, nn aniver-mnusines" de luxo que, no cor- .-alio da sua morte, traz-nos klo espaço df rinrn limas, numa memória ainda os dois ultimo*sucessão di' iiaii.iiainas li.idos tcrrelns rto poeta He Pciropolls:ipcin o .iaianle :. praça (Iene-ml INtirio. l.-lainii- j.i na fa latia "All.i noite, os espclros da satí-região mineira .-.inhecirta por idade.Zona da Mata pelos iintii-iis po- Teta nave desfilam silenciosos,voadores íla- inni-triis ribeirinhas Como nhantcsmas ria fatalidade.do rarailia do Sul. Di/--

a a aeu ,i,„,,aila. -feijái,

Cru--, nasceu em 18'll. depois -ia'Abdicação*", A crande rod-ovinde penetrarão

"Riu-Uaia" cortaos a ca baldes. ,Li cidade, c e pela.Avenida Otiilio Vicjas que -rven. ler ao centro nrliaim. A cl-dade. muilo rlr-vi- dc m-h iir<i|;rc!s-

ri.i» Kio-li.iia"" qiir despertou

vriM-is ihi-as de irrras nlia.ido.ia-das.

Lcnpi.hlina If... ares de capi-tal. Toda e;iIrada a paralclcpl-

'vai pelas cali.-.id.i-" renques' dé

murtas uniformes e ilÍM-i|ilii.:i-das. Tudo limpo ,- liirl,, as-r-ia-do: luilo pn-ilf, lln -,,-„ lugar. !lo-

berl.o edifício dn IMIái-io a r-pc-rar aquele que seiá o primeirolaisjK. de l.oopoldiu... V -mi li'fii-te sc ergue a Catedral de SãoSebastião cm eslilu romãniiii. noeixo dn rua i.t.e.-is Augusto quesobe da rrar.-i Riu Branco.

Daqui se vê liem à frcnle. nns

mclin urbano, o ce.11IIcrio riu ,-l-dade. 1..Í ilonncln há vinte e seleanos os restos niorlais daqueleque em vida se chamou .Vírus*to dos Anjos, [les.se Augusto rto.iAnjos, rniiheeiilo cm lodo o pais,rio qual disso Salomão Jorge emprimoroso soneto:

"Hã em ti um templo de pare-Ide, areia.

^^ PRIMEIRO cornado que ti-

F. aeonl/aiite a Ventura, e i

lã,,,,,.,,,,, corre, cheiTím- ^^A música fantástica de um Noj mí|[nome,,. pnr rn(r

SwaatratrttereTaalr ™«'»"

Augusto dos An.trj»Poeta paraibano

¦V ism -1- 12/11/91

t!

...r^^^mm,~' -'¦

** t * - ^- .aiiiiI(.ruim rM.il.ir de I.eo 110ldina.

rrànroü, rádiosle li úmero»,

Porijiie, Infinita comn os próprios

A lua ponta itüii acalia mais!"

O aeu (11 tnuln fica quase en-postado nn grartil de ferro quesepara o cemitério dn terreno

«liai Eslenrte-me a tua[usa:

rvore em n-" devo recll-

E «e como as r Ire un st Anciã*satisfizessem os desejos do poe-la, a sua campa modesta ficaescondida atrás de ricos túmulose ai so se vai ter pela mãe deum cl cer une.

Augusto dns Anjos morreu eml>»poldma, a rua Cotegipe, iis4 horas da madrugada do dia 12de novembro de 1914. Em agostoanunclava-se como professor dehumanidades. ...

Morreu aos trinta anos de Iria-de, pois nascera 110 município doEspírito Santo. Estado da Psral-ba, no loeal denominado Enee-nho do Táu II'Arco, no dia 30 deabril rie 18114. Desse moço quepublicara "um livro amargo" rio-li.rnso. est rema mente triste, em1913, ocupou-se ioda a Impren-sa do pais. ao ensejo de suamorte. Vejamos no entanto n quedisse a imprensa loeal sobre osúltimos instantes no Nirvana deLeopoTrlina", enn.o denominou,e*tn cidade, n poeta Generinodos Santos. Escreveu para 11 tnfestival de caridade realizado aIS de agosto, na cidade, a poesiaseguinte musicada pelo professorTavares Pinheiro:

Vo universo a caridadefln. contraste ao vício infando,

astro brilhandoSohre a dor ria humanidade!

Remeadora de carinho»Ela ahre todas a* porta*f. no horror dns horas mortasVem heíjar os pobrezinhos.

A alegria mais acesaNossas cabeças. Invade.,,fllórla, pois, a CaridadeNo ceio da Natureza!

ESTRIB1I.H0

Cantemos iodos o» ano»Nas festas rte CaridadeA solidariedadeOos sentimentos humanos,

Viveu Augusto apenas quatromeses em l.rupolillna. Neue

rada vm mais. O jornal do dia11 ahri» a noticia: — "Vitimadopor insldiosa enfermidade, paracuja debelará o fura Ineficaz oron curso da ciência e o ca ri nh 11das pessoas qur lã 11 alto soube-ram erguer o sentimento da de-dicaçã», o dr. A11-justo dos Anjosns 1 horas dn manha, de ontemfechou pnrn todo e sempre osolhos i In, da vida". — Nessamesmo exemplar publica, emprimeira mSn, a última produçãopoética do vate, composta pou-cos minutos antes de morrer.

Hni da minha morte. Illrta,1 lado

A Idéia estertorava-se. . NoI funil»

Dn mm entendimento morl-tinindo

Jaxla o tltímo Número cansado.

Era de vê-lo, Imóvel, resignado,Tragicamente ile nl mesmo

[oriundoestranho ao

Bradei: Que fazes ainda nn meu[cráneo?

E o fltlinn Número, atro e sub-[terrâneo,

Parecia dizer-me: "E' tarde.[amigo!

Pnls 1

Nunca

mfnha iiitogenlc

íngua presa,

icontigol"

'• - - - 1 1

do qual o poeta foi diretor por 1 meses

nós fomos contando pelas Torna as lormentas mais calmas; do cemitério os túmulos Ouve o soluço do mundose ciBiilam lado a lado... ' E dentro do amor profundo

dois. três. quatro, cinco... Abrange todas as almas.[Esoterismos

¦lortc! K eu, vejo, em Túlgl- O réu de estrelas sr veste[dos letreiroa, E em fluidos de "rn i st ic ism o

Augusto dos Anjos, em uma rarae inédita foto, cedida a DOM— CASMURRO pnr sua filha —

pouco lempn soube conquistarpela llianesa rie seu trato umanurrola rir simpatia, "Magro, demasreza esquálida — —faces rg-entrantes. olhos profundos, olhei-

tinia fazia a cataduru crescenteilr sofrimento, pnr contraste rinolhar doente de trlslurn r. noslábios uma crispacão do demôniotorturado. Os rabelos pretos r 11-sos apertavam-lhe n sombrio darpiriermr trigueira. A claviculanrque.-ida. Nn o mo pia ia. o corpoestreito quebrava-se numa cur-ra para diante. O andar terei-rersante, nada aprumado, pare-cia reproduzir o esvoaçar dasfmasens que lhe agitavam o cê-

Nos primeiros dias rie uovem-hro o "*Dr. Augusto" não apare-efu na diretoria dn Grupo Esco-lar. Mandara dher à dona MariaRriüida de Medeiros Castanhcl-ra. sua auxiliar dr administra-Cão, que estava doente. A 10. oJornal local noticiava — "O sr.rir. Augusto dos Anjos passou to-do o dia rie ontem em estadograve, enm algumas alternativa».A' noite, a hora em que fecha-mos esta folha, era ainda mau.infelizmente, fl «eu estado, lia-vendo porem algumas esperan-cas de melhoras. A residência doilustre enfermo tem estado cons-tan temente cheia de pessoasamigas, sendo-lhe prodigaliza-dos todos os carinhos e recursosda ciência. As professoras doGrupo fizeram ontem uma visl-ta coletiva ao seu Diretor, sendorecebidas |Mir pessoa da famí-lln". — O dia seguinte passouna perspectiva rio drsenlaee.pois o estado do poela se agrava

Bacharel rm riireit» por Per-namhtico ans 11 anos dr idade,dedicou-se sempre ao magiste-rin. sendo professor rir I.iteratu-ra nn Liceu Pernambucano. Gco-grafia ua Escola Normal do Riode Janeiro e no Pedro II, antigoGinásio Nacional, na secção riohitemato.

Procurou nas montanhas ml-

^Wf.ww^

balida, aqui chegando a 11 rirjulho, tora nomeado para dire-tor do Grupo Escolar pelo dr.Américo l.opes. enlão secretáriodo Interior de Minas.

Tara assistir nos funerais riopoeta paraibano, toda a I.ropul-dinn saiu de casa, Lá estava umacomissão do Ginásio, lendo áfrente o sen diretor, professorBotelho Reis. D. Briglda levouuma comissão composta rie alu-nos de todas as classes e malt o

HUXLEY dndi

'catiiwçHe ri» vida modrrns,ntou ainda mala ns posslblll-

, Bjjresentadas pelo «rande es-

tudo que o romancista Inciés nar-

rie;- dc dialética Iremenüo. Discor-da-üe; mas no fundo, .tcaba-.se porler que der raz&o, cm alguns pon-

PAULO DE MEDEIROS E ALBUQUERQUE

t;x,

A iccnira Ciíi-ir.ile Inl itfiiii 1 np.I.noi-nsnn-f-nir. r-n prlrharln, r-sten-ripni1r>-sf 11111 i-miinnrr- enorme em

pàclnas. sem trazer n menor Inrligaparn o leitor.

Mais (arde. em 1 huim.-So (le Ml-

vro rin ÍÍiÍnVv '-Snn

nr.io.-i t-s 11 °o'.í-

No livro iiitaío de-H. O. Wells,rlc mostra que no eslado de coisasvrn tr ie hoje vivemos nflo é mnlspassível vivermos pensando em Es-tados Imaginários como o de Monru,Mostra que. com ,1 série rie fstore.ssociais, eom as crandes transforma-çôcs por que passou o mundo, im-possível se torna, pensar ainda —mesmo mim sonho ousado — em¦¦ estados perfeitos e estáticos, eomuni equilíbrio de leiicírlside oonquls-indo sobre rs forças de REltnçRo e

li'..ninn,i.i,"

no. Esle livro, (-. como um pream-bulo da Utopia Moderna. Mostra Jâdeterminados aspectos, estuda algu-mas questões que. mais tarde, serãotratadas com mais minúcia,

Houve quem dissesse que H. O.Wells ern profeta. Protela, sim,(Uni Mies profecias sSo todas basen-da.s em fatos científicos, profunda-mente estudados, por um espiritoesclarecido e algumas vezes mesmo.¦ into fantástico.

Mas o deHuslev Deixemos nosso imlgciWells pnra um outro estudo mais¦ prof.inflado."Admirável Mundo Novo" apare-cen em primeira crllçfia com umaepígrafe em francês de NlcolasBcrdlaeff. onde dizia: "Les utopiessont rcalisnbles. Ln vie marchevers les utoples. Et pout-etre tin

f.(i" llliiln tlrnrln riu ¦ piii-nis.-i per- Mostra que a Utopia moderna,dido"' d» Milinn. r-oiivi - -11 l-i riinin "nflo pnrle tniimr uma forma Irftu-bUüiniiir. .--1.-¦ -- -•¦ ¦ .¦'.. mi- -in rritor. [nvel, mus deve nos aparecer como

O publico l"M.i: bi-íiíilrlio, cotiii'- unin r.ise transito"'!., a qual sucede-çavn n se li;ilillu;ir cnivi n 1 u.s 1 i.'l:n ríio uma louca série rir' 1'iises. que flii.v.-ll. i-.-i: 1 11 -,-.-- ¦ i ¦ ¦.. ..li. Ir ni,- ,i(; (l.ill-Hil-liüiiini ,f|U eiyinlV' MOS-Aldo.is IHimIi"". lr irr. iií-i-iir.--, ;,ui- trn Well.s. a rillerençn entre os dois

const.nnl e desejo de lr,- turio que l.enibin. que esl amas na ípoen doai.areees.se rtlnnmismo cnnslrutor e nflo mais

Agora, há pni.fr, n-iirid. '-..r:- L-.i nsir-|..ci«- i,-n-.|ni cm que tuclo — ounuils illi. livi-n -Ir-Mie cscrllnr Ms- quase tudo - cra frito eom lenti-Ic. Huxlev esli.fiii u:n mi-n niimcio dfio.Tratando cfte assunto nn Iorui;i ile IT depois de fazer esla^ explica-rotunni-e, ^loiiM!- .,, :-i.;- ,,-',¦ ,.,-,;<; r.-(ief. enli-a flunlmcnle nc assumo.aprescrilii 1:1111 ¦. : ..¦ :- 3¦"¦ :-l-=. -¦«- i-i-i-.-.hs n..pc'!ni. de iiiun rlvlll/a^íloIiiiii--,ii as ir...-: ¦ !¦ -,.-;. -i-ii,K, ',im nova, rrendn cm moldes especiais,' a 1:1.u..-,' I .-,1 ..:¦ ,. --¦¦¦.'i pnrn um mundo quase peifello.Por ''".¦ "¦" " ¦¦¦¦''- l>'"l'* em ,ie- Ainda o mo-mir, \\'i-l!s lem ,-uilrutei-iiilii.-i.i.i ,,. . ... -,- ;,;,, mi,, ",,\nii-M-i;ineiV's" rm que rsl 11-com;ii-ln -,, . , ¦ ,-¦¦. r:: .-,.. ,,,.. ai,-L (l|,.-i-«rie ne-ir-c^e c.n Indu^netalurlo, nôo poae.a esiniijcei ac yja, »obie a vida 1 o pe ima me 11 to liuma-

Poria AbertaCrônicas

deALVAÍfO MOREYRA

GuairaBREVE

siècle nouvea.i comrence ou les in-tellectuels et la classe cultlvee revê-ront aux moyens de evtter les utopleset de retourner s une soclctí nonutopique, moins "parfaite" et plus

Depois, apresenta-nos Hnxley seulivro, como JI disse pouco anles,algumas vezes o leitor terá de dis-cordar dos conceitos emitidos pelomestre InRlís, Mas reconhecerá queInegavelmente, Hnxley é dotado deum poder de dlnlítlca como bempoucos dos escritores atuais.

O interessante a notar, * qtieHuxlcy consegue desenvolver certasIdéias eom tanta graça., com tantafinura, que, se outros o fizessem, nacerta acabaríamos poi- nos (borre-cer. Mas. levando o livro todo comoum romance, apresentando diversospersonagens, situando o lugar ondese desenrolam cs fatos e nío tor-nanrio-o um sonho aéreq, í desdeloco eoinpi-ovndamente impossível, olivro se torna interessantíssimo,

E' multo difícil tentai- resumir empoucas palavras o conteúdo de umromance ria densidade deste. Mui-to difícil e alem do mais perigosoÍ.orque

a opinião dc determinadoetlor nflo deve influir sobro a opl-

niSo de outro.Assim vale a pena comentar ape-

nas o choque que se senle ao veique Hnxley querendo construir umMundo Novo, abolindo todas asemoções, deparou no entanto com* maior dns dificuldades quando,depois de ter abolido » dor, n es-forco, vê-se n» a.ittngénnia deacabar também com as outras emn-Coes como o amor, n arte, a liber-

Aldous Huxlev apresentou estelivro em sua primeira edição ingle-sn, cm ioni*. Daquela data parn ca,Jâ lá se vao quase (ieí anos. o mun--da wlrtu grauau tevanaíoniiaçow.

Mas í melhor que deixemos delado estes comenlArios. Cada leitorterá sua interpretaçáo diferente pn-r» o livro de Huxley. Assim é me-Ihoi- pararmos por aqui.

Ve.tamos agora, em ligeiros traços,alguns dados biográficos do notávelescritor Inglês Aldous Huxlev e de

. unia família de cientistas. Seu a vá,o famoso naturalista Thnmas H,Huxley. t um dos nomes mais revê-rendados pela elenrla Nasceu Al-dous em 26 de lulho de IH94, tendoportanto 47 ani» de Idade. E ape-aar disso de estar aluda moço. Huk-ley apresenta uma bagagem litera-ris esplíndidn. E. conseguiu ser umdos mais discutidos escritores de seutempo. Dotado de uma profundacultura cientifica. Aldous Huxlevprocura sempre levar seus roman-ees, desenvolver seus lemas, dentroOa clíncia. E' o caso preciso do"Admirável Mundo Novo" onde nsItrandes conhecimentos do autor, emmatéria cientifica e artística faclll-tam Imenso o trabalho.

Apareceu pela primeira ve?. emlivro apresentando "The HurnlníWheel" poesias, em. 1916. Desde aivem nos dando, quase rodos os anos,um Uvro, Indiscutivelmente a suamelhor obra — ou pelo menos amais bem aceita nos rfmtlos lite-rários de todo o mundo — tel"Polnt counter point" nubllcadn pe-la «rimei™ vez cm 1928.

Eis si alguns dados sobre Huxley,Sua bibliografia e vasta. Tem poe-

i.-tiri("iiioni-ftneq."Admirável Mundo Noi

Liltlmn livro traduzido pm

Acaba de afmrt-rVr i ICHOVE NOS CAMPni I

DE CACHOEIRA1 1',''; ',!"''"'"' ¦'""""'»¦ IO romance esperado i I

H - 4irSIH. foBBL ^

*9<n

c Mnnkii

i AukusI

Aqui liDepol;

lim..s dclegnilo:

a alçn do caixái. :. -saida dretro da rcsiiiciicia dn iIlustre. Monsenhor Júlio fltini — unia trad,ção de r,*.¦ ,i„,i,ii„

iiveiile llis

do de óbito da como "r.eisnnirtis" pneumonia."Vox Victimac" e O M.*u V.r

">1ei

Goio o prazer que os an<is n.:

Dc haver trocado s minha lornEde limiic

feia Imortalidade rias Idéias:

cópia que nos foi oferecida dumsoneto |isii-oiii;ifai.n iiiir I i.in-cisco Cindido Xavier a 18 dejunho deste ano, nesta .-iilüde.

GRATIDÃO A LEOPOLDINA

Sem o vulcão da dor de hórridas

Beija. Augusto, este solo ge-

ensnmhrado po.

As ambições

ÊÉMfí m '

WPmíí^'': si

Jm-

Page 5: J.,^-;-,; f,,*:-,,.!,,,,».,,,,,,, ;,,;,,.,,,.,,,memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00224.pdf · xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até o ar. Antônio Carlos foi

Em fodaif an livraria*

CIRANDADe ('Invin Ramalhete

O romance esperado \

DOM CASMURKO ,EM GERALt _ n—mu

A LGUMA coisa de extratllnnrio .sc Ia passar na vi-tia ilo rcpoilcr, que nãoíM'i»ii(lln a sua perturba-,„[r da incumbência ilxst ar uma rias mais au-.. expressões lllerarlas do'

MONTEIRO LOBATO,mr do Genial tradutor drie Curle ,1a havia assumi-

ns riomiolos do sobre-na-•: não [oi. pois, sem

— "Nasci numa cama, intrai,*-lhadissimo com a lu/ cio dln, col-sa Ire me ndam eu te misteriosapara quem a sente pela prlm-i-ra vez, E' provável que ei nãolenha compreendido nada dn le.iiômeno, — ponto em que Ja aonascer eu estava rie acordo ctuu

ilu que explica inão : ¦ode. A i foi

t perepor I;irio rie Monle

mos por lhes ver os noi írunlispiclos tios livrosiaodo artigos nos gran-i,is rie publicidade teem

m que vivemos, já en-! nome cie Monteiro lo--til.ido pela glória cl" e,«.nincnle c prosador li*-

que podem ser joloca-rie.imcrcclmento. >;o la-

e picrio.-as. !

¦beallflcar,-:

r-cuar. vimo.r ain-

,pi'c*sáo rie momento. Ar-¦ as primeiras frases ?lm;o Monteiro Lnbatn no;

Taubatí. a 18 de abril dc 1882Ú,Monteiro Lobato nos fn'n rm-

t8o, como aprendeu as i"i'ln*.rli'vletras e sobre os cursos que fie-quenlou.

— "Tive mestres em casa: unrtcl em escolas e colégios. Jri.ii;tarde

OUVINDO OS INTELECTUAIS BRASILEIROSTem a palavra Monteiro Lobafo — O escritor que veio ao mundoalrapalhadíssimo com a luz do dia — Traduzir — Uma grande delicia!«rr lua, o qur- mnis prelrrr? RcpOrttlECni parn r, "I)()\l

CASMI Klillr„„i„, ZiZZZZZr'-

",:,'!' Dt LU 17. VOSZAGA ALVES

vicia -i alpo Interes

illicn quenie. Cm

scola tlrrclt.o - o suficiente para ciarhorror às leis humanas e u-nc:pelas naturais.

Cursos? o dr Ditei to ou cien-elas jurídicas e sociais. Tive umonico prazer !á: ouvir Pedro Lcsa e Almeida Nocuelia. O que

sei, - não ouvi. Um tempo em¦íue um deles consagrava a "mun-sem" de um Direito Civil, ron.-;i-

ii ilustração a lapls dc um

õrs, suponho dum Lace:-\lmelda. Pela primeira vezrt um livro dc Direito [oiImenle lluslrado de cai I-

livro

para

i ponto ri,- fa- dos

literária ,

[revistado, entramos na entre vis-ta propriamente:

-- -Autores InfliifiirlaiUcs...a morenlnha dc Macedo. ímpre-r-sionoii-mc profundamente Era orevelação cio namoro das meninasmorenas de pernas grossas. LI-ouo cnléalo. ás escondidas, r liríqur todos os meus colCRas o les-sem Por muilo temi» ficou emmeu espirito como rt coisa maislinda rio mundo. Tentei iclé-lo

dez páuinas. Macedo era o mes-mo. O deteriorado já era eu Hou-ve Alencar. Houve mais tarde Ca-milo. ia na idade em que a sen-te ria atenção a língua. E houveEca cie Queiroz. Machado de As-sis. Parei neste. Dos de [ora fo!KirJH.í O l„ri, rnlrvo - r uir

ero KiplinE

valor rio que t dlnlloimo. Dl ,,m., ,

tomi-los rio chSo,palavras, lapida-los,

. Ha

innki.i-írt. Ks

ronllntmiiKvercuiilri.».

A Ane iias pela Arlcmn função .¦

¦ NiiiBitnirte Ninguém

Nem a Arn

feiras", como cll/ a Ifutiflo um instinto.

trabalhos, como [a/lr

balhos cie um so Jai.nT

sonhe defini-la na obra em que

Mmiielro Lobato, ei

lho tio mundo, ne.*; o prêmio Nobcl".¦nhor tem traduzi

pmqulireciso, dei

a, vesti-io traiat

cnnlos e n mais da produçãotistlra? Pei'RUiitem-no as par!ras, ludacuem rin que elas rn?

pedaço* de rarne sangrentalindo» bebês. Pretender queconte nasça perfeito è preteti

oi dem (..*,|i;;-[!ii.iii.-ria lr*t*ni des-pcrladr, a atenção dos estudiosos.Pode nos dizer alguma coisa so-bre a arlc difícil rie traduzir?

gentes.— O sciilinr (

mais belos contotuguesn: "A colePoderia dizer-noopinião, o coiropressionou'

Um' (llie ia!.*.

LI-

mentalidade cie Mariamc Curiede Wells, rie liipiliis e tanlo;outros. Trnduzo com o maioipi,07.,r porepie faço ria iraducân"in vc rliun negocio, um pasiciramável F, r*omo variam e.^c, pni-ses mentais! Wii: Duram - r-st

continente. Traduzindo Brade-

do na \ca ber'a

- - Se não i* liiriisrreçfln quit o seu método rie trabnliioComeça

i pr,

izlr taté

Km Inflas nn livraria»CHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRAIh Dalcidio Jurandfir

O romance esperado !

a dizer, nem a lazer. Meu drse-Io rol apenas que uc.-se peno-leo, por mil e innri kizócs eco-nrimi,'.'i.» Tenho um livro, "Cl

Poço do Visconde", onde a ato-lnci.i cio petróleo está ;io alcançode Iodos F, nele um Rrande Red-

siletnis, o Vi.-.i>iKle rif Sabuposa,checa n (n/ri piofc*l'is "'"mm-r,.*r. Referiu 1 i¦¦-'¦ aos poutu*onde saiu petróleo im Hi.'«:l ele

bato", na Baia, com dois anosde antecedência. Diz ele, na pa-

petio'e,i broloir "A B.iia perfu-

nu 11)31. ano tia publicação ria"Po.-o tln Visconde", -*. em ]a-neiro rie 1939, o falo ,*- conflr-

bai"". Se houvesse justiça n»

eslitua an Visconde rie Sabiino-

- Por f;m. rruOerin no* dizer,se leu a.* nossas reportagens cnmOullhnmc rir* Almeida e M-nottl

dos rtirj.im o que sentem. A ten-ciência é paia dizer o que ron-vem - para a atitude Se todosdessem um depoimento sincero.o critico poderia, com base ne-les, deduzir qualquer coisa Mas

rlador de "Iiruprs" [al.iudnAlves ile 1ID.M CASMIHKO

aplica o rim- beleza. Arte'

er pela oricinaluir

incute desejava:;rado autor rie "Uclasse o berçu dc

- Qual) (irl Jm

Machado Poeta

cio desdeporlagensTodos ns

sacia,'cu.*;.i prlr

dizer alcumque quilfiuer pnscario deli- stc(lo r;- nalinalrriacic t

un a mu tor nrcriào" escreve e sobre a tictuals proje- conto?

— O conlo? Ah. osi Jllei

lltc-

¦nho. iKsc re

irgnir

quet

nm flll

. m. ii.t. mtiia. ciitnc t ,n uctit,- [-*,,-,-,-,,,¦..,- Salter desci-bn-lns DlS-v. vai crescendo, toma forma tineulr o que é conto rio que pa-„or fim rsitr nmt,m n.- ,,„ ,.„,.„ __ „n,0 „ lm• pano. lumor q„f í necem- d,sn„B„e 0 ,„, , pdi-rgoil» im,

Método de trabalho'' Sen- rjlV, Caianova teve a roranemtar-me pela manha á maquina de dizer a verdade nas suas —quando o cérebro está grávido , por ]SS0 ailda nelas escondido,rie qualquer coisa de qualquer p;m rogra ,-om exceção de Rous-tumor qtíe piei Isa ser partejario s-au e un! poucos maisi. me mo-

manhã O ;--?lo do dia rou»ó- „'„,* M',j'e'ito"r"nio ck*' a leve, masmen-no essa peste chamada "ne- ronlo a qljena ter Se as suas re-Rocios" e essa outra peste cha- poiiaacn.» erm-ee-iirem que osn-.nria "-,,-|i*(Í5rt<*" Esri;i!ii|.it*;,»«. t-ri»'!'* t'l"» -\-i -v,, ¦.•,..» rra'l-para que? Se a coisa 'a esta ces- 7aia ti mllaure cios milaires —taria lá rieulio, não é preciso maior que o de Jesus multlpli-furceps. Basram duas coisas: pa- rar.dn pães c peixes . .".pei e maquina. Estava cm-enada a nossa cn--- O problema do petróleo -revista com Monteiro Lobato,que e Iminentemente nacional ,\ sua quallriad» d- escritor doaiiítidfl o Interessa bristante. co- trai= i!,i»';e» •tb^iinlsiur*'» -íürtmn sabenio» Poderia, cllzer-iios nrcriifn-a ., ,e*,s m-.rin de irataralEiima coisa a re.p-ilo? 0s omms Ao cmtrarlo, toma-O problema do petróleo... !r aecessivcl. e depois rie algunaAtlrel-me a f> -om multe sr- minutos rie cmvivènci* dá-nosrin,- A canta veivc ; (i pettrt- K \ri:\--.-. Ao de ser um vcihO

IMPRESSIONISMO E ARTE1 INDUSTRIA DA CAPITALIZAÇÃO HII ™sn'ZZ",r,z';zz: "* Kn«-mf<m:s »t: M,AKAl- Srrs:'sH;,Hr;; ~zzzzzz;;,;z:tíz zyv;z:;."p:Tz;W , rr:, no- Iruyciin us Cr- joiiirci.s* que So pela nb.suríío tln colitlni.oin u-iiúu a.s cuprf ,-'.¦ ir*:d,i(|ciros valores, náo havendo f! ¦¦¦»c»Sí»1 1"' se regi.ua no monien- %^V^.^"^l^ ,*t,"'*\t-mliiul'"¦* -"• a ra ¦¦< ' iiiiitiifiiiitfis morte e destruição se tea ia ->¦- que sc dedicaram a cuci vidus- mais riúvifl.tv nu,rif,, n ,„;i,u-nin(te Uí l|d,.,,.s , . ,,. tine ¦lurte.i-piti [ii-^in-üer *.« latiniA.,

.:-i-.'}:.: ti a y:,cj-,ii f.süirdrj-; noive-los, kãu de encontrar soln- trln. rie cada um. Esse tiio* rincu;,,, unirm E,,XU XXy,,,- ¦¦', ,.,'X' '^'"VXXVW '"«:","

., ¦: t.ruii lifti-cni i/itc pu,.,„ çòcs dc adaptação c coniorituci: lm tt,preto ijnc ourem n':'- pi^'-'^;.iiiir õ(i |ir,.i;i:i,! amiiiciiir. eii, ,,;.;;,,;, c„:re:..^,sm a ,i[un^.,;, impunlia-s*j • necè.^ldade rit «

¦¦:-r tt continuidade da íiatr vida dcsciiVi,;nr,c>:io"em roriujal'~>:tL X1,'"^ ¦™'íi*¦.<"• qi;J.!r>'í neart» dn """^ '^"^[^jo'd,," V^z^di' Ic^^n^mft^^ttlmair V 1^3'»%!^-

rru,ç.i uuc sc radicam nos Para ti iuqtiieiaiUe cspevlut-i-j pumas dc todo 11 pt-tito !_¦«»,'«7,,,..¦ "^orliitt" í sííinr ctc^iima011tini™ '

,-¦¦¦:- <»',;JZZ,ZzZZZZ V"wdZilZZZ°JZZ'Í"ZZ-~. "" ¦¦"''.» ZZ "Ml'?,, ",'.'„.; ;:..^;;;;";;;„t'"V'1;;1;,,;;1:,",''.""„" ' ''' '. „.-„,,r,r, „rrr.,.,i<l„i(r ,-r- ,i,™, .'. „„ ?-., mnínçr,,, iiiroiilr..„„,„». a rr,.,,. ;¦ ;

'" ™f™,-„'^i"™ J„,* ,™. "BrlhtlblMnl, MOS" _ D.irrr ,n, ,r „,„ „o r,.,,o. .,„ Jl.drld•,.....,„,,„„„,,.,. r„, t „ „„„„„ g„ f„rf,í.,í,-,„ rir 'ZZZ'ZZr,Z"l!'"y-" vrrr,,,,,. r„i„ „.„.,, ,n,p,.,„,rtr,. ...„.„,„,„„„,.„ ,.

.' ' '¦'' drmnts eriijéiicins do ins. cepitatKaçún. A técnica. «í-iii "»''«*'¦'' d' ^'t "-'««'* <n<»nm<i. tilitMicin-.re a eímlas perniciosas, .-o '•¦"'»;"««'-^. v«ia.nu„,o,*,ite. ufa.- mcnle .1* se ,.ode ntiniiai' que Bque-¦ '" "" d ti ia:ào muito envecialrada tio 'eu cer- f- '-1"' ,'"-"' " diM-i}i!:ii.i nst.,-,. inittlr>, p,-^» v.í.i.- mucís. nml- li,.- den=n,, trevas )* st» rstliiBulratti/'¦

,|.....r„, ,¦„,„.„,„„«„„ „„,. rir.,,, „„„„,„'„„!„ '„Mi„„„ riirli,

„rt„ rimlirír P„ iM„d„ „„ - - -- £" '™ ^ZlnZZST-,

'tZ ZZ'r'Z'' 'V?""''"" "")' lil""-In rc:. mnis em comum varindtsstmas modalidades aqve- rj',l|,'"f"" dc '¦'"iic-.ior.i, jjnir1-- pf,-m'.tc contar a ponsiliiildadc ds xando^inrenn n.va V'ie'rn irande-, sabemn. n ULl*^**!?

"\,,\,-7.¦¦ ".'.". cir .«ta.,,,.,,™, o, mm, lr ra,„«srm luMtmmM oirn ^"-' ? ..c.r.c,.",* ...,r.r„r „»,,. ,„„ ,..,,„ ,„,„,

pliir?,,™ "ir, ™',í„".,„™,ü ," "*'

™, Vi™' ~ í™,., ¦ . ,' "r,f'«. "¦' meio* df cansara- apontado. ''''¦ ca ""s <¦«!»¦ <"*¦ '"'¦'- ;'i,:-r, <¦- .,., ,,-,-,„,„(„- rs/f/, fj)t)tní rir,,.,,. ,,, ,,„„., u„ ^ ÍN nf,,,.,,, „. |.,, ie!,sw,m lr,r„ rio moviX-nt,» -, ,

' i<*,,t|i»r

_>f< <¦ -te pecpefiidçflfi rín espe- As combinações múltipla* '-" '{",s 9.<lr">!<"'\«r »'<;if<i:int ,- ¦•*- „(ru n),;ííV<i,nr. ,,,,.,. fr(í„ ,|fK r. „ sj „.om-i0í , ocnMttna.wiii a ver. i„iiio 110 enm-.w ariisiico. :o,„„ „o

redução, da resgate, do sortem e. '.,r,","Vl'0 f/"t' "¦'' .!<>'nniiiis CU- piitintt admita- r; rrr í/chíiti r/c 1OI1 ílarinrn .'Mi.ins.Vi >|. ir* ,>i'n <n rrsis- ri snrlttl teremo» n»^(*i;ni-ii1n 1 -er,!,-¦¦ ^ "r-n-rtcr dr rir,,:,peridud« dr lin. purliciptiçtio dos assouio'1'i í"'"''-1'"* "c lm um ,u'c-,;<t »,.,. r-.-nu us (ic.rcjtlrrrjcus i'CÍ(7íii-riw.e >'lnda ri-i pió|>ii-r. miivrcn. nne mio fMín s,,n,„ wr ,|pvnj „,..,,..,. ,-,,.yi:. nr niitt,,;¦!„, rf. niry.-ja „„, ;,„.,„, d[TI e„|P,.fítM penai, ca conheceram. rnuvletlude imltrtditrtir r»l--l>>;; mal-anuiria essa dctuipacSo do sen- ,,-,,,,.. a arte nfto nei*a mais eom-eu hão-de forçosamente Irm. a possibilidade dc rcmllr ¦:!¦>¦• Dc resto a eou^l itn iria, r ,. /,.„. rm qualquer pais sc *ruconlrrn *,n *" tia estHlca. preendlda de uma forma utciI. s,er.¦;r \,V,

'1 J^"* ní ™t"?tt*»™ iwliiidiiui.s mperlores 00 que rr. cioniimeii!,- dr uniu Ei,i;>-r..„ -,> rr.mpiclumcutr nircrlitlas rn, -,*. nt. ^''".'lll'\!r-"

'';;;;" V'''"";;" ;",do I'"1'*1 ^in.-ular lal,™ , I-..K.

, " "ir ftír ,« „™ ,,. ,„„„ «„i,i,li.r,i,r d« «o,ií.r- C,,,,,,..,,;..-,- ,,.r„rrn,, „ ,«- ,,,,„„„„ ,„r , i„ »,¦„„„¦, ,„, "", íí"

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¦v .„,." ,''r",",'r. " Ifiiiculti }<a explico o ánto fonuiüriicl r/r r. rct/riu u tiíiv.Hlu.lr srt/tirndvra ^l ,,,',",, ^,.trl,,.,;', ,, .n.1.'1„ ',',,.,'., r,„ fals-is Inl crprel açfle., dc- „nt irif

1'r TiíTn' ''

«, ','"'""'"" *" ní ";" r'''' cerlo:- pttir.es. (tcsitiiiurlinif íi c .*,.*.(' r."i ;< ¦¦¦¦¦ tõniiu m, (m; .,; c ''/',¦.¦. ,,--,rn/n rto 'Mn/rrin /¦,itniri- nnuitln ;,íVisrlcn,

' ' íue -rm. como linica llnalulíri- r-m-_¦ que no.e parecem tão )»• í» n franga i o Brasil, twcnttn garantiu mm aue nuiwtentt qne çcuo t Segurador" — Lisboa), A (Ullniklacn. porem, vtio du paitw Ideal* Uísoí ou ficuu.v m-

NOKMAXDO DE S.CiiatPiido qualquer espfltiaio «rli.-tl-

Coes esteiicas; fenômeno o erif ;i:?''.ii7o t que redundariaa enorme crise cultural e art la-

nrteii-amimn* nrlirica», sáo I»-'i que. vtstrw pri™ \ erfLacieii cma), represenlani um papel pr»-

topaüiKiín. pi.rein. dc cnmpreen-

u, ri a ndo-lhes o íienillcadn sx-r do pensamento humaro,. w

mplo, os Brandes i

possibilidades notáveis. Itembrsndt,possuidor rlc técnica a,v.onibi*a's. noclaro-escuro, loi um piescrutador dt

pressitina:- p,*l;t pei ff iváo ile técnica.Os pintores alemães, tambem, nes-

se ponto, se distinguiram, pela rara-cterisllca Impressionável, das anaaobra.', desde que s- conhece pintura,na Eiuop-, eles vêem d: séculos emséculos, contribuindo com a sua pro-riucflo, que sempre teve um cunhode grande energia, toda especial.Sem se afastar das cor ten tes arits-ticas, na conuinháo do., povos. pro.duzlram Inúmeras obras primas, d»umn exprcsjfto típica, bem pronun-cisria. Já se preocupavam ele» em

cional paisagem de clsrns-escuros.Essa Influência originou que t suapintura paisagística f-sse a iniciado-rn naquele ramo de nrie plctorlr»

inpíla algumuo nSu

3âo Lourcnco,

ritenlavam, apenas, em HaduMre.Uícalldarir eMcnor. iria. positiva,

¦ iritiida d* sentimento Impresslo-

... rie i,n'..i maneiiii r.ma/ rlc r.-jii.,.tlr ao povo, iodas ns foiças rsla-

(Concluí na iuif. 11)

Page 6: J.,^-;-,; f,,*:-,,.!,,,,».,,,,,,, ;,,;,,.,,,.,,,memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00224.pdf · xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até o ar. Antônio Carlos foi

!B»""»»W?J"«m^ ,—_^ .— . .1 íiffs^f^mfsitW^Srlwm rTgtÇf^físi^W'"-»-\' •*

Acaba de aparecer !

CIRANDADe Ctoviê Ramalhete

1" Primlo do fiiuciirio Vwehl.

0 romance operado I

A

VOZ poética de Béaiiix R»y-nal é duma comovente lln.pl-dez. A sun ausência dr srü-fidos, — pois deve haver em

¦eus poemas uma sinceridade ii»f.rl-rin, realmente, das fontes mais pro-funds» da alma — i o maravilhosocanto am surdina. * noi-a Intlmlsia• abiolutnmenie pessoal de - AUFOND DU COKUp," tio fenômeno»puro» e raro» que talvez corram oriico da se chocarem rniiirn * vi-d* tumultuosa, e de nao encontra-íem *eo na sensibilidade dos quese delxnm prender apenas hl for-mas arrogantes da arte.

Bêstrix Reynal foge d» generall-eaçio como de nm pecado contra aprópria poesia. Para ela, a fellrlrta-de nio i uma forma filosófica, sus-cetlvel de ie Iransmlilr nos oulros.E por Isso, quando nos fala d»"Mon Bonheur'. eis sO se debruça

"L* loletl rlt * ma f eni tre.

ARTUR

César Ferreira Reis,com sua clara penetraçãode espirito, chamou a Dal-eidlo jurandlr " o historia-

dor social da Amazônia", o queme permitiu dizer-lhe em tomde blague:

E' u'a maneira de vocês se-rem colegas...

Tomando, porem, o caso a se-rio, não se pode ser mais justonem mais verdndeiro. "'Chovenos campos de Cachoeira", ogrande romance da hora presen-te, é um documentário social, etoda tuna existência sentida, vi-viria e sofrida.

A Imaginação entrou, de cer-to, nesse livro como disfarce ar-tlstico, parn evitar aue ele los-ae exato, não parn impedir aueele fosse real.

Bab.ac dizia de seus romance»que estes concorriam com a rea-lidade, porque, se salain do do-minio do continente, não sc afãs-tavam da atmosfera do possivel.E acentuava: "começam a reco-nhecer que sou muito mais hls-torlxdor que romancista!".

Ora, é esse positivamente o ca-so de Daloiíiio Jurandir. Ele ímais historiador que romancistaou, si quiserem, e um roínancls-ta-hlstorlador. Quão difícil, pois,saber em seu livro onde acaba o"realmente vivido'" e começa o"de certo Imagina".

— Madame Bovnri sou eu! —dizia Flaubert.

Por 1 . porblogrãficn sem ser memoriftico, copiar o que existiu ou crparo que foi cópia, sem arrumar,«em idealizar, sem arranjar, éque o romancista marajonra es-tá fora do canon c ria técnica.

Tudo nele é amontoado, e tu-multuário, é disperso. Aquelesentido do "acabado". índice dadecadência nas civilizações c develhice nas homens. Dalcidio ,lu-i-andlr desconee Inteiramente ou,pelo menos, quis desconhecer.

Como trabalho de pura estétl-ca, simples motivo de arte, ja-

A

PRODUÇÃOBeln HoriTeiiiadmiras*! Siisi sentem o

lancinantes, vindas rtade: sio moços qne sonhtáo monstruoso Instirrte

Moços que sonham...

Entre os iilins Hn Inirns

Nut intitiiK

Destes, conhecido í Nilo Apareci-ria rinlo, n autor dr ".Meu Cnrarftnem .'antigas"; r qut há dias nonbrindou rnm mais um aeu livra,"Cnnçòn ria Amargura Sem Fim".

Atualmente, ns livrarias expõemem suas vitrines, uma rnlriãnM ile

ninho de doi

Nuo Irei rilírr-ni* alciirr» nobre .livro, nue «nlrs ilr luiln t iiml rsIrêln, Irei apenas rtar a quem mler. i nporIunidade nu o riesprai.r

ívnltant* haritn; i> despra ter suponho que n ter eis nn lerrie* esles rnuhns feítns às prlinorn¦as poesia» rie Soares ri* Cunha,

poder, . de p

ü Ti ei-n. i -» .. a .... t ¦ |nflo houve propriamente um dramas uma ír*rle rie pequenos acldles i-Hselros enlre um puntindoseres que seriam felizes com tnaria iirnpereionoil. .sendo rlesilii-

dade qui ei las pari nai ,

Página • DOM CASMURRO i

CRITICA1 _ U _ 1941

Acaba de aparntTf ICHOVE NOS CAMPO.

DE CACHOEIRA

rl,íl"!,Cl'"," ¦l'"""ll>

O romance esperndr, t

sildnde. ea-paz de tirar do mah insignificantee apagado detalhe, a nota liuma-n», Justa e precisa. Nada exasera •embora mulher, foge completamen-te so fícll sentlmeutallsmo, pre te-rindo antes ronstalar es efeiios doq.te esmiuçar as causas, em derra-mes verbais. t*o ao gostn ele tnn-

fato rie que Nina Pedorova antesde narrar estas historias, passou pe-li amarga experiência de té-las vi-vido. Torios os críticos norte-amcrl-canos suo unânimes em acentuar oeanter auto-bio (tráfico deste ro-mance. Aliás, ser* fácil percebero sentido pessoal destas piglnas lãocompreensivas e humanas. Piglnasele quem, realmente, mais do queespectador, foi comparsa, comovidoe interessado comparsa do dramaque se desenrolou nn cnsn de cOmo-

.laaltilia da con-

Duna le rideiu.Cest du bonheur qut rteul.aeut-

tltrulII lait si benul

fienlniient. Ira .loura san* tendresseaMeurent tVcnnui.

L'ohlr.cn rose de promeiMiBrllli iiijourd^hul."

¦ continua, mil» ndlmCe;"Vllel II me faut étre eoquettel

Aiileu, les pleiirsi,te vais égayer ma chambrettt

Aveo rie» flenr»

II fait dou*, el pon.lant, Je tremble,Ccir.ma a-.ireío-».

,it lenteiiêa rr.arc.ier... tl me «em-fble...]

Jentenila sa »nlx,Le mi*. ;o.:t ^rís de ma pnrtet

Or que' uen-.i ;nllr1. .,Je am* pile comme une morte,

Devant. 1'Amoijr."

ponlsmo literário — glória amartírio doi Goncourt — "Cho-vi nos campos de Cachoeira"nada ou pouco vale. O romancenão foi escrito mesmo como te-ma cerebral lereação), foi senti-do como fermentação de vida(experimentação.. O autor naose apegou á face exterior, k fei-tura, apegou-se ao lado Interno,à substância. Saturou-se do"profundo vital" que tira o ho-mem da limitação do melo paramergulhá-lo no universal. Ca-choclra deixou dc ser, assim, uniburgozlnho medíocre, dentro dorata, sem alma nem história,para ie transformar no grandemundo, estranho a nós, cheio depaixões e tumultos, de análl-ses psicológicas e complexos ln-dlvlduals. por onde erram aasombras de Proust e P-eud... Opróprio Dalcidio Jurandlr —suem sabe? — expectador e atordo comédia, sal do romance paraa vida ou entra dá vida para oromance no melo daquele "pan-

demônio", fruto da Indiferençahumana e da serenidade divl-

Se nao me falha a memória,disseram que

"O Ateneu" e umlivro de vingança pessoal, emque Raul Pompéla exagerou otraço caricatural dos persona-gen* numa Intenção de repre-¦alia.

Nào creio que Dalcidio Juran-dir haia seguido a risca esse pro-cesso de vlndita Intelectual, mashá muilo amnrgor em-seu ro-mance. muita ironia que três-aanrif, 4 sátira, muito humor queaabe a fel, muita Insensibilidadea fiõr da pele...

Os tipos que se agitam aliconstituem uma leglán de fra-cassados, de liquidados, de huml-lhados pelu vida. A morte na-qnele melo é a '"única Beatriz,consoladora"" do verso de Quen-tal. Morrer é uma libertação,um salvo-conduto, um "lals-ser-pawer". Tudo oprime, tudo

içn» qur etn que

CREIO

que "The Family", ro-mance que recebeu ns ediçãode José Olímpio Editor, olongulsslmo e nada fellí tl-

tulo de "Isto •> um pedaço ria In-glaterra". e o primeiro livro de Nl-na Pedorova. Apesar rie estrelante.tiBo hl duvida que Nina Feriorovnae revela sutíntira e fone roman-clsta. Honinnelstn nnta. dntada rie

«-lhede

AU FOND DU COEURIm nenhum desse» versos trans-

ilibem, o encontro da vo-s apenas ils euperlínclHi

Dlr-s. "..ípln,

EURICO NOGUEIRA FRANÇA

emi'(áo doa instantes Iniciais rio¦mor t de qualidade Idêntica para¦mbns os sexos,,. Um pnsso mnls e¦ poetisa .nio noa poderia iransml-tlr, a. nís, homens, n sus nicnsngeinfcilllnlnn, Mus o poela BílUrlx flny-tini mergulha em so.ias comi.tis ^mulher » ao homem, locn as mes.mas fibras, num e noutro, e fala.poi tanto, uma lluitungem intellílvela todos nds. A si.a expressfto poell-M se ampllflra em ressonânciasriulclsslmns, f e como uma voi itconiralto vibrando no ar puro dn

Quero insistir muilo de propósito,sobrei i musleilidide do» versos deBíatrln Rcynal. O compositor bei-

•Ohinson pour ma llelle", entrtoutros, possui uma Bricioaa vlvact*dade rítmica, qu* parece requerer *notação mus!e«i:

Ire nii», JA, escreveu algumas can-

S6ea, almln lnincllta*, sobre texto* "Avei-vnus recontr* m* mil.

esse grande poeta íla ll.iu.ia frnn- Celle qu» J'»1me tant?cesn, K da mesma forma o nplnu- Est — ele eileor lussl Jolle,dido com pos II or brasileiro José Vi- Dans aon grand flthu blineelra Bnnriáo, a quem devemos ai-guiuas f-inçfies rio mais expressivo — Mie rtansall hier. sur li pl»(valor e de vivo Inlme-se. fe1'ns so- Avee des Jeunes een» ,bre poemas rir Biatrlx Reynsl. ni On lul Irouve beaucoup d* grKrealtlade. vários poemas de AU Kl ries yeux ravissanta.FOND DU COEUR nsnharlam emwr «iibllnlindoa pela m.islem — Portilt-eH* sa robt roa»

"Chove nos campos de Cachoeira"abafa, Até as forçai cegai doconceito naturalista: o amor ea (orne, a água e o fogo.

Ncs.se mundo sem horlsontetodos vivem ou antes morremna tortura (ia esperança, comocondenados que aguardam em-balde a comutação da pena.

Os minutos sao longos comovelórios" para maior cxplaçaodos miseráveis, A terra e o céurepresentam uma vasta conspl-raçüo contra ludo e contra to-dos.

Cachoeira é esse centro de uni-verso Ingrato. E' a cittá dolente,onde até *'os candieiros da ruaardem como tédios". Em neuacampos nao vicejam flores comonus prados da Holanda, maa"caem os desejos como borbo-letas mortas".

A desolação da terra é a de-solaçâo do homem. Alfredo, com¦eu caroclnho de tucuma mara-«llhoso .espécie de vara de con-dão dns lados — e esse caroclnhcfaz-de-conta foi o que o salvou— é uma criança cheia de ln-qulctação e de devaneios, so-pilando cotn cidades montadase longas viagens, mas criança m-feliz, a indagar de si mesma tiocomeço da vida o mistério dtseu pai ser branco e sua mãepreta, o que lhe chumba k almaao mesmo tempo de vergonha,vexame.* e remorsos.

Eutnnáziu, Irmão de Alfredo,uma criatura desgraçada, "cheia

de covas no passado", e, peorainda, criara "um monstro psi-cológlco que o devorava lenta-mente"'. Tudo "sc comurcia e desabava dentro dele" seus dese-jos não se realizavam, "apodre-ciam", apodreciam como ele,moral e fisicamente.

D. Amélia, mãe de Alfredo,nascera sob a maldição de Cam,tinha, as màos de carvão, como

Ò aeu primeiro poema — "O Canto do Despertar", mostra* noi •"egoísta", o "orgulhoso", cile mo*:

O' meu I>eus, por que foi que riel-[imt*

Tanlo tempo em alltncln dormirEsta Inrl» » slhranle gargantaQu* eate bradis arahou de ferir?!

Piasemoa à sua lirlcn, fita é poi-la em foco primeiramente, em ar-roubos rie .Imaginação, no ardorosapoema — "Contemplando o Sol fn-

Reparets estas mlrofea, que cm siresumem toda uma paisagem, denós Iurina conhecida

Mata eis que lá na curva sal do maio,Sussurrando eomo um passarinho,A meiga llnta rie geirtfl regato,Banhando es seiina rin fellt caminhe.

C pouco raan, mai náo multo ea-ftrelloi

Atravessá-lo è «obre pedem soltaiQue formam ponte nesse raio 1*110

Mai nio nns d elen ha mos, liga-moi adlinte: pois tudo é bei* neste

Iremns rer agora o armai, o hra-do arriorowi daquele que é homem,

Praier rim Deuses!

Vl-lu di rastros r

MACHADO COELHOapareceu cm sonho ao filho (so-nho freudiano i, mas a alma cracheia dc uma "ternura enxuta"que

"dominava í sossegava".Tinha lambem "um riso lnesque-cível, um riso com os dentesbonitos de sua boca de preta".aquele de d. Carmo., do velhoMachado, "rir de dentro, lãosimples, tão fracol"

Major Alberto, pai de Alfre-do, Ja não era essa figura sen-Umeutal, com o poder de atraire aconchegar. "A recusa era-lhe uma virtude tão espont-a-nea como libertadora." Amavaos catálogos e outras manias.Tinha uma erudição de salada.E enervava a gente com umpsíu!, psíu, irritante como unicacoeto.

As outras figuras, maiores oumenores, afinam pelo mesmo dl-apasão. Sempre ríriiulas e gro-tescas, a se recriminarem, a *equeixarem, a se odiarem, quan-do não misturando os sentlmen-tos mais opostos deste mundocom a mesma bcatlfica indlfe-rença, E' d. Euonlna, em suadupla função cie arrumadelra defestas e zeladora tia Igreja*, ôí-ganlzando o Carnaval e dirigiu-do a Semana Santa, preparan-dn como ninguém uma noiva ecomo ninguém enfeitando umdefunto. E' a velha Dejanlra,língua de trepo, se anunciandode longe com o arrastar o chlne-los para catar a conversa dos ou-tros. E' o juiz dr. Campos mer-gulhado em cerveja e rabiscai-,-do uma artigo sobre o teatro ¦a Igreja, porque

"só em presen-ça do Vicio t que se pode escre-ver sobre a Virtude". E' o ve-]ho Leão. slneiro, com "a carados dobres a finados". "Surdo,

pouco ae importava que oa alnoi

Invadissem as casas, matasse;mais depressa vm doentes e arioe-cesse os sãos", E' o boticárioRibeirão, em cujos "remédioshavia mais sililis que nos pacl-entes", E' Guarlbão, "com o arde cartório e de eterno ofen-dido". E' Bltn, "que teve setenoivos como Branca de Neve se-te anões'" E' Raquel com "sua

estima oblíqua" e a amizadecheia de perspectivai". Enfim.( toda aquela humanidade...

Sente-se no romance Inteironm ar escnrnlnho que se apo-dera das pessoas e das coisas,como se aquela gente fosse dttodo má c aquela natureza rietodo Indiferente, O romancistaé para com tudo s com todoauma alma quase seca de piedadee de carinho, de quem raramen-te escorre o "leite da bondadehumana",

E" certo que o perfil de Maii-alva, a cegutnha, brotou da penade Dalcidio Jurandlr, ou ameise evolou de sua memorl», ni-m-bario de ternura e de ürlsmu:

"A vida vai secando no seuorpo, . pe;

olhos mortos. E'uma sobra rie mulher, finiuha •branca, andando em casa, seembalando, rezando. Seus pes,sua* mãos parecem flutuar. To-da ela parece andar suspensa,melo diluída no silêncio... Te-:ndesessete anos Marialva, Nin-guem sabe. Tudo nela envelhe-ceu, tomou uma cor de gesso. aomesmo tempo de infância per-dida, de silêncio,.. Seus dedosdesfiam sonhos e sombras, te-cem, numa imaginário tear, eer-toa mundos misteriosos que elamesma desconhece e ao on seuadedos sabem e lecem talvez paraos seus olhos mortos".

Essa ternura, esse lirismo, en-tretanto, server é para aliviar ai

' Minhail bem mlnhai! para min(¦srr In rio.

Torcendo •• braços, anelante a eol'~

O* céu!,,, Depois, na desmaiada[alcotri,

A luz fflsosa de fatal ranriela,Dos f mui oi linho" ¦"- 1~*'"

De ALVARENGA GOUVÊA

rnaive I teia .O curioso é que neata folha e II-

tm eatà Inultlludo em pedaço, nõ*por oh» do ícaan, ne riedui longapria rasgar da folha, maa por umaatto refreadora creio, da moral,nãn será? Acho que altn... e per*gunto: que diria ralei últlmna ver-

ma eolsa rie novidade so lerle* ealagrande reunlio de encanta ment oinum pequeno reunir de poesias.

Vejimes "Tadlfi". um poema es-crlln etn nletandrtno fe forma deCastro Alie), sem eesura, consli-tu indo-ne aialm df Irei* lilibai.

O poeta sonha...

... Nio mais a carne podre, o re*(paaln llin erro!

NSo mala a carne fria rio negro ee*[ml terio

N» qual a Mesaallna conspurca a[Mocidade! ..

Nào maii, i Dem benigno: não[mili, lenrio piedade!

E este rie i i puio lirismo:

Morrerá* multo Jovem, confirmo.Como a forma de um loi transitório;Viveria entretanto, comigo,Numa folha brilhante da História!

Silo oa aeu» vIWh roudnrelrai prinilrm d oi rimos, pelo alem da vida;é ¦ "Glória" almejada...

Deixarei rie voa falar sobre umdoi mui mala beloa poemas: "Vln-de a mim!,., vinde a mim. A rostosvlrgena", pira que poaiali ter algu-

Meu Deus. eu quero alguém, que[tale de pertinho,

— O rosto no meu rnaln, — que fale

Aflanle rnmo a hrlia. daa roaa* roa[frágil mia.

E um que de vlngtndade. um perfue dr Infância

Que me cante talvei, por i

Daquella qne e*te mundo borrou-me[na memiirU.

Daquelas qur a »ov6 narrava a teu*(netinhoi

Vem lançar-lhe a h*n<De umn granel* » luhllme palia*!E veria que de flores, — ardente.Num io minuto, — num lé — bre-

[tar**.

Avie dl longi ruhanat A verdade •Elle portsit ss rnbe rol* mellitit q ulida.Omiveru ae val.nla. ÍSio"!'l

fn'.,,Ia ivllt unt bêlle ebalne, por Issn esses ;

Et ii croix tout en or; Hder,iin,in:Ti,.,-,.le lemblait ítre la reine te*-»" -r^n:-T.-.

Du rustlqu» décor. w « .'Slorlínm

Ohl dlies-lul qu* mon eoeur[plsure.l Au roND n

Que Je 1'atletids toujours, realmente n r¦ voiidrals la vnlr k toute heure. poesia N*nti'ii

Dan» aea plui beiux itours." mais afertarin •

"?«S

Bente-se a presen;» da mii-lrano» belos versos de Biatrlx RaynalAntes de Artur Bosmm» e de Jos*Vieira Brandüo, um músico Traneí-s,Loiivruv, escreveu alguma» melodias»nbr* testoa da Ilustre poetiss. Mas•asas ueça. que m' nas.saram nelasmios. eram Hmplei raivmatns.¦em a menor llgaçlo emotiva com

cores da tragédia dessa vida '»-nada, que pclqulre assim um re-levo romovente, impressionante,

O mistério de Clara é outrocapitulo de alta comoção. Cia-ra morreu á flor das águas comoOlélla e talvez ela mesma (ossouma Ofélia selvagem. Morta,continuou viva na Imaginaçãoamorosa de Alfredo. E Alíredosonhou:"Clara, com os pis n'ámia cu-mo ral7.es e pelo corpo mi as [ru-tas nasciam já maduras, ama-rellnhas. Mutueis, mangas ba-curís, taperebás. Era só eslcn-dr o braço, Quanto mais seapanhava frula do corpo de Cia-

Pobre Clara, "andava sempreespalhando o seu riso", amavaas águas e as águas a mataram,aí mesmas "águas que lhe fa-riam mais alegre e mais doi-

Henri Massls. definindo o ver-dadelro romancista, acentuou: "11est tourné vers le riehors. vrrs1'aspect réel, humaln, social, des*tres et des choses. Cnmmp ilInvente sans se soueler du styie,son latigagc doit étre direrte, nattirel. tout en mouvement: 11montre, 11 fait vwir".

Pois bem. è essa exatamente alinguagem de Dalcidio Jurandlr— direta, natural, em movi-mento. O virtuns* literário, como senso apurado ria graça, damedida, da harmonia e da bele-ia, deve parecer-lhe ridículo.

Esisa. a razão por que "Chove

nos campos rie Cachoeira" è. an-tea de mais nada. um livro malescrito, no sentido de forma *estilo . Dalcidio Jurandlr comohomem dé letras não é um ar-tlsta, náo é esteta — ê uma na-turezi, é um temperamento. Elenuo premedita, nào slsterr-ti/a.não ¦ determina, Tudo que lhebrota da pena saí como desaba-fo, força Inconlldfl. impulso, vi-bração. Por isso mesmo, haven-

Um livro: SANGUE DA ALVORADAA beira do fofío, atentos e quiell-

[nho»-Jmíoilnhn e Marlqulnha. , A Gala

[Borralheira...O Principe Encantado... A Velha

[Feiticeira...

Oi dilaa terios quete poema, aio dr uma »lm pile Ida riet de uma npiraçio gigante, aio anselos de uns "dedos eor de neve*',"lábios llrlala d* angelical riul-enr..." e rales vfiw deaejoi de umaalma condoída pela mocidade queie mala em noites de Pr incuto

O último canto 1 mnla uma aftr-macio do sru lirismo, denomina-ae— "E" tempo"; nio aenrio rapai dodlirr-voa em prosa s que o poetarm magníficos reraoa desrrere, mal*uma in e lermlmiulo. dnu-lhe apalavra: (duas quadra* fomente,desta» melodiosas Ireie).

O meu seio, bem como a da lerra,Que parerr tin morta e tio fria,Itm mtslérlo rie lorçaa ene rira,l'm prodígio dr tida e energia.

vem sobretudo, da itmplicldsde, ommelhor, da quase humildade romque nos sio transmitido* torios oaIncidentes. A autora nio fiz preps-rsçio de espécie alguma, nem »*•quer se di to trabalho rie armA( oambiente para o acontecimento quevai atingir seu "clímax", neste ounaquele capitulo. Nio. Ela simples-mente vai contando, como se dt-aenrolasse o fio d» própria viris, lu-rio aquilo que constituiu i exlsténria rie uma família durante unspoucos anos,

A família originária ria Rússia,era composta de cinco membros.Nos velhos tempos desfrutava rieconforto, conhecera dias de esplen-dor na Rússia elitista, A revoluçãons atlrira para iquele pedaço dtterra, e rie numeroaos que eram.apenas restavam cinco: ¦ avó, amie, a filh». e dois sobrinhos, pri-moa entre si. A vida apresentava-se par» caria um deles sob diferenteaspecto. Para a avA. ji próxima aodescanso final, ela era encarad» co-mo um problema de ordem rellglo-aa e filosófica. uma filosofia ciequem por multo ter sofrido habitua-ra-se a nio mala se espantar comcoisa alguma, a nceltir tudo, tantoo bom como n mau, com o serenoconformismo rie quem sabe o h-re-medlível da triste rondiçAo huma-

A mie — sobre et.Jos ombrospesava a responsabilidade ma-terlnl da casa — nflo podiaperder tanpji com abstrações em

O ROMANCE DE NINA FEDOROVA illia existência ilnfto vendo-a na fl-gura de insuportável tragédia?Tragédia para. as suas amb.V vessempre contrariada» • InsaUsiei-ta», para aa poucas possibilidadesde qualquer futuro mnla esperan-(uso, A doce e suave Lida — »única para q.iem o amor se flserapresente e absorvente — era «isuspiros t sonhos, anseios e am-biçfles. O casamento era a sua am-blçio, o noivo — tfto distante — aatia raaio de ser. Resta o garotoDlmss. o perpetuo devotado, atra.-veasando a idade dns revelaçfles, dis-posto a se entregar de corpo e ai-ma o objeto dos seus Imediatos In*aej» o microscópio dc. professorOhemov, mala tard». sejn, final-mente, a eompmhli ri» tra, Parissh.

EDGARD CAVALHEIRO- eu- que ctinmamo» o tipo do ideal

planeta erae deainte

um propósttn lemA-lo numa risa ri

S*r»f liam .« cv Mna tintei o» sln.a vliln ae re- es.Sn lfnEe fie nn. .if

ria Inglaterra"fia. a anirít-llsri.. rt-.tiiin.-l(lr> |

dos iifilíü,-,.-. ,pin. a hlatftrl.

refllli

m min com fnrnet-

(ta Lady Durapa!

vinte«ndo.».

re. (.'.irim e-pr, fnnillh ,le eic1tni1«» m.tnrto r|i>ntfric» • pnlltten,

tuda* aa ram» « idvde», deitaria. família. O professor Cbarnov

do longos rietaür rmance, ele nio * ¦havendo crta pa.s.-.-T-é um descritivo Ve-r, rImposto pelo tr...:-Vem a pauaseir. i -

.alhe ¦ [II!a cm particular 'vldunl se convetr:pressão, dolorosageravel expressãona.

Vemos, eiitan. o =

nagens se llie aproldào. Quandocarinhosamente, ¦

apapar. encessos de i

uma pipecip de r-y-n-:figuração"' Ancelamente fell7". R'--'i-,,,.i

Puro Raul Por

Cest nous qui som-*

a penai a apresento an Barul porIntermédio deste Jornal; a crítica équr teri dr drduilr de tal.

Todavia, severa critica, Irnhalirm ment* um dos vnmsos princípiosfundamentais: a jiiallca. r nio aparcialidade por idéias ou enrola» ..

Se me avancei nas citações, qua-¦e que todo n livra [?), foi devido kminha espana*o de moço. que emtrago» unes, aorveu lada a arte quea flua deite poeta que é OsvaldoSoarei da CO nha,

Lede-o, lede-o, t Julgai-o, eaiu

N. — Se acam a que escrevi foraproveitado pelo vossa jornal, faça-me um favor, na» escreva lodo a

tena» Alvarenga Gou-agradeço dupíamenlr.

Ari de Alvarenga Gouvta — BeloHoriaonte. Ili de setembro de 1941— Avenida Brasil n> MIS.

K* aqui que ele conclama ¦ mnci-dade para a Glória, -« deusa do»homens, que elet nunca deixaram

IHarutoemo-lo... n tal é neces-*irl«. Eate «en "egniamo" é-Ih«propicia e a no» fel um bem, pnl»riá-no» enm lal »enliminlo verso»memoráveis., e digno» de qualquerpena,

Saltemoi as vlnle i tréi primeiras

ai nharieca, a toda», um aaeoc&e

piglna» drste mostrilírle 'mailn»

belo» versos, nio poder». po( (».lquedar-se diante de «liuma birrt,ra que lhe Impnnha a snciediJi aa critica Injil-tal. e irreir-ns. frtila» suas e»lrnfe» — -p,ilarr» »

Mocot' a vida rsval-ae. s .íris pu*Come a» velas rie eers d* Jlf-'

:tem?i.Moço»! erguei »em merjn i «m

Bebei enquanto é tempn!

Hah! Ilah!.,, Deixai r.rar ts*¦ tlTl|lJ«

Eles nfln behem mais ,e«se. btndtil»Porque acabou-se n virti"'

Bntal de lado a crui enreredtli!rada de vó» Inrii * tusiinie lirijMoçesl nesceate» onleni par» i «»Largai ao velho a mnrtr:

Maços, a rida esvais*, a >li>7«»Com» aa velas rie rm rie ilt-l

Moços! erguei aem iw* » ,M*

BebH enquanto í tempe!

Nio pude evitar a ir»"'cr1i-ifi J»te» lio brloa r eserlalivr» nrW,aio de uma forma clara • intui-!'»e rie uma Idéia fantàntlr». ¦¦«»¦¦

O Urro * todo rnniri.i.lr. ntrt»açlo entusiasta, vibranir t emíl"1,

nai • digna dt piM.-i* I *«**

deillcarla » fte! rt'.ii"<r-'- ¦ " '" "^

.. Na opItiISrt rtnDnrntes S um |i» hlisca itesesiiei"dn, ela. mnls

«on u outra* • «apoiam 411* mu ria. Outra figura "du

mai^hüm^ (üonclue ua pagli.s I

Page 7: J.,^-;-,; f,,*:-,,.!,,,,».,,,,,,, ;,,;,,.,,,.,,,memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00224.pdf · xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até o ar. Antônio Carlos foi

fl n «~^, rnweiwonri * "• «^ '''''.¦',';;¦¦¦¦.",,,,«.-,,-.,.,;,

I em M>> «" Itowrta

CIRANDA(7„r,'« Ramalhete

nt, il- i-mirii".. v«*rl.lium 1'iniiiurro

romance eiperado !

A*>Müi«*^¦TltRPRIüTAÇAO rio panna-

,' rMerlor e superficial, nio¦,-,, ir anedota, Quando de-

nn esflíncis profunda, pode

,;1 a Historia, no primeiroi,-se rio indivíduo e ris sua

¦ie nu «eaimdo, da viria, na¦icilfi irresistível a caminhoi.i Aouelti nno nos liiteres-it, iimnrirmos ns dlílculda-riscos ria Intela, e da últi-

tccimenio (]tie hoje celebra-

émrni, tem uma face volta-n Eternidade Sobre toao»» nrotileclmeutos do pretlí-¦criador pode moldar a m*s-ihnio. Ássfni nós losr*Me-prlr esse dever de supremaiam cnm ns primeiros pre-[o nrnsil. t de amor íis duna

i. nu,

aos pri-inldo aoolclo la-

ropclirio, larga.dura rias velasa mui rie Crls-

v.ilarrSes os doisi kcsIo rie ofrr-le sacrifício do

DOM CASMURRO i

TENDÊNCIASPágina 7

tempo, Duarte Pacheco, n nulor doEsmeraM», o técnico de To ides Ilhas,o explorador dos rios da Alrici, olierol de Coehlm. que em breve ha-via de merecer o cognome dt Aqui-le* lusitano.

Piram homens feitos na escola domar e das «uerras ds África, duros,fortes. frARuelros, curtidos pelovento rias batalhas, acostumados aliberdade tio rtlrer r a disciplina naaefto, Capam d* prorhmar emeOrtes ou nos conselhos reais a suslivre opinião com rieaassombro, oRei, para tudo que Importava *honra e a grandeza rie portnasl, ti-nha-os na mio. eomo um feixe devaras contundentes, prontas * vi-hrnr e a ferir, Nenhum deles aerta«apaz dr desobedecer a uma voe, <temnndo. que nao fosse a de liiBlr aoinimigo, Com homens assim podiamarrostar-se aoa nialorea perigos. Cn-bral, r- -i que (aturamirai ....nhentos homens que Inm na arm-t.ds. so um tremia. Rra o en.pl lio-mor. E esse rte sesflpa , .

Ns mnnlift de H de março, a ar-ma.1« visitou as CsnArlas. A sota-vento ria O rü-Canária e de T,fe, al! onde nio sopram os al.do oerriesie, relidos pele» emln*n-

Finde1 dia

r*cfin ft - Csbo Verde Na-propiciaria pelos

ausaoos. laru <¦ tranqüila enlre to-das. n que os espanhóis chamnvnmdo Gotfn deu I)»ma«. puseram ritodias A 12 de março. » em obelien-rl» as Itiíirtiçflrt dn r.ama. ma>e-mi tlca tn ente avistavam S. Meohu.tiuasl nn centro rio arquipélago, Nodia 21. deram pela falta duma riasnftus: a rie Vasco rie Atavrie. As res-tantes orçaram nara o norte d bus-ea: dispararam iiercos e camelos, al-ternaram rie bordo, rol tudo emvio. Talves eom atr.ua ah-rta, a n*unumlra-se no peno. Comeu-a nmar, na frase eimresslva ri» época.

Ia TnSílrn-Msritlm». tno raia um dos maré-i romn ttm voto supre-do capitfio da Níu Ca-

Ora aqui chegando, e ns secjuíivria do re:ato. Pero Vaz de Canil-nha o cronista da vlacem st* Por-

yuan r ao ponto de csqundrla, nfloporie tnchar-se rie excessivo o erro.Bem pelo rontrArlo. Nenhum nave-

Íante doutra nação lograria naque-

i ípora sproxtmaçflo maior. R )*a um ilustre historiador porltiRiiís,Henrique Lopes de Mendonça, aque-le eíleulo mereceu entusiásticos en»

Mas aeora — comenlnremos nOs— st Pedro Alvares Cabral e osseus pilotos tinham nüo so a con-ciência unftnlme rio afastamentoda frota para oesle, mas ate eva-Reravam o respectivo cálculo, e setanto Caminha como o cosmíittra-to mestre .loflo, em suas epístolasdirigidas fie Porto Scruio ao rei,nAo deixam trnnslurfr o menor in-rticlo rie rontrarlerladc eom aque-te falo. nflo só cal por lerra a hi-petese duma arribaria Ir

» )iela' fnl 1

1os Outrasivencem (io proo.i-

de Cabral a pm-tn Seguro, o traindooe TorrirF.lias, celebrado mire Por-tur*,il e Castols. dividia o Allà-ill-o

1*2USo que

I4B8

1 - 11 - 1941

ria menlo paraPests sorte o conciencinso calculodos pilotos. Implícito nn carta ri<*Caminha, confirma a tranqüila sn-brleriatle da sua frase: "E assim se-(tulnios nosso caminho por este mar

rie e conduzia ü imobilidade e h su-flr-lcnt-la rtrKlíl-

Nao Ignoramos que a expansão dsCilotancinrie ocidental obedeceu emBrande parte, » necísslrtndos een-n^mlra»; e .pir eh visava o trftlirridireto com o Oriente, a uuc ns mus»¦utmnnos se opunham, Mas hsvinque elevar rt.se impul-n riu .->lmplr>r»necessidade material i* categoria -iasIrlolr.fi e dos .sriiHuietilfis; -lar-lbeambiente e possibilidade espiritual,Um olsstflculo se opunha, nfto obs-tnnie, h expansflo da Crlstnndnde nnplaiietn: tt espécie de rilvdrrln queexisllti durante umn mande parle daIdade Media entre o homem r aNatureza Esse, no seu conjunto, erao maior dos problemas que a IdadeMé-lia Ictiou aos Tempos Modernos.

A 5 rrnnclsci) dc Assis e aos seuscompanheiros ne deve a transforma-çflo daquele ambiente Inlbltrtrlo HAmnilo que vimos defendendo a lês*

* o írnnr.iscanwTin foi nouih aque1-ítltiirm.-r-lfiiirici:Plr-No de nriênclns esplrltiittls

n expansflo rcoíi-A-

a :nndo arqulpê/ago de Cabo Ve

cie. e arbitrava an primeiro riessesdois países a parte nue ficava s ori-eni- daquela divisória Seja-nns 11-rito por rnnsequêncin cxrranhm-que o monarca portiiRtiés, tfto ciosoem matéria rie expansão e sobera-nla, nacional, nSo se moslrassccuriosa rie saber se alcuma terratnals lhe rabis dentro riesse espadoleòrlco. Mais extranhavel se noaafigura esta suposta Inércia, quan-

ceMnnj;rnfo. -a quarto, parte" domundo. O e.vinnto sobe de ponto,nuando tios lembramos rie que C*as-par Cíirt* Real nartia pars octdeu-te.. »o mesmo tempo que Cabral, aexplorar ns terras setentrionais rioNovo-Mundo, á sombra do apoio rrias expres»ss rioarftrs reais Como<•' !»o d-í.uifio^n em nromtrvr a

ta das Inaias. ali, nnde a sua posl-

saiiclaíAn nmlga e oferta propicia-ton a,

Ao dia seRUlnte, fUstlRnds pelosstiestes, a, armada remontou a cos-ta e velo afirmar-se em Porto Re-curo. Aquela semana Idílica cie con-vi vio entre os naulis rio VelhoMur.ílo r nr. fllhnr, lti'iími'i.» tio No-vo, rie cerimonias religiosas e atosri- pnsr.c oficial slio por demais oi-nherldrts pela encanUflora r;\i tde Camlnlui. pftcln-i Murada rie

çflo qua(lcscntranliar da descri-

çflo, aquela parte es.srnrlal ond-perpassa o esnii-lto duma raça eriumn eptica, e que prende, cnnieila;o Ideal, As c-oerançu rio Pas-

23 d abril.

a primeira'i Vnz de Caminha.

.¦. rrtí-

iltals o" CaultAo-mòro piloto Arnn-.n Lniw."onriar o porto. O pi-

norlinnís - Albino ri- Scti-i Cruz- ciMili» a pri':'i't!-a Inrlativi d.ipiiHIca-rto ria -HisITia :U r-olonl-

Pio Franrlsco de Ar .rs c os seusconlinuadores ¦ e rt> e (, trai;.,

Ordem aiirorílirtiram o licnicmluntniiicnle ria divindade e da oa-Ulresa Cristo, on pr-cacãn rios

quiosa de os nrotecer e ns consolar:r a Vlmem, culo custo riifiinrilram eexaltaram, a MSe Miserleorrilosa rioshnmens. Cnm o culto riq MeninoJesus e a lil urgia en-antadora riopresé-.io. rrea-rào rio Santo df As-«is. o franctfcinitmo rotitribuiu po-de-c^amen'e uara evitar o amorria criança, «mn IS cov.trò-':t*j

Atlflnilco O talento r

¦m brpico pa-s rio Oriente.

humanidadesilvcsirr. va-nanrilííacas.

Em todas aa livrariasCHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRADe Dalcidio Juraiidyr1" Prímio •!,, Coiicui-Ki Voiih).

Iintii 1'iisiiini'riiO romance esperado 1

Bucrreíros luplnlquiiis e -sa os naj-aos rias rondas, a chaplnhar da iíru»no costado d» nau e o ranger dnsaparelhas continuaram a perturbaro noturno sllinclo". rol assim, romesla grandiosa simplicidade, que pe-Ia primeira ven na hlst.írli rio mun-do, o habitante da floresta brasllel.ra recebeu a hospitalidade noa na-vlos dos heróis rios Lusíadas."

Ao dia seguinte, continuamos nrts,mandou Cabril, Bartolometi I3l»s eNlcolau coelho que fossem a terra* cem nno bar os riots iiipinlquips.depois rie os haver presenteado comcamisas novas. carapuças verme-lhas de marhihelrn e os rosários rie

«eu balbticlarte sentimento rir arte.havia rohlç*do, Hospedei por uminolt- de "erim Alvares Cabral -smrerrrriid'inl1os a lerra por dois tiosmaiores heróis ria História, IA nfodiremos de Portugal, mas ria Hu-n-1'nlriarie.

F-'ta solicitude paternal "«• «¦».mero llrialío do cspitlio-

< dia,e todos

pjints»

i deles, San-ao recolher * sua n*

i -tIoIi manrebos uni"i m.-nda (Ur ri- *--m--ití-tm em camas d- i

» e rt Caminha

. F dí-se entío

Sim, ide a toda n Hlstúri- nnn il

os mostre nn limiar ria hiatória risrnlonl;nr*v, rins nutres povos paul-nas. como emas, Oo imsldas risiniresa incr.ua e fra'-*rnidnde eis-tS, ria carta de Cnqilnlin, q*ie dedl-

a pmiar, nn» n es.vl*lfi'n deflnirlo-ra duni rtii^k-n n „ pieria-ie com-|,reenslv dum iv^rríi r, rfrato riotu-lnl^ti!-, de Pr-rti rieju-o - eílero'» teuva et brlei-s r!i terra,"rm tp| man-i-a c-ari-*n ou-, que-rendo-a aproveitar dar-fr-â rdi,„.-„-. n in-mun r-r fim. ;-o --.

F:r; H**'V.'7'I" ri' Colmbrr3

.'-irr"- rsbral. Fl". por.flllrio havia ri- sen-mils profundo qwe

ipie foram 21 dias cie abril, topaia'ciin.< sirais rie terra..." Nftorei eu s ril7.e-1o. ma< a rmlnentima romantsts que r-As em Unir

ponde ha vrr dúvidas". Assim e se-Eimrin uma das autoridades niíxi-mas tia ninlogia portuguesa, caro-

das costas, que os pautas portURiie-st-s conheciam rio mar dns Açoree.Ao dia seguinte. os marinheirosavistaram pela manh*. pequenas

los e volias fulgurantes. Antes que«urgissem an louco os morros dacosta, as anrioriiihas do mar vi-nham trazer H Armada rie Cabral aprimeira metis.-.íTCm do Brasil. E- ahoras de víscera, )A qursnrio o es-pleníor triunfal do ocaso aureolavao mar e o réu. duma gávea alta ummarinheiro Britou e um r/tro eomo-virio repetiu por iodas as níusr Ter-ra! terrs S vista para porntet Erau monte Pavoiil iiue surgia rias on-

O caráter lusíada doDescobrimento do BrasilConíeiência realizada no LiceuPortuguê:»,pelo professor Jaime Cortesão

ndo continental Como e que lorças haviam tra/ldom toralmente \%- „ frota, tfto longe da sua rota. st*mnis. E com cs- nque.a.i paracensíl Estamos emms bonicps para lfentP r\r- ivtr hipóteses, cm lemt,

lc espécie Imagi- aoatson-rrio richate: o' mero acasonmtlrt i-n occairo duma (rola arrastada por (empes-ridas árabes. No tade ou violência de corrente»: oriu rnrttiTi-nrn ve- propósito rie descobrir terras, que'im -la'a rie 156-1. ladeassem ao ocidente a rota rias

ilo depois di lar- incitas- mi o reeonherlmenlo nflelallinda o Atlântico duma terra .1* ante* descoberta,e monstros mina- pnr uma sérif tle razões de ordemárees, mlnotauros documental e lújica, eu.la exposlcsutr - que abrem aerii Imprdprta nesta rlrcunstlocla,ronln.» a rieilutlr Incllnamo-nos para que a realidade

rit* Cabral decabo Tormen-

11 Cabo das Tnrmentfls.

aniiu dl"írrb:'ll,lentO da In-

tliriu D1oe;o Dtns, qur forH

^bral =erli o primeiro por-ni em navio nortuíiiês en-nn Mar Vermelhri ate as pa-nn Meca, ali no coraefio da',.'. nnrip rrpoU=íva o corpo

?, rtn ~ín'"a; ,V,n :iP Atíli,lf'i" enrlic, mais mrJe n fririla, ™,,itV i

,,líls '"'¦"lhas. Pt-ua ,]l ,"j"' ^ 1>"r ''onscqiien-

¦itir-fT .flftl,,lvn rie rearessar

osmóffrafa português üo'ac

histírlra se esenrria. soh a íiltlmn.hiocteae. Pedro Alvares Cabral vi-nina reeonhícer uma terra nu o pro-loneameuto para o sul rjnma terrs.riija sallèneín mais oriental, a Cruatusls costas dl Paraíba e de Prr-nambttro, era conhecida, ainda emviria rie n. Jofto II. E' esta tam-bem a opintfto rio Almirante Gago

cnm s sua Inexcsdlvel eomoetínet»nSutica, num trabalho capital, pu-blicado em "A Voz de portus-al".Mas, eliminemos esta hipótese, tan-to mais quanto nSo Interessa suba-nnclalmente ao nosso tema Res-

propflsito, simples » sem conheci-menlo anterior. Acaso devido atempestade nfto e de aceitar. Ne-nhuma daa fontes a começar pelomlnurieneloso e exatíssimo Cami-nha. a menciona Resta a scRiindaexplicando do acaso: violência dascorrentes, rias "aguagens", como en-tio se rilftla. Tfto pouco semelhantehipótese é para considerar. Tnm-bem Caminha a nfto menciona.Mas nr-ut traremos ao debate umargumento novo, que supomos con-eluriente. Os pilotes d» armada, nndiMr rie Caminha, calculavam emHfifi ou 870 lí?iias o percurso entre aIlha de 5 PJirolsu e o ponto emque avistaram tem. Duarte I^eíte.Ilustre professor de ma temi tleu,comrjinnndn esse cálculo eom a» la-titules arbitrarias pelos portuguesesa 8. Nlcolau e s Porio Seguro, orumo de viagenm # o vslor linearatribuído pelos portugueses ao grauterrestre, concluí que oa pilotos rieCabral, k frente dos quais o experl-ment-irio Pero ísrolar, exageravamde S ernus e meie o afastamento dsrnf.a para oeste. Ponhamos o pro-blema em termos de eeosrafia atilai'quando Cabral aportou a Porto íe-miro. supunha-se num lojir cujascoordensclaj coincidiram hoje comas dn i-idarie Brasília, Ia na mrlndeorlricntal do Fsturio rie Mlnss Ge-rals, cf-rra da msrgem direita deEío Prarclsco. Se atentarmos nosesccaasos meios de qne entlo dia-punham os navegantes para meilrea ao chamado regimento dis lé-

houve propósito. E que um reiinlmbil e um Conselho Real. remií-fo e oe curtas vistas, confiavam r.oncasu aquilo que a mais rudimentarprudência mandava buscar adrede.Nem assim seria lícito falar rie me-

lemaslaclamcnteefeito decomplexas pars serem cies trinca dasA prlnieira-vi.it>. O acaso ocupapouco lugar na história. E' por viade regra o disfarce da nossi Igno-rfincia ou incompreensão. O ,ic:ca-brímenlo e a colou tea çfto do Brasilpelos portugueses,' formam o elo du-ma carteia cerraria de detennlnan-tes Mstra.» r f-tores histórico*;, al-guns dos niial.» de ordem e alcancetrsnscedentfs. Havia milênios queo horóscopo dss oiiçens brasileirasestava traçado nos lineamentos ge-rals rio sloco e ria expansllo huma-nn. Paliava apenas que no locareleito, nas costas ocidentais ria pe-ninfiis Ibérica, naquela esquina rioplanets. como lhe chamou AntônioNofcie, donde partem os ventos e as

eapan de dar conteúdo histórico Aspossibilidades naiurals.

O Bm-h nasseu do conílito rieduas civilizaçííes. ou melhor dimiNelvilliacfto e duma cultura: ria chi-llza-ío crista e -\» cultura islâmica,e d» revolucftn mie preoarou o trl-tinfo ria Crtstanriade sobre o Islain.üms ieisas revoluções. Juntamen-te eronómlcas e rellslosas. sociais etfrnlcas, que abrem acs homens a.*estradas meditas ria viria

Relanceemoa primeiro os caràte-res de cada uma daquelas civiliza-

Assente sobre o principio da tra-ternlrinrie universal dos homens, ocristianismo necessitava logicomen-te para realisar-se com plenitude doconhecimento universal da Huma-nidade, e. por conseqüência, dn Ter-ra. Roma, a antiga Roma, a i

mheet-mento rio orbe A vtda da Roma crista tenderia, ao contrario,a alargar a cidade ao conheclmen-io rie toda a Humanidade. Por issoa Roma crista se tornou católica,quer clisrr universal, "existindo 5mtodos os lopares e em todos os tem-nos", e lendeu para o movimento,a renovnetio e o universalismo emtodos os domínios da cultura e doestiirito.

Onosto ft Crtstanriade. frente àfrente, barreira agressiva e Int.rans-ponlvel, estava, o Islam. Religlilotipicamente semlta e oriental, Mn-dada, tido sobre o amor e a frater-nidade, mas sobre o ódio t a vio-linda cruel, terrivelmente limita-da pelo seu fatallamo Inerte, o Islã-mlsmo, ao riespreio orgulhoso peloinío-mussulmanos, vinha Juntar es-sa Impotência, em que fala Burek-hardt. para transpor os seus limitesmorais e ntcançar a totalidade espi-ritual. O Cristianismo levou ria In-vlolabllldarie ria conciíticia relialo-aa * Inviolabilidade civil e A llberda-rie dn pensamento: o Islamlsmo con-diluiu sempre ou auase sempre aodespotismo sHiiguinárlo. O Crlstin-nismo inl a fonle rio direito moderno:o Islamlsmo o espelho dns suas vio-lações. Quanto o primeiro levava aitm praemstismo generoso e unlver-

mussuimanoa do resto ua humanida-

Natureza, Para o franclscanísmc.cjillm, a NMlurcza era a Imagem *a aflrmaçâi r> Díus, conhecé-la ercveia-ia tcKnavn-se um supremo¦icvrr rr:i;lnsn.

O írancís;anismo vnn assim a

tiio qu» separava da Crísmndarie o1'lam. Com cfelio. o cristlar.imno'endílicias mais criçinjls e fecun-rias o contraste violento com o U-Iam. caracteriza rin pen riespotL'mnleocrftuco, o ratailsmo passivo, o ar-tl-nalurnllsmo. que desconhece a es-cultura e a pintura, a Interioriza-çfto da mulher na familia e na sc-ciedade c. finalmente. a r.uerrncontra cs infleis.

Talvez, em nenhum nutro pais, olrairiscanl-mo encontrajt; um ecotfto profundo e exercesse tíio vastaInfluencia como em Portugal. Oamor da Natureza estava )a no ge-nio -ia Rrtçrt. prendla-sf. porventu-tn. í.s suas nnccstrali-iades cíiticas.Colccsdos fi beira do Ocesm. oaportugueses crearain uma culturanílltlcn nova, que preparou a es-p-*n.-*>n da cristandn.de nn torin nmundo, contribuindo assim com umelemento essencial pari a denotario Itlam e para grande revolu-ltorc!i-rrosn. econômica e térmica mieIa abalar o Mundo.

¦ frnnclscano. isto é, do la-to reliçlnso enlre es homens e s \i-ture?.n, deu unidade fi Terra » AH-imanldadc - fo: o primeiro arou-to dn nova -Ivttr-j-i-flo. O Brn?il es-lava fi Mia rie..-- maravilhosa e*Wm cstr-a-la da unilicaçSo terres-

Eis o serrerio a a causa essencialdo seu descobri mem o e formae&opcruitmesH. nesen tendi -lo ê comopretender explicar o matiz das fio-ros e ti •-¦¦istfi dos frutos, abstraindodas raízes e da selva profunda.

Aqui entramos no coraçfirj rin nos-so tema, E depors rie enunciar nsfatores longínquos, mas essenciaisc perdura veis. dn descobrimento dnBrasil, iremos descobrir no efeito oelnal dessas causas. A nosso ver.

iRlism t-vistflolista, exnltBçSo sublime duma reli-giflo rie fraternidade humana, nuefl?ora pela voz e açâO dos portu-giteses, unia no mesmo amplexo oscontinentes e as raças, a Terra e nHumanidade, esse espirito ansiosorie conhecimento, juntamente expe-rliiientalists e religioso, enamoradorie Deus e ria Natureza, essa sede dsImpério sublimado pela Fé — eis oque caracteriza os Lusíadas, e riou-ra Ji rium-i luz transcendente odescobrimento do Brasil.

Vol lemos a cena e aos atores.Eles ali estío na madrugada de 33-'- abril em face da lerra maravilho-> selva que ifrlgernr ns fronrienondas E se as andorinhas do Martinham levado a primeira e grado-sa saudação da lerra brasileira ftfrota rie Cabral, essa enviava Ni-cnlau Soellio, um rins heróis Imor-tnls rins Lusíadas, a saudar a Ter-ra. Mas. nesse dia, porepie o Marnuebravn com btaveza Junto a cos-ta as rclaçoses entre ariventirtoa

e aliorlíencí, entre portugueses etupinlquins, limitaram-se à troca de

: e conctsío de um etr.ójra -

. cuidamos vé-ios no convés naco^itSma & lui cas tociiaü, na

ys r.ü'-. com os beiços de bai.xo

issos brancos rie rompridam

Sent.Ufa i „«,.

i :los a pi-fftea e cavaleiro?, o ttigante pálidorecebe eni audiência solene os doistupiniquins,

Aquela pompa, aqueles homensestranhos e de barbas, vestidos deseda.1, e armados de espadas, nãoImpressionaram os babitmtüs darbresta, "Kom íezerRm nenhumamrnçam de coriezla nem de [alaran capitam, *em a ninguém" decln-ra Caminha com simplicidade. Ape-nas um dos aborígenes, mais e-ípan-alvo. olhou o colnr de ouro do oi-mirante e "começou daçenar coma mafto pera a terá", como dizendo

colarCuldou-íe sem fundamento que

nos que Ja havia ouro e tambempista, pois centos semelhantes riestirpreia motivou aa homem di ida-Oe cin pedra a vista rít um castiçal.

Cn herdeiro.» ria cultura grpço-1-t-Una, qur viviam naqusli ípoca u.'.iadns horas mais gloriosns, contem-plnvam com surpresa os excmnla-rts do homem pú do parniso bfbll-

eriucr-dos no pudor

les fi. crenç\ do sobrenatural, <islei-, e * obcrii:':icta hierárquica, da-qusles ou tres homens mis e livres,era ln;om?nsm*ave]. Encontravam-«e na nin d; Cabral os exemplareshumanos de duas idades seriaradispor milênios: e nesse encontro as-sombrorn do cristão mm o antropo-(Rio. o msls agitado de emoção nüoer.i o enfadado habitante ria selva,pila primeira vez pesto a bordo deum navio, ft luz dos brandões, napresença rios heróis lusitanos,..

Entfo, sempre na presença deCabral, ofereceram-lhes pSo e pei-xc, fartes, mei e ligos secos, de quenfio quiseram comer quase nada talguma cousa, se a provavam, lan-cavam-na logo fora Trouxeram-lhevinho, rie que nfio gostaiam; depois,ijus de bordo. .14 =alc,brs, com que«penas enxaguaram a boca, nau-sen dos. Viu um deles umas contasbrancas de rosário, pediu por ace-nos que lhas dessem, e quando ateve. colocou-as com InvlaUdsde iu-fantil no pescoço e depois as enro-lou no braço, acabando por devol-ví-lss. Tinham s volubilidade pue-ril, e como duas crianças, fitigadasde tíriio e sono. por fim se deitaramrie costa na alcail.a. s dormir. .. Orespeito por tanta inocência deviadominüi- aqueles grandes homens,ao contemplarem a Imagem vft do«eu orgulho a tra vis da Impasslbl-lidade rniidlrta rios habitantes dafloresta. O almirante mandou co-locar coxins debaixo rias eubeçasdos dois aborígenes e cobrir-lhes anudez com um manto, depois, apa-caram-se ai tochas, n capllfto-mnrrecolheu * câmara, a comitiva ciis-persou-se pnra deixar dormir o so-bo da inocência aos doli infantil

rnrSo parDio-ro D

t, tomirrin-ris pf'as mios: e:avam e riam. e andavammulto beoi an som ria eaiti. Ivoltas ligeiras, andando no r

-. rie dansarem. fez-lhes ali r

Forto Sesuro t»o solicitamente ara-rlnharam os aborlgne», esta alegrecamaradagem de Dioso Dias e dos

''* FlT^clr

r-.-.y.C'^ ¦:

::.-- óolcis. CS-

raça-, riifuíi e Ir-n-iS.-ia

settí cnnipanh*irBs Inspira vam-se apa roce-m-s ac^d» I

nue scmrrf cnrarlenzaram as |ior- .f.iprrmi: it;.----. :tugueses. Est» era o seu prím"iro Ia umn r-pa do*pvrmovimento, o Impulso natural, narn urdir a rua]reaçflo esnedflcante lusitana prrsn- crnlcs rie Cil Vscrrtte cs povos ex-.ranhos. naquela ho- Fra a ve? do liumilrlrri Ideal e isenta, em que o drama 1'm a crf-.ri^ lu::*terrível e [alai da Incompreensão da n quadro. ^ permútua entre a» du?-, raças, separa- riores'n ro-i-.-i. Fridas por milealOri rte cultura, nflo Ia dos Magcs o ri:havia começado a desenrola- oa do Sul. guli des ni:seus episôflos. sangrentos e b:u- no ceu e em estros

ET-,1 a v-- ria Estm-

tolfi;i dois

trlnulantes bíl-lavam, ns aguada cie S. Br-,z. co-tios negros da África do Sul; comobailava c*,ll Vicente, nnanrto no pn-çn ria Ribeira renresentav» os s»usautos pemnte a Cftrte — uns e ou*tros euerretros coetas e marinhn-ros. ébrios ria aletrl* serrada dumarac\ oue stin?f o apojeu d» suaerlaçlo auase divina Outros tem-nos viriam, e cerlo, nus p.q-ula po-liiíca de t^lerinria e c-mnrí-*i-*loaíavel ser* a mesma flne vai inwl-ra- o regimento i*r»an*jeH:'o, ds N'«Rre:üa. n regimento joar*n" obTnomí rie Sousa, as leis ile D. Sc-hastlâo, e-carn'r finalmente, nrs«miras tuntamente -"e epc-*la ' <••r.tt\"\r>i\i. rHlm h"*-1**--s •» i ri'.'1A--hle'?',

fim. outros tempos vieram, sa-bemo-lo teícü. Veio a eirrevIdSo

voador "da

sul; veio a r.hda nc-ir»drs Palrares. Veio, enílm, a fsta-lidade d?s rela-ies econômicas erio- ccn.'!i*.rs entre conceitos ds vi-ria dlsp-s^o.-- que se resolverem '?m-pre, e a çuerr» atual — al ri» nós!- n esr-i con firmei-do, am choques

afíusle oue se anelirla ds mal> rtvl-Iíf^-Io, íi eondiçSo da besta feri.

Sim. veio tudo Isso. Mas Irl? &Mstórla do» outros povos calonTr-dores, des es'-anb6i'. noi l*nrjírl-i-ndine' de clvtlliaçSo tâo rica, riaqual ficaram npenas as ruínas ei-santesces da arquitetura mígeliU-ca: dos incleses, ns Amírlca rio Ncr-te, de cujos primitivos Inclas r7*s-iam hoje alguns esessos ex:mo!a-res rie museu; mi dos holandesesnue cheparam, por decreto da Com-panhla des Indiis ori-ntpls, * mas-«acr*r toda a ponulieSn duma Ilha,cu a devastar as florestas Inteirasdoutra, para obter a melhoria ri-xlmo um monoortllo. Ide, eompjral,mio rie obra eu restrlmlr ao mi-pesai na balançi da justiça hlsto-rica e dltel-me depois quil, de en-tre os povos ce-lonlMdorei. foi omsls humano a tolerante,

Ou anles, eotno todos aqui. porfas ou por nelas, somos um poucosuspeitos, uns em relação aos ou-tros, demos a mlavri a um dosmaiores uenios da filosofia modernae di filosofia de todos os tempos,aquele que esereveu "A Filosofiaria Historia", considerada seRundoa sua própria expressífi, como oproiressa da conelêncla da UBertía-de, a Hegel. e ele vos dir*. depoisde ferer a ponderada comparaçüoque eu voa pedia e com aquele pio-peslto transcendente, estas pala-vras definitivas que deveriam flgu-rar. para honra rie portugueses e debrasileiros, no anteroato dos com-peneüoa de "História do Brasil"-"Os portugueses foram mais hu-manos que oa holandeses, os espn-nhóla • m tnglessi, Pot essa rsifco

trr-s R-:* bUgoi

p-;tstade relirrloía marcai»¦le sina! que rift a certoss o sabor ria Eternidade e

¦ rens feres humai-s

os coloncs, os donatário?, os gover-r.cdores, cs r^u'as. os guerreiro.; aua nlssirmfirrc-r?. e começou, tomouviiltc, düs.cu-s? ram admirávelPt-rsíverí!-*-! c rii:iti*v,ii:'-ir;e. a rbra

ipugnlltcs pnra o sul. p.iT.i o nertçe para o oeste.

Mas a.TCiri — dir-r.i?-â uo seu fo-

e['p|ro< aq-it "p:r.-e:',!r=

r -Alto al1.[3*r,de o nlvnrecer úo segundo sC-tii'u rli Brasil, a história cDmeça aser outra. Elo os bandelnntes qutriçrrubflm a imuaiha arüficlosa deTordesllhas e -levam o Braül numsni-to ícice ati acs seus limitesalueis'". E' v-,rii*r>! L?v>! 1 nci

arrasto dn apoloíètlcn heróica en-trsva pala seara alheia.

Os bandeirantes! As jornadas liascannas da monçâoi As entradas lio-míricíí! A figura legendária doGovernTailor de EsmeraIrtasl Quefastos! E que heróis! E1 certo, fo-ram eles. Mas aqui poderíamos res-liondcr qne algumas das figuras ca-pitais dentre os bandeirantes foramportugueses. Portugueses, GabrielSoares de Souza o bandeirante, daBaia e rie S. Francisco, o autorinegualavel do Tratado Descrlptlvn:português, D- Francisco de Souza,aquele que. na frnse de Taunay,iniciou a "devassa metódica dos ser-toes": português, e de SSo Miguelde Beja. Antônio Raposo Tavares, omais extraordinário de todas osbandeirantes, qu;. entre 1G49'B 1051,partindo cie Sfto Paulo e passandodos afluentes terminais do Paraguaisos do Madeira, velo descer o c.iir-(o do Amazonas ate Ourupi. e pe-rsnte cujo inaudito feito se curvou

te da llr.eim e da eloqüência, o Pa-dre Antônio Vieira.

(Concluí na paE, 111

Page 8: J.,^-;-,; f,,*:-,,.!,,,,».,,,,,,, ;,,;,,.,,,.,,,memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00224.pdf · xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até o ar. Antônio Carlos foi

¦¦'¦-¦* ¦.¦¦i!i.-..,,.rS5>..-i-.-í' -r-.-r.-»-

.'ltfiòf. rfc aparecer !

CIRANDADe Clovis líamalhete

O romance esperado !

rágina 8

FOI ASSIM...DUM CASMUKKO

1 — 11 - lllll

Acaba rir f//ifl.y.(.f,,. r ¦CHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRADe Dalcidio

O romance

^mmm^ "-*« a-*a»-i--jsí

¦r \Z_ • HB

ir*- ^er^ns»;'•¦-)*>?• '••*•V' iflkotninlfiBSr-HSfc-anHL

^ÊrwM'<tWMl'v ,<*m '\\^N .--

A SEVIGNE DO XIX SÉCULO,i, íí*,e Afonso Lamarltnt

tutor de •¦Jocelj/n' em cuido.... \o da representação di-

lomutica da França cm Florcn-a, mas entrava çuiado pela For-una ua rida literária com as suasMeditallon, Foctlqucs". Parueieria-se ao seu nome em Iodass palestras um levíssimo ambi-n'e de rosas e violetas cerca-íi-o fa-ia-se em tomo da

teve por nclllna outro senlliiito sendo o fjfi nriil.arfe. Trionos assim parece, pasto <iuc.vezes, treina e luctolc cm i

ça t ; tia ¦

halo

ADELHI1NE GAY

SSIM fo. liuí/íl Mil.i Can. dc¦lio dc Ci

hi po-

brle-j.

flrcapino dalebres

i'tte--titirc'

EM UMA GRAVURA D,\ ÜMCA

o sua comoventerancura dr carne-

.uc o oiro dos seusbelos dava o tom maravilhoso

: uma iluminura de legenda,splandccla nos salões de Mme

etn Abbaite-aux-fíaisqiicza de Duras, nas rer-latinces" do castelo do

i-inoit da duquesa de Matllc;a a titracáo mais Irresistíveli soei ai ade literária e artísticai ffcsíoi/i-Oftií).Delfina Cay iâ cultivara romdor a voesia, dc quem era uma¦s Musas, a -'dixlème muse'\ sc-

do "fanboiirg Saint-Gern

s de Sai".! Camillc"

lin"

•i modulações rra-•'a passional linha¦ rio canto fabuio-r mal' se insinua-

incalculável bete-em que as pala-

o frescor matinalc a doçura, a lan-¦irsirno alquebra-meiras tardes do

' espiritual ela foi

> despeito.azè-la um

dc glórias. Era o poetadelicado rímador de sonoros ter-sos cm os quais se embebia o sen-timentalümo do [empo.

Diz fmbert de Satnt-Amand re-fertndti-se ao aulor de "Graticl-la", uo seu livro -filadame tle Gi-rardin": "O sr. Lamartític tor-nou-se o ídolo dos talòc* parisiarses. quando, por acaso, neles apa-recia.

"A inveja emudecia as suasplantas. Sua gloria, aunient-itíapelo afastamento - porque scç.chcva comumente no sen postodiplomático em Florcnça — nãodesperfavn protestos. Quando rirrecitava algumas dc suas poesiascom aquela voz doce c grave, queainda ndo estava tatigada pelosdebates políticos, era uma emo-

Mademolselle Delfina Gay, Quehevia impressionado o viscondede Chateaubriand, deixou no cs-pirito dc Lamarline uma vivafaúlha rubra, ao principio, pare-cendo amor, mas bem depressademonstrando ndo sc confundircom c desejo concupiccnte daposse e ser, unicamente, uma de-liciosa amizade, que, datgiun mo-do, devia lisonvear o feliz podade 1830,

O visconde Vhatcaitbriatid foim-nos generoso c mais Infeliz,porque náo só os anos lhe nôoco ti sen fiam a veleidade de tnspi-rar uma paixão cm tão encanta-

se conformou com a pureza dcsentimento que lhe votara ma-tícmotscllc Delfina. Saínt-Amatitínó-lo descreve: "O autor tíe 'Re-nc" tra uma dessas naturezasabsoluta':, rionnnadora

riesranfiamos dr. que mude mol-selle Delíina.lcve por ele mais d<que. simples amizade, e um Icrmtfinal rln seu testamento devra-no

nn fiançaEla i -Eu <

zttde do s>marthe. Eu sempregracioso c bom cununca c.oinplclamcn"Esla frieza loi a p.lução da minha vid,

uílo esperedc l,a

ndo '

ela deiSf/n

mnden

meu coração."¦it o do poeta ,i"il/írpdoíc.iíi".

q

tor' O declinoelle Delfina

uni-la ao cantor de "Jocclijn", cntiiriir rfíTí suns rcijjlrfas pflssnpcnj,por Parir, Lamarline encontrouem enm dc madame Gai. -to c-trcsolo da rua Chotscul, por Irá:

tarias'¦nela do s ;stigio.

¦ndo i

GONZAGA DUQUEO sr. Lamarline perguntou -

canta-nos .Salií.-Ai.innd — a ma'dame Gait quem tra aquele ia-par, cuja fisionomia forle e finaintmrnvti atenção r curiosidadeinvoluntárias'* Madame Gav respoitdeu.ihé: E' o sr. Emilto deCfarrlin."

Foi esse o marido de Delfina."II a trllu nu grand mcrtlc aumaii ri'une tcllc lemme pour tireautre rhose q:t'nn prínce-epoux"-

E<m'in de Glraidtn. tilho de umr-rt-iiir chamado G • ra --don. em1824 obiliiJ.tr um lugar no gibi-nete :1o visconde rie Senones. se-cretàrío rie Luiz XVIH Dai ea-meçau n mio rida pública Pro-

sun ii<itnrç:n irrequieta, o seuacato sarcástica, levaram-no para o Dantlelismo. qne camcçoicom n ¦•Hrt-.ard rlc la faurchcttc"

Pouco lempn devais fundou umlomal Intitulado "Le Votrur" rapós esse a "Slode". protegidopela d:t'i:tcta dc Bc-rg A ÍndoleInquieta, e o'irti. empreendedorade Girardm estava no seu metofavorável tinha o .-nt '"íiníifínS".

Com n "-..fnríc" Glrnrrfíu Irn-ffi-tou umn "literalnrcle A iusar/t.des campagnes" sob o titulo"Journal des eonnnlssances ./¦!-les", a f trancas nm- ano. A nai-xão por Deiftan Gay tido n esmo-receu nesse atividade- Sucessiva-mente findo-, o "Institui Açfi-

•^SSP:c< f *»*!

Wp| PP"M B\ i».

que to-r faii pr:. ¦" r . .,

Emlle Girardln em . éáàsb

11 lí e uma earica- j.-^l

tura rie Drlphlnr !;fo ^«ST ['

"^!||

O ,'ralao lounlrra ira role,,Em 1339 e'.c fizera represainesse mesmo "Françaís'1 emTeofilo Güiíricr, Vilor Hugo.gênio Sue, Gustavo FlaubDumas. Go:in't. Maquel, Saud<.acUimcvttm a tr-adiaráo dobusto rscaliíco/ rlc "oro CÍ.fcin, ot rluco (i!os de uma coidia em i crso, a "Ecole cie. Jinalislcs". Em 43, Unha cia rn

ccdin iifjíirn em três aiosdith", que foi a p-imei'a cn-de mademoisetle Raquel a ;erlinordintirie. trágica d'iq

oiivrios humanos poderão o;:; i-los, tr.c-am madame rie Grardin

a "k.i.- apetecida enlre tada<: oam:r. Chateaubriand era umdesses favorecidos da fortunague.

i ela.:nto.

. aos i.i-n

Mnln-ÍHIÍICO-

rie Carlos X-> se realizou esse crime por-i mãe de Delfina mantinha,iscrtta pobreza, austendadeina honesta educação.

admirados, desciam seramados e adorados. A esses ho-mens que ambicionam todos osprazeres, como todas ns (,/<,>¦'(,-o aparecimento dc umn moça balat poética è causa rie lamentaçõese quase de eõlca."

Lamarline, porem, ambícianan-do a riqueza pelo casamento, mo-çn ainda, amado por muitas mu-Ihcrcs. e distraindo seu cspi'1-to com freqüentes viagens, nio

Iiclphinr Gav. pnr T

da cadeira da hcla De'moço tle pequeno porteaspecto encenador, queapenas saido ria adoleetfalava pouco, urio se p

intima fainiliaridadc ro;

chegado dalgutn• qur rrtoi

parlon<ralmcnlr ri se;i 'upíirEsse moço tinha, constaos olhos fixados cm matDelllnat falava-lhe anxa: ela voltava ncgliqtseu hclo rosto para !h

" para lhe sespaldar da sua cadeira."

. Z. r dl :,-¦¦: r.i r-cT. ¦- r: cr: ¦ :¦- s\rtrerddrfcíro J(,|(, escrevia a sua a mlt"'Z"A"Z "¦¦¦ l''-rw«"ri lo.iire.aol I

¦ Emílio Ji w ;: ,„„',„„„„ |,|„„;„,Z . >•"•' "••"" •" ''"»'." n!'",rfn Z?">1 ro'" '*'"",rl narece-i pco? '.-o

Z;Z s. "«<-¦ '¦ '¦"• <•'•¦" *<¦'ir ífclc. n',1011 aalraa- f„i "«"<• " '-EU »rarla"ratlica la.tiiar- GftrcZr rafava ao "Franç,

opnsicionls- verso e num ato: -Cest '.a ttrtine deria -e du mc.ri": rio!,- anos certaque pelo produzia „ma comedia em citeia rfn que. «>n* ^ P'¦<"<!. "t-adj, Tartui30i- rios ar- tm <7|,e «itiífemoise/íc flni.rrc e com- conííiiMoro a srr:e dos seus

frondosos t-iunfos. cm quan!rm 1R30 no ^e''" rffI comrdiagra'n. a elec

>riniei-a do "Lc.íre Pansicnne da Pr esse'¦va a via- GUren- nreciosa pena dn poe¦rlalice sal- ga

"Judfh". traçava romanoiplendor dn e "Ofelas como "Margueri

cern (T fife- "" "•* /•""' Pfi-' /o"ri avec la e:nte, a Poe- '''••'"'¦¦¦

Ainda em 18J4 madame

Voltaire fabricante de meias de sedaN i de

s quecontribuvam pai- . ...

senvolvlmciito da industria daseda na Franca, c evidente queo dr Jacquard seria o primeiro

to não se deve esquecer que Vul-tairc, antes ilelc e numa ontemde idéias diferentes, fa tinha fei-to "Nítio jjcín íerlcuííura fran-cesa Todos conhecem a prodi-glosa irradiação intelectual queVai tairc cicrccn na sua epoctt,mas quantos ignoram, quasi quepor completo, o que se poderiachamar a obra material úo gran-dc filósofo.

Dc filósofo que cru. e nuncadcuou de ser. Voltaire, se !or-nou. nos últimos unos dc c:dugrande proprietário dc ler ms"doublcr" dc filantropa eclicomas dc ação e de industrial peis-

.'¦(ijj.in;eli:

Ifidf/d umlhe

loi

energia, a necessidade creadoraque moravam nele, permitiram

que enriquecesse vtna região dnsua pátria.

A Influencia de Qucsiiay c dosa, ¦'.-.'lin.

Jura e fundou um importantedomínio agrícola,

Havia falta tie mão de obra.Fcrnc</ contara apenas kjij cm-oitenta mil habitantes. Mas lu-do resolvia' Chamou famílias In-letras de trabalhadores, na maio-ria protestantes. Crcou fábricasdc relógios e manufaturas dc te-cidos àc seda. "A cultura da ler-ra, escreveu no dicionário filo-sóftco, è uma verdadeira manu-fatura: e preciso, para que fio-resça. que o empreendedor sejarico". O.! rnplííí,! *irio lhe falia-ram. Alem de uma boa fortunaque ulilisava com a sua mateavele habitual habilidade, naquelemomento cm ótimas relaçõescom a corte, c não sc constran-ge dc rccon-er a esse alto auxt-lio. Os seus amigos eram as maisalias e influentes personalidadesdo reino. Voltaire conhecia a ar-te de agradai r. nâo temia de stservir dela.

Fabricou meias de seda. fiasprecisava vende-las. Para esvender com resultado, lembrou-sc de interessar alguns nomes tíevrestigio pelos seus produtos. E

meias a Du Barri/ e.

.,. „.i Frn.ico. Acoimirain de lu,.-car as bases üa ciência ccono-micti. Nenhuma idéia do séculopodia ser estranha a Voltaire.Soube st apropriar magistral-

dessa e de - "-

pen IJlrfO, il.ííO (1

176(1.aldeia de Gc.r,

i Fenrata rio

scritor podia au-xilitir muito o industrial, resol-vcu procurar os clientes por meiode uma correspondência leve,eçil e brilhante graça amável epicante. Despertou, por extti-pio. a curiosidade dti senhora riu-queza tíe Choiseul pedindo, sempet,

Duas máquinas, duas épnc-iv á esn , a velha máquina de mão. Utlizatla por VulUirc; a direita, a máquina moderna

cerimônia, que lhe enviasse umpé tíe sapato.

"Um pe de sapato?

Porque, um pé só? E a duquezalhe ofereceu, logo, um par % aproposta Benlii deu lugar a ga-lantcodora corta que se segue,escrita a 26 tíe julho de 1769:Anacréou de qui le slyleEst souvent un peu íaníHlerDit dans un certain vaudevü.e,Soit á Daphnè, soit á Bathyils,Qu'il vourirait ête son soulier,Je révère la Gréce antique.Mais ce complimem poetiqueParait celui d'un cordonnier,

Para mim. senhora, que soutão velho quanto Anacreonte(Voltaire tinha, então, setenta eseis anosi confesso que amo maisa vossa cabeça e o vosso cora-ção do que ctó vossos pes, por ml-núscules que sejam: Ar.acreon-teria querido beijar os vossos pésnus e eu lambem: mas dou pre-ferèiicla a vossa bela alma.

Vós sois. Senhora, o contrariodas damas comuns: concerteistudo de uma vez mais do quevos pedem: desdo apenas um dosvosso sapatos, é o bastante paraum velho ermltão e vo.s dignaisde me oferecei- duls. Um só. se-nhoia. um só. Os romances queI ratam da questão só se referema um sapato e notai que Ana-creonte diz: "Eu queria ser o tensapato", e não os tetis sapatos.Tende pois a bondade. Senhora,de me mandar um e, em srçul-da, saberels porque.

A duqueza. não resta dúvida,deferiu, imediatamente, o mis te-rioso pedido, pois, a 14 rie agostoVoltaire acusava o recebimentodo sapato. Dias depois, 4 de se-

nin. par de metas dc seda c Ihtescrevia, mais uma vez, nestestermos, com um senso de pitbH-cidade requintado e invejável'.

Senhora, perdão pela extremaliberdade; mas como soube queMonsenhor vonso esposo orjrani-sa uma colônia nas neves da ml-nha visinhança. achei de meudever vos demonstrar, a ambos,o que o nosso clima, que passacomo sendo o ria Sibéria sete me-ses por ano, pode produzir deutll.

Foram os meus versos A sedaque me deram o necessário parafazer estas meias: foram ns ml-nhas mãos que trabalharam nnsim fabricação em minha casa,enm ò filho de Coin.',; são as nrl-meiras melns fellns nn i-ealão. fnr„Wr -., ,„¦(,

Dliual-voi u&a-liu, Senhora, manual não ti

JUVENAL GALENO(Q precursor da poesia nacionalista no Brasil

| OI Macauley quem, entreoutros, lembrava que a poe-sla popular é patrimônio

lie, realizar a mais difícil das

Juvenal Galeno, que convi-vcu nesta capital com Gonçal-.'es Dias, Alencar e Casi.níro, aporta do livreiro Paula

ÁLVARO UOMIt.l l«

Fer. Gravura da época

uma lin.ca vez; mostrai as vos-sas peruas a quem qulzerdes, esi náo confessarem que a minhaseda é mais (orle e mais bela doque a da Piove.iça e da Jtaliarenuncio ao oficio; dal-as. depois,a uma das vossas servidoras, du-raião um ano.

E' preciso que Monsenhor vos-.so esposo saiba bem que não hápais. por ricspiolepldo que sojapela natureza, de que não se pos-sa tirar parlido.Je me méis á vos pieds, J'al sur

[eux des dlsseíns;Je le.ç pite liumblenic.it de

InVaccordcr la wne les snvolr loges dans ses maii-

lies de soleQu'au milieu des primas |c (or-

[mal dc mes mains.SI lí Fontalne a dit: "Décliaus-

" [sons ce que

'Jaime",J'ose prendre un plus noble soln:Mais je vandrals bien micux |'cu

[Jur.e pnr inol-mêmeiVous contcmpler de prós que

Ique vous chausses de lln.Veieis. Senhora, que tomei a

medida exala de vosso sapato.Não fui feilo para contemplarnem o,; vossos olhos nem os vos-sos pés. mas sinto-me orgulhosode vos apresentar a seda das ml-nhas terras.

iVrio e de espantar que Vollat-re. o divino Voltaire, tenha ta-baleado metas com as suas mãos,A evoca o empclla Luiz XVI, orei Luiz XVI, alguns anos depois.¦irio mandou com amor e mães-(''.<• a& rudes ferramentas rfc ser-rtilhelro'1 Antes mesmo ria Revo-Iwán nivelar as rltisics e trans-

n trabalho

que mprei lu:brasileira, e especialmente deMachado dc Assis, Pinheiro Cha-sas. Fernandes Pinheiro. F. Cas-tilho. Araripe Júnior e FranklinTàvora, uma exata classificaçãocomo pioneiro da poesia popularem nossa pátria; havendo con-quistado merecido renome cn-tre as populações nordestinas:realizou, também, na vida priva-da o milagre da bemaventuran-ça Ponde viver, sem cortejar ospoderosos Cumpriu o seu "Con-[rato Social", vivendo longe domundo e das mentiras canven-clonais da sociedade,

O poeta floresceu numa épocaem que o indiaulsmo c o condo-reírlsiuo, no romance e na poe-sla, eram escolas prec.omii.an»tes. Saiu. todavia, das dlretri-zes vulgares para tra ver unernule, na observação quotidianados pequenos dramas rio prole-tarlado: grafando a llnguanemprópria usada pelo povo. Seuslivros — "Lendas e Canções Vo-pula ros", "Cenas Populares". "Ll-ra Cearense", '•Canções da esco-

do como aviltante. Mas é preci-so meditar nos argumentos de-scnvolvtdas pelo patriarca deFerrieg, fabricante e vcnd"<!orpara vatortsar a sua produção!Não esquecia de cousa alguma.Nem a finura da matéria primaq".e controlara pessoalmente rui-rfníido rin criação do bicho p'o-dulor. Nem a qualidade do pio-tinto, cuia /íi!>ncí.ctii:> rcníiírircitm pessoa Nem a solidez para aqual assegura a duração de umano São provas do interesse quededicava oo próprio esforce e aofuturo dt uma Industria a que.

lal» cuiisiíera- 4 inegável, deu tnormt impulso.

la". refletindo a vida laboriosado pequeno criador, do escruodos lançadores, passadores, va-queiras, j angariei ros. etc. constl-luiram amostras originais, mag-nlficas de unia obra que iria ser*vir de paradigma a muitos ou-tros escritores e versejadores dopovo, entre os quais sobresae ho-Je. com brilho, a arte naciona-lista de Catullo Cearense,

Satisfeito o seu sonho de pu-bllcídítde, com a edição dos doisprimeiros livros; vendo o seu no-me cada ve? mais lembrado pelaturba de cantadores t violeiros,que então percorriam os sertõesnordestinos, o vate não se dei-xou embriagar pelo triumpho.não caiu na boêmia intelectual,como os seus emulos Teixeira rieMelo. Almeida Braga. LaurindoRebelo, Bruno Seabra é outros.

Uma curiosa passagem de suavida merece destacado resisto

E' o caso que enquanto o poe-ta, de 20 anos feitos, permanecianesta capital, empenhado em dara público o seu primeiro livro"Prelúdios"'.

nascia no torrãocearence a pequenina Maria, 'ho-]e veneranda anciã, sua amadaconsorte, (Ulia de um abastadofazendeiro de sua vizinhança, ocomendador José Cabral

Participando o auspiciosoacontecimento ao pai de JuvenalGaleno, fê-lo o progenilor dacriança, mais ou menos nestestermos: "Comunico ao presadoamigo, sr. costa, e Silva, o nas-cimento da Inocente Maria, queserá, provavelmente, a futura es-posa dé seu amado filho Juve-

E o vaticínlo haveria de rnm-prii-se, 20 anos depois. Justlfl-cando, a valor, n refrão popular:Casamento r mortalha",

Constituindo familia, retirou-se Galeno, por muito anos, daatividade literária, Indo habitara fértil leilão serrana que lheloi berro «ai remetia eapacada-mente an orRào conservador dacapital - "a Coiistltut-ão" -chlstiwoí rodapés, sob o pseudo-nlmo dt-"Sllvaimi".

:etideiro de .

família exctual rie Sra

chla-o rie siinp,los deserdadosque sofrem asEra simpático .vadora: andou,na vanguarda

Transparecemsuas canções ¦

made, e pela ámHa dias. lendo.

lho Sargento", cper. pensei no 3no meio em quevida como o ia:

de escola primafavor, nos laressinhança. as suide naliirnlldade

O nosso niaxllar, o Be ranger

milia, bem menlhe prestam asfilhas, d ras HeGaleno, fundadona o no Rio. '¦esnci'".:*-"'^1'';,-

Síafofo" "A;';'í''fo•'>'*¦'

cálcio . qur n bn.i. co.*-' „.rii))linii,it1i-n rie a:v,t-;.i 1"CI ..%

centioi de Arte * Cuituf»-

r a'di I

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CIRANDADc Clotii» Ilamalhele

O romance esperado 1

DOM CASMURRO Para Você Página 9

11 - 1911

Em toda» as livrariasCHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRADe Dalcidio Juranúyr

O romance esperado 1

PIE LEVE "QÜ-™.1L«0 PAPAGAIO DOS ATURESA grande causa dos pequenos

¦ olinilllll

, em exibiçiio nn "Metro" da Cinelanrtla,"Men nf Inj-s loivn". Figura em cartas

tiSD filmo, stiquciu-in ile nutri), cnm n mcainn titulo nqnímpos, como Hc liraeos abertos".a mellinr, parn orientação de quem ae Interessa peloi tt j-inein educativo, ainda pensa tm primeiro flliue,nrinl/ailo lambem ti litulo cm missa lingua. Enfim...

is todos irmãos", cumpre acentuar, há nma breve re-i-iinclrns temptis dn Instituto tle Omaha', qiiandn o

l'laii:tKHi! lançara as bases du sua sonharia "cidade

enterneci menlo que a com pau lia mos, neste nnvo filme,iv. 1'du-arrl Flanai:'»., representado, cnmo da primeiracr 'Irncy, que nele tem ainda, uma das suas malorei

ii reaiiarece no papel dc Whitney Marsh, o inimitável, No intervalo dos otlls filmes Mie key Rnoney. assimMarsh, tamlirm cresceu .uni mocinho. V,' um »l»s melhores elementos d» Ins-

iilrão de pliirla.uln pelos mãos suaves do rcv. Flanagan. ete demolia-

i-nraier iinvii, i|tie ficará permanente...tor" a quem iodos rcdcni, li' n "redator" do jornal-nto _ eficiente, dinâmico, insubstituível. E* o "facto-

mie ¦ilmpalh com tal prestljfio, que ao próprio Reitor

i que

,,m indo ti filmeou cranilc após

intlclo, rralmttll

i fundação de a si Ins

infellí Whitney Marsh, In-se contra um ctileea que *>

janela H.i Instituto . E, nessetire a tocante raridade de uma

Flanagan, cm tudo,., Usa aress jirorcssos pedagógicos com flue

r.i ambiente.,.humanitárias, que apren-¦obrem qne ele já fora fl-

ii cadeira elétrica,lã ,\ prova ..n passado nao dcstrol «

nâo ser utópico o ideal dei noção de deveres e direi-

> ile Maria Mon-tal mente famosa.

'Casa tia criança

nntessori ainda, maravf-•anosr.ifi.ii tambem des-i mundo diferente, cheia

I iiitln*. o problema da infância nhrtndonada e delin-"tido um crande cuidado, embora, como se observe.niliem iiiir lá como vemos em: Somos tudo» írmSos",nrcessitaiiiVi d.* fiscall^tão riK-.rosa e de fecha-

¦usarão lin enlre muitos e tntiltos outros, organlr.a-•orno' n "Bovi tnwn" do rcv. Flanagan, podendo ser¦noorr-ttivo tle Alderson", na Virgínia, anexo a uma

millir.r. .,,.nh„i, i,ur ,rn, dado o, „,r,r.„rr.Ó nãn há inuito. o demonstrava a conhecida so-

' ninni i-emirtasem publicai.» na Argentina.

„„r,ii,'lrn « Mm." («I fund.to m IM» P«

cooperativo irem saldo muitas funcionárias, multas

Tem*1 mencionarto aqui o: "l.ar-Escola" do Tesas.

i'ih,'= de iiieslimavels serviços e organizado por Edna

ral.,„Plr

"fitlridc de Ment

c Ilu 1*1

Potirn aves, poderio gsbnr-st rteuma popularidade Ino mande comoo napmalo. ti.se bicho Irrequieto tp»ir»dor que, na escnln zoblôitcsatende pelo nome rie — piltarm.N6s, «mil. pelo iul, nfto conhece-mns bem s hlsiórln e n camsrsda-tem encsníador» do» papagaios

A geiile dn norte, porém, nAo des-pre** s comijanhl» smavel e ine-veicule tias malUcus. E lAn Intimat » correspondência nue se esta-belece entre elns e it famílias quesü adotam, nue, por lei natural descllmaçAo. rie hábitos e costumes,passam s calenorln tie pessoas dacaia, com regalias Imaginável»

Coiiia-s* que no tempo em queBelém e Manaus nadavam no ouronegro colhido nas seringueiras, um

rico proprieiArio de seringais, aotransferir-se daquele El-Dorado parno Psraiso. deixou ranosvel impor-tànel» e prédio excelente para umfelinardo papflítaio que o acampa-ntinrs nos últimos anos ria existiu-Cl». O caso nilo provoca surpresanem merece dúvirins porque * a mai*eslretis cnmarsdsatm d* gent» nor-tlsts para rom rsses ngresiidí* dn-mestiço*,. Em troca d* h-lmlda-ieque eles ofereccn-. ;nm sus lntf.ll-l*iicls viva e hnü-ante. dSe-lhesateio familiar e hospitalidade lo>»-javel

plllo corllsts q-ie oÃo possuísse pn'*rea»lo Cr tu» ;cn:» nm O; dcl»"Iniirnv ne» quais il «pen <¦*.*,¦ to.°oscs r.u.r.o* r atenç&et Justa em aprrtcrencln Porque pelis própriastrmesruras. pelo dialeto i,'t"rn!o.pela palepaKBli

OSWALDO ORICO

Indígenas na America, NAo fica, po-rem, nesse episódio lendária, o si-tlüslnio desuno do pspngilo, A la-ma dos luti nu enche de páginas cs-fuslsiites o livro dn nosso folclore.

- fai.it*

. NAo

AS

"pequenas" nflo teem.rfiMliiiriiír. moítro pora Ksentirem infcrlorizadas...

Perisando em lhes ser agrada-veis, criadores dc modelos, com-binam com o tipo de lecido. eii-tando os grandes desenhos, pre-ferindo umas tantas linhas emforma que atoariam; usando, en-fim, de uma infinidade dc re-n.rso.T de costura, que so aos mo-lyneui, I.etong. Schiparellt _ ar-íísías consumados foi dado pot-suiretn.

Este modelo que ora ofereço, li-curou nos salões Dicktus and Ja-nes, cm Londres. Segundo a le-aenda obedece ao gênero alfaia-te. Tem a saia em tecido dc ;rt,leciiío Uso para combinar com ocasaco em quadriculado, nn qualse repete a cor do tecido liso nofundo. Em marinha è sempremais distinto e pratico. Presta-se para variar com blitsinhas emque predomine o vermelho mis-tarado com br-aitco e rcuí — cotit-bftioçao rírijíicn e hoje significa-tira.

periooso.. . ain-it linha... Estào

legenda. Serrlrà para jovens •aquelas oue depait do termo queBalinc, num dia de bom humor.rlruiVIroii i,da conservansempre cm for

Depois, na América do Norte,em Lond*es, a Moda serve a to-dos os gostos, todos os tlpo.s iidades... As mulheres intcllgtn-tes e habilidosas a Moda servnIgualmente, embora não sejamricos, (jracas a esse recurso...

Finalizando: o modelo que ornffou ficará muito elegante, igual-¦lente, em tecido de Unho, o que

será de c

fSuion) ¦— Para o rerao ítre-mas este ano.

'llndoi "maillots"em seda artificial. Caros, natu-ralmetite Continuam gosando detodos os favores, as variedadesde calças, essas calças de que asmulheres fatem atualmente umtrafe de suprema elegância e fi-

im elegantes quantia elas "são..

MADO.

ildade. Conversava com os donos ri»essa, dava-lhes conselhos, rerebln "

çfies. cantava, ressvn. brlgav»... N¦ei se ainda hoje, cnm s febre (fonografos. o papas»lo íoss dos pri-vilégtc* e das simpatias s qur failajüs, o sen espirito anil e travesso, pe-Ias irreverências e stirprems rie Miarauserle. cheia de argumentos des-eoncertanies. Se o rttldo do grsmo-tone lhe destruiu o presilKlo e lhecassou o mandato no meio das fs-millss rto'norte. ¦ pena. Desapareceeom o papnualo uma das mais pu-ris e Interessantes irsdlçíies dsriça.

Sim. porque o nosso pais teve shonra de sei chamado, em temposque iâ vAo longe, anles rio apeli-do definitivo — lerr» dos pspsE>Íos,

Era a.sslm que ns viajante» r cio-lilslas nlesiavnin sua ruisl-hict» comcerta propriedade silas. Das centea qutiorze espécies capituladas naAmérica rio Sul. setenta e sel.s voamaltf-remciue por todas as partes dasub-regtAo brasileira O papagaio ebem uni símbolo de nossa evolucAohistórica, desrie c batismo » for-maç-lo e desenvnlclinento.

Foi. em verdade. ¦ um simplespapagaio que os Inpis-guaranis de-veram sua dclinlilva localuac^o n»América do Sul. E Isso vem de um»lenda extremamente curiosa. Se-«lindo s lenda, em tempos remo-tos. o» dois ÍrmSos Tupi e Guaranieram as estirpes ris» duas divisõesétnicas que tomaram esses nomes.Cada um deles possuis uma mulheirie gênio atrabiliário e brtg&c. Ain-bas disputavam a posse do mesmopapasaio. E. como diante de lal de-manda nao havia meio de viveremem pai. concordaram os .dois irmãosem viver separados, ca min lis ndo otiipi para o norte e mudando-st uguarani para o sul.

Eis ai. num simples dessidlo I»-mlliar em tomo de um papagaio, adivertida explicado das mlgraçúes

¦ Lar-Escola" teremos,mcntaçãn completa,rá para nõs, segundo

conciliar as disposições rte línlo de artista*»» leis que, nos Estados Inldos, ninguém rtes-abalhn de menores.. ,

Um reali/ado entre nós? Será menos notável? Menoaic o ile imlrii*i iiai-cs americanos?

iniiilo cfurcii e .ilmes-ncáo cir hrnsllclros dr escól, ijue(".¦iiiinVm no inoiiiiiiato ie nãn tento destacar para

¦in (,i!tn>, ciiipenliados, apenas, cm colaborar numa¦ depende a felicidade Rcrsl.escolas, recolhimentos, abrltns. patronatos, hospitais,

i|ire Miiiertiitiiilos. com tini movimento enorme e, mui*»pcitntlo pelo, qne maldizem a mendicância impertl-

:i iiirliiilcniiii dns morros; exlgein, a todo o instante,ns, maiores sacrificios dos seus dirigentes.

rins. liá a mesma ânsia pnr demonstrar um firáu ele-ra pelo cuidado atribuído à infância desprotegida e

.1RECEITAS

' V ItlHMttCMI MMtom»MUOOVt/eSTA UM ANA?

..Eu que deiiel V. )A«luraitanico, pot lon d O mol,

lofrando mil mortlfioi...( «IM Mrrlvsl o ei do uri co I

contrabalançando sen movimentores". que a tndn o visitante encanta.

está etn pratica o sistema "Casas-

os de vinte e trinta crianças eom

lelual, modelada segundo o plano da "ColA-» Ain*

i-antasens, a de proporcionai' aos Internados-larem em familia .. E, quanto não vale isso?. ,.

scrvlcn social de que tanto carecia n Brasil ai está. Dec enrece, apenas de uni esforço rolitinitado, de grandM

n |n-ri[in7Ír iTsiill.idiis cnmo o qne demonstra, repreien-i!'»sn rins Eslailos 1'nldos, o "Instituto Omaha".

EDITH MAGARINOS TORRES

fnnlessnrl r* autora de grandes abras, As mais coriliccltías

URODonni

SUGESTÕES

i de "flakiV*. ilr ((neroso malz. bíiidite seasltldi.», qut tem r.. por hnjí. hj,u (to llierailc* condi-luliniida tam mt- i.nt-rU Sn retaliai,¦ liioii a FotiaiiKU JtASNB

PS INFORMANDO> ', ictiinda lui-rnitiin * ™m«i iíitifo .te tem falado, ultima-eesmM*in»™e« mente a respeito do leite em tra-rim* dorm r »«i- temeiitos de beleza. Insistindomi, «t, «renas rA- (rnitjcrerereí, por hofe. algumas'¦"a"

romí™íó"íi*- receitas tiradas de conceituada, m-n!t*r at espi- Cíüísfo JWrfcrtílO.

- Num litro rte * * *m. irr Kvado isti Vm dos reniutctij vegetais mais.Ta" Iiíi("ne"iiii aconselhados è o que se consti-liinn t* prcterivri f"e com vegetais, leite, ovos, fru-

Enlre espie itque a paciência rie um Natierum Príncipe de Wied, de um Sr hon.burgh, de um Wsllace, e de outro»sábios litualmento curiosos, andouroleclonando nas matas seculares doRio Negro e do Uapés, quem nosd lr* que não exista um loiiglnaunlaiamneto daquele exemplai rie quenos laia Humboldt e que selmor-tallaoii romo o cronista de uma ra-ça? Povo de agrlcullorea, empre-

boa índole, oa Aturí» sc haviam estabflecldo nas margens do Orlnocoperto da reglfio da.i cachoeiras. Um

CORRESPONDÊNCIAO caldo do límáo é excelente

para o banho, para fortificar avista, para aliviar as dores pro-duzldas por calos, para fortaleceras gengivas, para dar lustro aoscabelos, para branquear as mãos,

Quando as unhas se partem #conveniente tirar o verniz,'dequando em quando, passando va-setlne canforaaa.

Para tirar manchas de tecidosbrancos, manchas produzidas portinta, é multo aflcnz a aplicacftode água oxigenada ou de liquidoDaken.

Para limpar detidos, todo ta-peir de concolcuni, usa-sc pas-snr uma rsiionja humeclecldacom leite.

Os tapeie*! de tecido de lfl ,-flolimpos com vinagre ligeiramenteacrescido dt um pouco dàcua.

Qt AIIRAIUMIOS — O mo

dnli ovo» rompido», um poucatelis. Vai depois ,10 tnmn et¦a attnntel(»da. nnria-«e d

ttadradlnhoi. Jii-IlílcinSa 10

Ira r «o fnl liilrodiiílitn na Knropa enn* aiitrni rontltietirt-», depnli 4a de».foliaria do Nnvti Mundo. A primeiraplantmlo em letra' hr.nllelrat tel ttt-ta em 1.M1. nn (.,|,,t.it,ir, ilr sln Vlt-eil-Ir pnr Inlcl.iilva de An.i 1'linenlel. et-poaa do dimalirln — M. Aloni* de

da3 ¦nhâs.

aeriiiido delicada leníaulmclrti 1'l.itita de mllliotu mlirt o tlr Ttiliiin. no'ni <|iie n indln Abati xil

n Figueira Inll1nl,i-ie -1 not HU to (|iit fl* nleri-, a neiiia do mlllio, «nt

-, dia i s de s

da pelo» Invasorc.» que. quando o

renda (ln m',n rlcs.iiíiirecida utn |i*-pncalo Iriosn talando a língua do*naturais, mas sem ter qtiém ihl

Nrts 11V iir.,» cMiLcrnnio... (lc rpie lo-mns a lerra dos papauslos Es-les desapareceram de nossa rompaiihia. Foram substituídos por apa-relhus elelrlrns e n» lendas que rinsevocam se euiinguem na poeira dctempo. Alem rie ludo sobit-iciu a— iislllacose — e condenou sanl-lariBinente rs papagaios,

Fellümente para h recoiutiiulr;Scdas palavras n rias lendas que anl-

encontram alguns liomens quaaprenderam rom o» — ajuríia e íoit

fei!i','"s <* ns nirtiletiti.» rir- uiun rar.-t,

preüa por uma horda bArbaraos maipuréa — vindos das monnhas rie leste. Foi-lhes falai o 1contro. Perderam turio que ilnh• a iribu inteira pereceu na he

V O IL IU V IE ILMARTINS FONTES

Vnltirel, volúvel eintila tt centelha,Durante um acaundo.K comn esnr brilho, que a mim se assemelha,é tudo no inundo.

Efêmero, errante, fugact relttme,Revoa indecisoEncanta e se apaaa, lembrando o perfume,Lembrando o tor rito..,

Vol mel t a nevoa, volúvel a brumaDe tons furta coresInstarei*, incerto*, mnis vários que a phmnt,São os beija-flores.

Tais quais as fálctia* existem amantes.Alguns namoradosQue são borboletas, uuc sâo inconstante»Porem delicados..,

Volúvel t a espuma, que se nla r se irisn.Sutil r volúvelF, bem mais versátil que a abelha e que a brisa,O beijo 4 volúvel...

A AMERICAA

AMÉRICA está se redes-cobrindo. Está se conhe-cendo melhor. Esta se

achando a si mesma. Os indo-americanos já sabem o que que-rem c ]á sabem para onde vão.

A tendência pata a unidadede ação, tão reiterada e lão po-sitlvada nestes últimos tempos,por lodo* aqueles que represen-tam o pensamento das naçõesda América, dá-nos a certezade que as fronteiras políticas,sociais e econômicas que separa-vam com chlnescas muralhas oapovos lndo-amerlcanos, desapa-receráo aos poucos, para ummaior abraço, para maior com-preensão dos povos deste lado doAtlântico,

Nola-se, por todos os recantosdesta grande América, a ânsia de«cu «descobrimento, Dè-semaior atenção à arte peruana, úarte mexicana, à arte genuína-mente indo-amerleana que vivenas quebradas do Amazonas, nasribanceiras do Mlssisslpl, e emiodos os «entleros que resgam amorena terra onde aportou Co-lombo.

Procura-se a-beleza coreógràfl-ca de — El jato. dansa tiplea ar-ficntína: do perrlcon; das aan-tiatuena*. da cacha mps. nospasilsoa e demais páginas prlml-Uvas,,

A América tem tua arte pro-prla.

CARDOSO FILHO

Os problemas ria Amírica pre-cisam ser solucionados comsoluções americanas.

Os altos dirigentes das naçôeiamericana.-» comprceiiderum osentido de unidade qne deve pre-slüir às relações politicas daAmérica. Os escritores, os arls-tas, os poetas, os professoresdão-se ns mãos num verdadeiro— a preto 11 de fraternidade.

Nesta hora incerta para osdestino.» da velha Europa, -as

grandes esperanças sc voltampara a América que é a esperati-ça nova, de um novo mundo,com unia alma nova e com nmanova té. Uma nova fé na civlll-lação cuja semente vem de Boi!-var, Marli, San Martin. Barml-ento, Artlgas, Rio Branco. RuiBarbosa, Alberto Torres, Aifaro,Juarez!

Uma nova civilização que es-tenda o estandarte branco daFraternidade desde o Rio Bravoao Estreito de Magalhães.

Uma nova política americanaque suprima todas aa rjarrelrasque obstruem o acercamento detodos os povos lndo-amerlcanos.

Uma grande bandeira branca,a bandeira da Pai. a 7.000 me-tros de altura, no pico mais altoria America, na última agulha doAconcacua, pnra indicar a to-dos os filhos da América, o sim-bolo da Fraternidade I

O lef/e e«i fôrma de coalhadai excelente para a pele, tntesti-nos. Urre de toxinas.* * *

Pftrtt compfeífir o tratamentorecalcifícante i muito indicado ouso de um copo de leite frio. to-

ORAÇÃO DO FILHORVY BARBOSA

O leite ndo prejudica o fígado,nem ao estômago quando preria-mente passado num. guardanapa,Ficrt o leite, assim, livre dt gor-duras nocivas. * * .

/VtJsaT sobre o rosto com o au-.Tílfo de um pouco de algodão —lelíe- com algumas gotas tie hei-iolm. imprime-lhe Irttjeíaiíe, fres-cura e aveludado.

Consegue-se Itntiftos de íetíeflrtfdoníiitdo em des litros ddauatrês colheers de leite condensado,* *

Pm dos meios mais efleatespara conciliar o sono -consiste,nâo somente num banho ttpido.mas ainda em tomar um capo deMU morno.

WKOl,.

ESPIRITO

supremo daquele que me ensinou o sentir-0 dl-retio, e,ffi.erer a liberdade; daquele cuia presença intimorespira im mini- nas horas do dever e do perigo; aquele a

quem pertenci nas minhas ações, o merecimento da coerênciac da sinceridade; emanação da honra, da veracidade e de jus-IM, espirito severo de meu pai: imagem da bondade e da pu-teza, que vertente em minha alma n felicidade do sofrer e doperdoar, une me educaste no esfieitíct.io riíütno cío sacrifício co-raado pelo sacrifício, c.oricia do Ctíu na manhã dos ineiií dias,aceno da céu no horizonte da minha tarde, anjo de abnegaçãoe da esperança, que me sorris no sorriso de meus filhos, espi-rito sideral de minha mãe, se o,bem desabotoa alguma tie; àsuperfície agreste de minha vldat vós sois c indo do Semeador,que o seifieou, fõs ciijft euerptn me criou o rornçíio e a concièn-cia, ct.ftr .oencõo derramou a fecundídade sobre as unes de .ml-iiftn natureza!

Quando; ntt minha existência, atauma coisa posso inspirargratidão, ou simpatia, nào me tomem sendo como o fruto cm queie mitiga a' sede. t que se esquece Vós, autores benignas dotncu ser. vós sois a árvore dndivosa cujos benefícios sobmtitigmno recuitíiecimeuío que não murcha.

Page 10: J.,^-;-,; f,,*:-,,.!,,,,».,,,,,,, ;,,;,,.,,,.,,,memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00224.pdf · xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até o ar. Antônio Carlos foi

r;,.iI.,.,,,.;rfl...r,,;a-C.ia,-..,r:-.,V...,..,i.a.,..-,, ,.|,,.r,,,,.,,,,,,.,,|..,,..-- "T-e.a..srpjirjlipij,.,, I,,.«W,1 »-^...j.^ll".¦¦'(>.II-IHI-üllf^™?

/vVrí /nf/rij, t7« livrarias

CIRANDADe Clorix lítiniallulc

O romance esperneio !

Página 10 DOAI CASMUIUÍO ,

HOJE TEM ESPETÁCULOEm Ititltin im /;,¦,.,„-

CHOVI* NOS i-amk,,DK CACIIOEIR."41

De Ihilciílin l,,,,,,,,.

1 — 11 — 11)11

A A SEMANA TEATRAL"SINFONIA INACABADA", COMÉDIA MUSICAL DE A, CASONA, PELA

COMPANHIA DULCINA-ODILON, NO TEATRO REGINAr,„ !,„„, a.,la„l„ t, roliaeraeeile, JQAO PLÁCIDO "'"'".,' ,r|,,,r,„. Ar„i,i,a,a ir, ,la

(iiierais c h«-manha r Há-

rSSBfteir&tií.K; .^a'--.,... **^»»*#M^W^»i****»»"ae*M*a*^igag^g

i//;i r *ij[MH ^^^^^rBW^ ^H

..-.>.„/» bH| r,í^' \ jflH ~jhIí J

,<., ' ... \ ^V*' • • ""*':'--,3aL*« : i

•-% ? • • «Iv --—. » *-

GINGER

Geo. Murphy %d,JP^Alan Marshal

° ^" * *Burgess Meredith ^t

Grn/i. fíoc Sinedià Jornd t-VoC.t- /Pe

2-FEIRA PL AZ A

¦iiuilo, preacupaçãt,ue, não lendo mindain (i estudar

lum'ruiu, ... no 11,Mas, imitando

nstílue, quando i rie pagar, porem f

está longe (Ic mcri-rfireclame com que .-.r* pul,lli,-l... Ora. fi„'i|..arte um gula. de um y.n

do o esforço despendia:dia fazer revive sutxftitr uo tubtad». Subltimn

qualidades dc rf<miri\galã'' Fni rjflrn noi umrte.. Infelizmente deee;

mpenho ria peça ¦

acentuario espeta-

a peça,

"SEUS IRES AMORES", E' UMA C0MF.DIA-0RI-GII,!ALíS5IMA, "ESTRELADA" pela querida

GINGER ROGERS lido da obra,

™ "™"™"™"~~~ lilTí^BJilililIi-IKiliRiIlIllUJ l,llBrll|||'inMIIJ'l'i

abont"tre-M/r-;

ipe' aprei lhe i valido.

o publico

suas peças, o quet há dc sempre vso acolhimento qutunia dispensar-lhe.

Chegamos aqui exatamente aum jionto que desejamos c.sclare-cer Há por ai o hábito de dizerque a tendência rio publica, prin-cipalmenle depois que o cinema-tógrafo apresentou grandes apc>-feiçoamentos, è a de abandonar oteatro: dc fato. essa tendeu ciasc tem manifestada nos últimostempos e há dc continuar a ma-nifcslar-se sempre que o teatro,em face da concorrência que seestabeleceu, niío cuííicr (íe si comríifiís esmera. Pesadas a frio

rimforrada i

,,'.,- iodo a gentt-efe-

i lado do público. Porquerm quanlo o cinema tudo faz para nos dc,r uma produção eadire: mais limpa C aperfeiçoada, cteatro, è dominado, com frequencia, pelos vaidosos c incompetentes artísticas, procurando atratio publico com reclames mentira,sas c exageradas para espetáculo:verdadeiramente repulsivos. t

- fatal. Todatenta

co mio lhe falta com o seu apoio.Dc um modo geral, c esse o fenõ-menn que se vem observando.

As atividades artísticas daCompanhia Dulcina-Odilon com-provam a verdade (Io acerto. Aí-piem (fia .(ri se viu essa Compa-tj,i.íi. às moscas, como vemos, porexemplo, com as representaçõesdit Companhia Oficial da TeatroGinástico'' Não Por que? Por-

anta-li; Mr ngtíi

bltco. dando-lhe• bem • atadas i que

>. pilhéria, o dinhel-ro do governo dolorosamente es-banfada em experiências Infan-tis que o público sistciiatiramcn-te se recusa n Icuar a sério. Nãof, nolc-se. uma questão Úe elen-co: o elenco do Teatro Regina,no seu conjunto, nâo è melhordo que o do Teatro Ginástico,Toda a diferença estã no critê-rio da dicção.

Voltemos porem, d "SinfoniaInacabada" que é a novidade dasemana. A peça foi-nos trazidadc Buenos Aires onde Odilon dcAzevedo a viu representada, con-cebendo, a seguir, o desejo deverle-la para o nosso idiama, nointuito dc Incorpora-la ao seu re-pcrtvrio, e desempenhando elemesmo, o papel de Sçhubcrt, narepresentação. Não se pode negarque sc trata de uma peça parugrande espetáculo, dados os gas-tos da montagem. Mas c igual-mente indubilavcl que a obra

VjlICíi iNiíe tcartaz, porquanto sc pro-

cessa e decorre num ritmo assásvagaroso para o gosto da nossaplatéia. Dela se pode dizer que éuma história rie amor contadacm câmara lenta, tais os tuciden-tes qne líic. retardam o andamen-to n.onnal da ação. Acrescente-sea isso o tardio aparecft.ie.iio, etnceiiri, dc Dulcina. que só dá o aide sua graça r dc sua deliciosafeminilidade, do meio rio segundonio cm diante.., Esse falo deixaa platéia um pouco decepciona-da, pois evidentemente, ela gos-taria mais de ver essa atriz, doprincipio ao fim, o que è natural,verificado u encanto que produztia sala o seu simples apaiccimen-

Há ainda outro motivo íe esseimportante) para explicar a fríe-za com que o público recebeu apeça de Casaria, desde a noite daestrela: a circunstância dr ser acomediu a reprodução de umahistória assás conhecida. — a vi-da amorosa dc Franz Sçhubcrtque o cinema divulgou num dosfilmes de maior sucesso destesúltimos íír; anos. Ora, o públiconada tem de novo a ver na peça,porque jà sabe de antemão doque sc traia. A "surpresa e a no-intitule" que sempre, constituíram

> teatro, elementos funda-i dc t

parração nào cxlstei

: o público eufa tendência

SEGUNDA GRANDE SEMANA

&^05í*fcKTE

KUHlD0s IQesja'e*pol-

garat* o mundo em"<2oui osSmçasdi>erios*\/tkdois- anos...

KÂqom recurgmmos Hies-Mtas carne-terisaçoes, mar

Hutyia kis-foriaainda Mais j I

eMApolgame.,

E^^^^HrrflH^BfluvePi ^Éhp^mI* * w#^' ^» si§sI ¦H.i^EM-ãjMP'' iVyf nLi * **-* T Já»iv^3wFvÊbn^Bh& MmB^^KãÊÊf' ^¦¦^¦^feéi"' 1 >> t^fcnflil^

» rJ91^¦K^flfl^lllsâflfll ¦¦» *C!l líxflH B;-&eêi'.i^íiWiiiljflL*» W%>Ilyl II ¦. - r y»>./ -WeiJflflnTfl flK fll flb' jV •¦'(--': ^H¦||1 I *=»¦ ^M tt«»w ' ¦ 4m

I» H^r K!%rl -'" M ffi^H

-».flfl ^^rt \* %• \»l í \ ^H BBk.fl •^AjHflr t fk\ f. * ^vim,

^j| a"(B Bfll ^^^^£i"~SJ

fEste

filme nào será exibido em Ml-foí^j nenhum outro cinema dc S. Paulo LI t |5f ¦j durante pelo menos 60 dias. m^Ém^^

e cme-iORnRL BRPSiieiRO (do o.lpji

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irnha ie aparecer I

CIRANDAHe Clonls Ramnlhele

O romance esperado 1

DOM CASMURRO Página 11FIM DE FESTA. 11 - 1911

Em tttdas aê livrariasCHOVE NOS CAMPOS

DE CACHOEIRAOe Dalcidio Jurandi/r

D-iin (iismiirrti

O romance operado 1

Illj» música

Festival Bath-Vila Lobos, na Cullura Artísticac Cultura Artística a benemérita sociedade presidido parelti, ouvimos segunda-feira ultima, às 17 horas, no Muni-v-.ecrlo tnrisslmo entre nós. a carga de tinto orçtiejírn rir*! lytirj íormarom esse conjunto Somojíneo, dlriffliío po'criucri, eram em numero de qutnxe, Seus nomes são confie-m iicssn melo inwífcol, sendo que Ibert Gomes nrosjo. co-

tr-t o herói da iarde.ama consteu unicamente de obras de ,/otto .sebnslHtn Bachtt-l.r.lvis, tíols iioniei prr/ciítimenfe antagônicos. O primeira,ir-íi, dilo o "pai da musica aiemA". Sos, entretanto, vamos-ííicíi (of renlnientr, o piit da musico universal, Foi o ineetrcílcellioicii, llaitdn e tantas outros grandes musicas. Foi itnl rin contraponto e. da luga. O segundo, moderntsslmo. IrtItictono, dono de uma iinaguiaçtln vira. representa no níum

rl», •¦inn ri rst arados tomposiforcs, nue nn litdn dc }.tlffliovInrma o trio o-isado e revrtnte da monerdn música bra-

.(,1-fioi. represem'o |inrn o Brasií ife tioje. o que Strawms-tn parn a Rtissle, Honegpar e Nilhaud para n-Franca, our H:ndrtnt'li para a Alemanha. O autor de 'Rasga cora-i.-ntín rio ífíiiiufiti wiisíro de Ktscnacli. dedicou.lite umn se-oslçóes a gue deu o nome de "Bachianas brasileiras". Hon-M-ííe nue esse nome toi dado pelo compositor eomo nma

ti ítatho. liçura relevante dn tiitfoíofjia. itens do vinho, i,,.- as eternas Baeliallles formosas, sensual.*, e inebrionf

,Viio se li 1 pore¦m ouviu as "Bachianas"razoes para assim supor. Mos. talemos do con-

•ciiltintes r rins músicas por eles apreseitlootfs, BncJi apo-rann com ires "Prelúdios" e Ires "Fujoi" do "Ciada*

>'rin seis fi rim ir (ire! .$ traiicnrõea para riofonre/cs. nnrf,--,n.fi r/j; o pi-oornmm, respeitou nh«nÍHrn»!ftie o tertii.¦anas Brnsllelres". n." !, {Introdução. Prehídin e Furai

Frslival Fiach-Vila-Lobos. gue pelo seu meditlsmo, ri-irrito notável.

IRA NAtEEUGER NO CENTRO ARTÍSTICO¦iiccríu do Cenlro Artística Musical, esteve a cargo da les-i Elliti tVaibcrger.i?" patrícia, confeccionou íníelípenfímenfe. tim variegwlnl-rnt que potiro si/bífcneiojo, isto e, quanto ao ntímero de(fi/rrirtio, lo cOTtcfrfo inrciorio ás 21,15 tenivnotl as 32.30'ndn "Gavoltt rance", de ffflmcnit, mU-toti o recita! Se-ii obras mais notáveis de Ccsar Franrk: "Prelúdio. Coraiv ,'.n 1-K.vcn r/rrtntfi.-ifo do /nmosn cantpnstfor rie Ltíqe,r. delTamos dc comenta-lc. F.m sua erteriorisi

níio r

• fííau;1 ;¦<¦'/! II

Vrla.-n"pere Frntirí-". Píisa Naibcrgcr-Devai sobre .' de

Ipr.ra jiitio esquerda sol; de tStly Balaktreu.n": rir Alcr. Snabn.e. -F.stiidn Pnteticn": d' Isaac Albeie.r "Seçuidilas" e tmalmenle de Richard Wnpner. numa frnnr-("0*7 Tausia n "Caiatoada dei Vatqtnrtas".

!io'ro:t nefo senstbilfdade gue drnetou aliando interpretou o¦ r!- Vrlarr/wz r a "Soturno", de Ncjtamvcena. deixando to-

»'" fíi-siTTfntfiiíe tez-se nnittr, contudo Elisn IVottfrsrr temtn r n pübhro soube hureá-lo com o calor de suas animasKVDIÇiO DE ALUNOS DE ZILA MOURA BRITO

¦lioín Jieía (fl.ibr Mar'¦'tine. Scarlattl. /,o**r*'i;í) fcriiarirtc*! fherf. S*na. Çttatir'.rlisonh. Bectlinrrn. Lisit. Debimj,. Scliuberl. Fruluosn Vin-

"i t.nrin Citlrlo Rrrnrn Gonçalves, Maria C Aforcnn A'-i A Gnrdnn. Mana !.. 7*. Jfcln. Mrrln C, Maciel l.eún fl-r-¦fqwi-a naltrn. Ztilnia r Durqa tie ^tictio. í,n»r0 ^níonic.íirrrvn,. aonraives frtv.i Gudet. R-nlna Coricttt. Fcn-.n Citei-i ifritçcrinnii làlunda Vcttori. Sara Zeilicorích. Ititn C.in Spttidolo Pinlo. Forlunee Hoinr.lf. Regina M-nrltns Al-rr.. lr:'a Xabttcv Sá Krpo. fi-clV Pinto r ífnllirl Cnrrern Jr• uma "aiidl^Ao de a.unos" nâo e torcia tacll. £' a maisnvprcras. Um aluno nâo pude ser comparado a um "itrtito-\i:c.n. í" ninda um aluno, lem muito o que aprender. Torta-¦¦¦ t-i.icnlnr aqui, Zutma dr Aquinn. I.iura ^iKontcfti Cosi'-Giimclrcs. nurua de itr-tmo. Fnnia Chennaun. Pela Was-ra Znlicnvich. Riln Ccssia (io. Som .'os. .Vnitei Fccfn Spinoin'ri Cflrncirn, Icdn Sa Rego. trete Faritr Pmlo r tinalmcntc.-ir-.r. rn "Wflrcíin .11 ríifar' . de Schvbrrt.Taurig. a tigurjrada de toda a interessante audiedn que noi proporciono-!

; Brito, apresentando os SClíI tiltirto', doirtnrío d (orcíe, rto

OTÁVIO DE ALMEIDA

PANORAMA ESPORTIVOFALTOU 0 SOBRENOME...

(BR1K CERQUEIRA)*T.\ semana resolvemos dar um ciro lá pelos arraiais do Madurrira. Talava-se tanlo sobre os últimos acontecimentos ali vc-

lir.ulos durante o encontro com o "leader", que não pudemosnlrcar a nossa curiosidade de repórter.

i < alor aqui na cidade era intenso, l.à por cima talvez encontras-,'iim.i mais ameno e muita novidade para os leitores desta

i i: foi cnm este duplo objetivo que rumamos para o reduto doto. F nio perdemos nosso tempo. Madu reira sempre foi um cen

noras interessantes. Ali os boatos fervilham, como semprerrp nos luçares de vida menos agitada.

io saltarmos do carro à porta de um botequim, o Elisio pareci;*.i estava á nossa espera. Não perdeu tempo em cumprimentos.'C" dii-codo:

1'r-i vtiré vê. seu Erik. Vivendo é que se aprende. A sente poruuc lata nunca é compreendido. Hã sempre um espirito atra-pita censurar e criticar as coisas, FM» vida è mesmo cheia de

'-lá ininprerndendn? Enlão você não sabe o que aeon-d domingo? Não sabe ria injustiça que fizeram ao Madu-ne esperava uma estreia auspiciosa. Mas deixa «lar ine

tinem? Us dirigentes dn federa cão?intuem de Deus. Os associados do clube. Que in sra los sen¦iltura o Aniceto, que já escutava a conversa, não se ron-nemlu: — Nada disso Elisio, Nàp foi Juií, nào toi nada.irulrti iiistamente o seu sobrenome., .

s dois homens sozinhos..

CENTROS & PASSESP.tra. que caloi! Me dè uma geladtnha.."-no tem gelo.Ccmo r.istm?

* *O "íeratch." carioca frelnou es(a semana?- ''i-.em quo treinou o quadro "B" Falta o "C"-

A n r. E' disso gue os jogadores estão precisando...* *- A'..ttnhã em General Seteriano teremos outro clássico, PI-"-¦r" fir, gue a vitoria é cen-• t ,ini. rio verta guanto a linha gue Patesko desenhava oo1 "¦¦ "'..em, um bar da Avenida.* *'V''^"r,-"Veí!)fli' tambem há meniscos a operar.Ariaim

-~-Prtixcd.es está satisfeito. Anda alegre gue só um menino de¦¦¦'"!'¦'¦-¦ um era me. tcltz- (¦'"'']

"Zle? Eie ^tfdau alguma coísn'¦ on oisso. Jà tem uma excursão marcada para fanelro

Saibam que...NOS CINEMAS

A SEGUNDA SEMANA DE"SOMOS TODOS IRMÃO»»",

NO METRO

"Somos todns Irmãos, o magis-trai "capntavoro" de SpeneerTrai)* e Mlckey Rooney que nMeiro vem exib1 dn desde -f.-

mana passada, Inicia, no mesmocalor de entusiasmo e aplausosdo público, sua secunda senta-nn de cartai. Jtcgisle-se que"Somos Iodos Irmãos" licura "ti-ire os mais vitoriosos filmes daMetro nos últimos tempos e suacarreira, no Metro, tem sido pres-ÜEiada por numerosíssimo pú-bllco, que não esconde sua admi*rnrâo pelns

"performances" deiMickry Roonev como Wht.eviMnrirh, Speneer Trary nn papelde Padre Flana»an e Iodos nsoutros ótimo. ' plajers" do belofilme. Inclusive Pee-Wee, nu me-llinr, Ilobs tVatson, que lant osfans conla enlre nós desde Tom,*t br.iros abertos", lambem vi-vido por Speneer Tracv e MlckevRoenej-.

AS 21 HORAS DE QIAÍTA-FEIRA. PRÓXIMA, A 'TRE-

MIERE" DO METRO-COPACABANA

Será tm preteri vel men te. as 31horas, cie quarta-feira, a "pre-miére" do grande, sensacional,luxuoso Metro Copacabana, <-- A\

0 R0V^,NCE DE IFEDOROYA

Copacabana n. T^B. A estréia sedará como se jobe, eom -Beis-

Intka", de Nelson Edüy ! IlonnMassey, em beneficio da Caixada Merenda Escolar de Copaca-bana, sob os auspícios da »srn.Henrique Dodsvorth. Os p:*eço«serão comuns. As entradas -le-verão ser posta.? h venda, sendoa renda lotai deallnada q-.Pi*.fim de caridade, na vesper. daInaURUração, ou seja, terça-feir-portanto."FCRIA NO CÉU", HOJE, NOMETRO-T1.1ÜCA, COM ROB..i7T

MONTGOMER. INGRIDBER OMAN

Entre os romances mais sugestlvos da temporada figuresem favor. "Fúria no Céu", qur;James Hillon, e "Adeus". Mr.Cliips!". escreveu com aquolisen,-ilillídade multo sua. Vividopor Robert Montgomery e IngrldGer^man, "Fúria no Ceu' , f.v.,há pouco, no Metro, sucesso in-vulgar e é certo que hoje. no W?-tro-Tiluca, arreoalarâ a senil-biildade dr todo um arand-* pú-bllco, tambem.

NO SAO LUIZ. NO ODEON fiCARIOCA, HOJE. BETTE

DAVIS EM "A CARTA"

E' preciso que todos to. "tnnota e procurem ver o In.emofilme da Warner, dentro rioL ho-rárlos estabelecidos para as trêsgrandes casas lancadoras. flt-.i

mclhoi sobre o Surro Canário? Coitadinho do Mestre

r,r-*M fAWHOIJOtem novo endereço

PRAÇA MARECHALFLORIANO, 55 — 2."and. — Tel., 421712(rede interna) — RIO

IMPRESS10MISM0E ARTE

ctunadas eom as artes plásticas. As-sim tambem na nrquiPtura os sr-tlstas ijermÈmcOi do passado lenta,ram d:u um cunho d" çxpres*\o sointerior das igrejas, das habl'açôss,nando aripectos artísfcos íis t^ena

jtàciiliw da esplrfiialr

evoluçlo art[;tii*íi, mi

;. dao

começo do scciilri XVI, em que useevis mestres da pintura começarama dar umn imprpssso )vicnlO'rlra assuns i elas Procuravam traduzir a

¦mo expressSo rta almagrandes i

IMi.-rizcni i

Dlie-t Ulüas

laçfionlidndt*, po|p

Lltlllí i vel-

de que não apenas com mais fa-cilidode encontrem um lugarpara conhecer esse curioso, Inde-clfravel e magnético tipo de mu-U-;r, que Somcrset Maughamcompôs em sua dramática i.ove-ln "The Lettec", mas, ainda, paraque o desenvolvimento

'o romance nada perca de sua c.rpe-laculosidade, para que o desempenho de Betle Davls seja ;ortciado como deve, Ela porquí to-dos devem anotar que: No S.ioLuiz e no Odcon, as exibições d<*"A Carta" terão Inicio as ]¦. horas, exatamente, enquanto q1.!-no Carioca a primeira cjsão com?cará exatamenlt ás 13 .ora.-e 30 minutos, Esta Informaçãocomo o público certamente com-prernderá, nós a fazemos ,-»m ointuito único de prestar-lln- urauxílio muito «rande. pois ,a ln-formado, sc livrara rie uma s-rie de inccinvenienles que ninguem deseja ter, pois embo,a sc-Ja lançado simultaneamente ertrês grandes cinemas, que re-unem. em total, um elevadi slmonúmero de poltronas, é quas:certo que um lugar aerà d .-pu-tado por mtifas dezenas de lanr;que Iiá tantos meses lêem -. ou-vem faiar nc:-se filme que aWarner extraiu d:, celebõrriii*,,história de Maugiiam e que Bet-te Davls transformou num rcqusrlmento a douta Academiade Artes e Ciências Cln3matogr.ificas " Les Anseies, solteis'-dose nâo exigindo — um novo Os-

Em prol de uma placa a Apolonia Pintoe Leopoldo Fróes no antigo Trianon

uMIrt" patrício rc-ir pn-

Nil.t rtos o*ie. anieclnarirlri-

|.» Fcn-etrs . . . Sdie.""ro.tr, set"""

, .!. Souza . , . snjriir,

r>,'k't*,'r.' -"Ò7ll..n .' .' SnÍ.1,11 i Fv- Tortos . l.l.ll 1=1»--A Nolc" J.mliv.,1 : .U- S"f«nuinifiTiP* Marlln» . Jin|'inr, I (--n=r1iri» lír-cMfir-i dfAlrla r.m-vMr, jnjndS j Atuorp* Teatro!« . Sf?'1Alhei-tn Mnsün ||i» Cr l.-.ut-lvM ¦:-ni<" H-S-0

,„„..«„ rX-i-c . '.

!l"fl r ra.pnnl Sftrretn . S'intn,ÍJ-por, C"-ln *1", Cíitiilln CMfi>n«» ... SI

rt.r.nX R"-iir.X '. '. '. '. SI"" l-l-r-t-r

pr.ni". - tamlllJ» S'-',|,p„| d,,,»,»,' .... «IC.II IHn.-ln P.rrolra . . TM

I n f-eroii-lrs ..'.'. II" I I"" Cl- Cnmni. I*1r.eli- Pis*, rt. S..UZ* . *l"n ' v1"l» A. rtn Pr.l-.flo . 1!"K Lim* .Iimlor . . lisn Ruhl^n 1 *"Aiüriiir»- Cnlmi^P* . «Ir-i i f,-«i-» r\f (iclio . lf'i

loflr, r.iiimirS». . . «l"n | < n pa'h<trn hi-fl»ilflrol 1««Ir^er nuli*"-i rí»* . 11".¦ 1'pres Mar-hirt" .... 1 *n-nm-Hnr. y. Foniti . »i«- | tsm^Hra Rr-ncrlír, . i «„Vewtnr, ropra ... «l"-i M-n-ln P Prar-tSo . l»n-nrtn. n Rlhetrr-, . tn» Jntotil" P- Cnn . . 1'"t,ieii.to ri« Ollv-lrt. , íine Mnris d» fnnrílçín . T«ni,n,MI,„n rl» nllvelra , «mn i M,r,„niln- A- M™r- . 11--arlo, r.thPlr» , . , »:ni I \«'-"" nanei elr* . . 1«"Roh-rtn rtlh.trn . . Ilin M-.tmlT- firto^clra ... 1^

.-'.¦x"tfl,-c'.ri"nn'S. " ', lí.m» A-T"r,Xr

R,nr1»!-,' ." 1«"»„¦„,,» 0,.«r»r .... I,JJ An,™,» >.-,,• . . . 11^

O CARÁTER LUSÍADA DO DESCOBRIMENTODO BRASIL

irooclusã-i da | p. Vüiftas primitivos porfiavif»us colocas neerlnnd-ses na repro-duoÃo fldel ^Ima da vida cotidiana.Identificando-se com os motivos dasim obra. Possuem nm tal cunho derealidade, que se poderia pensar smlaiprc 5 sionismo

Evitam, porem, sempre a realidadeermeante, limitando-se a vincular osseus "rabailios de uma sobriedadeque os permita uttltísr a ítiea pro-fissional, convlctcs da sua alts res-ponsabilldade. Essa deve ser, no en.tanto, a verdadeira exprearSo do ar-tista. A conclêiicin de si prdprio. Omáximo de vida, nas suas obras, semperder a personalidade, e que deveper a sua principal preocupação. Nio

Mas seria orgulho vio e Justiçadanegadi por o problema assim, Obandeirante e Já um fenflmeno pu-ramente brasileiro, Pas parte tnte-erante duma cultura nova e, comotal, entranha va os (termines maisfecundos da Independência.

A nos portugueses, basta-nos ahonra que portugueses tenham sidoantepassados desses heroisi De queaos lusíadas do Oceano se tenhamsegutio os lusíadas da seira e do ser-tio! Basta-nos a glória de haver-

mos sido os primeiros a provocar serla;ao nus mundos novos d umiraça e duma cultura, tipicamenteeuro-amerteana. síntese laegualaveldars virtudes do aborígene, e do ad-ven». Eobra-nos, enfim, a orgulho-sa alegria de podermos Rftrmar qura liberdade duns afundn raízes nahumanidade mais incompreensivados outros: e de venerar hoje aquios mesmos sèmlos tutelar?;,, na mú-sica sem par da mesma lingua. noculto da mesma altíssima civiliza-çSo e na fraternidade Indissolúvel esublime da epopéia!

Difusoras & DifusãoM. D.

H\

um aspecto na via radiofônica do Rio que muita gente aindanáo conhece. E' a do serviço que o cronista de rádio, sempre'combatido iielna estações nu melhor pelos seus responsáveis,costumava prestar ao desenvolvimento do "broadeasting" e d*

divultacio expontânea de «eus programas, apreciáveis.O cronista era o único rldarlào que nlo podia criticar, Para «er

bom, tinha que ser agradável a todos e obrigado rt queimar o clássicoincenso, ¦ quantos assumissem a atitude nracular e exclusiva dn únl-cos couheredores do ramo entre nós.

Houve tempo, que nem era perniiliila a entrada do cronista nasestações de rádio, independente de rnnvile e de outros ingressos in-dispensáveis.

A eriisa esteve assim, durante muito tempn Afinal, começarama reconhecer a critica acertada de altiins rapazes da Imprensa e, nafalta de gênios para o mister e devido ao escrupulo d* muitos, quenão dese.favam o rotitágln mnlsãn dosa gente de rád.o, pouco a poucofnram aenrio solicitado! a intervenção Inteirei uai dos cronistas, quisão ouase de modo geral, n« verdadeiros confercionadores das progra-mifões de nosso "broadraittng" atualmente, Deste modo, raros sãooi que presentemente não colaboram nas "pé-erres" desta captUL

Edmundo L.vs, contrlbue para o*, grandes sucessos da Itaditi fdu-cadora: Gomes Filho, erreve uma norão de "hits" inicr-rsantissimnspara a es*açân dos Sá Freire; Al-.lro Zarur. escreve p»ra o "TealriPollc'aI" do rasí; Campos Rlheirn. pcrpreti as crótiiirts melosas paran microfone da Ipanema: tlorhe fonte, dirige o serviço de publicidadedo Rádio riulie; Joraci Araújo, lira o iru |iartiiin escrevendo e cnm-pondo sambas para es "asteos" da cidad»; enfim, muitos oulros, etn-prestam rom entusiasmo a um punhado de coisas boas e más dorádio carioca.

Mas a coisa asiim mmti está, tnrM-nmu ou piorou? A nosío verpiorou muito.. mnninté p^ra a crônica de rádio. A norrso ver forçounm certo deseouilibrlo: se os ouvintes e as estíçópí lucrum em gran ¦tle parte, servlndo-se da ititeligcncia fleesa rapariada (com licençarto Edl a isenção de ânimo desapareceu das colunas de nossos jornais,perdendo aquela independência do tempn de João D'Antena e Mis-

Excetuando "o

Caribe qne é rito, "carne de pescoço" e teimosoromo um cagado, cada qual está puxando a br ma rara a sua sar-dln ha

culo de propBonnda Os pintores dacbrmada escola moderna, deturpa-raio o verdade ro sentido da arte,dando-lhe uma imerpritaça semsignificado estítico.

Forçaram os prlnclplr da éticaprofissional. prodi.Tindo uma artesem pxpressiu. Utilizaram-se da ar-U. como melo de implantar td»olo.íias, pervertendo oa princípios deuma sfi mQral artística. Apossaram-se do patrimônio artístico, como tetosse uma utilidade, sem noçífi daresponsabilidade, nem de fonsibilida-de emotiva ' ar'e.

O movimento que ora começamosd perceber se regista, no entanto, vi-rí trazer no conhecimento de todos,a pand nue devi representar a arte,uo mundo.

Um programma para a sua sensibilidade:Carfaz literário do chá das cinco

.MDIO TUJIPIÍTODAS AS QUINTAS-FEIRAS DAS 17 A'S 17,30

I

Escrito e organizado porLEONIDAS BASTOSe apresentado pelo locutorRAMOS DE CARVALHO

Pa.ir s ás..

FREQÜÊNCIAS CARIOCAS-Mutto bem, César. Com roce... ndo tem Ia

,.A'9:—"Lecuona Cuban Boy's", foi um grande

. .E-2: — f-irceu Santos. trraü'r.ndo futebol dá >.ijüC enguliu um níquel. E o pior e guesí3têr.c'a p'ra socorrer este moço.

..E-3: — Mc>s uma vez caiu o elevador dr. T^a-isr.iis-c-a. Ma- osprog'cmas estão mbindo a efcade àc é-rtro. Es'a é a es-taçào das surpreias.

. .S-4: — Fa'am por ai gue Arnrt efe Almeida acaba de ser contra-tada Brevemente ouviremos a eima ira. d. A-art de Aí-meída, canlando um samba de "bos-a". Ou será gue o"samba em pessoa" vai passar a ser maücme Buterfly...

.. G-3; — O caso do "Car.t ' tem emburrecido a muita gente..

¦Para Você sonhar",., de Campo- Ribeiro, continua pro-vocondo terríveis pesadelo;. Afinei iá r.áo se poàe mattdormir descançade nesta terra...

vem apresentando apre-

De radio. TRÊS PERSONAGENS DIFERENTES

rt fldrtto Eífueadoi-fl tem um radiatra policial. Tem um escritaradiatral especial-tar!o em assuntos do crime. E não tem um perso-nagrm d altura de dítunfienltc n PT"Í de i>j-nt- rín l-i.

Aqui invocan.os o nosso conficciincttfo nfroiru a leitura de livrossobre matéria policial. O detetive necessita de uma tos eite.-tjíca. çt/r*

s peças dn

a torça do crliniTioro, 'rto prodijoIntíiurír eríne uma palavra torte. afim dedas do réu.

Santos Garcia,de essencial ao persr. Aníbal Cosia, e o mesmo nue ntifrie ns ouirintrEJ aa a-t. nas"Curiosidades". Esquece-se ele, ãe que no teatro policiai, não é a ani-maior tie um programa ae nudiíono. e sim um radlntar que tem sobreos seus hombras. a responsabilidade de. uma peça. pois è. a tlgura ptin-clpaí do elenco. E~ um contraste chocante a sua voz com a de Ant6-nio Lato, o orfminoro. Este rilííino. domina sempre os drumos jue oençiettAeiro escreve, tirando, asstm, o vtilor da peca.

De gue jerutrd a um elenco de radiatro a tigitra hercúlea de seupersonagem cenfrn!. se a sua cot nada tlca a deter ti do LatnartintBabo? rada. O ouvinte desconhecendo ainda a televisão, sorrira, aaescuíor a vot limnha do detetive. Iste é um dos motivos porque apegas rio sr Aníbal Cosia teem eaido dt cotação.

Santos Garcia, pode ser um óííttio animador de pro^riimas, umbom íoctiíor. mas, eomo Roberto Ricardo, aqui parn nos. ele é um /ra-

Aqueles que acompanham a carreira de flar&osa Jiiníor, no rddio.devem ter notado em um nome gue sempre o seguiu Trata-se de Ma-ria Célia. Ela, é a animadora de todos os seus programas gue o homemdas twifocas tem apresentado. Contribuinte assídua. E' com "skets"(tnedofai, uersoj ítumorfstico». Ainda flffora, Marta Ceita tran maisuma coníribuiçdt) valiosa. E' uma página euocaliua daçiieícs gue fl-scram e fazem o publico sorrir. "Humorístuj de ontem e de hoje"assim se Inííftila esse notio trabalho. Nele. a interessante escritora re-corda pedaços ia vida de nossos "blapueurs". Relembro pladoí. Re-ue trocndfjíios. No rádio carioca Maria Cília tem um lugar ie desta-que, bem, merecido, aliás...

Num teleprama lacdnlco. espremido entre assuntos mais .mpor-toftfM, lemos gue Auroro Miranda ejtreard na BrooctiDii!/, opesar doseu "aproveitável" em Hollvuiooi. A canfota brasileiro. niu'fo embo.ra ndo sendo um prande corfot em nosso meio, tníuei consiga um pou-qulnho de ¦¦cítonce" pnro o íomba. caso ndo o rroauí pela rumbo oupela cottpn, afim de agradar aos íangues.

XXX

ARMANDO MIGUEIS.

Page 12: J.,^-;-,; f,,*:-,,.!,,,,».,,,,,,, ;,,;,,.,,,.,,,memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1911_00224.pdf · xnln, diretor artístico da Urca, contou-me que até o ar. Antônio Carlos foi

^—-7 ¦• ...,.,....,',;'í.i.!.,,J ¦ ,., ;.- Jt. ¦. ,,™~^- v- -¦•,- ,,«n(|j-.' v ¦-- .-;¦'; v"""f 't-}---™?r?:'^?r'?V'.í

Devido ao aumonro do

preço do papel, encarecido

da 100''"r cm fi meies,

ie vê na contingência de

aumentar, provim ia me fite,

o teu preço porá

1$000pedindo, por liso, desculpai

ooi íem leitores

¦| ANO V [¦ ¦| It.O, 1 OE NOVEMBRO DE 1941 \m

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RONDON:-A conquista do deserto brasileiroEm demanda do Juruena — A cartografia utópica do século XVIII - Os Parecís descendem de judeus.,. — Uma

revolução alimentar — Almoço ás cinco da manhã feijão carregado em garrafões — Em qudrado, a fogueiraao centro, o acampamento dorme — Os filhos de C amagô, o Grande — O açúcar e o sal no serião — O peso da

- solidão e o silêncio da floresta -Parn DOM CASMVRRO

«DOM

CASMVRRO" iniciahofe a publicação, cm sé-rie, dn primeira parte dolivro -Rondon —Conquista

do deserto brasileiro", dc Clovisde Gusmão c que deverá ser lan-çado em breve ao publico peloeditor José Olímpio. Trata-se co-mo verá o íel.or de mna obra va-liosa sobre lodos os aspectos eque vem reve-ar dc uni modoacessível a epopéia daqueles ho-mens que enfrentando o inúio. afera. a doença, a distância, e lo-da sete tíe obstáculos naturais,

nhão brasileira uma nrcn te<ri-toria! de. Quinhentos mil quilõme-tros quadrados, ou seja unia arcaigual ã da França. O nome deRondon. como o de Osivaldo Cruz,quc saneou o Rio, ot, o dc San-tos Dumonl que dominou o es-peço, tem estado sempre na pri-

a terra era sustentada por qua-Iro enormes elefantes, A expedi-ção Rnche Badarlolti. em lSitfi,nenhuma contribuição valiosatrouxnra, antes aumentara asdúvidas anteriores, BadarottlIdentificara os rareeis aos aittl-gos povos da Bíblia: "A' (orçarie pacientes investigações, —conta-nos ele no sen livro, —nonsegui nbtor des r.trerls ai-guns esclarecimentos quis, em-bora limitados, jnlfio suficientespara insinuar que eles são des-ccndenles rte uma imigração ju-

terior i Saio i de

realm

tas

p:a-.r Masmundo de .

•liie

aspecto civilizador para o nossopaís. Divulgando, em primei-a7não essa parte do livro de nossoccmpcnhei'0 tíe trabalho julga-mos estar p'es'ando um serviçoà obra de narionalizaçáo rio Go-terno.

ralha. a cento e oilPnta quilo-metros de Cuiabá, ergue-se, narustin.ladf- dn.i suai casas depalha e adobes, a Vila de Dia-maiiti.io. Famosa nn passadopelas suas riqtiesas a vila era em190" apena o entreposto dos car-repamentos dc borracha que, dosertão dos rareeis, desciam embusca do Porto do Rosário, noRio Cuiabá, Ultima cidadela or-ganizada da civilização naquelesdesertos, uma vei que o qne exjs

feitor .ligueiin pies

indicada a ser o ponto de parti-da para a grande Jornada. A 11-nha tronrn, que anteriormenteligara à capilal matogrossenseGuia. Brotas e Rosário, atinciaagora Diamantino. E cra em Dia-mantino, já cm suai te.irias decampanha, mas ainda em conta-to com o mundo, que a expedi-ção se organizava. Adiante, noalto da Serra estaria Arroz Sem-Sal: depois Alagoinha; alem, astabas conhecidas do* Parecis Edepois? estava o Riu Juruena queera uma lenda. E alem do Jurue-na o mais completo mistério.

MESMO

na sua parte supe-perior que se desdobrapelo vale amazônico to-

da aquela enorme área era poucoestudada. Sua exploração maisperfeita datava do século XY11Iquando o coronel do Real Corpode Engenheiro!., Ricardo Francode Almeida Serra, levantara, deuma em uma, a foz de todos osrios. A região, porem, era emir-me e, derrotado pela Impossibl-lidade de percorrê-la, o geóçra-fo Ilustre limitára-se a figurarem linhas Imaginárias o que portradição ouvira sobre as nascen-te* e sobre o curso daqueles rins.Assim, o que existia para o àma-gr, dos sertões era uma espéciede geografia utópica eomo aque-Ia outra que fazia o Mar Tene-broso se lançar pelos espaços in-termlnavels naquele ponto onde

limítrofe (los judeus,talvez os Chananeiis". Os lio-mens brancos existentes paraaqueles lados contavam-se pelosdedos. No mais a floresta, as fe-ras, os índios. Aqueles índios, —or, Nhambiquaras. — figuaravamcomo antropófagos nos estudosda região. E ninguém se afoita-va muito. t'm seringueiro anosatrás o fizera. Apanhado pelashordas de guerreiros nhambl-quaras foi morto e as suas rnu-pas enconlradas pelos caminhosque percorrera. Dai para diantemaiores s tomaram os cuidados.

A

SELVA erguia-sediante dos olhos dos expe-dicionários. Eram léguas e

léguas de arcais, de florestas, derios empantanados, Mas era ru-de a tempera daqueles homens e,a 2 ile setembro de 1907, Rondonà frente, marchando na direçãonorte-noroeste, a expedição par-tiu cm direção a Arroz Sem-Sal,tio alto da Serra dos Parecis. Aoruido das trnmpas os cães la-d ram e os quatro bois, excessiva-mente carregados talvez, escar-vam o chão arenoso. Adiantevão os trinta e quatro muares,E alem lia tropa, à lesta da colu-la, ao lado dc. chefe, o tenenteLira e o fotógrafo Ledue. Hábilsertanista, conhecedor profundodas dificuldades que haveria deencontrar pelo caminho, sejaquanto aos obstáculos naturaiscomo no que se referia ao trans-porte masslço de alimentos pa-ra os homens que o acompanha-vam, o major Rondon, do seufesto de ci

. já i ala, paru

enquanto pudéssemos andar acavalo seguiria um picador afrente munido de uma trotnpa eservindo de batisa acústica. Eu,— estamos reproduzindo o rela-tóri», — diária os rumos comuma bússola de alglbeira e comoutra Irompa indicaria ao ballsaos movimentos a realizar por si-tiais combinados. l'm ajudantemeti, em cuja montaria escolhi-da e de passo aferido daria asdistâncias pur Intermédio dopassòmetro, faria o levantamen-to expedito t registaria as ol.ser-vaçôes do aiierolde. A passagem,o picador que seria auxiliadapor dois homens deixaria nas ár-vores, marcado a facão, ou nosolo, por sinais convencionados,o trilho a seffiilr; uma turma defoiceiros e machadeiFos, sob adireção do ajudante, abriria apicada que teria a largura dedois

iis trilhos de seringuei-ros. O serviço começaria o maiscedo possível; o transporte demateriais, ao contrário, seriafeito mais tarde".

A

IMPÔS SIBILIDADE deatingir duma vei o ponto

final da jornada em San-to Antônio rio Madeira levara

Os H expedicionários, que primeiro avistaram as

Rondon a dividir em etapas asua marcha. O primeiro objeti-vo a atingir seriam as águas rioJuruena; depois, tomando o Ju-ruena com base de penetração,segulr-sc-ia para a região hahl-tada pelos Nhambiquaras; o,vencida essa região, é que cogi-taria ria grande marcha para ovale amazônico. A primeira ex-pcdlção demandaria, deste mo-do. apenas o Juruena e de lá rc-grcssarla ao ponto de partida.Fia deveria realizar durante asua passa ;em pelo sertão umconjunto de experiências fun-

íutras ni ia .1a->¦alira rimais larga*

nos anos seguiu!observavacões de maior vulto quese la realizar cra, certamente, areferente ao tipo de alimentaçãoadotada. Em ven rio clássico caféeom pão, Impossível ali pela di-flruldadc de improvisar fornos ede transportar O trigo, KondonIniriara o almoclnha" como ti-po de refeição matinal. "Era aprimeira refeição do dia e con-sistia nn café simples (Rondone os oficiais positivistas substi-

ifc pelo matei t(

tas daquela serra, a quinhentosa scisccntns quilômetros dali?Torios esses problemas o pre-

essas preocupações, e estudando

do por um gula outro, cujosrnnlicriuic.itiis se haviam esço-tndo. chegou ele à * de seteni-hro às cabeceiras dn Czullatlá. Epela primeira vez. num mastroainda verde, a bandeira brasl-Iclrn fni erguida naquele sertãoobscuro A roda rio ma«lro er-

panha. Esla noite a expedição dnrio Jiiructia dormirá ali. Logoclier-ará a miile. a grande c pe-sada noite daqueles sem fim.

Mas ns expedicionãrlns estarãopreparados também contra cia.Ao centro do acampamento, cr-giiidi) em quadrado c com uniadas alas apoiadas sohre o rio, afogueira, estará acesa toda noitepaia impedir a aproximação dascobras e a sombria surpreia das

Até iis oito o acampa-

í dose copo e

rada, .fin.fi a

velhade < trili

passbandeirantes.

Esta vinha cm pratos fundos...O estômago ao começo lenta in-terlormente reagir contra o há-bito, novo de todo para quemvai das cidades: posteriormente,quando alguns dias de trabalhoIntenso, ao sol ardente, lhe for-iiecem pela primeira vez a sen-sação de vasio estonteante queessas sete horas nunca produzi-

vida cadapta perfeilam

ele de obter s

. Em; ciilrii do rn

rque . laia- prni.pregado na Amazônia, onde,

devido ao calor, facilmente apn-drecem as mantas, e Já usadotambém pela esquadra brasllei-ra nas suas longas viagens aoredor do globo. O feijão era car-regado em grades garrafões. EIgualmente em latas, hermeti-camente fechadas. As conservas,que não houvessem sido abertasaté o termo da viagem, deveriamser enterradas, para que se pu-desse ter uma idéia prática dasua resistência ao tempo t aoclima.

ARROZ

Sem-Sal. fiei no ai-to, na esplanada dos Pa-recis. Alagoinha, menos pi-

toresca na sua posição, é comoum oásis naquele deserto verde.E de pnuso em pouso, marcha-ram os expedicionários alé atin-glr as terras dos Parecis. A ta-refa de Rondon, nãn era ape-nas 0 desbravamenlr das fln-restas Ele deveria dar k suamarcha o caráter colonizador.Fundaria núcleos e abriria cs-tradas; Instalaria n telégrafo eproveria a Justiça. Levantaria osmapas e devolveria aos iudlosas terras de que eles houvessemsido espoliados. A posse dos ser-toes, desde os tempos Imemoriaisem que Dias Velho fundou San-ta Catarina e em que BorbaGato descobriu a lendária Sahe-rabussú, — a grande montanharesplandecente, - sempre se fi-«era pnr meio dos homens ru-des e, muitas vezes, por meio rieaventureiros foragidos da justl-ça D'EI Rcy. O resultado é quoesse* pioneiros criavam à rodade si uma moral bárbara e alta-bilária. Ali, tratava-se de respei-tar o direito secular do selvageme de defender as suas lerras dacubiça dos aventureiros, E namedida mesmo que a vanguardapenelradora se dirigia pelo ser-tão afora no niiito do Juruena,a fiecção construtora iria toman-do a posse de um modo práticoho terreno percorrido, levanlan-do as linhas tel o gráficas, er-guendo as estações, plasmando

áeuM do famosoali, i Dlai antlm ape-

CLOVIS DF GUSMÃO>s rio. a doença e vida sem espe-

rança terminou pnr aniquila losquase. O que resta dn antigo"Urino dos Parecis" que ns ve-

lem pelas nascentes dn Para-Ciiaf. rm quatro grupos distintoscada um rnm n seu "amure" eo sen "utiarili", para a cberiapolitica e esplrllual das trlbus.

do chaorgiilh.ii-nnloi

inl"' .cupan crista

>rl,.lSretiiilic

ii. ajudavam-vida Intensa; (mios ainda de pé.se. limpando n solo c l.iipr.ivl-sando as camas para o ucccssá-rio repouso. Depois todo aquelerumor la cessando; vinha porfim o silencio profundo e i.n-pressiona dor rins sertões, e oacampamento dormia sob a vt-glláncla das senliuelas. postadas,nos quatro cantos do qtiadrilá-

propôs

III e iijtes; e o k

rie". ele dis.dão onde K

s fer-pei-

..panara re-Não saio (In Rln Ver-

Costu rio Tl.apa-

tero". Pareci".

"Fazetidola do Castelo", perlo do rio Cuiabá

E durante dias a fio, ao rigorrias soalheiras daqueles chapa-does. transpondo cerrados, osexpedicionários prosseguiram asua marcha em busca do ambl-ritmado Juruena. Quase acabada

va d(.so de «ifirai caça (

aldeias

Bem sabia Rondon que ele te-ria de lutar, um dia, contra adeserção rie seus homens, con--tra a revolta, a fome c a febre.Como abastecer a sua gentequando n fln tclcíráficn estivesse

a colheita de mel. M;(lição, era assaz numerosa paraser mantida por meio lão precâ-rio, Crcara-se um regime deconstante troca com os índiossemi-civilizados que a expediçãola encontrando. Dinheiro paraaquelas bandas não vale nada;um machado, sim, é uni valorque um pareci entende.

Roque te Pinto, numa preciosaImagem, chamou o machado rielibra esterlina do Nhan.biquara.Para o pareci o machado cra,também, uma moeda de valorreal. E reforçados os farnéis me-diante as trocas eom os índios,os expedicionários prosseguiamsempre. Os parecis são índiosmansos. .Mas o contacto cumqualquer tribu pode encerrarsempre surpresas. Imagine porexemplo n leitor que se estáaproximando de uma aldeia ries-ses pacíficos Barbados dos rio1,dos Bugies. Eles lêem senliuelaspermanentes postadas nas re-rtonriezas e quando alguém seaproximar dc suas aldeias já osseus embaixadores estarão pr.m-tos para rccebé-lus. Mas ns liar-bacios nã» chegam em gruposreduzidos conto outros fazem,nem virão desarmados comoaconselharia qualquer praxe dl-pi nm ii lie a.

. todo o planalto que vai dei.Kiiliuo às i-nbi-cciras dos

a ui a rim ir»». Ti:insrii.rlni1.is

Enoré perguntou a cada um oque queria na partilha dos obje-tos da teria. Lm deles, o que foio primeiro ancestral doi brancospreferiu a espingarda e o boi.O primeiro pareci não quis o holporque suja a terra; náo quis aespingarda porque pesa muito.Preferiu o arco, a flexa e as cou-sas Parecis. Os brancos eom asarmas, e com o boi para trans-portá-los prosperaram e os seusfilhos conquistaram o mundo, Eos Parecís para poder viver tl-veram que sc ocultar nas gran-desíloreslas..."

HA*

SEMPRE em cada aldeiaPareci um moquem, doqual cada um que tem fo-

me tira o que deseja. Caçadoresdesignados pelo amure"' n man-

permanentemente, para quemin

O idioma Pareci é um idio-ma doce, rico de onomatopéias.Eles juntam aos nomes "prefi-xns quo alteram o modo de serdos objetos e das coisas designa-rias", A noite, armam as redesumas sobre as outras ficando ario marido acima da da esposa.A eeiimônlo ilo casamento entreos Parecis tem para nós bastnn-te sabor pitoresco. A noiva vaiile rasa para o amure" coin osseus parentes. Em seguida chegao noivo. Diante de tortos, senta-do no lado rto "amure", o "utla-rlly" dirige-se primeiramente ànoiva: — Quer você casar-se? e

responde: — Como nãirity' ¦nta:

— Multo bem, tenha logofilho e qne .. primeiro seja ho-mem. O primeiro deve ser ho-mem, explicou o utiailly" a nl-guem, para amparar as Irmãsque nascerem depois. Agora o"lil.arlly" (Ili-iüc-se ao nolvii; —Venha cá. Você está casario. Vo-

i o reconhecimento de um rma >r„ pai, "Ene-

alie lira am ri-,.,. Eles se dizem descendentese (amagô, o Crande. São porerto os mais tradicionalistas

am o Idioma em sua primitiva.uréia e, mesmo quando falem

português, .(amais permitemuc suas mulheres o façam.Amam profundamente a região

Costa Pinheiro partindo par:

você quer' — t(uern quatro dizele. E o padre replica: — Estábem. E em seguida abiíiça osnoivos e manda aos dois: — Fa-

ga rie .Vinclies

Rondon. certam deles lfvá-ln com

I H Aldeia Queimaaadiaã,

1 Tom, nde

_ ..na, olho para estechapada.) c fico saudoso". Os ko-zarini" e ns parecis em geral guar-dam uma amarga lembrança dos

premo, contam, teve dois filhos,uni foi o começo da raça bran-„.,. r,,.,-,, f0| 0 tronco da raça

\o principio do mundo

o que haveria de firnas jornadas para ario noroeste, Toloyrelonge trazido pela famdon e desde enlão e iguia dedicado e um ,Ltuacurlrl-guan

¦ide aldeiante a silalm

finialali

l llnd

. i: fni ua

o Salto dalia "celebronriiiis «cr ali

lio relativamente fácil. A cora,porem, terminavam os caminhosdns Parecis. Xão havia maiscuias. E os expedicionários ti-nbam rte romper por si mesmosa estrada que deveriam palmi-Ihar. A 10 rie outiihrn estavaRondon a nada menos de jfiOquilômetros de Cuiabá. A carnepodia ser suprida pelns palmitose pela caça. Mas o açúcar e o salestavam também esgotados e sóquando um homem

mirapedição é que podeidéia do que a falia uessiisas tão simples realmente

< da (mia

epre-

O sal. enlão, é Insubstituível,A natureza não oferece nada quese lhe assemelhe. Em situaçõesprecárias o café e o chá podemser substituídos satisfatório men-te por várias bervas. uotaila.nen-le pela chamada '"douradlnha".O açúcar pude ser encontrado uomel silvestre, nos brotos da II-xeira"' que arioçam como açúcare nos gravetos de "pau doce".Mas comer sem sal é cousa quedemanda uma férrea disciplina.Agora os expedicionários come-cavam a trilhar por florestasrealmente virgens, E precisa-mente ali a situação alimentarse tornava tão dura. Dois diaspassaria a expedição acampadanas margens do Rio do Calor.

Logo, porem, prosseguiria na¦ua marcha agora nâo mais norumo do Poente, mas inclinada,para o N. N. O.

O

HABITANTE das çlrta-des, ou mesmo das fa*zciidas, — escreve um

dos expedicionários, — nâo lema noção do deserto; naquelas, ohomem sente-se sempre acom-piuharto, percebe que existe ahumanidade cm derredor df sie quando está só, rihpüe de vá-rim meios para sc pòr em cou-taeiii com oulro ser vlvetite eraciin.il; na ruça, por mais ermoque seja o slllo, se não ouve ogalo que canta na habitaçãomais próxima, tem sempre apossibilidade de cn conlra r nmnu outro viajante que por alipassa. No "desertao", *- segun-

i sua i, paru oi centros de minera- llicr, Vvcè viu levá-la! t, pergua»

DOM CASMURROtem novo endereço

PRAÇA MARECHALFLORIANO, 55 - 2."«nd. — Tel.i 42,1712(rede interna) — RIO

Encerrado o no*?curso Teatrr