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7 IX IX IX IX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica ÀREAS DE CONHECIMENTO 1 - CIÊNCIAS DA SAÚDE

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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ÀREAS DE CONHECIMENTO

1 - CIÊNCIAS DA SAÚDE

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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

EFEITOS AGUDOS DO ALONGAMENTO ESTÁTICO DOS MEMBROS INFERIORES NA

PROPRIOCEPÇÃO E EQUILÍBRIO UNIPODAL EM JOVENS SEDEN TÁRIAS

Bolsista: Caroline Larissa Morais

Orientador : Prof. Me. Everson de Cássio Robello

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: O alongamento estático ou lento, é uma manobra terapêutica utilizada para

aumentar a mobilidade dos tecidos moles, que traz um aumento da tolerância do movimento

durante o exercício excêntrico e a melhora da elasticidade muscular (McGUINE, et al.,

2006). Apesar de ser usado com alta frequência como uma modalidade terapêutica que

antecede alguma atividade física ou profissional, o real entendimento dos efeitos agudos

desse tipo de alongamento não estão claros na literatura científica (FRANCO, et al., 2012;

ROBELLO et al., 2015; FLETCHER, et al., 2010; SAMSON, et al., 2012). OBJETIVO : O

objetivo desse estudo foi avaliar a influência imediata do alongamento estático dos membros

inferiores na avaliação do equilíbrio unipodal e da propriocepção. MATERIAL E MÉTODO:

Estudo randomizado e de campo, composto de 20 voluntárias sedentárias e jovens do sexo

feminino, divididas em dois grupos: Grupo Alongamento (GA, n=10) e Grupo Controle (GC,

n=10). O GA foi submetido a manobras de alongamento estático dos membros inferiores, já

o GC não realizou nenhuma intervenção. Para a avaliação da propriocepção e apoio

unipodal, foram utilizados os testes: Hop Test e Star Excursion Balance Test (SEBT ou Y

test), antes e após a intervenção do alongamento. Os resultados foram expressos como

médias + EPM. Estes foram analisados através do teste t de Student, considerando as

diferenças significativas quando os valores de p foram menores que 0,05. As análises serão

feitas com o software Graph Pad Prisma. RESULTADOS: Após a coleta de dados, foi

observado uma melhora dos resultados de todos os itens do Y Test (Avaliação anterior:

GC – avaliação inicial: 65,0±10,94; avaliação final: 68,1±10,7 / GA - avaliação inicial:

65,8±14,16; avaliação final: 83,0±9,64. Avaliação póstero-medial: GC – avaliação inicial:

57,5±19,11; avaliação final: 59,9±12,61 / GA - avaliação inicial: 56,6±10,19; avaliação final:

71,9±16,05. Avaliação póstero-lateral: GC – avaliação inicial: 61,5±8,93; avaliação final:

63,7±10,32 / GA - avaliação inicial: 56,1±10,48; avaliação final: 70,7±14,12) quando

comparada à avaliação inicial e final do GA. Relativo ao Hop Test, não foi verificado

diferenças entre as avaliações de ambos os grupos (GC – avaliação inicial: 74,3±19,06;

avaliação final: 77,0±16,97 / GA - avaliação inicial: 74,5±24,75; avaliação final: 91,4±27,29).

CONCLUSÃO: Diante dos objetivos propostos e dos resultados obtidos nessa pesquisa, é

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possível inferir que os efeitos agudos do alongamento estático, realizado nos membros

inferiores, podem melhorar a propriocepção e o equilíbrio unipodal em jovens sedentárias.

Entretanto, não foi observado diferença nesse tipo de modalidade terapêutica quando

avaliado o desempenho muscular associado ao equilíbrio.

PALAVRAS-CHAVE: Exercícios de alongamento muscular; Aprendizagem por associação;

Destreza motora; Lesões.

REFERÊNCIAS:

1. FRANCO, B. L.; SIGNORELLI, G. R.; TRAJANO G. S. T.; COSTA, P. B.;

OLIVEIRA, C. G. Acute Effects of Three Different Stretching Protocols on the

Wingate Test Performance. Sports Sci Med. v.11, n1, p.1–7, 2012.

2. FLETCHER, I. M.; MONTE-COLOMBO, M. M. An investigation into the possible

physiological mechanisms associated with changes in performance related to

acute responses to different preactivity stretch modalities. Appl Physiol Nut

Metab. v.35, p.27–34, 2010.

3. MCGUINE, R.; TIMOTHY, A. The effect of a balance training program on the risk

of ankle sprains in high school athletes. The American Journal of Sports

Medicine. v.34, n.7, p.1103-11, 2006

4. ROBELLO, E. C.; BREDARIOL, K. J.; DE JESUS, V. S. Estudo comparativo entre

mobilidade vertebral e alongamento posterior de membros inferiores no ganho de

flexibilidade. J Health Sci Inst. v.33, n1, p.78-82, 2015

5. SAMSON, M; BUTTON, D. C.; CHAOUACH, A; BEHM, D. G. Effects of dynamic

and static stretching within general and activity specific warm-up protocols.

Journal of Sports Science and Medicine. v.11, p.279-85, 2012.

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AVALIAÇÃO DO TEOR DE PROTEÍNA EM SUPLEMENTOS ALIMEN TARES

Bolsista: Gabriela Freitas Favoratto

Orientador: Profa. Ma. Flávia Noeli de Souza Infante

Curso: Nutrição

INTRODUÇÃO: A ingestão proteica deve ser obtida por meio de uma dieta adequada, vinda

de origem animal como carnes e ovos, bem como de origem vegetal. A suplementação é um

meio de complementar a dieta quando não se atinge as recomendações necessárias, sendo

ela, uma estratégia nutricional adequada, fonte proteica de boa qualidade e

biodisponibilidade de aminoácidos (HERNANDEZ et al, 2009). Os suplementos alimentares

líquidos ou em pó, são nutrientes isolados ou combinados entre si que devem ser ingeridos

em quantidades que sigam as recomendações diárias estabelecidas a fim de complementar

as necessidades nutricionais e não substituí-las, como define a ANVISA na RDC No 18 de

27 de abril de 2010. OBJETIVOS: Avaliar o teor de proteína presentes em concentrados ou

isolados proteicos de origem animal e vegetal comercializados no município de Jundiaí –

SP. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliadas 5 marcas. A umidade foi determinada por

gravimetria após secagem em estufa à temperatura de 105ºC até atingir peso constante.

Para a determinação do teor de proteína foi utilizada a metodologia de Kjedahl com fator de

conversão de 6,38 para proteína do leite e 5,95 para proteína vegetal. Todos os produtos

tiveram sua rotulagem avaliada segundo a RDC-360 de 2003 publicada pela ANVISA e se

os rótulos apresentam todas as informações obrigatórias e se estas representam o que é

encontrado nos produtos. RESULTADOS: Os produtos não apresentaram irregularidades

em seus ensaios(triplicatas), referentes a avaliação do teor de proteína, o estudo teve 100%

de conformidade. A diferença de porcentagem foi mínima, não chegando nem próximo do

limite da margem de 20%. CONCLUSÃO: Conclui-se que todos os suplementos avaliados

estão conformes e de acordo com a legislação vigente.

PALAVRAS-CHAVE: Aminoácidos, Proteína, Suplementação.

REFERÊNCIAS:

1. BEZERRA, Crislaine Chagas; MACÊDO, Érika Michelle Correia de. Revista

Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 7. n. 40. p.224-232. Jul/Ago. 2013

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2. Instituto Nacional de Metrologia Normalização e qualidade Industrial - INMETRO.

Relatório final sobre a análise em suplementos proteicos para atletas – whey

protein. Rio de Janeiro.54p.

3. BRASIL. Resolução RDC N° 360. A Diretoria Colegiada da ANVISA/SP Aprova

Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados,

tornando obrigatória a rotulagem nutricional. . Diário Oficial da União. 23 fev. 2003.

4. CARRILHO, Luiz Henrique. Beneficios da utilização da proteína do soro de leite

whey protein. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. v.7. n.40. p.195-

203. Jul/Ago. 2013.

5. CAPITANI, Caroline Dário ; Pacheco, Maria Teresa Bertoldo; Gumerato, Homero

Ferracini; Vitali, Alfredo; Schmidt, Flávio Luis. Recuperação de Proteínas do Soro

de Leite por Meio de Coacervação com Polissacarídeo. Pesquisa Agropecuária

Brasileira. Brasília. Vol. 40. N.11. 2005. p.1123-1128.

6. CUPPARI, Lilian. Nutrição clinica do adulto. Barueri: SP, 2014.

7. HARAGUCHI, Fabiano Kenji; ABREU, Wilson César de; DE PAULA, Heberth.

Proteínas do soro do leite: composição, propriedades nutricionais, aplicações no

esporte e benefícios para a saúde humana Rev. Nutr., Campinas. jul./ago, 2006.

8. HERNANDEZ, José Arnaldo; NAHAS Munir Ricardo. Modificações dietéticas,

reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação

ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Suplemento – Rev Bras Med Esporte

– Vol. 15, N° 3 – Mai/Jun, 2009.

9. MARCHINI, J. Sérgio; RODRIGUES, Margareth M.P; CUNHA, Selma F.C;

FAUSTO, M. Arlene; VANNUCCHI, Helio; OLIVEIRA, J.E Dutra de. Calculo das

recomendações de ingestão protéica: aplicação a pré-escolar e adulto utilizando

alimentos brasileiros, Rev. de Saúde Pública, V.28, n°2, São Paulo, 1994.

10. PACHECO, Maria Teresa et al. Propriedades funcionais de hidrolisados obtidos a

partir de concentrados proteicos de soro de leite. Campinas: SP, 2005

11. SBME, Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Modificações dietéticas,

reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação

ergogenica e potenciais riscos para a saúde. Rev. Bras. Med. Esporte 2003. p.43-

56.

12. TERADA, Lilian et al. Efeitos metabólicos da suplementação de whey protein em

praticantes de exercícios com pesos. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São

Paulo. v. 3. n. 16. p. 295-304. Julho/Agosto. 2009. ISSN 1981-9927.

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INVESTIGAÇÕES SOBRE O REFORÇAMENTO NEGATIVO DA VARI ABILIDADE

COMPORTAMENTAL EM CONTINGÊNCIAS DE FUGA

Bolsista: Raniel Barbosa de Almeida Silva

Orientador : Prof. Me. Amilcar Rodrigues Fonseca Júnior

Curso: Psicologia

INTRODUÇÃO: Hunziker e Moreno (2000) definem variabilidade comportamental como

diferenças ou mudanças entre unidades comportamentais de um dado universo de

possibilidades. Estudos demonstram que a variabilidade comportamental pode ser

modificada em função das consequências que produz (Page & Neuringer, 1985). A maioria

desses estudos tem investigado o controle do variar por reforçamento positivo (ver

Neuringer e Jensen, 2012, para uma revisão), sendo escassa a literatura sobre

reforçamento negativo da variabilidade (Cassado, 2009; Samelo, 2008; Samelo, 2012).

Desse modo, é restrita a generalidade do fenômeno (Sidman, 1960). OBJETIVO: O

Experimento I teve como objetivo investigar os efeitos da manipulação da topografia da

resposta de fuga sobre a variabilidade comportamental mantida por reforçamento negativo.

O Experimento II, teve como objetivo investigar os efeitos da manipulação do número de

respostas que compõem as unidades comportamentais sobre a variabilidade

comportamental mantida por reforçamento negativo. MATERIAL E MÉTODO: Foi utilizado,

em ambos os experimentos, um notebook Intel(R) Core (TM) i3-3110M com tela colorida de

14’’, equipado com um mouse óptico Thinkpad e um fone de ouvido supra-auricular Philips

(Modelo SHP2000). No Experimento I, houve a participação de um participante. No

Experimento II, dez participantes foram divididos em dois grupos (n=5; A-Crescente e B-

Decrescente). Em ambos os experimentos, estímulos sonoros de 3000 Hz e 75 dB foram

administrados. No Experimento I, o som podia ser eliminado pela emissão de uma

sequência de quatro respostas de clicar e, posteriormente, teclar. Essas respostas foram

analisadas sob as contingências LAG 2 e ACO. Cada fase teve duração de 50 tentativas. No

Experimento II, a contingência LAG 2 foi mantida constante e o número de repostas de clicar

que compunham a sequência foi manipulado. Quatro, seis ou oito respostas foram exigidas

em diferentes fases, compostas por 50 tentativas. RESULTADOS: Foi utilizada inspeção

visual como método de análise (Bourret & Pietras, 2013). No Experimento I, quando a

resposta de clicar foi exigida, o Valor U obtido em LAG 2 foi 0,84, enquanto em ACO foi de

0,48. Com a resposta de teclar, o Valor U obtido durante LAG 2 foi 0,79, enquanto em ACO

foi de 0,5. Ademais, a proporção de sons eliminados quando a resposta de clicar foi exigida

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foi de 0,82 em LAG 2, e 0,76 em ACO. Quando a resposta de teclar foi exigida, a proporção

de sons eliminados foi de 0,83. No Experimento II, foi observado com nove participantes

que, independentemente da ordem de exposição às diferentes exigências de resposta (i.e.,

crescente ou decrescente), os níveis de variabilidade foram inversamente proporcionais ao

tamanho da sequência. No que se refere à proporção de sons eliminados, enquanto para os

participantes expostos à ordem crescente (Grupo A) foi observado aumento gradual dessa

medida em função do aumento na exigência, para quatro dos cinco participantes expostos à

ordem decrescente efeito inverso foi observado. CONCLUSÃO: Os resultados de ambos os

experimentos apontam que houve controle da variabilidade comportamental por

reforçamento negativo, tal como descrito na literatura (Cassado, 2009; Samelo, 2008, 2012).

O Experimento I teve como objetivo investigar se diferentes topografias de resposta (i.e.,

clicar ou teclar) interferem na variabilidade obtida com participantes humanos. Não foram

observadas diferenças nos níveis de variabilidade obtidos em função da topografia da

resposta no desempenho do único participante a concluir todas as etapas do estudo – houve

acentuada desistência de participantes durante a exposição ao procedimento. Contudo, a

escassez de dados neste experimento enfraquece a possibilidade de obtenção de eventuais

conclusões e aponta para possíveis limitações do método empregado. Esses dados diferem

daqueles apresentados por Morgan e Neuringer (1990), com ratos, que indicam que os

níveis de variabilidade são alterados em função da topografia da resposta. Futuras

pesquisas poderiam testar novas topografias. No Experimento II, foi observado que os níveis

de variabilidade foram inversamente proporcionais ao número de respostas que formavam a

sequência. Esses dados diferem daqueles descritos na literatura, os quais indicam que, com

pombos, o variar é diretamente proporcional ao tamanho da sequência (Page & Neuringer,

1985). Os resultados do presente estudo favorecem a hipótese de memorização, em

detrimento da hipótese do gerador randômico (ver Page & Neuringer, 1985). No que

concerne ao padrão observado na proporção de sons eliminados, é possível atribuí-lo a um

possível efeito de história de exposição às fases experimentais (Hunziker, Caramori, Silva, &

Barba, 1998). Os participantes do Grupo A foram gradualmente expostos a contingências

mais exigentes, ao contrário dos participantes do Grupo B. Por fim, reconhecem-se as

limitações do presente estudo, dadas as dificuldades impostas pelo software empregado, as

quais deverão ser sanadas em estudos futuros. Entretanto, pode-se extrair deste trabalho

alguns rumos de pesquisa sobre a variabilidade operante em humanos. A diferença entre os

dados aqui obtidos, com humanos, e àqueles reportados por Page e Neuringer (1985), com

pombos, abre espaço para questionamentos sobre a natureza da variabilidade operante

entre diferentes espécies. Ainda, o presente estudo representa um avanço por adicionar à

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literatura dados de pesquisa sobre o controle aversivo do variar, os quais são escassos,

dada a alta prevalência de estudos envolvendo controle apetitivo do variar. A continuidade

desse tipo de investigação, invariavelmente levará a um entendimento mais completo sobre

o comportamento dos organismos.

PALAVRAS-CHAVE: variabilidade comportamental, reforçamento negativo, LAGn, fuga.

REFERÊNCIAS:

1. BOURRET, J. C., & PIETRAS, C. J. (2013). Visual analysis in single-case research.

In G. J. Madden (Ed.), APA handbook of behavior analysis: Vol 1. Methods and

principles (pp. 199-217). Washington, DC: American Psychological Association.

2. CASSADO, D. C. (2009). Variabilidade induzida e operante sob contingências de

reforçamento negativo (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São

Paulo.

3. HUNZIKER, M. H. L., CARAMORI, F. C., SILVA, A. P. D., & BARBA, L. S. (1998).

Efeitos da história de reforçamento sobre a variabilidade comportamental. Psicologia:

Teoria e Pesquisa, 14(2), 149-59.

4. HUNZIKER, M. H. L., & MORENO, R. (2000). Análise da noção de variabilidade

comportamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 16(2), 135-143.

5. MORGAN, L., & NEURINGER, A. (1990). Behavioral variability as a function of

response topography and reinforcement contingency. Animal Learning & Behavior,

18(3),257-263.

6. NEURINGER, A., & JENSEN, G. (2012). The predictably unpredictable operant.

Comparative Cognition & Behavior Reviews, 7, 55-84.

7. PAGE, S. & NEURINGER, A. (1985). Variability is an operant. Journal of

Experimental Psychology: Animal Behavior Processes, 11(3), 429-452.

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8. SAMELO, M. J. (2008). Investigação sobre o desamparo aprendido em humanos

(Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.

9. SAMELO, M. J. (2012). Desamparo aprendido e imunização em humanos: Avaliação

metodológica/conceitual e uma proposta experimental (Tese de doutorado).

Universidade de São Paulo, São Paulo.

10. SIDMAN, M. (1989). Coercion and its fallout. Boston: Authors Cooperative.

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EFEITO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA CO MPOSIÇÃO

CORPORAL DE FUNCIONÁRIOS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO PA DRE ANCHIETA

Bolsista: Sheila Bozzo dos Santos

Orientador: Taciana Davanço

Coorientador: Júlia Figueiredo Machado

Curso: Nutrição

INTRODUÇÃO: O Brasil passa por uma importante transição nutricional em que, de um

quadro de fome e a desnutrição, encontramo-nos atualmente num crescente patamar de

sobrepeso e obesidade. A Educação Nutricional se apresenta como uma importante

ferramenta que auxilia na conscientização da população a respeito de uma melhor qualidade

de vida por meio de uma alimentação saudável. Paralelamente, tornou-se necessário o

avanço de pesquisas em relação a métodos de avaliação mais precisos e viáveis para

mensuração da composição corporal e avaliação nutricional da população. Parâmetros

como o Índice de Massa Corporal (IMC), a Circunferência da Cintura (CC), a Relação

Cintura-Quadril (RCQ), a Relação Cintura-Altura (RCA), a Bioimpedância Elétrica (BIA) e

percentual de gordura por método de Pollock. O IMC é o mais conhecido indicador de

estado nutricional, mas sua acurácia como parâmetro de saúde tem sido contestada por não

ser capaz de distinguir massa magra de massa gorda, o que influenciaria radicalmente no

diagnóstico de praticantes de atividade física. A CC permite avaliar a distribuirão central da

gordura corporal, e estima risco cardiovascular atrelado a gordura visceral, principal

responsável pelo surgimento de alterações metabólicas e doenças cardiovasculares. De

semelhante posicionamento, a RCQ é outro indicador associado a risco de doenças

crônicas não-transmissíveis. Sendo comparada com a circunferência da cintura, a RCQ

demonstra-se melhor em predizer nível de hipertensão arterial, diabetes e baixos níveis de

HDL. No entanto, parece que a circunferência da cintura é o indicador que mais se relaciona

com as demais variáveis antropométricas e possui mais precisão para predizer desordens

metabólicas do que RCQ. A RCA é uma ferramenta mais atual e aparentemente mais

precisa para predizer condições de saúde, que utiliza as medidas de cintura e altura para

detectar obesidade abdominal e possíveis riscos associados à saúde, como diabetes e

eventos cardiovasculares. Essa ferramenta prevê que a medida da cintura deve estar abaixo

da metade da altura. A BIA e o percentual de gordura por Pollock são métodos de avaliação

da composição corporal capazes de estimar o percentual de gordura do indivíduo. Esta

última tem sido muito utilizada graças a seu baixo custo operacional e relativa simplicidade

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de utilização, porém sua precisão e confiabilidade é inferior à BIA por ser dependente de

como o avaliador coleta cada medida, além da ampla margem de protocolos existentes,

sendo que nem sempre eles são próprios para a população alvo. OBJETIVO: O objetivo

geral do estudo é avaliar a composição corporal de funcionários do Centro Universitário

Padre Anchieta, pré e pós intervenção nutricional de 12 semanas. MATERIAL E MÉTODO:

Participaram 43 indivíduos com idade entre 17 e 60 anos. Os critérios de inclusão foram:

não drogaditos, de ambos os sexos; os critérios de exclusão foram: gestantes e lactantes. A

significância foi analisada pelos testes de T-Student e Chi-Square. As medidas realizadas

foram IMC, CC, RCQ, RCA, BIA e Percentual de gordura por Pollock. RESULTADOS: Os

resultados quantitivos comparados entre a primeira e segunda coletas demonstram que o

grupo controle apresentou diferença significativa nas pregas cutâneas de tríceps (p=0,01),

abdominal (p=0,00) e coxa (p=0,01), sendo que abdominal teve diferença significativa para

aumento de valor coletado, o que significa que a dobra cutânea sofreu piora da primeira

para a segunda coleta, enquanto que as medidas de tríceps e coxa diminuíram,

apresentando menor nível de gordura nesses pontos específicos. Já o grupo intervenção

somente apresentou diferença estatística na prega cutânea abdominal (p=0,00), mas

também para aumento da medida, o que significa que houve piora expressiva nesta variável.

Em relação aos dados qualitativos, somente o IMC apresentou diferença significativa entre

os grupos controle e intervenção após o período de palestras. Comparando os dados

obtidos da primeira para a segunda coleta entre os dois grupos, podemos concluir que o

grupo intervenção obteve melhora nesse indicador, passando da classificação de sobrepeso

(50% dos indivíduos do grupo intervenção, pré-intervenção) para eutrofia (61,5% dos

indivíduos do grupo intervenção, após intervenção), o que indica que a intervenção surtiu

bons resultados para esse indicador de saúde. O grupo controle, na segunda coleta, se

concentrou em classificações piores do que na primeira coleta, indicando que a diferença

estatística apresentada entre os grupos na segunda coleta (p=0,042) favorece o grupo

intervenção. Para todos os outros dados, não houve diferença significativa entre os grupos,

pré e pós-intervenção. CONCLUSÃO: Concluímos que não houve diferença estatística para

a população em estudo, em relação aos indicadores de RCQ, RCA, percentuais de gordura

por Pollock e por Bioimpedância e CC após 12 semanas de intervenção. O IMC, no entanto,

apresentou diferença estatística entre o perfil do grupo controle para o intervenção na

segunda coleta (p=0,042), o que pode indicar que a intervenção surtiu bom resultado em

relação ao grupo controle. Incentiva-se que mais estudos sejam feitos com novas

abordagens e métodos mais eficientes de intervenção com estratégias como uma maior

frequência de palestras, maior tempo de palestra, e workshops práticos que prendam a

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atenção dos voluntários para o aprendizado, em busca de melhores resultados

antropométricos e de saúde.

PALAVRAS-CHAVE: antropometria, educação nutricional, indicadores de saúde.

REFERÊNCIAS:

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Pública [Internet]. 1999 [Acesso em: 2015 mar 18]; 15(2):139-147. Disponível em:

http://www.scielosp.org/pdf/csp/v15s2/1295.pdf

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3. Rezende F, Rosado L, Franceschinni S, Rosado G, Ribeiro R, Marins JCB.

Revisão crítica dos métodos disponíveis para avaliar a composição corporal em

grandes estudos populacionais e clínicos. Arch Latino-am Nutr [Internet]. 2007

[Acesso em 2015 mar 18]; 57(4):327-334. Disponível em:

http://www.scielo.org.ve/pdf/alan/v57n4/art04.pdf

4. Glaner, MF. Índice de massa corporal como indicativo da gordura corporal

comparado às dobras cutâneas. Rev Bras Med Esporte [internet]. jul/ago, 2005

[Acesso em 2015 mar 23]; 11(4):243-246. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/rbme/v11n4/26867.pdf

5. Serrano HMS, Carvalho GQ, Pereira PF, Peluzio MCG, Franceschini SCC, Priore

SE. Composição Corpórea, Alterações Bioquímicas e Clínicas de Adolescentes com

Excesso de Adiposidade. Arq Bras Cardiol [Internet]. 2010 [Acesso em 2015 mar 23];

95(4): 464-472. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/aop10210.pdf

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básicas para a coleta, o processamento, a análise de dados e a informação em

serviços de saúde. Brasília, DF; 2004.

7. Rossi L, Caruso L, Galante AP. Avaliação nutricional: novas perspectivas. São

Paulo: ROCA, 2009.

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8. Costa RF. Composição corporal: teoria e prática da avaliação. Barueri: MANOLE,

2001.

9. Ashwell M, Gunn P, Gibson S. Weist-to-height ratio is a better screening tool than

waist circumference and BMI for adult cardiometabolic risk factors: systematic review

and meta-analysis. U.K.: International Association for the Study of Obesity, 2012.

10. Norton K, Olds T. Antropométrica. Rosário: Biosystem, 2000.

11. Frisancho AR, Housh CH. The relationship of maturity rate to body size and body

proportions in children and adults.Hum Biol. v.60, n.5, p.759-70, Oct, 1988.

12. Siri WE. Body composition from fluid spaces and density: analyses of methods. In

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13. Pollock ML, Wilmore JH. Exercícios na Saúde e na Doença: Avaliação e

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14. Biodynamicas Corporation [homepage na internet]. Brasil; c1998. [acesso em 10

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15. Almeida RT. Indicadores antropométricos de obesidade abdominal: prevalência e

fatores associados em funcionários de uma instituição de ensino superior.

Dissertação de mestrado em Saúde Coletiva. Universidade Estadual de Feira de

Santana, 2008.

16. Browming LM, Hsieh SD & Ashwel M. A systematic review of wait-to-height ratio

as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes: 0.5

could be a suitable global boundary value. Nutrition Research Reviews, 2010.

APOIO FINANCEIRO: PIBIC/CNPq

20

IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

EFEITO DE UMA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NOS HÁBITOS A LIMENTARES DOS

FUNCIONÁRIOS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA

Bolsista: Michelle Bolisani Dias Imperato

Orientador: Taciana Davanço

Coorientador: Júlia Figueiredo Machado

Curso: Nutrição

INTRODUÇÃO: Os hábitos alimentares e o estilo de vida podem estar diretamente

relacionados com o desenvolvimento de algumas doenças. Segundo a OMS as Doenças

Crônico Não Transmissíveis (DCNT) são caracterizadas por um conjunto de doenças que

não têm o envolvimento de agentes infecciosos em sua ocorrência e compreendem

majoritariamente, doenças cardiovasculares, diabetes, câncer. Estas são as principais

causas de morte no mundo e promovem uma perda da qualidade de vida proporcionando

limitações nas atividades de trabalho e lazer. OBJETIVO: O objetivo geral foi avaliar através

do questionário de frequência alimentar (QFA) e Recordatório 24 horas, os hábitos

alimentares de funcionários do Centro Universitário Padre Anchieta, antes e após 12

semanas de intervenção nutricional. MATERIAL E MÉTODO: O estudo foi realizado com 41

funcionários, sendo 27 funcionários do grupo intervenção e 14 grupo controle. O R24h e

QFA foram aplicados pessoal e individualmente na população estudada. Foi utilizado o

software DietSmart para realização dos cálculos e para avaliação de adequação. O

parâmetro de comparação utilizado foi a DRI (2002). RESULTADOS: Observou-se uma

diminuição na ingestão de Fibras (P=0,03), Vitamina B2 (P=0,016), Folato (P=0,004),

Vitamina C ( P=0,016), Cálcio (P=0,034), Ferro (P=0,026) e Potássio (P=0,002). Juntamente

com as coletas de R24h e QFA, foi realizado um exame Bioquímico, e, portanto diminuição

da ingestão alimentar no dia anterior a pesquisa. O que justifica a diminuição da ingestão

desses micronutrientes. CONCLUSÃO: A educação nutricional é parte do processo de

mudança nos padrões alimentares, não foi possível observar uma mudança no

comportamento dos funcionários após intervenção, o período de intervenção se mostrou

insuficiente para promover uma mudança nos hábitos alimentares dos funcionários, os

inquéritos alimentares revelam o quanto são necessários programas educacionais, e o

desafio para a utilização de estratégias adequadas para cada grupo, para assim, ocorrer de

fato uma mudança efetiva de comportamento alimentar.

PALAVRAS-CHAVE: Doenças Crônicas não Transmissíveis, Educação Nutricional.

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REFERÊNCIAS:

1. Ministério da Saúde. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das

Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, Brasília, DF;2011-2012.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq/PIBIC

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EFEITO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM IN DICADORES

DE QUALIDADE DE VIDA DOS FUNCIONÁRIOS DO CENTRO UNI VERSITÁRIO PADRE

ANCHIETA

Bolsista : Elisângela Appolinário de Almeida Morosi

Orientador: Taciana Davanço

Coorientador: Wanderley Carvalho

Curso: Nutrição

INTRODUÇÃO: Com a industrialização e a urbanização, houve um aumento do

fornecimento de energia e redução da atividade física, ou seja, maior ingestão calórica e

menor gasto energético, gerando aumento na obesidade e predispondo a população a

diversas patologias relacionadas (TARDIDO e FALCÃO, 2006). As doenças crônicas não

transmissíveis (DCNT) apresentam-se como uma das maiores causas de óbitos prematuros,

perda de qualidade de vida e impactos econômicos (WORD HEALTH ORGANIZATION,

2005). O impacto das doenças crônicas não transmissíveis pode ser reduzido através de

intervenções que envolvam prevenção e promoção da saúde, detecção precoce e

tratamento oportuno nos casos de alguma patologia já instalada (MALTA et al, 2011).

OBJETIVO : O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de um programa de intervenção

nutricional na bioquímica clínica pertinente, no conhecimento nutricional e qualidades de

vida e do sono de funcionários do Centro Universitário Padre Anchieta, antes e após

intervenção nutricional. MATERIAL E MÉTODO: Os dados foram coletados em dois

momentos do estudo: no início (T0) e ao final (T1). O total de indivíduos participantes foi

dividido em grupo controle e grupo intervenção. Os integrantes do grupo intervenção

participaram de palestras e atividades interativas sobre alimentação e hábitos de vida

saudáveis, podendo realizar perguntas e troca de experiências. Os resultados dos exames

laboratoriais (hemograma completo, glicemia de jejum, colesterol total, colesterol fração

HDL, colesterol fração LDL, colesterol fração VLDL e triglicerídeos) foram obtidos através da

análise de duas coletas de sangue periférico, sendo que os valores de referência utilizados

são provenientes do Laboratório Bioclinica, responsável pela análise das amostras. Para a

avaliação do conhecimento nutricional foi utilizada a Escala de Conhecimento Nutricional

aplicada no National Health Interview Survey Cancer Epidemiology e traduzida, adaptada e

validada por Scagliusi, composto por 12 questões, com pontuação final que varia de 0 a 14

pontos, sendo que um total de 0 a 6 indica baixo conhecimento nutricional; entre 7 e 10,

conhecimento moderado e, acima de dez, indica alto conhecimento nutricional. A qualidade

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de vida foi analisada segundo a versão brasileira do questionário genérico de qualidade de

vida SF-36, composta por oito domínios e avaliados pelo método de pontos somados

(método de Likert), com valores que variam de 0 (zero) a 100 (cem), onde os maiores

escores correspondem a uma melhor qualidade de vida. Para a avaliação da qualidade do

sono foram utilizados o Índice da Qualidade do sono de Pittsburgh e Escala de Sonolência

de Epworth, em que o primeiro é composto por sete componentes que a somatória total

pode atingir 21 pontos e escores acima de cinco indicam padrão ruim na qualidade do sono

e a segunda ferramenta é composta por oito questões com escore global de 0 a 24 pontos,

sendo que os totais acima de 10 começam a sugerir uma sonolência patológica, que pode

ser diagnosticada como sonolência diurna excessiva. Após as coletas de dados, foram

realizados os devidos cálculos dos questionários e a tabulação dos dados e resultados dos

exames laboratoriais através do programa Excel, seguido pelas análises estatísticas

realizadas pelo software SPSS. RESULTADOS: Para os resultados dos exames

laboratoriais, ao utilizar o teste de Mann – Whitney U com p <0,05 na comparação entre os

grupos controle e intervenção, para o hemograma se pode observar que na primeira coleta

houve diferença significativa somente para o valor de monócitos (p=0,023) e na segunda

coleta se pode notar diferença significativa em três variáveis, sendo volume globular médio

(p=0,008), hemoglobina globular média (p=0,028) e linfócitos típicos (p=0,045), de acordo

com o teste de Wilcoxon não houve diferença significativa (p<0,05) entre as coletas do

grupo controle, para o grupo intervenção houve diferença significativa (p<0,05) entres as

coletas para as variáveis hemácias (p=0,011), hemoglobina (p=0,000), hematócrito

(p=0,000), volume globular médio (p=0,000) e concentração de hemoglobina globular médio

(p=0,003). No perfil lipídico a comparação entre os grupos controle e intervenção, com base

no teste de Mann-Whitney para p<0,05, apresentou diferença significativa para os valores da

fração colesterol HDL (p=0,028) na segunda coleta. No teste de Wilcoxon para p<0,05, a

comparação entre a primeira e segunda coleta de ambos os grupos, não apresentou

diferença significativa em nenhum resultado. Para a glicemia a comparação entre os grupos

controle e intervenção, com base no teste de Mann-Whitney para p<0,05, apresentou

diferença significativa (p=0,001) na primeira coleta. No teste de Wilcoxon para p<0,05, a

comparação entre a primeira e segunda coleta, apresentou diferença significativa somente

no grupo controle (p=0,019). Para a avaliação do conhecimento nutricional, a comparação

entre os grupos controle e intervenção, com base no teste de Mann-Whitney para p<0,05,

não apresentou diferença significativa. No teste de Wilcoxon para p<0,05, a comparação

entre a primeira e segunda coleta de ambos os grupos também não apresentou diferença

significativa. Na análise do questionário de qualidade de vida SF-36 a comparação entre os

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grupos controle e intervenção com base no teste de Mann-Whitney para p<0,05, apresentou

diferença significativa no domínio limitação por aspectos emocionais (p=0,045) na primeira

coleta. No teste de Wilcoxon para p<0,05, a comparação entre a primeira e segunda coleta

de ambos os grupos não apresentou diferença significativa. Na análise estatística das

ferramentas utilizadas para avaliar a qualidade do sono a comparação entre os grupos

controle e intervenção, com base no teste de Mann-Whitney para p<0,05, não apresentou

diferença significativa. No teste de Wilcoxon para p<0,05, a comparação entre a primeira e

segunda coleta de ambos os grupos também não apresentou diferença significativa.

CONCLUSÃO: Concluiu-se que apesar dos resultados estatísticos não se encontrarem

alarmantes, os resultados obtidos entre os grupos e as coletas mostram um parâmetro mais

favorável aos sujeitos que receberam a intervenção nutricional, deixando evidente a

importância deste tipo de estratégia educacional voltada para a alimentação saudável.

PALAVRAS –CHAVE: Doenças crônicas não transmissíveis, obesidade, qualidade de vida,

intervenção nutricional.

REFERÊNCIAS:

1. Tardido, AP; Falcão, MC. O impacto da modernização na transição nutricional e

obesidade. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, São Paulo, 2006; 21(2) :117-24.

2. World Health Organization. Prevenção de doenças crônicas: um investimento vital.

Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde:2005.

3. Malta, DC; Morais Neto, OL; Silva Junior, JB. Apresentação do plano de ações

estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no

Brasil,2011 a 2022.Epidemiol.Serv. Saúde. Brasilia,2011; 20(4):425-438.

SUPORTE FINANCEIRO: Os recursos necessários a condução da pesquisa foram de

responsabilidade da aluna pesquisadora e dos docentes (orientadora e coorientador). Os

exames laboratoriais foram financiados pela instituição Centro Universitário Padre Anchieta.

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COMPARAÇÃO DA APRENDIZAGEM MOTORA: IDOSOS SAUDÁVEIS X JOVENS

SAUDÁVEIS

Bolsista: Cristiane da Silva Cruz

Orientadora: Andrea Peterson Zomignani

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: Aprendizagem motora pode ser definida como a capacidade do indivíduo

em aprender e realizar uma nova tarefa incumbida. Aprimorando a cada repetição ou

experiência em realizá-la, ou seja, é a habilidade que o indivíduo desenvolve devido a

repetição e informações coletadas referente a tarefa, (Monteiro et al., 2010). A qualidade e

velocidade de aprendizagem motora podem ser beneficiadas por fatores frequentemente

manipulados no processo de ensino e aprendizagem de habilidades motoras, (Januário et

al., 2014). Seguindo a definição de que a aprendizagem motora é considerada a melhora no

desempenho de uma habilidade motora adquirida, entende-se que a cada tarefa que

é realizada com repetição por um indivíduo teremos aprendizagem motora. Tani et al.

(2011), relata que a demonstração tem um importante papel no processo para adquirir uma

habilidade motora, devido a possibilidade de o indivíduo obter informações de como realizar

a tarefa. Em qualquer atividade do dia a dia temos a demonstração, como forma de

aprimorar a habilidade adquirida por um indivíduo. OBJETIVO: Comparar habilidades de

aprendizagem motora, entre idosos e jovens saudáveis. MATERIAL E MÉTODO:

Participaram desse estudo 5 indivíduos idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, e 5

indivíduos jovens, com idades entre 18 e 30 anos, recrutados em diferentes instituições que

propõem atividades para essa população. Não foram incluídos indivíduos que utilizavam

drogas com ação sobre o sistema nervoso central, que tinham história de uso de bebida

alcoólica, com distúrbios visuais e/ou auditivos sem correção, que tinham quaisquer

doenças neurológicas ou psiquiátricas e que apresentavam habilidade diferenciada dos

dedos das mãos, como músicos ou digitadores. A todos os participantes foi apresentada a

proposta de pesquisa e todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE) do Centro Universitário Padre Anchieta, concordando em participar, voluntariamente,

da pesquisa. Os seguintes materiais foram utilizados nesse estudo: cadeira e mesa, para

acomodar o participante de maneira confortável; cabine especial, para evitar interferências

visuais e auditivas durante o procedimento; fitas adesivo-metálicas acopladas aos dedos

das mãos dos participantes, para a transmissão dos sinais relativos à execução dos

movimentos; cabos de conexão dedos-computador, computador da marca Panasonic com

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programação específica desenvolvida, para registro da velocidade e da acurácia dos

movimentos dos dedos. Apresentações da tarefa: A tarefa escolhida para a pesquisa foi a

tarefa de movimentos sequenciais de dedos, conforme paradigma proposto por Karni

(1995). Para esse tipo de abordagem, os dedos das mãos foram numerados, do dedo

indicador (segundo dedo anatômico) representado pelo número 1 até o dedo mínimo (quinto

dedo anatômico) representado pelo número 4. O polegar não recebeu numeração, pois era

quem realizava a oposição, que fechava o circuito registrando a sequência realizada.

Durante a execução dos movimentos, os participantes permaneceram sentados

confortavelmente em uma cadeira, com o membro superior a ser avaliado/treinado sobre a

mesa, de frente para o experimentador, sem acesso à tela que registra os dados. Foi

explicado ao participante que a tarefa consistia em realizar os movimentos de oponência do

polegar com os demais dedos, em sequências de cinco números memorizados previamente.

RESULTADOS: As tabelas foram construídas separando-se jovens e idosos conforme a

avaliação inicial (AI), avaliação final (AF), avaliação após 48 horas, avaliação após 7 dias e

após 28 dias, sendo subdivididas as tabelas em mão direita sequência treinada e mão

esquerda sequência treinada, sendo observado o desempenho quantitativo de acertos e

erros dos indivíduos. Desempenho da mão direita na sequência treinada: A tabela 1

apresenta os resultados do desempenho de jovens e idosos na mão direita na sequência

treinada, a qual indica que ao início da avaliação os dois grupos eram diferentes, os jovens

são mais velozes, realizam mais sequências por minuto em todas as etapas. Por isso ocorre

uma heterogeneidade entres os grupos descritos. Os indivíduos idosos não apresentaram

melhora importante de desempenho logo após o treino com uma média de acertos de (14,4),

sendo observado melhora na média de acertos (20) somente no sétimo dia. O número de

sequências erradas neste grupo não sofreu grandes variações. Os indivíduos jovens

apresentam uma média de acertos bem elevada em relação aos idosos durante toda as

etapas da tarefa, porém logo após o treino eles erraram mais (6,1), e aumentaram

consideravelmente os acertos, mantendo uma boa média de acertos e diminuindo a média

de erros. Comparando os resultados antes e após o treino houve melhora do desempenho

dos jovens com significância estatística (p≤0,05). Esse resultado positivo se manteve nas

outras avaliações posteriores. O mesmo não aconteceu com os idosos. Houve uma

pequena melhora do desempenho, mas não houve significância estatística. Desempenho da

mão esquerda na sequência treinada: A tabela 2 apresenta o desempenho na mão

esquerda demonstrando uma ideia da transferência da aprendizagem da mão direita para a

esquerda. O grupo de jovens apresentou uma média de acertos consideravelmente melhor

em relação aos idosos, houve diferença estatística (p≤0,05) entre o desempenho antes do

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treino e após 48 horas do treino. O que mostra que a aprendizagem obtida com a mão

direita foi transferida para a mão esquerda. A média de acertos neste grupo se manteve

constante, assim como a de erros, demonstrando a transferência da aprendizagem. O grupo

de indivíduos idosos logo após o treino, não demonstrou transferência da tarefa, pois não

houve aprendizagem na análise da mão direita, mantendo o mesmo índice de acertos e

erros em todas as etapas da avaliação. Não houve significância estatística em nenhuma das

análises realizadas. CONCLUSÃO: Conclui-se que indivíduos jovens possuem maior

capacidade de aprendizagem que indivíduos idosos. O grupo de idosos não apresentou

aprendizagem em nenhuma etapa da avaliação na mão direita sequência treinada em

virtude disto, não ocorreu transferência entre mãos, o que foi observado somente no grupo

de jovens, no qual houve transferência da tarefa da mão direita para a mão esquerda.

PALAVRAS-CHAVE: aprendizagem, idosos, jovens, envelhecimento

REFERÊNCIAS:

1. JANUÁRIO M. ET AL. Efeito da Combinação de Diferentes Estruturas de

Prática na Aquisição De Habilidades Motoras. Rev. Bras. Ciênc. Esporte,

Florianópolis, v. 36, n. 2, p. S758-S773, abr./jun. 2014.

2. KARNI, A. The acquisition of perceptual and motor skills: a memory system in

the adult human cortex. Cognitive Brain Research. v. 5, p. 39-48, 1996.

3. TANI ET AL. O estudo da demonstração em aprendizagem motora: estado da

arte, desafios e perspectivas. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum. v.

13, n. 5, p. 392-403, 2011.

4. MONTEIRO M. B. C. et al. Aprendizagem motora em crianças com paralisia

cerebral. Rev. bras. Crescimento desenvolv. hum. São Paulo. v.20, n. 2, 2010.

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APRENDIZAGEM MOTORA EM GRUPO DE IDOSOS COM DIFERENT ES IDADES

Bolsista: Sânia Rafaella da Silveira Araújo

Orientadora: Andrea Peterson Zomignani

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: Os animais e os seres humanos aprendem através de informações de um

meio ou um estímulo, tendo resposta do sistema nervoso central (SNC) para adaptar-se ao

meio externo (SÁ e MEDALHA, 2001). Para que isso aconteça em uma tarefa motora

básica, o processo contínuo do aprendizado motor é composto por alguns períodos,

inicialmente delineados por um desempenho irregular, de forma lenta, maior número de

erros e tempo de execução. Após, segue uma fase intermediária em que ocorre uma maior

consolidação processual da informação, há um aumento de velocidade e estabilidade na

execução. Já na fase avançada, há maior habilidade, velocidade, sincronia e automatização

de uma tarefa (HALSBAND et al, 2006). BORELLA e SACCHELLI (2009) afirmam que os

declínios de aprendizagem começam em vida adulta e se tornam graduais com

envelhecimento. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do envelhecimento em dois grupos de

idosos, sobre a aprendizagem motora de uma tarefa específica. METODOLOGIA:

Participaram desse estudo 10 indivíduos com idade entre 60 e 80 anos, os quais foram

separados em dois grupos com 7 e 3 participantes cada e analisados posteriormente. O

primeiro grupo (g1) formado por indivíduos entre 60 e 70 anos, e o segundo (g2) com

indivíduos de 71 a 80 anos, visando identificar os acometimentos na aprendizagem motora

em resposta ao envelhecimento. A amostra é proveniente de diferentes instituições que

propõem atividades para essa população. Esses indivíduos foram submetidos a uma breve

avaliação de sua capacidade cognitiva, através do Montreal Cognitive Assessment (MoCA).

A todos os participantes foi apresentada a proposta de pesquisa e todos assinaram o Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) do Centro Universitário Padre Anchieta,

concordando em participar, voluntariamente, da pesquisa. O trabalho foi realizado na

mesma instituição em laboratórios que possuem espaço e conforto para a determinada

tarefa. A tarefa escolhida para a pesquisa foi de realizar movimentos sequenciais dos dedos,

conforme paradigma proposto por KARNI, (1996). Para esse tipo de abordagem, os dedos

das mãos dos participantes foram numerados, do dedo indicador (segundo dedo anatômico)

representado pelo número 1 até o dedo mínimo (quinta dedo anatômico) representado pelo

número 4. O polegar não recebeu numeração, pois é quem realiza a oposição, que fecha o

circuito registrando a sequência realizada. A sequência realizada nesse trabalho foi 4-2-3-1-

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4. Foram medidos os acertos e erros para avaliar a aprendizagem em cada grupo e para

garantir a retenção foram feitas avaliações de 48 horas, 7 dias e 28 dias. RESULTADOS:

Os resultados finais não foram submetidos em análise estatística devido ao número de

voluntários não pertencerem a uma amostra grande. Na divisão de idosos houve uma

discrepância entre a quantidade de cada grupo. Isso se deu devido ao G1 possuir idosos

com menos idade, mais ativos e mais dispostos que o G2. Todos os resultados foram

construídos separando-se os indivíduos do G1 e G2 conforme a avaliação inicial (AI),

avaliação final (AF), avaliação após 48 horas, avaliação após 7 dias e após 28 dias, sendo

subdivididas as tabelas e gráficos em mão direita sequência treinada e mão esquerda

sequência treinada, sendo observado o desempenho em médias quantitativas de acertos e

erros dos indivíduos. Nota-se em uma visão genérica que ambos os grupos alcançaram uma

média de acertos e erros relativamente próxima. Foi observado que em ambos os casos

houve melhora do desempenho com a mão que não foi treinada, demostrando transferência,

porém o número de erros no grupo 2 foi superior, o que pode significar que a melhora do

desempenho se deu às custas de muitos erros. Isso significa que a aprendizagem, neste

caso para o grupo 2, não foi eficiente. CONCLUSÃO: Com os resultados obtidos e com a

pesquisa elaborada, esse projeto conclui que idosos com mais idade necessitam de um

maior período de tempo para aquisição de uma nova tarefa, se comparados aos idosos com

menor idade.

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem, Idosos, Envelhecimento, Learning.

REFERÊNCIAS:

1. SÁ, C.; MEDALHA, C. Aprendizagem e memória – Contexto motor. Rev.

Neurociências 9(3): 103-110, 2001.

2. Halsband, U.; Lange, R.K. Motor learning in man: a review of functional and

clinical studies. J Physiol Paris 99(4): 414-424, 2006.

3. BORELLA, M. P.; SACCHELLI, T. Os efeitos da prática de atividades motoras

sobre a neuroplasticidade. Rev. Neurocienc 17(2): 161-9, 2009.

4. KARNI, A. The acquisition of perceptual and motor skills: a memory system in the

adult human cortex. Cognitive Brain Research. v. 5, p. 39-48, 1996.

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EFEITOS DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORR ENTE CONTÍNUA

(ETCC) NA APRENDIZAGEM MOTORA DE INDIVÍDUOS IDOSOS

Bolsista: Camila Rodrigues Fraulo

Orientadora: Andrea Peterson Zomignani

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: Segundo Lang et al. (2005) as correntes anódicas e catódicas aumentam e

inibem, respectivamente, a excitabilidade cortical. As correntes podem ser aplicadas através

de dois eletrodos: o ânodo (eletrodo positivo), que é colocado sobre o córtex motor primário

(M1); e o cátodo (eletrodo negativo), que é colocado sobre o polo frontal contralateral. A

aplicação da corrente anódica no córtex motor gera melhora na capacidade motora, bem

como um aumento na eficiência da aprendizagem motora, sendo esta a capacidade do

indivíduo aprender uma nova tarefa, a qual pode ser influenciada por diversos fatores, como

a prática do movimento, o ambiente, a prática mental, a demonstração, o foco (chamado de

feedback), entre outros, como descreve Correa et al. (2005). OBJETIVO: Esta pesquisa tem

como objetivo verificar se o uso da ETCC facilita a aprendizagem motora de idosos.

MATERIAL E MÉTODO: Participaram desse estudo 4 indivíduos com idade igual ou

superior a 60 anos, recrutados em diferentes instituições que propõem atividades para essa

população. A tarefa escolhida para a pesquisa foi uma tarefa de movimentos sequenciais de

dedos, conforme paradigma proposto por Karni (1995). Foi explicado ao participante que a

tarefa consistia em realizar os movimentos de oponência do polegar com os demais dedos,

em sequências de cinco números memorizados previamente. Após o período de

treinamento de todos os grupos, foram repetidos os mesmos procedimentos da avaliação

antes do treinamento, para efeito de comparação. RESULTADOS: Os resultados

alcançados foram avaliados através da verificação do desempenho de acertos e erros da

sequência treinada realizada pela mão direita e esquerda. Cada tabela foi construída

separando cada uma das avaliações, começando pela avaliação inicial (AI), avaliação final

(AF), avaliação 48 horas, 7 e 28 dias após a realização do treino. Observou-se na mão

direita que os erros de ambos os grupos não tiveram variação significativa durante as

avaliações, portanto serão discutidos mais especificamente os acertos como medida de

desempenho. De acordo com os dados obtidos, pode-se observar através de suas médias

que o grupo ETCC apresentou melhores resultados, sendo na avaliação inicial antes do

treinamento (AIAT) (23,5), na avaliação de 48 horas (29) e 7 dias (29). Foi determinada esta

avaliação na mão não dominante para avaliar a transferência de aprendizagem da mão

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direita para a mão esquerda. Observou-se na mão esquerda que os grupos não

apresentaram grandes variações em seu desempenho, mas o grupo ETCC apresentou mais

erros em comparação ao grupo placebo. Contudo, na avaliação de 48 horas ambos os

grupos apresentaram piora na execução, porém com recuperação nas avaliações seguintes.

CONCLUSÃO: Conclui-se que ambos os grupos demonstraram melhora de desempenho e

aprendizagem motora, entretanto os grupos não foram comparáveis entre si.

PALAVRAS-CHAVE: aprendizagem, idosos, envelhecimento, ETCC.

REFERÊNCIAS:

1. CORRÊA, U. C. et al. Efeitos da freqüência de conhecimento de performance na

aprendizagem de habilidades motoras. Rev. bras. Educ. Fís. Esp, v. 19 n. 2, p.127-

41, Jun 2005.

2. KARNI, A. The acquisition of perceptual and motor skills: a memory system in the

adult human cortex. Cognitive Brain Research, v. 5, p. 39-48, 1996.

3. LANG N. et al. How does transcranial DC stimulation of the primary motor cortex alter

regional neuronal activity in the human brain? Rev. Eur J Neurosci, v. 22, n. 2, p.

495–504, July 2005.

APOIO FINANCIERO: BIC/UniAnchieta

32

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ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO OLI-OLÁ ®, UM EXTRATO DO FRUTO DA

OLIVEIRA

Bolsista: Deborah Tiaki Sato de Oliveira

Orientador : Aparecida Érica Bighetti Ribas

Coorientador: Patrícia Gisela Sampaio Reolon

Curso: Farmácia

INTRODUÇÃO: Antioxidantes são substâncias capazes de impedir o envelhecimento da

pele, pois bloqueiam as reações de oxidação induzidas pelos radicais livres. Devido à pele

possuir uma extensa área e ter função protetora do organismo, a aplicação de antioxidantes

tópicos reduzem os danos oxidativos (SCOTTI et al., 2007). Extratos vegetais são ricos em

substâncias antioxidantes, pois possuem uma barreira natural contra os radicais livres

formados pela radiação UV, necessárias para a fotossíntese. Tendo em vista isto, quando

aplicados a modelos animais e em culturas celulares, neutralizam a reatividade radicalar,

diminuindo lesões celulares. O maior grupo de antioxidantes extraídos de plantas são os

compostos fenólicos que neutralizam a reatividade radicalar através da doação de um átomo

de hidrogênio (F’GUYER et al., 2003; NIKOLIC, 2006). Um exemplo de extrato vegetal que

possui compostos fenólicos são aqueles derivados da oliveira (óleos, frutos e folhas), sendo

que o Oli-Olá® utiliza o extrato do fruto da oliveira como princípio ativo (padronizado em 3 %

de hidroxitirosol), um polifenol com potente ação antioxidante. Dos compostos fenólicos

predominantes no extrato, o hidroxitirosol é o composto antioxidante mais potente (RAFEHI

et al., 2011; SARSOUR et al., 2011). OBJETIVOS: O objetivo desse projeto foi realizar uma

investigação para identificar e certificar a presença de substâncias antioxidantes no Oli-Olá®,

que contém extrato do fruto da oliveira, a partir do teste de poder redutor (OLIVEIRA et al.,

2011; RIBEIRO, 2006), e do teste de redução do radical DPPH, que comprova a atividade

antioxidante. MATERIAL E MÉTODO: Para a determinação qualitativa de substâncias

antioxidantes utilizou-se o Teste do Poder Redutor, que se baseia na redução de íons

ferricianeto (Fe3+) para ferrocianeto (Fe2+), com mudança de coloração durante o processo

de redução. Para a determinação quantitativa, utilizou-se o Teste do DPPH que, por meio de

análises espectrofotométricas em 517 nm, foi possível o cálculo da atividade antioxidante

expressa em porcentagem (AA %). Para efeito de comparação de AA % do Oli-Olá® com o

padrão ácido gálico, utilizaram-se soluções da amostra e do padrão com concentrações a

0,05 %, 0,045 %, 0,0375 %, 0,03 %, 0,0225 % e 0,015 %. Foram calculadas também valores

de IC50 (Concentração Inibitória) para Oli-Olá® e para o padrão de ácido gálico, a partir de

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medidas espectrofotométricas em 517 nm, após 30 minutos de incubação. RESULTADOS:

No Teste do Poder Redutor, os antioxidantes presentes na amostra de Oli-Olá® mostraram-

se capazes de reduzir o ferricianeto a ferrocianeto. Notou-se a mudança na coloração da

solução de amarelo para verde, sendo comprovada com medidas espectrofotométricas em

700 nm, apresentando clareza na descoberta da presença de antioxidante no Oli-Olá®. O

Teste do DPPH baseia-se na redução do radical DPPH, onde é alterada gradualmente sua

coloração de violeta para amarelo, passando para sua forma estável DPPH-H. A partir dos

resultados obtidos determinou-se a porcentagem de atividade antioxidante ou sequestradora

de radicais livres e/ou a porcentagem de DPPH remanescente no meio reacional (BRAND-

WILLIAMS, et al., 1995 e SÁNCHEZ-MORENO, et al., 1998). Os valores obtidos de AA %, e

seus desvios padrão, nas diferentes concentrações para a amostra do Oli-Olá® foram

respectivamente (67,76 ± 0,63), (65,88 ± 0,50), (65,62 ± 0,53), (64,68 ± 0,62), (63,36 ±

0,62),(62,80 ± 0,63), e para o padrão foram (69,80 ± 0,67), (67,74 ± 0,22), (66,43 ± 0,13),

(66,13 ± 0,37), (65,57 ± 0,32), (64,40 ± 0,23). O IC50 expressa a concentração de

antioxidante necessária para reduzir em 50 % a concentração inicial de DPPH. Os valores

calculados foram 0,120 µg/mL para o Oli-Olá® e de 0,106 µg/mL para a amostra do padrão.

Quanto menor o valor de IC50, maior a atividade antioxidante. CONCLUSÕES: Conclui-se,

por meio do teste do poder redutor, a determinação de substâncias antioxidantes no Oli-

Olá®, cujas presenças foram comprovadas visualmente e espectrofotometricamente pela

mudança de coloração das soluções de amarela para verde, caracterizando a mudança de

íons ferricianeto para ferrocianeto. O teste quantitativo da redução do radical DPPH mostrou

a atividade antioxidante no Oli-Olá®, a partir das porcentagens de atividade antioxidante (AA

%) em diferentes concentrações. Indicou ainda que quanto maior a concentração de

antioxidante no Oli-Olá®, maior será sua atividade antioxidante, pois maior foi o consumo do

radical DPPH. Além disso, o valor de IC50 encontrado para a solução comprova a atividade

antioxidante dos componentes presentes no Oli-Olá®, justificando seu uso em produtos

cosméticos de prevenção ao envelhecimento cutâneo.

PALAVRAS-CHAVE: Oli-Olá®, Antioxidante, Poder redutor, DPPH, IC50.

REFERÊNCIAS:

1. BRAND-WILLIAMS, W.; CUVELIER, M. E.; BERSET, C.; Lebentsmittel-Wissenschaft

& Technologie, v. 28,n. 25, 1995.

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2. F’GUYER, S.; AFAQ, F.; MUKHTAR, H. Photochemoprevention of skin cancer by

botanical agents. Photodermatology. Photoimmunology & Photomedicine. , v.19,

n.1, p.56-72, 2003.

3. NIKOLIC, K.M. Theoretical study of phenolic antioxidants properties in reaction with

oxygen-centered radicals. Journal of Molecular Structure , THEOCHEM, v.774, n.1,

p.95-105, 2006.

4. OLIVEIRA, D. S.; AQUINO, P. P.; RIBEIRO, S. M.; PROENÇA, R. P. C.; PINHEIRO-

SANT’ANA, H. M. Vitamina C, carotenoides, fenólicos totais e atividade antioxidante

de goiaba, manga e mamão procedentes da Ceasa do Estado de Minas Gerais. Acta

Scientiarum Health Sciences , v. 33, n.1, p. 89-98, 2011. Disponível

em:<htttp://periódicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHealthSci/article/viewFile/8052/80

52> Acesso em: 24 janeiro 2016.

5. RAFEHI, H.; SMITH, A. J.; BALCERCZK, A; ZIEMANN, M.; OOI, J.; LOVERIDGE, S.

J.; BAKER, E. K.; EL-OSTA, A.; KARAGIANNIS, T. C.; Investigation into the

biologistical properties of the polyphenol, hydroxytyrosol: mechanistic insights by

genome-wide mRNA- Sequence analysis. Genes Nutrition , v. 7, n. 2, p. 343-55,

2011.

6. RIBEIRO, S. M. R. Caracterização e avaliação do potencial antioxidante de mangas

(Mangifera indica L.) cultivadas no Estado de Minas Gerais, 2006. Tese (Doutorado

em Bioquímica Agrícola) Disponível em:

<www.cipedya.com/web/FileDownload.aspx?IDFile=159670> Acesso em: 24 janeiro

2016.

7. SARSOUR, E. H.; KUMAR, M. G.; KALEN, A. L.; GOSWAMI, M.; BUETTNER, G. R.;

GOSWANI, P. C.; MnSOD activity regulates hydroxytyrosol-induced extension of

chronological lfespan, v. 34, n. 1, p. 95-109, 2011.

8. SÁNCHEZ-MORENO, C.; LARRAURI, J. A.; SAURA-CALIXTO, F.; Journal of the

Science of Food and Agriculture , v. 76, n. 270, 1998.

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9. SCOTTI, L.; SCOTTI, M. T.; CARDOSO, C.; PAULETTI, P.; CASTRO-GAMBOA, I.;

BOLZANI, V. S.; VELASCO, M. V. R.; MENEZES, C. M. S.; FERREIRA, E. I.;

Modelagem molecular aplicada ao desenvolvimento de moléculas com atividade

atioxidante visando ao uso cosmético, Revista Brasileira de Ciências

Farmacêuticas , v. 43, n. 2, p. 153-166, 2007. Disponível em:

<www.scielo.br/pdf/rbcf/v43n2/01.pdf>. Acesso em 20 janeiro 2016.

SUPORTE FINANCEIRO: PIBIC/CNPq

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ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE AS DIFERENÇAS ENTRE GÊNER OS NO

DESAMPARO APRENDIDO

Aluna: Livia Akstein Vioto

Orientadora: Maria Cristina Zago Castelli

Curso: Psicologia

INTRODUÇÃO: A depressão é uma psicopatologia de vasto espectro (que inclui depressão

profunda e distimia) e grande incidência atualmente na sociedade. Na nova edição do DSM

(DSM-5, 2013), as doenças depressivas ganharam seu próprio capítulo. Além disso, esta é

uma psicopatologia complexa e multifacetada, não tendo uma causa única, sendo antes

produto de diversos processos psicológicos e comportamentais (Ferster, 1973). O

desamparo aprendido é apenas um de diversos modelos que se propõem a estudar a

depressão. Contudo, de acordo com Hunziker (2003) e Maier e Seligman (1976), é o modelo

que melhor mimetiza o fenômeno da depressão em suas mais variadas facetas. Observa-se

que as mulheres apresentam a depressão em maior incidência e maior compleição de

sintomas do que os homens. Além disso, apesar de estudos epidemiológicos

consistentemente reportarem diferenças significativas entre gêneros na prevalência,

etiologia e respostas a tratamentos neuropsiquiátricos (Palanza, Gioiosa e Parmigiani,

2001), a grande maioria dos experimentos e pesquisas realizados sobre psicopatologias e,

mais especificamente, sobre drogas ansiolíticas e antidepressivas utilizam somente sujeitos

experimentais machos (Schors, 2002) por estes apresentarem menor variabilidade nos

resultados do que as fêmeas e sendo sua utilização, portanto, mais fácil e barata.

Experimentos que investiguem as diferenças entre os gêneros nessa psicopatologia podem

desvendar e/ou apontar caminhos promissores de análise e futuras intervenções ou

tratamentos. OBJETIVO(S): Este presente trabalho pretendeu identificar os efeitos das

variáveis incontrolabilidade e previsibilidade nos trabalhos já relatados na literatura com o

objetivo de aumentar a compreensão de quais fatores, de fato, poderão estão envolvidos

nessa interação entre o gênero dos sujeitos (camundongos e ratos machos e fêmeas) e as

variáveis críticas geradoras do desamparo. O objetivo específico foi identificar os efeitos

dessas variáveis nesses animais em diferentes contingências e diversos “momentos”

hormonais. MATERIAL E MÉTODO: Essa pesquisa foi bibliográfica, analisando a literatura

pertinente com base em artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, além

de teses e dissertações. Os seguintes termos foram utilizados para busca: “desamparo

aprendido”, “learned helplessness”, “imprevisibilidade”, “unpredictability”, “previsibilidade”,

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“predictability”, “incontrolabilidade”, “uncontrollability”, “gênero”, “gender”, “fêmeas”, “female”,

“fases de estro” e “estrogen phases”. Esses termos descritores foram inseridos nas bases

de dados SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PePSIC, PubMed, PsycINFO,

PsycARTICLES e ERIC. A partir da análise dos resumos, foram excluídos os textos

repetidos, não redigidos em língua portuguesa ou inglesa, que não tiveram ratos ou

camundongos como sujeitos experimentais. Textos sem resumo também foram excluídos. O

período pertinente ao estudo foi de 1985 a 2015; textos publicados antes de 1985 foram,

portanto, excluídos. RESULTADOS: A proposta desse projeto foi a de analisar

experimentos descritos na literatura que pudessem contribuir na identificação ou discussão

das variáveis críticas do desamparo aprendido. A suposição desse trabalho, em vista da

literatura revisada, é de que há interação entre as supostas variáveis críticas: previsibilidade,

incontrolabilidade e gênero. Esse trabalho encontrou rigorosamente isso, descrições de

procedimentos em que os resultados parecem ser um efeito combinado de variáveis. Um

exemplo disso é o apontamento dos experimentos expostos em Palanza, Gioiosa e

Parmigiani (2001), em que os autores relatam uma interação entre os tipos de alojamentos

(denominados contextos sociais), o gênero do sujeito e o momento hormonal presente, além

da variável incontrolabilidade. Por exemplo, um dos experimentos descreveu que “as

fêmeas alojadas individualmente apresentaram maior latência para entrar na área aberta

nas fases estro e diestro, mas não proestro” (Palanza, Gioiosa e Parmigiani, 2001). Através

da análise dos dados coletados identificou-se a falta de experimentos utilizando fêmeas

como sujeitos experimentais (33% dos experimentos analisados utilizaram somente machos

como sujeitos experimentais) e gênero como variável. Ainda mais raro são os experimentos

que consideram o momento hormonal das fêmeas (neste caso, somente 33% dos

experimentos testaram a fase de estro das fêmeas e, destes, somente metade analisaram

os dados obtidos através da testagem). Vale dizer que nenhum dos experimentos

analisados apresentaram dados sobre fêmeas em metaestro, somente em estro, diestro e

proestro. A variável previsibilidade só esteve presente em 33% dos experimentos e as

variáveis previsibilidade e gênero combinadas apenas em 8%. O experimento realizado por

Kirk e Blampied (1985) combina as variáveis previsibilidade e gênero, contudo a variável

previsibilidade somente foi inserida na fase teste (não estando presente na fase treino). O

ambiente social só foi considerado em 25% dos experimentos e estes foram os únicos que

utilizaram camundongos como sujeitos experimentais. Dentre os experimentos que

analisaram o ambiente social (Palanza 2001), somente dois terços também tiveram gênero

como variável e nenhum introduziu a variável previsibilidade. Os dados obtidos neste estudo

revelam a necessidade de mais experimentos que empreguem as variáveis gênero e

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previsibildade em conjunto com a incontrolabilidade e, principalmente, que efetuem uma

análise da interação dessas variáveis sobre as fases do estro.

PALAVRAS-CHAVE: desamparo aprendido, gênero, previsibilidade.

REFERÊNCIAS:

1. American Psychiatric Association (2013). DSM-5 – Diagnostic and Statistical Manual

of Mental Disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.

2. FERSTER, C. B. (1973). A Functional Analysis of Depression. American

Psychologist, 28 (10), 857- 870.

3. HUNZIKER, M. H. L. (2003). Desamparo Aprendido (Tese de Livre Docência).

Instituto de

4. Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.

5. KIRK, R. C. & BLAMPIED, N. M. (1985). Acitivity during inescapable shock and

subsequent escape avoidance learning: female and male rats compared. New

Zealand Journal of Psychology, 14, 9-14.

6. MAIER, S. F. & SELIGMAN, M. E. P. (1976). Learned Helplessness: Theory and

Evidence. Journal of Experimental Psychology: General, 105, 3-46.

7. PALANZA, P. (2001). Animal models of anxiety: how are females different?

Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 25, 219-233.

8. PALANZA, P., GIOIOSA, L., PARMIGIANI, S. (2001). Social stress in mice: gender

differences and effects of estrous cycle and social dominance. Physiology &

Behavior, 73, 411-420.

9. SHORS, T. J. & MIESEGEAS, G. (2002). Testosterone in utero and at birth determine

how a stressful experience will affect memory formation in adulthood. PNAS

(Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States), 99, 13955-

13960.

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FOTO-OXIDAÇÃO DE MODELOS DE MEMBRANA CELULAR

Bolsista: Maressa Donato Ferreira de Souza¹*

Orientadoras: Andreza Barbosa Gomide¹* e Rosangela Itri¹

¹Universidade de São Paulo, * Centro Universitário Padre Anchieta

Curso: Farmácia

INTRODUÇÃO: Reações de fotossensibilização envolvem a absorção de fótons por um

fotossensibilizador (FS) e a formação de espécies excitadas triplete. Estas são mais

oxidantes e redutoras do que o FS no estado fundamental e podem reagir com alvos

biológicos por reações de transferência de elétrons formando espécies radicalares que

causam danos em biomoléculas. Os tripletes também são eficientes em transferir energia ao

oxigênio formando oxigênio singlete ¹O2, uma molécula muito eletrofílica, capaz de se ligar

eficientemente às ligações duplas de lipídeos, ácidos nucleicos e proteínas formando

peróxidos. Estas reações são importantes tanto para os tratamentos clínicos de Terapia

Fotodinâmica (PDT – em inglês), como, para os danos da pele humana por radiação UVA e

visível [1-4]. Uma vez que a maioria dos FSs sintéticos e naturais tem certa tendência a se

acumularem nas membranas das células, os danos na membrana devem desempenhar um

papel fundamental nos efeitos biológicos de reações de fotossensibilização. Em particular, a

manutenção da estrutura da membrana tem de ser crítica para a manutenção da

homeostase celular. Portanto, investigar os mecanismos dos danos celulares fotoinduzidos

é essencial para melhorar a eficiência da PDT e/ou prevenir o envelhecimento. OBJETIVO:

Investigar como a composição lipídica da membrana influencia a resposta da mesma frente

à ação do FS azul de metileno (AM), bastante utilizado em estudos clínicos no Hospital

Pérola Byington, para tratamento de várias enfermidades ginecológicas. MATERIAL E

METODO: Membranas modelo (GUVs – vesículas unilamelares gigantes) compostas por

diferentes composições lipídicas, DOPC, DOPC:DOPG, DOPC:DOPG:Ergosterol,

DOPC:DOPG:Colesterol, DOPC:Ergosterol e DOPC:Colesterol foram dispersas em solução

contendo 5 microM de AM, a temperatura ambiente (22-25oC), e observadas por

microscopia óptica de contraste de fase ( (microscópio invertido Zeiss, Axio Observer D1,

Germany, objetivas Plan Neo-Fluar 63x Ph2 - NA 0.75, e A-plan 10x Ph1 -NA 0.25). Para

fotoativar o AM, foi utilizada a lâmpada de mercúrio HXP-R 120 W do microscópio e um filtro

com excitação em 665 nm e emissão em 725 nm. Desta maneira, foi acompanhado a

resposta da membrana frente a foto-ativação do AM por 50 minutos. Através da análise de

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perda de contraste óptico das GUVs. RESULTADOS: Foi possivel observer que as GUVs

que continham colesterol demoravam mais tempo para perder contraste do que as com

ergosterol. CONCLUSÃO: Concluímos que a presença do colesterol presente em células

mamárias protege a membrana do dano oxidativo reduzindo a permeabilidade da mesma,

enquanto ergosterol presente em células de fungos não tem o mesmo efeito protetor.

PALAVRAS-CHAVE: Azul de metileno, Foto-oxidante, Fotossensibilizador, Microscopia

otica , Vesicula Unilamelar Gigante.

REFERÊNCIAS:

1. Foote, C. S. (1968) Mechanisms of photosensitized oxidations. Science 162:963-970.

2. Tardivo, J.P.; Del Giglio, A.; Oliveira, C. S.; Gabrielli, D.S; Junqueira, H. C.; Tada,

D.B.; Severino, D.; Turchiello, R.; Baptista, M. S. (2005) Methylene blue in

Photodynamic Therapy: from basic mechanisms to clinical applications.

Photodiagnosis and Photodynamic Therapy 2:175—191.

3. Chiarelli-Neto, O.; Pavani, C.; Ferreira, A. S.; Severino, D.; Baptista, M. S. (2011)

Generation and suppression of singlet oxygen in hairs by photosensitization of

melanin. Free Radical Biology & Medicine – Journal, 51, 1195-1202.

4. Wondrak, G. T.; Jacobson, M. K.; Jacobson, E. L. (2006) Endogenous UVA-

photosensitizers: mediators of skin photodamage and novel targets for skin

photoprotection. Photochemical and Photobiology Sci 5:215–237.

APOIO FINANCEIRO: PBIC/CNPq Universidade de São Paulo