introdução secagem

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Disciplina: Operações Unitárias III Prof: Pedro Leite de Santana SECAGEM Alunos: Aldo Cardoso dos Santos Amanda Marcionila Cruz Lima Andreza Carla Ribeiro Arielle Paulino Gonçalves Augusto Fábio dos Reis Sylvio Soares da Silva São Cristóvão, Dezembro de 2008

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Page 1: introdução secagem

Disciplina: Operações Unitárias III Prof: Pedro Leite de Santana

SECAGEMAlunos:

Aldo Cardoso dos SantosAmanda Marcionila Cruz Lima

Andreza Carla RibeiroArielle Paulino Gonçalves

Augusto Fábio dos ReisSylvio Soares da Silva

São Cristóvão, Dezembro de 2008

Page 2: introdução secagem

• Processo de remoção de substâncias voláteis (umidade) de um material sólido ou líquido, devido à existência de gradientes de potencial de umidade (pressão de vapor) e de temperatura entre o meio do qual a umidade é removida e o meio para o qual a umidade é transferida.

• Quando o meio para o qual a umidade é transferida é um gás em movimento (escoamento), a secagem é denominada convectiva.

• Embora não seja a única, a água é a principal substância volátil que se deseja remover de sólidos em processos industriais.

Introdução

Page 3: introdução secagem

• Para que os mecanismos pelos quais a água (umidade) é removida de um material sendo seco possam ser compreendidos e analisados, é necessário que se conheça as propriedades do agente de secagem (gás) e do material em secagem que influenciam diretamente o processo de remoção.

• Os agentes de secagem mais comumente utilizados são o ar úmido e misturas de ar úmido com gases de combustão.

Introdução

Page 4: introdução secagem

A investigação da secagem e o cálculo das dimensões do equipamento de secagem devem levar em conta uma multidão de problemas nas áreas da mecânica dos fluidos, da química da superfícies e da estrutura dos sólidos, além dos problemas de velocidade de transferência. Em muitos casos, o projeto perfeitamente cotado do secador é impossível, pois estes fenômenos físico-químicos são muito complicados e imperfeitamente compreendidos.

Introdução

Page 5: introdução secagem

• Como é natural, a espessura controla o grau secagem e, por isso, o teor final de umidade. Estes fatores assumem grande importância, pois em geral o sólido seco é o produto valioso.

• A sua forma, cor, estabilidade e textura fixam o seu valor de venda e dependem do processo de secagem a qual foi submetido.

Introdução

Page 6: introdução secagem

• Na secagem de um sólido úmido, mediante um gás a uma temperatura e a uma umidade fixas, manifesta-se sempre um certo tipo de comportamento. Imediatamente depois do contato entre a amostra e o meio secante, a temperatura do sólido ajusta-se até atingir um regime permanente.

• A temperatura do sólido e a velocidade de secagem podem aumentar ou diminuir para chegarem às condições do regime permanente.

Comportamento geral da secagem

Page 7: introdução secagem

• As temperaturas no interior do sólido tendem a ser iguais à temperatura de bulbo-úmido do gás, mas a concordância entre elas é imperfeita em virtude das defasagens entre o movimento de massa e de calor.

• Uma vez que as temperaturas do sólido tenham atingido a temperatura de bulbo úmido do gás, elas permanecem bastante estáveis e a taxa de secagem também permanece constante. Este período da secagem é o período de secagem a taxa constante.

Comportamento geral da secagem

Page 8: introdução secagem

• O período termina quando o sólido atinge o teor de umidade crítico. Além deste ponto, a temperatura da superfície eleva-se e a taxa de secagem cai rapidamente.

• O período de taxa decrescente pode ser bem mais dilatado que o período de taxa constante, embora a remoção da umidade seja muito menor.

• A taxa de secagem aproxima-se de zero, num certo teor de umidade de equilíbrio, que é o menor teor de umidade atingível, no processo de secagem, com o sólido nas condições a que está submetido.

Comportamento geral da secagem

Page 9: introdução secagem

• A secagem ocorre como se fosse a evaporação de uma massa de liquido, sem haver influência direta do sólido na taxa de secagem.

• A temperatura da superfície atinge, conforme se pode esperar, a temperatura de bulbo úmido.

Comportamento geral da secagem

Page 10: introdução secagem

• A parte da superfície que está saturada seca pela transferência convectiva de calor para a corrente gasosa e pela transferência de massa para a corrente do gás secante.

• O vapor, nos níveis mais internos da amostra sólida, difunde-se para parte da superfície que não está saturada e continua a difundir-se para a corrente gasosa. Este mecanismo é muito lento em comparação com a transferência convectiva que ocorre na superfície saturada.

Comportamento geral da secagem

Page 11: introdução secagem

Comportamento geral da secagem

• Desde que as taxas de difusão são menores que o escoamento por gravidade ou por capilaridade, os sólidos nos quais a difusão controla o movimento do líquido tendem a ter períodos à taxa constante mais curtos, ou mesmo a secarem sem que haja um período de taxa constante perceptível.

• A parte da superfície que está saturada seca pela transferência convectiva de calor para a corrente gasosa e pela transferência de massa para a corrente do gás secante.

Page 12: introdução secagem

• O teor de umidade de equilíbrio é atingido quando a pressão de vapor sobre o sólido é igual à pressão parcial do vapor no gás secante afluente.

Comportamento geral da secagem

Page 13: introdução secagem

1. Objetivo

2. Balanço de massa

3. Balanço de energia

4. Cálculo do tempo de secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 14: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

1.1. Equações Básicas para Secadores em Batelada

(eq. 1.1)

Ondems é a massa de sólido seco (kg) e X é o teor de umidade em base seca (kg umidade/kg sólido seco).

A massa de umidade evaporada mA durante o processo de secagem é pode ser

(eq. 1.2)

X1 e X2 são os teores de umidade do material na entrada e na saída do secador, respectivamente.

Page 15: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

O teor de umidade do material pode ser calculado como

ou

Portanto, a massa de umidade evaporada pode ser calculada da relação

em que mA1 e mA2 representam as quantidades totais de umidade no materialúmido e seco, respectivamente. Portanto

(eq. 1.3)

(eq. 1.4)

(eq. 1.5)

(eq. 1.6)

Page 16: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

O valor que permanece constante no processo de secagem é a massa de ar seco (Wgs) na corrente de ar úmido (Wg). A umidade introduzida no secador contínuo é composta do seguinte:

Umidade para dentro do secador:- umidade no material úmido, Ws1X’1; e - umidade no ar ambiente, WgY0.

2. Balanço de massa

Umidade para fora do secador:- umidade no material seco, Ws2X’2; e- umidade no ar de exaustão, Wg2Y2.

Em condições de regime permanente, a massa de umidade introduzida nosecador é igual à massa de umidade que sai do secador:

(eq. 2.1)

Page 17: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Reordenando a equação 2.1, podemos obter o consumo de ar para 1 kg de umidade evaporada (consumo específico de ar) no secador é dado por:

(eq. 2.2)

Page 18: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

O calor introduzido com o material úmido pode ser calculado da equação:

3. Balanço de energia

Onde Ws e Wa são as vazões em massa de material seco e de umidade, respectivamente, cps e cpa são os calores específicos do sólido seco e da água (no estado líquido), respectivamente.

Energia, em geral, é introduzida no secador por meio de- calor sensível do ar ambiente, WgIg0;- aquecedor externo, Qext; e- calor sensível do material úmido, Ws1cps1Ts1.

Page 19: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Calor é removido do secador por:- calor sensível do ar, WgIg2;- calor sensível do material seco, Ws2cps2Ts2;- - perdas de calor, Qperdas.

Calor é também introduzido no secador por meio de aquecedores internos ,Q int.

Em condições de regime permanente, o balanço global de energia no secador é:

Page 20: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Define-se a velocidade de secagem pela seguinte equação

Onde:R = velocidade ou taxa de secagem (kg líquido evaporado/s.m2)Ws = peso do sólido seco (kg)X´ = teor de umidade no sólido (kg líquido evaporado/kg sólido seco)

Reordenando a equação 01 e integrando entre o intervalo [0, ] determinamos o tempo de secagem.

Onde: X`1 = teor de umidade no instante 0 X`2 = teor de umidade no instante

1. Cálculo do tempo de secagem

Page 21: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Onde:X`c = teor de umidade ao término do período de velocidade constante (kg de água/kg de sólido seco)X`1 = teor de umidade no início do processo de secagem.

c = duração da secagem (h)

No período de secagem a velocidade constante (R = Rc). Integrando a 2° equação temos

O coeficiente Rc dependerá dos parâmetros de transferência de calor e de massa entre o meio secante e a superfície do sólido

Page 22: introdução secagem

A taxa total de calor é expressa como

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Onde:Uk = coeficiente global de transmissão de calor para a superfície de secagem pela convecção e pela condução através do leito até a superfície de evaporação.hc = coeficiente de transmissão de calor por convecção, do gás para a superfície sólida.hr = coeficiente de transmissão de calor radiante entre a superfície do material e as paredes da câmara de secagem.TW = temperatura das paredes do espaço de secagem.Tv = temperatura do gás secante.Ti = temperatura da interface líquido-gás, respectivamente.

Page 23: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

O coeficiente de convecção e expresso pela equação

Assumindo que existem poucos dados para fixação das constantes da equação 07

Page 24: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

O Projeto de um secador rotativo de aquecimento direto (Figura 3), com escoamento paralelo, para minerais. Com a capacidade de processamento de 15 toneladas por hora. Com a temperatura do minério na alimentação de 15°C. O tamanho das partículas é de 50% em peso acima de 600 µm. A umidade inicial (na alimentação) do produto é de 12% em peso e a umidade final do produto (na descarga) é de 3% em peso. A massa específica dos sólidos é de 2,250 kg/m3 e o calor específico dos sólidos é de 0,8 kJ/kgK. Os sólidos não são solúveis em água. A densidade de partículas (bulk) é de 1.400 kg/m3. A temperatura do ar ambiente é de 10°C e a temperatura de entrada do gás é de 700°C. A velocidade de saída do gás é de 1,5 m/s. Os dados para o sistema ar/água são: calor específico da água de 4,19 kJ/kgK; calor específico do vapor de água de 1,886 kJ/kgK; calor latente de vaporização a 0°C de 2,504 kJ/kg; relação para massa específica do vapor de água, a 105 Pa, dada por 220/(273+T) kg/m3; calor específico médio do ar de 1,05 kJ/kgK; e relação para massa específica do ar, a 105 Pa, dada por 355/(273+T) kg/m3.

Figura 3 – Secador Rotativo (Nonhebel & Moss, 1971)

Page 25: introdução secagem

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Hipóteses e pressuposições:1° - Não há disponibilidade de resultados de testes experimentais em escala piloto.

Testes em escala piloto seriam interessantes, pois os mesmos elucidariam a questão de qual seria a velocidade de gás máxima permissível.

2° - O carregamento de partículas no escoamento de gás é desprezível; e3° - A temperatura de saída do produto é pressuposta ser igual à temperatura de

saída do gás

Resolução

Dados:

Page 26: introdução secagem

Evap = 1.984 – 450 = 1.534 kg/h

Entrada Saída

Água 1.984 450

Sólidos 14.550 14550

Total 16.534 15000

Balanço de massa para a água e sólidos (kg/h):

quantidade de água evaporada é dada por

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 27: introdução secagem

CÁLCULO da temperatura de saída do gás.Tas = 0,05(700) + 64,5 = 99,5°C

Balanço de energia (kJ/h)

O calor transferido para a água evaporada é dado por:Q1 = Evap(λ + 1,886 Tas – 4,19 Tf)

Q1 = 4.032.590 kJ/hO calor transferido para o sólido seco é por

Q2 = Msólido(cp, sólido)(Tgás – Tent. sólido)

Q2 = 14.550(0,8)(99,5 - 15)

Q2 = 983.580 kJ/h

E o calor transferido para a água residual é por:

Q3 = 159.325 kJ/h

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 28: introdução secagem

O calor total transferido pelo gás é dado por

Qtotal = Q1 + Q2 + Q3 Qtotal = 4.032.590 kJ/h + 983.580 kJ/h + 159.325 kJ/h

Qtotal =5.175.495 kJ/h

O calor (Qrp) para o funcionamento adequado do secador em regime permanente é dado por

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 29: introdução secagem

A energia total empregada para a secagem é dada por

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 30: introdução secagem

Unidade de preparação de ar

A vazão de ar no secador pode então ser calculada de

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 31: introdução secagem

A massa especifica do ar é calculada por:

A massa especifica do ar é calculada por:

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 32: introdução secagem

Com a vazão volumétrica de ar, pode-se calcular a potência do ventilador, considerando a queda de pressão no sistema de Δp = 2.500 N/m2

Recomenda-se que se utilize um ventilador com uma potência em torno de 20% acima da calculada, por exemplo, neste caso, um ventilador com potência de 15 kW.

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 33: introdução secagem

SecadorO diâmetro do secador pode ser calculado com base nas condições de

saída. As massas específicas do gás (ar) e da água na saída são respectivamente:

A vazão de ar na saída, incluindo o ar de ingresso (20%), é

A vazão volumétrica da água no secador é dada por

A vazão total de gás (ar + água) saindo do secador é:

Gtotal = Gvc + Fvw Gtotal = 15.515 m3/h

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 34: introdução secagem

O diâmetro do secador pode ser calculado, considerando que o mesmo pode ser considerado um duto circular

O fator 0,85 é utilizado para compensar a área da seção transversal ocupada pelas aletas suspensórias e outros componentes mecânicos internos.

O comprimento L do secador pode ser calculado a partir da razão prática de L/D = 7

L = 7 * 2,1L = 14,7 m

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 35: introdução secagem

Uma vez calculados o diâmetro e o comprimento do secador, pode-se calcular a potência motora, necessária para girar o tambor:

Recomenda-se que se utilize um motor com potência motora nominal de no mínimo duas vezes a calculada, por exemplo, para o caso em estudo, utilizar um motor de 40 kW

CÁLCULO DE PROJETO DE SECADORES

Page 36: introdução secagem

Floculação

Obrigado!